Aos 83 anos, moradora do Brooklyn usa apenas verde por duas décadas

Mais de 400 mil pessoas acompanham o dia a dia de Elisabeth Sweetheart, 83, em sua rede social. Para os internautas, a nova-iorquina, moradora do Brooklyn, é conhecida como “The Green Lady” e atrai os olhares por seu estilo fora do comum: há mais de 20 anos, Sweetheart usa apenas a cor verde para se vestir.

Para complementar o seu interesse pelo tom, a casa de Elisabeth se tornou uma espécie de santuário para o verde, incluindo toalhas e produtos de higiene pessoal.

A “Senhora de Verde” é artista e produz aquarelas minúsculas. Elisabeth trabalha há décadas criando estampas pintadas à mão para os principais designers e fabricantes de roupas, segundo o jornal The New York Times.

O carinho pela cor é tanto que Elisabeth já chegou a considerar pintar o cachorro da família, Dylan, de verde. A ideia não foi bem aceita por seu filho, Sam Eaton, e o animal de estimação encontrou com sua pelagem original.

“Se você pesquisar no Google ‘green lady’ e ‘Brooklyn’, encontre a Estátua da Liberdade e minha mãe”, diz Eaton ao veículo de comunicação estadunidense. Os herdeiros moram no andar de cima, ao lado de Elisabeth.

Moradora do Brooklyn usa apenas verde: fotos com fãs
Em seu perfil no Instagram, Elisabeth compartilha artes feitas por seus seguidores, além de cliques com os curiosos no Metrô F, em Nova York.

“No meu caminho para o dentista e de volta à minha experiência pessoas realmente maravilhosas. (…) Tenha um dia incrível e aconchegante e muito amor e abraços”, escreveu a moradora do Brooklyn ao apresentar fotos com os fãs.

Desde o artigo publicado no The New York Times em 2015, Elisabeth parece não deixar o mundo virtual de lado. Hoje, aos 83 anos, possui uma conta no site Cameo. O produto é responsável por apresentar gravações de vídeos especiais feitos por famosos para fãs ou pessoas interessadas.

O POVO

Postado em 5 de fevereiro de 2024

‘Obcecados por sexo’: espécie de marsupial esquece de dormir durante o período reprodutivo; entenda

Cientistas descobriram que os machos da espécie antechinus, marsupiais nativos das florestas costeiras da Austrália , esquecem até de dormir durante sua época reprodutiva de três semanas , quando se tornam verdadeiros “obcecados por sexo”. No final dessa temporada, os machos morrem.
“Eles têm esse sistema de reprodução super bizarro, bastante comum entre moscas e alguns peixes, onde os machos vivem apenas um ano, têm uma única chance de garantir todo o seu sucesso reprodutivo, e, então, eles morrem”, disse John Lesku, zoólogo da Universidade La Trobe em Melbourne, Austrália, que passou uma década estudando antequinos.

Eles estão tão comprometidos com esse estilo “viver rápido e morrer jovem”, que um antechinus macho sacrifica, em média, três horas de sono por noite durante uma época de acasalamento, com alguns indivíduos renunciando ainda mais. Essa descoberta foi publicada na revista Current Biology, na última quinta-feira, pelo Dr. Lesku e seus colegas.

Os antequinos praticam a reprodução suicida, uma aparência biológica chamada semelparidade, que foi observada em outras espécies de marsupiais, como os kalutas. A comunidade científica sabe que os machos aumentam sua atividade física durante a época de acasalamento, mas a forma como a qualidade do sono muda — os antequinos normalmente dormem cerca de 15 horas por dia — ainda era um mistério.

Reduzir o sono de 15 para 12 horas pode não parecer muito, mas “se você prolongasse seu período acordado em três ou quatro horas por noite, seu desempenho em tarefas simples de coordenação olho-mão seria reduzido ao nível de alguém legalmente embriagado”, disse o Dr.

Dr. Lesku, juntamente com um estudante de Ph.D. Erika Ziad e outros colaboradores passaram vários anos capturando duas espécies de antechinus no Parque Nacional Great Otway, na parte sudoeste do estado australiano de Victoria. Em um estudo, cujos resultados foram publicados em 2022, o pesquisador descobriu que os acelerômetros responsáveis ​​por rastrear movimentos corporais eram uma boa forma de estimar o sono dos antequinos. Eles amarraram os dispositivos nos robustos pescoços dos antequinos escuros, que ficaram alojados em um recinto dentro do parque.

Por sua vez, antequinos ágeis são pequenos demais para um acelerômetro. Em vez disso, o pesquisador mediu os níveis de ácido oxálico, um metabólito associado à perda de sono, em alguns animais antes, durante e depois da época de reprodução. Os níveis de testosterona no sangue também foram medidos em ambas as espécies.

“Esperávamos ver um aumento na atividade física”, disse Ziad, mas ela ficou animada ao ver o quanto esse aumento na atividade física e a queda acentuada nos níveis de ácido oxálico se correlacionavam com a perda de sono.

O GLOBO

Postado em 5 de fevereiro de 2024

VÍDEO: Bolsonaro diz que “TSE trabalhou para eleger Lula a qualquer preço”

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse no sábado (3) que os ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) trabalharam para eleger o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “a qualquer preço”. De acordo com o ex-chefe do Executivo, “ninguém consegue entender” como o petista venceu o pleito.

“A Justiça brasileira, o Supremo Tribunal Federal tirou o Lula da cadeia e depois o tornou elegível. E, depois, o Supremo Tribunal Federal, que 3 dos seus ministros compõem o Tribunal Superior Eleitoral, também trabalharam lá fazendo gestões para eleger Lula a qualquer preço”, disse Bolsonaro em entrevista ao influenciador português Sérgio Tavares. “Acabaram as eleições no ano passado [no caso, em 2022], e ninguém consegue entender como Lula da Silva ganhou”, completou.

O TSE é formado por 3 ministro do STF, 3 do STJ (Supremo Tribunal de Justiça) e 2 advogados indicados pelo Supremo. Os integrantes do STF que atuaram na Corte eleitoral durante as eleições presidenciais de 2022 foram o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, o vice-presidente, Edson Fachin, e o ministro Ricardo Lewandowski.

