Preço médio do etanol vai a R$ 3,55 por litro nos postos, indica ANP

Os preços médios do etanol hidratado subiram em 20 Estados e no Distrito Federal na semana passada, caíram em 4 e ficaram estáveis somente no Ceará. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O preço médio do etanol subiu 4,11% – de R$ 3,41 por litro, na semana anterior, para R$ 3,55. Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com maior número de postos pesquisados, o preço médio teve alta de 4,02%, de R$ 3,23 para R$ 3,36.

Segundo a ANP, a maior queda na semana, de 2,68%, ocorreu em Rondônia – de R$ 4,85 a R$ 4,72.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Estadão Conteudo

Postado em 13 de fevereiro de 2024

Michelle não viaja aos EUA após operação da PF; Damares lamenta

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro cancelou a ida ao evento que compareceria nos Estados Unidos. Os planos mudaram depois da operação da Polícia Federal (PF) que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados próximos.
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) lamentou a mudança na página do evento Mulher Protagonista Academy.

“Já estou em Miami, me preparando para o evento Mulheres Protagonistas. Claro, a nossa ex-primeira-dama não pode vir. Todos estão acompanhando o que está acontecendo no Brasil”, diz a senadora.
“Era mais fácil para mim ter ficado lá. O meu DF também está passando por grandes problemas nestes dias, mas eu decidi vir, porque é neste momento que nós precisamos fortalecer o movimento conservador no Brasil e fora do país”, conclui Damares, que permanece nos EUA até o próximo domingo (18/2).

Roteiro de Michelle e Damares
O roteiro de Damares e Michelle incluía eventos entre os dias 12 e 16 de fevereiro nas cidades de Orlando e Pompano Beach, no estado da Flórida; em Atlanta, capital do estado da Geórgia; e em Boston, capital de Massachusetts.

Metrópoles

Postado em 13 de fevereiro de 2024

PF quer ouvir Bolsonaro no 2º semestre sobre suposto plano de golpe

A Polícia Federal (PF) pretende ouvir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em investigação acerca de organização criminosa que atuou em uma suposta tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito a fim de obter vantagem de natureza política.
A perspectiva é de que Bolsonaro preste depoimento antes da conclusão das apurações no âmbito da Operação Tempus Veritatis.

A previsão de encerramento é para o mês de novembro, o que deve fazer a corporação convocar Bolsonaro em meados de julho. Mês que coincide também com o início da campanha para as eleições municipais de 2024.

Durante a Tempus Veritatis, a polícia apreendeu o passaporte de Bolsonaro, o que o impede de fazer viagens ao exterior. Vetou ainda o contato do ex-presidente com os outros investigados, como o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

O dirigente partidário chegou a ser preso após a polícia encontrar em seu flat no Brasil 21 uma arma com registro vencido e uma pepita de ouro com valor médio orçado em R$ 11 mil.

Ao todo, a polícia cumpriu 33 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, que incluem proibição de manter contato com os demais investigados, proibição de se ausentarem do país, com entrega dos passaportes, e suspensão do exercício de funções públicas.

Além de Valdemar, único com liberdade provisória concedida pelo ministro Alexandre de Moraes, foram e permanecem presos: Filipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência; o coronel Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro na Presidência e atual segurança do ex-presidente contratado pelo PL; Bernardo Romão Corrêa, coronel do Exército; e Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército.

Investigações e operação da PF
No âmbito das investigações, um vídeo de reunião realizada entre o ex-presidente e seus ministros, em julho de 2022, teve o sigilo derrubado pelo relator da ação no STF. Na gravação, Jair Bolsonaro, ministros e assessores conversam sobre como agir antes das eleições. Questionam as urnas eletrônicas e acusam ministros do Supremo sem provas.

Em um dos momentos, o ex-presidente sugere que acredita em fraudes nas eleições para que a esquerda ganhe.

“Nós sabemos que, se a gente reagir depois das eleições, vai ter um caos no Brasil, vai virar uma grande guerrilha, uma fogueira no Brasil. Agora, alguém tem dúvida de que a esquerda, como está indo, vai ganhar as eleições? Não adianta eu ter 80% dos votos. Eles vão ganhar as eleições”, discursou para os ministros.

Além do vídeo, diligências da polícia apontam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar ocorrência de fraude nas Eleições Presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital.

Bolsonaro fará evento na Avenida Paulista
Na segunda-feira (12/2), Bolsonaro convocou apoiadores para um ato na Avenida Paulista, em São Paulo. O objetivo é fazer a ação no último domingo de fevereiro (25/2).

Em um vídeo, e sem citar nomes, o ex-presidente pede que todos se vistam de verde e amarelo e não levem cartazes contra ninguém.

Veja a mensagem:

“No último domingo de fevereiro, dia 25, às 15h, estarei na Paulista realizando um ato pacífico em defesa do nosso Estado Democrático de Direito. Peço a todos vocês que compareçam trajando verde e amarelo. E mais do que isso: não compareçam com qualquer faixa ou cartaz contra quem quer que seja. Nesse evento, eu quero me defender de todas as acusações que têm sido imputada a minha pessoa nos últimos meses. Mais do que discurso, uma fotografia de todos vocês, porque vocês são as pessoas mais importantes desse evento, para mostramos para o Brasil e para o mundo a nossa união, as nossas preocupações e o que queremos”, diz Bolsonaro no vídeo.

