Invasão aos Três Poderes completa um ano: relembre o ataque à democracia brasileira

Completa nesta segunda-feira, 8 de janeiro, um ano do evento que ficou conhecido como ataque aos Três Poderes e à democracia, em Brasília (DF). Centenas de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniram em marcha até a capital federal em ofensiva contra os prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal, sob chuva de argumentos sem fundamento pelo resultados nas urnas eletrônicas.

O ataque sucede uma série de investidas anti-Lula, incluindo bloqueio de vias por caminhoneiros bolsonaristas e ameaças de bombas em Brasília. Poucas horas depois de tomarem os prédios dos Três Poderes e destruírem acervos e grande parte da estrutura do Executivo, Legislativo e Judiciário, o presidente Lula (PT), recém empossado no cargo Executivo, decretou intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal; 365 dias depois, o STF segue julgando os terroristas que causaram danos históricos ao país.

“Me parece que quem pensou, organizou e financiou o 8 de janeiro quis que a partir dali houvesse uma avalanche de outras manifestações em várias capitais do país para que a necessidade da Garantia da Lei da Ordem fosse requerida, principalmente pelos apoiadores por aqueles que representavam o governo Bolsonaro, principalmente no Parlamento e um ou outro no Poder Judiciário”, recorda José Niemeyer, doutor em Ciência Política e coordenador do curso de Relações Internacionais no Ibmec RJ.

Antes do ataque
Um descontentamento seguido de violência acontecia desde dezembro de 2022, quando grupos bolsonaristas queimaram ônibus na sede da Polícia Federal em Brasília, em resposta a prisão do cacique José Acácio Serere Xavante, por ordem do ministro do STF, Alexandre de Moraes, em 12 de dezembro, a pedido da Procuradoria-Geral da República.

O motivo foi de que o indígena participava e liderava manifestações contra a democracia e o Estado Democrático. A diplomação de Lula. vitorioso no segundo turno das eleições presidenciais, acontecia no mesmo dia no Tribunal Superior Eleitoral.

Acampamentos no QG
Desde novembro, grupos de caminhoneiros se formavam nas estradas para bloquear as vias, em manifestação. A Polícia Rodoviária Federal chegou a registrar mais de 160 bloqueios em 15 cidades. O Ministério Público chegou a investigar imagens de bolsonaristas por saudação nazista em bloqueio feito em Santa Catarina.

Em paralelo, os bolsonaristas formavam acampamentos em frente ao Quartel General da Força, no Setor Militar Urbano, em Brasília, assim como em outras capitais, como São Paulo, Salvador, Cuiabá, Rio Branco e Manaus. Foram, no total, 70 dias de ocupação nas cidades, incluindo o DF.

Ameaça de explosivos em Brasília
No dia 24 de dezembro de 2022, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que a pasta estava apurando informações sobre um ‘suposto artefato explosivo encontrado em Brasília’ naquele sábado, véspera de Natal.

No mesmo dia, George Washington de Oliveira Sousa, 54, foi preso e confessou ter armado uma bomba em um caminhão próximo ao aeroporto de Brasília, alegando que queria “provocar o caos” contra a eleição de Lula. Apoiador de Bolsonaro, ele tinha contato com outros bolsonaristas que acampavam em frente ao Quartel General do Exército com apelos golpistas contra a eleição de Lula. George Washington foi condenado pelo ato.

Além dele, Alan Diego dos Santos Rodrigues também foi condenado por participar do crime, com pena de cinco anos. A Justiça concluiu que foi ele quem colocou o explosivo no caminhão que o deixou no canteiro central da pista de rolamento. Outro condenado pelo episódio foi o blogueiro Wellington Macedo de Souza, a seis anos de prisão. Ele foi o responsável por dirigir até o local. Ele estava foragido e foi preso no Paraguai em setembro de 2023.

No feriado natalino, a Polícia Militar do Distrito Federal encontrou um material explosivo em uma área de mata na cidade do Gama, próximo a capital federal. À noite, por volta das 22h30, o esquadrão de bombas do Batalhão de Operações Especiais conseguiu neutralizar os artefatos.

Com a intensiva dos bolsonaristas, foi reforçada a segurança também para a posse do presidente eleito, tradicionalmente marcada para o dia 1º de janeiro.
Domingo, 8 de janeiro de 2023
Uma marcha de bolsonaristas e outros opositores seguiu em direção a Esplanada dos Ministérios por volta das 15h de domingo, 8 de janeiro de 2023. O clamor era por intervenção federal contra o resultado das eleições presidenciais que deram vitória democrática a Lula, confirmando a derrota de Bolsonaro. Calcula-se aproximadamente 4 mil pessoas no local.

O ataque
Bolsonaristas radicais invadiram as estruturas dos prédio após entrar em confronto com a Polícia Militar no local. A segurança usou spray de pimenta na tentativa de afastar as manifestações antidemocráticas. Imagens mostravam pessoas vestidas de verde e amarelo e com bandeiras do Brasil entrando nos espaço da área federal. A maioria levava paus de madeira e outros instrumentos usados na depredação.

Vidraças foram quebradas e cadeiras e pedaços de mobília eram jogadas em todos os prédios. O primeiro ataque foi no Salão Verde da Câmara dos Deputados, além do plenário. Em seguida, foi a vez dos vândalos invadirem Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto. O ataque durou cerca de 4h, quando finalmente os terroristas antidemocráticos foram dispersados.

Durante a invasão, policiais militares do Distrito Federal aparecem em imagens fazendo fotos com celular e conversando amigavelmente com apoiadores de Bolsonaro.

Fezes no STF
Bolsonaristas evacuaram e urinaram em salas dentro do STF durante os atos terroristas. O plenário do Supremo foi revirado e teve móveis quebrados. Imagens circularam nas redes sociais na época, mostrando também vândalos molhando o local com mangueira para destruir equipamentos e documentos oficiais.

Uma sala, destinada ao trabalho do ministro Alexandre de Moraes, também teve depredação. A porta de armário foi destruída, onde se guardam as togas do jurista.

Lula decreta Intervenção federal no DF
Lula estava em Araraquara (SP) no dia 8, acompanhando os danos causados pelas chuvas no município. Em coletiva de imprensa organizada com urgência, o presidente se manifestou sobre o caso e decretou intervenção federal no DF, que seria levada sob o comando do então secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli.

“O objetivo da intervenção é pôr termo a grave comprometimento da ordem pública no Estado no Distrito Federal, marcada por atos de violência e invasão a prédios públicos”, diz o decreto lido por Lula.

“Aquelas pessoas que chamamos de fascistas, chamados porque está combinado na política invadir a sede do governo federal e invadir a Suprema Corte, como verdadeiros vândalos. Achamos que houve falta de segurança, todas as pessoas serão encontradas e punidas. Vão perceber que a democracia garante liberdade de expressão, mas exige que as pessoas respeitem as instituições criadas para fortalecer a democracia”, declarou Lula em coletiva de imprensa no fim da tarde do dia 8 de janeiro de 2023.

Prisões
Moraes determinou a dissolução, em 24 horas, dos acampamentos realizados nas imediações dos quartéis generais e unidades militares, a desocupação de vias e prédios públicos em todo o território nacional e a apreensão de ônibus que trouxeram terroristas para o Distrito Federal.

Para Sergio Praça, doutor em Ciência Política e professor da Fundação Getúlio Vargas, o principal dano social causado pelo 8 janeiro é a sensação de impunidade por parte dos políticos que incentivaram os atos. “Diversos deputados federais e senadores apoiaram a tentativa de golpe e seguem impunes. Eles deveriam ter sido punidos imediatamente, logo após a ocorrência dos ataques”, reforça.

Para o cientista político, ainda, o Brasil já se recuperou do susto. “O fato de Bolsonaro ter se tornado inelegível faz com que uma nova ameaça de golpe seja bastante improvável”, completa.

Ao menos 243 pessoas* foram presas dentro dos prédios públicos e na Praça dos Três Poderes (161 homens e 82 mulheres) após ação da polícia para retomar o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo. No mesmo dia, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, foi afastado do cargo por decisão do ministro Alexandre de Moraes, referendada pelo Plenário posteriormente.

Total de prisões nos dias 8/1 e 9/1: 2.170
Total de pessoas que permanecem presas preventivamente: 66
“O peso histórico foi tremendo e, no caso do Brasil, 8 de janeiro de 2023 ficará como uma marca na historiografia política brasileira, porque a gravidade, além da violência dos ataques, foi a violência contra o processo eleitoral”, avalia o professor do Ibmec RJ.

Com informações do Supremo Tribunal Federal*

Postado em 8 de janeiro de 2024

Avião faz pouso de emergência com 420 kg de cocaína e piloto é preso

Um avião de pequeno porte com quase meia tonelada de cocaína fez um pouso forçado na noite de ontem (6) na zona rual da cidade de Rio Sono, a 174 km de Palmas, no Tocantins. O piloto foi preso.

O que aconteceu
O avião com 420 kg de cocaína foi apreendido pelo 3º Batalhão da Polícia Militar. A droga foi encontrada graças a uma notificação anônima informando que um avião havia realizado um pouso de emergência em uma propriedade rural.

Ao chegar no endereço, por volta das 19h, um PM encontrou o piloto, cujo nome não foi divulgado. O homem de 54 anos tinha escoriações na cabeça em razão do choque provocado pelo pouso imposto, segundo a polícia.

