Papa Francisco e Javier Milei se encontram durante canonização da 1ª santa argentina

O Papa Francisco e o presidente da Argentina, Javier Milei, se reuniram publicamente pela primeira vez na manhã deste domingo (11), na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Milei viajou para participar da cerimônia de canonização da primeira santa argentina, María Antonia de Paz y Figueroa, conhecida como Mama Antula (1730-1799).

Os dois são argentinos. Milei sentou-se na primeira fila para a cerimônia e, ao final, trocou algumas palavras com o papa e se cumprimentaram, informou a agência Reuters.

Os dois líderes têm ideologias opostas, mas nas últimas semanas protagonizaram uma reaproximação, incluindo um telefonema do pontífice ao novo presidente após a sua vitória eleitoral.

O presidente argentino deve ter um encontro privado com Francisco na segunda-feira (12).

Uma das questões que serão discutidas é se Francisco viajará este ano a sua terra natal, a Argentina, que ele não visita desde que foi eleito líder da Igreja Católica, em 2013.

O outro ponto é o ambiente político explosivo na Argentina, onde o grande pacote de reformas de Milei foi contido nesta semana pela Câmara dos Deputados devido à falta de apoio.

Em Israel, onde estava de visita, Milei reagiu com indignação, chamando os deputados que não o apoiam de “grupo de criminosos”, segundo à AFP.

O presidente argentino convidou Francisco para visitar o país no mês passado, afirmando em uma carta que sua vinda “trará frutos de pacificação e fraternidade para todos os argentinos superar divisões e confrontos”.

A carta serviu como um pedido público de desculpas, após os insultos que Milei fez ao papa o chamando de “imbecil”, inclusive em sua campanha eleitoral, quando o acusou de “interferência política”. Milei já se referiu ao pontíifce como ‘o maligno na Terra que ocupa o trono da casa de Deus’.

A cerimônia ocorreu num momento em que a Argentina enfrenta a sua pior crise económica em décadas, com uma inflação superior a 200%, e o recém-empossado Milei em dificuldades após a rejeição parlamentar de um importante pacote de reformas.

G1

Postado em 11 de fevereiro de 2024

Trump diz que “encorajaria” Rússia a atacar quem deve à Otan

O ex-presidente americano e pré-candidato à reeleição Donald Trump disse que “encorajaria” a Rússia a “fazer o que diabos eles quiserem” com qualquer um dos países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que não tenha cumprido as metas de gastos militares estipuladas pela aliança.
Durante um evento de pré-campanha neste sábado (10/02) em Conway, na Carolina do Sul, Trump aludiu a um suposto encontro não especificado da Otan, durante o período em que ele ocupou a Presidência dos Estados Unidos, onde ele teria ouvido de um chefe de Estado de um “grande país” a confissão de que não estaria cumprindo com a meta da aliança de destinar 2% do PIB a gastos militares.

“‘E se nós não pagarmos e formos atacados pela Rússia, o senhor nos protegerá?'”, parafraseou Trump, referindo-se à pergunta que diz ter ouvido daquele chefe de Estado. “Eu respondi: ‘Você não pagou? Você está devendo?'”

“‘Não, eu não te protegeria. Na verdade, eu os encorajaria [a Rússia] a fazerem o que diabos quiserem'”, afirmou o ex-ocupante da Casa Branca entre 2017 e 2021.

A declaração de Trump gerou apreensão entre membros da aliança, já que o que caracteriza a Otan é justamente o compromisso de defender qualquer país-membro da aliança que seja atacado, e principalmente países europeus temem as consequências de uma eventual derrota da Ucrânia perante a Rússia.

A tendência de cortes em gastos militares, inaugurada com o fim da Guerra Fria, foi interrompida em 2014 após a Rússia anexar parte do território da Ucrânia. Naquele ano, países-membros da Otan concordaram em voltar a elevar essas somas até atingir a meta de 2% do PIB até 2024.

Em 2014, três países cumpriam esse patamar de gastos militares. Em 2022, ano da invasão russa da Ucrânia, o número passou a 7 dos atuais 31 membros da aliança, segundo a Otan.

Os comentários de Trump vêm em um momento em que a Ucrânia peleja em seus esforços de guerra para repelir a invasão russa e de bloqueio do envio de ajuda americana ao país por republicanos no Congresso, que pressionam por medidas mais duras contra imigrantes.

Casa Branca reage e diz que comentário é “chocante e insano”
A Casa Branca, atualmente ocupada pelo democrata e pré-candidato à reeleição Joe Biden, reagiu aos comentários de Trump dizendo que “encorajar invasões contra nossos maiores aliados por parte de regimes homicidas” é algo “chocante e insano”, e que põe em perigo a estabilidade global, e a segurança nacional e economia dos EUA.