Metrópoles

Postado em 13 de fevereiro de 2024

“Trégua” de Lula e Lira será testada em votações centrais pós-Carnaval

Depois de um início de ano conturbado entre Legislativo e Executivo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entrou em campo para acalmar os ânimos com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Na última sexta-feira (9/2), antes do feriado, os dois se reuniram em um café da manhã para definir uma linha de diálogo direto.
Em meio à pressão de Lira pela demissão do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que deveria intermediar as relações entre os dois Poderes, Lula atribuiu agora ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, o papel de ser a nova ponte institucional com a Câmara. O presidente também repassou ao deputado o contato de seu ajudante de ordens, o capitão reformado do Exército Valmir Moraes da Silva.

Logo após a reunião, o próprio Padilha reafirmou o bom clima entre os Poderes, ao lado do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). “O ambiente político é muito favorável para votar as matérias, inclusive os vetos”, reforçou o deputado. Padilha negou qualquer clima de tensão.

A boa relação, porém, será testada com o retorno dos trabalhos do Congresso Nacional, apenas na semana depois do Carnaval. Lula chega a Cairo, capital do Egito, na terça (13/2), e visita na sexta (16/2) também a capital da Etiópia, Adis Abeba, onde participará da Cúpula da União Africana.

O Parlamento precisa analisar temas que são foco de tensão com o governo federal, como a Medida Provisória (MP) nº 1.202/2023, que trata de temas polêmicos, como a reoneração da folha de pagamento e o fim do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse).

Os dois pontos, defendidos pela equipe econômica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, causaram forte reação de empresários e parlamentares. A questão causa divergência até mesmo entre partidos da base do governo.

O senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), líder do governo no Congresso, afirmou, na semana passada, que Haddad aceitou tratar da reoneração da folha por projeto de lei (PL), retirando o tema da MP.

Emendas vetadas no Orçamento
Outro tópico que gerou atrito entre governo e Congresso no fim do ano passado foi o veto de R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão no Orçamento da União. O valor foi aprovado pelos parlamentares, mas vetado pelo presidente na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024, que estabelece as receitas e fixa as despesas do ano.

O veto motivou um duro discurso de Lira na solenidade de abertura do ano legislativo. “O Orçamento é de todos e todas, brasileiros e brasileiras. Não é nem pode ser de autoria do Executivo, muito menos de uma burocracia técnica, que, apesar do preparo – não discuto –, não foi eleita para escolher as prioridades da nação e não gasta a sola do sapato percorrendo os pequenos municípios brasileiros como nós, senadores e deputados”, defendeu, na ocasião.

Lira atribuiu aos parlamentares representar “a voz” de quem votou neles. “Não admitimos que sejamos criticados por isso. Quanto mais intervenções o Congresso fizer ao orçamento, mais o Brasil será ouvido”, seguiu.

Vetos e MPs em pauta
Os vetos presidenciais a projetos de lei precisam passar por análise em sessão conjunta do Congresso, assim como as MPs. A próxima, ainda não marcada, será o teste de fogo para a articulação entre os Poderes.

Além do Orçamento, outro veto a ser analisado é o do chamado PL do Veneno, que afrouxou exigências para o uso de agrotóxicos. Um dos destaques da proposta dispõe que a liberação de agrotóxicos será realizada pelo Ministério da Agricultura, caso a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não faça a análise no prazo determinado. Um dos vetos de Lula diz exatamente que a reanálise de riscos dos produtos também deve ser feita pela Anvisa e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Outros 26 vetos estão em tramitação. Quatro do governo Jair Bolsonaro (PL) continuam pendentes de análise desde 2021, e 12 trancam a pauta, ou seja: impedem a votação de outras propostas até que sejam apreciados.

Na sessão conjunta do Congresso, os parlamentares também analisam as medidas provisórias: 20 estão na pauta. Assinadas pelo presidente da República, elas entram em vigor de forma imediata, mas precisam ser votadas pelo Congresso em até 60 dias, que podem ser prorrogados por igual período, ou perdem a validade.

No pacote constam temas como a reoneração da folha de pagamento, a continuidade do programa Desenrola e a análise da recomposição de créditos de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) para os estados.

Metrópoles

Postado em 13 de fevereiro de 2024

Casa de prostituição que rifava mulheres é fechada em MS

A Polícia Civil do município de Água Clara (MS) realizou, neste sábado (11/2), operação para fechar uma casa de prostituição chamada Bar da Mel. O estabelecimento divulgou, pelas redes sociais, uma festa para comemorar um ano do estabelecimento.
A programação incluía striptease a cada meia hora, exibição de vídeos com conteúdo sexual e uma rifa no valor de R$ 50 “valendo a noite inteira com uma mulher”. Além disso, anunciava também mulheres tendo relações sexuais “ao vivo” no estabelecimento.

As autoridades responsáveis pela operação esclareceram que o bar realizava, com frequência, bingos e rifas com diferentes prêmios, como noites com mulheres e atos sexuais.

A prostituição não é crime no Brasil, mas a exploração sexual de terceiros sim. No caso das rifas promovidas pelo bar, as profissionais do sexo não tinham o direito de escolher os clientes ou o valor cobrado.

A operação foi feita por policiais civis de Água Clara e também do Setor de Investigações Gerais (SOG) de Três Lagoas (MS).

A proprietária do local foi levada à delegacia e pode responder por manter a casa de prostituição, explorar jogos de azar e exercício irregular de profissão.

