Praia de Ipanema, no Rio, é eleita a 2ª melhor do mundo

A praia de Ipanema, no Rio de Janeiro, foi eleita a segunda melhor do mundo pelo guia de viagens Lonely Planet. A publicação lançará em breve um livro onde lista cem praias incríveis mundo afora, mas de antemão já antecipou a posição do balneário carioca no ranking. Em primeiro lugar aparece a australiana The Pass, em Byron Bay.

Menos popular que a vizinha Copacabana, Ipanema tem opções para todos os bolsos e gêneros, sendo um dos bairros mais gay friendly do Rio. A área nobre conta com fartas atrações como bares, lojas, teatros e festas, além de quiosques.

Ao longo de quase três quilômetros, os postos 8, 9 e 10 atraem um público eclético, com atividades e opções diversas. Para a comunidade LGBTQIA+, os postos 8 e 9, com suas bandeiras coloridas, indicam ser o local mais alegre da praia, na altura da rua Farme de Amoedo

O bar Silêncio, colado à praça General Osório, conta com uma agenda variada entre DJs e drag queens. Apesar da elitização que Ipanema carrega, a praia será sempre um dos espaços mais democráticos, atraindo diferentes tribos urbanas.

VEJA A SEGUIR OS DESTAQUES DE IPANEMA

POSTO 8

No calçadão, turistas e locais se misturam em uma pluralidade de idiomas, idades e gêneros. Entre o posto 8 e 9, o metro quadrado na areia pode ser disputado, mesmo durante a semana, com cadeiras e guarda-sóis alugados a R$ 10 e R$ 15, respectivamente.

Contudo, segundo um barraqueiro, os preços podem variar se for fim de semana ou alta temporada, assim como o tamanho do guarda-sol, cujo aluguel pode chegar a R$ 50. Mas se o dia estiver fraco, é possível negociar ambos os itens pela metade do valor.

Ao longo do calçadão é comum a presença de ambulantes vendendo produtos variados, como cangas (entre R$ 50 e R$ 70), açaí, bijuterias, artesanato e outros itens. Alguns podem ser insistentes na abordagem, mas nada exagerado. Nas barracas numeradas fixadas na areia, bandeiras de países, times de futebol e do arco-íris sinalizam que ali é o melhor lugar.

Na esquina da praia com a Farme de Amoedo, o bar Belmonte oferece preços mas em conta e uma atmosfera arejada (a cada oito segundos, um suave spray de água jorra de canos no teto). Mas o ambiente mais interessante (e concorrido) é o rooftop, com uma vista incrível para o mar.

POSTO 9

Na cidade onde ar-condicionado não é luxo, mas necessidade, é preciso ser proteger do sol escaldante. Alguns quisoques são simples, outros mais sofisticados, mas ideais para beber caipirinha entre R$ 20 e R$ 30 (conforme o tipo de cachaça) e cervejas a R$ 10. Água de coco, segundo um ambulante, é tabelada (R$ 10), ao contrário de outras bebidas.

No posto 9 ainda é possível encontrar escolas de futevôlei e até uma academia ao ar livre, gratuita. Para usá-la, basta baixar um app de uma bebida láctea, preencher um cadastro, uma ficha médica e agendar o dia. O espaço só funciona durante o verão.

POSTO 10

Por toda a extensão dos três postos, os atrativos podem se diferenciar ou mesmo atrair diferentes públicos. Com menos ambulantes e quiosques, o posto 10 não tem a efervescência jovial do 8 e 9. Também não tem a mesma oferta de serviços, mas ainda assim vale o passeio. A prática de exercícios nessa área é bastante comum, com escolinhas de esportes e quiosques mais simples.

Ponto alto: todos os postos de salvamento dispõem de sanitário (R$ 3,50), ducha externa (R$ 2,20), ducha interna (R$ 6,10), toalha e sabonete (R$ 8) e armários (R$ 8).

Ponto baixo: Alguns quiosques não exibiam uma tabela de preços.

POR DENTRO DE IPANEMA

As inúmeras opções gastronômicas e de lazer não se restringem à área beira-mar, pelo contrário. Em uma breve caminhada pelo bairro, é possível encontrar alternativas interessantes e pertinho da praia.

Aos domingos na praça General Osório (posto 8) ocorre a famosa feira hippie de Ipanema, com artesanato sortido que inclui vestuário, decoração etc -mas não espere bons preços.

Ao redor da praça, existe uma boa variedade de bares, lanchonetes e restaurantes como o Frontera (a partir de R$ 54,90 o bufê liberado), além de outros com refeições a partir de R$ 39,90.

Mas se a ideia é se divertir a noite, o Galeria Café há anos oferece festas alternativas, boa música, exposições e uma vibe LGBTQ+ onde todos são bem-vindos.

A poucos metros dali, quase na orla, a sauna gay Rio G Spa possibilita relaxar e paquerar, com um público mescla estrangeiros e locais. No circuito de arte, o pequeno Teatro Candido Mendes sempre conta com peças interessantes a preços convidativos

Falando de vestuário, a loja Casa 5 Concept atende a ambos os gêneros abusando das cores, enquanto a Hermes Inocencio é apenas de moda masculina alternativa e com muitos tons vibrantes, ou seja, a cara do bairro.

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Postado em 20 de março de 2024

No Brasil, Macron e Lula deverão discutir acordo entre Mercosul e UE

Emmanuel Macron, presidente da França, pousará em solo brasileiro na próxima semana. Junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Macron visitará três cidades e, depois, poderá seguir sozinho para São Paulo.
Nos encontros com Lula, há expectativa de discussão do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia (UE). As tratativas começaram há mais de 20 anos e a França é a principal força de oposição para não celebrar o tratado.

O texto chegou a ser assinado em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), mas como não teve ratificação dos dois blocos, o documento é tido como inválido.

