Dólar dispara a R$ 5,00 e Bolsa cai com economia americana aquecida

O dólar superou a marca de R$ 5,00 nesta segunda-feira (5/2). Na semana passada, ele havia fechado a R$ 4,968. A elevação foi consequência de dados divulgados nos Estados Unidos, que apontam para um aquecimento da economia americana.
O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços dos EUA subiu a 53,4 pontos em janeiro. A estimativa do mercado era de que o indicador não ultrapassasse os 52 pontos.

Na leitura do mercado, os sinas de força do mercado americano confiram previsões de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deve demorar para iniciar o ciclo de corte de juros no país.
Os juros altos nos EUA aumentam a atratividade dos títulos da dívida americana, os Treasures. Com isso, os investidores perdem o interesse por ativos de renda variável, como ações negociadas em Bolsa, principalmente em países emergentes, como é o caso do Brasil.

Com as notícias sobre a economia americana, o dólar comercial passou a operar em alta de 0,94%, a R$ 5,014.

O Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira (B3), começou o dia em alta, mas virou para o campo negativo depois da divulgação do PMI de serviços. Às 13h10, ele caía 0,52%, aos 126.517 pontos.

Metropoles

Postado em 6 de fevereiro de 2024

Haddad pede ao Congresso consciência para responsabilidade fiscal

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pediu nesta segunda-feira (5) que o Congresso Nacional tenha consciência da Lei de Responsabilidade Fiscal ao discutir qual será a apreciação da medida provisória da reoneração da folha de pagamento de empresas tidas como grandes empregadoras.

As declarações foram na saída de um evento com economistas, na sede do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), no Rio de Janeiro.

A MP editada pelo governo prevê reoneração gradual de impostos em 17 setores da economia. No fim do ano passado, o Congresso tinha aprovado a prorrogação da isenção de impostos para essas empresas por mais 4 anos, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou a medida. Em seguida, Congresso derrubou o veto presidencial.

O tema é uma das prioridades do Congresso, que retoma as atividades nesta segunda-feira, após o recesso legislativo. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tem defendido uma solução negociada para a MP da reoneração da folha.

Déficit zero
Para o governo, a volta da oneração é um dos caminhos para aumentar a arrecadação e perseguir a redução do déficit público. “Nós vamos sentar com os líderes e abrir os números. O importante, neste momento, é que o Congresso tome consciência dos números do orçamento aprovado ano passado”, disse Haddad.

O ministro explicou que a decisão dos parlamentares precisa estar de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal. “Precisamos que qualquer gesto do Congresso na direção de um setor da economia seja compensado por medidas que equilibrem o orçamento”, afirmou.

“Nós temos que ter essa clareza de que tem uma lei complementar à qual as leis ordinárias estão subordinadas. É o caso da LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias], é o caso da Lei Orçamentária”, completou.

O ministro da Fazenda manifestou que há abertura no governo para ajustes. “Se o Congresso entender que há outras alternativas a serem consideradas, obviamente nós vamos para a mesa ouvir”, declarou.

ebc

Postado em 6 de fevereiro de 2024

Cientistas usam 6.000 imagens para descobrir como é o cérebro de uma pessoa com TDAH

cientistas têm utilizado uma técnica analítica inovadora para estudar imagens cerebrais de mais de 6.000 crianças, identificando padrões de conectividade comuns em indivíduos com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
Este avanço permite uma compreensão mais profunda da condição, que afeta um número crescente de pessoas.

A pesquisa se baseia no uso da ressonância magnética funcional em estado de repouso (rs-fMRI), um método que capta a atividade neural enquanto o paciente está relaxado, sem realizar tarefas cognitivas específicas.

Esta técnica oferece aos neurocientistas dados valiosos sobre a coordenação entre diferentes áreas cerebrais, essencial para compreender uma variedade de condições neurológicas.

O estudo liderado por Michael Mooney, da Oregon Health & Science University, superou desafios anteriores na pesquisa do TDAH, como amostras pequenas e métodos inconsistentes. A equipe desenvolveu uma nova abordagem chamada pontuação polineuro (PNRS), permitindo uma análise mais abrangente das imagens cerebrais.

“Nossas descobertas demonstram uma associação robusta entre padrões de conectividade cerebral (PNRS) e 554 sintomas de TDAH”, explicaram os autores no estudo científico publicado na The Journal of Neuroscience.

Além de fornecer insights sobre o TDAH, a pesquisa indica que a técnica PNRS pode ser útil para identificar mecanismos comuns a diferentes condições neurológicas e psiquiátricas.

Isso poderia, por exemplo, revelar se um padrão típico de TDAH está associado a sintomas de depressão, auxiliando na identificação de pacientes com risco de comorbidades.

Enquanto os diagnósticos de TDAH aumentam e o conhecimento sobre a condição se expande, ainda existem lacunas significativas sobre sua neurobiologia.

A coleta de grandes conjuntos de dados de imagem é crucial, mas a chave está em métodos eficazes para interpretar essas informações que foram capturadas.

Os autores esperam que suas técnicas abram novos caminhos para compreender o TDAH e outras condições com a ajuda de mais pesquisas na área de saúde mental com base na tecnologia neurológica.