Metrópoles

Postado em 12 de fevereiro de 2024

SP: homem é preso com mais de 450 cartões bancários nos arredores do sambódromo

Um homem de 38 anos, que não teve a identidade divulgada, foi preso em flagrante na noite deste sábado (10), nas proximidades do sambódromo do Anhembi, na zona norte de São Paulo. Com ele, os agentes apreenderam mais de 450 cartões bancários.
De acordo com a Secretária de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), os policiais estavam nas ruas para combater crimes de furtos e fraudes na noite de desfiles, quando avistaram dois homens que, segundo eles, agiam de forma suspeita.

Ao avistaram o policiamento, os suspeitos fugiram para o meio da multidão. Um deles foi alcançado e tentou se livrar de uma bolsa que carregava.

Durante a revista, os policiais localizaram 452 cartões bancários e uma máquina de pagamentos.

O homem averiguado, que já possuía antecedentes criminais, foi preso em flagrante e indiciado pelo crime de receptação.

Entre os cartões apreendidos, a polícia identificou dois que tinham sido mencionados em boletins de ocorrência de roubo e furto, respectivamente, no ano passado.

CNN

Postado em 12 de fevereiro de 2024

Comandante da FAB defende “investigação completa” de militares

O comandante da Força Aérea Brasileira, tenente-brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno (foto) defendeu uma “investigação completa” dos militares suspeitos de participarem de uma tentativa de golpe no país.

O comandante da Força Aérea Brasileira, tenente-brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno (foto) defendeu uma “investigação completa” dos militares suspeitos de participarem de uma tentativa de golpe no país.

Em entrevista ao jornal O Globo, Damasceno foi questionado sobre a Operação Tempus Veritatis, deflagrada na última quinta-feira, 8, pela Polícia Federal. Como mostramos, a operação teve 16 integrantes das Forças Armadas entre os alvos. O ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos é um deles.

Para o comandante da Aeronáutica, caso seja comprovada a participação de integrantes de sua tropa, haverá punição.

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O comandante da Força Aérea Brasileira, tenente-brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno (foto) defendeu uma “investigação completa” dos militares suspeitos de participarem de uma tentativa de golpe no país.

Em entrevista ao jornal O Globo, Damasceno foi questionado sobre a Operação Tempus Veritatis, deflagrada na última quinta-feira, 8, pela Polícia Federal. Como mostramos, a operação teve 16 integrantes das Forças Armadas entre os alvos. O ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos é um deles.

Para o comandante da Aeronáutica, caso seja comprovada a participação de integrantes de sua tropa, haverá punição.

“O Comando da Aeronáutica coaduna com a necessidade de uma investigação completa, garantindo a ampla defesa e o contraditório a todos os envolvidos, seguindo o necessário rito processual previsto no ordenamento jurídico vigente”, afirmou.

“Qualquer coisa que fira nossos diplomas disciplinares será punida. Para a Força Aérea, as notícias vieram a confirmar o papel institucional e constitucional de nossa organização.”

AR
O comandante da Força Aérea Brasileira, tenente-brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno (foto) defendeu uma “investigação completa” dos militares suspeitos de participarem de uma tentativa de golpe no país.

Em entrevista ao jornal O Globo, Damasceno foi questionado sobre a Operação Tempus Veritatis, deflagrada na última quinta-feira, 8, pela Polícia Federal. Como mostramos, a operação teve 16 integrantes das Forças Armadas entre os alvos. O ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos é um deles.

Para o comandante da Aeronáutica, caso seja comprovada a participação de integrantes de sua tropa, haverá punição.

“O Comando da Aeronáutica coaduna com a necessidade de uma investigação completa, garantindo a ampla defesa e o contraditório a todos os envolvidos, seguindo o necessário rito processual previsto no ordenamento jurídico vigente”, afirmou.

“Qualquer coisa que fira nossos diplomas disciplinares será punida. Para a Força Aérea, as notícias vieram a confirmar o papel institucional e constitucional de nossa organização.”

Segundo as investigações, os militares que foram alvo da operação teriam participado da elaboração de um golpe de Estado para obter vantagem de natureza política com a manutenção do ex-presidente Jair Bolsonaro no poder.

A Polícia Federal afirmou que as apurações apontam que o grupo investigado “se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas eleições presidenciais de 2022”, antes mesmo da realização do pleito, para “viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital”.

Além dos militares, Jair Bolsonaro, Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, general Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do GSI, Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, e Walter Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice-presidente em 2022, também estão entre os alvos.

O Antagonista

Postado em 12 de fevereiro de 2024

Arrastões marcam primeiro dia de desfiles das escolas de samba na Sapucaí

A madrugada desta segunda-feira (12) foi marcada por arrastões nas proximidades do Sambódromo da Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro.
Entre as vítimas, havia principalmente turistas estrangeiros. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram a correria dos foliões. O que chama atenção são os criminosos, que agem com bastante violência.

Em um dos casos, pelo menos seis assaltantes imobilizam uma das vítimas, que é agredida no chão, enquanto os bandidos “fazem a limpa”. Uma turista que estava andando sozinha também foi cercada pelos ladrões, que roubaram tudo.

Até o momento, nenhum dos assaltantes que estava nos entornos do sambódromo foi preso.

BAND

Postado em 12 de fevereiro de 2024

Parar de fumar em qualquer idade traz grandes benefícios à saúde, rapidamente; entenda

As pessoas que param de fumar observam grandes ganhos na expectativa de vida depois de apenas alguns anos. A conclusão é de um novo estudo realizado por pesquisadores da Unity Health Toronto da Universidade de Toronto, publicado na revista científica NEJM Evidence.