Bolsonaro, repetidamente, questiona a celeridade do sistema eleitoral brasileiro, mas não apresentou provas de supostas irregularidades. Por outro lado, auditorias endossam a segurança das urnas eletrônicas.

Poder 360

Postado em 5 de fevereiro de 2024

Vacina intranasal contra a Covid-19 é 100% eficaz em teste com animais, mostra pesquisa

Uma vacina intranasal contra a Covid-19 apresentou 100% de eficácia em testes realizados em camundongos, que eliminaram mais rapidamente o vírus do pulmão em comparação com a vacinação tradicional com agulha, segundo artigo publicado na revista científica Vaccines.

A pesquisa foi desenvolvida no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), em um convênio com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com apoio da Fapesp.

O formato é o primeiro a ser testado no mundo e consiste na aplicação do imunizante através da mucosa, pelo nariz ou pela boca. Assim é induzida a produção de anticorpos IgA, muito presentes na região, quando o sistema detecta a proteína presente no SARS-CoV-2, iniciando a ação contra o vírus no local.

Essa é uma alternativa às vacinas atualmente disponíveis, de aplicação intramuscular, mas que para despertar a imunidade utiliza como antígeno a proteína Spike (S) de maneira similar a outras vacinas já em uso.

Momtchilo Russo, professor do Departamento de Imunologia e um dos coordenadores do estudo, explica que “como o SARS-CoV-2 é um vírus respiratório, foi natural propor uma vacina que pudesse neutralizá-lo já na área mais propensa às suas tentativas de entrada no corpo humano, ou seja, nas vias aéreas superiores”.

A vacina intranasal apresentou um resultado mais eficiente do que as tradicionais nos testes realizados com animais, sugerindo que essa modalidade pode reduzir a transmissão do vírus com o fato de, ao circular pela mucosa, atingir mais rapidamente o órgão.

A maioria dos camundongos era infectado em sete dias após a aplicação, desenvolvendo pneumonia viral bilateral e perdendo peso. No final do processo, o estudo concluiu que todos eles foram protegidos, inclusive a outras variantes, como a gama, delta e ômicron.

Sua formulação apresenta um auxiliar já aprovado para uso humano, o CpG, que potencializa a eficácia do imunizante.

A técnica é considerada mais fácil de realizar se comparada com as vacinas que usam os RNAs mensageiros ou adenovírus, acrescentou Russo.

O professor ainda sugere que a vacina pode funcionar “muito bem como reforço heterólogo” (quando se aplica uma vacina diferente do esquema inicial), mencionando a AstraZeneca ou a CoronaVac.

O imunizante agora deverá avançar para outras etapas de teste.

CNN

Postado em 5 de fevereiro de 2024

Cientistas brasileiros testam vacina contra cocaína: como funciona? Quais são os próximos passos?

As primeiras reações provocadas pela cocaína no organismo são de euforia, autoconfiança, motivação. Mas, como o uso contínuo, se transformam em depressão, irritabilidade e isolamento. É exatamente a sensação de causa causada pela droga que a vacina Calixcoca , ainda em desenvolvimento por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais ( UFMG ), pretende bloquear. O objetivo é tornar o primeiro imunizante terapêutico específico para tratar a dependência de cocaína.

Após experiências bem sucedidas em cobaias na etapa pré-clínica, os cientistas esperam iniciar testes com humanos em 2025, assim que obtiveram a avaliação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( Anvisa ).

Especialistas veem desafios para o projeto, diante da dificuldade de ter em humanos os mesmos que em animais. Também citamos fracassos em tentativas semelhantes nos Estados Unidos.

No mundo, o cultivo da coca cresceu 35% entre 2020 e 2021, segundo relatório do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime. E a cocaína foi o entorpecente estimulante mais usado no período. “Dos que consomem cocaína, um em cada quatro se tornará dependente”, diz Frederico Garcia, que lidera a pesquisa.

A expectativa é de que a vacina também funcione para o crack, produto mais barato que se espalha pelas grandes cidades e agrava o problema das cracolândias, como no centro de São Paulo.

Como funciona? Quais os resultados até agora?
Professor de Psiquiatria da UFMG, Garcia explica que a Calixcoca não é como imunizantes convencionais, produzidos a partir de uma proteína. A equipe desenvolveu, com apoio do Departamento de Química, uma nova estratégia vacinal, que utiliza molécula totalmente sintetizada em laboratório capaz de dizer ao sistema imunológico que ele deve produzir anticorpos contra a droga.

“É como se fosse uma vacina-soro”, afirma Garcia. Segundo ele, a descrição mais precisa é de “terapia de opsonização indutora de anticorpos anticocaína”, mas o grupo opta por chamar-la de vacina terapêutica. “Como é a vacina utilizada no tratamento de alergias, no qual o objetivo é modular o sistema imune para produzir anticorpos”, diz.

A molécula, nos testes preliminares, bloqueou a entrada da cocaína no cérebro, transmitindo a percepção do seu efeito e maximizando a chance do paciente continuar em abstinência. Portanto, ele reforça, será mais eficaz para os dependentes que estão no processo de interrupção do consumo.

Segundo Garcia, a ideia não é prevenir, mas curar. “O objetivo é ser usado nos maiores centros de tratamento do mundo, proporcionando à pessoa com dependência química vida saudável.”

A vacina poderá ser utilizada por usuários de crack, uma vez que duas substâncias têm a mesma base química. Nos testes com cobaias, não foram apresentados efeitos colaterais graves e houve produção de anticorpos em ratos, camundongos e primatas.

Quais são as próximas etapas?
Se tiver aval da Anvisa, os testes da fase 1 começarão em 2025, incluindo 30 a 40 voluntários. Será tanto avaliado a segurança do uso e se a vacina produzir anticorpos, como ocorreu nas cobaias, além de ser definida a dose ideal. A duração prevista é de três a seis meses.