Havia previsão do Itamaraty para a celebração do contrato no fim de 2023, enquanto o Brasil presidia o Mercosul. Na mesma época, Macron fez duras declarações.

“Sou contra o acordo Mercosul-UE, porque acho que é completamente contraditório com o que ele [Lula] está fazendo no Brasil e com o que nós estamos fazendo, porque é um acordo que foi negociado há 20 anos, e que tentamos remendar, mas está mal remendado”, disse Macron, em dezembro.

“Adicionamos cláusulas no início para agradar a França, mas não é bom para ninguém, porque não posso pedir aos nossos agricultores, às nossas indústrias, na França e em toda a Europa, que façam esforços, que apliquem novas medidas para descarbonizar, para deixar certos produtos, para depois dizer: ‘Estou removendo todas as tarifas para trazer produtos que não aplicam essas regras”, concluiu.

Apesar disso, o presidente francês chamou Lula de “visionário”. Ainda em dezembro, Macron previu a vinda ao Brasil em março e adiantou alguns temas a debater com o chefe do Executivo brasileiro: “Acredito que no combate ao desmatamento, em uma verdadeira política amazônica, nas questões de defesa e interesses econômicos, temos uma agenda bilateral extremamente densa e um alimento de pontos de vista muito grande”.

Este mês, Lula falou para Pedro Sánchez, o presidente de governo da Espanha, estar “otimista” com a conclusão do acordo Mercosul e UE. “Minha tranquilidade é que a União Europeia não depende do voto da França”, disse.

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Agenda
O giro pelo Brasil se iniciará no próximo dia 26 em Belém, relativa ao local ser a sede da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP), em 2025. A proposta de sediar a COP em uma área amazônica partiu de Lula e recebeu endosso da França.

No dia 27, Macron seguirá com o petista para Itaguaí (RJ), município com importante complexo naval e local de construção de submarinos de origem francesa.

Já na quinta-feira (28/3), emenda do feriado de Páscoa, o presidente francês será recepcionado no Palácio do Planalto e Itamaraty, em Brasília.

Há uma possibilidade de Macron visitar a capital de São Paulo no dia 29, mas seria sem a presença de Lula.

Metrópoles

Postado em 20 de março de 2024

Alexa, Siri, Lu, Bia: por que assistentes virtuais são geralmente associados ao gênero feminino?

Em 1927, o cinema trazia uma das primeiras versões femininas de um robô com o filme Metrópolis, dirigido por Fritz Lang. Na tela, surgiu uma figura intrigante: Maria, androide com seios e características femininas. Quase um século depois, vemos uma evolução.

Agora, nomes como Alexa, da Amazon; Siri, da Apple; Lu, do Magalu; e Bia, do Bradesco, entre outros, representam uma nova geração de assistentes robóticos. O que as define não é mais a forma física reconhecível, mas suas vozes tranquilas e nomes femininos.

Em 2005, antes dos exemplos citados existirem, Clifford Nass, professor de Comunicação da Universidade Stanford, escreveu o livro “Wired for Speech: How Voice Activates and Advances the Human-Computer Relationship” (“Conectado por discurso: como a voz ativa avança a relação humano-computador”, em tradução livre) — documentou dez anos de pesquisa sobre elementos psicológicos e de design das interfaces de voz.

Nass chegou à conclusão de que a voz sintética feminina é percebida como capaz de ajudar a resolver nossos problemas, enquanto a equivalente masculina é vista como figura de autoridade.

Respostas sexistas
A coordenadora do grupo de pesquisa em Subjetividade, Comunicação e Consumo e do Comitê de Direitos Humanos da ESPM, Gisela Castro, afirma que questões mercadológicas influenciam na proposta das empresas de robôs femininos.

— Pesquisas dizem que os usuários preferem vozes e nomes de mulheres. As empresas visam lucro, então vão escolher as vozes que são mais aceitas por todos, para vender mais. Isso reforça o fato de as mulheres estarem sempre em postos de ajuda. Por isso a importância de deixar mais opções como a voz masculina, para ter essa quebra de padrões — explica.

Outra questão é como os assistentes virtuais respondem quando confrontados com machismo e assédio. No relatório divulgado em 2019, a Unesco tachou como sexista a prática de criar um assistente virtual que, por padrão, adote voz e trejeitos de interação feminina. As respostas dadas por esses convidados foram consideradas sexistas e reprodutoras de um estereótipo de subserviência.

Intitulado I’d blush if I could (“Eu ficaria vermelha se pudesse”, numa tradução livre), o estudo trata da subserviência “feminina” das assistentes virtuais/IAs e o servilismo expresso por outros assistentes digitais projetados como mulheres jovens.

De lá para cá, as mudanças foram vistas. Um exemplo mais próximo da nossa realidade foi a campanha feita pelo Bradesco, em 2021, envolvendo ações para dar respostas mais assertivas a mensagens de assédio e de preconceito de gênero contra o seu chatbot, a Bia.

— Em 2020, a Bia, Inteligência Artificial do Bradesco, recebeu em torno de 95 mil mensagens de ofensas e assédio sexual. As ofensas continuam, porém diminuíram mais de 40% sobre assédio, insultos, entre outras coisas — diz a diretora de marketing do banco, Nathália Garcia.

As agressões sofridas pela Bia não são isoladas. O “assédio cibernético” acontece contra todo tipo de assistente virtual, seja ela dotada de inteligência artificial ou não. Desde 2018, a Lu, assistente virtual do Magazine Luiza, expõe nas redes as interações recebidas nos posts, com frases de conotação sexual.

— Chega a ser surpreendente ao tratar de personagem que é virtual. Além de expor, posicionou-se contra o assédio que recebeu e pediu respeito às mulheres reais que passam por isso todos os dias — afirma Aline Izo, gerente de Redes Sociais do Magalu.