Candidato favorito à Presidência pelo Partido Republicano e bem posicionado nas pesquisas de intenção de voto, Trump é um crítico de longa data da Otan e do que vê como fardo financeiro excessivo dos EUA para garantir a defesa de outros 30 países.

No passado, ele já fez outros comentários questionando o valor da Otan e a ajuda americana à Ucrânia. Os EUA são o maior apoiador do país do leste europeu, tendo enviado mais de 75 bilhões de dólares (R$ 372 bilhões) a Kiev desde a invasão, segundo o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, enquanto outros países contribuíram, juntos, com mais de 100 bilhões de dólares (R$ 495 bilhões).

Independente de Trump voltar ou não à Casa Branca, aliados europeus temem que os EUA estejam se tornando menos confiáveis. Alguns têm falado abertamente sobre a necessidade de aumentar gastos militares e estão traçando planos para um cenário alternativo de aliança sem os americanos.

Chanceler federal da Alemanha, a segunda maior apoiadora de Kiev, Olaf Scholz disse recentemente ao jornal alemão Die Zeit que o país não poderia apoiar a Ucrânia sozinho sem os EUA.

Trump enfrenta mais de 90 acusações na Justiça por ter supostamente tentado virar a eleição que perdeu, por manter ilegalmente segredos de Estado após deixar o cargo, e por ter feito pagamentos ilícitos a uma atriz pornô. Ele nega todas as acusações.

BAND

Postado em 11 de fevereiro de 2024

Brasil decide vaga no futebol masculino da Olimpíada contra a Argentina

A seleção pré-olímpica de futebol masculino do Brasil terá uma partida decisiva contra a Argentina neste domingo (11), a partir das 17h30, no estádio Brígido Iriarte, em Caracas, na Venezuela.
A equipe do técnico Ramon Menezes precisa da vitória na última rodada do quadrangular final do Torneio Pré-Olímpico para garantir vaga na Olimpíada de Paris.

As quatro seleções que estão na parte final do torneio ainda estão com chances de classificação. O Paraguai tem quatro pontos, seguido por Brasil, com três, Argentina, com dois, e a Venezuela tem um.

Atual bicampeã olímpica, a seleção brasileira garante a vaga em caso de vitória, mas estará fora de Paris-2024 se perder. Em caso de empate, o Brasil depende de outros resultados para se classificar.

O time deve ir a campo com: Mycael; Khellven, Arthur Chaves, Lucas Fasson e Alexsander; Andrey, Gabriel Pirani e Maurício; Gabriel Pec, John Kennedy e Endrick.

O Brasil teve altos e baixos no torneio. Ainda na primeira fase, venceu a Bolívia por 1 a 0, a Colômbia por 2 a 0, e o Equador por 2 a 1. No entanto, o time perdeu para a Venezuela na fase de grupos por 3 a 1 e também foi derrotado pelo Paraguai por 1 a 0 na primeira partida do quadrangular final. No último jogo, a equipe bateu a Venezuela por 2 a 1.

Band

Postado em 11 de fevereiro de 2024

Bolsonaro pode ser preso? Entenda a situação do ex-presidente após operação da PF

A grande intervenção da Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira, 8, que atingiu os mais importantes aliados de Jair Bolsonaro (PL), inclusive militares de alta patente — como o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, ex-comandante do Exército, e o almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha — indica que o ex-presidente poderá ser preso sob acusação de envolvimento direto com suposto plano golpista para se manter no poder.

Os investigadores acreditam que essa possibilidade poderá ser robusta a partir de novas provas que foram colhidas pelos agentes federais da Operação Tempus Veritatis durante buscas que miram membros do restrito círculo de amizades de Bolsonaro. Na ação de hoje, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente já foi instado a entregar o passaporte e proibido de manter contato com outros investigados.

O advogado Fábio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social do governo de Jair Bolsonaro, que agora defende o ex-presidente, não fez comentários sobre o teor das investigações policiais, mas afirmou que Bolsonaro acatou a determinação de entregar sua passaporte.

Os movimentos da PF sugerem que um eventual decreto de prisão do ex-presidente está próximo. Em sua decisão, autorizando inclusive a prisão de Filipe Martins e Marcelo Câmara, ex-assessores que exercem papel de confiança absoluta de Bolsonaro, o ministro do STF destaca várias passagens que colocam o ex-presidente como artífice do plano para “virar a mesa” , como sugeriu o general Augusto Heleno, então ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

A prova mais contundente contra o ex-presidente foi encontrada no celular do tenente-coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens, que fechou delação premiada. Mensagens trocadas por Cid com o general Marco Antônio Freire Gomes, então comandante do Exército, em dezembro de 2022, sugerem que Bolsonaro editou o texto de uma minuta de decreto golpista para anular o resultado das eleições e prender Moraes.

