Bolsonaro sobre Lula: “Posso ser horrível, mas o outro cara é péssimo”

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comparou o governo dele com o do atual mandatário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e teceu críticas à atual gestão. Na conversa com apoiadores, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, neste domingo (14/1), ele falou sobre questões econômicas, política de armamento da população e suposta relação do PT com o Hamas.
“Um rombo de quase R$ 200 bilhões. Essa conta quem vai pagar são vocês”, começou Bolsonaro em uma parte da conversa publicada no perfil dele no X, antigo Twitter. Ele disse ainda que os brasileiros perderam poder aquisitivo e que a margem de lucro dos comerciantes diminuiu. “O mundo não perdoa, a economia não perdoa”, afirmou.

Bolsonaro afirmou ainda que “o homem do campo não acredita no governo” e que “o MST (Movimento Sem Terra) voltou a funcionar”, o que atrapalharia o desenvolvimento agrícola. Além disso, acusou o atual governo de armar criminosos.

“A violência diminuiu no meu governo por causa da política de armas para o pessoal de bem. Ele acabou com isso, armamento só para bandido.”

O ex-presidente ainda relacionou o Partido dos Trabalhadores (PT) com o grupo extremista Hamas, e disse que ambos seriam aliados. “Nós estamos no mesmo barco, pessoal. Se alguém porventura aqui votou no PT, pode ser que exista: não dá para comparar: eu posso ser um cara horrível, mas o outro cara é péssimo”, finalizou.

Metrópoles

Postado em 15 de janeiro de 2024

Secretários esperam Álvaro para disputar as eleições

Secretários municipais de Natal que estão cogitados para disputar as eleições neste ano estão aguardando o posicionamento do prefeito Álvaro Dias (Republicanos) para saberem qual caminho seguir. Caso se candidatem, precisarão se afastar das funções administrativas entre quatro e seis meses (dependendo do cargo que forem disputar) antes do primeiro turno, marcado para o dia 6 de outubro.
Nomes como Rafael Motta (Esportes), Joanna Guerra (Planejamento), Thiago Mesquita (Semurb) e Irapoã Nóbrega (Semsur) têm sido apontados para suceder o Álvaro Dias, inclusive pelo próprio prefeito. Carlson Gomes (Semovi) pode entrar no pleito em Currais Novos, no Seridó potiguar e, no âmbito estadual, Jaime Calado (Sedec/RN), tem pretensões de retornar à disputa em São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal, em confronto com o grupo da governadora Fátima Bezerra (PT), sua aliada.

Uma das citadas pelo prefeito Álvaro Dias, Joanna Guerra é enfática ao garantir que enfrentaria a eleição para suceder o prefeito. “Toparia enfrentar o desafio, sim. Agora, seja eu a escolha do prefeito para sua sucessão ou qualquer outro nome, seguirei a orientação e determinação dele. Me sinto preparada e posso contribuir com a cidade de todas as formas, pois tenho conhecimento da realidade do município. Transito em todas as classes e lugares, tenho um olhar social e humano e vejo que a cidade de Natal tem que avançar”, garante a gestora.
Guerra diz que ao seu favor está o conhecimento dos problemas da cidade, além do trabalho pela solução desses. Filiada ao Republicanos, ela diz que não há planos de disputar outro cargo que não seja no executivo. “Nosso objetivo é continuar o trabalho do prefeito Álvaro Dias. Em relação a disputar uma vaga na câmara municipal, não vejo como uma alternativa, mas, com certeza, o Republicanos terá grandes nomes que serão colocados a disposição do povo natalense”, afirma.

Ao falar se irão ou não entrar na disputa, os secretários são cautelosos e dizem que preferem aguardar as orientações de Álvaro Dias. Rafael Motta, da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer preferiu não comentar o assunto alegando que “está cedo” para tanto e o Secretário Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) de Natal, Thiago Mesquita, está diz que vai depender de Álvaro Dias.

Ele avalia que é natural o prefeito reconhecer o trabalho dele desenvolvido à frente da pasta, seja no quesito econômico, enxugando a máquina e potencializando receitas; seja na questão de liderar e defender discussões importantes, como a revisão do Plano Diretor e a regulamentação de Zonas de Proteção Ambiental (ZPAs).

“Agora, entre o reconhecimento público do prefeito e viabilizar uma campanha, eu ainda estou na minha, focado na gestão”, frisou Mesquita. “Se naturalmente o prefeito for entendendo que realmente é viável, eu vou seguir as orientações. Não é a minha área (de atuação), e aí se a gente for alinhando esses pensamentos, eu não fujo do desafio”, declarou o secretário, reforçando que, se a escolha do prefeito for outra, terá seu apoio.

Republicanos é a opção para os secretários

Thiago não é filiado a nenhum partido, mas acredita que o caminho natural seria o Republicanos, de Álvaro Dias. Se for o caso, ele deve se filiar até seis meses antes do primeiro turno das eleições.

Caso não seja possível a candidatura pela Prefeitura, não está descartada a disputa para a Câmara Municipal. “Meu perfil é muito de executivo, de gestão. Não está descartado (a Câmara Municipal), mas eu pensaria bastante, porque a gente veria várias questões relacionadas a isso. A minha preferência, vamos dizer assim, é no executivo, não diria nem a prefeito, talvez a vice, alguma coisa do tipo”, reforça Mesquita.

Quem também diz que está focado na gestão é o Irapoã Nóbrega, secretário de Serviços Urbanos (Semsur). “Temos um prazo até dia 5 de abril para desincompatibilizar. Se até lá isso realmente vier acontecer, a gente vai analisar com carinho se realmente a gente poderá ser pré-candidato à câmara de vereadores, ao poder legislativo”, disse.

Nóbrega é filiado ao MDB, mas ressalta que segue a liderança do prefeito. “O que ele determinar é que será feito. Se ele realmente me quiser, assim como a população, ser candidato e pré-candidato nos próximos meses a algum cargo eletivo, eu sigo a orientação dele, vou para o partido que ele determinar, que deverá ser o Republicanos”, afirmou.

Jaime prefere esperar o tempo chegar para sair

Entre os secretários estaduais, há uma expectativa em torno da possível candidatura de Jaime Calado (PSD), na tentativa de retornar à Prefeitura de São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal. Contudo, essa decisão é delicada porque o levaria a um confronto direto com a governadora Fátima Bezerra (PT), sua aliada, cuja prioridade é a reeleição do prefeito petista Eraldo Paiva. Contudo, Jaime ainda não confirmou qual caminho irá seguir.