Um vídeo mostra que a aeronave ficou acidentada após o pouso. Dentro dele, a droga estava embalada em dez pacotes pesando cerca de 40 kg cada.

O piloto confessou ter carregado seu avião com uma droga em Corumbá, Mato Grosso do Sul, disse a polícia. O destino da mercadoria seria uma outra propriedade rural em uma cidade do Tocantins.

O homem, nascido em Ponta Porã (MS), tinha passagem pela polícia. Ele já havia sido preso por tráfico de drogas, afirma a PM.

Ele foi levado à Superintendência da Polícia Federal em Palmas, capital do estado.

UOL

Postado em 8 de janeiro de 2024

Humanos e robôs têm viagem marcada para a Lua em 2024

Este ano será da Lua –e das luas. Além de várias missões não tripuladas a nosso satélite natural, 2024 poderá terminar com a primeira viagem humana às imediações lunares desde o fim da missão Apollo 17 , em 1972. De quebra, dois países ambicionam despachar sondas para explorar luas de Marte e de Júpiter .

De todos os lançamentos previstos para os próximos 12 meses, o mais incerto mesmo é o da Artemis 2 , missão histórica que transporta quatro astronautas para uma jornada de dez dias em um contorno da Lua. A tripulação , formada pelos americanos Reid Wiseman, Victor Glover e Christina Koch e o canadense Jeremy Hansen, já está treinando para um passeio, que será transportado a bordo de uma cápsula Orion, impulsionada pelo foguete SLS.

Ambos tiveram um teste não tripulado bem sucedido em 2022, pavimentando o caminho para o voo com tripulação. Foi preciso resgatar equipamentos usados ​​nessa missão inaugural para uso no segundo voo, o que tornou o desafio de preparação o lançamento para 2024 maior. Mas a Nasa diz que, até o momento, as coisas estão caminhando conforme o cronograma para um lançamento a partir de novembro deste novo ano.

Trata-se, contudo, de uma ambição. Se houver atrasos daqui até lá, é bem possível que o histórico retorno de humanos ao espaço profundo, após as missões lunares conduzidas entre 1968 e 1972, fique para 2025.

Paralelamente, há uma corrida para deixar tudo pronto para a missão Artemis 3, que nestes deve levar uma tripulação à superfície lunar. O calendário da Nasa propõe essa missão no fim de 2025, mas avaliados independentes sugerem que é mais provável que ela seja atrasada em dois anos, para 2027.

Os dois grandes entraves são o desenvolvimento dos novos trajetos espaciais (sob a responsabilidade da empresa Axiom) e o veículo que transporta as astronautas à superfície (ao encargo da SpaceX ).

A empresa de Elon Musk está trabalhando o mais rápido que pode em seu veículo Starship, que realizou dois lançamentos apenas parcialmente bem sucedidos em 2023, mas precisa atingir alta confiabilidade antes de poder cumprir seu papel no programa Artemis.

Tratando-se do foguete mais poderoso já desenvolvido, e a companhia demonstrará não só que ele voa a contento, mas que pode ser reabastecido em órbita e é capaz de sobreviver à reentrada na atmosfera terrestre. O ano de 2024 sem dúvida verá avanços nessa direção, até porque começa a haver pressa entre os americanos –o programa espacial chinês promete colocar astronautas no solo lunar antes de 2030.

A LUA PARA OS ROBÔS
Embora não possa levar as pessoas até a superfície da Lua, devemos nos contentar com robôs. E 2024 será um ano eletrizante para a exploração lunar por meio de sondas.

Um dos postulantes a realizar uma alunissagem neste ano é o Slim, módulo de pequeno porte desenvolvido pela Jaxa (agência espacial japonesa) para demonstrar pouso de alta precisão. Lançado em 2023, ele fará uma tentativa de descer ao solo lunar em 19 de janeiro.

Nesse meio tempo, os dois primeiros “carretos” contratados pela Nasa junto com as startups espaciais também devem pegar o caminho da Lua.

O módulo Peregrine , da empresa Astrobotic, deve partir do dia 8 de janeiro, impulsionado pelo primeiro lançamento do Vulcan, novo foguete da empresa americana United Launch Alliance (ULA).

Já o Nova-C, da empresa Intuitive Machines, parte no dia 13, a bordo de um Falcon 9 da SpaceX, e deve chegar lá primeiro, para tentar o pouso entre os dias 19 e 21. O Peregrine passará um mês em órbita antes de se encaminhar para o chão.

Além de japoneses e americanos, também haverá presença chinesa na Lua.

Em maio, parte da missão Chang’e 6, que promete mais uma realização inédita e histórica: o retorno de amostras provenientes do lado oculto da Lua, que não pode ser visualizado aqui da Terra. Tem tudo para dar certo: afinal, os chineses já foram os primeiros a explorar no lado afastado, com a Chang’e 4, e realizaram com sucesso um retorno de amostras do hemisfério próximo, com a Chang’e 5. A nova missão combinará os dois sucessos em um.

OUTRAS LUAS
O ano também será marcado pelo início de duas jornadas interplanetárias fascinantes. Japão e EUA estão quase prontos para lançar naves espaciais não tripuladas para explorar luas de Marte e de Júpiter, respectivamente.

A MMX (Martian Moons eXploration) faz um mapeamento completo de dois pequenos satélites naturais marcianos, Fobos e Deimos, e traz uma amostra do maior deles para análise pelos laboratórios da Terra.

É uma missão bastante ambiciosa, mas a Jaxa tem experiência com projetos semelhantes, depois de ter conduzido com sucesso as sondas Hayabusa e Hayabusa2 para colher amostras de asteroides e trazê-las para a Terra. Fobos não é muito diferente de um asteroide, o que torna o desafio quase equivalente. A partida deve acontecer em setembro, com uma chegada a Marte em 2025 e um retorno à Terra em 2029.

O projeto mais ambicioso, contudo, é o da Nasa. O Europa Clipper, desenvolvido pelo JPL (o Laboratório de Propulsão a Jato da agência), sai com um custo de US$ 5 bilhões.

Impulsionada por um foguete Falcon Heavy, da SpaceX, ela fará uma longa jornada. Partindo em outubro de 2024, chegará a Júpiter em abril de 2030. Depois de entrar em órbita dele, deverá fazer sucessivos sobrevoos de Europa, a intrigante lua joviana que possui um oceano de água líquida sob sua crosta de gelo –um dos lugares mais promissores do Sistema Solar para a busca por vida extraterrestre. O que ela encontrará por lá? Teremos de esperar para saber. Mas uma grande aventura começa agora.

FOLHA DE SÃO PAULO

Postado em 8 de janeiro de 2024

Problemas no sono entre 30 e 40 anos podem acarretar em problemas cognitivos

Pessoas que têm mais interrupções do sono na faixa dos 30 e 40 anos têm duas vezes mais chances de ter problemas de memória e pensamento uma década depois, de acordo com um novo estudo.
No início dos anos 2000, os investigadores monitorizaram a qualidade do sono de centenas de pessoas durante duas visitas noturnas com intervalo de cerca de um ano, captando um total de seis noites de sono por pessoa.

A qualidade do sono foi avaliada por meio de um monitor de atividade do pulso que monitorava a quantidade de sono que as pessoas dormiam junto com os períodos de movimento para avaliar a fragmentação do sono, ou interrupções curtas e repetitivas do sono.

Os participantes tinham cerca de 40 anos, em média, neste momento do estudo.

Mais de uma década depois, entre 2015 e 2016, os investigadores analisaram a capacidade cognitiva de 526 dos mesmos participantes através de entrevistas padronizadas e testes de capacidade cognitiva, incluindo velocidade de processamento, função executiva, memória e fluência.
Em média, descobriu-se que os participantes do estudo dormiam cerca de seis horas por noite e cerca de um quinto do seu tempo de sono era interrompido. No geral, as pessoas que experimentam mais fragmentação do sono, ou que passam uma maior parte das horas de sono em movimento, têm maior probabilidade de receber pontuações cognitivas baixas em todos os testes, mais de uma década depois.

Das 175 pessoas com o sono mais perturbado, 44 ​​tiveram um desempenho cognitivo fraco 10 anos depois, em comparação com 10 das 176 pessoas com o sono menos perturbado, concluiu o estudo.

A pesquisa foi publicada na última quarta-feira (03), na Neurology, revista médica da Academia Americana de Neurologia.

As pessoas que dormiam menos ou que apresentavam maior fragmentação do sono tinham uma probabilidade significativamente maior de serem do sexo masculino, de serem negras, de terem um IMC mais elevado e de terem um histórico de depressão ou hipertensão.

Devido ao pequeno tamanho da amostra, os pesquisadores não conseguiram investigar completamente possíveis diferenças de raça ou gênero. Mas depois de ajustados para fatores de saúde e outros dados demográficos, descobriu-se que as pessoas com o sono mais perturbado tinham duas vezes mais probabilidade de obter resultados piores do que a média no conjunto de testes cognitivos, em comparação com aquelas que tinham o sono menos perturbado.

“Dado que os sinais da doença de Alzheimer começam a acumular-se no cérebro várias décadas antes do início dos sintomas, compreender a ligação entre o sono e a cognição no início da vida é fundamental para compreender o papel dos problemas do sono como fator de risco para a doença”, disse o autor do estudo, Dr. Yue Leng, professor associado de psiquiatria da Universidade da Califórnia, em São Francisco, em um comunicado à imprensa.

