51% dos brasileiros dizem ter mais medo da polícia do que confiança nela, segundo Datafolha

Postado em 23 de dezembro de 2024

Um total de 51% dos brasileiros acima de 16 anos disseram ter mais medo do que confiança na polícia, segundo pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (21).

O dado supera por pouco o de pessoas que afirmaram mais confiar na polícia do que temê-la: são 46%.

O instituto entrevistou 2.002 pessoas, de 16 anos ou mais, em 113 municípios de todo o país em 12 e 13 de dezembro deste ano. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

O resultado é semelhante ao aferido na pesquisa anterior em que a mesma pergunta foi feita, em abril de 2019, em meio a gestão de Jair Bolsonaro (PL). Na época, 51% afirmaram ter mais medo, enquanto 47% tinham mais confiança.

O pesquisador Renato Sérgio de Lima, diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, afirmou que o resultado do levantamento deve servir de alerta para os agentes de segurança mudarem sua forma de atuação.

“A população não se sente segura em relação à forma de trabalho da polícia, mas não é de hoje”, disse ele. “Há aqui um reconhecimento de que a forma com que elas têm atuado historicamente tem incomodado, porque não é uma forma que vê a segurança e o direito social para todos.”

Para Carolina Diniz, coordenadora de enfrentamento à violência institucional da Conectas Direitos Humanos, o medo da polícia é um fenômeno cíclico. “Não se trata de uma situação que acontece agora. Em São Paulo, a situação está longe do controle, mas temos visto dados alarmantes ao longo da história do Brasil.”

A pesquisa do Datafolha aponta que o temor tem dado parecido entre gêneros (56% entre mulheres 52% entre homens). Há, no entanto, diferenças entre pretos (59%, ante 45% entre brancos) e entre eleitores de Lula e de Bolsonaro no segundo turno de 2022 (58% no caso do primeiro e 40% no do segundo). As margens de erro nesses segmentos variam de 3 a 5 cinco pontos percentuais.

Segundo Diniz, os homens, geralmente, são os principais alvos da violência policial, mas são elas que cuidam dessas vítimas. “São as mulheres que sofrem essa violência, que não sabem se os filhos vão voltar para casa.”

No caso de quem tem mais confiança os agentes de segurança do que medo, as taxas mais altas estão entre homens (52%, ante 40% entre as mulheres), moradores da região Sul (57%), brancos (53%, ante 38% entre os pretos), e os eleitores de Bolsonaro no 2º turno da eleição presidencial de 2022 (58%, ante 38% entre os eleitores de Lula). As margens de erro nesses segmentos variam de três a seis pontos.

Nas últimas semanas, o estado de São Paulo enfrenta uma crise na segurança pública com casos em sequência de violência policial.

Em um deles, um soldado foi filmado jogando um homem em um córrego em Cidade Ademar, na zona sul da capital paulista. Em outro, um estudante de medicina foi morto com um tiro disparado por um PM dentro de um hotel na Vila Mariana, também na zona sul.

Noutro episódio, um soldado, que estava de folga, matou um rapaz de 26 anos com 11 tiros no Jardim Prudência, na zona sul. Ele foi atingido ao tentar fugir com produtos de limpeza furtados de um mercado.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse durante entrevista coletiva, no último dia 18, que o estado tem uma excelente polícia. “Infelizmente, há desvios de conduta que serão severamente punidos. Não vamos passar pano em nada. Tolerância zero de desvio de conduta.”

O Datafolha mostrou também que a maioria da população (63%) disse ter tomado conhecimento sobre os casos de violência policial em São Paulo, sendo que 34% responderam estar bem informados sobre o tema, 25%, mais ou menos informados, e 4%, mal informados. Uma parcela de 37% declarou não ter conhecimento acerca dos casos –entre os que têm 16 a 24 anos, o índice sobe para 56%.

Entre aqueles que tiveram conhecimento dos recentes casos, 55% afirmaram ter mais medo que confiança na polícia, e 42%, mais confiança que medo.

Para Lima, do Fórum, a falta de segurança em geral no país contribui para que parte da população se sinta compelida a apoiar discursos que acabam por apoiar a violência policial.

Ele cita como exemplo o atual secretário de Segurança Pública paulista, Guilherme Derrite. Capitão reformado, Derrite foi questionado em um podcast, em maio de 2021, sobre os motivos que o levaram a deixar a Rota. “A real? Porque eu matei muito ladrão”, disse na ocasião.

Ainda segundo Lima, a pesquisa mostra que declarações desse tipo “vão afetando esse outro lado que é a legitimidade da polícia enquanto instituição reconhecida e responsável pelo provimento de segurança pública e ordem”.

Folha de São Paulo

Diretoria do Flamengo decide não renovar contrato com o zagueiro David Luiz

Postado em 23 de dezembro de 2024

O Flamengo não vai contar o zagueiro David Luiz para a temporada 2025. A diretoria anunciou neste domingo que o atleta não está nos planos do clube. Pelas redes sociais, o clube carioca fez uma postagem protocolar agradecendo os serviços prestados pelo defensor.