“Eu estou deixando esse assunto para discutir mais à frente. No momento, prefiro não falar sobre isso. No final do mês de março a gente deve chegar a alguma decisão”, disse o ex-prefeito de São Gonçalo.

A cautela de Calado pode estar ligada, ainda, aos planos para 2026, quando sua esposa, a senadora Zenaide Maia (PSD), terminará o mandato e uma nova disputa vai se desenhar podendo ambos ficarem sem cargo político. Além disso, já há uma colisão do casal são gonçalense com a governadora em Natal, visto que estão no partido do ex-prefeito da capital, Carlos Eduardo Alves, que aparece liderando a preferência do eleitorado nas pesquisas e que deverá enfrentar a petista deputada Natália Bonavides.

Carlson mira prefeitura de Currais Novos

Já Carlson Gomes, o secretário de Obras Públicas e Infraestrutura de Natal, tem domicílio eleitoral no município de Currais Novos, onde pretende disputar na chapa majoritária pela oposição ao prefeito Odilon Júnior (PT).

Os laços políticos dele são na cidade de Currais Novos, onde o pai dele, o ex-prefeito Geraldo Gomes, já foi chefe do Executivo por quatro mandatos.

“Sou filiado ao Republicanos. Meu domicílio eleitoral é em Currais Novos, mas ainda depende de uma aliança política lá na cidade entre Republicanos, União Brasil e PP. Por enquanto o foco é mostrar trabalho”, declarou.

Ele diz que a aliança que se articula é para a chapa majoritária. Nessa, Carlson enfrentaria, entre os adversários, o secretário municipal de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente, Lucas Galvão, já declarado pré-candidato do grupo da situação de Currais Novos pelo prefeito Odon Júnior (PT), que está concluindo o seu segundo mandato.

Para a disputa das prefeituras, os secretários precisam se desincompatibilizar dos cargos até quatro meses antes. Se a candidatura for para as câmaras municipais, o prazo é de seis meses antes, ou seja, até o início do mês de abril, de acordo com a Lei de Inelegibilidade (LC 64/1990).

Tribuna do Norte

Postado em 14 de janeiro de 2024

Técnicos da CGU isentam ex-diretor da PRF de Bolsonaro de improbidade

Técnicos da Controladoria-Geral da União (CGU) isentaram o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques do crime de improbidade administrativa. A decisão, tomada por uma comissão, ainda não é final e vai passar por outro colegiado. Vasques responde a um processo disciplinar na CGU por suposto favorecimento a Jair Bolsonaro na eleição de 2022 em manifestações políticas e eleitorais.
A investigação interna contra Silvinei Vasques foi aberta pela PRF e, em seguida, assumida pela CGU. Além de isentar Vasques de improbidade administrativa, a comissão de servidores que julgou o caso pediu que ele assinasse um termo de ajustamento de conduta.

Trata-se de um acordo feito com o governo em irregularidades leves, cuja punição vai até 30 dias de suspensão. Nesse documento, que busca racionalizar recursos públicos, o funcionário se compromete a cumprir as regras fixadas, ao passo que o governo abre mão de processar o servidor público.

Depois da decisão do colegiado, a CGU segue apurando o caso. Agora, uma nova comissão deve analisar o processo.

Preso preventivamente há cinco meses por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, Silvinei Vasques é investigado por supostamente usar a PRF para favorecer Jair Bolsonaro na eleição de 2022. Ele nega qualquer irregularidade.

Metropoles

Postado em 14 de janeiro de 2024

Astrônomos rastreiam e descobrem origem de sinal misterioso de rádio

Astrônomos rastrearam uma das mais poderosas e distantes explosões de rádio rápidas que já foram detectadas e descobriram que elas vêm de uma origem incomum: um raro grupo de galáxias “semelhantes a uma bolha”. As descobertas foram apresentadas na terça-feira (9), durante a 243ª reunião da Sociedade Astronômica Americana em Nova Orleans, Estados Unidos.
A descoberta pode lançar mais luz sobre o que causa as misteriosas explosões de ondas de rádio, que intrigam os cientistas há anos.

Explosões rápidas de rádio, ou FRBs, são rajadas intensas de ondas de rádio com duração de milissegundos e origens desconhecidas. O primeiro FRB foi descoberto em 2007 e, desde então, centenas destes flashes cósmicos rápidos foram detectados vindos de pontos distantes do universo.

Astrônomos usaram imagens do Telescópio Espacial Hubble para revelar que a rápida explosão de rádio veio de um grupo de pelo menos sete galáxias que estão tão próximas umas das outras que todas poderiam caber dentro da Via Láctea.

O sinal intenso, nomeado como FRB 20220610A, foi detectado pela primeira vez em 10 de junho de 2022 e viajou 8 bilhões de anos-luz para chegar à Terra. Um ano-luz é a distância que a luz percorre em um ano, ou 5,88 trilhões de milhas (9,46 trilhões de quilômetros).

Tal explosão rápida de rádio durou menos de um milissegundo, mas foi quatro vezes mais energética do que os FRBs detectados anteriormente. A explosão liberou o equivalente às emissões energéticas do nosso Sol ao longo de 30 anos, de acordo com um estudo inicial publicado em outubro. Muitos FRBs emitem ondas de rádio brilhantes que duram no máximo alguns milissegundos antes de desaparecerem, o que os torna difíceis de observar.

No entanto, radiotelescópios provaram ser úteis no rastreamento do caminho dos rápidos flashes cósmicos. Pesquisadores usaram o Australian Square Kilometer Array Pathfinder, ou ASKAP, radiotelescópio na Austrália Ocidental e o Very Large Telescope, do Observatório Europeu do Sul, no Chile, para determinar onde a explosão enigmática se originou.

As observações levaram os cientistas a uma bolha celestial gigante, que inicialmente se pensava ser uma única galáxia irregular ou um grupo de três galáxias em interação.

Um grupo galáctico incomum
As galáxias do grupo parecem estar interagindo e podem até estar em processo de fusão, o que pode ter desencadeado a rápida explosão de rádio, segundo os pesquisadores.

“Sem as imagens do Hubble, ainda permaneceria um mistério se este FRB se originou de uma galáxia monolítica ou de algum tipo de sistema em interação”, disse a principal autora do estudo, Alexa Gordon, estudante de doutorado em astronomia na Weinberg College of Arts da Northwestern University em comunicado.

“São esses tipos de ambientes que nos levam a uma melhor compreensão do mistério das FRBs”, complementou ela.