Ao longo do estudo, os participantes também foram solicitados a manter um diário do sono, acompanhando os horários de dormir e acordar e avaliando a própria qualidade do sono. No entanto, medidas objetivas da duração do sono e avaliações subjetivas da qualidade do sono não se correlacionaram com a cognição na meia-idade.

“Nossas descobertas indicam que a qualidade, e não a quantidade, do sono é mais importante para a saúde cognitiva na meia-idade”, disse Leng.

Supõe-se que as pessoas durmam entre sete e 10 horas por noite, dependendo da idade. Mas 1 em cada 3 americanos não se alimenta o suficiente, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.

Além disso, 50 a 70 milhões de americanos lutam com distúrbios do sono, como apneia do sono, insónia e síndrome das pernas inquietas, que podem arruinar uma boa noite de sono.

O CDC chama isso de “problema de saúde pública”, porque as perturbações do sono estão associadas a um maior risco de doenças, incluindo diabetes, acidente vascular cerebral, doenças cardiovasculares – e demência.

Um estudo de 2021 descobriu que as pessoas que relataram ter dificuldade em adormecer rotineiramente tinham um risco 49% maior de demência, enquanto aquelas que acordavam frequentemente durante a noite e tinham dificuldade em voltar a dormir tinham um risco 39% maior de demência.

E um estudo publicado em outubro descobriu que a perda crônica do sono de ondas lentas – a terceira fase do sono, durante a qual o corpo remove materiais indesejados ou potencialmente prejudiciais do cérebro – pode aumentar o risco de demência.

“Mais pesquisas são necessárias para avaliar a ligação entre os distúrbios do sono e a cognição em diferentes fases da vida e para identificar se existem períodos críticos da vida em que o sono está mais fortemente associado à cognição”, disse Leng. “Estudos futuros poderão abrir novas oportunidades para a prevenção da doença de Alzheimer mais tarde na vida.”

O estudo usou um monitor de pulso para avaliar a fragmentação do sono, disse Leng à CNN por e-mail. Ela observou que existem monitores de pulso disponíveis para consumidores, como o Apple Watch e o Fitbit, enquanto Junxin Li, da Johns Hopkins, professor associado que estuda sono e função cognitiva, acrescentou que existem outros, incluindo Garmin, Oura Ring e Dreem band.

Avaliar a fragmentação do sono em particular, porém, que pode envolver “microdespertares” dos quais uma pessoa pode nem estar ciente, é melhor feito usando eletroencefalografia ou monitoramento de EEG, disse a Dra. Maggie Soltis, professora assistente de neurologia e medicina do sono na Duke University . Ela observou, porém, que isso “pode causar fragmentação do sono por si só, porque agora você está tentando dormir com um monte de eletrodos na cabeça tentando monitorar a atividade das ondas cerebrais”.

Os rastreadores disponíveis comercialmente, disse ela, podem ser úteis para observar tendências. A melhor maneira de lidar com o sono fragmentado, dizem os especialistas, é tentar identificar a causa. “Se a fragmentação for causada por distúrbios do sono, como apneia do sono ou síndrome das pernas inquietas, é necessária ajuda profissional”, disse Li.

Para melhorar o sono de forma mais geral, ela recomendou exercícios regulares durante o dia – evitando exercícios perto da hora de dormir – estabelecendo uma rotina relaxante na hora de dormir, reduzindo o tempo de tela à noite e evitando grandes refeições, cafeína, nicotina e álcool no período da noite.

Também é importante dormir em um quarto fresco, escuro e silencioso e tentar acordar na mesma hora todos os dias, acrescentou Soltis.

“No entanto, se você tiver um distúrbio do sono subjacente, essas recomendações de higiene do sono provavelmente não seriam suficientes para resolver o problema maior”, disse Soltis. “É por isso que acredito que conversar com seu médico seria mais útil (marcar especificamente uma consulta para focar e discutir o sono).”

CNN

Postado em 7 de janeiro de 2024

Maior traficante de armas da América monitorava polícia brasileira

Apontado como o maior traficante de armas da América do Sul, o argentino Diego Hernan Dirisio, de 49 anos, controlava um sofisticado esquema criminoso, que incluía o monitoramento das ações da polícia no Brasil.
Dirisio é suspeito de ter vendido milhares de armas para as duas principais facções criminosas brasileiras, o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), a partir de sua importadora de armamentos no Paraguai.

Ele e a esposa, Julieta Vanessa Nardi Aranda, de 41 anos, foram alvo de mandados de prisão e busca, no contexto da Operação Dakovo, da Polícia Federal (PF), em 5 de dezembro do ano passado. Ambos seguem foragidos há mais de um mês.

Dirisio sabia, inclusive, que estava sendo investigado e até incumbia uma funcionária de monitorar o trabalho da polícia brasileira, responsável por identificar as armas contrabandeadas pelo grupo e apreendidas em ocorrências policiais no Brasil.

“Detetive” da organização criminosa
Segundo investigação da PF, a jovem Eliane Marengo, de 36 anos, passava-se por vendedora da Internacional Auto Supply S.A (IAS), importadora de armas de fogo do leste europeu e da Turquia, sediada em Assunção, capital do Paraguai.

Na prática, porém, ela participava do esquema criminoso de desvio de armamentos e tinha um papel especial, de “investigadora”, a pedido da organização criminosa. Ela monitorava as ações da Polícia Federal e repassava as informações diretamente para Dirisio.

Em conversa com Dirisio, por aplicativo de mensagens, em 24 de novembro de 2020, Eliane Marengo envia fotos de uma divulgação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) da Bahia sobre a apreensão de fuzis, pistolas, munições e carregadores. São armas traficadas pela IAS, segundo investigação da PF.

As fotos das armas apreendidas são acompanhadas por três emojis de espanto. Dirisio responde com outro emoji, representado por uma pessoa cobrindo o rosto com a mão, em sinal de frustração.

Crise com amigos militares
A operação deflagrada no mês passado mirou — além do casal Diego e Julieta, dono da IAS — outras 26 pessoas envolvidas no esquema de tráfico de armas, que tinha vários núcleos, incluindo doleiros, intermediários e líderes de facções. Entre os presos estão militares da Direção de Material Bélico (Dimabel) do Paraguai.

De acordo com as investigações, militares paraguaios recebiam presentes e dinheiro da IAS. Em troca, facilitavam a movimentação das armas contrabandeadas, resolviam “problemas de fiscalização” e criavam dificuldade para importadoras concorrentes.

O aumento das apreensões de armas de fogo ligadas ao grupo criminoso também preocupou esses militares corruptos.

Chefe de importações de armas da Dimabel, a capitã Josefina Cuevas enviou mensagens para Diego Dirisio alertando sobre operações da PRF no Brasil com apreensão de armas ligadas ao grupo.

Além disso, ela enviou ao dono da IAS uma cópia de uma solicitação do Ministério Público que chegou ao órgão fiscalizador de armas, sugerindo a existência de uma investigação contra a organização criminosa.

No começo do ano passado, advogados de Dirisio acionaram a Justiça brasileira para tentar acesso ao inquérito da Polícia Federal sobre o esquema de tráfico de armas. A investigação acontecia desde 2021 e tramitava na 2ª Vara Federal da Bahia. A ação chegou até o Supremo Tribunal Federal (STF) e o acesso ao inquérito foi negado pela ministra Cármen Lúcia em abril.

A reportagem tenta contato com as defesas de Dirisio, Julieta, Eliane e Josefina. O espaço segue aberto.

Metrópoles

Postado em 7 de janeiro de 2024

Idoso sofre queimaduras em 75% do corpo após tentar abrir saco de batata frita com isqueiro

Um homem de 75 anos sofreu queimaduras em três quartos do corpo após tentar abrir um saco de batata frita com um isqueiro, na tarde de quarta-feira (3/1), no apartamento em que mora em Dalton (Geórgia, EUA).

O idoso, que não foi identificado, optou pelo isqueiro após não conseguir abrir o produto da forma convencional, disse Bruce Frazier, porta-voz da prefeitura de Dalton, de acordo com o “NY Post”.

“A vítima estava usando um isqueiro para abrir saco de batata frita, o que não conseguia fazer com as mãos. Ao fazer isso, o homem acidentalmente ateu fogo em si mesmo enquanto estava sentado em uma poltrona reclinável”, explicou.

Os funcionários da manutenção do prédio jogaram água no idoso e na poltrona reclinável usando uma mangueira.

Ele foi levado às pressas para hospital em Chattanooga com queimaduras de terceiro grau, conto o Channel 2 Action News, e depois transferido para um centro médico que cuida de queimados.

Batatas chips são consideradas alimentos altamente inflamáveis ​​devido à sua composição.

“Devido à sua mistura de amido e óleo, os chips fornecem um material quase perfeitamente combustível para incêndios. Blogs de alimentação e estilo de vida apontaram em diversos benefícios que um saco comum de batatas fritas pode, na verdade, ser usado como gravetos em situações de emergência”, afirmou reportagem da “VICE”.

O estado de saúde da vítima não foi informado.