“(Bolsonaro) fez um decreto muito mais resumido”, afirma o ajudante de ordens. “Algo muito mais direto, objetivo e curto, e limitado.”

A PF também encontrou, em um computador apreendido com Mauro Cid, a gravação de uma reunião entre Bolsonaro, seus ministros e auxiliares, em julho de 2022, em que o presidente cobra iniciativas para desacreditar as urnas.

“Daqui pra frente quero que todo ministro fale o que eu vou falar aqui, e vou mostrar. Se o ministro não quiser falar, ele vai vim (sic) falar para mim porque que ele não quer falar. Se apresentar onde eu estou errado eu topo. Agora, se não tiver argumento pra me demover do que eu vou mostrar, não vou querer papo com esse ministro. Ta´ no lugar errado”, diz a transcrição atribuída a Bolsonaro.

Moraes afirma que a declaração comprova que Bolsonaro conseguiu dos ministros, “em total desvio de específica das funções do cargo”, a promoção de “desinformações e notícias fraudulentas quanto à lisura do sistema de votação, com uso da estrutura do Estado brasileiro para fins ilícitos e dissociados do interesse público”.

A prisão preventiva é uma modalidade de prisão processual, ou seja, decretada antes de uma eventual denúncia ou notificação. Ela só pode ser imposta em situações privadas. As hipóteses estão previstas no artigo 312 do Código Penal.

A primeira delas é a necessidade de garantir a ordem pública, ou seja, quando o investigado oferece risco social. A prisão preventiva também está prevista para preservar a instrução criminal quando há acusações de investigação de obstruir a investigação ou coagir testemunhas, por exemplo. Pode ser imposta ainda quando houver prova de existência do crime e ser imposta apenas da autoria.

Outro requisito é a contemporaneidade, isto é, se as suspeitas sob investigação são recentes ou não. Neste ponto, pesa contra os investigados o monitoramento clandestino do ministro Alexandre de Moraes, que segundo a Polícia Federal ainda poderia estar em curso. “não há garantia de eficácia interrupção”, destacou o próprio ministro no despacho que autorizou a operação.

A PF já se referiu aos investigados, incluindo Bolsonaro, como uma “organização criminosa” e descreveu os núcleos de atuação, que os policiais acreditam que estariam cumprindo ordens do ex-presidente.

Não é a primeira investigação da PF que fecha o cerco a Bolsonaro. O ex-presidente está encurralado por outros inquéritos e já havia sido alvo de buscas por suspeitas de fraude em certificados de vacinação da covid-19.

Para a advogada Jacqueline Valles, mestre em Direito Penal, a apreensão do passaporte de Bolsonaro minimiza o risco de fuga e, nesse sentido, deixa mais distante a possibilidade de Moraes decretar a prisão preventiva do ex-presidente.

“Eliminando a possibilidade de fuga, o único motivo que poderia levar à prisão preventiva seria se ele passasse a atrapalhar o andamento do processo, ameaçar testemunhas ou desobedecer determinações judiciais”, defende o especialista.

Veja outras operações que miram Bolsonaro:
Milícias digitais;
Fraude nos cartões de vacina da covid-19;
Joias sauditas;
Atos golpistas do 8 de Janeiro;
Interferência na Polícia Federal;
Ataque às urnas eletrônicas.
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O POVO

Postado em 10 de fevereiro de 2024

General defendeu rompimento institucional para manter Bolsonaro

O general Augusto Heleno defendeu, durante a reunião da cúpula de governo do então presidente Jair Bolsonaro, rompimentos institucionais e uma “virada de mesa” antes das eleições de 2022. Na mesma reunião, o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) manifestou preocupação com o risco de haver vazamentos sobre a atuação de agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

A reunião está registrada em um vídeo divulgado nesta sexta-feira (9) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da Operação Tempus Veritatis. A operação foi deflagrada na quinta-feira (8) pela Polícia Federal para investigar uma suposta organização criminosa cuja atuação teria resultado na tentativa malsucedida de golpe de Estado no 8 de janeiro de 2023.

Ao manifestar preocupação com a possibilidade de agentes da Abin que estariam sendo estrategicamente infiltrados naquele ano eleitoral, Augusto Heleno foi interrompido por Bolsonaro, sob o argumento de que o assunto teria de ser discutido no particular.

“Dois pontos que eu quero colocar aqui, presidente. Primeiro, o problema da inteligência. Eu já conversei ontem com o Vitor, que é o novo presidente da Abin [Victor Felismino Carneiro, então diretor-adjunto da Abin]. Nós vamos montar um esquema para acompanhar o que os dois lados estão fazendo. O problema todo disso é que se vazar qualquer coisa. A gente se conhece nesse meio. Qualquer acusação de infiltração desses elementos da Abin, em qualquer…”.