Jornalciencia

Postado em 6 de fevereiro de 2024

Padre é investigado por golpe financeiro em soberania no Paraná

A Polícia Civil do Paraná está investigando o Padre Luiz Carlos dos Santos para influenciar sua fidelidade a se tornarem investidores em um negócio paralelo que, segundo ele, poderia trazer um lucro de até 50% por semana . Com o seguimento da investigação, o homem poderá ser indiciado por estelionato, lavagem de dinheiro e falsificação de documentos .

O suposto sacerdote guiou sua fidelidade por meio das redes sociais e recebeu centenas de doações.

Logo após, os mesmos adeptos que seguiram os conselhos do padre chegaram a denunciar o golpe. A partir daí, a Polícia Civil iniciou as investigações do suposto esquema de pirâmide.

“Perder esses R$ 300 foi bastante, um volume para mim. Para outras pessoas não é nada, mas pra gente foi um dinheiro bastante grande”, declarou Maria Silva, dona de casa, em entrevista à TV Record.

Como visto em outros golpes semelhantes, os investidores, ao perceberem que não receberam todo o lucro prometido, desejaram entrar em contato com o acusado, mas não receberam retorno.

Padre aplica golpes: Igreja Ortodoxa Tradicional no Brasil se posiciona
Luiz Carlos se apresenta como um ortodoxo missionário, mas a Igreja Ortodoxa Tradicional no Brasil retratou-se afirmando que ele não faz parte da congregação.

O padre foi ordenado pela Igreja Católica em 1997 na ordem dos franciscanos em Ponta Grossa, no Paraná. A Igreja Católica confirmou a informação à reportagem da TV Record, mas não soube comunicar o desfile do padre.

Sem golpe, ele orientou os investidores a repassarem o investimento para a conta de uma ONG. A organização, no entanto, não tem histórico sobre a sua área de atuação.

No registro formal do CNPJ, a organização tem como atividade a assistência e o auxílio a pessoas com distúrbios mentais e dependência química.

Padre aplica golpes: representação do acusado
Com a repercussão do caso, o padre se retratou. Segundo ele, teriam sido enganados por três pessoas que trabalharam na bolsa de valores e que se disponibilizaram para concretizar o negócio.

Ele relatou que, após os homens se possibilitarem a oferta de ajuda, acabaram não trazendo o retorno de sua assembleia, e ele terminou desamparado.

O POVO

Postado em 6 de fevereiro de 2024

Mendonça vota por absolvição ou pena de até 5 anos para réus do 8/1

O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), divergiu do posicionamento da maioria do plenário em caso que analisa 29 ações penais de réus pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Enquanto a maioria da Corte votou pela condenação de mais 29 réus, com penas que variam de 14 a 17 anos, Mendonça votou por absolver ou por penas menores.
O ministro-relator dos casos, Alexandre de Moraes, e outros seis ministros votaram pela condenação dos acusados de participação nos atos golpistas de 8 de janeiro, que culminaram na depredação e invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília. No entanto, Mendonça absolveu alguns e determinou pena máxima de 5 anos e 10 meses em outros casos.

Em uma das ações penais, contra Cleodon Oliveira Costa, por exemplo, Moraes votou pela pena de 14 anos. Mendonça, porém, entendeu que as acusações contra o réu são improcedentes.

O ministro alega que são improcedentes: a pretensão acusatória nas acusações de golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima edeterioração de patrimônio tombado. Absolve também da abolição violenta do Estado Democrático de Direito e associação criminosa armada.

“No meu sentir, não restou suficientemente demonstrada a prática, pela parte requerida, do delito do art. 359-L, do Código Penal, o qual pune com pena de 4 a 8 anos de reclusão quem “tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais”, diz Mendonça em um dos 29 votos.

Até o momento, Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Luiz Fux votaram pela condenação, com penas que variam de 14 a 17 anos de reclusão, além de multa de R$ 30 milhões por danos coletivos. Os ministros Cristino Zanin e Edson Fachi votaram pela condenação, mas discordam da dosimetria da pena em alguns casos.

Esta é a sétima leva de julgamentos dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. O STF condenou, até o momento, 30 réus, com penas que variam de 3 a 17 anos de prisão.

Caso as condenações, no momento com maioria, se confirmem, os julgados terão de pagar indenização, a título de danos morais coletivos, no valor mínimo de R$ 30 milhões. A quantia será quitada de forma solidária com todos os condenados pelos atos antidemocráticos.

Os réus foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; associação criminosa armada; dano qualificado; e deterioração de patrimônio tombado.