O grupo galáctico, conhecido como grupo compacto, é excepcional e um exemplo das “estruturas mais densas em escala galáctica que conhecemos”, disse o coautor do estudo Wen-fai Fong, professor associado de física e astronomia na Northwestern e conselheiro de Gordon.

À medida que as galáxias interagem, podem desencadear explosões de formação estelar, que podem estar ligadas à explosão, disse Gordon.

As explosões rápidas de rádio foram em grande parte rastreadas até galáxias isoladas, mas os astrônomos também as encontraram em aglomerados globulares e, agora, em um grupo compacto, de acordo com Gordon.

“Precisamos apenas continuar encontrando mais FRBs, tanto próximos quanto distantes, e em todos esses diferentes tipos de ambientes”, disse a pesquisadora.

Investigando as origens das explosões rápidas de rádio
Quase 1.000 rajadas rápidas de rádio foram detectadas desde a sua descoberta inicial, há cerca de duas décadas, mas os astrônomos ainda não sabem ao certo o que as causa.

No entanto, muitos concordam que objetos compactos, como buracos negros, os densos remanescentes de estrelas que explodiram, provavelmente estão envolvidos. Os magnetares, ou estrelas altamente magnetizadas, podem ser a causa raiz das rápidas explosões de rádio, de acordo com pesquisas recentes.

Compreender a origem das explosões rápidas de rádio pode ajudar os astrônomos a determinar mais sobre a causa subjacente que as envia através do universo.

“Apesar de centenas de eventos FRB descobertos até o momento, apenas uma fração deles foi identificada em suas galáxias hospedeiras”, disse o coautor do estudo, Yuxin Vic Dong, em um comunicado.

Mais informações sobre rajadas rápidas de rádio também podem levar a revelações sobre a natureza do universo. À medida que as explosões viajam pelo espaço durante milhares de milhões de anos, elas interagem com o material cósmico.

“As ondas de rádio, em particular, são sensíveis a qualquer material interveniente ao longo da linha de visão – desde a localização do FRB até nós”, disse Fong. “Isso significa que as ondas têm de viajar através de qualquer nuvem de material em torno do local do FRB, através da sua galáxia hospedeira, através do Universo e, finalmente, através da Via Láctea”.

Os astrônomos estão investindo em mais métodos que são cada vez mais sensíveis de detecção de explosões rápidas de rádio no futuro, o que poderá levar à descoberta de mais delas a distâncias maiores.

“Em última análise, estamos tentando responder às perguntas: o que os causa? Quais são suas origens? As observações do Hubble fornecem uma visão espetacular dos tipos surpreendentes de ambientes que dão origem a estes eventos misteriosos”, disse Fong.

VEJA

Postado em 14 de janeiro de 2024

Filho de Renato Russo aciona TikTok na Justiça por política: entenda

Filho do cantor Renato Russo, Giuliano Manfredini pediu extrajudicialmente que a ByteDance, dona do TikTok, remova do aplicativo os vídeos publicados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que tem a música Que País É Este, sucesso do Legião Urbana, como trilha-sonora.
De acordo com a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, Giuliano diz no documento que as postagens têm “caráter político e ideológico alheios” aos defendidos por Russo, morto em outubro de 1996.

“Não é do interesse do Giuliano, na condição de defensor do patrimônio do pai, que essa música seja vinculada a um ou outro lado da disputa política”, justifica Henrique Ventureli, advogado do produtor.

Ele usa como exemplos vídeos publicados no TikTok com títulos como “comunista Flávio Dino é aprovado em sabatina e irá para o STF”, “o Brasil não tem mais conserto” e “milhões de votos silenciados”, ainda de acordo com a colunista.

Cerca de sete perfis são citados por Giuliano no pedido à Justiça, solicitando os dados cadastrais e os registrados de IPs de cada um deles.

O advogado do produtor alega esperar que “o TikTok atenda ao nosso pedido”, caso contrário, a equipe vai “optar pela via judicial”. Ele também não descarta processar os usuários responsáveis pelos vídeos.

Metrópoles

Postado em 14 de janeiro de 2024

Eleições: Boulos e Marta selam aliança contra bolsonarismo e esperam PT

A ex-prefeita Marta Suplicy recebeu para almoço neste sábado (13/1) o pré-candidato a prefeito Guilherme Boulos (PSOL), de quem deverá ser vice, após uma articulação do presidente Lula (PT) para que ela deixasse a gestão Ricardo Nunes (MDB) e voltasse ao PT depois de nove anos.
Boulos chegou à residência de Marta por volta das 13h50. A ex-prefeita e o marido, o empresário Márcio Toledo, que atua como seu articulador político, organizaram o encontro no apartamento deles, nos Jardins, região nobre da capital, e foram recebê-lo na entrada do prédio.

O candidato do PSOL foi com a esposa, Natalia Szermeta, que também atua no partido e no MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto).

Mais tarde, ele deve ser encontrar também com o deputado Eduardo Suplicy, ex-marido de Marta e que defendeu prévias no PT para a escolha do vice na chapa.

A aliança Boulos-Marta é inspirada no arranjo que levou o então adversário histórico Geraldo Alckmin (PSB) a ser vice de Lula na eleição de 2022, em uma estratégia para sinalizar pacificação e construir a imagem de frente ampla que venceria o então presidente Jair Bolsonaro (PL).

O almoço foi marcado para aproximar Marta e Boulos, que estiveram em lados opostos nos últimos anos. Após se filiar ao MDB, em 2015, ela votou pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT). Em 2020, já sem filiação partidária, apoiou Bruno Covas (PSDB), que derrotou o psolista no segundo turno na capital.

Símbolo do pragmatismo de Lula e da esquerda na eleição em São Paulo, a chapa Boulos-Marta é vista como um trunfo para evitar a vitória de um aliado de Bolsonaro –o ex-presidente é considerado por Nunes como apoiador de sua reeleição. Marta, à época no PT, administrou a cidade entre 2001 e 2004.

Para o almoço deste sábado também foi convidado o deputado federal Rui Falcão (SP), que é ex-presidente do PT, mantém interlocução com a ex-prefeita e foi incumbido por Lula de ajudar nas costuras.

A previsão é que a filiação ocorra nas próximas semanas, com uma festividade que deve contar com o próprio Lula. Apesar de estar em São Paulo desde esta sexta-feira (12), o presidente não era esperado para participar do almoço na casa de Marta.