Nesse momento Augusto Heleno foi interrompido por Bolsonaro. “General, eu peço que o senhor não fale, por favor. Que não prossiga na sua observação aqui. Se a gente começar a falar [sobre] não vazar, esquece. Pode vazar. Então a gente conversa em particular na minha sala sobre esse assunto, do que porventura a Abin está fazendo”, disse Bolsonaro.

Rompimento institucional
O general Heleno então retoma sua fala para manifestar a segunda preocupação. “Não tem VAR [juiz assistente de vídeo, utilizado no futebol] nas eleições. Não vai ter segunda chamada das eleições. Não vai ter revisão do VAR. Então o que tiver de ser feito tem de ser feito antes das eleições”, disse o general.

“Se tiver de dar soco na mesa é antes das eleições; se tiver de virar a mesa é antes das eleições. Depois das eleições será muito difícil que tenhamos alguma nova perspectiva. Até porque eles vão fazer tão bem feito, que essa conversa do Fachin [ministro Edson Fachin, do STF] com os embaixadores, vai eliminar a possibilidade do VAR acontecer. No dia seguinte todo mundo reconhece [o novo governo], e fim de papo”, acrescentou.

Na sequência, Heleno propõe a Bolsonaro que promova um rompimento institucional para se manter no poder. “Isso tem de ficar bem claro. Acho que as coisas têm de ser feitas antes das eleições. Vai chegar em um ponto em que não vamos poder falar. Vamos ter de agir. Agir contra determinadas instituições e contra determinadas pessoas. Isso pra mim é muito claro”.

Outro lado
À Agência Brasil, Augusto Heleno afirmou que não se manifestará sobre o caso por não ter tido acesso aos autos do processo.

Em comunicado à imprensa, a defesa de Jair Bolsonaro afirmou que ele “jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam”.

EBC

Postado em 10 de fevereiro de 2024

Por maioria, STF condena mais 12 réus pelos atos de 8 de janeiro

O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, por maioria, mais 12 réus pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Na madrugada desta sexta-feira (2/2), o ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos, fixou penas que variam de 12 a 17 anos. No entanto, embora seis ministros tenham votado com ele, há divergências em relação ao tempo das penas.

O julgamento das 12 ações foi realizado em plenário virtual e terminou nesta sexta-feira (9/2). Moraes foi seguido integralmente pelos ministros Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Gilmar Mendes. Cristiano Zanin e Edson Fachin, que concordam com a condenação, mas sugerem penas diferentes.

Nunes Marques, André Mendonça e Luís Roberto Barroso divergiram do relator.

Esta é a oitava leva de julgamentos dos atos do 8/1. Com mais 12 reús condenados, a soma de decisões chega a 71 pessoas com penas que variam de 3 a 17 anos de prisão.

Eles terão que pagar indenização com valor mínimo de R$ 30 milhões, por danos morais coletivos. O montante será quitado por todos os condenados de forma solidária.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou os réus julgados nesta sexta pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; associação criminosa armada; dano qualificado; e deterioração de patrimônio tombado.

Veja os 12 réus condenados após conclusão do plenário virtual:

Clayton Costa Candido Nunes
Tiago Mendes Romualdo
Watlila Sócrates Soares do Nascimento
Leonardo Silva Alves Grangeiro
Marcelo Cano
Jorge Luiz dos Santos
Juvenal Alves Correa de Albuquerque
Gabriel Lucas Lott Pereira
Robinson Luiz Filemon Pinto Júnior
Lucivaldo Pereira de Castro
Marcos dos Santos Rabelo
Manoel Messias Pereira Machado

Metrópoles

Postado em 10 de fevereiro de 2024

Defesa de Jair Bolsonaro diz que vídeo retrata reunião “rotineira”

A defesa de Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o vídeo da reunião do ex-presidente com ministros e assessores, que foi divulgado nesta sexta-feira (9/2), retrata uma reunião ministerial rotineira.
“O encontro trata, fundamentalmente, da cobrança para com o time de ministros dele para que atuem de maneira organizada”, defendeu.

O documento descreve que, na ocasião, todos os presentes puderam manifestar publicamente sua opinião a respeito da conjuntura daquele momento de 22 de julho de 2022.

O vídeo, que serviu como base para a operação realizada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (8/2), Bolsonaro pressiona o entorno dele a agir antes das eleições de 2022 para se manter no poder.

Na quinta (8/2), foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão.

Policiais federais estiveram em endereços nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

Confira a íntegra do posicionamento, assinado pelos advogados Paulo Amador da Cunha Bueno, Daniel Bettamio Tesser e Fábio Wajngarten:

“O vídeo divulgado oficialmente hoje pela autoridade judiciária responsável pelo inquérito mostra a realização de uma reunião ministerial rotineira em que todos os presentes puderam manifestar publicamente sua opinião a respeito da conjuntura daquele momento de 22 de julho de 2022. O encontro trata, fundamentalmente, da cobrança para com o time de ministros dele para que atuem de maneira organizada.