Siri e Alexa masculinos
Em nota, a assessoria da Amazon no Brasil informou que, quando alguém fala algo impróprio para a Alexa, não há qualquer resposta, nem manifestação. Além disso, os clientes podem escolher usar a voz com timbre masculino, e mudar a palavra de ativação para “Echo” ou “Amazon”, em seus dispositivos.

Em resposta ao GLOBO, a Apple disse que seus usuários podem ajustar a Siri e personalizar, como por exemplo, voz feminina, masculina ou tratamentos sem gênero.

Segundo revelado pela Unesco, 73% das mulheres em todo o mundo já sofreram algum tipo de assédio online.

Uma consequência é a possibilidade de a tecnologia fortalecer a visão de que as mulheres deveriam ocupar papéis assistenciais.

A Nat, empresa de cosméticos Natura, foi lançada em 2016 apenas no Facebook para mostrar opções de presentes para os consumidores comprarem online. Em 2018, ela se tornou assistente virtual para apoiar consumidores e comerciantes a solucionar dúvidas mais frequentes de maneira ágil.

Hoje, segundo a própria companhia, a Nat se transformou em influenciada digital e porta-voz da marca no X (antigo Twitter) e no TikTok. Em nota, a Natura afirmou que a Nat ajuda a humanizar o discurso, além de se aproximar do público jovem. Ela participa empaticamente de conversas para provocar diálogos que promovam saúde, bem-estar e autoestima das pessoas — especialmente mulheres negras.

— Isso não seria uma questão em se as mulheres tivessem as mesmas condições reais de ocupação de espaços de mais poder, como cargas de direção ou presidências. Enquanto isso é para a realidade, precisamos ter cuidado para que a tecnologia não reforce estereótipos — finaliza Gisela.

Para Daniela Braga, fundadora e CEO da Defined.ia, a criação de robôs femininos não foi de interesse mercadológico, mas representação inconsciente enraizada por milênios de um estereótipo servil da mulher:

— O desequilíbrio de gênero na indústria de tecnologia, principalmente em IA, é um problema complexo que reflete e perpetua estereótipos de gênero.

O GLOBO

Postado em 20 de março de 2024

YouTube vai exigir que usuários identifiquem vídeos feitos com inteligência artificial

O YouTube passou a exigir dos criadores a inclusão de um aviso na publicação de conteúdos realistas feitos com inteligência artificial (IA). A intenção da plataforma é evitar a confusão de vídeos manipulados e fictícios com eventos, locais e pessoas reais.
Agora, o criador é obrigado a indicar, com sim ou não, se o conteúdo faz uma pessoa real dizer ou fazer algo que ela não fez, se altera algum registro visual, evento real ou lugar e se gera uma cena realista que nunca existiu.

Ao selecionar sim, um aviso de que o conteúdo é sintético ou alterado aparece na descrição do vídeo publicado. O sistema se baseia na honestidade do usuário em declarar o conteúdo de seu vídeo.

Entretanto, o YouTube afirma que pode adicionar um aviso mesmo se o criador não o fizer. Outros rótulos serão incluídos em vídeos com conteúdos sensíveis como saúde, eleições e finanças.

A medida, implementada nesta segunda-feira (18), foi anunciada em novembro de 2023 como uma atualização das políticas do YouTube para conteúdos baseados em IA.

Vídeos gerados por IA mas que não usam a aparência ou voz de uma pessoa real nem alteram eventos ou locais reais, não são afetados pela medida.

Outro recurso anunciado em novembro pela plataforma, mas que ainda não foi implementado, é a possibilidade de uma pessoa comum solicitar um pedido de avaliação em vídeos de deepfake que usam sua imagem.

Diario do Nordeste

Postado em 20 de março de 2024

Justiça suíça ordena repasse de R$ 82 mi de contas de Maluf ao Brasil

São Paulo — O Supremo Tribunal Federal (STF) da Suíça ordenou que sejam repatriados para o Brasil os US$ 16,3 milhões (R$ 82 milhões) que estavam bloqueados em contas do ex-prefeito Paulo Maluf. Segundo a Advocacia-Geral da União (AGU), o caso está encerrado na Justiça do país europeu, porque não há possibilidade de recursos.
A AGU afirma que a corte suíça acatou argumentos propostos pelo Brasil, em ação que envolveu também o Ministério Público Federal (MPF), Ministério da Justiça e Segurança Pública. Em dezembro, já houve determinação para a repatriação dos valores, mas a defesa de Maluf recorreu da decisão.

Segundo a AGU, a decisão do STF suíço foi proferida no dia 2 de fevereiro e faz parte de um trabalho de cooperação contra corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo entidades nacionais e internacionais.
A repatriação está relacionada à ação penal nº 863, pela qual Maluf foi condenado por lavagem de dinheiro a sete anos, nove meses e 10 dias de reclusão, além de 248 dias multa. A condenação se deu pelo envolvimento do ex-prefeito em um esquema de cobrança de propinas entre 1997 e 1998, continuando nos anos seguintes, na Prefeitura de São Paulo.

A defesa de Maluf não localizada até a publicação da reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.

Metrópoles

Postado em 20 de março de 2024

Preço médio do livro sobe 12,8% em fevereiro e atinge R$ 54,49

Em alta há mais de um ano, o preço do médio do livro subiu 12,8% e atingiu R$ 54,49 no segundo período de 2024 (de 30 de janeiro a 26 de fevereiro) em comparação com o ano passado, de acordo com o Painel do Varejo de Livros do Brasil, pesquisa realizada pelo Sindicado Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e pela Nielsen Book. Desde o início do ano, o preço médio do livro já aumentou 15,69%.
Em nota, Ismael Borges, gerente regional da Nielsen Bookdata Brasil, relatou o aumento do preço com a queda do desconto médio, que caiu 5,5% desde o início do ano.

Também em comparação com 2023, as vendas de livros caíram 0,29% no segundo período, quando foram comercializados 4,02 milhões de livros. Trata-se da menor queda registrada desde junho, última vez que as vendas do setor cresceram. Apoiado na alta do preço, o faturamento das editoras cresceu 12,8% (R$ 219,19 milhões).