Na fase 2, o número de participantes aumenta em algumas peças, incluindo pacientes que têm dependência, estão internados e já em tratamento multidisciplinar, com psicoterapia, acompanhamento social e médico.

“Vamos comparar se os que recebem a vacina têm vantagem clínica em relação ao placebo”. Se o resultado for favorável, a Anvisa pode permitir a comercialização ou a demanda mais testada, replicando a fase 2 em outros grupos. “A expectativa é de concluir os registros na Anvisa em 2024, e as fases seguintes em mais um a dois anos”, acrescenta o professor.

Já são 10 anos de trabalho. Após a pandemia, quando a UFMG teve de fechar laboratórios, e cortes orçamentários nas universidades federais entre 2020 e 2022, o último ano abriu um horizonte mais promissor.

A equipe recebeu incentivos para as próximas fases. Um deles foi o Prêmio Euro Inovação na Saúde, em outubro de 2023, que rendeu visibilidade internacional e 500 mil euros (R$ 2 84 milhões) ao projeto. Mais votada por médicos de 17 países, a Calixcoca superou outras 11 iniciativas inovadoras da América Latina. A Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), destinou mais R$ 10 milhões.

Junto com Garcia, a reitora da UFMG, Sandra Goulart, se mobiliza junto aos governos federal e estadual em busca de palavra. “As tecnologias que desenvolvemos na universidade, como a Calixcoca e a SpiN-Tec (vacina anticovid, ainda em testes), além de ajudarem a gerar problemas de saúde pública, irão gerar royalties importantes para a sociedade”, diz ela.

Quais são as chances de dar certo? Por que é tão difícil?
A ideia de uma vacina terapêutica para tratar a dependência de drogas surgiu nos Estados Unidos há mais de três décadas, a partir da hipótese de que o próprio organismo pudesse produzir anticorpos contra substância como a cocaína. Apesar dos resultados promissores em ensaios pré-clínicos e de alguns ensaios clínicos iniciais, ainda não foram aprovadas vacinas antidrogas.

A comunidade acadêmica vê com cautela a possibilidade de um avanço de Calixcoca para os testes clínicos. “Embora não seja tão novo assim, a ideia é muito interessante. Outros pesquisadores pesquisaram e ainda não conseguiram. Os maiores desafios para os cientistas da UFMG serão, primeiro, encontrar um parceiro para transformar a molécula em produto farmacêutico, e depois, verificar se funciona em humanos, se vai gerar anticorpos e por quanto tempo eles se manterão ativos”, diz Jorge Elias Kalil Filho, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). “Uma coisa é fazer efeito em animais, outra é verificar o comportamento das pessoas que tomam a vacina. Será que, ao bloquear a entrada de cocaína no cérebro, o indivíduo poderá aumentar o consumo da droga para ter o efeito esperado?”, questiona Kalil Filho.

O psiquiatra Ronaldo Laranjeira, coordenador da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), se diz “refratário à ideia da vacina”. “Nos Estados Unidos, gastamos alguns bilhões com um projeto nesse sentido e pararam há muito tempo. Quando passaram para testes em humanos, descobrimos que a vacina não funciona mais que poucas semanas”. Ele critica o que considera “apelo midiático” da pesquisa, e diz que não há “bala de prata” para acabar com a dependência química.

Coordenador da pesquisa da UFMG, Frederico Garcia respondeu às críticas de Laranjeira. “De fato, uma vacina ainda é um objeto de pesquisa que precisa passar por uma série de estudos que validem sua segurança e eficácia. Este fato sempre é registrado e estamos há muitos anos pleiteando apoio para avançar neste sentido. Não será bala de prata, não é uma solução perfeita.”

O grupo da UFMG está confiante de que a Calixcoca superará a eficácia dos candidatos anteriores, principalmente em função da composição química única da vacina. “A principal distinção em nossa proposta é que a vacina não tem base proteica. O calixareno é uma substância orgânica sintética”, disse Ângelo de Fátima, professor de Química da UFMG que desenvolveu a plataforma imunogênica da vacina, na Revista Fapesp, em outubro de 2023.

Estadão

Postado em 5 de fevereiro de 2024

Golpe da falsa central do Nubank assusta clientes de bancos; entenda

Nos últimos dias, um golpe envolvendo o Nubank, o quarto maior banco brasileiro, segundo o Banco Central, tem deixado clientes preocupados e alertas. Golpistas têm se passado por funcionários do banco digital para enganar pessoas e furtar dinheiro das contas.
A abordagem dos criminosos, geralmente, ocorre por meio de ligações telefônicas ou mensagens de texto, nas quais alegam ser representantes do Nubank.

Utilizando técnicas convincentes de engenharia social, os golpistas solicitam informações confidenciais, como senhas, códigos de acesso e dados pessoais, alegando a necessidade de atualização cadastral, resolução de problemas de segurança e até mesmo reconhecimento de compra.

Uma mulher, de 46 anos, que preferiu não se identificar, foi vítima do golpe. Segundo ela, os golpistas enviaram um SMS que alegava ter sido realizada uma tentativa de compra em uma joalheria no valor de R$ 920, mas que estava pendente de autorização. Para cancelar, ela deveria ligar para uma central.

Como os golpistas agem
Alguns minutos depois, chegou outro SMS como se fosse do banco Nubank, no qual a vítima tem conta, alertando sobre uma movimentação suspeita e tentativa de compra.

“No desespero, entrei em contato com a central indicada na mensagem. Me atenderam como se, de fato, eu estivesse falando com algum funcionário do banco. Tinha até central de atendimento robotizado. Só com o meu número de telefone, eles sabiam meu nome completo, CPF, e sabiam que eu era cliente do Nubank”, relata a vítima.

Durante a ligação, o golpista citou informações pessoais da vítima. “Como tinham meus dados, eu confiei que, de fato, estava falando com o banco. Me pediram o número do cartão e o código de segurança para verificar o que havia acontecido. Eles confirmaram que meu cartão tinha sido clonado e, para cancelar, eu precisava copiar o código que eles me enviariam pelo WhatsApp”, detalha.