Marta deixou a gestão Nunes, onde era secretária municipal de Relações Internacionais, na última terça-feira (9), um dia após ela se encontrar com o petista no Palácio do Planalto e aceitar o convite para retornar à legenda em que estreou na vida política e militou por 33 anos.

Aliados do prefeito tentam colar na ex-auxiliar a pecha de traidora e minimizam publicamente a perda, apesar do incômodo.

Sob resistências internas à repatriação, o PT caminha para receber de volta a ex-prefeita na sigla, sob o argumento de que ela fortalecerá a chapa com o PSOL. A passagem dela pela prefeitura é exaltada por legados como os CEUs e o Bilhete Único, mas também acumulou desgastes.

É a primeira vez que o PT abre mão de candidatura própria na capital. Pelo acordo com o PSOL, a indicação de vice caberá aos petistas. Lula está empenhado na campanha de Boulos, realizou ato do governo federal na cidade com o aliado e determinou esforço concentrado para impulsioná-lo.

A ideia de convidar Marta para voltar à legenda e ser vice foi revelada pela Folha em novembro.

A ex-prefeita, apesar de ter se distanciado do PT e criticado membros como Fernando Haddad -que chegou a chamar de pior prefeito da história de São Paulo–, nunca rompeu com Lula.

Foi no apartamento dela que aconteceu, em 2021, uma das primeiras reuniões em que se aventou a possibilidade de Alckmin ser vice de Lula. O local foi palco de uma série de encontros políticos nos últimos anos. Lá Simone Tebet (MDB) fechou o apoio ao petista no segundo turno de 2022.

Após o compromisso deste sábado, Boulos tem viagem programada para a China e a França, em continuidade à agenda internacional da pré-campanha. Ao longo de 2023, ele visitou metrópoles em diferentes países para conhecer projetos e experiências que possam ser replicados em São Paulo.

Estado de Minas

Postado em 14 de janeiro de 2024

De olho nas prefeituras, Lula quer percorrer o país com pacote de obras

Na segunda-feira, 8, em reunião no seu gabinete, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acertou o retorno ao PT, após nove anos, da ex-prefeita Marta Suplicy, convencendo-a a deixar a gestão de Ricardo Nunes (MDB) , onde foi secretário de Relações Internacionais, e apoiou o concorrente dele, Guilherme Boulos (PSOL), na corrida pela prefeitura de São Paulo. Três semanas antes, havia colocado um palanque em Itaquera, na populosa Zona Leste paulistana, um conselho de ministros, incluindo o ex-prefeito Fernando Haddad (Fazenda), para assinar um contrato para 2.600 apartamentos do Minha Casa, Minha Vida em área ocupada pelo MTST, movimento de sem-teto liderado por Boulos. Os dois gestos, carregados de simbolismo, revelam o quanto Lula está decidido a se envolver na campanha deste ano, que considera estratégica, não só para seu governo, mas para pavimentar sua reeleição em 2026.

A preocupação de Lula foi deixada clara já em dezembro. Em reunião ministerial na qual apresentou o balanço do governo em 2023, o ministro da Casa Civil, Rui Costa , afirmou aos colegas que em 2024 o presidente vai “colocar o pé na estrada”. E reforçou que este será acima de tudo um “ano de entregas”. Ali ficou decidido que tanto Lula quanto os ministros deveriam ampliar as agendas nos estados, acompanhando e inaugurando obras e projetos. No horizonte, uma meta ambiciosa: Lula quer visitar os 26 estados ainda no primeiro semestre.

A bagagem do presidente será pesada. Nela serão programas vultosos de potencial eleitoral específico e que deverão ser uma chave para a construção de palanques regionais. Apenas o Novo PAC prevê 1,7 trilhão de reais em áreas como infraestrutura, transporte, energia e saúde, com uma diversidade de investimentos e grandes obras, como a conclusão da Ferrogrão (ferrovia que liga o Mato Grosso ao Pará), a construção do Túnel Santos-Guarujá e retomada do programa Luz para Todos, que tem como meta universalizar a energia elétrica no Norte e Nordeste. O que brilha aos olhos do governo, porém, são obras menores, mas de impacto nas eleições municipais, como escolas e postos de saúde. Só no PAC Seleções, que terá 136 bilhões de reais, há 35 mil projetos em 5.344 cidades.

Outra grande aposta é o Minha Casa, Minha Vida, que tem priorizado a retomada de obras paradas. Apenas em 2023, cerca de 22 mil unidades habitacionais foram reiniciadas. Há empreendimentos em andamento em 1.861 municípios — um em cada três cidades do país. A estratégia tem um design eleitoral: obras paradas podem ser reiniciadas rapidamente e têm potencial de conclusão a curto prazo, a tempo de servirem como vitrine eleitoral. O governo contabilizava no início do mandato 14 000 empreendimentos suspensos, dos quais 4 300 eram creches e escolas. “Retomamos muitas dessas obras a partir de forças-tarefas com prefeitos e governadores, que atualizaram o valor das obras paralisadas, coisa que nunca tinha acontecido”, afirma André Ceciliano, secretário de Assuntos Federativos. O pacote também inclui um “estoque” razoável de recapeamentos de rodovias federais e mais de cem institutos de ensino superior — um deles, em Fortaleza, será o novo campus do ITA, uma das mais renomadas instituições de ensino do país, cujo anúncio será explorado na viagem de Lula.

A estratégia é uma velha conhecida: eventos do governo casados ​​com a presença de candidatos nas capitais mais cobiçadas. Além de São Paulo, Lula tem interesse em emplacar aliados no Rio de Janeiro e Recife, onde apoiará as reeleições de Eduardo Paes (PSD) e João Campos (PSB). Em Salvador, o capital nunca comandado pelo partido, que governa o estado há cinco mandatos, a tendência é apoiar Geraldo Júnior (MDB), o vice-governador Jerônimo Rodrigues (PT). “Vou apresentar ao presidente Lula a lista de obras do Novo PAC Seleções. Entre elas, a estação de metrô no Campo Grande, uma demanda antiga”, discursou Rui Costa em uma estação de Salvador no dia 26 de dezembro. Até o fim de janeiro, a expectativa é que Lula viaje para menos seis estados — já na próxima semana está prevista uma visita a Pernambuco, Bahia e Ceará , onde participará de anúncios de obras federais em educação, tecnologia e energia. Ainda estão sendo agendadas negociadas no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina.