A bibliodiversidade (variedade de títulos vendidos) também cresceu: aumento de 8,77%. No acumulado do ano, a bibliodiversidade subiu 3,13%, o que animou as editoras.

O presidente do SNEL, Dante Cid , afirmou em nota que “os resultados demonstram uma recuperação importante que ameniza a preocupação gerada no primeiro período”. Em janeiro, as vendas e o faturamento caíram, respectivamente, 15,7% e 0,2%. “É preciso destacar também o aumento de 8,77% da bibliodiversidade, que traduz o trabalho incansável das editoras para reverter a curva e proporcionar novas opções aos leitores”, completou Cid.

O GLOBO

Postado em 20 de março de 2024

PF liga falsificação de cartão de vacina de Bolsonaro à tentativa de golpe de Estado

Ao indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro por associação criminosa e inserir dados falsos no sistema de informação, a Polícia Federal correlacionou a fraude na carteira de vacinação do ex-chefe do Executivo à investigação que o colocou no centro de uma suposta tentativa de golpe de Estado.
Segundo o pesquisador, o ex-presidente e seus aliados podem ter emitido os cartões de vacina falsificados para que, ‘após a tentativa inicial de golpe de Estado, pudessem ter à disposição os documentos necessários para cumprir eventuais requisitos legais de entrada e permanência no exterior , aguardando a conclusão dos atos relacionados à nova tentativa de Golpe de Estado que eclodiu no dia 8 de janeiro de 2023′.

Nas redes sociais, o advogado Fábio Wajngarten, que representa o ex-presidente , disse que sua indiciamento é um ‘absurdo’. Além do ex-chefe do Executivo, foram incriminados outros 16 investigados, entre eles o ex-ajudante de ordens da Presidência, o tenente-coronel Mauro Cid, o deputado federal Gutemberg Reis de Oliveira e o ex-major do Exército Ailton Gonçalves Barros.

A indicação sobre a trama golpista foi feita quando o delegado Fábio Alvarez Shor explicou sobre a ligação das fraudes nas carteiras de investigação com as milícias digitais sob investigação no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele destacou como a inserção de dados falsos de vacinação no sistema do SUS faz parte doeixo do inquérito que apura o “uso da estrutura do Estado para obtenção de vantagens ilícitas”.

Segundo Shor, a estrutura criminosa criada em Duque de Caxias (RJ) – base da operacionalização das fraudes nas carteiras de vacinação – foi usada para que aliados de Bolsonaro “pudessem burlar as regras sanitárias impostas na pandemia e por outro lado, manter coeso o elemento identitário do grupo em relação a suas pautas ideológicas, no caso, apoiando o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19″.

Em outro trecho do relatório final da Operação Venire, a PF diz ter identificado Bolsonaro como “difusor inicial das mensagens de conteúdos falsos ou não lastreados em relação às vacinas contra a covid, com objetivo criar um temor e descrédito na população, e com isso, manter coeso o elemento identitário do grupo em relação a suas pautas ideológicas”.

“A recusa em resistir ao ônus do posicionamento contrário à vacinação, associada à necessidade de manter a higiene perante seus seguidores, a ideologia professada (não tomar vacina contra a covid-19), motivaram a série de condutas criminosas perpetradas”, disse o delegado.

Já com a ponderação sobre o elo entre as fraudes na carteira de vacina e a trama golpista, a PF fecha ainda mais o cerco sobre Bolsonaro. Isso porque a Polícia Federal coloca a inserção de dados falsos no sistema do Ministério da Saúde dentro da cronologia do suposto plano de golpe sob investigação no Supremo.

De acordo com a PF, Bolsonaro deu uma ordem para que Cid arranjasse os documentos falsos. O militar então teria procurado o ex-major do Exército Ailton Barros para operacionalizar a inserção dos dados falsos no sistema do SUS, com a ajuda do Secretário Municipal de Duque de Caxias, João Carlos de Sousa Brecha.

As informações falsas sobre as vacinas que Bolsonaro foram inseridas no sistema do SUS no dia 21 de dezembro de 2022. As doses foram ministradas em agosto e outubro do mesmo ano, meses após a suposta imunização – o que levantou suspeitas da PF, vez que os dados, em geral, são enviados imediatamente ao Ministério da Saúde.

Seis dias depois, as informações foram restauradas por um servidor, Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva (também indicada) sob uma justificativa de erro. O mesmo teria ocorrido com os dados da vacinação da filha da ex-presidente Laura Bolsonaro.

Nesse intervalo, no entanto, os certificados de vacinação do ex-presidente e de sua filha foram emitidos. Cid usou uma impressora do Palácio do Alvorada para imprimir no dia 22 de dezembro, dois arquivos: “Certificado de Vacinação Covid-19″ e “Certificado Nacional de Vacinação Covid 19”. O delator ainda narrou que entregou os papeis nas mãos de Bolsonaro.

Uma semana antes da inserção de dados falsos no sistema do Ministério da Saúde ocorreu uma reunião, no gabinete do então ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, para apresentação da “minuta de golpe” aos comandantes das Forças Armadas. Ela foi apenas uma das que foram convocadas, pelo governo Jair Bolsonaro, para a discussão da suposta tentativa de golpe de Estado.

Tensa, a reunião do dia 14 de dezembro foi marcada pela tentativa negativa, pelos ex-chefes do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, e da Aeronáutica, brigadeiro Carlos Almeida Baptista Júnior, de retorno à narrativa de Bolsonaro. Os detalhes do encontro foram narrados à PF em depoimento sobre tornados públicos na sexta-feira, 15.

Na ocasião, Oliveira disse aos comandantes que teriam um minuto , que gostaria de apresentar para ‘conhecimento e revisão’. Nesse momento, Baptista disse ter questionado: “Esse documento prevê a não assunção do cargo pelo novo presidente eleito?”. Oliveira se calou e em seguida o brigadeiro disse que não presumia receber o papel.