Pessoas que param de fumar antes dos 40 anos podem esperar viver quase tanto quanto aquelas que nunca fumaram. No entanto, os benefícios valem para indivíduos de todas as idades. Parar de fumar, independente da idade, equivale a uma longevidade semelhante à de pessoas que nunca fumaram fumado 10 anos depois de largar o cigarro. Cerca de metade desse benefício ocorre em apenas três anos.

“Parar de fumar é ridiculamente eficaz na redução do risco de morte, e as pessoas podem colher esses frutos de forma notavelmente rápida”, disse Prabhat Jha, professor da Escola de Saúde Pública Dalla Lana da U of T e da Faculdade de Medicina Temerty, que é diretor executivo do Centro de Pesquisa em Saúde Global da Unity Health Toronto, em comunicado.

Os pesquisadores analisaram dados de 1,5 milhão de adultos em quatro países (EUA, Reino Unido, Canadá e Noruega), acompanhados ao longo de 15 anos. Os consumidores com idades entre 40 e 79 anos corriam um risco quase três vezes maior de morrer em comparação com aqueles que nunca fumaram, o que significa que perderam em média 12 a 13 anos de vida.

Os ex-fumantes reduziram o risco de morte para 1,3 vezes em comparação com os que nunca fumaram. Parar de fumar em qualquer idade foi associado a uma maior longevidade, e mesmo aqueles que pararam por menos de três anos ganharam até seis anos de esperança de vida.

“Muitas pessoas acham que é tarde demais para parar de fumar, especialmente na meia-idade. Mas estes resultados contrariam essa linha de pensamento. Nunca é tarde demais, o impacto é rápido e é possível reduzir o risco das principais doenças, o que significa uma vida mais longa e melhor”, disse Jha.

O pesquisador investigou que parar de fumar ocultamente o risco de morrer de doenças vasculares e câncer, em particular. Os ex-fumantes também reduziram o risco de morte por doenças respiratórias, mas um pouco menos, provavelmente devido a danos pulmonares residuais.

A taxa global de tabagismo caiu mais de 25% desde 1990, mas o tabaco ainda é uma das principais causas de morte evitável. De acordo com os pesquisadores, as descobertas devem acrescentar urgência aos esforços dos governos para apoiar as pessoas que querem parar de fumar.

“Ajudar os fumantes a largar o cigarro é uma das formas mais eficazes de melhorar para beneficiar a saúde. E sabemos como fazer isso, aumentando os impostos sobre os cigarros e melhorando os apoios à cessação”, conclui o autor.

O GLOBO

Postado em 12 de fevereiro de 2024

Líder da Frente Evangélica afirma que Brasil vive ‘bibliofobia’ e critica STF por ‘xeretar’ Congresso

Líder da Frente Evangélica na Câmara, o deputado Eli Borges (PL-TO) avalia que o Brasil vive um momento de “bibliofobia” e “perseguição” ao segmento religioso. Segundo o parlamentar, este movimento estaria alinhado com as políticas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Borges assumiu o posto — que reveza a cada semestre com o deputado Silas Câmara (Republicanos-AM) — na semana passada.
— A gente está vivendo um tempo no Brasil muito perigoso, que eu chamo de igrejafobia, bibliofobia. E agora parece que estão criando a figura da sacerdotefobia. É horrível isso, porque são pessoas que estão aparelhadas com as políticas públicas do governo federal — afirmou em entrevista ao Metrópoles.

O parlamentar elencou como prioridade da bancada neste ano a “defesa da família nos moldes judaico patriarcal, que é o modelo da biologia, da ciência, para defendermos a liberdade e no contexto da democracia, especialmente a religiosa, respeitando todas as religiões”.

Ao ser questionado sobre a união estável entre pessoas LGBTQIA+, o parlamentar afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) “precisa de xeretar um pouco menos o Poder Legislativo”. Em 2011, a Corte equiparou relações entre pessoas do mesmo sexo às uniões resultantes entre homens e mulheres, liberando a união homoafetiva como um núcleo familiar.

— Temos que entender que isso já é pacificado pelo Supremo Tribunal Federal, que a priori precisa de xeretar um pouco menos o Poder Legislativo brasileiro, com todo respeito aos ministros, sobretudo alguns deles — disse às Metrópoles.

Borges também defende que a prebenda recebida por pastores continue isenta de impostos. O debate de líderes religiosos com o governo federal teve início após a Receita Federal ter suspenso em janeiro um ato editado no governo de Jair Bolsonaro (PL) que beneficiava as roupas. Um grupo de trabalho foi criado para discutir a questão.

Pela legislação, o pagamento a pastores e padres pela atividade religiosa para fins de subsistência, conhecido no meio evangélico como prebenda e no católico como côngrua, não é considerado uma forma de remunerações. Por isso, fica isento do pagamento da contribuição, por parte das compras, ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Desde o início do governo, interlocutores reclamam a ausência de proximidade com o Palácio do Planalto, enquanto pastores ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro mantêm críticas ao petista. Borges argumenta que se o presidente Lula “por inteligente, vai respeitar os mais de 200 mil líderes religiosos que existem” no Brasil.