Na reunião ministerial o ex-presidente Bolsonaro reitera, mais uma vez, sua postura de jamais recorrer a qualquer medida de força contra a ordem democrática.

Bem ao seu estilo veemente, o ex-mandatário reafirma seu compromisso de agir sempre dentro das quatros linhas da Constituição. Opinião pública já conhecida pela sociedade brasileira.”

Metrópoles

Postado em 10 de fevereiro de 2024

Defesa diz que Bolsonaro imprimiu documento por problema na visão

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) alega que ele imprimiu o documento que anunciava a decretação de estado de sítio e da garantia da lei e da ordem por problemas na visão.
A Polícia Federal (PF) encontrou uma minuta de discurso em que seria anunciado o golpe de Estado no escritório de Bolsonaro na sede do Partido Liberal (PL), em Brasília, nessa quinta-feira (8/2).

“O ex-presidente não tem o costume de fazer a leitura de textos no próprio telefone celular, certamente, em razão das dimensões limitadas da tela e a necessidade hodierna de uso de lentes corretivas, razão porque pediu a sua assessoria a impressão do documento em papel”, diz a nota divulgada pelos advogados de Bolsonaro.

A defesa do ex-presidente destaca que o documento encontrado no escritório de Bolsonaro teria sido enviado pelo advogado Paulo Cunha Bueno em outubro do ano passado.

Ainda de acordo com os advogados, o texto seria o mesmo daquele encontrado por investigadores no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e que já era de conhecimento da PF.

“Cotejando-se o texto veiculado pelos órgãos de imprensa, a defesa verificou que, de fato, tratava-se exatamente do mesmo texto do arquivo ‘suposta minuta.dox’, tornando, assim, inconteste que o impresso apreendido era de fato aquele encaminhado de forma legal por seu advogado, em 18 de outubro”, detalha a defesa.

Os argumentos apresentados pelos advogados de Bolsonaro foram encaminhados para o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a operação da última quinta.

Metrópoles

Postado em 10 de fevereiro de 2024

Moraes converte em preventiva a prisão de Valdemar Costa Neto

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), converteu a prisão do presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, em preventiva. O dirigente partidário foi preso em flagrante durante megaoperação da Polícia Federal (PF) na quinta-feira (8/2) por posse ilegal de arma e de uma pepita de ouro.
Moraes também deu prazo de 24 horas para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre o pedido de liberdade provisória apresentado pela defesa do líder do PL e deferiu o pedido de vista dos autos.

A defesa de Valdemar alega que não há fato relevante para a prisão. Os advogados do presidente do PL disseram que a pepita tem baixo valor e não configura delito segundo a própria jurisprudência, além de que a arma seria registrada e que pertenceria a um parente.

Nesta sexta-feira (9/2), a Justiça também decidiu manter as prisões preventivas de Rafael Martins de Oliveira, Marcelo Costa Câmara e Filipi Garcia; todos presos na operação Tempus Veritatis, que investiga suposta tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Lula na presidência do Brasil. Todos passaram por audiência de custódia.

Operação
Nesta quinta, a PF deflagrou a Operação Tempus Veritatis. Foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão.

Policiais federais estiveram em endereços nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

Entre os alvos estão o ex-presidente Jair Bolsonaro; o presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto; o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; e os ex-ministro da Defesa e da Casa Civil Braga Netto.

Metrópoles

Postado em 10 de fevereiro de 2024

Mourão nega ter incitado militares a reagir com ruptura institucional à operação da PF

O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), ex-vice-presidente de Jair Bolsonaro, negou nesta sexta-feira ter incitado militares a reagir com uma ‘ruptura institucional’ à ação da Polícia Federal (PF), que investiga uma tentativa de um Golpe de Estado. Na quinta-feira, mesmo dia da operação contra Jair Bolsonaro e auxiliares, ele afirmou que o Brasil vive uma situação de “não normalidade” e que as Forças Armadas precisariam reagir ao que chamou de “arbítrios” e processos ilegais transitórios pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O discurso ganhou repercussão nas redes sociais e no noticiário. O PSOL também anunciou que iria ao Conselho de Ética do Senado pedir a cassação do mandato do parlamentar. Da tribuna do Senado, Mourão foi enfático:

— No caso das Forças Armadas, os seus comandantes não podem se omitir perante a condução arbitrária de processos ilegais que atinjam seus membros ao largo da Justiça Militar. Existem oficiais da ativa sendo atingidos por supostos delitos, inclusive oficiais gerais. Não há o que justifique a omissão da Justiça Militar — disse o senador, em plenário.

Uma nota divulgada nesta sexta-feira afirma que o senador é legalista.