Conheça os nomes que são julgados em plenário virtual até 00h desta segunda:

Carlos Antonio Silva
Carlos Eduardo Bon Caetano da Silva
Claudinei Pego da Silva
Cleodon Oliveira Costa
Dirce Rogerio
Edilson Pereira da Silva
Eric Prates Kobayashi
Francisca Hildete Ferreira
Igilso Manoel de Lima
Ilson Cesar Almeida de Oliveira
Ivanes Lamperti
Jaqueline Konrad
Jesse Lane Pereira Leite
Joanita de Almeida
Jose Carlos Galanti
Josias Carneiro de Almeida
Josiel Gomes de Macedo
Josilaine Cristina Santana
Josino Alves de Castro
Maria Cristina Arellaro
Matheus Dias Brasil
Matheus Fernandes Bomfim
Nelson Ferreira da Costa
Paulo Cesar Rodrigues de Melo
Sandra Maria Menezes Chaves
Sergio Amaral Resende
Sipriano Alves de Oliveira
Valeria Gomes Martins Villela Bonillo
Ygor Soares da Rocha

Metrópoles

Postado em 6 de fevereiro de 2024

Turistas estrangeiros deixam no Brasil volume recorde de US$ 6,9 bi

O volume de recursos deixados por turistas estrangeiros em 2023 no Brasil foi recorde – US$ 6,9 bilhões, o equivalente a R$ 34,5 bilhões – e levou o país a assumir a liderança sul-americana em termos de arrecadação no setor, conforme o ranking de 20 países divulgado nesta segunda-feira (5) pela agência ONU Turismo.

O Brasil detém ainda o segundo lugar em recuperação pós-pandemia nas Américas, com aumento de 15% em relação ao período pré-pandêmico, atrás apenas do México, e ocupa a 14ª posição no mundo. O México aparece na décima colocação. De acordo com o levantamento da ONU Turismo, o país com maior crescimento nas receitas deixadas por estrangeiros foi a Sérvia, com 79%.

Os recursos injetados no ano passado na economia brasileira por visitantes vindos do exterior superam em 1,5% a maior arrecadação obtida com o turismo internacional, registrada em 2014, quando o país foi sede da Copa do Mundo de futebol. A meta estabelecida no Plano Nacional de Turismo era de acréscimo de 8,58% na receita gerada pelo turismo internacional em 2023, mas o resultado apurado mostrou crescimento anual de 41%. Em 2022, os turistas internacionais deixaram no Brasil US$ 4,9 bilhões.

O ministro do Turismo, Celso Sabino, disse à Agência Brasil que o número recorde foi resultado de vários esforços empreendidos pelo governo federal “no sentido de mostrar o Brasil para o mundo, da forma como o Brasil realmente é”. Sabino lembrou que as diversas visitas feitas pelo presidente Lula a outros países e destaco que o Brasil foi reconhecido pelo Banco Mundial como a nona maior economia do planeta no fim do ano passado.

“Nosso país vem sendo chamado inclusive para mediar conflitos bélicos pelo mundo. Você vê a agenda do presidente Lula sendo disputada tanto pelo presidente da Rússia quanto pelo presidente da Ucrânia, por exemplo. Há uma maciça campanha de promoção dos nossos principais atrativos no mercado internacional, nas grandes feiras. E hoje, nós estamos podendo comemorar o recorde de R$ 34,5 bilhões gastos por turistas estrangeiros, em 2023”.

Em agosto do ano passado, quando o Brasil superou a marca histórica para o mês, o ministro já começou a vislumbrar que 2023 se apresentaria como um ano de bons números para o turismo.

Perspectivas
Celso Sabino disse acreditar que o resultado deste ano será ainda melhor. Ele destacou que houve recorde de público nas festas de réveillon realizadas em todo o país, e ressaltou que Fortaleza registrou, em um único dia de evento, 1 milhão de pessoas. “Maceió batendo recorde de público, como Salvador, Recife, Rio de Janeiro. A crença de que o nosso país é um atrativo turístico e apresenta todas as condições para se empreender turismo, tanto por estrangeiros, como por nacionais, está ganhando corpo e uma forma orgânica e muito rápida”, enfatizou.

Para o ministro, o carnaval deste ano deverá ter maior movimento de pessoas fazendo turismo no Brasil. Pesquisa do Ministério do Turismo sinaliza que mais de um terço da população brasileira deve fazer turismo no versão até março, sendo boa parte desse público no carnaval.

“As cidades estão se organizando, se preparando para isso. O governo federal tem dado apoio, através dos ministérios do Turismo, do Desenvolvimento Regional, das Cidades, da Saúde, da Educação, dos Portos e Aeroportos, para que o brasileiro e o turista que venham aproveitar aqui o verão, até março, que tenham todas as condições de conforto, comodidade, segurança e infraestrutura”, acrescentou.

O novo Plano Nacional de Turismo, aprovado no fim de janeiro pelo Conselho Nacional de Turismo, estabeleceu a meta de alcançar, em 2027, o montante de US$ 8,1 bilhões.

Eventos
Na quinta-feira (8), Celso Sabino participará de vários eventos no estado do Rio de Janeiro. De manhã, junto com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, Sabino, dará entrevista coletiva no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro – Galeão, anunciando o total de gastos efetuados por estrangeiros no Brasil, no ano passado. Em seguida, ele irá a Itaperuna, para lançamento do aeroporto daquela cidade e retornando ao Rio para cumprir agenda na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No sexta-feira (9), ao lado do prefeito do Rio, Eduardo Paes, Sabino participará do ato simbólico de entrega das chaves da cidade ao Rei Momo.

Durante o carnaval, Sabino participará de vários eventos pelas principais cidades do país e, no dia 17, voltará ao Rio, para assistir, no Sambódromo, ao desfile das escolas de samba campeãs do carnaval 2024.