EXTRA

Postado em 7 de janeiro de 2024

O avanço da reforma tributária deve render atributos entre governo e Congresso

Em um sistema político como o do Brasil, é impossível governar sem o apoio e a retaguarda do Congresso. Divergências são naturais e desejáveis, mas debates encarniçados entre o Executivo e o Legislativo podem afetar o que se costuma chamar de governabilidade. Em 2023, o presidente Lula colheu vitórias e amargou derrotas na sua relação com a Câmara e o Senado, o que, no cômputo geral, faz parte do jogo democrático. Nas últimas semanas, contudo, os conflitos na seara econômica ganharam intensidade e mostraram que a administração petista não terá, em 2024, vida fácil pela frente. No apagar das luzes do ano passado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, precisou correr atrás de soluções fiscais para contornar a atualização da isenção de impostos sobre a folha de pagamento imposta pelo Congresso. Agora, o ano mal começou e Haddad já recebeu uma saraivada de críticas feitas pelo próprio PT, que vem absorvendo os ataques à sua ambiciosa meta de zerar o déficit das contas públicas, chamado de “austericídio fiscal” pela presidente da legenda, Gleisi Hoffmann. Nas próximas semanas, novos atritos estão previstos, e eles dizem respeito a um tema vital para o país: a reforma tributária.

Promulgada pelo Congresso Nacional em 20 de dezembro, a reforma não está cumprida. Ao menos setenta pontos precisam ser regulamentados por meio de leis complementares que devem ser apresentadas pelo governo ao Congresso nos próximos meses. Ou seja, há muito por ser negociado com os parlamentares que analisam as propostas. “Embora as diretrizes básicas do novo sistema tributário estejam definidas, a forma como as leis complementares serão redigidas podem influenciar ou desidratar o seu potencial de impacto”, diz Bráulio Borges, economista-sênior da consultoria LCA e pesquisador da Fundação Getulio Vargas.

A lista de pendências que serão apreciadas pelo Congresso é criada pelo novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA), semelhante ao aplicado nos países desenvolvidos. O IVA substituirá cinco tributos — três federais, um estadual e outro municipal. Portanto, sua posição básica, que é simplificar o sistema, está garantida. No entanto, há um aspecto fundamental para torná-lo mais eficaz: uma alíquota que incidirá sobre os produtos e serviços oferecidos pelos diferentes setores econômicos. Estimado em 27,5% pelo Ministério da Fazenda, um táxon já está entre os mais altos do mundo e poderá aumentar em virtude das abordagens e tratamentos diferenciados previstos para alguns segmentos. “Os Cálculos do próprio Ministério da Fazenda demonstraram que, sem nenhuma exceção, o IVA ficaria entre 22% e 23%”, diz Alexandre Manoel, ex-secretário de Planejamento do Ministério da Economia e atual economista-chefe da AZ Quest Investimentos.

O governo tem 180 dias contados a partir da promulgação da reforma para elaborar as leis complementares e enviá-las para o exame dos parlamentares. O plano da equipe econômica é garantido em três ou quatro grandes projetos de lei. “Haddad saiu vitorioso em 2023, mas em 2024 as coisas serão mais difíceis”, diz o especialista em contas públicas Felipe Salto, economista-chefe da Warren Investimentos. Mais pessimista que a ampla ala de entusiastas da reforma tributária, Salto calcula que o IVA poderá passar dos 33% com todos os benefícios do projeto brasileiro, e duvida da capacidade do Executivo e do Legislativo darem conta da montanha de detalhes que está pendente. “A tarefa é árdua e deverá consumir todo o crédito que o governo ainda tem”, diz.

Setores como transporte público, saúde e educação poderão ter de 30% a 100% de desconto do imposto total. Ou seja, se a alíquota padrão do IVA ficar em 27%, eles pagarão de 18,9% a zero. Os serviços financeiros, o mercado imobiliário, os restaurantes e as agências de viagens, entre outras áreas de negócios, também deverão desfrutar de regimes especiais, com formas de cobrança próprias. No campo oposto, há aqueles que reclamam por não terem sido contemplados com as bênçãos. As companhias aéreas dizem que, se pagarem a alíquota cheia do IVA, de 27,5%, os gastos com tributação aumentarão em 12 bilhões de reais ao ano, o que certamente vai pesar no preço das passagens. Os debates estão apenas no início e certamente o Congresso será assessorado nos próximos meses por diversos lobbies setoriais.

Entre os pontos mais aguardados pelos especialistas está a definição da chamada “cesta básica nacional”. Incluído no projeto da Câmara dos Deputados, ela terá direito ao imposto zero, mas é preciso estipular os itens que contarão com o benefício. Atualmente, a cesta de referência abrange uma ampla gama de produtos e varia em cada estado, incluindo alimentos, bebidas, produtos de higiene pessoal e limpeza. O objetivo da reforma é criar um padrão único nacional e reduzir o número de mercadorias contempladas. “A batalha da cesta básica promete ser intensa, com diversos setores pleiteando a inclusão de seus produtos, enquanto o governo terá a difícil tarefa de estabelecer critérios claros para ela”, diz Bráulio Borges, da FGV. De acordo com cálculos do especialista, uma cesta com algo entre 50 e 70 produtos isentos responderia, sozinha, por dois pontos percentuais de aumento da alíquota padrão do IVA aplicada sobre os outros setores. Se a lista de itens isentos for maior do que isso, a alíquota do novo imposto poderia chegar a 30%, superando o limite de 27,5% previsto pelo governo.

Outro ponto de tensão será a definição dos produtos que ficarão sujeitos ao Imposto Seletivo, apelidado de “Imposto do Pecado”. A missão desse tributo, comum em países que adotam um sistema baseado no IVA, é aplicar tributação extra sobre itens considerados à saúde e ao meio ambiente, como cigarro, bebidas alcoólicas, alimentos ultraprocessados ​​e combustíveis fósseis. Com isso, ao mesmo tempo em que desestimula o consumo, reforça a arrecadação. O problema é que ninguém quer fazer parte dele. “O desafio será encontrar um equilíbrio que promova a arrecadação necessária, reduza o consumo prejudicial e, ao mesmo tempo, evite efeitos colaterais indesejados à economia”, afirma Borges.

Apesar dos ajustes necessários que pairam sobre a reforma tributária, ela é mais do que bem-vinda. O emaranhado de tributos brasileiros sufoca empresas, prejudica os consumidores e impera o crescimento econômico do país. “Agora, o que é necessário fazer é lutar até o fim para conter o aumento de discussões”, afirma Alexandre Manoel, da AZ Quest. Nesse sentido, governo e Congresso precisam se manter em sintonia para resistir às pressões inevitáveis ​​que surgirão de todas as partes. O desafio, portanto, está longe de terminar.

VEJA

Postado em 7 de janeiro de 2024

Pelo segundo dia consecutivo, Coreia do Norte dispara mísseis próximos à fronteira com o Sul

Pelo segundo dia consecutivo, a Coreia do Norte realizou disparos de mísseis próximos à duas ilhas localizadas à fronteira com a Coreia do Sul. Segundo comunicado divulgado pelo exército sul-coreano, foram disparados 60 projéteis em direção à ilha de Yeonpyeong neste sábado (06). Os mísseis, de acordo com o portal G1, foram lançados nos dois dias e caíram no mar. As forças sul-coreana informaram que, em resposta, irão tomar “medidas adequadas para preservar a nossa nação”.
“As Forças Armadas norte-coreanas dispararam mais de 60 projéteis da área noroeste da ilha de Yeonpyeong hoje [sexta-feira, 5 de janeiro], entre 16h e 17h [4h e 5h deste sábado, 6 de janeiro, no horário de Brasília]”, disse o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul em um comunicado.

Na sexta-feira, a Coreia do Norte havia feito 200 disparos de misseis na região, onde também fica a ilha de Bangnyeong. No mesmo dia, as autoridades pediram aos moradores das duas ilhas, que são pouco habitadas, para buscarem abrigo. Segundo divulgou a Folha de S. Paulo, uma mensagem de texto do governo sul-coreano enviada à população das duas ilhas informava que um “exercício de fogo naval” seria realizado por tropas a partir das 15h no horário local (3h em Brasília) desta sexta.

Aumento de tensão

Os disparos ocorrem em meio a um aumento de tensão na península da Coreia ocorrido nos últimos dias, a maior desde que a Coreia do Norte bombardeou Yeonpyeong, em 2010. No comunicado divulgado neste sábado, o exército sul-coreano atribui o aumento das tensões ao vizinho do norte: “O repetido fogo de artilharia dentro da zona de atos hostis proibidos pela Coreia do Norte representa uma ameaça à paz na Península Coreana e aumenta as tensões”, diz trecho do comunicado divulgado pelo jornal O Globo.

Já a Coreia do Norte alega que as ações são uma “resposta natural” às operações militares em larga escala do vizinho sul-coreano. Segundo a Folha de S. Paulo, após os disparos de sexta-feira Pyongyang disse que a operação foi uma resposta às ações militares em larga escala do “gângster” sul-coreano, em referência ao presidente conservador Yoon Suk-yeol, que mantém postura belicista em relação ao regime do Norte. Afirmou também que as ações não tiveram impacto sobre a segurança das ilhas sul-coreanas, segundo a agência de notícias estatal KCNA.

Yeonpyeong, tem cerca de 2 mil habitantes e está localizada no mar Amarelo, há cerca de 115 km a oeste de Seul e 12 km ao sul da costa da província de Hwanghae, na Coreia do Norte.

bdf

Postado em 7 de janeiro de 2024

Saiba quem é Eliete Bouskela, primeira mulher a presidir a Academia Nacional de Medicina

SÃO PAULO (SP) – O segredo de Eliete Bouskela, primeira mulher a presidir a Academia Nacional de Medicina (ANM), em 194 anos, é gostar de pessoas. “Uma vez, me perguntaram o que acho fundamental em alguém que queira cursar medicina. E eu respondi sem nenhuma dúvida: gostar de gente. Se você não gosta de gente saudável, não gosta de gente doente”, diz a mineira de 73 anos.