“O Clube de Regatas do Flamengo informa que decidiu pela não renovação de contrato do zagueiro David Luiz, que foi comunicado neste domingo. Agradecemos imensamente ao atleta pela dedicação, profissionalismo e títulos com o nosso Manto Sagrado. Desejamos sorte e muito sucesso nos novos passos da carreira”.

Aos 37 anos, ele tinha uma renovação de contrato engatilhada com a diretoria comandada pelo ex-presidente Rodolfo Landim. Após uma reunião de José Boto, novo nome que comanda o futebol, com o treinador Filipe Luís, a situação tomou um outro rumo.

O Flamengo tem quatro defensores para o setor defensivo atualmente: Léo Pereira, Léo Ortiz, Fabrício Bruno e o novato Cleiton. Com a dispensa de David Luiz, o clube agora deve ir ao mercado atrás de um outro nome, ou ver a possibilidade de subir algum jogador da base para a posição.

Com uma carreira consolidada na Europa, David Luiz retornou ao Brasil no fim de 2021. Pelo clube carioca, ele fez 132 jogos, com 75 vitórias, 28 empates e 29 derrotas. Neste período, ele marcou quatro gols e deu duas assistências. O zagueiro deixa a Gávea com uma Libertadores, duas Copas do Brasil e um Campeonato Carioca conquistados em seu currículo.

Estadão Conteúdo

Acidente na ponte entre Maranhão e Tocantins deixa dois mortos e oito desaparecidos

Postado em 23 de dezembro de 2024

Um grave acidente ocorreu neste domingo (22) na ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga Estreito (MA) a Aguiarnópolis (TO), resultando na morte de duas pessoas e deixando oito desaparecidos.

De acordo com a Defesa Civil de Estreito, as vítimas fatais foram identificadas como Alana, de 25 anos, e Marçon Gley Ferreira, de 42 anos. Ambos estavam em motocicletas no momento do colapso. Entre os desaparecidos estão duas crianças, duas mulheres e quatro homens.

O Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA) informou que, além das motos, um carro de passeio também caiu da ponte. O veículo transportava um homem, uma mulher e uma criança. O homem foi resgatado e está internado no Hospital de Estreito, sem risco de vida, mas a mulher e a criança seguem desaparecidas.

O acidente envolveu ainda dois caminhões transportando produtos perigosos, um deles com ácido sulfúrico. Por questões de segurança, as buscas foram suspensas às 18h e retomadas posteriormente, mas apenas com o uso de botes, sem mergulhadores.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o desabamento ocorreu quando três caminhões estavam sobre a ponte. Imagens feitas por celular registraram o momento do colapso e a destruição causada.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou que o vão central da ponte, com 533 metros de extensão, cedeu. As causas do desabamento ainda estão sendo investigadas.

Com o trecho interditado, o DNIT divulgou rotas alternativas para motoristas. No Maranhão, o desvio passa pela BR-226/MA em Estreito, seguindo até Porto Franco e depois pela BR-010/MA até Imperatriz. No Tocantins, a rota inclui Darcinópolis, Luzinópolis e Axixá até Imperatriz.

Equipes do governo estadual estão no local auxiliando nas buscas e prestando suporte aos motoristas que utilizam as rotas alternativas. A situação segue monitorada pelas autoridades.

Tribuna do Norte

Governador do RS diz que não há sobreviventes em queda de avião em Gramado

Postado em 23 de dezembro de 2024

Um avião turboélice bimotor de pequeno porte caiu por volta das 9h deste domingo, 22, em Gramado, na serra gaúcha, na região da Avenida da Hortênsias. Segundo o governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB), não há sobreviventes. A estimativa é de que oito a dez pessoas estavam no avião, segundo capitão do Corpo de Bombeiros que concedeu entrevista à Rádio Gaúcha, do grupo RBS.

Ao menos 15 pessoas que estavam na região em que o avião caiu foram levadas ao Hospital de Gramado. De acordo com o capitão dos Bombeiros, o avião atingiu a chaminé de um prédio, o segundo andar de uma casa – onde havia uma pessoa, que saiu sem ferimentos – e depois uma loja vazia.

Os destroços também atingiram uma pousada, onde duas pessoas já foram resgatadas com vida. Por pouco o avião não atingiu um posto de combustível.

O Corpo de Bombeiros atua no momento para apagar o incêndio. A Brigada Militar e Polícia Civil também estão no local. As informações iniciais são de que o avião vinha da cidade de Canela e estaria indo para Florianópolis.

A Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) informou que a ERS-235 (Avenida das Hortênsias), em Gramado, está com o fluxo de veículos totalmente bloqueado por conta do acidente. “Ao longo das próximas horas seguiremos atualizando as informações e possíveis rotas alternativas”, escreveu.

A avenida é um das mais movimentadas do centro turístico de Gramado.