EBC

Postado em 6 de fevereiro de 2024

Pedidos de recuperação judicial saltam 68,7% em 2023, diz Serasa

Os pedidos de recuperação judicial saltaram em 2023 em 68,7% na comparação com o ano anterior, atingindo 1,4 mil pedidos, de acordo com informação divulgada pela Serasa Experian. Este foi o quarto maior número de pedidos já registrado desde 2005, quando a Serasa Experian iniciou a série histórica.

O maior número de pedidos de recuperação judicial aconteceu em 2016, quando 1,8 mil empresas recorreram à Justiça para se protegerem de seus credores. O número de pedidos atingiu a marca de 1,420 mil em 2017 e de 1,408 mil em 2018.

O ano de 2023 foi marcado pelos pedidos de recuperação de grandes empresas como Americanas, Light e Oi.

A expectativa de especialistas ouvidos pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) ainda em 2023 era de que este ano, o número de reestruturações de dívida de empresas seguiria crescendo.

A Gol, por exemplo, já entrou com pedido de recuperação judicial, mas nos Estados Unidos.

“O ano passado foi marcado por um recorde de inadimplência das empresas, influenciando significativamente o panorama da recuperação judicial. Embora os sinais de melhoria tenham começado a surgir, como a queda da inflação e das taxas de juros, a reação no cenário de recuperação judicial mostra-se mais lenta”, comenta o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.

O setor de serviços puxou o número de pedidos de recuperações em 2023, com 651 pedidos, seguido por comércio, com 379 solicitações.

Em dezembro de 2023, foram registradas 102 requisições de recuperações judiciais, uma alta de 32,5% em relação ao mesmo mês de 2022. Na variação mensal, a indicação foi de queda de 41,7%.

Falências
Os pedidos de falências também tiveram alta em 2023: foram 983 pedidos ante 866 registrados em 2022, um aumento de 13,5%.

Foram as “micro e pequenas empresas” que puxaram a alta (546), seguidas pelas “médias” (231) e pelas grandes companhias (206).

O setor que mais demandou pelos pedidos foi o de serviços (373), seguido por indústria (311) e comércio (292).

CNN

Postado em 6 de fevereiro de 2024

Em tom de chantagem, Lira diz que Orçamento não pode ser só do Executivo

Em discurso na abertura do ano legislativo, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP–AL), mandou recados diretos ao Palácio do Planalto. As críticas ocorrem em meio à disputa entre o Congresso Nacional e o Executivo sobre as emendas parlamentares do Orçamento de 2024. Com voracidade nunca vista, o Centrão quer manter o patamar de R$ 53 bilhões em emendas para o orçamento atual.

“Não fomos eleitos para sermos carimbadores. O orçamento é de todos os brasileiros e brasileiras, não é e nem pode ser de autoria exclusiva do Poder Executivo e, muito menos, de uma burocracia técnica que, apesar do seu preparo, não foi eleita para escolher as prioridades da nação e não gasta a sola do sapato percorrendo os pequenos municípios brasileiros como nós parlamentares”, disse Lira.

O presidente da Câmara afirmou ainda que, em 2024, os deputados vão continuar trabalhando para entregar leis de interesse do Brasil, independente das eleições municipais e das disputas com o Executivo. Segundo Lira, não haverá “omissão” do Legislativo.

“Erra grosseiramente qualquer um que aposte numa suposta inércia desta Câmara em 2024, seja por causa das eleições municipais que se avizinham, seja ainda em razão de especulações sobre eleições para a próxima Mesa Diretora. Erra ainda mais quem apostar na omissão desta Casa que tanto serve e serviu ao Brasil em razão de uma suposta disputa política entre a Câmara dos Deputados e o Executivo”, afirmou o deputado.

Em entrevista ao jornal O Globo, a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, falou o que pensa do montante destinado a emendas parlamentares.

“Achei um ultraje o valor aprovado para emendas parlamentares no Orçamento, R$ 53 bilhões. É quase o total para investimento. Não sou contra as emendas, mas elas não podem substituir (o papel do governo). Não há um planejamento para o país na execução desses recursos, que seguem interesses dos parlamentares. Aí, o presidente (Lula) veta R$ 5,6 bilhões, e o pessoal do Congresso fica bravo, chateado. Não pode ser assim. Tudo tem limite. Temos que conservar o que é papel constitucional de cada Poder”, ressaltou Gleisi Hoffmann.

TRÊS PODERES

Lira também mandou recado ao Supremo Tribunal Federal (STF). E avisou que se manterá “atento” ao papel institucional de cada um dos Poderes da República.

“Não usurparemos os limites estabelecidos pela Constituição, assim como não permitiremos que o façam conosco. Estarei sempre atento e vigilante em relação ao papel institucional de cada Poder da República”, acrescentou.

Presente na abertura do ano legislativo, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o discurso de Arthur Lira não preocupa o Palácio do Planalto. Para ele, o diálogo entre os Poderes seguirá em 2024.

“Ele fala em nome do Parlamento. Nós haveremos sempre de encontrar um diálogo, ajudar a construir pontes. Quando ele diz que errará aqueles que apostarem num confronto entre o Legislativo e o Executivo, é uma sinalização positiva de quem quer o diálogo”, disse o ministro.