“Mourão destacou que o País vive uma situação de não normalidade, mas que, mesmo neste cenário, é preciso ‘…afastar claramente qualquer postura que seja radical, de ruptura, mas temos que repudiar os fatos que estão ocorrendo…’ ; Quando afirmou que ‘os comandantes não podem se omitir perante a condução arbitrária de processos ilegais’, não incitou, e nem se referiu, a nenhum tipo de ruptura institucional ou golpe”, diz a nota.

Mourão aproveitou para dizer que há a intenção de adversários de ‘difamar’ a oposição.

“Quaisquer discussões e insinuações relacionadas às palavras proferidas pelo senador Hamilton Mourão no discurso de ontem (08/02) são totalmente descabidas e fazem parte do jogo político e das narrativas daquelas que tentam, a qualquer custo, difamar a oposição”, diz o texto .

O GLOBO

Postado em 10 de fevereiro de 2024

Toffoli suspende novo júri da Boate Kiss marcado para este mês

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, suspendeu nesta sexta-feira (9) o novo julgamento dos acusados pelo incêndio da Boate Kiss, que estava marcado para o dia 26 de fevereiro de 2024.

Dias Toffoli acatou recurso apresentado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul. Para o ministro, o novo júri poderá provocar um “tumulto processual”, já que ainda há recursos a serem julgados.

“Esse cenário autoriza concluir pela possibilidade de virem a ser proferidas decisões em sentidos diametralmente opostos, tornando o processo ainda mais demorado, traumático e oneroso, em razão de eventuais incidentes”, escreveu o ministro, na decisão.

A suspensão irá vigorar até a Corte Suprema julgar os recursos extraordinários apresentados.

Novo julgamento
A data havia sido marcada após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) manter a anulação da condenação de dois sócios da boate e de integrantes da banda Gurizada Fandangueira.

Com a decisão, continuaram anuladas as condenações dos ex-sócios da boate Elissandro Callegaro Spohr (22 anos e seis meses de prisão) e Mauro Londero Hoffmann (19 anos e seis meses), além do vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, e o produtor musical Luciano Bonilha. Ambos foram condenados a 18 anos de prisão.

No STJ, os advogados dos quatro acusados afirmaram que o júri foi repleto de nulidades e defenderam a manutenção da decisão que anulou as condenações.

Entre as ilegalidades apontadas pelos advogados, estão a realização de uma reunião reservada entre o juiz e o conselho de sentença, sem a presença do Ministério Público e das defesas, e o sorteio de jurados fora do prazo legal.

Boate Kiss
O incêndio ocorreu em 2013, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, causando a morte de 242 pessoas e deixou mais de 600 feridos.

EBC

Postado em 10 de fevereiro de 2024

Jair Bolsonaro nega ter recebido “minuta de golpe”

O ex-presidente Jair Bolsonaro nega ter recebido qualquer documento referente a uma “minuta de golpe” do ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Filipe Martins, preso nesta quinta-feira, 8, após operação da Polícia Federal.

Bolsonaro afirmou que nem sequer despachava com o ex-auxiliar. “Nunca chegou a mim nenhum documento de minuta de golpe, nem nunca assinei nada relacionado a isso. Até porque ninguém dá ‘golpe’ com papel”, declarou em entrevista a Veja.

“Ninguém entende essa ‘tentativa de golpe’. Não se movimentou um soldado em Brasília para dar golpe em ninguém aí”, disse o ex-mandatário a CNN. “O que querem em cima do Valdemar? Busca e apreensão em cima do partido. O que querem fazer com o partido? Nosso partido é propagador de fake news? Age à margem da democracia. A gente fica pensando num monte de coisa aqui”, completou.

Segundo delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, à Polícia Federal, Martins teria sido o responsável por entregar ao ex-presidente um documento que detalhava instruções para um possível golpe de Estado após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva no fim de 2022. A minuta de três páginas continha instruções do passo a passo para a retomada de poder pelo agora ex-presidente. O plano incluía o anulamento do pleito, o afastamento de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que supostamente teriam interferido no resultado e a declaração de intervenção militar no país até que novas eleições fossem realizadas.

Além de Martins, foi preso no âmbito da força-tarefa o coronel Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro na Presidência e atual segurança do ex-presidente contratado pelo PL.

Líder do PL : ‘ação quer exterminar’ a oposição’

O líder do PL no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ), classificou com uma perseguição à oposição a operação realizada na quinta-feira, 8, pela PF que tem entre os alvos de busca e apreensão aliados muito próximos do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“O regime instalado no país, a partir de um inquérito sem precedentes num Estado de Direito, avança ainda mais sobre lideranças da oposição, avança sobre um partido político e sobre inclusive membros das forças armadas e a própria. Acua, persegue, silencia e aplaca a oposição no Brasil querendo exterminar politicamente os seus opositores com a mão de ferro do judiciário e a Polícia do Estado”, afirmou Portinho.