Freire Gomes indicou ainda que a versão do decreto legislativo no dia 14 era diferente da que ele havia recebido em outra reunião, no dia 7 de dezembro . Foi no tal encontro que o ex-assessor de Bolsonaro, Filipe Martins teria lido os ‘considerandos’ de um primeiro decreto golpista. Na ocasião, o ex-chefe do Exército recolheu de Bolsonaro que ‘o documento estava em estudo’ e depois o ex-presidente ‘reportaria a evolução aos comandantes’.

Assim, o quadro formado pelos pesquisadores coloca, cronologicamente, a investida em busca dos certificados falsos de vacinação logo após o estudo, pelo governo Jair Bolsonaro, de medidas de exceção para que ele se mantivesse no poder e a consequente negativa dos então chefes da FAB e do Exército – essa que contorno até com alerta de uma possível prisão do ex-presidente.

Também no apagamento das luzes do governo Bolsonaro ocorreu uma tentativa de resgate de joias sauditas que acabaram apreendidas pela Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos – caso revelado pelo Estadão. O confisco também passou a ser investigado pela PF e então foi descortinado um suposto esquema de venda de presentes entregues por autoridades de outros países ao governo Bolsonaro.

Bolsonaro deixou o País rumo aos EUA, no penúltimo dia de seu governo . Não participou da reunião de posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. E também não estava no Brasil quando radicais que o apoiavam invadiram a Praça dos Três Poderes e vandalizaram as dependências do Supremo, Congresso e Planalto.

Dias após uma intenção golpista, a Polícia Federal vasculhou a casa do então secretário de segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro. Ele também esteve fora do País no dia 8 de janeiro de 2023. Em sua residência, o investigador descobriu uma versão da ‘minuta golpista’ – a qual, segundo Freire Gomes, teria sido apresentada no dia 14 de dezembro, após ‘ajustes’ feitos pelo ex-presidente.

O registro por Shor é o primeiro feito sobre a purificação entre a ligação entre o inquérito sobre as fraudes na carteira de vacinação e a investigação sobre o golpe de Estado. Trata-se de um indicativo de que os investigadores devem ser aprofundados nas apurações para buscar provas que sustentem tais hipóteses de investigação.

Como mostrado no Estadão , a PF aguarda informações do Departamento de Justiça dos Estados Unidos para identificar se o grupo usava os certificados de vacinação ideologicamente falsos para entrar naquele país . Segundo ele, uma eventual confirmação pode configurar novas condutas ilícitas.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, deu 15 dias para que a Procuradoria-Geral da República se manifestasse sobre o relatório em que a Polícia Federal indicia o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 16 investigados pela fraude na carteira de vacinação do ex-chefe do Executivo.

Já no bojo do inquérito da suposta tentativa de golpe, a expectativa é que o pesquisador cruze as informações dadas por Cid com os dados encontrados em diversos depoimentos prestados por militares de alta patente. A investigação também contém as provas que já foram coletadas, assim como as perícias dos materiais obtidos na fase ostensiva da Operação Tempus Veritatis. A PF ainda pode fazer novas diligências – inclusive oitivas – que possam esclarecer o passo a passo da trama golpista sob suspeitas.

Estadão

Postado em 20 de março de 2024

STF homologa delação de Lessa sobre assassinato de Marielle

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, anunciou, na noite desta terça-feira (19), que o assassino da vereadora Marielle Franco e de Anderson Gomes – o ex-policial militar Ronnie Lessa -, fechou um acordo de delação premiada, já homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O caso está sendo conduzido na Corte pelo ministro Alexandre de Moraes.
“Nós sabemos que essa colaboração premiada, que é um meio de obtenção de provas, traz elementos importantíssimos, que nos levam a crer que brevemente nós teremos a solução do assassinato da vereadora Marielle Franco. O processo segue em segredo de justiça, como todos sabem”, afirmou Lewandowski, em pronunciamento à imprensa, após ter recebido um comunicado oficial de Moraes sobre a homologação da delação.

Os assassinatos de Marielle e do motorista Anderson Gomes completaram seis anos na semana passada. Até o momento, somente os executores do crime foram identificados e presos.

Após o anúncio feito por Lewandowski, o Supremo informou que a delação de Lessa foi homologada após Alexandre de Moraes verificar que as regras da Lei nº 12.850/13 (Lei da Delação) foram cumpridas. Foram avaliados os requisitos de legalidade, adequação dos benefícios e dos resultados da colaboração.

Ontem (18), o gabinete do ministro realizou uma audiência com Ronnie Lessa e confirmou que a delação foi assinada de maneira voluntária.

Com a homologação, o inquérito será devolvido à PF para continuidade das investigações.

O processo que apura quem foram os mandantes do duplo assassinato foi enviado ao STF há poucos dias. A investigação procura saber quem atuou como mandante das mortes. Como o inquérito está em segredo de justiça, ainda não é possível obter detalhes sobre os motivos que levaram a Polícia Federal (PF) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde o processo tramitava, a enviar o caso ao Supremo.

Nas questões criminais, cabe ao STF o julgamento de autoridades com foro privilegiado na Corte, como deputados federais e senadores. Dessa forma, uma das justificativas para a remessa da investigação pode ser a citação do nome de alguma autoridade com foro no tribunal. Contudo, o motivo da movimentação da investigação não foi confirmado pela Polícia Federal.

Em outro processo sobre a investigação, o policial militar reformado Ronnie Lessa deve ser levado a júri popular. Ele foi o autor dos disparos. Lessa está preso desde 2019, pelo crime, e foi expulso da PM no ano passado.