O código chegou pelo aplicativo de mensagens em formato de Pix copia e cola. Os golpistas alegavam que, para ela cancelar o cartão, era necessário fazer essa transação, mas que nenhum valor seria debitado da conta dela. Sendo assim, a mulher fez o pagamento de R$ 500.

“Quando eu vi que o valor tinha saído da minha conta, eu entrei em desespero. Tentei ligar na tal ‘central’, e eles não atendiam mais. Foi, então, que entrei em contato com o chat do Nubank, diretamente no aplicativo, e me avisaram que eu tinha caído num golpe. Me senti lesada, burra por ter sido vítima de um golpe desses”, lamenta a mulher.

O que diz o Nubank

O Nubank, em comunicado oficial, alertou os clientes sobre os métodos utilizados pelos criminosos, e ressaltou que a instituição financeira jamais solicita tais informações por telefone ou mensagem. Além disso, reforçou a importância de manter a segurança das informações pessoais e recomendou que qualquer contato suspeito seja imediatamente denunciado à empresa.

O banco também esclareceu que está colaborando ativamente com as autoridades para investigar e coibir essas práticas fraudulentas.

Ressaltou ainda que as medidas de segurança estão sendo reforçadas e que a privacidade e segurança dos clientes são prioridades.

Recentemente, o Nubank adotou funções específicas para tentar limitar o alcance do “golpe da falsa central de atendimento”.

No sistema Android, por exemplo, o aplicativo do banco pode alertar o usuário de que determinada chamada telefônica vem de um número anteriormente identificado como fraudulento, conhecido por aplicar esse tipo de golpe.

Esse tipo de funcionalidade é adicionado a uma lista de inovações adotadas progressivamente pelo mercado, como “modo de celular roubado”, “modo rua” e outras funções técnicas que buscam proteger o usuário em situações de risco, como no caso de furto ou roubo de celular.

O que fazer caso caia no golpe

As vítimas do golpe devem entrar em contato imediatamente com o Nubank para relatar a situação, bloquear o acesso não autorizado e iniciar os procedimentos para a recuperação de eventuais prejuízos.

Segundo Guilherme Guidi, advogado especializado em direito digital, é aconselhável comunicar a ocorrência às autoridades policiais para que possam empreender esforços na identificação e captura dos responsáveis.

“Os clientes do Nubank afetados por golpes bancários virtuais têm à disposição canais de atendimento para reportar incidentes e receber o suporte necessário por parte da empresa, mas devem também procurar as autoridades para registrar o necessário boletim de ocorrência”, explica o advogado.

“Como cada caso tem suas peculiaridades, é recomendável consultar um advogado para verificar as eventuais medidas legais cabíveis para investigação e responsabilização do criminoso, ou para ressarcimento pela instituição, quando houver indícios de um problema de segurança no próprio sistema do banco”, finaliza o especialista.

Segundo Guidi, é importante que os clientes do Nubank estejam sempre atentos a tentativas de contato suspeitas e evitem fornecer informações pessoais ou senhas por meio de ligações telefônicas ou mensagens eletrônicas não solicitadas. A prevenção é fundamental para evitar cair em golpes e garantir a segurança financeira.

Outros métodos de golpe
Os criminosos usam o golpe da falsa central telefônica em nome de quase todos os bancos brasileiros. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), “com a sociedade cada vez mais digitalizada, os bandidos estão criando novas abordagens para golpes aplicados há muito tempo, como, por exemplo, o da falsa central telefônica.”

De acordo com a Febraban, outra modalidade que vem sendo usada pelos criminosos é ligar para o cliente e informar que a conta está sendo fraudada por um colaborador do próprio banco e que, para resolver o problema, é necessário transferir o valor para uma chave ou conta segura. Quando o cliente faz essa transferência, ele acaba enviando dinheiro para a conta de um golpista.

“O cliente nunca deve fazer ligações para números de telefone (0800) recebidos através de SMS ou por outras mensagens. Se tiver alguma dúvida, o cliente deve ligar para os canais oficiais de seu banco ou para seu gerente”, alerta Adriano Volpini, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban.

Adriano esclarece também que os bancos ligam para os clientes para confirmar transações suspeitas, mas nunca pedem dados como senhas, token e outros dados pessoais.

Metrópoles

Postado em 3 de fevereiro de 2024

Prefeitura do Rio de Janeiro decreta epidemia de dengue na cidade

A Prefeitura do Rio de Janeiro afirmou que a cidade enfrenta uma epidemia após os frequentes casos de internação por dengue. Até o momento, o município registrou mais de 10.150 casos da doença, contra cerca de 22.900 ao longo de todo 2022.
Na primeira semana de janeiro, a capital fluminense chegou a ter 3 mil casos de dengue, enquanto em janeiro de 2022, o máximo registrado foi de 200 casos.

O secretário municipal de saúde, Daniel Soranz, explicou que a tendência é de que os casos continuem aumentando nos próximos meses.

Pela primeira vez na história, três variantes do vírus circulam no Rio: os tipos 1, 2 e 4. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a maior quantidade de sorotipos aumenta as chances de infecção.

O calor e as enchentes recentes em alguns pontos da cidade em decorrência das chuvas também influenciam o panorama atual.

As regiões de Campo Grande e de Guaratiba, na zona oeste da capital fluminense, são a que mais registram casos de dengue.

Diante do cenário, a Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou 150 pontos de hidratação. O município anunciou ainda 16 carros fumacê pela cidade, além da criação de um centro de monitoramento.

Agentes também vão entrar compulsoriamente em imóveis e terrenos, podendo multar, fazer a limpeza e mandar a conta para os proprietários. No entanto, essa seria uma medida de exceção.

A expectativa é que a vacinação comece a ser aplicada ainda em fevereiro. Os primeiros beneficiados seriam crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos.

O imunizante Qdenga foi desenvolvido pelo laboratório japonês Takeda Pharma e aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023. A aplicação será feita em duas doses, com um intervalo de três meses entre as injeções e 354 mil pessoas devem ser imunizadas.

O governo federal anunciou que imunizará, pelo SUS, cerca de 3,2 milhões de pessoas contra a doença até o fim de 2024, o equivalente a apenas 1,5% da população do país.