As eleições deste ano se mostram importantes para Lula e o PT não apenas para o partido se recuperar do fiasco de 2020, quando não conquistou nenhuma capital. Um dos objetivos é usar o grande pacote de investimentos para sacramentar alianças regionais que tenham eco nas relações com os partidos no Congresso, marcadas por dificuldades. A distribuição de obras, dinheiro e apoio eleitoral podem aproximar legendas mais voláteis com o governo, como União Brasil e PP, além de fortalecer a relação com siglas como MDB, PSD e PSB. Um exemplo é Macapá, onde Lula esteve em 18 de dezembro para entregar mil moradias, ao lado de Davi Alcolumbre (União), que pode comandar o Senado a partir de 2025 — seu irmão, Josiel, vai disputar a prefeitura. A eleição de aliados nas capitais é vista como importante para um bom desempenho nas eleições parlamentares de 2026 — uma base mais alinhada é tudo o que Lula gostaria de ter em um eventual quarto mandato.

O investimento pesado do governo nas eleições é tão prioritário que gera certo desconforto com a área econômica. Fernando Haddad (Fazenda) foi bastante cobrado na Conferência Eleitoral do PT em dezembro, em Brasília, que deu uma largada para a campanha. “Há um problema orçamentário. Promete-se déficit zero e ao mesmo tempo promete-se ampliar obras, programas sociais. Como haverá esse equilíbrio entre gastos públicos e meta fiscais?”, questiona Paulo Ramirez, professor de Ciências Políticas da ESPM. Ele lembra que o governo fechou acordo com o Centrão para disponibilizar 53 bilhões de reais para emendas parlamentares. “Isso mostra que Lula poderia jogar o jogo, mas tem fragilidade de apoio no Congresso ao mesmo tempo em que impõe dificuldades para zerar o déficit”, diz.

O esforço de presidentes para eleger prefeitos não é uma coisa comum. FHC mal apoiou os tucanos em São Paulo em 1996 (José Serra) e 2000 (Geraldo Alckmin) — eles não foram sequer ao segundo turno. “São mais de 5 000 municípios no Brasil e ele não irá para as ruas participar de qualquer campanha. Permanecerá em Brasília governando o país”, disse Serra. Nos dois primeiros mandatos, Lula subiu em um ou outro palanque. Em 2008, afirmou que evitaria “ao máximo possível” para não criar mal-estar na base do governo. O presidente, porém, discursou no comício de Marta em São Paulo — ela perdeu para Gilberto Kassab. Em 2012, Dilma Rousseff participou da campanha de Haddad e subiu em palanques em Campinas e Salvador. Já o seu sucessor, Michel Temer, não se envolveu. No último pleito, em 2020, Bolsonaro também manteve distância: externou apoio a apenas dois candidatos em capitais — Marcelo Crivella (Rio) e Capitão Wagner (Fortaleza), que não se elegeram — e não foi a nenhum evento de campanha.

Há um certo consenso de que as eleições municipais são difíceis de serem nacionalizadas, porque o eleitor tende a se orientar por questões mais próximas do seu cotidiano. Nesse ponto, a acomodação que o “mascate” Lula levará pelo país pode agradar à clientela porque inclui escolas, creches, postos de saúde, quadras esportivas e centros comunitários. Parece lista de promessas de candidatos a prefeitos, mas é o pacote com que ele vai colocar a sua popularidade e de seu governo à prova. Resta ver o que dirão as urnas.

VEJA

Postado em 14 de janeiro de 2024

Governo sanciona lei que cria Dia da Pamonha em Goiás

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), sancionou a lei nº 22.535, que institui o Dia Estadual da Pamonha Goiana. A data será comemorada, a partir deste ano, em 3 de fevereiro.
O projeto de lei (PL) nº 6442/23, que cria o dia comemorativo e foi , é de autoria do deputado Gugu Nader (Agir). O projeto prevê que, no dia determinado, será realizado em Goiânia o Festival da Pamonha Goiana, para comemorar o início da colheita da safra de milho.

A medida foi publicada no Diário Oficial do Estado de sexta-feira (12/1).

Tradição
Nader destacou a importância do prato, o qual definiu como “um dos principais símbolos da culinária goiana, junto ao pequi e ao pit-dog (sanduicheira típica de Goiás)”.

A guloseima é típica de Goiás. Além da doce com queijo, que é mais conhecida em outras regiões do Brasil, em terras goianas também são muito consumidas a pamonha salgada com queijo e à moda (com queijo, linguiça e pimenta).

Metrópoles

Postado em 14 de janeiro de 2024

Butantan desenvolve teste que detecta leptospirose em estágio inicial

O Instituto Butantan desenvolveu um exame pioneiro que será capaz de detectar a leptospirose no estágio inicial. Com isso, o tratamento poderia ser iniciado precocemente, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

Isso será possível por meio de uma proteína desenvolvida em laboratório por pesquisadores do Butantan. Essa nova tecnologia se mostrou superior ao teste convencional recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para detecção da doença e que só identifica anticorpos quando a infecção já está avançada, o que prejudica o tratamento.

Segundo o Butantan, o novo exame foi capaz de detectar a doença em mais de 70% dos pacientes que tinham obtido resultados falsos negativos nos primeiros dias de sintomas. Outro aspecto positivo do exame é que ele mostrou 99% de especificidade, ou seja, detectou especificamente os anticorpos contra a leptospirose, sem demonstrar reação cruzada com outras doenças infecciosas como dengue e malária.

O teste utiliza uma proteína quimérica recombinante, construída de forma sintética e denominada rChi2. Ela foi criada pelo grupo da pesquisadora Ana Lucia Tabet Oller Nascimento, do Laboratório de Desenvolvimento de Vacinas do Butantan.

O estudo foi publicado na revista Tropical Medicine and Infectious Disease, e os pesquisadores depositaram um pedido de patente em março de 2023.

Agora, o objetivo do Butantan é desenvolver um teste rápido utilizando a mesma proteína quimérica, semelhante aos testes que são feitos para detecção da covid-19 em farmácias. No entanto, em vez de secreção nasal, a coleta poderia ser feita por meio da urina ou sangue.

A leptospirose
A leptospirose é uma doença infecciosa causada por uma bactéria, chamada Leptospira, presente na urina de ratos e outros animais. Ela é transmitida ao homem principalmente em enchentes ou contato com água contaminada. A OMS estima que cerca de 500 mil novos casos ocorram em todo o mundo a cada ano.

Os sintomas principais da doença são febre, dor de cabeça, dores pelo corpo (principalmente na panturrilha), podendo também ocorrer vômitos, diarreia e tosse. A leptospirose pode evoluir para a forma grave e afetar diferentes órgãos, principalmente fígado e rins, podendo levar à morte.