Segundo a secretaria de Segurança, pelo menos 15 pessoas foram encaminhadas para o hospital da cidade, a maioria em razão de ter inalado fumaça do incêndio provocado pela queda.

fonte: Estadão Conteudo

Número de vítimas em acidente na BR-116 sobe para 41; motorista de carreta está foragido

Postado em 23 de dezembro de 2024

O número de vítimas fatais do acidente ocorrido na BR-116 na altura de Teófilo Otoni, Minas Gerais, na madrugada deste sábado, 21, aumentou para 41, de acordo com a Polícia Civil do Estado de Minas Gerais. A corporação informou neste domingo, 22, que 41 corpos chegaram ao Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte e 12 foram identificados.

O motorista da carreta – de onde teria caído o bloco de granito que pode ter causado o acidente – está foragido, segundo a polícia. Ele teve a carteira apreendida em 2022 em uma porque se negou a soprar o bafômetro ao ser parado pela operação da Lei Seca.

Dois corpos estão em processo de liberação para as famílias. De acordo com a Polícia, a identificação ainda busca confirmar se todas as vítimas eram passageiras do ônibus.

O acidente envolveu um carro, uma carreta e um ônibus de passageiros. A colisão ocorreu de madrugada do sábado, na altura do km 286, na comunidade rural da Lajinha, no município de Teófilo Otoni.

De acordo com a Polícia, o trecho onde ocorreu o acidente é de declive; uma grande pedra teria se desprendido da carroceria e acertado em cheio o ônibus de passageiros, que vinha na direção contrária.

Isso teria causado o incêndio, segundo as informações preliminares da investigação. Há indicativos que a carreta trafegava com excesso de peso.

Motorista está foragido e teve direito de dirigir suspenso

A Polícia Militar de Minas Gerais afirmou que o motorista da carreta está foragido “em razão do flagrante continuado”. O motorista teve a carteira apreendida em 2022 em uma blitz da PM na cidade de Mantena, também em Minas. Ele estava com o direito de dirigir suspenso, de acordo com a corporação. Isso ocorreu pois ele se negou a soprar o bafômetro ao ser parado pela operação da Lei Seca.

A Polícia Rodoviária Federal confirmou que o motorista não foi localizado. “Investigações para localização do mesmo ficarão a cargo da Polícia Judiciária”, informou em nota.

Estadão Conteúdo

Crise financeira e falta de recursos desafiam a gestão de 71% dos prefeitos

Postado em 23 de dezembro de 2024

Para 71,2% dos municípios brasileiros, a crise financeira e a falta de recursos são os maiores desafios de gestão nos últimos quatro anos. Essa porcentagem corresponde a 3.186 prefeituras. A informação foi divulgada em um estudo elaborado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). Ao todo, o levantamento foi realizado junto a 4.473 cidades.

De acordo com a pesquisa, 53,1% dos entes relataram como dificuldade de gestão a instabilidade política e econômica. Questões relacionadas a reajustes salariais e à saúde também estão entre as mais apontadas pelos gestores públicos, com 47,8%. No Nordeste brasileiro, por exemplo, esse relato foi mais frequente entre prefeituras da Bahia, abrangendo 167 cidades, ou 13%.

As prefeituras também responderam sobre o Censo e as estimativas populacionais. Nesse caso, a taxa chegou a 45,1%, com destaque para Minas Gerais entre os estados do Sudeste. Nessa unidade da federação, o total de municípios atingiu 215, ou seja, 7% dos entrevistados. Já sobre desastres naturais, no geral, o percentual foi de 34,2%, com destaque para o Rio Grande do Sul entre os estados do Sul, abrangendo 391 municípios e uma taxa de 20%.

Houve, ainda, um questionamento aos prefeitos reeleitos sobre a confiança no desempenho dos recursos financeiros para 2025. Nesse caso, o estudo mostra equilíbrio entre as respostas. Enquanto 49,3% declararam estar confiantes ou muito confiantes, 49,1% afirmaram estar pouco confiantes ou nada confiantes.

De maneira geral, mesmo que a maioria tenha enfrentado dificuldades financeiras, 80,9% dos gestores responderam que encerrarão o ano e o mandato com as contas em dia. Do total de entrevistados, 1.055 – ou 22,5% – afirmaram que concluirão os mandatos deixando restos a pagar para a próxima gestão, enquanto outros 3.162 – ou 70,7% – não deixarão esse tipo de pendência.

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Brasil aumentou em 8% coleta de células-tronco de medula óssea

Postado em 23 de dezembro de 2024

O Sistema Único de Saúde (SUS) tem registrado aumento do número de coleta de células de medula óssea nos últimos anos. Até novembro de 2024, o total de células-tronco de medula óssea destinadas à doação chegou a 431, número 8% maior do que o registrado em todo o ano anterior (398). Em 2022 foram disponibilizadas 382 células-tronco.

Aumentou também o número de novos doadores, passando de 119 mil em 2022 para 129 mil, entre janeiro e novembro de 2024, segundo o Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).

“Paralelamente, o número de receptores cadastrados cresceu significativamente, saltando de 1.637 em 2022 para 2.201 em 2023 e chegando a 2.060 até novembro de 2024”, informa o Ministério da Saúde.