— É uma decisão da cabeça dele. Quando ele foi candidato, ele prometeu nossos compromissos. Ele prometeu que teria um diálogo franco e aberto. Tem uma expressão da Bíblia que diz que, pelo fruto, você conhece a árvore. O fruto que ele dá quando verbaliza o relacionamento não é exato dos registros que ele fez na campanha eleitoral. Muita gente ‘fez o L’ porque acreditou nesses registros. (O fruto) não é de um presidente que apoia a importância do segmento religioso — disse na entrevista.

O GLOBO

Postado em 12 de fevereiro de 2024

Políticos e empreiteiras: como o Estado mais pobre do País virou polo do mercado de cavalos de raça

Empresas do Maranhão com contratos milionários com o poder público passaram a explorar um mercado de interesse de lideranças políticas do Congresso e obtiveram sucesso imediato. Nos últimos quatro anos, empresários locais começaram a negociar cavalos de raça e transformaram o Estado com o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil em um dos maiores polos de investimentos do País.
O crescimento é puxado por haras de políticos e de empresários investigados que se destacam no mercado pela quantidade e pelo valor milionário dos animais que negociam. Por trás das criações recentes estão figuras com trânsito e negócios com autoridades como o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, e o deputado federal Marreca Filho (Patriota-MA), além de políticos regionais. Os três políticos foram procurados para falar sobre os negócios e não quiseram se manifestar.

O Estadão obteve extratos bancários que indicam uma atuação financeira conjunta entre a Engefort e a Terramata. Os documentos registram que, entre janeiro de 2017 e outubro de 2019, as empresas fizeram 155 operações de crédito e débito, incluindo transferências para Antônio Carlos Del Castilho. O valor total chegou a R$ 24,2 milhões.

Em âmbito nacional, a Engefort ganhou licitações para asfaltar ruas no Maranhão, Amapá, Rio Grande do Norte, Ceará, na Bahia e em Sergipe, por exemplo. Desde 2019, o governo federal reservou mais de R$ 622 milhões do orçamento público para pagar a empreiteira. O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manteve os pagamentos para a Engefort, que é alvo de uma ação de ressarcimento ao erário pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

Em junho do ano passado, a estatal foi à Justiça Federal do Maranhão reclamar um prejuízo de R$ 3,3 milhões em três contratos fechados com a empresa, em 2019, para asfaltar ruas em Vitorino Freire e em Lago da Pedra, no Estado. Uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) afirmou que a Engefort executou a obra “de forma negligente e sem observância aos parâmetros normativos técnicos”.

A Codevasf anexou o relatório da CGU ao processo e solicitou o ressarcimento do valor “por se tratar de dinheiro público malversado mediante a prática de ato ilícito com violação aos princípios constitucionais, administrativos e cíveis”. “Restou configurado o ato ilícito no que tange a medição de valores indevidos, jogo de planilha e a qualidade dos serviços oferecidos, demonstrando também que houve a violação da boa-fé que rege os contratos”, alegou a estatal.

No processo, a Engefort afirmou que as obras “foram devidamente executadas de acordo com os parâmetros previstos no processo de licitação”. Segundo a empreiteira, “a Codevasf desempenhou um papel fundamental ao monitorar e autorizar a execução dos serviços”, ou seja, “qualquer falha na fiscalização ou na comunicação de não conformidades, se houve, não pode ser atribuída” à empresa, “visto que a responsabilidade pela adequação dos serviços prestados recai sobre a fiscalização” da estatal.

As obras de R$ 8 milhões da Engefort em Vitorino Freire foram bancadas com recursos indicados por Juscelino Filho, em 2019, quando era deputado federal. O ministro tem uma relação próxima com os donos do Haras São Pedro. Em 2022, os donos do criadouro compraram um cavalo do haras que Juscelino mantém em Vitorino Freire por R$ 200 mil.

Como revelou o Estadão, o ministro omitiu um patrimônio de ao menos R$ 2,2 milhões em cavalos Quarto de Milha do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O haras onde Juscelino mantém os animais estava em nome da irmã dele, a prefeita de Vitorino Freire, Luanna Rezende (União-MA). A empresa foi baixada da Receita após a reportagem.

Em setembro do ano passado, o ministro deu lances no leilão da família Del Castilho, para quem também mandou “um grande abraço”. Na ocasião, o Haras São Pedro faturou R$ 4,9 milhões com a venda de animais de raça. “Um haras que tão jovem conseguiu conquistar o Nordeste inteiro”, resumiu o assessor Ayrton Lins no início do leilão.

Dentre os compradores do leilão do Haras São Pedro estava o deputado Marreca Filho. O parlamentar não declarou ter cavalos no patrimônio apresentado ao TSE em 2022, mas compra animais de raça em leilões com frequência.

Dono de haras é candidato à prefeitura no Ceará
Outro criadouro considerado um fenômeno de crescimento e de resultados após pouco tempo de funcionamento, o Haras São Luís iniciou suas atividades sob o comando do ex-piloto de carro de rally Ruan Lima. O criadouro foi registrado na Junta Comercial do Maranhão em agosto do ano passado, embora já estivesse em funcionamento. O empresário alterou as atividades de uma empresa pré-existente, especializada em “casa de chá” e “estacionamento”, transformando-a em “criação de equinos”. Ele também foi procurado e não se manifestou.

“Um cara que entrou (no setor e) não sabia nem o que era um cavalo”, resumiu o consultor Júnior Machado durante um leilão, em setembro.

