Boletos bancários pagos até 16h30 passarão a ser compensados no mesmo dia a partir de 15 de março. A nova modalidade, chamada de D+0, fará parte das operações diárias em conjunto compensações com prazo maior, D+1, de um dia útil.
A mudança , no entanto, vai depender do contrato da empresa ou da operadora de serviços com a instituição financeira . Os pagamentos feitos após esse horário serão compensados no dia útil seguinte. A modalidade 136 bancos e será obrigatória.
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) afirma que nada muda para quem vai pagar o boleto. A alteração ocorrerá para o credor do documento, que é quem irá receber o dinheiro.
Walter Faria, diretor-adjunto de serviços da Febraban, diz que a mudança ajudará a oferecer agilidade e beneficiará o comércio, especialmente o comércio online, que poderá realizar entregas mais rápidas e receber antes.
“No início, a estimativa é que cerca de 57% dos boletos poderão ser processados no mesmo dia, enquanto 43% no prazo D+1. Quando estiver totalmente implantado, a ideia é iniciar os estudos para trazer toda a liquidação de boletos para o prazo D+0.”
Em 2023, 4,2 bilhões de boletos bancários foram pagos, somando um total de R$ 5,8 trilhões movimentados no país. Qualquer pessoa física ou jurídica pode fazer uma cobrança por meio de boletos bancários, basta ter uma conta bancária e contratar o serviço junto ao banco.
Os boletos bancários foram criados em outubro de 1993, pelo Banco Central, e entraram em vigor em janeiro de 1994. Em julho do mesmo ano, o Brasil implantou o Plano Real, que mudou a moeda e estabilizou a inflação.
O Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos (EUA), divulgou, nesta sexta-feira (8/3), um relatório em que aponta que o governo norte-americano não esconde a existência de inteligência alienígena. O Escritório de Resolução de Anomalias em Todos os Domínios do Pentágono (AARO, na sigla em inglês) foi criado em 2022 para investigar relatos de objetos desconhecidos. O documento aponta que ainda não há evidências de vida extraterrestre ou que autoridades tenham recuperado naves alienígenas acidentadas.
A investigação do Pentágono analisou todas as ações oficiais do governo dos Estados Unidos de 1945 até 2024, e examinou arquivos governamentais classificados e não confidenciais.
Não encontrando “nenhuma evidência de que qualquer investigação [do governo dos EUA], pesquisa patrocinada por acadêmicos ou painel de revisão oficial tenha confirmado que qualquer avistamento de um OVNI representasse tecnologia extraterrestre”, diz trecho do documento.
O relatório destacou que alegações sobre possível comunicação extraterrestre ou contato com tecnologia alienígena são imprecisas. O documento tem mais de 60 páginas e poderá ser analisado por acadêmicos e interessados. Veja aqui o documento original (em inglês).
Os investigadores dizem que tiveram “acesso total a todos os programas sensíveis [do governo dos EUA] pertinentes”. O cômite do Pentágono analisou uma gama de documentos de departamentos e agências governamentais, como o Departamento de Defesa e os serviços militares.
“Um tema consistente na cultura popular envolve uma narrativa particularmente persistente de que o [governo dos EUA] – ou uma organização secreta dentro dele – recuperou várias naves espaciais fora do mundo e restos biológicos extraterrestres, que opera um programa ou programas para fazer engenharia reversa do recuperou a tecnologia e que conspirou desde a década de 1940 para manter esse esforço oculto o Congresso dos Estados Unidos e o público americano”, pontuou o relatório.
O documento destaca ainda que alguns funcionários do governo acreditam na teoria de contato extraterrestre. Essas pessoas “alegaram ter informações sobre o suposto envolvimento [do governo dos EUA] na exploração de tecnologia fora do mundo”. No entanto, os supostos relatos não puderam ser confirmados com provas.
“Muitos interpretaram sinceramente eventos reais ou confundiram programas sensíveis dos EUA para os quais não foram autorizados como tendo relação com UAP ou exploração extraterrestre”, frisou Tim Phillips, diretor interino da AARO.
O Governo do Rio Grande do Norte vai ingressar com mandado de segurança no Tribunal de Justiça do Estado (TJRN) para suspender a decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE/RN), da última quinta-feira (07), que manteve o entendimento sobre a adoção de uma data-limite para que servidores que ingressaram no serviço público, sem concurso antes da Constituição Federal de 1988, de se aposentarem pelo Regime Próprio de Previdência Social (RPPS).