Segundo a pasta, o avanço se deve a um esforço conjunto do Ministério da Saúde, de hemocentros e hemonúcleos estaduais, ao promoverem campanhas de conscientização e cadastramento de doadores e receptores.

Além disso, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) tem contribuído com a qualificação dos cadastros, fidelização de doadores e suporte por meio de diversos canais de atendimento. Cabe ao Inca coordenar as ações técnicas do Redome – entidade que tem o terceiro maior registro de doadores voluntários de medula óssea do mundo (o maior entre aqueles com financiamento exclusivamente público), com mais de 5,9 milhões de doadores cadastrados.

“Uma ferramenta importante no processo de cadastro é o aplicativo Redome. Por meio dele, doadores podem acessar informações sobre a doação, localizar hemocentros, realizar o pré-cadastro e acompanhar todas as etapas até a inclusão definitiva no sistema. O app também gera uma carteirinha de doador”, informou o Ministério da Saúde.

As autoridades ressaltam que o transplante de medula óssea é procedimento essencial para o tratamento de doenças graves do sangue e do sistema imunológico, como leucemias, linfomas, aplasia de medula, síndromes de imunodeficiência e mielomas múltiplos.

“Ele substitui a medula óssea doente ou deficitária por uma saudável, sendo fundamental no tratamento de cerca de 80 doenças”, diz o ministério ao alertar que a maior parte dos pacientes, no entanto, não encontra doador compatível na família.

“A probabilidade depende de diversos aspectos genéticos e de etnia, mas essa chance aumenta significativamente quando doador e paciente pertencem à mesma população”, detalha a pasta ao informar que, no Brasil, estima-se que 70% a 75% dos pacientes que têm um doador compatível identificam esse doador por meio do Redome.

Como buscar doadores
A primeira etapa da busca por contabilidade de doadores é feita entre familiares do paciente. Não havendo compatibilidade, inicia-se uma busca por meio de registros de doadores no Brasil e no exterior.

“A equipe do Redome utiliza tecnologias avançadas para cruzar informações genéticas e identificar possíveis doadores, que são contactados para confirmação de disponibilidade e realização de exames complementares”, diz o ministério..

Como ser um doador
O candidatos a doadores de medula óssea precisam ter entre 18 e 35 anos, mas o cadastro permanece ativo até os 60 anos. É necessário que o doador esteja em boas condições de saúde e sem doenças impeditivas.

O doador precisa apresentar documento oficial com foto e comparecer ao hemocentro mais próximo para a coleta de uma amostra de 10 ml de sangue para exame de compatibilidade genética (HLA).

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Família e advogados: as visitas aos “kids pretos” suspeitos de golpe na prisão

Postado em 23 de dezembro de 2024

Os militares indiciados e presos preventivamente pela suposta participação na tentativa de golpe têm recebido visitas de familiares próximos e de advogados desde que foram transferidos para Brasília.
Os três integram o grupo especial de elite do Exército, conhecido como “kids pretos”, e estão custodiados no Batalhão de Polícia do Exército (BPE), na capital federal.

O general Mario Fernandes e o tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo chegaram à unidade em 5 de dezembro. Já o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima foi transferido no dia 8.

Conforme documento do Comando Militar do Planalto (CMP), Mario Fernandes recebeu seus advogados 11 vezes, entre 6 e 19 de dezembro.

O general também foi visitado por sua esposa, dois filhos, dois irmãos e sua mãe, por diversas vezes no período.

Entre 10 e 19 de dezembro, Hélio Ferreira Lima teve vista de seus advogados por cinco vezes. Seus três filhos e sua esposa também foram vê-lo na prisão.

De acordo com as informações do CMP, o tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo só recebeu seu advogado em uma única ocasião: em 10 de dezembro, entre 9h e 11h47.

Esposa, filha, pai, mãe, irmã do militar se revezaram nas visitas entre 7 e 17 de dezembro.

Rotina na prisão militar
De acordo com as Normas Administrativas para Prisão Especial para militares, os presos têm direito a banho de sol, preferencialmente entre 10h e 12h, dentro do quartel.

Também são garantidas quatro refeições por dia: café da manhã, almoço, jantar e ceia.

A norma prevê que as visitas sejam em dias específicos (terça, quinta e domingo). Os dias, no entanto, podem mudar a critério do comando do batalhão “em casos excepcionais”.

Não é permitida visita íntima no local. As visitas também não podem entrar com “roupas inadequadas”, como itens transparentes, “curtas (saias acima dos joelhos, shorts/bermudas acima dos joelhos, tops, croppeds, mini blusa, etc)”.

Blusas com alças ou decote também são proibidos, além de sandália, sapato ou tênis com solado plataforma.

Quem são
O general da reserva Mario Fernandes teria sido o responsável pela elaboração do planejamento operacional “Punhal Verde e Amarelo”, ação clandestina que visava assassinar o ministro Alexandre de Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

Segundo relatório da Polícia Federal, ele atuou como o elo entre os líderes dos manifestantes golpistas, instalados principalmente no Quartel-General do Exército em Brasília, e o governo de Jair Bolsonaro (PL), coordenando o planejamento e a execução de atos antidemocráticos, conforme o interesse dos envolvidos.