As especulações sobre uma delação premiada de Ronnie Lessa já vinham aparecendo no noticiário nos últimos meses, mas eram negadas pela PF. Além dele, o ex-policial militar Élcio de Queiroz, que dirigia o carro usado no crime, tem um acordo de delação premiada fechado com os investigadores, cujos detalhes foram divulgados ainda no ano passado.

Em postagem nas redes sociais, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, irmã de Marielle, demonstrou otimismo com as investigações a partir desta nova delação.

“As notícias que acabam de sair com os avanços da investigação sobre o caso da minha irmã e do Anderson, nos dão fé e esperança de que finalmente teremos respostas para esse assassinato político, covarde e brutal. O anúncio do Ministro Lewandowski a partir do diálogo com o Ministro Alexandre de Moraes é uma demonstração ao Brasil de que as instituições de Justiça seguem comprometidas com a resolução do caso”, escreveu.

EBC

Postado em 20 de março de 2024

Finlândia é o país mais feliz do mundo pela sétima vez consecutiva; Brasil sobe 5 posições

A Finlândia foi considerada o país mais feliz do mundo pela sétima vez consecutiva, segundo um relatório patrocinado pela ONU e divulgado nesta quarta-feira. Os países nórdicos ocupam os primeiros lugares e Dinamarca, Islândia e Suécia aparecem abaixo da Finlândia.

O Brasil subiu cinco posições desde o ano passado, quando estava em 49º lugar, indo agora para 44º, segundo destacou a Forbes. Em último lugar, na lista de 143 países, aparece o Afeganistão, afetado por uma catástrofe humanitária após o retorno dos talibãs ao poder, em 2020.

Pela primeira vez em mais de 10 anos, Estados Unidos e Alemanha não aparecem entre os 20 países mais felizes, e ocupam as posições 23 e 24. Já Costa Rica e Kuwait entraram no top 20 e ocupam as posições 12 e 13.

Nenhum dos países mais populosos do mundo aparece entre os 20 primeiros. “Entre os dez primeiros, apenas Holanda e Austrália têm mais de 15 milhões de habitantes. Entre os 20 primeiros, apenas o Canadá e o Reino Unido têm mais de 30 milhões de habitantes”, destaca o relatório.

Os maiores retrocessos no índice de felicidade desde o período 2006-2010 foram os de Afeganistão, Líbano e Jordânia, enquanto Sérvia, Bulgária e Letônia registraram fortes avanços.

O relatório mundial é uma medição da felicidade divulgada anualmente pela Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da ONU desde 2012, e se baseia na avaliação que as pessoas fazem da própria felicidade e em dados econômicos e sociais.

O documento leva em conta seis fatores-chave: apoio social, renda, saúde, liberdade, generosidade e ausência de corrupção.

A proximidade com a natureza e um bom equilíbrio entre o trabalho e a vida privada são a chave para a satisfação dos finlandeses, segundo Jennifer De Paola, pesquisadora da Universidade de Helsinque especializada nessa temática.

Os finlandeses talvez tenham “uma compreensão mais acessível do que é uma vida bem-sucedida”, em comparação, por exemplo, com os Estados Unidos, onde o sucesso está mais relacionado aos ganhos financeiros, apontou Jennifer.

A confiança nas instituições, a pouca corrupção e o acesso gratuito à saúde e educação também são primordiais.

O relatório também destaca um sentimento de felicidade mais forte entre as novas gerações do que entre as pessoas mais velhas, na maioria das regiões.

O índice, no entanto, retrocedeu drasticamente desde 2006-2010 entre os menores de 30 anos na América do Norte, Austrália e Nova Zelândia, e é inferior ao das pessoas mais velhas nessas regiões. No entanto, progrediu em todas as faixas etárias no Leste Europeu no mesmo período.

A desigualdade na felicidade aumentou em todas as regiões, exceto na Europa, o que os autores consideraram preocupante.

Veja ranking

  1. Finlândia
  2. Dinamarca
  3. Islândia
  4. Suécia
  5. Israel
  6. Países Baixos
  7. Noruega
  8. Luxemburgo
  9. Suíça
  10. Austrália
  11. Nova Zelândia
  12. Costa Rica
  13. Kuwait
  14. Áustria
  15. Canadá
  16. Bélgica
  17. Irlanda
  18. República Tcheca
  19. Lituânia
  20. Reino Unido
  21. Eslovênia
  22. Emirados Árabes Unidos
  23. Estados Unidos
  24. Alemanha
  25. México
  26. Uruguai
  27. França
  28. Arábia Saudita
  29. Kosovo
  30. Singapura
  31. Taiwan
  32. Romênia
  33. El Salvador
  34. Estônia
  35. Polônia
  36. Espanha
  37. Sérvia
  38. Chile
  39. Panamá
  40. Malta
  41. Itália
  42. Guatemala
  43. Nicarágua
  44. Brasil
  45. Eslováquia
  46. Letônia
  47. Uzbequistão
  48. Argentina
  49. Cazaquistão
  50. Chipre
  51. Japão
  52. Portugal
  53. China
  54. Venezuela
  55. Ucrânia
  56. Lesoto
  57. Líbano
  58. Afeganistão

Folha PE

Postado em 20 de março de 2024

Polícia recupera carro roubado em CurraisNovos

Quatro assaltantes armados renderam um funcionário da fazenda pertencente a família de Chico dos Bodes levando uma caminhonete Strada, a PM foi acionada realizando uma grande mobilização e pouco tempo depois o veículo foi abandonado na rua Marta Claudino próximo a Central do cidadão e recuperado pela PM.
Reporter Seridó

Postado em 20 de março de 2024

Quem ganhará o apoio de Vilton Cunha ?

Na missa em homenagem a São José, hoje no Catunda , teve um encontro de Vilton Cunha e dois dos pré-candidatos a prefeito de Currais , Lucas Galvão e Zé Lins.
Os dois desfrutam da amizade de Vilton, mas só um , ganhará seu apoio.
Quem será?