O anúncio foi feito pela governadora Fátima Bezerra, na tarde desta sexta-feira (08), após reunião com o Fórum dos Servidores Públicos do Rio Grande do Norte. O encontro aconteceu na sala de reuniões do gabinete civil do Governo, no Centro Administrativo do Estado.
O mandado de segurança será ajuizado pela Procuradoria Geral do Estado (PGE) para que o Judiciário suspenda a data fixada de 25 de abril como prazo final para o protocolo do pedido de aposentadoria dos servidores não concursados que tiveram foram estabilizados com a promulgação da Constituição de 1988. Mais de 3,6 mil servidores seriam atingidos pela decisão do TCE, e a medida pode inviabilizar até mesmo a manutenção do atendimento no Instituto de Previdência dos Servidores Estaduais (Ipern).
Ao mesmo tempo, o Governo do Estado acompanha agravo interno junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra decisão monocrática do ministro Nunes Marques, da semana passada, que também busca enfrentar o Acórdão do TCE/RN que deu prazo para a aposentadoria do grupo de servidores estabilizados do Estado pelo regime próprio de providência social.
O Ministério dos Transportes publicou nesta sexta-feira (8) uma portaria que autoriza o pagamento de pedágio em rodovias federais por Pix e cartão de crédito ou débito. As empresas terão um prazo de 90 dias para adequação.
Segundo o ministério, a medida trará mais eficiência e praticidade na cobrança das tarifas nos pedágios. A portaria também estabelece que Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) vai definir a quantidade de cabines que cada praça de pedágios deverá ter que aceite o pagamento pelos novos meios.
“Essa é mais uma medida pela modernização da operação na malha viária federal concedida, uma alternativa que confere mais fluidez no tráfego nas estradas e mais segurança e comodidade aos usuários”, afirmou a secretária nacional de Transporte Rodoviário, Viviane Esse.
De acordo com a pasta, o Brasil conta com 26 concessões de estradas federais em operação. A expectativa é de que em 2024 ocorra 13 leilões de rodovias.
Com os novos leilões, o ministério estima que serão injetados R$ 122 bilhões em investimentos privados.
Após ser alvo de censura, o livro O Avesso da Pele, de Jeferson Tenório, se tornou o mais vendido da Amazon. Segundo a empresa, as vendas de cópias da obra aumentaram em 400% desde a última sexta-feira, 1º.
O livro, vencedor do Prêmio Jabuti de 2021, foi motivo de polêmica em uma escola de Santa Cruz, no Rio Grande do Sul. A diretora da instituição de ensino publicou um vídeo criticando a obra nas redes sociais.
Na publicação, Janaína Venzon diz que O Avesso da Pele é uma obra de baixo nível para ser trabalhada com alunos do ensino médio. Ela também solicitou que o Ministério da Educação recolhesse as cópias presentes na escola em que trabalha.
O livro faz parte do PNLD (Programa Nacional do Livro e do Material Didático) desde 2022 e aborda temas como o racismo estrutural e violência policial. As próprias escolas indicam livros considerados importantes, e então eles são comprados.
A questão repercutiu nas redes sociais e internautas mostram apoio a Jeferson Tenório.
O livro será recolhido em todas as escolas sob jurisdição do NRE (Núcleo Regional de Educação) de Curitiba, segundo o ofício circular emitido nesta segunda-feira, 4, na capital paranaense. O autor lamentou a decisão em seu Instagram.
Nos comentários, seguidores mostram apoio ao autor: “Absurdo. Teu livro é mais do que necessário”, disse um. Outra seguidora comentou que o livro faz parte de sua tese de doutorado: “O Avesso ainda será pauta de muita leitura e resistência”, disse.
Em conversa com o Estadão, na segunda-feira, 4, Jeferson destacou que observa um aumento no conservadorismo, que “evita confrontar as realidades do racismo, machismo e violência policial, não apenas no Brasil, mas globalmente”.
O vereador Robério Paulino (PSOL/NATAL), protocolou na Câmara Municipal do Natal, um projeto de lei que garante licença de 3 dias a mulheres servidoras do munícipio com muitos problemas durante o ciclo menstrual.
O texto propõe a inclusão, na lei 1.517/65, da possibilidade de folga “por três dias consecutivos, a cada mês, em caso de sintomas graves associados ao fluxo menstrual, após homologação pela medicina do trabalho ou ocupacional”.