Os tenentes-coronéis Rodrigo Bezerra Azevedo e Hélio Ferreira Lima teriam participado da ação clandestina de 15 de dezembro de 2022 que tinha o objetivo de prender e matar as autoridades.

A PF indiciou 40 pessoas na investigação sobre o caso, pelos crimes de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa no inquérito da PF.

Entre os indiciados estão o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro Braga Netto.

cnn

Doméstica é resgatada de trabalho análogo à escravidão desde 1996 em Minas Gerais

Postado em 23 de dezembro de 2024

O Ministério do Trabalho e Emprego realizou uma operação em Além Paraíba (MG), no dia 2 de dezembro, que resultou no resgate de uma trabalhadora doméstica em condições análogas à escravidão. A ação foi realizada em conjunto com o Ministério Público do Trabalho e a Polícia Federal, evidenciando a gravidade da situação enfrentada pela empregada. Desde 1996, a mulher atuava como empregada doméstica, mas não recebia salários, férias ou 13º salário. Embora sua carteira de trabalho tenha sido assinada em 2009, ela foi demitida de forma irregular em 2015, antes da promulgação da PEC das Domésticas, que ampliou os direitos dessa categoria.
Desde então, até maio deste ano, a trabalhadora permaneceu sem registro e sem contribuições para a previdência. Durante a fiscalização, foi verificado que a mulher não dispunha de um quarto próprio e, nos últimos três meses, acumulava funções de empregada doméstica e cuidadora de um dos patrões, que estava doente. Ela era obrigada a dormir no mesmo ambiente que o empregador e, em maio, foi registrada como “cuidadora de idosos”. Seus bens pessoais eram limitados a algumas roupas, produtos de higiene, um cobertor e um espelho.

Os auditores do trabalho determinaram a rescisão imediata do contrato de trabalho, além da regularização do registro da empregada e do pagamento de todos os direitos trabalhistas devidos. O Ministério Público do Trabalho também estabeleceu um acordo com os empregadores, que inclui o pagamento de uma indenização à trabalhadora, embora o valor exato não tenha sido divulgado.

Jovem Pan

Queda de braço entre Lula e mercado não dá sinais de trégua, analisam especialistas

Postado em 23 de dezembro de 2024

A queda de braço entre Luiz Inácio Lula da Silva e o mercado não dá sinais de trégua em um futuro próximo, analisam especialistas econômicos ouvidos pelo R7. O impasse ganhou novos contornos com o pacote fiscal anunciado pelo governo federal. Se por um lado há indicadores nacionais com resultados positivos, por outro, existe a avaliação de um ambiente fiscal em crise. E os movimentos de críticas entre os atores devem continuar.

“Não há dúvida de que os indicadores melhoraram, mas há uma parte que está negativa nesse final de ano, principalmente com a tempestade perfeita que é o cenário com a alta do dólar. Não vai ter paz em breve. Mas a questão é: quem perde com essa briga é o país. Em termo estrutural, os bons índices que devem ser comemorados e também a regulamentação da reforma tributária. Na área conjuntural a perspectiva de crescimento econômico ainda maior. O problema é que com as discussões, os louros das medidas, evaporam-se, perdem o brilho”, disse o economista e professor da UnB (Universidade de Brasília) César Bergo.

As críticas de Lula, do governo e do PT se concentram em Roberto Campos Neto, presidente do BC (Banco Central) indicado por Jair Bolsonaro (PL). O principal argumento é a alta taxa de juros, atualmente em 12,5%, uma das maiores do mundo. O índice faz com que a atividade econômica e o mercado de trabalho sejam desacelerados, a fim de provocar um recuo na inflação, que está equilibrada. O mandato do economista à frente do órgão monetário se encerra neste mês e, a partir de janeiro de 2025, o posto será comandado por Gabriel Galípolo, indicado pelo atual chefe do Executivo.

Diante desse cenário, o professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e economista Hugo Garbe acredita na realidade positiva dos índices econômicos, mas afirma que as críticas de Lula ao presidente do BC, principalmente o futuro, devem ser comedidas. “O governo não vai ter mais essa desculpa, de que o problema é o Banco Central. Se o presidente continuar criticando excessivamente o Galípolo, que ele indicou, vai ser um tiro no pé. Então a narrativa deve se encerrar em determinado momento, claro, dependendo também do perfil que o futuro chefe do BC assumir”, avalia.

Caem na conta de Lula os seguintes resultados econômicos: redução de 40% da extrema pobreza, redução de 20% no desemprego, aumento de 8,3% de ganho real no rendimento médio, crescimento de mais de 3% do PIB (Produto Interno Bruto), aumento de 1,83 milhão de novas vagas de empregos formais, entre outros. No entanto, o mercado financeiro, que argumenta que há necessidade de contenção de gastos públicos. Em relatório, o Tesouro Nacional apontou que o crescimento dos gastos obrigatórios e de despesas não obrigatórias, como emendas parlamentares, poderá levar o Executivo a enfrentar um apagão em 2032.