O líder da oposição na Câmara e alvo de operações da PF nas últimas semanas, deputado Carlos Jordy (PL-RJ), afirmou que há um “estado de exceção”, com o objetivo de “dizimar a oposição conservadora”.

“A Polícia Federal está agindo sem amparo legal algum, sem indícios mínimos de materialidade que subsidiem diligências como as que estão sendo realizadas”, afirmou Jordy.

Nas últimas semanas, a PF realizou operações que tiveram como alvos os deputados federais Carlos Jordy (PL-RJ) e Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Tribuna do Norte

Postado em 9 de fevereiro de 2024

Vídeo: em reunião, Bolsonaro pede que ministros ajam antes da eleição

O vídeo da reunião entre o ex-presidente Jair Bolsonaro, ministros e assessores serviu como base para a operação realizada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (8/2). Parte desses vídeos foi divulgada em primeira mão pela colunista Bela Megale, de O Globo. Nas gravações, Bolsonaro pressiona seu entorno a agir antes das eleições de 2022 para se manter no poder.
O encontro aconteceu em 5 de julho de 2022. Em um dos momentos, o ex-presidente sugere que acredita em fraudes nas eleições para que a esquerda ganhe.

“Nós sabemos que, se a gente reagir depois das eleições, vai ter um caos no Brasil, vai virar uma grande guerrilha, uma fogueira no Brasil. Agora, alguém tem dúvida de que a esquerda, como está indo, vai ganhar as eleições? Não adianta eu ter 80% dos votos. Eles vão ganhar as eleições”, discursa para os ministros.

O ex-presidente afirma que não dá para esperar chegar as eleições para que alguma medida seja tomada e que “todos aqui, como todo povo ali fora, têm algo a perder”. E lembra que parou de falar sobre o assunto (não chega a completar o termo “voto impresso”) para os apoiadores.

PF achou com Cid vídeo de reunião de “dinâmica golpista” com Bolsonaro

“A gente vai ter que fazer alguma coisa antes”, aponta. “O que está em jogo é o bem maior que nós temos e contamos aqui na terra, que é a porra da liberdade. Mais claro, impossível”, completa.

Também comenta sobre a participação das Forças Armadas na comissão eleitoral e acredita que tem o setor nas mãos. “O TSE cometeu um erro [inaudível] quando convidou as Forças Armadas para participar da comissão de transparência eleitoral. […] Pra nós, foi excelente. Eles se esqueceram de que sou o chefe supremo das Forças Armadas?”, alerta.

Nos trechos divulgados, o ex-presidente critica ministros do Supremo, como Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin, afirmando que “os caras estão preparando tudo” com o objetivo de fazer Lula vencer as eleições.

“Alguém acredita em Fachin, Barroso e Alexandre de Moraes? Se acreditar levanta braço? Acredita que são pessoas isentas?”, pergunta. Ninguém responde.

Operação da PF conseguiu documentos que citam Bolsonaro
O vídeo foi apreendido na Operação Tempus Veritatis, que investiga suposta organização criminosa que atuou na tentativa de “golpe de Estado” para manter Bolsonaro no poder, após a derrota nas eleições de 2022.

Na versão completa, segundo a PF, o vídeo é mais forte. O ex-presidente questiona as urnas eletrônicas e fala de opções caso as pesquisas se confirmassem e o petista Luiz Inácio Lula da Silva ganhasse as eleições, como de fato ocorreu.

A gravação foi encontrada em um computador apreendido na residência do tenente-coronel Mauro Cid, ex-chefe da ajudância de ordem do ex-presidente, em uma operação anterior da PF.

“Hoje me reuni com o pessoal do WhatsApp, e outras também mídias do Brasil. Conversei com eles. Tem acordo ou não tem com o TSE [Tribunal Superior Eleitoral]? Se tem acordo, que acordo é esse que tá passando por cima da Constituição? Eu vou entrar em campo usando o meu Exército, meus 23 ministros”, diz, em trecho do diálogo transcrito pela PF.

Segundo a PF, na reunião houve a cobrança para que os ministros tivessem uma conduta ativa de ataque à Justiça Eleitoral. Essa narrativa serviria para manter forte entre apoiadores a narrativa de fraude eleitoral.

“Daqui pra frente, quero que todo ministro fale o que eu vou falar aqui, e vou mostrar”, disse o ex-presidente, segundo a Polícia Federal. A PF afirma ainda que, durante a reunião, Bolsonaro faz várias acusações falsas contra o então candidato Lula, como as de que há envolvimento do petista com o narcotráfico ou com a execução de Celso Daniel.

Metrópoles

Postado em 9 de fevereiro de 2024

Padre de Osasco é um dos alvos em operação da PF sobre golpe de Estado

BRASÍLIA – O padre José Eduardo de Oliveira e Silva é um dos alvos da operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira, 8. O sacerdote, que atua na diocese de Osasco, São Paulo, também está na mira da operação que apura uma organização criminosa que atua na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito após a eleição de 2022, a Operação Tempus Veritatis.