O e-mail de contato do Haras São Luís, na Receita Federal, é o setor de contabilidade da Med-Surgery Hospitalar, empresa de fornecimento de material médico e nutrição controlada pelo pai de Ruan Lima. O telefone cadastrado pelo haras é o mesmo da Med-Surgery. Entre 2015 e 2024, o Governo do Maranhão pagou R$ 70,1 milhões à empresa de saúde. O governo federal transferiu outros R$ 8 milhões no mesmo período.

O empresário Alexsandre Lima, pai de Ruan, é réu em um processo movido pelo Ministério Público do Maranhão. A denúncia aponta que a Med-Surgery supostamente se beneficiou de uma licitação fraudada na Prefeitura de Paço do Lumiar (MA). A ação por improbidade contra o empresário e outros investigados, pelos mesmos motivos, foi julgada improcedente pela Justiça. A Med-Surgery foi procurada, mas não se manifestou.

Ruan Lima prepara sua candidatura pelo PSD à prefeitura de Moraújo, cidade com 8 mil habitantes no norte do Ceará. Em pré-campanha, anunciou que o deputado federal Domingos Neto (PSD-CE) encaminhou, em dezembro, R$ 963 mil em recursos “para a saúde do município”.

“Obrigado, deputado, por atender um pedido nosso em prol de melhorias ao nosso povo”, escreveu Lima. “Tá na conta.

Dono do Haras São Luís, Ruan Lima é próximo de Juscelino Filho e de Arthur Lira. Em 2022, ele e o ministro organizaram o 1º Leilão de Quarto de Milha do Maranhão. Na ocasião, o empresário gastou R$ 200 mil para comprar 33% de um dos animais do ministro.

Lira comprou um cavalo do haras de Ruan Lima, por R$ 126 mil, em um leilão em setembro do ano passado. “Comprando aqui comigo, manda um abraço para o Ruan Lima, para toda a família, mais especial para o nosso comandante Alex, o comprador foi (o) deputado Arthur Lira, nosso presidente da Câmara, e seu filho Álvaro Lira”, anunciou o consultor Rodrigo Loureiro na ocasião.

Nas redes sociais, Ruan Lima exibe a amizade com Lira em fotos. Em agosto do ano passado, o empresário agradeceu ao deputado “pelos conselhos” e o citou como “um exemplo”. Em novembro, um novo registro. Desta vez, publicou uma imagem de um passeio com Lira, com o senador Weverton Rocha (PDT-MA) e com o prefeito de Coreaú (CE), Edezio Sitonio (PDT). “Amigos do peito”, disse.

O presidente da Câmara é criador de bois e de cavalos em um haras no município de Pilar, interior de Alagoas, embora não tenha informado possuir cavalos ou bois na relação de bens enviada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições de 2022. O Estadão mostrou, em novembro, que Arthur Lira comprou um cavalo do cantor Wesley Safadão por R$ 200 mil e esteve com empresas de apostas na compra de material genético de um outro animal. Os criadores conseguem altos lucros com a reprodução de cavalos raros.

A indústria do cavalo como um todo movimenta cerca de R$ 30 bilhões por ano no Brasil, segundo estimativas de associações do setor. Boa parte do valor é apurado pelo mercado que envolve os animais da raça Quarto de Milha. A compra e venda desses cavalos ocorre em leilões privados ou em transações particulares, sem obrigatoriedade de registros públicos dos termos das negociações.

Como revelou o Estadão, a criação de Quarto de Milha e as competições de vaquejada atraíram o interesse de casas de apostas no ano passado, quando o ramo das “bets” entrou na mira de uma CPI na Câmara. Empresários da Pixbet e da MarjoSports, famosos sites de apostas do País, fizeram a maior oferta pública dos últimos tempos por um único cavalo: R$ 15 milhões. Eles pretendiam comprar o Dom Roxão, considerado um dos mais lendários garanhões da raça, mas o proprietário recusou a oferta. O cavalo morreu em janeiro após um acidente.

O empresário Ricardo Del Castilho afirmou à reportagem que a ideia de investir em cavalos partiu dos filhos, que são os idealizadores do parque. Segundo ele, a criação “já deve ter 8 anos, eu acho, 7 anos”. Até o momento, o haras promoveu um leilão de seus animais. “Eles são os que gostam mesmo dos animais, de cavalos. Na realidade, são eles mesmo que mexem, sempre mexeram desde criancinhas”, declarou.

Segundo Del Castilho, o haras é uma empresa “totalmente separada” da Terramata. O empresário afirma que o caminhão está em nome da RDC porque foi comprado em consórcio. Ricardo Del Castilho avaliou que o Maranhão se tornou um polo de investimento em cavalos Quarto de Milha por causa das vaquejadas. “Está muito aqui na região do Maranhão”, afirmou.

O empreiteiro disse que o processo contra ele acabou “um tempo desse”. Pontuou ainda que não trabalha em parceria com a Engefort, do irmão Antônio Carlos Del Castilho. Um dos filhos de Ricardo foi sócio da empresa entre 2014 e 2018.

“Totalmente independente. Engefort é uma empresa de um ex-sócio meu, nós separamos já há 8 anos atrás. Não tem nada, nada, vínculo algum”, relatou. “Se você me perguntar alguma coisa de lá, eu não sei responder. Nem obra com a Codesvaf, com o governo federal, eu tenho. Mais uma vez, repetindo, a Engefort, eu não tenho nada, nada, nada, um vínculo.”