Na tentativa de solucionar o quadro fiscal, o governo apresentou um pacote de revisão de gastos. Nos cálculos do Executivo, o impacto seria de R$ 327 bilhões nos próximos cinco anos. Mas, com as alterações das propostas feitas pelos congressistas, a Fazenda estima uma redução de R$ 2,1 bilhões na economia em dois anos. Entre os exemplos estão correção das regras do salário mínimo e acesso ao BPC (Benefício de Prestação Continuada). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chegou a transmitir o apelo de Lula para que os projetos não fossem modificados.

“A briga toda do mercado é em relação as políticas públicas que Lula tem feito, por exemplo, na distribuição de renda. Pela primeira vez estamos vendo mudanças. Mas o mercado exige que o governo faça de forma tradicional, como é o Roberto Campos Neto. Se o governo não faz do jeito que eles querem, o mercado chantageia. O cenário atual, por exemplo, em que o Banco Central deixou o dólar subir muito e agora está enxugando gelo. O estrago está feito. Como se diz no meio da Faria Lima, o mercado sabe que o Banco Central está no ‘corner’”, afirmou o economista Newton Marques.

De acordo com os especialistas, a queda de braço não dá sinais de trégua. “Lula deve ficar ao lado de Galípolo, mas não podemos dizer o mesmo do PT. Inclusive, teve fogo amigo com o Haddad, que mira em 2026. Então o início do ano deve ser turbulento. O presidente poderia segurar um pouco mais [as críticas], porque o país está indo bem, apesar da tempestade econômica deste fim de ano. Então, tem que ter controle”, ponderou o professor da UnB César Bergo.

Ataque especulativo
Em meio à votação do pacote fiscal pelo Congresso Nacional, houve a denúncia de ataque especulativo contra o real. Em escalada, a moeda norte-americana alcançou novo recorde e atingiu a máxima de R$ 6,30, levando o Banco Central a realizar duas intervenções no mercado de câmbio na manhã de quinta-feira (19).

Tratam-se das primeiras intervenções do BC na questão cambial no governo Lula. Na época de Jair Bolsonaro, foram mais de 300 ingerências. Segundo Bergo, há três formas de a autoridade monetária intervir no mercado: empréstimo, swap cambial e spot. “Os dois primeiros não reduzem a reserva, mas a do dólar, sim, e são bilhões geralmente”, explica o professor da UnB.

“O mercado está ansioso em relação ao dólar, tem feito leilão para conter a alta da moeda. Enfim, o primeiro trimestre tende a ser decisivo nessa questão. Mas uma analogia simples: estou bem de vida, comprei um carro de ponta, mas estou endividado e a dívida só aumenta. Então, essa relação de bem-estar é a qual preço? Nessa guerra de narrativas, ninguém está mentindo. A economia é uma ciência de equilíbrio, e essa falta de equilíbrio na economia está preocupando muita gente”, argumenta Garbe.

R7

Brasil registra uma morte por acidente aéreo a cada 58 horas em 2024

Postado em 23 de dezembro de 2024

O Brasil registrou uma morte por acidente aéreo a cada 58 horas em 2024. O dado foi compilado pelo portal R7 a partir de registros da Força Aérea Brasileira (FAB) até a queda da aeronave em Gramado, no Rio Grande do Sul, neste domingo (22).

A projeção é de ao menos 148 mortes ligadas à tragédias aéreas neste ano.

O monitoramento oficial ainda não computou as dez mortes ocorridas na queda da aeronave na serra gaúcha, mas o governo do estado confirma dez óbitos. O voo saiu, às 9h12, do aeroporto de Canela para a cidade de Jundiaí, em São Paulo, e caiu minutos depois. As causas ainda são investigadas.

Pelos dados da FAB, em monitoramento encabeçado pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), outras 138 mortes haviam sido registradas até 17 de dezembro. O número mostra um um aumento considerável em relação a períodos anteriores.

Em 2023, por exemplo, foram 77 mortes por acidentes aéreos, frente 49 em 2022. O segundo ano com mais registros de mortes foi em 2017, quando 104 pessoas morreram em desastres aéreos. Em outros desdobramentos, o Cenipa ainda estima que o país registrou 166 acidentes até o dia 17 de dezembro. Desses, 40 foram fatais.

Em 2024, o fator que mais contribuiu para o alto número de mortes foi a queda do avião da Voepass, em agosto. A aeronave caiu em Vinhedo (SP) com 58 passageiros e quatro tripulantes.

Um avião comercial não caía no Brasil desde 2007. O relatório final da investigação sobre o acidente da Voepass ainda não foi apresentado. Até o momento, as informações preliminares são de que a tripulação citou uma possível falha no sistema de degelo da aeronave pouco antes da queda. Contudo, os investigadores não conseguiram determinar, ainda, se realmente houve algum problema.

Histórico de acidentes
O maior acidente aéreo em voo comercial ocorrido no Brasil foi o da Tam (hoje Latam), em 2007. O Airbus A320-233 saiu do Aeroporto Internacional de Porto Alegre com destino ao Aeroporto de Congonhas. Ao pousar, no entanto, o avião não conseguiu frear a tempo, ultrapassou os limites da pista, planou sobre a avenida Washington Luís e bateu contra um prédio da própria companhia aérea. Todas as 187 pessoas a bordo morreram, e outras 12 pessoas que estavam em solo também não resistiram.