A PF identificou que o padre participou de uma reunião no dia 19 de novembro de 2022 no Palácio do Planalto, ocasião em que teria sido discutida uma minuta golpista para impedir a posse do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na representação da PF, é informado que o padre “possui um site com seu nome no qual foi possível verificar diversos vínculos com pessoas e empresas já investigadas em inquéritos correlacionados à produção e divulgação de notícias falsas”.

Já na decisão do ministro Alexandre de Moraes, José Eduardo de Oliveira e Silva é citado como integrante do núcleo jurídico do esquema, que atuaria no “assessoramento e elaboração de minutas de decretos com fundamentação jurídica e doutrinária que atendessem aos interesses golpistas do grupo investigado”.

O religioso soma mais de 300 mil seguidores nas redes sociais. No dia do resultado do primeiro turno das eleições presidenciais, 2 de outubro, José Eduardo postou uma foto de um altar com a bandeira do Brasil em cima de uma santa. Na legenda, escreveu: “Uns confiam em carros, outros em cavalos”. Nós, porém, confiamos no Senhor e, assim, resistiremos.”

TERRA

Postado em 9 de fevereiro de 2024

Bolsonaristas no Congresso se dizem ‘sem paz’ e de ‘mãos atadas’ após operação da PF

Sob pressão após mais um grande operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores, membros da oposição no Congresso Nacional se dizem “sem paz” e de “mãos atadas”. O cenário, para eles, os limita de fazer qualquer coisa em reação.

“Não temos um dia de paz”, disse o senador Eduardo Girão (Novo-CE) nesta quinta-feira (8). “Hoje, pela manhã, tivemos o foco em militares e também no partido da oposição, o maior partido da oposição. Chegamos, acho, que no ápice.”

Ele fez críticas à atuação do Senado, “Estamos vivendo em uma ditadura nesse País porque o Senado Federal é corresponsável por esse caos institucional”, afirmou.

A deputada Carla Zambelli (PL-SP) crê que a operação da PF desta quinta foi feita por “pura perseguição à oposição”. Ela não consegue imaginar como a oposição pode contornar a situação.

“Se nós somos parlamentares temos que medir nossas palavras, se a gente, que é representante do povo, está de mãos atadas, como que está o povo?”, questionou. “Eles estão esperando que a gente faça algo, mas estamos de braços atados também.”

A PF deflagrou nesta quinta a Operação Tempus Veritatis (a hora da verdade, em latim), fez buscas e apreensões e prendeu aliados do ex-presidente suspeitos de envolvimento na empreitada golpistas. Entre os alvos, estão Braga Netto, Augusto Heleno, Anderson Torres, Valdemar Costa Neto, Paulo Sérgio Nogueira e Almir Garnier Santos.

O próprio Bolsonaro foi alvo de buscas na ação e deve entregar seu passaporte à PF em até 24 horas.

O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) foi ao X (rede social anteriormente conhecida como Twitter) para dizer que os inquéritos buscam “pelo em ovo”. “O País vive uma situação de não normalidade. Inquéritos eternos buscam “pelo em ovo”, atacando, sob a justificativa de uma pretensa tentativa de golpe de estado, a honra e a integridade de Chefes Militares que dedicaram toda uma vida ao Brasil”, disse.

Ele foi ironizado por militantes bolsonaristas. “Parabéns pela ‘democracia pujante’ que você chancelou”, respondeu Otávio Fakhoury, empresário que foi presidente do PTB em São Paulo. Ele fez referência à última mensagem institucional de fim de ano no governo Bolsonaro, em 2022, quando defendeu a alternância de poder.

Um dos filhos do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) destacou que as últimas duas operações da PF aconteceram no dia seguinte à movimentações de Bolsonaro. No dia 28, um dia após o retorno dele às lives, e a desta quinta-feira, 8, após um ato em São Sebastião (SP). “A política do Brasil hoje é feita no Supremo Tribunal Federal”, disse.

Segundo-vice-presidente da Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), disse que há uma perseguição aos bolsonaristas no Brasil. “Muita injustiça sendo praticada para continuar escrevendo uma estória inexistente. Minha solidariedade a todos os injustiçados”, escreveu.

Ainda na manhã desta quinta-feira, o deputado Capitão Augusto (PL-SP) publicou uma nota em defesa do presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.

“Valdemar Costa Neto conta com nosso apoio incondicional e confiança irrestrita. Sua liderança inspiradora e firme condução do Partido Liberal são inestimáveis”, escreveu Augusto. Ele é vice-presidente nacional do partido.

Estadão

Postado em 9 de fevereiro de 2024