Os planos de saúde não são obrigados a disponibilizar a vacina. Portanto, é necessário verificar se o convênio conta com a cobertura de vacinas, incluindo o imunizante da dengue.

BAND

Postado em 3 de fevereiro de 2024

Justiça afasta novamente presidente da Previ por não ter experiência exigida para o cargo

A Justiça decidiu afastar novamente João Luiz Fukunaga da presidência da Previ, o fundo de previdência dos empregados do Banco do Brasil. A decisão foi tomada após o juiz declarar nulo o atestado de habilitação concedido a Fukunaga emitido pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar, a Previc.

A decisão foi assinada por Marcelo Gentil Monteiro, juiz substituto da 1ª Vara do Distrito Federal. O mesmo juiz havia tomado idêntica decisão em maio do ano passado e, dias depois, a decisão liminar foi derrubada.

A decisão foi dada em uma ação popular do deputado estadual de São Paulo Leonardo Siqueira (Novo).

Fukunaga é o primeiro sindicalista a ocupar a presidência da Previ desde 2010. A Previ é o maior fundo de pensão da América Latina com quase R$ 300 bilhões em ativos e 200 mil participantes.

Na decisão tomada nesta sexta (2), o juiz Monteiro cita que o presidente da Previ não cumpre o exigido pela legislação. Para ser membro da diretoria-executiva de entidades de previdência, é preciso ter, no mínimo, três anos de atividade nas áreas financeira, administrativa, contábil, jurídica, de fiscalização, de atuária, de previdência ou de auditoria.

E Fukunaga não cumpre com esse requisito, diz.

Os documentos apresentados à Previc para a habilitação de Fukunaga indicam experiência em três cargos: 1) membro do conselho fiscal da Cooperativa de Crédito dos Bancários de São Paulo (Bancredi) desde 2017, 2) secretário de assuntos jurídicos da mesma entidade de 2017 a 2020 e 3) secretário de organização e suporte administrativo de 2020 a 2023.

Apesar do curriculum citar o trabalho no conselho fiscal, a decisão menciona que “não foi anexada aos autos qualquer prova do efetivo exercício das atividades de fiscalização das operações, investigação de fatos, colheita de informações e exame de livros e documentos”.

Além disso, cita que “não foi produzida prova da participação do requerido em qualquer reunião do conselho fiscal” da entidade. “Por tal motivo, tal período não pode ser aceito como comprovação da experiência exigida pela legislação”, diz.

Sobre a atuação como secretário de assuntos jurídicos, o juiz menciona que a legislação e o Supremo Tribunal Federal (STF) preveem que apenas graduados em Direito podem exercer atividades como consultoria, assessoria ou direção jurídicas. Fukunaga é formado em História e tem mestrado em História Social pela PUC-SP.

A Previ foi procurada para comentar a decisão, mas não se pronunciou até a publicação dessa reportagem. Em caso de resposta, o texto será atualizado.

CNN

Postado em 3 de fevereiro de 2024

Letalidade policial cresce 15% na Bahia e bate recorde em série histórica

O indicador de letalidade policial cresceu 15% na Bahia em 2023 em comparação com o ano anterior, apontam dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública divulgados na última quarta-feira (31).

O número de pessoas mortas em ações policiais passou de 1.468 em 2022, último ano da gestão do então governador Rui Costa ( PT ) para 1.689 no ano passado, já no governo Jerônimo Rodrigues (PT).

O número é recorde na série histórica a partir de que esses dados foram divulgados pelo governo do estado em 2008. A Bahia viveu um cenário de relativa estabilidade das mortes em ações policiais até 2015. Desde então, os indicadores de letalidade quadruplicaram .

Os indicadores da Bahia também vão na contramão dos números nacionais, nos quais houve uma queda de 2,3% na letalidade policial, saindo de 6.445 casos em 2022 para 6.296 no ano passado.

Em números absolutos, a Bahia é o estado com mais mortes em intervenções policiais, seguido do Rio de Janeiro (869 casos), Pará (529), Goiás (516) e São Paulo (504). Neste último ano, houve um aumento de 38% nos indicadores de letalidade neste primeiro ano da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) em comparação com 2022.

Proporcionalmente, o Amapá segue como estado com maior proporção de mortes em ações policiais, com 20 casos para cada 100 mil habitantes. A Bahia vem na sequência , com uma taxa de 11 casos para cada 100 mil moradores.

Em entrevista à Folha nesta quinta-feira (1°), o secretário estadual de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, associou o aumento das mortes em ações policiais à dinâmica das facções criminosas que atuam no tráfico de drogas.

“Houve uma atuação enérgica das forças de segurança na razão dessa dinâmica das facções, dessa tentativa de impor uma política de terror, do medo e de violência em nosso estado”, afirmou.

Ele destacou que no ano passado foram apreendidas mais de 6.000 armas de fogo no estado, incluindo 55 fuzis, um número recorde. Neste ano, apenas no mês de janeiro, foram mais dez fuzis apreendidos.

O secretário ainda afirmou que a orientação dele e do governador é que as vidas sejam resguardadas nas ações policiais.

“O policial sai para o trabalho para, para servir ao cidadão. No entanto, cada vez mais, ele tem sido alvo de ataques”, disse o secretário, destacando que houve um aumento no número de viaturas atingidas por tiros em ações de proteção de patrulhamento ostensivo. Foram cerca de 200 viaturas atingidas por disparos de arma de fogo nos últimos três anos.

Os dados repassados ​​pelo Governo da Bahia ao Ministério da Justiça e Segurança Pública apontam que houve queda nos demais indicadores de mortes violentas durante o ano passado.

O número de homicídios dolosos diminuiu a tendência nacional de queda caiu de 4.936 para 4.622, uma redução de 6,4%. A quantidade de latrocínios roubados seguidos de morte caiu de 87 para 66.

As lesões corporais seguidas de morte foram reduzidas de 81 em 2022 para 63 no ano passado. Os feminicídios tiveram queda de 107 para 105 casos.