Ao todo, dez pessoas foram indiciadas pelo acidente, mas todas foram absolvidas na Justiça Federal. Em 2023, o Ministério da Infraestrutura implementou um novo sistema de frenagem no Aeroporto de Congonhas para evitar acidentes parecidos.

Em 2009, um Airbus A330 da Air France que saiu do Brasil com destino à França caiu no Oceano Atlântico. Todas as 228 pessoas a bordo morreram. A investigação apontou uma falha nos tubos de pitot, um sistema que mede a velocidade do avião em relação ao ar. Sem saber qual era a real velocidade da aeronave, os pilotos ficaram confusos. O avião entrou em estol (perda repentina da sustentação da aeronave) e caiu. Depois de anos, a Justiça francesa absolveu a Airbus e a Air France pelo acidente.

Em 2016, um avião que levava o time de futebol da Chapecoense caiu na Colômbia, deixando 71 mortos. O acidente foi causado por falta de combustível na aeronave. Seis pessoas sobreviveram ao acidente.

R7

Duas pessoas morrem em grave acidente na RN-288 no Seridó

Postado em 21 de dezembro de 2024

Na manhã deste sábado (21), um trágico acidente na RN-288, na saída de São José do Seridó em direção a Cruzeta, deixou duas pessoas mortas. O sinistro envolveu uma motocicleta e um veículo, colidindo violentamente próximo ao pórtico da cidade.

Testemunhas relataram que o impacto foi tão forte que a motocicleta pegou fogo, e o veículo apresentava sérios danos na parte frontal. Ainda não há informações sobre a identidade das vítimas fatais ou o estado de outros possíveis envolvidos.

Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e da Polícia Militar foram acionadas ao local para realizar os primeiros socorros e organizar o tráfego, que ficou parcialmente interditado. O Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP) já foi mobilizado para a remoção dos corpos e perícia do local.

As circunstâncias que levaram ao acidente ainda estão sendo investigadas, mas há indícios de que a colisão possa ter sido causada por ultrapassagem indevida ou excesso de velocidade. A Polícia Rodoviária Estadual (PRE) está conduzindo os levantamentos para esclarecer o ocorrido.

Este triste episódio reforça a necessidade de prudência no trânsito, especialmente em rodovias de grande movimento como a RN-288. Mais informações serão divulgadas assim que apuradas pelas autoridades competentes.

Repórter Seridó

PGR envia ao STF parecer para manter prisão de Braga Netto

Postado em 21 de dezembro de 2024

A manifestação foi motivada por um pedido da defesa do general para que a prisão seja substituída por medidas diversas da prisão. Os advogados também alegaram que as acusações de que Braga Netto participou da trama golpista durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro tratam de fatos passados e não há contemporaneidade para justificar a prisão preventiva.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou nesta sexta-feira (20) ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer contra a soltura do general Braga Netto, preso na semana passada, no Rio de Janeiro, no âmbito das investigações do inquérito do golpe.

A manifestação foi motivada por um pedido da defesa do general para que a prisão seja substituída por medidas diversas da prisão. Os advogados também alegaram que as acusações de que Braga Netto participou da trama golpista durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro tratam de fatos passados e não há contemporaneidade para justificar a prisão preventiva.

Para o procurador-geral, Paulo Gonet, permanecem válidas as razões que fundamentaram a prisão do general. Segundo Gonet, medidas cautelares não são suficientes para garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e para assegurar a aplicação da lei penal.

“As tentativas do investigado de embaraçar a investigação em curso denotam a imprescindibilidade da medida extrema, dado que somente a segregação do agravante poderá garantir a cessação da prática de obstrução. O quadro fático denota, assim, risco de continuidade delitiva por parte do investigado, o que traz à espécie o elemento de contemporaneidade”, justificou o procurador.

No sábado (14), Braga Netto foi preso por determinação do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito do golpe, que tramita na Corte.

Segundo as investigações da Polícia Federal, o general da reserva e vice na chapa de Bolsonaro em 2022 estaria obstruindo a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado no país para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.

A Polícia Federal identificou que o general, indiciado por ser um dos principais articuladores do plano golpista, tentou obter dados sigilosos da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. 

Após a prisão, a defesa negou que Braga Netto tenha obstruído as investigações.

Agência Brasil

Emparn prevê chuvas dentro da normalidade e verão menos quente em 2025 no RN

Postado em 21 de dezembro de 2024

A Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) divulgou na última quinta-feira (19), o prognóstico climático para os três primeiros meses de 2025. Segundo o meteorologista Gilmar Bistrot, o estado não terá um verão tão quente como o registrado no início deste ano, e apresentará chuvas dentro da normalidade.