MENSAGEM

Em mensagem enviada ao Congresso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou as metas e desafios para 2024 e reconheceu que é preciso fortalecer o diálogo com o Parlamento.

“Os desafios giram em torno da continuidade do restabelecimento e fortalecimento do diálogo institucional, com vistas a promover um encontro de agendas em torno de objetivos comuns ao desenvolvimento sustentável do Brasil”, informou o Planalto.

ICL

Postado em 6 de fevereiro de 2024

“Vacina da dengue não é resposta imediata para epidemia”, diz ministra da Saúde

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirma que, apesar de a vacina ser fundamental no combate à dengue, o imunizante não é uma resposta imediata para o atual cenário de epidemia da doença no país, já que o intervalo das doses é de três meses.
A afirmação foi feita, nesta segunda-feira (5), durante a inauguração do primeiro polo municipal de atendimento para pacientes com dengue, em Curicica, na Zona Oeste do Rio.

Só neste ano, o município do Rio já registrou mais de 11 mil casos de dengue. O número representa a metade dos infectados em todo o ano passado. A Zona Oeste é a região que registra as maiores taxas de incidência da doença.

A Prefeitura do Rio de Janeiro decretou estado de emergência por causa do aumento nas internações. O decreto foi assinado por Eduardo Paes e publicado no Diário Oficial do município.

O Brasil possui 262.247 casos prováveis de dengue, segundo o Ministério da Saúde. Lembrando que ela provoca dores de cabeça intensas, dores musculares e articulares fortes, manchas avermelhadas pelo corpo e febre alta.

BAND

Postado em 6 de fevereiro de 2024

Difícil de diferenciar, inteligência artificial avança sobre marketing político

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aperta o passo para definir, até o mês que vem, um conjunto de regras sobre o uso da inteligência artificial (IA) que possam valer nas eleições municipais deste ano. A minuta de resolução – debatida pela Corte em audiência pública em janeiro – ataca principalmente a produção de conteúdo audiovisual manipulado e inverídico. Mas o debate de repercussão nacional também lança luz sobre uso da IA como ferramenta de marketing político e sua capacidade de criar, quase sem auxílio humano, peças de campanha como slogans, jingles, propagandas e até mesmo planos de governo. Produtos que são difíceis de distinguir por quem foi feito: homem ou máquina?

Recursos de IA como o ChatGPT – que produz textos a partir de comandos – dão uma pequena mostra de como pode ser fácil criar conteúdos para campanhas políticas com mínima intervenção humana. Em teste feito na versão gratuita do programa, por exemplo, a reportagem de O TEMPO conseguiu produzir, em poucos segundos, peças como planos de governo, roteiros de propaganda eleitoral gratuita e até jingles para alguns dos possíveis pré-candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte. Para isso, foi necessário informar poucos detalhes, como nome, histórico político e pautas defendidas nos últimos meses pelo possível postulante ao cargo.

Embora defenda que a IA não é capaz de substituir o trabalho do profissional de marketing nas eleições, o publicitário Acácio Veras admite que será cada vez mais desafiador discernir o que foi produzido pela criatividade humana ou por máquinas. “É até certa inocência acreditar que há possibilidade de prever o que de fato é feito por humanos ou por IA. Essa será uma missão inglória e difícil de ser feita”, opina o marqueteiro.

Diretor de uma agência de marketing eleitoral que usa IA para elaborar estratégias de campanha, Antonio Carlos Paes Barbosa lembra ainda que a IA consegue até mesmo “se passar” por um candidato ao interagir e responder aos eleitores de forma automatizada nas redes socias. “Hoje, infelizmente, você pode até criar uma persona (personagem fictício) e ela conversa com pessoas”, explica.

Apesar da facilidade de uso, porém, ferramentas como o ChatGPT têm limitações. Durante as simulações feitas pela reportagem, por exemplo, o programa produziu conteúdos genéricos que poderiam compor as propostas de qualquer outro município. Além disso, a base de dados não tem informações posteriores ao ano de 2022.

Para o pesquisador Frederico Oliveira, do Centro de Excelência em Inteligência Artificial (Ceia) da Universidade Federal de Goiás (UFG), se ignoradas, essas falhas podem colocar em maus lençóis principalmente candidatos que, eventualmente, tentem se arriscar a produzir material de campanha com IA devido às limitações financeiras para contratar uma equipe de marketing. “É um risco muito grande. Essas ferramentas têm um problema que chamamos de ‘alucinação’, ou seja, quando elas não sabem algo elas podem inventar, mas muita gente não está ciente disso”, explica o pesquisador.

O marqueteiro Acácio Veras defende que a inteligência artificial já é elemento indispensável para o desenvolvimento de campanhas, mas ressalta que seu uso vai muito além da criação de ‘receitas prontas’ para candidatos. Segundo ele, a capacidade de ‘minerar dados’ e de mapear interesses dos eleitores a partir da navegação dos usuários de redes sociais, por exemplo, tem muito mais valor do ponto de vista estratégico. “A IA capta com muito mais facilidade e instantaneidade as temperaturas do ambiente político para te ajudar na tomada de decisão”, analisa.