Postado em 19 de março de 2024

Mãe de Isabella Nardoni disputará eleições em São Paulo

Em outubro, os brasileiros vão às urnas nos municípios do país para eleger os novos prefeitos e vereadores. O primeiro turno está marcado para o dia 6 e o segundo, caso seja necessário, para 27. E a coluna Fábia Oliveira, que tem amigos espalhados por todos os cantos, descobriu que Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella Nardoni, virá candidata por São Paulo.
Segundo fontes, Ana concorrerá a um cargo público e, por isso, tem participado de diversos programas de TV. Recentemente, ela esteve no Encontro da TV Globo, no Geral do Povo da RedeTV! e também deu uma entrevista ao Balanço Geral da Record.

Ana Carolina Oliveira virá candidata 16 anos após o assassinato da filha, Isabella Nardoni, na época com cinco anos. O crime que chocou o país aconteceu no dia 29 de março de 2008, quando a menina foi jogada pelo pai, Alexandre Nardoni, e pela madrasta, Anna Carolina Jatobá, da janela do apartamento onde o casal morava.

Anna e Alexandre foram condenados no Tribunal do Júri, mesmo se dizendo inocentes, a 26 e 30 anos, respectivamente. Atualmente, Jatobá cumpre pena em regime aberto. Já Nardoni está no semiaberto e poderá solicitar a progressão para o mesmo regime aberto da companheira a partir de abril.

O casal foi padrinho de um casamento na noite da última sexta-feira (15/3), na zona norte de São Paulo. Eles precisaram de uma autorização judicial específica para conseguir ir ao evento, que ocorreu depois das 20h.

Mãe de Isabella Nardoni desabafa sobre vida de Jatobá fora da cadeia
Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella Nardoni, expressou sua indignação com os recentes benefícios concedidos pela Justiça de São Paulo a Anna Carolina Jatobá, condenada pela morte da menina, em 2008. Em entrevista ao jornalista Ullisses Campbell, do O Globo, a bancária desabafou.

“Eu não tenho como não expressar minha indignação por tudo que estou passando novamente. Eu sabia que essa hora iria chegar, mas a gente nunca espera que seja tão rápido”, disse ela.

Na última segunda-feira (4/3), o jornalista mostrou que Jatobá, atualmente cumprindo pena em regime aberto, foi autorizada nos últimos meses a participar da formatura do filho, a passar férias no litoral paulista e até a ser madrinha em uma festa de casamento.

“Parece que foi ontem que minha filha foi assassinada. Hoje eles estão soltos; ele no regime semiaberto, e ela vivendo vida boa de luxo no aberto. (…) Fico revoltada porque ela ainda está pagando pena, mas goza dos mesmos prazeres das pessoas que nunca cometeram crimes”, lamentou a mãe de Isabella.

Em liberdade no regime aberto, Anna Jatobá tem algumas regras, como, por exemplo, estar em casa das 20h às 6h. Ainda assim, a Justiça permitiu exceções.

“Minha filha também estaria se formando se estivesse viva. Mas eles me tiraram o direito de estar ao lado dela, vê-la crescer e ter uma profissão”, ponderou Ana Oliveira Oliveira.

A mãe de Isabella também externou sua revolta com o fato de Anna Jatobá ter visitado o túmulo da menina no dia 29 de fevereiro, junto com seus dois filhos.

“Ela teve a capacidade e a falta de vergonha na cara de visitar o túmulo da minha filha. Como assim? Isso é uma provocação de extremo mau gosto. O cúmulo da falta de respeito com a Isabella e comigo. Isso afeta a memória da minha filha e as lembranças que tenho dela”, afirmou.

E continuou: “O cemitério é um espaço público. Qualquer pessoa pode visitar o túmulo da minha filha, ela não precisaria da minha permissão. Mas esperava que essa mulher tivesse o mínimo de bom senso e nunca fosse até lá. Mas como esperar bom senso de uma pessoa que teve a capacidade de cometer um crime desses?”, questionou.

Metropoles

Postado em 19 de março de 2024

PF indicia Bolsonaro e Cid por suposta fraude em cartão de vacinação da Covid-19

A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 16 pessoas no inquérito que apura a falsificação de certificados de vacinas de Covid-19. Caso o Ministério Público acate, eles vão responder à Justiça pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema público.

Investigação da PF conclui que um grupo de pessoas próximas de Bolsonaro inseriram informações falsas de vacinação contra Covid-19 nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde para obter os certificados de imunização mesmo sem tomar as doses necessárias.

A intenção era usar os comprovantes para burlar as restrições sanitárias impostas pelo Brasil e outros países para impedir a propagação da Covid-19.

Bolsonaro e a filha Laura, de 12 anos, assim como os demais membros da família, viajaram para os Estados Unidos em 30 de dezembro, no fim do seu mandato do ex-presidente. Comprovantes com informações falsas sobre vacinação foram feitos em nome de Bolsonaro e Laura, segundo a PF.

Foram indiciados as seguintes pessoas:

Jair Bolsonaro, ex-presidente;
Mauro Cid, coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
Gabriela Santiago Cid, esposa da Mauro Cid;
Gutemberg Reis de Oliveira, deputado federal (MDB-RJ);
Luis Marcos dos Reis, sargento do Exército que integrava a equipe de Mauro Cid;
Farley Vinicius Alcântara, médico que teria emitido cartão falso de vacina para a família de Cid;
Eduardo Crespo Alves, militar do Exército;
Paulo Sérgio da Costa Ferreira
Ailton Gonçalves Barros, ex-major do Exército, concorreu a deputado estadual no RJ pelo PL em 2022;
Marcelo Fernandes Holanda;
Camila Paulino Alves Soares, enfermeira da prefeitura de Duque de Caxias (RJ);
João Carlos de Sousa Brecha, então secretário de Governo de Duque de Caxias;
Marcelo Costa Câmara, assessor especial de Bolsonaro;
Max Guilherme Machado de Moura, assessor e segurança de Bolsonaro;
Sergio Rocha Cordeiro, assessor e segurança de Bolsonaro;
Cláudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, servidora de Duque de Caxias;
Célia Serrano da Silva.
A PF, no caso de Cid, também aponta crime de uso indevido de documento falso. Ele confessou ter fraudado não só o próprio cartão de vacinação, como o da esposa, Gabriela Cid, das três filhas, de Bolsonaro, Laura e outras pessoas próximas.