Segundo o meteorologista da Emparn, as condições presentes nos oceanos Atlântico e Pacífico indicam que nos meses de janeiro, fevereiro e março as temperaturas ficarão entre 31 e 32 graus na capital, e mais elevadas no interior do Estado, com máximas de até 38 graus.

A ação do fenômeno La Niña no Oceano Pacífico, embora fraca, facilita a transição de ventos na região, não permitindo que as temperaturas aumentem além da média prevista para o período.

O mês de janeiro será um pouco mais chuvoso que dezembro, devido a formação de sistemas meteorológicos transientes, que trarão chuvas para todo o Rio Grande do Norte, principalmente na primeira quinzena do ano, de acordo com o prognóstico apresentado por Bistrot. O meteorologista, porém, observa que ainda não há uma previsão fechada sobre o mês de março, pois depende da atuação da Zona de Convergência Intertropical.

“Precisamos entender melhor o comportamento do Atlântico Sul; o quanto ele irá aquecer ainda nos próximos dois meses. Se aquecer bastante, teremos uma condição de mais chuvas; se ficar como está hoje, teremos uma situação de normalidade. Então, praticamente nós teremos uma situação de chuvas em torno do normal nos próximos três meses, com janeiro mais chuvoso do que os outros meses”, afirma o meteorologista, acrescentando ainda que o aquecimento ou não do Atlântico Norte também influenciará o comportamento do clima nos meses de abril a julho.

De acordo com os dados da Emparn, no inverno de 2024, as chuvas ficaram dentro da normalidade ou acima das médias históricas em 107 municípios. Os 55 reservatórios públicos monitorados pelo IGARN chegam à última quinzena de dezembro com 2,83 bilhões de metros cúbicos acumulados (64,5% da capacidade), maior volume desde 2011, quando foi registrado o último transbordamento (sangria) da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves.

Equipamentos meteorológicos

Antes da apresentação de Gilmar Bistrot, o Instituto de Gestão das Águas do Rio Grande do Norte (Igarn) fez a doação oficial de equipamentos meteorológicos para a Emparn. Foram doados 11 dataloggers e 60 baterias, que reforçarão o sistema de monitoramento meteorológico. A agenda conjunta visa o fortalecimento da parceria entre os dois órgãos do Governo do Estado, vinculados à Secretaria da Agricultura, da Pecuária e Pesca do RN (Sape).

Os dataloggers serão instalados nas estações meteorológicas da Emparn em vários municípios do Rio Grande do Norte, reforçando a captação de dados sobre chuva, temperatura e umidade, para a transmissão dessas informações para o sistema de meteorologia do órgão. Já as 60 baterias garantirão o funcionamento contínuo das estações.

De acordo com o Igarn, o valor dos equipamentos doados é de R$ 52 mil, recursos provenientes do Programa de Consolidação do Pacto Nacional pela Gestão das Águas (Progestão) – programa de incentivo financeiro aos sistemas estaduais para aplicação exclusiva em ações de fortalecimento institucional e de gerenciamento de recursos hídricos, mediante o alcance de metas estaduais pactuadas e federativas.

Tribuna do Norte

“Direita rejeita impostos e esquerda evita cortes”, critica Haddad

Postado em 21 de dezembro de 2024

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reconheceu nesta sexta-feira 20 a existência de uma “disputa no ajuste fiscal” e disse que há problemas da direita à esquerda no trabalho que a pasta visa desempenhar.
“Sei que esse discurso desagrada a esquerda e a direita, esse discurso que eu acabo de fazer. Ele desagrada, porque um lado não quer contenção de gastos e o outro não quer pagar imposto. Aí fica difícil, né? A direita não quer pagar os impostos que deve, e a esquerda não quer conter gastos, como é que fecha as contas?”, questionou Haddad em café da manhã com jornalistas, realizado na sede da pasta.
Perguntado sobre posições contrárias ao pacote de corte de gastos de parte da esquerda, o ministro ressaltou que não comentaria voto a voto. “Estou feliz que nós aprovamos, está tudo bem. Agora, as pessoas se colocam. Não posso impedir as pessoas de se colocarem. O que nós fazemos é explicar é a necessidade”, argumentou.

“Tenho uma relação de muita proximidade com o presidente Lula. E a incumbência aqui não é simples. Tem uma disputa no ajuste fiscal. Eu diria que hoje é mais consenso o que deve ser feito. As pessoas têm percepção de que é importante seguir”, completou.
Em seguida, o ministro criticou o que chamou de “grupos privilegiados querendo manter seus privilégios”. Ele afirmou que essas pessoas “têm muito mais ascendência em Brasília”. Haddad ainda defendeu que os ajustes fiscais sejam feitos de forma equilibrada.

“Todo mundo tem de dar sua contribuição, todo mundo mesmo”, destacou. “Tem um aspecto compreensível, porque lado privilegiado acaba dizendo que não vão aceitar mais imposto, mas o que estão dizendo é: ‘Eu não vou aceitar pagar mais imposto’. Eles estão defendendo o deles. Quem conseguiu privilégio em Brasília tem a mesma força para impedir que ele seja revisto. Eu resolvi adotar o caminho talvez mais difícil, mas o mais justo”.

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