Eliete nasceu em Uberlândia em 15 de fevereiro de 1950 e, no início dos anos 1960, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro. Foi a primeira grande mudança da garota, mas não de seu pai, Elie Bouskela. Nascido no Egito e educado na França, o mascate judeu decidira, aos 18 anos, tentar ganhar a vida nas Américas – e, então, veio para o Brasil.

“Meu pai achava que, se eu quisesse casar, casava; se não quisesse, não casava; se eu quisesse ter produção solo também, tudo bem, desde que eu estudasse e progredisse”, diz Eliete. “Ele sempre esteve ao meu lado de uma maneira muito moderna.”

Quando ela se candidatou à ANM, em 2004, e seguiu o ritual de visitar os 100 membros da academia, não se intimidou por 96 deles serem homens. Primeiro, porque adora desafios. Segundo, porque aprendeu com seu Elie que podia fazer tudo que quisesse. “Eu fui criada assim. Eu resolvi que queria aquilo, então, eu podia”.

A chegada da Batwoman
Eliete considerou cursar Direito. Pensava em atuar como advogada, em crimes bárbaros, cuja complexidade desafia a lógica, mas mudou de área. Iria trabalhar com a complexidade humana, sim, porém, na medicina.

Durante a graduação na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), surgiu uma oportunidade de monitoria em fisiologia cardiovascular com o professor Antônio Paes de Carvalho.

No laboratório, analisando o coração de coelhos, percebeu que gostaria de estudar microcirculação, assunto ainda pouco conhecido. “Você tem que ir para a Mayo Clinic”, orientou o colega Ayres da Fonseca Costa, se referindo ao famoso instituto de pesquisa americano. Ao se formar, pediu ajuda a Carlos Chagas Filho e conseguiu uma bolsa para fazer pesquisa nos Estados Unidos.

A ida para a Mayo Clinic foi a segunda grande mudança de Eliete, mas não saiu como planejado. Ela detestou o frio de Minnesota, seu orientador não trabalhava com estudos in vivo e estava no processo de transferência para a Universidade de Washington, em Seattle.

A saída foi trabalhar com o sueco Curt Wiederhielm, que estudava microcirculação em asas de morcego.

Tudo corria bem e ela considerava permanecer nos Estados Unidos, mas em 1977 seu pai adoeceu. Eliete voltou para o Brasil e trouxe dezenas de morcegos.

“Eu viajei de Seattle para Washington com 20 morcegos numa caixinha de papelão. Quando passei pelo raio-x, a moça perguntou o que eu estava carregando e respondi que eram pintinhos. Viajei com eles embaixo do meu assento no avião. Cheguei ao aeroporto e estava lá o veterinário me esperando com mais 30 morcegos, mas eu tinha licença só para 20. Fui ao guichê da Varig com os 50 em uma caixa e a atendente disse: ‘Precisamos contar esses morcegos’. Eu respondi: ‘Eles vão voar. Você vai abrir a caixa aqui?’. Obviamente, não abrimos.”

A pesquisadora montou um morcegário na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e ficou conhecida como Batwoman. O medo de os alunos contraírem raiva, contudo, levou-a a substituir os animais por ratos, camundongos e hamsters, que, como brinca, não tinham tanto glamour.

O obeso não se acha doente

Em 1987, a falta de recursos para pesquisa e o divórcio do primeiro esposo suscitaram o desejo de uma nova mudança. Eliete escolheu a Suécia pela curiosidade sobre o funcionamento de um país social-democrata e embarcou com o filho Rodrigo.

Dessa vez, foram sete anos no exterior. Mulher e estrangeira, sentiu-se preterida por estudantes e professores da Universidade de Lund. Ninguém a queria como orientadora, seus projetos eram negados. Aos poucos, Eliete percebeu que não se sentia pertencente e tampouco útil ali e, em 1994, regressou ao Brasil acompanhada do filho, do esposo, o pesquisador sueco Erik Svensjö, e da caçula, Kristina.

Foi nesse retorno à Uerj que uma nova frente de pesquisa teve início. Além de ampliar os estudos com microcirculação e diabetes, Eliete passou a estudar obesidade e a realizar ensaios clínicos. Era um novo passo no desafio da complexidade.

“A obesidade sempre foi uma doença que me fascinou porque é um desafio constante, a começar pelo fato de que o obeso, muitas vezes, não se acha doente”, diz. “Uma vez terminado o tratamento, a possibilidade de o indivíduo voltar a ser obeso é muito grande.”

Um certo grau de coragem
O foco em especialidades gerou em Eliete a vontade de se atualizar sobre outras áreas da medicina. Ela soube que, na ANM, poderia participar de discussões e ter contato com grandes nomes e, assim, tentou uma vaga.

“As mulheres admitem de saída que não vai dar certo e, quando partimos da premissa de que aquilo não vai dar, não tentamos. Todas as mulheres que se candidataram à academia foram eleitas, mas muito poucas se candidatam”, comenta. “Dos quase 700 membros desde a criação, em 1829, só elegemos dez mulheres. Acho que olham para isso e pensam: ‘Esse negócio não é para mim’. Você tem que ter um certo grau de coragem para se candidatar, se apresentar e achar que pode dar certo.”

O contexto social também pesa. Quando visitou a acadêmica Léa Coura, como parte da sua candidatura para a academia, levou consigo artigos da Revista Science mostrando que a mulher só crescia na carreira científica em países onde havia empregadas domésticas e babás.

Ainda hoje, como diretora científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e integrante do comitê de assessoramento do CNPq, Eliete observa que, nas classes mais baixas de bolsas, há igualdade entre os gêneros, mas nos incentivos de ponta o número de mulheres diminui progressivamente.

Identifica, porém, uma mudança em curso. A presença de mulheres como Helena Nader, Eloisa Bonfá, Denise Pires de Carvalho e, agora, ela mesma à frente de grandes instituições sinaliza, para ela, a abertura de caminhos. “Agora que estamos colocando as manguinhas de fora”, diz.

Na presidência da ANM, pretende reforçar o papel da instituição enquanto órgão de aconselhamento sobre saúde. “Se o governo vai nos ouvir ou não, é uma segunda coisa. Se a gente não fala, não tem chance de ser ouvido.”

Ela também quer propor discussões sobre a formação médica. Está preocupada com a qualidade dos cursos de medicina, com o desinteresse dos recém-formados pela residência e com a atualização dos profissionais no mercado.

Por fim, pretende debater a relação médico-paciente. “Não devemos abandonar a luta por maior reconhecimento do médico, mas os profissionais também tem que fazer algo a mais. Quantos médicos, hoje, efetivamente, examinam e conversam com o paciente?”, questiona.

“Você faz uma medicina massificada e, evidentemente, não é reconhecido. É claro que existem médicos maravilhosos, mas, hoje, esses profissionais não são maioria.”

Da Revista Cenarium Amazônia*

Postado em 7 de janeiro de 2024

Bolsonaro sobre 8/1: “Não foi golpe, foi uma armadilha da esquerda”

Em entrevista exclusiva à CNN, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) lamentou as depredações a prédios públicos no dia 8 de janeiro de 2023, disse que os atos foram uma armadilha da esquerda e não configuram tentativa de golpe.

“Nós temos a certeza de que aquilo foi uma armadilha por parte da esquerda. Infelizmente, não foi para frente a investigação. Nem o próprio general G. Dias fez parte do corpo final da CPMI. Então, a CPMI não serviu para absolutamente quase nada. Lamentável. Não é do pessoal que nos segue, que nos acompanha, pessoal bolsonarista, pessoas de direita, pessoal conservador nunca foi de fazer isso aí”.

“E a informação que a gente tinha é que na antevéspera do episódio, no próprio acampamento lá em Brasília, tinha menos de 300 pessoas presentes”, disse o ex-presidente.

A entrevista com Bolsonaro durou mais de uma hora e aconteceu no dia 5 de janeiro, na casa dele em Angra dos Reis. Desde dezembro de 2023, a CNN também pediu entrevista com o presidente Lula sobre os atos de 8 de janeiro. A Secretaria de Comunicação do Governo preferiu nos atender enviando um depoimento do presidente.

Na entrevista desta sexta-feira, Jair Bolsonaro condenou depredações nos prédios dos Três Poderes, comentou sobre as prisões dos invasores, mas disse que as invasões não configuram golpe.

Jair Bolsonaro condenou depredações nos prédios dos Três Poderes, comentou sobre as prisões dos invasores, mas disse que as invasões não configuram golpe.

“Para haver a tentativa [de golpe], tinha que ter uma pessoa à frente. Tudo que foi apurado não levantou nome algum. São suposições. Quem vai dar golpe com velhinhos, com pessoas idosas com bíblia debaixo do braço, com a bandeira na outra mão, com pessoas do povo, com vendedor de algodão-doce, com motorista de Uber, com menor de idade, com criança? Quem vai dar um golpe nesse sentido? E outra: foi em um domingo”.

“Um golpe é contra um chefe de Estado, não é contra um ministro do Supremo, presidente da Câmara ou do Senado. É contra o chefe de Estado, que naquela manhã já havia ido para Araraquara — avisado por alguém do problema que ia ocorrer — e foi para Araraquara se encontrar com o prefeito do município. Lamentamos também as punições altíssimas que as pessoas sofreram. Até porque são culpadas, segundo o relator do STF, de uma tentativa armada, de mudar o estado democrático de direito. E nenhuma arma foi encontrada. (…) Nem traficante fica 17 anos de prisão”, completou o ex-presidente.