EBC

Postado em 14 de janeiro de 2024

Bilionária vai escolher aleatoriamente 50 pessoas para gastar 131 milhões

Uma mulher austríaca decidiu selecionar 50 desconhecidos para a ajudarem a distribuir parte de uma herança, que herdou da avó. Marlene Engelhorn acredita que o governo da Áustria deveria aplicar impostos tanto na riqueza, como no caso de se receberem heranças – o que não acontece no país.

De acordo com o projeto, Guter Rat [Bom Concelho, na tradução livre], esta é a forma de a herdeira, de 31 anos, lutar contra a desigualdade no que diz respeito à distribuição de riqueza.

Segundo explica no site do projeto, a primeira fase do mesmo consiste em selecionar dez mil pessoas aleatoriamente, que terão que preencher um questionário.

Dessas, serão escolhidas 50 pessoas com diferentes percursos, amostra que pretende representar toda a população austríaca. Marlene pretende, então, depois que a ajudem a distribuir os 131 milhões de reais.

Em comunicado, a mulher afirma que a sua riqueza já existia ainda antes dela ter nascido. “Ficou acumulada porque outras pessoas fizeram o seu trabalho, mas a minha família conseguiu herdar os direitos de uma empresa e todos os frutos do seu trabalho”, escreve a criadora do projeto no site.

De acordo com a BBC News, Marlene herdou milhões da sua avó. A herança em questão vem de Friedrich Engelhorn, o fundador da farmacêutica BASF. Segundo a Forbes, a herança dela está estimada em 3,8 bilhões de dólares (cerca de 19 bilhões de reais).

Antes de a sua avó morrer, em 2022, ela afirmou que iria doar cerca de 90% da sua herança.

“Herdar é uma imposição à sociedade. Herdar significa nascer diretamente na cadeira do chefe – mas nem precisar disso. Herdar significa que portas se abrem – portas que outras pessoas nunca verão em sua vida. Herdar significa sentir a segurança financeira que o protege de trabalho insuportável, moradia insuportável ou inadequada, desvantagens de saúde e muito mais”, aponta.

Folha de Estado

Postado em 14 de janeiro de 2024

Governo do RN faz estudo para novo acesso viário ao litoral Sul

O Governo do Estado está fazendo um estudo que projeta uma nova rota de acesso ao litoral Sul do Rio Grande do Norte, para aliviar o tráfego nos trechos que levam à região litorânea da Região Metropolitana. Gustavo Coelho, titular da Secretaria de Infraestrutura (SIN) do RN confirmou à TRIBUNA DO NORTE a existência de um estudo preliminar e disse que a intenção é finalizá-lo ainda este ano. “Vamos dar prioridade a esse estudo em 2024”, disse Coelho. No final de semana passado, um enorme congestionamento se formou no acesso que liga Natal ao litoral Sul.

Segundo o secretário, a ideia é estabelecer um novo traçado, no acesso, em relação ao que foi estabelecido em um projeto finalizado em 2010, pelo então coordenador do Programa de Desenvolvimento do Turismo no RN (Prodetur RN), Carlos Alberto Medeiros, durante o governo de Wilma de Faria. A solução em questão compreendia a construção de duas rodovias: uma estrada paralela à Rota do Sol, contornando Cotovelo e Pirangi, no trecho da RN-313/Alcaçuz-Entroncamento Vicinal Nísia Floresta.

A outra compreendia a interligação da BR-101 com as praias e lagoas do Polo Costa das Dunas. “Os projetos foram um convênio com o Mtur. Em um deles, a gente concebeu uma estrada que fazia Nísia Floresta-Natal, em uma diagonal até Pium. O projeto ficou pronto e entregue ao Departamento de Estradas e Rodagens (DER) para a administração de Rosalba Ciarlini [que começou em 2011], mas nunca foi executado. Ele ia reduzir o tráfego da Rota do Sol em cerca de 20% a 30%”, explica Carlos Alberto Medeiros.

À reportagem, o DER informou que os projetos foram “avaliados e engavetados” por conta de entraves ambientais. “Uma das soluções [a estrada paralela à RN-313, citada pela reportagem] – a principal, na verdade, – passava por uma área de duna. Por questões ambientais, não há viabilidade para a execução dela”, informou o órgão.

Gustavo Coelho, da SIN, disse, que a expectativa é agregar o que for possível a partir das avaliações que estão sendo feitas. “O projeto elaborado pelo Prodetur tinha alguns questionamentos de ordem ambiental, mas nós vamos tentar aproveitar aquilo que for possível. Ainda não dá para responder como será esse aproveitamento porque isso depende exatamente das avaliações”, informa. Ele não adiantou que traçado está sendo pensado.

O problema do último final de semana na região, de acordo com o secretário de Defesa Social e Mobilidade Urbana de Parnamirim, Marcondes Pinheiro, foi provocado pelo estacionamento irregular de muitos veículos em uma das faixas para rolamento das duas vias, o que afunilou o trânsito e provocou os congestionamentos quilométricos. Os transtornos neste período do ano na área, no entanto, são antigos. Segundo o CPRE, nesta época “há um alto fluxo de carros no litoral Sul”, por causa do veraneio, além do afunilamento das vias citado pelo gestor da Sedem.

O enorme congestionamento que se formou no acesso que liga Natal ao litoral Sul no final de semana passado, desagradou não apenas aos motoristas que trafegavam pelo local, mas também ao trade turístico, que vê com preocupação os constantes engarrafamentos na via. O problema, de acordo com entidades representativas do setor, pode repercutir negativamente fora do Estado e atrapalhar o fluxo de visitantes que vem ao Rio Grande do Norte em busca do turismo de sol e mar. Para as fontes ouvidas, falta planejamento por parte do poder público, uma vez que não existe estrutura para a demanda de alta temporada, como a que a região vivencia.

“Todos os anos se espera aumento de movimento na alta temporada. O turista que chega aqui e leva uma péssima imagem como a que foi vista, começa a registrar tudo em rede social e a dizer que não volta mais. Assim, nossa imagem vai sendo comprometida, algo que nos prejudica drasticamente porque somos um destino ainda em recuperação por causa da pandemia”, frisa o presidente da Associação Brasileira da Indústria dos Hotéis do RN (ABIH), Abdon Gosson.