A empresa Engefort Construtora informou que os processos licitatórios de que “participou e foi vencedora, o fez de forma regular”. “Somos uma empresa imbuída de elevadas responsabilidades, ancoradas em um processo minuciosamente estruturado e certificada nas normas ISO 45001, ISO 14001, ISO 9001 e SIAC, trabalhando sempre com honestidade em suas operações e comprometida com o cumprimento das leis”, assinalou.

O GLOBO

Postado em 12 de fevereiro de 2024

Brasil perde para a Argentina e fica de fora dos Jogos Olímpicos de Paris

Pela primeira vez desde 2004, a seleção brasileira masculina de futebol não terá a oportunidade de disputar uma medalha nos Jogos Olímpicos. O time comandado por Ramon Menezes perdeu para a Argentina, neste domingo, por 1 a 0, no estádio Brígido Iriarte, em Caracas, pela última rodada do quadrangular final do Pré-Olímpico e ficou de fora das Olimpíadas de 2024.

O clássico entre Brasil e Argentina tinha uma alta expectativa, mas o primeiro tempo deixou a desejar. Os dois momentos pouco realizados e o único lance de perigo foi uma falta cobrada por Thiago Almada, que carimbou a trave. O atacante argentino não conseguiu se criar na defesa brasileira, que foi o único ponto positivo dos primeiros 45 minutos.

Por outro lado, o ataque da seleção brasileira pouco produzido. Principalmente pelo fato de Endrick, principal arma de ataque do setor, ter ficado muito isolado. Maurício, Pirani e Andrey, que formaram o meio-campo brasileiro, quase não tocaram na bola.

Na segunda etapa, a Argentina, que necessariamente do resultado, foi para cima e o jogo ficou aberto para os dois lados. O Brasil teve algumas oportunidades de abrir o placar, principalmente após a entrada de John Kennedy, que melhorou o sistema ofensivo brasileiro, mas viu o atacante Gondou balançar as redes aos 32 minutos.

O GLOBO

Postado em 12 de fevereiro de 2024

Carnaval: Consumo de bebidas alcoólicas deve crescer 5% e atingir R$ 1 bilhão

As festas de Carnaval prometem aquecer a economia brasileira em 2024, movimentando cerca de R$ 9 bilhões. Um dos principais contribuintes para o resultado será o mercado de bebidas, que irá aumentar as vendas no período. A estimativa, segundo a empresa Comtax, é que o consumo cresça 5% em relação a 2023, com faturamento de R$ 1 bilhão.

Marcelo Simões, Diretor de Operações e Cofundador da Comtax, explica que a projeção positiva acontece em meio ao maior consumo das famílias. Outro ponto importante é o aumento nas vendas no comércio varejista, uma vez que, para o período de Carnaval, grande parte das bebidas devem ser adquiridas em super e hiper mercados.

“Com a visualização do aumento do consumo familiar, o setor de bebidas terá um aumento significativo no recolhimento aos cofres públicos estaduais. Em relação aos tributos federais o aumento será proporcional ao aumento do faturamento”, diz Simões.

Além dos supermercados, o consumo de bebidas deve aumentar os lucros de bares e restaurantes. Uma projeção da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), por exemplo, mostra que os estabelecimentos devem faturar até 15% a mais do que no ano passado, com destaque para Salvador, Belo Horizonte, Recife e Rio de Janeiro.

Embora as bebidas alcoólicas estejam entre os itens mais consumidos, a associação chama a atenção para a procura de água e gelo durante os festejos, uma vez que a previsão para o Carnaval é de cerca de 30ºC. A orientação é que os estabelecimentos estejam bem abastecidos para receber a maior demanda de público no período.

SBT

Postado em 11 de fevereiro de 2024

Valdemar Costa é solto, deixa carceragem da PF e cumprirá cautelares

O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, deixou a carceragem da superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília por volta das 21h40 deste sábado (10/2). Ele terá que cumprir medidas cautelares.
Ao passar pela guarita da PF no carro de seu advogado, Marcelo Bessa, Valdemar acenou e sorriu para os jornalistas presentes.

Ele disse que a estadia na prisão da PF foi tranquila e, ao ser questionado sobre as decisões do ministro do STF Alexandre de Moraes para manutenção da prisão e depois soltura, Valdemar disse apenas que “o Bessa não me deixa falar”.

Valdemar foi preso na última quinta durante cumprimento de mandado de busca e apreensão em sua residência, em operação da PF contra um grupo que teria arquitetado uma tentativa de golpe de estado durante o governo Bolsonaro.

O político acabou preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e usurpação mineral, já que a equipe da PF encontrou uma pepita de ouro e um armamento na residência de Valdemar.

Duas decisões
Na sexta (9/2), Alexandre de Moraes decidiu manter a prisão. No entanto, neste sábado (10/2), Moraes voltou atrás e determinou a liberdade provisória de Valdemar por considerar que ele tem mais de 70 anos e não cometeu crime de violência ou grave ameaça.

Na justificativa inicial pela manutenção da prisão, Moraes havia lembrado que o cumprimento do mandado de busca era por crimes gravíssimos: abolição violenta do Estado, golpe de Estado e associação criminosa. Além disso, lembrou que Valdemar já foi condenado por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em novembro de 2013.

Apesar da soltura, Moraes manteve as medidas cautelares decretadas em decisão anterior.

Entre as medidas estão a proibição de manter contato com os demais investigados, inclusive através de advogados e a proibição de se ausentar do país.

Quatro continuam presos
Batizada de Tempus Veritatis, a operação da PF deflagrada na última quinta-feira é fruto de uma investigação sobre uma tentativa de golpe de Estado. Os alvos da operação foram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pessoas próximas dele.