Baseado na legislação do Distrito Federal, que entrou em vigor esta semana, o projeto visa reconhecer e mitigar os impactos que os sintomas severos podem ter na rotina das mulheres.
“As mulheres em idade fértil enfrentam desconfortos, em graus variados, no período menstrual”, afirmou o vereador. Ele ainda destacou que diversas regiões do mundo já adotaram políticas semelhantes, proporcionando licenças médicas para mulheres que enfrentam fortes cólicas menstruais” disse o parlamentar.
Ao ser questionado sobre as denúncias de violência policial durante a Operação Verão, que já deixou 39 mortos pela PM na Baixada Santista, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) defendeu a ação e disse estar “nem aí” para as críticas.
— A gente está fazendo o que é certo, vamos continuar fazendo o que é certo, não tem bandido na polícia, e quando tem excesso, esse excesso vai ser punido exemplarmente, porque nós não vamos tolerar o desvio de conduta, o excesso, a indisciplina, tudo a gente vai investigar. Mas tem uma turma profissional que está dando o máximo, dando a vida para nos proteger (…) Sinceramente, temos muita tranquilidade sobre o que está sendo feito, então o pessoal pode ir na ONU, na Liga da Justiça, no raio que o parte, que eu não tô nem aí — falou nesta sexta-feira (8) no Palácio dos Bandeirantes, após anúncio de medidas para coibir a violência contra as mulheres.
A Reportagem do GLOBO mostrou que moradores de cidades onde ocorre a Operação Verão relatam tortura, execuções sumárias, obstrução à Justiça, fraude processual e outras violações de direitos humanos . Nesta quarta, a reportagem do g1 revelou que pessoas socorridas pelo SAMU já estavam mortas quando foram levadas às unidades de saúde.
Nesta sexta, a ONG Conectas e a Comissão Arns fizeram uma denúncia na 55ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU contra as “operações letais e escalada da violência policial na Baixada Santista promovida pelo governador”.
Tarcísio disse que não há “nenhum interesse” em confrontos, mas que “ninguém fala da crueldade do crime”.
— Tem uma questão de denúncia, vamos investigar. Agora, precisamos de saber o que realmente aconteceu. Não há nenhum interesse da nossa parte em confrontar ninguém, quando as forças de segurança são confrontadas, elas reagem mesmo — destacadas o governador. — Parece que a gente quer que o brasil vire um narcoestado, a gente vê cada bobagem que é falada. ‘A polícia não está fazendo investimento no policiamento ostensivo’. Conversa! Quando você sabe onde está o crime, e a prisão do Nego Boy, do Samurai do PCC, da Japa do PCC? A nossa polícia é extremamente profissional, e toda hora querem botar a polícia na posição de infrações — afirmou.
A Operação Verão foi reforçada no dia 3 após a morte do soldado Samuel Wesley Cosmo, da Rota. Em 7 de fevereiro, o cabo José Silveira Santos, do 2⁰ Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) morreu após ser baleado em Santos. De lá para cá, 39 pessoas foram mortas em decorrência de intervenção policial.
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes decidiu impor uma nova restrição aos investigados por suspeita de articulação de um golpe de Estado e proibiu que eles frequentassem qualquer tipo de evento ou inauguração em instituições das Forças Armadas ou das polícias militares.
Entre os alvos da decisão estão o ex-presidente Jair Bolsonaro , o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e outros civis e militares investigados.
Em sua decisão, Moraes argumentou que os investigados pretendiam armar um golpe com a participação das Forças Armadas para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder após sua derrota nas eleições presidenciais de 2022. O ministro citou ainda que, no âmbito do Distrito Federal, houve omissão da Polícia Militar nos atos antidemocráticos do 8 de Janeiro, que resultaram na destruição das sedes dos Três Poderes.
Por isso, Moraes entendeu que os investigados não podem frequentar essas instituições.
As investigações sobre uma tentativa de golpe ainda estão em andamento. Nesta sexta, o ministro revogou a prisão preventiva de um dos investigados, o coronel do Exército Bernardo Romão Corrêa Neto.
Nenhum dos sete projetos de lei apresentados na Câmara pelo novo presidente da Comissão de Educação da Casa , o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), tratam do tema que é o foco do colegiado.
O parlamentar é conhecido pelo apoio ao bolsonarismo e defesa de pautas ideológicas , o que, segundos interlocutores no Congresso e no governo, pode nortear suas atividades no cargo em detrimento de pautas importantes.