Nacionalmente, também houve queda nos principais indicadores de violência, com uma redução de 4% nos crimes intencionais letais.

Também houve queda na letalidade policial. Segundo dados do Ministério da Justiça, foram 6.296 mortes por intervenção policial em 2023, o dado é 2,3% menor que o 2022, com 6.445 mortes.

Nesta quinta-feira (31), o então ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que a letalidade policial é “absurda” no Brasil. Ele acrescentou que considera o caminho das câmeras corporais —utilizadas por agentes de segurança— importante para superar o tema.

“Seis mil é um número absurdo, por isso o debate das câmeras é importante, e a formação é importante”, disse Dino, em entrevista à imprensa nesta quarta (31) no Planalto. A Bahia finalizou uma licitação para compra desses equipamentos, mas ainda não implantou as câmeras corporais.

Dino deixou a carga nesta quinta e assumiu uma cadeira no STF (Supremo Tribunal Federal). Toma posse no Ministério da Justiça nesta sexta-feira (2) o ministro aposentado do STF Ricardo Lewandowski .

O governo Lula (PT) viveu pressionando na área de segurança pública neste primeiro ano de gestão, sobretudo por causa da situação de violência nos estados da Bahia e do Rio de Janeiro. Neste último, o governo federal determinou uma ação militar em portos e aeroportos .

Na Bahia , estado governado pelo petista Jerônimo Rodrigues, a escalada da violência, o avanço da letalidade policial no estado e os sinais trocados ao lidar com governadores aliados e adversários fizeram o governo federal ser criticado e acusado de patinar na gestão da crise de segurança.

Folha SP

Postado em 3 de fevereiro de 2024

Em evento com Lula, Marta Suplicy volta ao PT após nove anos para ser vice de Boulos

A ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, disse na noite desta sexta-feira, 2, que o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para retornar ao Partidos dos Trabalhadores e ser candidata a vice-prefeita na chapa com Guilherme Boulos (PSOL) foi uma convocação, e que volta para contribuir em um projeto importante para São Paulo e para o Brasil.

“São Paulo precisa de uma administração que pense a cidade com diversidade econômica, social e com olhar atento aos mais excluídos. Além disso, todos nós estamos convocados para sermos bastiões da resistência democrática”, disse Marta Suplicy, na casa de Portugal, localizado na zona central da capital paulista.

Marta disse ainda está mais madura e experiente, e retorna para a sua raiz. “Eu estou de volta ao meu aconchego e minha raiz. O PT nunca saiu de dentro de mim”, afirmou.

Marta volta ao Partidos dos Trabalhadores (PT) para ser candidata a vice-prefeita em uma chapa com Guilherme Boulos (PSOL) com a benção e de Lula. Em ato simbólico, o presidente assinou a filiação da ex-prefeita.

Minutos antes, Boulos, deputado federal e pré-candidato à prefeitura, disse que a chapa com a Marta será para “derrotar o bolsonarismo” em São Paulo e “devolver a cidade para o povo”.

“Queremos formar essa frente ampla pela democracia para derrotar os extremistas. Mas principalmente, queremos ganhar a eleição para devolver a cidade para o povo. São Paulo precisa de um governo que olha para as periferias”, disse o psolista.

Boulos disse ainda que a chapa vai unir a “experiência administrativa” de Marta com a sua “coragem de lutar pelo povo”.

“Será a aliança dos CEUs com a moradia popular, do bilhete único com as cozinhas populares, da experiência administrativa com a coragem de lutar pelo nosso povo. Vai ser essa parceria que vai governar São Paulo”, concluiu.

Como foi o ato de filiação de Marta
Quase 2.000 militantes, de acordo com a organização do evento, enfrentaram uma longa fila para entrar no salão principal, com capacidade para 1.200 pessoas, segundo o site da Casa de Portugal. Outras dezenas de pessoas acompanharam o evento do lado de fora com bandeiras e camisetas vermelhas.

Antes de o evento começar, o deputado estadual, Eduardo Suplicy, casado com Marta por quase 40 anos antes do divórcio em 2001, cantou “Eu sei Que vou te amar”, de Vinicius de Moraes e Tom Jobim, e “Blowing in the wind” quando a ex-prefeita ainda não estava no palco. Antes do deputado, um cantor animava o público presente.

O primeiro discurso foi da presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Ela disse que Marta saiu do PT, mas o PT nunca saiu dela.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também discurso e celebrou a aliança entre Marta e Boulos.

Marta volta ao PT depois de 9 anos
Marta deixou o PT em 2015 após 33 anos, acusando o partido de ser “protagonista de um dos maiores escândalos de corrupção” do país. Após saída, a ex-prefeita foi para o MDB e teve uma rápida passagem pelo Solidariedade. Hoje, ela não é filiada a nenhuma legenda.

Em 2016, a então senadora pelo estado de São Paulo votou a favor do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e chegou a entregar um buquê de flores a Janaina Paschoal, uma das autoras do pedido de afastamento da ex-presidente.

A reaproximação de Marta e o PT começou no início de janeiro, com uma reunião da ex-prefeita com Lula no Palácio do Planalto.

Após a reunião, ela aceitou retornar à legenda e ainda ser a vice na chapa de Guilherme Boulos. Marta era secretária de Relações Internacionais da gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tenta a reeleição e é o principal adversário de Boulos na corrida do próximo ano.

EXAME

Postado em 3 de fevereiro de 2024

Rio proíbe celulares nas escolas municipais até durante o recreio

Um decreto assinado pelo prefeito Eduardo Paes (PSD) e publicado no Diário Oficial desta sexta-feira, 2, estabelece a proibição do uso de celulares nas escolas da rede municipal, incluindo durante o recreio. A medida passará a vigorar em 30 dias.

Desde agosto de 2023, os alunos da rede municipal já estavam impedidos de usar o telefone dentro da sala de aula, sendo permitido apenas durante os intervalos. A partir de março, até essa permissão será proibida.