Habib Chalita, que preside o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Rio Grande do Norte (SHRBS-RN), chama atenção para a necessidade de uma estrutura adequada para atender ao fluxo da temporada. “Nós temos um gargalo, porque o litoral Sul está sendo super habitado. Antigamente, nós tínhamos apenas uma via de saída para a região. Hoje nós temos uma via de entrada e uma de saída, mas com uma quantidade de residências muito maior, bem como de casas para veraneio, então, logicamente teremos um trânsito mais intenso. Para isso, é preciso ter uma infraestrutura atualizada, de acordo com a ocupação da área”, aponta.

O presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens do RN (Abav), Antônio Neto, alerta sobre os impactos do problema para o turismo do Estado. “Nossa avaliação é de que o impacto é muito negativo. Nós entramos em um veraneio com uma adesão bem mais alta do que tivemos nos últimos anos, mas precisamos lembrar que estamos falando de uma rota turística, onde o visitante aposta nos passeios para o Litoral Sul. Felizmente, não tivemos maiores problemas, mas, vamos imaginar: se alguém passa mal, precisa de socorro emergencial e, por uma fatalidade, morre? A repercussão disso em todo o País seria muito ruim”, avalia.

Paolo Passariello, da Abrasel RN, também demonstra preocupação com as limitações do acesso ao Litoral Sul. “Geralmente, além da situação turística, é natural que uma área com problema de tráfego veja as pessoas se afastarem dela. Então, essa região específica pode ser prejudicada em favor de outras que não têm o problema”, fala. Ele chama atenção para a necessidade de o poder público buscar saídas para resolver os gargalos.

“As autoridades sabem que o problema existe, então, nesse sentido, há omissão. De uma forma ou de outra, o poder público deveria intervir e encontrar alguma solução”, completa Passariello. No final de semana passada, um congestionamento entre as praias do Litoral Sul e Natal causou transtornos para os motoristas. Relatos que circularam nas redes sociais, indicam que algumas pessoas ficaram presas no trânsito por um período prolongado de mais de 4 horas.

Após os registros, o Comando de Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE) e a Secretaria de Defesa Social e Mobilidade Urbana de Parnamirim (Sesdem), anunciaram reforço para fiscalizar irregularidades nas rodovias São Sebastião e Márcio Marinho, afetadas pelo engarrafamento. “A São Sebastião, por exemplo, todo mundo sabe que não pode [estacionar]. Quem parar ali, nós vamos abordar e, se não sair, o condutor será multado e o veículo, guinchado”, afirmou o titular da Sesdem, Marcondes Pinheiro.

Prefeitura adota medidas para aliviar tráfego

Para o trade turístico do Estado, são necessários novos acessos ao litoral Sul, mas enquanto isso não acontece, é primordial a atuação do poder público, a fim de amenizar os problemas. “Há anos existem projetos para novas vias, mas, nesse ponto, há várias questões burocráticas. É lógico que quanto mais rodovias, melhor. Entretanto, no final de semana o que pesou foi a ausência do poder público no sentido de organizar o trânsito”, reclamou Abdon Gosson, da ABIH.

“Lógico que temos necessidade de uma nova via. O litoral Sul é o mais próximo de Natal, então, existe uma capilaridade de tráfego muito maior. Mas, além disso, tem que haver uma coordenação maior relacionada ao trânsito por lá”, afirma Habib Chalita, do SHRBS. Antônio Neto, da Abav, compartilha do mesmo ponto de vista. “Uma nova via é ideal, embora, para isso, seja preciso uma logística que envolve vários setores e investimento em tempo. O que nós conseguimos entender é que, se as autoridades conseguirem trabalhar uma boa fiscalização, deve agilizar muito o fluxo”, pontua.

O prefeito de Nísia Floresta, Daniel Marinho, defende a construção de um novo acesso na área. “Uma via alternativa, partindo de trás do antigo Circo da Folia, ou de qualquer outro lugar para oferecer uma nova opção aos motoristas, seria uma saída, porque temos apenas uma única pista com duas faixas para a passagem de milhares de veículos durante esse período. Então, esse engarrafamento sempre vai acontecer”, comenta.

Na última sexta-feira (12), o secretário do Gabinete Civil de Parnamirim, Homero Grec, detalhou algumas medidas em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News Natal, para permitir maior fluidez no trânsito da região de Pirangi. O foco é fazer com que todas as faixas das avenidas São Sebastião e Márcio Marinho sejam usadas para tráfego dos veículos. Para isso, a proibição de estacionamento de automóveis nas vias terá reforço na fiscalização.

Segundo ele, durante a semana, placas de sinalização com indicativo para não estacionar foram instaladas na Avenida Márcio Marinho. Simultaneamente, o meio fio da avenida que liga as praias de Búzios e Pirangi foi pintado em amarelo, o que também caracteriza a proibição de estacionar na área. Outra ação anunciada é que não será mais permitido estacionamento de ônibus para deslocamento de membros e equipamentos de bandas de músicos nas avenidas.

“Nós tivemos um caos neste último final de semana porque, por duas horas e meia ficou parado um ônibus em frente a um estabelecimento comercial”, lembrou Homero Grec. Ele afirmou que uma parceria foi feita com o hotel Village para que os veículos de transporte de bandas acessem o local para descarregamento de equipamentos. Outra ação é a fiscalização de pontos onde pessoas se aglomeram na pista de rolamento em frente a estabelecimentos comerciais. Nestes locais, grades serão instaladas na calçada e uma base móvel da Secretaria Municipal de Trânsito será mobilizada.

Tribuna do Norte

Postado em 14 de janeiro de 2024

3,7 MILHÕES: Nordeste é a região com maior número de bloqueios do Bolsa Família após pente-fino do governo Lula

A região Nordeste foi a mais afetada após o governo Lula realizar um pente-fino nos cadastros do Bolsa Família. Exatos 3.762.332 deixarão de receber o benefício, na sequência vem a região Sudeste com 3.023.165.

A maioria deles estão nas regiões Nordeste (3.762.332) e Sudeste (3.023.165), locais que concentram a maior parcela de beneficiários. Atualmente, 21 milhões de famílias recebem o benefício: 9,4 milhões delas estão no Nordeste e 6,2 milhões no Sudeste. São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro foram os únicos estados a ultrapassarem a marca do milhão de benefícios cortados.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, os cortes são referentes a famílias que apresentavam algum tipo de inconsistência no cadastro, de renda ou composição familiar, além de beneficiários com informações desatualizadas há muito tempo.

A medida desagradou os prefeitos dos municípios, que alegam arcar com a culpa e responsabilidade dos bloqueios. No país todo, foram 8.423.205 beneficiários retirados.