O deputado foi indicado por seu partido para presidir essa comissão permanente da Câmara, o que foi efetivado na quarta-feira (6). O colegiado é responsável por, no trâmite regular, apreciar projetos de lei sobre o tema, promover debates e convidar especialistas e políticos —é recorrente que ministros da Educação e dirigentes de órgãos ligados à massa tenham de prestar esclarecimentos.
Há recebimento entre parlamentares envolvidos com o tema que discute ideias ideológicas sequestradas nas atividades da comissão e prejudica a análise de assuntos importantes para a área. Por isso, a visão entre eles é que a falta de conexão do deputado com a discussão sobre os desafios da educação possa impactar os debates.
É comum que muitas pautas de interesse do governo não passem pelas comissões. Mas uma preocupação é que, enquanto o governo deposita energia para garantir a aprovação de diretrizes prioritárias de caráter econômico ou político, a comissão se torna palco para o avanço de uma agenda no campo dos costumes.
Nikolas Ferreira foi procurado pela Folha , mas não retornou. No X (antigo Twitter), ele publicou que pretende garantir espaço para todos os membros e que “a democracia não será relativa na comissão”. E elencou temas que pretende tocar.
“Neste ano de presidência, debateremos assuntos importantes e complexos como: Plano Nacional de Educação, Segurança nas Escolas, fortalecimento da Educação Básica, homeschooling, dentre diversos outros temas que são importantes para a Educação em nosso país. Para isso, realizaremos audiências públicas, criaremos subcomissões e fiscalizaremos a política nacional de educação do atual Governo. Estou comprometido em trabalhar com a Comissão para que a educação no Brasil seja um alicerce sólido para todos”, disse.
Uma das bandeiras de grupos de direita e religiosos, a regulamentação da educação domiciliar (educação domiciliar) já foi aprovada na Câmara em 2022. O texto segue parado no Senado.
O deputado Bacelar (PV-BA) afirma que Nikolas Ferreira tem o direito de pleitear e ocupar a carga por ser eleito, mas critica a decisão do PL de indicá-lo devido ao risco de que possa politizar e partirar como discutido.
“É muito ruim um deputado de primeiro mandato, no segundo ano de mandato, presidir uma comissão com a importância da Educação. E não é uma pessoa da área, não tem conhecimento”, diz Bacelar. “Assuntos que precisam de muita discussão podem ficar prejudicados por uma pauta retrógrada que ele indica.”
O deputado Idilvan Alencar (PDT-CE) é outro que se mostra bastante preocupado com a indicação e afirma que há combatividade. “A Comissão de Educação não será picadeiro de circo. Que o espetáculo circense dele permanecerá nas suas redes sociais”, diz.
A deputada Dandara (PT-MG) classifica o novo presidente da comissão como inimigo da educação pública, diversa, plural e democrática. “Sabemos que onde a extrema-direita está a discussão é menor a falsos debates ideológicos que querem esconder o verdadeiro projeto de censura, de exclusão e de discriminação, de criminalização dos professores e da privatização da educação”, afirma.
“É uma vergonha termos um deputado presidente da Comissão de Educação condenado em segunda instância por discurso transfóbico , réu por crime de transfobia contra uma criança de 14 anos e que defende o negacionismo antivacina”, acrescenta.
No ano passado, a Justiça em Minas Gerais acatou denúncia do Ministério Público contra o parlamentar por intolerância por identidade ou expressão de gênero. A denúncia foi feita em julho de 2022, depois de o então vereador por Belo Horizonte mostrar nas redes sociais parte de um vídeo sobre uma aluna trans de 14 anos no banheiro de uma escola particular da capital mineira —o registro foi feito pela irmã da aluna , também adolescente.
Em fevereiro de 2023, a Justiça de Minas Gerais já havia aceitado outra denúncia contra o parlamentar , apresentada pela deputada federal Duda Salabert (PDT), que é mulher transexual, por injúria racial. Em abril o deputado foi condenado, em primeira instância, a pagar R$ 80 mil a Salabert .
Um novo formato para formação de professores e melhorias para a carreira, ensino médio, sistema nacional de educação e recomposição dos orçamentos das universidades federais são alguns dos temas que os parlamentares colocam como prioridade para a discussão na comissão.
A composição de um novo PNE (Plano Nacional de Educação) será um dos maiores desafios legislativos para o governo a partir deste ano. O plano elenca metas educacionais para o prazo de dez anos, e o atual vence neste ano. O MEC (Ministério da Educação) deve encaminhar uma proposta de texto em breve. Ainda não é possível saber se ele passará pela comissão de educação.