O decreto determina que fica proibida a utilização de celulares e outros dispositivos eletrônicos pelos alunos da rede pública municipal de ensino nas seguintes situações:

Dentro da sala de aula;
Fora da sala de aula quando houver explanação do professor e/ou realização de trabalhos individuais ou em grupo na unidade escolar;
Durante os intervalos, incluindo o recreio.
“Os celulares e demais dispositivos eletrônicos deverão ser guardados na mochila ou bolsa do próprio aluno, desligado ou ligado em modo silencioso e sem vibração”, completa o decreto.

O texto ainda prevê que, em caso de descumprimento pelo aluno, o professor poderá adverti-lo ou cercear o uso dos dispositivos eletrônicos em sala de aula, bem como acionar a equipe gestora da unidade escolar. O decreto autoriza o uso do celular pelo aluno apenas em alguns casos, como:

Antes da primeira aula do dia, desde que fora da sala;
Após a última aula do dia, desde que fora da sala;
Quando houver autorização expressa do professor regente para fins pedagógicos, como pesquisas, leituras ou acesso ao material Rioeduca;
Alunos com deficiência ou com condições de saúde que necessitam destes dispositivos para monitoramento ou auxílio de sua necessidade;
Durante os intervalos, incluindo o recreio, quando a cidade estiver classificada a partir do Estágio Operacional 3;
Quando houver autorização expressa da equipe gestora da unidade escolar em casos que ensejem o fechamento ou interrupção temporária das atividades da unidade escolar, de acordo com o protocolo do programa Acesso Mais Seguro;
Durante os intervalos para os alunos da Educação de Jovens e Adultos;
Quando houver autorização expressa da equipe gestora da unidade escolar por motivos de força maior.
O decreto ocorreu após uma consulta pública realizada em dezembro, na qual 83% dos participantes concordaram com a restrição. O resultado foi divulgado em 23 de janeiro.

Ao justificar o decreto, o prefeito Paes mencionou tanto a pesquisa conduzida pela Secretaria Municipal de Educação quanto as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) sobre limites no tempo de exposição de crianças às telas.

“A análise [da Unesco] de uma grande amostra de jovens com idades entre 2 e 17 anos nos Estados Unidos mostrou que um maior tempo de tela estava associado a uma piora do bem-estar; menos curiosidade, autodisciplina e estabilidade emocional; e maior ansiedade e diagnósticos de depressão”, escreveu Paes nas redes sociais.

TERRA

Postado em 3 de fevereiro de 2024

Juiz barra show milionário de Gusttavo Lima em cidade em emergência pela seca

A Justiça da Bahia suspendeu o show do cantor Gusttavo Lima que estava previsto para ocorrer na próxima sexta-feira, 9, na festa da padroeira de Campo Alegre de Lourdes.

A cidade, que tem 30 mil habitantes, fica no Norte da Bahia, na divisa com o Piauí, e está em situação de emergência por causa da seca.

O juiz Vanderley Andrade de Lacerda proibiu a prefeitura de repassar qualquer valor ao artista. Gusttavo Lima foi contratado por R$ 1,3 milhão. Ele não é alvo do processo.

Se descumprir a decisão, o prefeito Enilson Marcelo Rodrigues da Silva (PCdoB) pode responder pelo crime de desobediência. O Estadão procurou a prefeitura, que ainda não se manifestou.

Ao mandar suspender a apresentação, o juiz considerou que o valor do cachê é desproporcional para o orçamento da cidade. Também destacou que não houve estudo sobre o retorno econômico que a apresentação poderia gerar.

“O alto custo da realização do show ‘Gusttavo Lima’ é desastroso diante da capacidade financeira e orçamentária do município, que encontra-se em declarada situação de calamidade pública, recebendo verbas para investimento na cultura em quase quatro vezes inferior ao valor pago a banda”, escreveu.

A decisão atendeu a um pedido do Ministério Público da Bahia. O órgão defende que o dinheiro deveria ser investido em áreas essenciais, como saúde, educação e saneamento.

Folha PE

Postado em 3 de fevereiro de 2024

Rússia faz primeiras condenações sob lei que trata LGBTQIA+ como extremistas

A Justiça da Rússia proferiu nesta semana as duas primeiras condenações relacionadas ao que chama de “movimento internacional LGBTQIA+”, que desde o fim do ano passado é considerado uma causa extremista no país.

A primeira sentença foi dada na segunda-feira (29) por um tribunal em Nijni Novgorod, cidade ao leste de Moscou. A ré é uma mulher que, segundo o grupo de direitos LGBTQIA+ Aegis, estava em um café quando um homem se aproximou dela e exigiu que ela tirasse seus brincos de arco-íris.

O homem gravou a interação e postou o vídeo na internet. Este chegou às mãos das autoridades locais, e a mulher foi chamada para comparecer à delegacia. Ela foi condenada a cinco dias de detenção administrativa.

A segunda sentença foi proferida nesta quinta (1º) na cidade de Volgogrado. Um homem identificado como Artiom P. postou a imagem de uma bandeira LGBTQIA+ na internet. Ele foi considerado culpado por, segundo a sentença, “exibir os símbolos de uma organização extremista” e deve pagar uma multa de mil rublos (pouco mais de R$ 54).

Mais uma condenação pode acontecer nas próximas semanas. O tribunal de Saratov, cidade situada no sudoeste da Rússia, dará continuidade do julgamento de um fotógrafo que, segundo veículo de notícias independente Mediazona, postou imagens de bandeiras de arco-íris no Instagram.

A bandeira do arco-íris é um dos símbolos da comunidade LGBTQIA+, mas entra na lista de proibições do Kremlin. A lei russa proíbe qualquer pessoa no país de “exibir os símbolos” de organizações consideradas extremistas, e tal exibição também é proibida nas plataformas de mídia social da Meta.

A Rússia é historicamente um país hostil à comunidade LGBTQIA+, e o próprio Vladimir Putin já foi acusado de promover políticas homofóbicas e transfóbicas.

Em junho de 2023, a Duma, Casa russa equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil, aprovou uma lei que proíbe cirurgias e terapias hormonais para a redesignação sexual, bem como impede a adoção de crianças por pessoas transgênero e a retificação de nomes ou gênero em documentos de identificação.