CNN

Postado em 7 de janeiro de 2024

VIVEMOS UM MOMENTO DE LEI DE SELVA NO AMBIENTE VIRTUAL’, DIZ MESSIAS, DA AGU, AO COBRAR REGULAÇÃO DAS REDES APÓS O 8/1

Jorge Messias , advogado-geral da União, argumenta que os ataques de 8 de janeiro reforçaram a necessidade de regularidade das plataformas digitais. Mais um entrevistado na série de conteúdos especiais produzidos pela GLOBO na marca de um ano dos atos antidemocráticos, o conselheiro jurídico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também relatou o recebimento de que a investida golpista se espalhousse pelo país. Cotado para o Supremo Tribunal Federal (STF) recentemente, ele defendeu a aproximação do governo com público evangélico.
Como o senhor sabia dos atos golpistas?

A minha filha estava vendendo TV e me avisou da tomada do Congresso. Olhei aquela cena para entender o que estava acontecendo. Acionei a minha equipe da AGU , liguei para Flávio Dino (ministro da Justiça) e falei com o presidente (Lula): “Vamos traçar uma estratégia jurídica de como vamos responder”.

Havia a recepção daquele movimento em Brasília se reproduzido em outros estados.
Teve um pedido para que as forças de segurança de todos os estados fossem colocadas de prontidão.

Como foi construída a ocorrência dos atos?

O presidente me ligou uma ou duas vezes. Ele estava muito indignado. Falei com vários ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). Todos ficaram muito perplexos e ajudando na reflexão. Comunicado ao Alexandre (de Moraes) que apresentaria alguns pedidos. A partir dessas conversas, projetamos uma estratégia: pedir a prisão de todos os manifestantes, do comandante da Polícia Militar e do secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.

Vídeo: ‘Um dos planos era me prender e forçar após o golpe’, diz Moraes em entrevista um ano depois do 01/08
Por que não foi feito antes de um pedido para a remoção dos acampamentos golpistas?

As pessoas que estiveram à frente desta avaliação, que não eram o advogado-geral da União, não tinham esse entendimento de que tinha acontecido essa ameaça de um movimento ostensivo e agressivo.

Olhando em retrospecto, o governo poderia ter feito algo para evitar os ataques?

É muito fácil ser um engenheiro de obra pronto. A principal mensagem de que eu gostaria de deixar o dia 8 de Janeiro é a necessidade de regulação das redes. Temos que priorizar um marco legal que confira cidadania digital e responsabilização das plataformas.

Hoje você pode fazer qualquer tipo de manifestação golpista nas redes sociais e não há nenhum tipo de filtro.
Vivemos um momento de lei de selva no ambiente virtual.

Qual é a responsabilidade das plataformas no 8 de Janeiro?

Ficou provado depois que esse movimento do dia 8 foi organizado e amplificado a partir das redes sociais.

Sem as redes sociais, não teria sido possível aglutinar essas pessoas todas em Brasília, mobilizar nos quartéis pelo país fora.
A “festa da Selma” (convocação para o dia 8 de Janeiro) foi viabilizada por esse modelo de negócio das plataformas, que não tem um filtro para coibir esse tipo de situação.

Por que a AGU atuou para conter o hackeamento do perfil da primeira-dama, Janja, no X (ex-Twitter)?

Naquele momento atuamos porque o autor da invasão praticou crimes contra o presidente da República. Isso atraiu a nossa competência. Só que a plataforma demorou quase duas horas para interditar o crime. Isso mostra que não tinha nenhum atendimento humanizado. Para quem está sendo violentada, psicológica e politicamente, além de ser alvo de misoginia, duas horas (de hackeamento) é um horror.

Alguns dos presos no 8 de Janeiro disseram que as igrejas evangélicas financiaram a viagem para Brasília. Como o senhor tem atuado para estreitar a relação entre lideranças religiosas e o governo?

Frequento o meio evangélico há 40 anos. Testemunhei toda a ascensão da extrema direita no movimento evangélico nos últimos anos. Sei exatamente o que aconteceu e como algumas pessoas foram capturadas. Até agora, ainda não tive encontro com nenhuma liderança evangélica. Acho que tem que ter. Temos condição, até pelo que o presidente já disse, de ter um momento muito bom de diálogo com o segmento evangélico. A maior preocupação do segmento é com a família, que tem muito a ver com as agendas de segurança e educação.

O seu nome foi cotado para ser ministro do STF. O senhor vê como uma possibilidade futura?

Estou muito focado na minha missão. Eu já disse em algumas oportunidades que o presidente me confiou uma missão que é muito relevante. Não posso ficar especulando sobre aquilo que não existe.

o globo

Postado em 7 de janeiro de 2024

Transamos melhor quando bebemos? Veja o que realmente acontece ao juntarmos álcool e sexo

“Eu tinha vergonha da minha sexualidade prejudicial quando estava bêbada. Não parecia comigo. E depois de acordar com lapsos de memória, me torturava pensando nas coisas horríveis que poderiam estar fazendo ou dizendo. Minha mente era um ciclo contínuo do que mais me assustava”, escreve Sarah Hepola em “Lacunas. Memórias de uma Alcoólatra” (“Lapsos de Memória. Lembranças de uma alcoólatra”, em tradução livre), livro em que ela conta como o álcool passou a fazer parte de seu direito como mulher forte e progressista do século XXI, cujo preço foi, claro, apagando grande parte de suas memórias.
A autora explica como a bebida a ajudou a ter relações sexuais com uma autoconfiança fictícia e renovada. “O álcool ajudou. Acho que ajudou. Dentro da minha fortaleza de latas vazias eu estava a salvo do medo e das críticas. O álcool relaxou meus quadris e abriu meus punhos, e depois de anos puxando a bainha, a sensação de liberdade foi incrível. Mas isso teve um preço. Muitas vezes acordei com lapsos de memória.”

Tal como aponta o Ministério da Saúde da Espanha no inquérito EDADES 2022, sobre o consumo de álcool e outras drogas no país, o consumo intensivo de álcool moderada 2,7 pontos percentuais na população espanhola entre os 15 e os 64 anos em relação a 2020 , passando de 19,4% para 16,7%, em 2022. Porém, no Natal os brindes disparam e com eles, não só discussão familiar, mas também experiências sexuais banhadas em álcool. Desinibição, riscos e menos orgasmos.

Associar uma taça de vinho (ou várias) a encontros é tão comum que a sociedade acabou fazendo do álcool um ingrediente crucial em encontros românticos, e muitas pessoas, vivenciando uma certa sensação de escapismo, liberdade e falsa segurança, fazem com que o álcool seja uma bebida prévia prévia antes do sexo.

— O sexo tornou-se a extensão lógica da festa. E assim seguimos; transando muito mal. Porque o álcool nos desinibe e tira nossos complexos. Tecnicamente, o sexo é pior, mas emocionalmente é menos perigoso”, explica Bob Pop, que em 2024 publicou o ensaio “Como las grecas”, onde explora a forma como bebemos em ambientes sociais, à revista S Moda, do El País.

— Culturalmente, associamos a socialização à bebida, por isso limitamos nossas opções de planos quando se trata de conhecer alguém. Além disso, é muito mais fácil lidar com os sentimentos que podem acompanhar o encontro com alguém; não saber o que perguntar, silêncios constrangedores ou expectativas sobre como deveríamos nos sentir. Um encontro é rodeado de incertezas e, embora beber nos torneios mais divertidos e desinibidos, tira a oportunidade de enfrentar a situação que realmente sentimos — acrescenta Lucía Jiménez, sexóloga da equipe Diversual.

Ao reduzir as inibições, o álcool pode nos fazer pensar que o desejo sexual aumentou, quando na realidade, paradoxalmente, deprime o sistema nervoso central, causando assim os efeitos colaterais cardíacos e o fluxo sanguíneo, além de reduzir a sensibilidade, o que dificultará o orgasmo. Ou seja, a sobrecarga excessiva pode prejudicar a capacidade do cérebro de processar estímulos sexuais e coordenar as contrações musculares, especialmente para a resposta orgástica.

— Dada uma dose “correta”, que, no máximo, seriam duas bebidas, a sensação de autoestima elevada e desinibição quando interagimos destaca o lado positivo no estabelecimento de relações interpessoais que podem levar a relações sexuais. Na verdade, fazer uso adequado do álcool não seria totalmente prejudicial no caso de pessoas que têm dificuldade em estabelecer relações interpessoais e são muito tímidas — explica o médico Francisco Gómez León, andrologista e especialista em disfunção erétil e impotência.

— No entanto, em termos gerais, e ao contrário do mito de que o álcool estimula as relações sexuais, no caso das mulheres, o consumo de álcool pode diminuir significativamente a libido e, nos homens, pode promover a disfunção erétil relacionada com a quantidade de álcool antes da relação sexual — completa.

A esta informação devemos acrescentar que o álcool afeta o julgamento e a tomada de decisões, podendo levar a situações de sexo inseguro.

— O álcool desliga o córtex pré-frontal, que é o que organiza, planeja e fundamenta nossas decisões. O álcool pode nos levar a tomar decisões que não tomaríamos sóbrios e ignorar nosso sistema de valores. Também pode dificultar a nossa atenção e, portanto, reter informações e depois lembrar o que aconteceu. Devemos compreender que a prevenção tem a função de nos proteger e que o equilíbrio é o que nos permite relaxar sem correr — alerta Lucía Jiménez.