Quando o PNE em vigência foi definido, em 2014, uma mobilização de políticos e militantes de direita conseguiu retirar o texto de metas e estratégias relacionadas à igualdade de gênero, por exemplo. É bem provável que haja novas disputas nesse sentido.
Apesar de não dedicar atenção à educação nas suas poucas propostas de novas leis, Nikolas Ferreira fez coro ao discurso de que teria doutrinação ideológica de esquerda em escolas e faculdades. Ele é vice-presidente de uma frente parlamentar, articulada pelo seu partido, que tem esse objetivo.
Há um consenso entre educadores, especialistas e formuladores de políticas públicas de que essa suposta doutrinação não se configura como um desafio real da educação pública, mesmo que haja casos pontuais.
A exploração de uma visão ideológica é uma das marcas de política de direita quando o tema é educação. Essa foi uma das características do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Uma suposta sexualização precoce que seria campada nas escolas é outro ingrediente comum nesse meio.
Uma das facetas legislativas desse discurso é o projeto Escola sem Partido, que defende limitada o que os professores falam em sala de aula. Os parlamentares de direita que campam essa ideia nunca conseguiram um avanço no Congresso. Em 2018, uma comissão tratou a matéria , mas cerrou os trabalhos sem conseguir votar.
Houve tentativas de retirar a pauta durante o governo Bolsonaro, mas também sem sucesso. O principal motivo foi a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que é tão inconstitucional limitada que o professor pode falar dentro da sala de aula por princípios como a liberdade de cátedra.
Durante um evento em Salvador (BA), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) revelou ter recebido um convite do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para visitar o país em meio ao conflito com o Hamas. Bolsonaro mencionou ter recebido uma carta de Netanyahu, na qual expressava o desejo de que ele visitasse a região do conflito, destacando as ações do Hamas contra Israel. “[Recebi o convite] para que eu visite aquela região do conflito, ou melhor, do massacre, da covardia, do terrorismo praticado em Israel. Praticado pelo Hamas contra Israel”, afirmou.
O convite aconteceu após uma crise diplomática entre o governo brasileiro e Israel. Essa crise teve início quando o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), comparou as mortes de palestinos na Faixa de Gaza ao Holocausto, o que gerou indignação por parte da diplomacia israelense e provocou diversas críticas ao petista.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, declarou Lula como “persona non grata” e exigiu uma retratação. Lula posteriormente recuou em seu discurso, evitando mencionar o Holocausto, mas continuou a afirmar que Israel cometia um “genocídio” na Faixa de Gaza, sem pedir desculpas.
Por outro lado, o representante da diplomacia israelense, Jonathan Peled, expresso na quinta-feira (7) que o governo está aberto a restaurar as relações com o Brasil.
O estado de São Paulo está enfrentando uma nova onda de Covid, com o aumento de 85% dos casos na semana passada para esta, segundo dados da plataforma Info Tracker, que monitora a evolução da doença no país. O número de pessoas infectadas pelo coronavírus saltou de 7 mil para 13 mil num intervalo de apenas 15 dias. As mortes pela doença também registraram um aumento crítico de 54%, passando de 57 vítimas para 88 no mesmo período.
— Os dados consolidam o curso de uma nova onda de Covid no estado de São Paulo. Essa disseminação descontrolada da Covid preocupa porque se sobrepõe à explosão de casos de dengue, levando a uma pressão conjunta no sistema de saúde e postos de atendimento —afirma Wallace Casaca, coordenador da plataforma SP Covid-19 Info Tracker e pesquisador da Unesp e da USP .
Casaca destaca como impulsionadores dessa nova onda a rápida disseminação de novas subvariantes Ômicron, como a JN.1, e a realização de eventos que geraram deslocamentos em massa nas últimas semanas, a exemplo do carnaval e da manifestação bolsonarista na Avenida Paulista, no último dia 25 de janeiro, que reuniu 185 mil pessoas de diferentes cidades do Brasil .
Os dados da última semana epidemiológica são os maiores de todo o ano. Para se ter ideia, comparando a primeira semana do ano corrente com a atual, que ainda não chegou ao fim, observa-se um aumento de casos de Covid na ordem de 377%. Além disso, uma quantidade de mortes também atingiu seu patamar mais elevado nesta semana.
Diante da situação crítica, as máscaras voltaram a ser vistas nos rostos de parte dos paulistas, especialmente ao frequentar ambientes de grande circulação, como ônibus e estações de trem e metrô.