O TEMPO

Postado em 6 de fevereiro de 2024

Por que montadoras estão anunciando investimentos bilionários no Brasil

O Brasil viveu tempos sombrios nos últimos anos quando conversamos sobre as fábricas de automóveis, fechamentos de plantas importantes como Ford (três unidades), Toyota (São Bernardo do Campo-SP) e Mercedes-Benz (Iracemápolis-SP), perdendo milhares de postos de trabalho. Agora, no entanto, o jogo parece ter virado. Em poucos meses, quatro montadoras anunciaram quase R$ 21 bilhões de investimentos no mercado brasileiro – mais está por vir. Afinal, o que está por trás da investida?

O maior investimento foi anunciado pela Volkswagen na última quinta-feira (01). A montadara alemã investirá R$ 9 bilhões no país entre 2026 e 2028, além dos R$ 7 bilhões já anunciados para transporte entre 2022 e 2026 – um total de R$ 16 bilhões.

Em um primeiro momento, contemplamos o desenvolvimento e a produção de quatro novos carros, previstos para 2024. Entre as novidades, a marca já confirmou que lançará uma picape – que deve concorrer com Fiat Toro e Chevrolet Montana -, um novo motor e uma nova plataforma – os dois últimos serão utilizados em veículos híbridos. Até 2028, serão 16 novos veículos.

Na semana anterior, foi a Chevrolet que anunciou seu novo ciclo de investimentos de R$ 7 bilhões até 2028 – o que inclui a atualização de suas plantas, o lançamento de seis veículos ainda em 2024 e a renovação de todo o portfólio até o fim do ciclo . A marca também afirmou que modelos eletrificados, sem cravar se híbrido ou elétrico, fazem parte dos planos.

Em novembro do ano passado, foi uma vez a Nissan anunciou um investimento adicional de R$ 1,5 bilhão. No total, serão R$ 2,8 bilhões aportados em sua planta em Resende (RJ) entre 2023 e 2025. A Renault também direcionou R$ 2 bilhões para o Brasil.

Oportunidade x necessidade
Tantos anúncios em pouco tempo revelam que não se trata de decisões pontuais de cada marca, mas de uma mistura de necessidade com oportunidade. Conforme explicado pelo CEO da Volkswagen do Brasil, Ciro Possobom, em entrevista à coluna, “investimentos sempre acontecem, mas o cenário define o tamanho”.

Uma tradução justa para frase é que toda marca que produz no país precisa aportar mais dinheiro para se manter, mas o momento atual, com incentivo à eletrificação pela legislação, é uma oportunidade para investir mais.

Para o executivo da Volks, um conjunto de fatores justificam o porte, entre eles, o bom ano que a marca viveu em 2023, figurando como a montadara que mais cresceu em participação de mercado entre as cinco maiores. O que, além da consequência das estratégias definidas, foi influenciado pela melhoria nos índices econômicos.

As perspectivas futuras também impactam na decisão: a Reforma Tributária, o retorno da tributação para carros elétricos importados e o Mover – programa de incentivo à Mobilidade Sustentável – são citados como fatores importantes.

“A tributação dos carros eletrificados importados influencia totalmente na decisão. Caso contrário, era mais simples trazer carros de outros países. Foi uma atitude acertada, que incentiva o investimento no país. Já o Mover, que é mais recente, ajuda a ratificar que a nossa decisão foi correta. Estamos apostando forte na produção de carros híbridos flex, que serão incentivados pelo programa”, argumenta o Possobom.

Os discursos dos executivos da Chevrolet durante o anúncio da primeira fase no novo ciclo de investimento também trouxeram uma visão positiva do cenário econômico.

“A visão de longo prazo da GM é continuar investindo e crescendo, trabalhando em conjunto com o poder público para reindustrializar o Brasil e crescer no mercado. Estamos vislumbrando um cenário de segurança jurídica, com o anúncio do Mover, o comportamento da taxa de juros , bolsa…”, afirmou Fábio Rua, vice-presidente de Relações Governamentais e Comunicação da montadora.

Outro fator que não é dito claramente, mas que, certamente, está na conta dos executivos, é fazer frente às chinesas que chegaram ao país no último ano. Tanto BYD quanto GWM anunciaram investimentos, embora mais tímidos, na construção de fábricas no Brasil.

A questão é que – devido ao volume de produção em todo o mundo – essas marcas oferecem preços competitivos, que impactam fortemente o mercado.

UOL

Postado em 6 de fevereiro de 2024

Covid-19: Rio registra 1.351 novos casos e 23 mortos na última semana

Rio – A Secretaria Estadual de Saúde (SES) do Rio de Janeiro contabilizou 1.351 novos casos e 23 mortes em decorrência da de covid-19 entre os dias 29 de janeiro e 5 de fevereiro de 2024. Neste período, houve nove internações pela doença. A taxa de letalidade permaneceu a mesma da última semana, em 2,68%.
Desde o início da pandemia em março de 2020, o estado do Rio de Janeiro acumula 2.901.953 casos confirmados, com 198.124 internações e 77.845 óbitos por causa do vírus. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (5), no Painel de Coronavírus do Governo do Estado. A plataforma é atualizada semanalmente.