Além disso, em 2022, o Parlamento russo ampliou o escopo de uma lei de 2013. O texto original proibia somente para crianças aquilo considerado por Moscou como “propaganda gay” —os critérios dessa classificação não são claros; com a emenda, a legislação passou a proibir esse tipo de conteúdo para todas as idades.

Em 2021, a LGBT-Set, principal ONG russa ligada ao movimento LGBTQIA+, recebeu de Moscou o rótulo de “agente estrangeira”. A classificação é conhecida por limitar o foco de atuação e dificultar as operações de entidades que têm financiamento externo e se dedicam a atividades na Rússia consideradas políticas.

No ano anterior, em 2020, a Constituição russa proibiu o casamento gay ao definir casamento somente como a união de um homem e uma mulher.

As primeiras condenações atreladas ao movimento LGBTQIA+ acontecem em um ano que ocorre eleições presidenciais na Rússia. Confirmado como um dos candidatos, Putin concorre a um quinto mandato como presidente e se vincula à ideia de que a cultura ocidental ameaça os valores tradicionais russos.

Folha SP

Postado em 3 de fevereiro de 2024

Silvio Almeida sobre PPI: “Privatizar presídio abre espaço para o crime”

O ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, afirmou nesta sexta-feira, 2, que a privatização de unidades prisionais e socioeducativas “abre espaço para a infiltração do crime organizado”. O comentário abordou o decreto editado em abril do ano passado pelo vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que incluiu presídios e segurança pública no rol do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI).
“Privatização seja de presídio ou de sistema socioeducativo abre espaço para infiltração do crime organizado, que é tudo ao contrário do que a gente quer fazer. Não estou dizendo que isso exista já, o que estou dizendo é que a gente abre espaço para que o crime organizado tenha mais um pedacinho do Estado brasileiro”, disse Almeida em café da manhã com jornalistas. “É normal que haja esse tipo de divergência (com a área econômica), mas essa é a minha posição”, completou.

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O ministro, no entanto, não explicou como as parcerias público-privadas dariam vazão ao crescimento das organizações criminosas no sistema carcerário. Almeida atribuiu os problemas atuais nas penitenciárias, inclusive de direitos humanos, à falta de Estado suficiente nesses espaços.

O decreto publicado pelo governo Lula dispõe “sobre incentivo ao financiamento de projetos de infraestrutura com benefícios ambientais e sociais”. Esse texto modificou outro decreto publicado em outubro de 2016, durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), que regulamentou as áreas prioritárias do PPI.

A política de parcerias público-privadas instituída pela gestão Temer colocava apenas os setores de logística e transporte, mobilidade urbana, telecomunicação, radiodifusão e saneamento básico entre aqueles que poderiam receber investimentos das iniciativa privada.

O ministro dos Direitos Humanos afirmou que a abertura de parcerias com o setor privado na área de infraestrutura vira, na prática, “privatização da execução da pena”. Almeida ainda disse haver contradição entre esse tipo de medida e outras políticas do governo Lula. “Isso não pode acontecer. Não pode acontecer só pelo ponto de vista político, mas porque isso é inconstitucional. Isso é ilegal. Esse é o debate que tem que ser feito”, prosseguiu.

Almeida já havia se manifestado sobre o tema em novembro do ano passado durante entrevista ao programa “Fala Ministro”, do governo federal. Na mesma oportunidade, ele disse ter determinado que a área técnica do Ministério produzisse um estudo para embasar eventuais discussões sobre a revisão do decreto publicado pela área econômica do governo.

No café da manhã com jornalistas nesta sexta, Almeida afirmou que o estudo técnico foi concluído pela área jurídica do ministério, mas que os resultados não seriam divulgados. Ele comentou que o parecer apresenta a avaliação de que “é um processo que não deve ter guarida dentro da administração”. De acordo com o ministro, a deliberação sobre este tipo de tema que causa divergência entre áreas do governo deve ser feita internamente. Ele ainda foi questionado se houve conversas com o ministro Haddad, mas não se respondeu.

Almeida, contudo, disse que vai conversar com o novo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski para integrar a política de direitos humanos com a área da segurança pública. O ministro dos Direitos Humanos afirmou que a política nacional da área não é tocada apenas pelo seu Ministério e exige cooperação de outras pastas.

O ministro ainda disse que pretende discutir o tema com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas que, até o momento, as avaliações sobre os temas estão restritas ao ministério

“Isso não dá certo. isso abre espaço para que interesses que não são do interesse público se imiscuam num lugar que é ultra problemático, que é o sistema carcerário e socioeducativo”, afirmou. “É uma contradição. Não pode existir”, completou.

Correio Braziliense

Postado em 3 de fevereiro de 2024

“Abin paralela”: PF tem provas de que Bolsonaro recebeu informações

A Polícia Federal (PF) tem indícios de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seria um dos beneficiados com o acesso de informações oriundas do esquema de espionagem ilegal da chamada “Abin parela”. A informação é do portal Uol.
Esses indícios são frutos das novas provas colhidas nas buscas contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) e o “filho 02” e vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Ambos foram alvos da PF nas últimas semanas.

De acordo com a reportagem, essas provas foram apresentadas à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) e serão analisadas profundamente nas próximas diligências.

Tais indícios indicam a existência de dossiês e documentos fabricados pela organização criminosa infiltrada na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Segundo investigação da PF, esse material era impresso e entregue ao Palácio do Planalto, durante o governo de Jair Bolsonaro, entre 2019 e 2022.

“Abin paralela”
De acordo com a Polícia Federal, uma organização criminosa se infiltrou na Abin, com o intuito de espionar adversários do clã Bolsonaro com ajuda do software FirstMile. Esse esquema ilegal de espionagem, sem aval da Justiça, ocorreu contra autoridades, jornalistas e advogados durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Estariam entre as autoridades monitoradas pelo software espião: os ministros do STF Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia e o ex-governador do Ceará Camilo Santana, hoje ministro da Educação.

Metrópoles

Postado em 3 de fevereiro de 2024