— Durante essa fase mais aguda da doença, é importante a retomada de medidas já conhecidas, como o uso de máscaras em locais não arejados com alto trânsito de pessoas e a vacinação para aqueles que se encontram em grupos de risco —afirma o especialista.
A nova onda, segundo o pesquisador, ocorre em outras partes do país e atingiu também o hemisfério norte, a exemplo da cidade de Nova York, nos Estados Unidos, onde hoje já se vê um declínio da doença.
Em nota, a secretaria estadual da Saúde disse que mantém o monitoramento constante do cenário epidemiológico, inclusive de variantes, em todo o território estadual e reforça a importância da vacinação contra a Covid, em especial as doses de reforço e a bivalente.
“Além da imunização contra a Covid-19, a SES ressalta que as medidas já conhecidas pela população são fundamentais para combater o coronavírus, como higienização das mãos (com água e sabão ou álcool em gel) e etiqueta respiratória (ao tossir e espirrar). , cobrir nariz e boca)”, diz a pasta.
Um trisal de Bragança Paulista, no interior de São Paulo, composto por duas mulheres e um homem, conseguiu na Justiça o direito de registro multiparental do filho Pierre, de 1 ano e onze meses. Com a decisão do Tribunal de Justiça publicada na terça-feira (5), os documentos da criança passam a incluir o nome do pai, Marcel Mira, e das duas mães, Regiane Gabarra e Priscila Machado. Na decisão, o juiz André Luiz da Silva da Cunha, da 1º Vara Cível de Bragança Paulista, argumentou que o reconhecimento da parentalidade socioafetiva é um direito e que a mãe, que ainda não tem o nome na certidão de nascimento, demonstrou exercer a maternidade ao lado dos companheiros.
“Os documentos demonstram que Priscila acompanhou a gestação e nascimento da criança, convive diariamente com ela e acompanha e participa do seu desenvolvimento, exercendo, assim, as funções inerentes à maternidade. Diante desse cenário, não há razão para negar o reconhecimento da maternidade socioafetiva”, disse o juiz na decisão.
Priscila e Marcel eram casados há dez anos, em uma relação de monogamia, quando ela se descobriu bissexual ao se apaixonar por Regiane, sua colega de trabalho na época, que também passou a se identificar como bissexual. Em 2018, os três se envolveram afetivamente e estão juntos desde então.
Nos últimos anos, o trisal passou a planejar ter um filho juntos. Regiane recebeu o material genético de Marcel pelo processo de fertilização in vitro, que, em abril de 2022, deu vida ao Pierre — registrado apenas com o nome dos pais biológicos.
Devido à impossibilidade do registro, a família solicitou à Justiça que o nome de Priscila fosse incluído na certidão de nascimento.
Em entrevista ao Metrópoles, Priscila descreve a conquista do registro como uma grande vitória: “Para mim, parecia um sonho. É como se eu tivesse no fim de uma maratona. Os olhares maldosos não têm como sanar, mas mesmo aquele que olhar com um olhar julgador, agora vai ter que aceitar que ele é meu filho também”.
A decisão também foi comemorada pelo pai Marcel: “A Pri sempre foi mãe do Pierre, mesmo antes do Pierre ter o nome de Pierre, mesmo antes dele ser concebido. Para nós do trisal, toda decisão que a gente toma é uma decisão de três cabeças, e a decisão de ter um filho foi uma decisão que nós três tomamos juntos”, disse ao site de notícias.
O trisal já divide a criação de outros três filhos: um rapaz de 20 anos e duas meninas de 16 e 11 anos, frutos do relacionamento de Priscila e Marcel.
O deputado estadual Capitão Assumção (PL) deixou o presídio na noite desta quinta-feira (7/3) após a Assembleia Legislativa do Espírito Santo derrubar a prisão preventiva que havia sido determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Em vídeo, é possível ver o momento em que o parlamentar é liberado do cárcere. Trajando boné e camiseta com a inscrição “Evangelho sem fronteiras”, Capitão Assumção deixou a prisão erguendo uma Bíblia com as mãos.
“Deus é bom. Glória, Jesus”, disse, dirigindo-se a aliados que o aguardavam do lado de fora da unidade prisional. Por ser policial militar, ele estava detido em um batalhão da PM em Vitória.
Como antecipou a coluna nesta quinta-feira, Moraes acatou a resolução da Assembleia Legislativa que revogou a prisão de Capitão Assumção. Foram 24 votos pela soltura e quatro pela manutenção do encarceramento.