Atualmente, 21 milhões de famílias recebem o benefício: 9,4 milhões delas estão no Nordeste e 6,2 milhões no Sudeste. São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro foram os únicos estados a ultrapassarem a marca do milhão de benefícios cortados.

Com informações da Revista Ceará

Postado em 14 de janeiro de 2024

15% dos brasileiros dizem já ter feito apostas esportivas online, aponta Datafolha

Pesquisa Datafolha revela que 15% dos brasileiros dizem apostar ou já ter feito apostas esportivas online, as chamadas bets. As apostas online estão disseminadas pelo país, mas o fenômeno é maior entre jovens e homens.

Quase um terço (30%) dos brasileiros de 16 a 24 anos afirma que já apostou. É o dobro da média de 15% para todo país —7% dizem ter apostado, mas não apostam mais, e 8%, que continuam apostando.

O gasto médio mensal entre o total de pessoas que apostam é de R$ 263 —equivalente a 20% do salário mínimo de 2023. Três em cada dez apostadores afirmam gastar mais de R$ 100 por mês, mostra o Datafolha.

Essa tem sido uma atividade masculina: 21% relatam ter apostado. Entre as mulheres, esse índice é de 9%.

Metade dos apostadores também diz que perdeu mais dinheiro do que ganhou.

A pesquisa foi realizada em 5 de dezembro de 2023, com 2.004 entrevistas presenciais em 135 municípios, com pessoas de 16 anos ou mais de todas as regiões do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para baixo ou para cima.

Folha de São Paulo

Postado em 14 de janeiro de 2024

Vídeo mostra momento em que Manu Batidão percebe tentativa de homicídio no seu show; Vítima não resistiu

A cantora Manu Batidão teve que parar seu show nessa madrugada, 13 de janeiro, na festa de padroeiro cidade de Parelhas, interior do RN, por causa do registro de uma tentativa de homicídio. O crime terminou com a vítima morta mesmo após ser socorrida para o hospital.

Manu Batidão lamentou o ocorrido: “Pelo amor de Deus, o que aconteceu? Sangue de Jesus tem poder!”, disse a cantora assim que percebeu a movimentação estranha em meio à multidão de mais de 10 mil pessoas em praça pública assistindo seu show.

Em fala contínua, Manu disse: “nossa, fico tão triste quando uma coisa desse tipo acontece. Graças a Deus isso quase nunca acontece. Acredito que seja uma vida, não sei de quem se trata, esse acidente, essa trágica situação que aconteceu. A gente fica muito triste”.

jairsampaio

Postado em 13 de janeiro de 2024

Pesquisa sobre obrigatoriedade da vacinação infantil contra covid-19 gera polêmica entre entidades

Uma pesquisa lançada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) na terça-feira, 9, sobre a obrigatoriedade da vacinação de crianças de 6 meses a 4 anos e 11 meses de idade contra a covid-19 gerou polêmica e críticas de entidades médicas, como a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

No texto em que apresenta a pesquisa, em seu site, o CFM afirma ter “o objetivo de conhecer a percepção dos médicos brasileiros sobre a obrigatoriedade da vacinação” contra covid-19 a essa faixa de público infantil. “A opinião dos médicos é fundamental para enriquecer o debate e contribuir para a tomada de decisões futuras”, justifica a entidade. “Os resultados da pesquisa subsidiarão o CFM no desenvolvimento de ações relacionadas ao tema”, conclui o texto, sem dar detalhes sobre o objetivo.

na última quinta-feira, 11, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) desaprova a iniciativa e defende a vacinação. “A covid-19 foi responsável por 5.310 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e 135 mortes entre crianças menores de 5 anos no Brasil em 2023, de acordo com o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, que reúne dados até novembro. A incidência e a mortalidade pela doença na faixa-etária vêm aumentando desde 2022″, afirma a SBIm.

“A pasta também informa que foram notificados no país 2.103 casos de Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P) – manifestação tardia da covid-19 – desde o início da pandemia, com 142 mortes. Em 2023, houve 51 casos e uma morte”.

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgaram uma carta aberta à população na última sexta, 12, na qual reforçam que “existem claras evidências que apontam os benefícios da vacinação pediátrica na prevenção das formas agudas da doença, reduzindo o risco de hospitalizações, bem como suas complicações em curto e longo prazo na população pediátrica”.

As três entidades ressaltam que as vacinas são seguras e a decisão de incorporação pelo SUS é baseada em evidências científicas robustas. A SBIm aponta ainda que, após a aplicação de 47 milhões de doses em menores de 18 anos entre 18 de janeiro de 2021 e 31 de dezembro de 2022, as reações à vacina foram consideradas leves ou moderadas (cefaleia, febre e outros efeitos esperados). Não houve nenhum óbito relacionado à imunização. Os dados são do último boletim de monitoramento de Eventos Supostamente Atribuíveis à Vacinação e à Imunização (Esavi), publicado pelo Ministério da Saúde.

Continua após a publicidade

Na conclusão da nota, a SBIm observa que “a pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Medicina não trará nenhum benefício à sociedade, uma vez que – ao equiparar crenças pessoais à ciência – pode gerar insegurança na comunidade médica e afastar a população das salas de vacinação”.

Resposta às críticas
Nesta sexta-feira, 12, o CFM divulgou mais uma nota sobre a pesquisa, em que ressalta não ser contrário à vacinação de crianças contra a covid-19. “Em nenhum momento, o CFM contesta a eficácia ou a decisão do Ministério da Saúde de disponibilizar a vacina contra a covid-19 para a população infantil. A pesquisa visa unicamente conhecer a percepção do médico brasileiro sobre a obrigação imposta aos pais para que as crianças sejam vacinadas”, diz a nota.

“A decisão decorre de inúmeros pleitos encaminhados à autarquia buscando conhecer o posicionamento do CFM sobre esse tema, pois a bula da vacina disponibilizada pelo fabricante condiciona sua venda à prescrição médica”, segue o texto, que conclui defendendo a vacinação contra outras doenças.

A SBI e a SBP acreditam que a defesa da autonomia médica não justifica uma pesquisa como essa. “Teria algum sentido um médico, por acreditar em sua autonomia, por exemplo, deixar de prescrever tratamento para um paciente com tuberculose ativa?”, questionam. As entidades frisam que a vacinação infantil contra a covid-19 é uma decisão estabelecida por órgãos públicos especializados e competentes e deve ser seguida por médicos ligados ao CRM e ao CFM.

O GLOBO

Postado em 13 de janeiro de 2024