Todos os documentos apontavam que elas haviam sido vacinadas em Duque de Caxias (RJ), apesar de nenhuma delas morarem na cidade da Baixada Fluminense. Quase todos residiam em Brasília.

Cid foi preso em maio de 2023 durante a Operação Venire, da Polícia Federal, que apura o suposto esquema de falsificação de cartões de vacinação. Outras cinco presos foram alvos de mandados de prisão na mesma operação.

Já o deputado Gutemberg Reis foi alvo de um mandado de busca e apreensão em Duque de Caxias, cidade natal dele, que é irmão do ex-prefeito da cidade Washington Reis (MDB).

Reis, que é apoiador de Bolsonaro, é apontado como intermediador da fraude. João Carlos de Sousa Brecha, secretário de Governo em Duque de Caxias, foi preso sob acusação de inserir informações falsas no sistema do SUS sobre vacinação contra Covid-19, em meio à pandemia.

As doses foram registradas como se tivessem sido aplicadas em Duque de Caxias, entre agosto e outubro de 2022. Essas informações foram inseridas no sistema, e acordo com a PF, por João Carlos Brecha em 22 de dezembro de 2022. Em 27 de dezembro, os dados relativos a Bolsonaro e Laura foram excluídos do sistema pela servidora Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva.

A PF, com base em levantamento da Controladoria Geral da União (CGU), identificou um terceiro registro de vacina no nome de Bolsonaro – este, uma dose da Janssen supostamente aplicada em São Paulo. Segundo a PF, quando Bolsonaro viajou para os EUA, essa era a vacina que constava em seu comprovante de vacinação.

A CGU descobriu que a dose, supostamente aplicada em São Paulo em 19 de julho de 2021, só foi incluída no sistema do Ministério da Saúde em 18 de outubro de 2022.

Bolsonaro sempre disse ser contra vacina
Na época da operação desencadeada pela PF, Bolsonaro afirmou em entrevistas que nunca se vacinou contra Covid-19 e que não houve adulteração nos registros de saúde dele e da filha. ele também já havia dito que não permitiria que Laura fosse vacinada.

Assim como Bolsonaro, Cid e outros ex-assessores próximos do ex-presidente atacaram as vacinas contra Covid-19. Chegaram a dizer inclusive que elas, em vez de proteger, deixavam sérias sequelas, principalmente em crianças.

Advogado de Bolsonaro reclama de vazamento
O advogado do ex-presidente, Fabio Wajngarten, divulgou por meio das redes sociais, nesta terça-feira (19), um print com a notícia do indiciamento, e escreveu que “vazamentos continuam aos montes ou melhor aos litros”. “É lamentável quando a autoridade usa a imprensa para comunicar ato formal que logicamente deveria ter revestimento técnico e procedimental ao invés de midiático e parcial”, publicou.

O TEMPO

Postado em 19 de março de 2024

Exame identifica pessoas com risco de morte por insuficiência cardíaca

Um exame de sangue simples pode ajudar os médicos a identificar pacientes com maior risco de morte por insuficiência cardíaca, afirmam pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido.
Os cientistas descobriram que níveis mais altos de um hormônio específico – o neuropeptídeo Y (NPY) – são um indicador forte de futuras complicações.

Em artigo publicado no European Journal of Heart Failure em novembro de 2023, mas divulgado pela universidade nesta segunda-feira (18/3), eles afirmam que a descoberta pode melhorar a intervenção médica e salvar vidas.

Insuficiência cardíaca
A insuficiência cardíaca ocorre quando o coração não consegue bombear o sangue ou encher-se adequadamente. Esses quadros são chamados de insuficiência cardíaca sistólica ou diastólica, respectivamente.

Os principais sintomas são cansaço, falta de ar ou fôlego curto, tosse seca, inchaço nas pernas, tontura, perda de apetite, náusea e vômitos.

Exame de sangue para detecção do NPY
Durante um período de três anos, os pesquisadores analisaram amostras de sangue de 800 adultos em diferentes estágios de insuficiência cardíaca. Os cientistas mediram os níveis de peptídeo natriurético (BNP), um hormônio usado para diagnosticar insuficiência cardíaca, juntamente com o NPY.

Os nervos do coração liberam NPY em resposta ao estresse extremo, que pode alterar os ritmos cardíacos. Como consequência, os vasos sanguíneos do coração podem se contrair, exigindo mais do órgão.

Um em cada três participantes tinham níveis elevados de NPY e 50% mais probabilidade de morrer de complicações cardíacas durante o período de acompanhamento do estudo.

“As descobertas desta pesquisa são um desenvolvimento novo e estimulante, baseado em mais de dez anos de pesquisa colaborativa sobre o hormônio do estresse”, afirma o professor de medicina cardiovascular da Universidade de Oxford, Neil Herring, em comunicado à imprensa.

O pesquisador sugere que a medição do NPY juntamente com o BNP poderia ajudar a diagnosticar as pessoas que correm maior risco de ter insuficiência cardíaca. Herring acredita que os exames de sangue para a detecção do hormônio poderão ser introduzidos no mercado em cinco anos.

O estudo seguirá investigando se pacientes com níveis muito elevados do neuropeptídeo Y podem se beneficiar com o tratamento usando um cardioversor-desfibrilador implantável (CDI), por exemplo. O equipamento monitora constantemente o coração e aplica o tratamento de forma automática para corrigir o ritmo cardíaco acelerado quando necessário.

Metropoles

Postado em 19 de março de 2024