Prisão preventiva Alexandre de Moraes havia decretado a prisão preventiva do parlamentar em 29/2 com a justificativa de que ele descumpriu medida cautelar e usou o TikTok para fazer postagens contra o Supremo Tribunal Federal.
Segundo o magistrado, as publicações configuravam afronta ao Estado Democrático de Direito.
Curiosamente, um voto de Moraes proferido em 2022 foi crucial para que, agora, a assembleia pudesse revogar a prisão. Na ocasião, ele foi favorável à extensão da imunidade parlamentar para deputados estaduais. O placar no STF ficou em seis a cinco.
Depois de virar nome de uma linha de calçados, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também terá sua própria linha de perfume. O produto será lançado pelo maquiador e influenciador Agustin Fernandez, apoiador de Bolsonaro e amigo próximo da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. O perfume que leva o nome do ex-presidente será lançado dia 21 de março, dia do aniversário dele. De acordo com o maquiador, o perfume “traz na essência exclusividade, força masculina e resiliência”.
“Em 2018, o fim da minha carreira foi noticiado. Tudo aquilo que tinha me levado anos para construir, não existia mais. Foi muito difícil ver tudo desabar da noite pro dia apenas por expor a minha opinião política”, disse Agustin no Instagram ao anunciar a nova fragrância. “Hoje começa uma nova era, com a honra e o privilégio de termos assinado na nossa marca um perfume pelo homem que mais admiramos: Jair Bolsonaro. Esta não é a primeira vez que o nome Bolsonaro é atrelado a marcas e produtos. Em março de 2023, Michelle lançou uma linha de cosméticos, também com Agustin. Já em agosto do mesmo ano, o maquiador e a ex-primeira-dama anunciaram uma fragrância intitulada “Lady M”.
Em outra ocasião, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) apresentou a “Bolsonaro Store”, uma loja oficial de e-commerce criada para vender produtos que fazem referência ao mandato do ex-presidente. No site, a apresentação da loja diz que a iniciativa surgiu para “manter vivo na memória boa parte dos feitos”.
Lançada em fevereiro, também de 2023, a plataforma ainda possui um programa de filiados em que os membros divulgam o site e, caso convertam vendas, recebem uma espécie de comissão. A “recompensa” equivale a 10% sobre o valor líquido do pedido — desconsiderando impostos, taxas e frete. O site afirma que as atividades e os produtos contam com o “apoio e colaboração” do ex-presidente.
Os produtos variam entre calendários, canecas, tábuas de churrasco e uma estatueta reproduzindo a silhueta de Bolsonaro. Em cada item, o slogan da plataforma aparece impresso: “nosso sonho segue mais vivo do que nunca”.
Já no começo deste ano, Bolsonaro também virou nome de uma linha de calçados produzida por uma empresa que pertence a um grupo de apoiadores. A marca foi batizada de “Botinas Bolsonaro” e vende sapato, botinas de couro e chinelos de borracha. Segundo a empresa, o ex-presidente permitiu o uso do seu nome nos produtos.
Os produtos recebem nomes como “Chinelo Crocs Bolsonaro Puro Mito”, “Tênis Bolsonaro Liberdade Style” e “Tênis Patriota Style”. A empresa pertence a três apoiadores do presidente e foi registrada em abril de 2023.
Quatro continentes, três gerações e quase dois séculos de história foram necessários para forjar a fortuna de Vicky Safra, que recentemente se tornou a pessoa mais rica do Brasil.
Esta bilionária de cabelos escuros, pouco conhecida para a maioria, alcançou o pódio das pessoas mais ricas da principal potência da América do Sul em 2023, sendo a primeira mulher a ocupar esse lugar no Brasil, de acordo com a revista Forbes.
Vicky, de 71 anos, casou-se aos 17 anos com quem mais tarde se tornaria um dos banqueiros mais poderosos do mundo: Joseph Safra, seu ex-marido e responsável pelo banco homônimo até 2020, ano em que faleceu, deixando para a viúva uma herança bilionária.
A mulher mais rica do Brasil, junto com seus quatro filhos do casamento, possui uma fortuna estimada em pelo menos 18 bilhões de dólares. A família é reconhecida por sua atuação proeminente no setor financeiro e pelo controle de diversas instituições em todo o mundo.