De acordo com a última contagem disponível, que data do dia oito de janeiro deste ano, a taxa de internação de adultos em UTIs permanece em 67%. Quanto aos leitos de enfermaria dedicados a pacientes com o vírus, todos seguem com 100% de ocupação.
Vacinação
Segundo o Vacinômetro do Governo do Estado, 90% da população com mais de 12 anos tem o esquema de vacinação de duas doses completo. A partir dos 5 anos, o número chega a 82%.

A cobertura vacinal cai para 62% a partir da 1ª dose de reforço com idade de 12 anos ou mais. Na segunda dose de reforço, o total chega a 23%.

O DIA

Postado em 6 de fevereiro de 2024

Argentina: Milei decreta intervenção em meios de comunicação públicos

O governo Javier Milei decretou intervenção meios de comunicação públicos na Argentina. A medida, que também nomeia interventores a esses veículos, tem validade de um ano.
Anunciado durante o fim de semana, o texto foi concretizado nesta segunda-feira (5/2), a partir de publicação no Diário Oficial.

O decreto abrange os veículos Educ.ar, Télam, Rádio e Televisão Argentina e Conteúdos Públicos, que reúne TV Pública, Encuentro, Pakapaka, DeporTV e a plataforma Count.

De acordo com o portal La Nación, a medida pode representar um primeiro passo para a privatização desses veículos de comunicação, o que cumpriria promessas de Milei.

O decreto tem como objetivo reformular e reajustar as empresas, avaliar ou modificar pessoal ou aprovar um novo estatuto. Além disso, dá autorização para modificar contratações e a estrutura de pessoal.

O decreto designa o como auditor Diego Martín Chaher e auditor adjunto, Diego Sebastián Marías.

Metrópoles

Postado em 6 de fevereiro de 2024

Governo de SP bloqueia acesso a apps em escolas estaduais; veja lista

A partir desta segunda-feira, 5, o acesso a diversos aplicativos e plataformas de streaming ficará bloqueado em escolas da rede estadual de ensino em ambientes administrativos e pedagógicos das unidades, conforme anúncio feito pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP).

“A Seduc-SP confirma que, a partir desta segunda-feira, o acesso a aplicativos e plataformas sem fins educativos será suspenso nas redes (cabeamento e Wi-Fi) das unidades escolares”, acrescentou em nota.

Segundo a pasta, o objetivo é otimizar o uso de infraestrutura tecnológica para o desenvolvimento pedagógico dos estudantes.

Veja os aplicativos e plataformas que serão bloqueados:
TikTok
Kwai
Facebook
Instagram
GloboPlay
Roblox
Netflix
Amazon Prime Vídeo
X (antigo Twitter)
Twitch
HBO Max
Disney+
Steam
Proibir o uso de dispositivos digitais resolve o problema?
A taxa foi a sexta maior entre todos os países que participaram do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), exame aplicado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Quatro em cada dez (40,3%) também disseram se dispersar quando veem outros colegas usando os aparelhos.

Ainda segundo a OCDE, em escolas onde os aparelhos são proibidos, os alunos são, de fato, menos propensos a relatar distração por causa desses dispositivos durante as aulas de matemática. “À primeira vista, a proibição dos telemóveis parece ser uma política útil. No entanto, são necessárias mais pesquisas para compreender plenamente a eficácia e o impacto de tais proibições.”

Isso porque a pesquisa também detectou que 30% dos estudantes em escolas onde a utilização é proibida relataram utilizar um smartphone várias vezes ao dia. Além disso, o estudo mostrou que o uso moderado dos aparelhos, seja para estudo ou lazer, dentro da escola, apresentam notas maiores.

Como pais e mães controlam o uso de celular pelos filhos?
Limite de horas em frente às telas e apps de supervisão parental são estratégias. Além disso, especialistas recomendam dialogar e criar regras, além de dar o exemplo no uso moderado da tecnologia

Nos Estados Unidos, estudo conduzido pelo Pew Research Center em 2020, descobriu que quase sete em cada dez (66%) pais dizem que a tarefa de criar os rebentos é mais difícil do que há 20 anos, e a principal razão, afirmam, é a tecnologia.

As mudanças têm sido tão velozes, dizem, com o acesso a telas e à conexão cada vez mais fácil, que, por vezes, os artifícios de criação e controle de um filho para outro, mesmo com poucos anos de diferença, podem não ser os mesmos e exigem atualização sobre as novas tecnologias.

Aplicativos de controle parental
Crianças têm acessado a internet cada vez mais cedo, conforme mostra a pesquisa TIC Kids Online Brasil, do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). No ano passado, 24% relataram ter se conectado à rede ainda nos seis primeiros anos de vida, conhecidos como primeira infância, enquanto em 2015, a taxa era de 11%. O Instagram (36%) foi a plataforma mais usada por usuários de 9 a 17 anos. Em seguida, apareceram YouTube (29%) e TikTok (27%).

Segundo especialistas, até por volta dos 12 anos, o ideal é que os pais estejam sempre ao lado do filho. Conforme avança a idade, naturalmente, a criança exigirá mais privacidade para sua navegação. Mais liberdade, no entanto, não significa ausência de supervisão.