Ao todo, foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão. Valdemar não era alvo do mandado de prisão, mas acabou preso em flagrante por causa da arma e da pepita de ouro.

Os pedidos de prisão e buscas foram solicitados pela Polícia Federal, aprovados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizados pelo relator do caso no STF, ministro Alexandre de Moraes.

As quatro prisões preventivas foram mantidas. Continuam presos o ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Filipe Martins; o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Marcelo Câmara; o coronel do Exército Bernardo Romão Corrêa; e o major das Forças Especiais do Exército, Rafael Martins.

Metrópoles

Postado em 11 de fevereiro de 2024

Boulos e Nunes copiam estratégia e apostam no ataque ao “extremismo”

São Paulo – A polarização da pré-campanha à Prefeitura de São Paulo entre Guilherme Boulos (PSol) e Ricardo Nunes (MDB) tem sido marcada por uma estratégia semelhante adotada pelos rivais. Tanto o deputado federal quanto o prefeito da capital tentam colar, um no outro, o rótulo de “extremista”, com o objetivo de ampliar a rejeição do eleitor ao adversário.

Boulos e Nunes têm usado redes sociais e discursos públicos para atacar o “extremismo” do oponente e reivindicam a construção de uma “frente ampla” para derrotar o que seria o “mal maior”: o bolsonarismo, no caso de Boulos, e a “extrema esquerda”, no caso de Nunes.

Na última semana, o contexto nacional deu combustível para Boulos, com a operação da Polícia Federal (PF) contra Bolsonaro e aliados na investigação sobre um suposto plano de golpe de Estado que teria sido articulado em 2022, para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Nunes e Bolsonaro
Só na quinta-feira (8/2), dia da operação da PF, Boulos publicou duas fotos de Nunes com Bolsonaro e com o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, que era um dos alvos de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e acabou preso por ter uma arma sem registro e uma pepita de ouro que, segundo a PF, seria proveniente de garimpo.

Além disso, Boulos fez ataques diretos ao ex-presidentes e ao bolsonarismo, em uma estratégia para demonstrar o risco à democracia que o grupo político poderia trazer caso voltasse ao poder.

“O vice de Ricardo Nunes será escolhido a dedo pelo líder de uma tentativa de golpe! Já sabemos o que uma gestão golpista é capaz de fazer. São Paulo não merece passar por isso”, escreveu Boulos no X (ex-Twitter), referindo-se à possibilidade de que o vice na chapa do prefeito seja indicado por Bolsonaro, como desejam os bolsonaristas.

A aliança do prefeito com o ex-presidente também foi a justificativa dada por Marta Suplicy para deixar o cargo de secretária da gestão Nunes, em janeiro, e ser vice na chapa de Boulos. Em seu discurso de refiliação ao PT, a ex-prefeita falou que estava retornando ao partido para “derrotar o bolsonarismo e seus representantes” na capital.

Boulos e radicalismos
Até o dia da operação da PF, contudo, era Nunes quem estava no ataque. Em dois discursos, ele havia chamado Boulos de “mentiroso” por associá-lo à suspeita de superfaturamento na compra de armadilhas contra o mosquito de dengue – o país passa por um surto da doença, o que motivou seis estados a decretarem epidemia.

“Ele está acostumado a subir no palanque, falar que iria sair no braço com o Tarcísio em um evento na [avenida] Paulista. Está acostumado a ir na Fiesp quebrar, está acostumado a ser levado à delegacia por depredação, responder processo por desacato. Acho que a sociedade não merece isso”, disse Nunes, que tem justificado a aliança com Bolsonaro como necessária para derrotar a “extrema esquerda”, representada por Boulos.

A fala de Boulos sobre Tarcísio foi em 11 de janeiro do ano passado, três dias após os atos golpistas em Brasília. O deputado disse que Tarcísio não poderia fazer, em São Paulo, o que o governo do Distrito Federal permitiu que acontecesse no ataque às sedes dos Três Poderes em Brasília. “Se for golpista, canalha, e invadir a Assembleia Legislativa de São Paulo, e a polícia fizer corpo mole, nós vamos tirar no braço.”

Polarização x vida na cidade
Para o cientista político Aldo Fornazieri, diretor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fespsp), a polarização praticada pelos dois candidatos é reflexo do atual cenário político nacional e internacional e, dificilmente, a eleição na capital sairá desse contexto.

“Mas a pergunta que deve ser feita é a seguinte: a polarização é conveniente para uma eleição municipal? Ela vai ser importante nas capitais dos principais estados, mas vai diminuindo quanto mais se vai para o interior”, ressalta.

Isso porque, segundo ele, a polarização – personificadas em Lula e Bolsonaro no Brasil – tem influência menor sobre o voto em uma eleição municipal quando o eleitor busca soluções para questões locais, como atendimento em posto de saúde, vaga em escola e limpeza dos espaços públicos.

Desse modo, a estratégia de marketing das duas campanhas — de “marcar território”, segundo Fornazieri, garantindo todo o apoio dos opositores de Bolsonaro (no caso de Boulos) e dos rivais de Lula (no caso de Nunes) — tem um limite de atuação.

“Se definirem isso [os ataques ao rival] como estratégia de campanha, mesmo que digam que vão defender propostas, eles podem abrir espaço para o crescimento da Tabata Amaral [deputada federal do PSB]”, avalia o professor.

Metrópoles

Postado em 11 de fevereiro de 2024