Mas assim como seu falecido marido, a brasileira mais rica mantém um perfil discreto, com poucas aparições públicas e na mídia. A agência Bloomberg chegou a defini-la como “uma guardiã discreta de um império global”.
Vicky nasceu na Grécia, naturalizou-se brasileira e vive na Suíça há mais de uma década. Sua família, de origem judaica, chegou ao Brasil em 1950, quando Vicky ainda era criança. Os Sarfaty – seu sobrenome de solteira – estabeleceram amizade com a família de quem se tornaria seu marido, os Safra, que chegaram ao país três anos depois.
“Foi amor à primeira vista, um amor que duraria até o último momento de vida”, confessou Joseph sobre seu relacionamento com Vicky, com quem teve quatro filhos, os outros herdeiros do império: Jacob, Esther, Alberto e David.
O pai de Joseph, Jacob Safra, mudou-se para o Brasil, atraído pelas oportunidades oferecidas pelo pós-guerra, e fundou a Safra Importação e Comércio, uma empresa de comércio de máquinas, metais e gado. Naquela época, o banco em terras brasileiras, que surgiria em 1972 com a compra do Banco das Indústrias, e o posterior crescimento espetacular do grupo em nível mundial, ainda era um sonho.
Origens sírias Mas a semente da fortuna dos Safra, assim como sua primeira incursão no mundo financeiro, é muito mais antiga.
Na verdade, desde a década de 1840, quando na região atual de Aleppo, na Síria, a família estabeleceu um empreendimento que operava como um pequeno banco financeiro para missões comerciais. Safra Frères & Cie, como era chamado, fornecia recursos para as caravanas de camelos encarregadas de conduzir o comércio pelo Oriente Médio durante o antigo Império Otomano. O banco bem-sucedido se expandiria mais tarde para as cidades de Alexandria e Istambul.
Com o declínio do Império Otomano, a família Safra ajustou sua estratégia. O comércio em Aleppo perdeu força e decidiram transferir sua operação para Beirute, no Líbano, onde em 1929 Jacob, pai de Joseph, fundou o banco Jacob E. Safra.
Escândalo familiar O processo que tornou Vicky Safra a brasileira mais rica não tem sido isento de polêmicas e desavenças dentro da família.
Alberto Safra, um dos filhos do meio do casamento, deixou em 2019, um ano antes da morte de seu pai, o conselho familiar do banco para fundar a ASA Investments, uma empresa que administra patrimônios, vista como concorrência pelo resto da família. Mais tarde, ele iniciou ações legais contra sua mãe e dois de seus irmãos.
Ele questiona que sua mãe e dois de seus irmãos lhe tiraram parte de sua participação no Safra National Bank de Nova York, também propriedade da família, diluindo indevidamente sua parte. Ele até alegou que seu pai, que lutou contra o Parkinson em seus últimos anos, não tinha as faculdades cognitivas adequadas para deserdá-lo, sugerindo um complô familiar.
“Ele atentou contra seu pai em vida e agora contra sua memória”, respondeu publicamente a família sobre o caso, que está em tramitação nos tribunais de Nova York desde fevereiro de 2023.
A viúva do banqueiro tem pouca exposição pública no Brasil nos dias de hoje.
Ela fundou em 2022 uma entidade filantrópica em homenagem à trajetória de seu marido, a “Vicky and Joseph Philanthropic Foundation”. Através dela, ela apoia setores como saúde, educação, arte e cultura.
Ela é uma das principais doadoras de dois dos hospitais privados do Brasil, o Albert Einstein e o Sírio-Libanês.
Longe dos holofotes, o poder e a riqueza da viúva de Joseph Safra cresceram sem chamar a atenção.
Além de ser a principal controladora das duas principais empresas da família, o Banco Safra do Brasil e o J. Safra Sarasin da Suíça, ela é proprietária de imóveis renomados. Entre eles, o arranha-céu neofuturista Gherkin de Londres (30 St Mary Axe), projetado por Norman Foster, e o complexo de escritórios no número 660 da Madison Avenue, em Nova York.
Sob a tutela da mãe, a nova geração Safra busca continuar expandindo o império. Eles adquiriram nos últimos anos, por exemplo, os negócios do Bank of Montreal em Hong Kong e Singapura.
“O grupo tem escala e força para atender às necessidades de nossos clientes nas próximas gerações”, disse Jacob Safra, filho responsável pelas operações internacionais do grupo, em um relatório anual da empresa.
“Esperamos manter outros 180 anos de resiliência e desempenho”, acrescentou.