Desta forma, muitos pais contam com aplicativos de controle parental de sua preferência. Muitas plataformas, inclusive as preferidas dos pequenos, têm seus próprios recursos para ajudar os responsáveis nesse controle.

TERRA

Postado em 6 de fevereiro de 2024

Mortes por câncer de pulmão se dobraram no Brasil em duas décadas; entenda

Um novo levantamento de Umane, organização civil com foco na saúde pública, baseado em dados do Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM), mostra que as mortes por câncer de transporte se dobraram no Brasil nas últimas duas décadas.

Em 2022, 29.576 brasileiros perderam a vida por tumor, o que representa um aumento de 101% em relação ao ano 2000, quando o país registrou 14.717 de óbitos. Quando considerado o número proporcional de fatalidades pela população, o crescimento também é observado. Em 2000, eram 8,7 mortes a cada 100 mil habitantes. Em 2022, o número subiu 66,7% e chegou a 14,5.

Neste domingo, em que se comemora o Dia Mundial de Combate ao Câncer, os dados chamam atenção para o impacto do tabagismo e do diagnóstico tardio no surgimento e tratamento da doença. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer de pulmão é o mais comum e o mais letal no mundo, tendo provocado 2,5 milhões de novos casos, e 1,8 milhões de novos óbitos, em 2022.

— Isso ainda é reflexo de um comportamento que existia de forma mais significativa no passado. Existe um tempo muito grande de exposição ao cigarro, como 30 anos, para depois dos termos o estágio que é o câncer. Então, apesar de o tabagismo ter diminuído recentemente, lidamos com o impacto ainda de gerações anteriores, que surgiram a fumar nos anos 80 — afirma o médico oncologista Luis Eduardo Werneck, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia.

Em relação à alta mortalidade, ele destaca que, apesar dos grandes avanços no tratamento da doença como pela imunoterapia, técnica que ganhou o Nobel de Medicina em 2018, um grande problema é identificar o quadro de forma precoce.

— Um exemplo é que se nós descobrimos um câncer no estágio 1, a chance de cura é de 95%. Se for no 4, ela é menos de 15%. E do estágio 1 para o 4 pode levar menos de dois meses, então cada dia faz muita diferença — diz o médico, que atua no Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein.

Werneck explica que nossos centros especializados no Brasil já recomendam práticas de rastreamento de câncer de pulmão depois de estudos mostrarem que uma medida pode reduzir a mortalidade pela doença, mas isso ainda não é uma política pública de saúde.

— Pessoas que estão em risco de fumar ou que são ex-tabagistas devem realizar uma tomografia de tórax, de baixa dose de radiação, por ano a partir dos 50 anos. Isso melhora o rastreamento, leva à descoberta de novos casos de forma precoce e diminui a mortalidade geral. Seria uma política custo-efetiva, já que é mais barato rastrear todo o mundo que fumou e tem mais de 50 anos do que tratar casos avançados. Está em discussão isso hoje no Brasil de forma mais ampla, mas não é uma política inovadora no SUS ainda — diz.

Ele conta ainda que estar atento ao possível surgimento da doença é importante no contexto em que as estimativas da OMS apontam para um aumento dos casos e das mortes por tumor nos próximos anos.

Dados da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC, da sigla em inglês), braço oncológico da OMS, revelados nesta semana, mostram que a perspectiva é chegar a 4,25 milhões de novos diagnósticos ao ano em 2050, aumento de 71, 4% em relação ao número de 2022. Já as mortes, devem crescer para 3,23 milhões, alta de 78%.

— De hoje para frente, o que influencia muito é estilo de vida. A falta de atividades físicas regulares, alimentação desregrada e baseada em gorduras saturadas e embutidas, muitos alimentos industrializados que contêm conservantes, um excesso de álcool. Houve um estudo confirmando a relação entre a poluição ambiental nas cidades industriais da China e um aumento dos casos de câncer de pulmão — diz Werneck.

Além disso, ele afirma que o tabagismo não deixou de ser uma questão devido à rápida disseminação dos cigarros eletrônicos que, embora tenham uma venda proibida no Brasil pela Anvisa desde 2009, são facilmente encontrados em tabacarias e bancos de jornal do país.

— A explosão do uso de cigarros eletrônicos, conhecidos como vapes, preocupa. O usuário fumou mais o eletrônico do que o tabaco, porque ele é mais socialmente aceito. Tem as essências, não tem o cheiro incômodo. O vape hoje é tão bonito quanto era o cigarro na década de 60. E isso preocupa não só para o câncer de pulmão, como para todas as outras doenças respiratórias. Nenhuma quantidade de fumo é segura — alerta.

Dados do Observatório da Atenção Primária à Saúde da Umane com base na última pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) de 2023 mostram que 9,3% da população nas capitais fumam cigarros convencionais (3,2 milhões de pessoas de 18 ou mais anos), uma redução de 24% desde 2006.

Mas, uma pesquisa Covitel (Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis em Tempos de Pandemia) de 2023, realizada em parceria com a Umane, mostra que quatro milhões de pessoas já receberam cigarro eletrônico no Brasil. O uso rotineiro ficou em 2,3% na população total e em 6,6% nos jovens adultos.

O GLOBO

Postado em 6 de fevereiro de 2024