Outro problema do álcool ligado ao universo do namoro e do sexo é que ele pode levar as pessoas a tomar decisões erradas, e existe uma decisão mais delicada do que perder a cabeça no jantar da empresa, momento em que não se trata apenas de autoestima, mas também seu sustento? Tal como indica o aplicativo Gleeden, não é de estranhar que o ambiente festivo e desinibido que caracteriza os jantares e festas organizados pela empresa no Natal gere o cenário perfeito para surgirem aventuras entre colegas de trabalho. Cerca de 68% dos homens e 32% das mulheres já aproveitaram, em alguma ocasião, a ceia de Natal da empresa para flertar com aquele colega de escritório que, sem aqueles brindes extras, teria sido relegado ao idílio platônico desprovido de ressaca, culpa e culpa.

Embora seja muito difícil para algumas pessoas flertarem enquanto sóbrias, um estudo da Hinge descobriu que três em cada quatro pessoas que namoram através do aplicativo não beber álcool no primeiro encontro. Os abstêmios costumam enfrentar verdadeiros interrogatórios quando, ao encontrá-los, pedem uma bebida não alcoólica. É o que nos conta Lucía (41 anos), produtora e publicitária, que parou de beber aos 35 anos.

— Toda vez que me encontro, tenho que explicar por que parei de beber em praticamente todos os encontros. Sofro uma espécie de interrogatório em todos os encontros, pois me encontro para tomar um drink e a outra pessoa automaticamente pede algo com álcool em 100% dos casos. Há alguma permissão, porque me culpa por estar sóbria se ele bebe… Será que eles têm tão pouca autoconfiança que precisam que eu esteja atento ao seu nível de consumo de álcool para se intimidarem? – pergunta.

— Na verdade, nunca gostei de fazer sexo bêbada. Só bebê algumas vezes na vida, então nunca tive lapsos de memória. Sempre esclareço que o jeito que mais gosto de sexo é absolutamente sóbria sem nenhum tipo de incentivo químico — esclarecedor.

Cada vez mais pessoas optam por um estilo de vida sóbrio, em que priorizam o bem-estar e o claramente mental, mas durante as férias, junto com as luzes de Natal, surgem as noites regadas a muitas bebidas em que o sexo intencional gera o mínimo de memórias quanto orgasmos estão assiduamente presentes.

O GLOBO

Postado em 7 de janeiro de 2024

Por que a andropausa, a ‘menopausa masculina’, não é reconhecida pela Medicina

A biologia de homens e mulheres nem sempre segue linhas paralelas. Exemplo disso é o que ocorre com alguns hormônios mais comuns entre eles ou elas.

Do lado feminino da história, substâncias como o estrogênio deixam de ser produzidas aos poucos, em meados da quinta década de vida.

Neste momento, conhecido como menopausa, a mulher deixa de ovular e menstruar, o que impossibilita uma gestação pelos meios naturais.

Entre os homens, porém, não ocorre um processo parecido. A testosterona, o hormônio masculino relacionado à fabricação dos espermatozoides, entre outras funções, costuma seguir uma constante por toda a vida, com pequenas variações, mesmo após os 50, 60 ou 70 anos.

Seguindo esse raciocínio, portanto, o termo “andropausa” — que ganhou popularidade como uma maneira de explicar uma espécie de “menopausa masculina”, com um eventual corte na geração de testosterona a partir de uma certa idade — não faz sentido lógico, segundo especialistas ouvidos pela BBC News Brasil.

Mas vale uma ponderação: há casos em que, por uma série de fatores, a queda da testosterona é mais aguda do que o esperado.

Esses quadros, conhecidos como hipogonadismo masculino, têm critérios de diagnóstico e tratamento bem definidos.

Recentemente, as orientações para lidar com a deficiência do hormônio masculino passaram por uma série de mudanças, com o objetivo de inibir o consumo excessivo de testosterona como anabolizante, para fins estéticos em homens ou mulheres.

O mito da andropausa

“Qualquer explicação sobre a andropausa precisa começar com o fato de que ela não existe”, diz o médico Alexandre Hohl, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEm).

“Essa palavra é um neologismo criado a partir do conceito de menopausa, cuja origem vem do latim: meno tem a ver com menstruação e pausa serve para explicar uma interrupção. Ou seja, a menopausa é a paralisação da menstruação”, explica.

“A partir daí, alguém teve a infeliz ideia de criar o conceito de andropausa, que só gera diagnósticos equivocados e usos desnecessários de testosterona”, lamenta Hohl.

O médico Luiz Otávio Torres, secretário-geral da Sociedade Brasileira de Urologia, concorda.

“Andropausa é um termo errado, que não faz sentido”, diz.

Hohl explica que, ao longo da vida, o homem não passa por algo parecido a uma menopausa, como ocorre com as mulheres.

“Biologicamente, o homem tem, sim, uma diminuição progressiva da produção de testosterona, principalmente a partir dos 40 ou 50 anos. Mas se ele for um adulto saudável, provavelmente chegará aos 60, 70 ou até 80 anos com níveis adequados desse hormônio, sem a necessidade de qualquer intervenção ou reposição”, esclarece ele.

Essa redução progressiva e natural do hormônio masculino, que é produzido pelos testículos, fica na taxa de 1,2% ao ano a partir dos 40 ou 45 anos.

“Ou seja, o homem pode até ter uma redução da testosterona, mas ele não deixa de produzir hormônios como acontece com a mulher”, resume Torres.

Mas essa queda hormonal pode ser potencializada por outros fatores — como o diabetes ou a obesidade.

Em indivíduos que são portadores dessas ou de outras doenças crônicas, os níveis de testosterona podem diminuir numa intensidade maior do que o esperado. Chama-se essa condição de hipogonadismo masculino.

Existem outros fatores que podem estar por trás dessa redução, como doenças que afetam a hipófise (a estrutura do cérebro responsável por regular a fabricação da testosterona lá nos testículos) ou os próprios órgãos reprodutores masculinos.

Há ainda indivíduos que, por fatores genéticos e endócrinos, não desenvolvem os processos relacionados à puberdade. Com isso, eles não passaram pelo crescimento do pênis, dos testículos e dos pelos no corpo.

Mas quando os médicos suspeitam de um quadro de hipogonadismo?

A saga pelo diagnóstico
Hohl ressalta que, segundo as diretrizes mais recentes, a medição dos níveis de testosterona não é algo que deve fazer parte dos exames de rotina.

“Não há motivos para incluir a avaliação desse hormônio no check-up”, avalia ele.

“Essa condição só passa a ter alguma importância clínica quando vem acompanhada de sintomas”, reforça Torres.

O hipogonadismo masculino passa a ser uma possibilidade, portanto, a partir da presença de manifestações clínicas — que podem ser divididas em três grupos principais.

“O primeiro deles é representado por aquele homem que chega ao nosso consultório com 20 e poucos anos e não teve o desenvolvimento do pênis e dos testículos. Esse é o diagnóstico mais fácil de fazer”, diz o endocrinologista.

O segundo envolve a presença de um sintoma bastante sugestivo. “São os incômodos relacionados à esfera sexual, como a dificuldade para ter ereções e/ou a redução da libido”, diz Torres.

“Alguns também relatam uma diminuição no orgasmo ou algum problema para ejacular.”

Esses problemas relacionados à saúde sexual podem ou não vir acompanhados de outros incômodos, como maior facilidade para fraturas, ondas de calor e a diminuição dos pelos no rosto, no tórax ou na região pubiana.

“A situação mais desafiadora se concentra no terceiro grupo, em que há uma suspeita leve e um alto risco para abuso na prescrição de testosterona”, avalia Hohl.

Isso porque as manifestações relacionadas à queda na testosterona nesses casos podem ser muito genéricas e acometem uma grande parcela da população masculina.

“Falamos aqui de desânimo, cansaço, mau humor, alteração do sono, fraqueza, perda de massa muscular, aumento de cintura abdominal, ganho de peso…”, lista o médico.

Para fazer o diagnóstico, portanto, é importante passar por uma boa consulta, em que o profissional de saúde avalia uma série de fatores para indicar (ou não) alguns exames de sangue.

“A dosagem da testosterona deve ser pedida nos homens que têm histórico de doença na hipófise ou nos testículos, uso contínuo de opioides ou corticoides, perda de peso associada à infecção por HIV, osteoporose ou fraturas de baixo impacto, infertilidade, queda de libido ou disfunção erétil”, detalha o ex-presidente da SBEm.

Há uma grande discussão entre sociedades médicas sobre quais são as quantidades de hormônio masculino que indicam uma deficiência ou uma situação normal.

Em linhas gerais, especialistas consideram valores abaixo de 300 ng/dl (nanogramas por decilitro) como uma situação que pode exigir uma reposição.

E aqui não basta retirar uma amostra de sangue, mandá-la para o laboratório e tomar uma decisão com base neste resultado: a coleta precisa ser feita no período da manhã (entre 6 e 10 horas), quando a produção de testosterona atinge o pico do dia.

Além disso, é importante repetir o teste uma segunda vez, para ter certeza que os valores encontrados representam a realidade.

Se, depois de todo esse processo, o médico entender que está diante de um quadro de hipogonadismo masculino, ele fará a prescrição da testosterona.

Há uma série de opções farmacêuticas à disposição, como doses injetáveis ou em gel, ou tipos com duração mais curta ou longa.

A escolha vai depender das características do paciente e da disponibilidade financeira.

Hohl destaca que a reposição da testosterona só faz sentido quando esse hormônio está em baixa no organismo.

“Do ponto de vista da saúde, não muda nada se o indivíduo tiver 500 ng/dl de testosterona e passar para 600 ou 800. Ele não vira um super-homem com esse aumento”, diz.

“Agora, se ele está com 250 ng/dl e passa para 500, por exemplo, a saúde dele pode melhorar e muito”, compara.

Cerco aos anabolizantes
Todo esse cuidado com relação à prescrição do hormônio masculino se deve ao fato de que o uso dele virou uma febre nos últimos anos. Muitas pessoas passaram a utilizá-lo para fins estéticos, como o ganho de massa muscular e a perda de peso.

Uma reportagem publicada pela Folha de S.Paulo aponta um crescimento de 45% na venda de versões farmacêuticas de testosterona entre 2019 e 2021 no Brasil.

A aplicação do produto nesse contexto, aliás, foi alvo de uma resolução publicada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em abril deste ano.

No texto, a entidade veda “o uso de esteroides androgênicos e anabolizantes com a finalidade estética, ganho de massa muscular e melhora do desempenho esportivo”.

“As terapias de reposição hormonal estão indicadas em caso de deficiência específica comprovada, de acordo com a existência de nexo causal entre a deficiência e o quadro clínico, ou de deficiências diagnosticadas cuja reposição mostra evidências de benefícios cientificamente comprovados”, diz a norma.

Hohl explica que, diante da nova regulamentação, o uso terapêutico da testosterona se resume a três grupos.

Primeiro, para homens com hipogonagismo. Segundo, para mulheres com um transtorno de desejo sexual hipoativo — uma condição bem descrita e restrita. E, terceiro, para homens transgêneros, com o objetivo de fazer a readequação de gênero.

O endocrinologista pondera que, se utilizada dentro dos critérios estabelecidos, a testosterona é eficaz e não traz prejuízos à saúde.

“Nesse sentido, precisamos também nos preocupar com o subdiagnóstico. Muitas pessoas têm preconceito e medo em relação ao uso da testosterona, pois acham que ela só é utilizada como anabolizante ou faz mal para a próstata”, aponta Hohl.

“Com isso, muitos homens que teriam indicação de fazer o tratamento deixam de procurar a orientação do profissional da saúde”, lamenta.

“Infelizmente, o homem não costuma ir ao médico de rotina, como as mulheres fazem com o ginecologista”, observa Torres.

“Portanto, quando temos a oportunidade de questionar nossos pacientes sobre como anda a saúde sexual deles, essa pode ser uma maneira de iniciar uma investigação sobre uma eventual queda nos níveis de testosterona neles”, conclui o médico.

BBC

Postado em 7 de janeiro de 2024

Dos 253 presos que não retornaram do “saidão” de Natal, 60 são de alta ou altíssima periculosidade;

Dos 253 presos que não retornaram ao presídio, beneficiados pela Visita Periódica ao Lar (VPL), autorizados pela Justiça fluminense, 57 eram de alta periculosidade, e mais 3 de altíssimo grau. As informações constam no relatório de informações enviado pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) ao deputado Márcio Gualberto (PL), presidente da Comissão de Segurança Pública e Assuntos de Polícia da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), na tarde desta sexta-feira (05). Há dois dias, a Casa havia requisitado as respostas à Seap sobre os apenados que deixaram a cadeia para o chamado “saidão” de Natal. O prazo para a entrega das respostas terminava hoje.

Como O GLOBO informou com exclusividade no dia 1º de janeiro, dos 1.785 detentos que deixaram a cadeia a partir das 6h do dia 24 de dezembro, véspera de Natal, para celebrarem a data com suas famílias, 253 não retornaram na data estipulada pela Justiça, até às 22h do dia 30 do mesmo mês. Embora a evasão corresponda a 14%, menor do que no ano passado, que foi de 42%, a Alerj requisitou esclarecimentos na última quarta-feira sobre cada detento que fugiu. Além dos nomes, o deputado Gualberto pediu o grau de periculosidade e por que motivo eles não fizeram uso de tornozeleira eletrônica.

A Subsecretaria de Inteligência do Sistema Penitenciário da Seap informou no documento que os detentos saíram de 13 unidades do sistema penitenciário. Há o registro de 60 de alta ou altíssima periculosidade, mas é possível que esse número seja ainda maior, porque na listagem há 82 apenados cuja classificação de risco não foi informada.

Entre os de altíssimo grau de periculosidade estão: Paulo Sério Gomes da Silva, o Bin Laden; Saulo Cristiano Oliveira Dias, o SL; e William da Silva. Os dois primeiros comandaram o tráfico da favela Dona Marta, em Botafogo, na Zona Sul, e o Morro do Chapadão, em Costa Barros, na Zona Norte. Saulo foi preso em São Paulo, com Luiz Fernando do Nascimento Ferreira, o Nando do Bacalhau, outro chefe de facção, segundo a polícia, em 2012.

Há também no relatório da Seap, assinado pela secretária de Administração Penitenciária, Maria Rosa Lo Duca Nebel, entregue à Alerj na tarde desta sexta-feira, a informação de que há 94 presos de média periculosidade e 17, de baixa. Há ainda quatro mulheres na lista de foragidos da Justiça. A secretária informa ainda no documento que nenhum dos presos do “saidão” foi recapturado.

Sobre o fato de os presos não terem saído com a tornozeleira, pergunta feita pela Alerj, a Seap esclareceu que “não houve determinação judicial de monitoramento eletrônico” com uso do equipamento. Outros questionamentos do deputado sobre a reinserção de presos no sistema penitenciário após descumprimento de benefício, a secretaria informou que depende da avaliação do juiz da Vara de Execuções Penais (VEP), que terá que avaliar caso a caso.

Outra pergunta feita pela Alerj, se os presos beneficiados cometeram falta disciplinar em 2023, a Seap explicou que um dos requisitos para se conseguir a VPL é justamente “ter comportamento adequado”. E adiantou que: “tendo cometido falta disciplinar grave, o benefício é automaticamente revogado”.

Os presos beneficiados com VPL são das unidades: Penitenciária Carlos Tinoco da Fonseca, Cadeia Pública Dalton Crespo, Cadeia Pública Norberto Ferreira de Moraes, Penitenciária Lemos Brito, Instituto Penal Vicente Piragibe, Instituto Penal Plácido de Sá Carvalho, Penitenciária Industrial Esmeraldino Bandeira, Penitenciária Luiz Fernandes Bandeira Duarte, Colônia Agrícola Marco Aurélio Vergas Tavares de Mattos, Cadeia Pública Constantino Cokotós, Instituto Penal Coronel PM Francisco Spargoli Rocha, Instituto Penal Oscar Stevenson e Presídio Nilza da Silva Santos.

Folha PE

Postado em 7 de janeiro de 2024

Balança comercial tem melhor resultado da história e saldo bate US$ 98,8 bilhões em 2023

A balança comercial brasileira registrou saldo recorde em 2023, atingindo US$ 98,8 bilhões, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados nesta sexta-feira (5).

De acordo com a Secex, o saldo comercial cresceu 60,6% em relação ao de 2022, recorde anterior com US$ 61,5 bilhões.

Até novembro, o saldo positivo passava dos US$ 89 bilhões, marca que já superava todo o desempenho de 2022 em 56%.

As exportações também bateram recorde, alcançando US$ 339,7 bilhões no ano passado, o número é 1,7% em relação a 2022, quando as exportações atingiram US$ 334,1 bilhões. Os números são os melhores resultados da série histórica iniciada em 1989.

Já a corrente de comércio reduziu 4,3% em relação ao ano anterior, chegando a US$ 580,5 bilhões. No entanto, o valor é o segundo melhor da série histórica.

Embora as importações tenham caído 11,7% em relação ao ano anterior, o valor chegou a US$ 240,8 bilhões em 2023 e foi o terceiro maior valor para a modalidade.

No acumulado do ano atual, comparando com igual período do ano anterior, o desempenho dos setores foi o seguinte: crescimento de US$ 6,7 bilhões (9%) em Agropecuária; crescimento de US$ 2,64 bilhões (3,5%) em Indústria Extrativa e queda de US$ 4,21 bilhões (2,3%) em produtos da Indústria de Transformação.

Dados de dezembro
Ainda de acordo com os dados da Secex, apenas em dezembro, as exportações somaram US$ 28,839 bilhões e as importações, US$ 19,479 bilhões, com saldo positivo de US$ 9,36 bilhões e corrente de comércio de US$ 48,318 bilhões.

Na comparação interanual do mesmo período, houve crescimento de 9,5% nas exportações. Em relação às importações, houve queda de 10,7%. Já a corrente de comércio totalizou US$ 48,32 bilhões e o saldo foi de US$ 9,36 bilhões, registrando crescimento de 0,3% comparado a dezembro de 2022.

Em dezembro, desempenho dos setores foi o seguinte: crescimento de US$ 0,63 bilhões (13,7%) em Agropecuária; crescimento de US$ 0,62 bilhões (8,9%) em Indústria Extrativa e crescimento de US$ 1,26 bilhões (8,6%) em produtos da Indústria de Transformação.

CNN

Postado em 7 de janeiro de 2024