Posse na Argentina: Cristina Kirchner mostra dedo do meio para apoiadores de Milei

A ex-vice-presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, mostrou o dedo do meio para apoiadores do novo mandatário argentino, Javier Milei (La Libertad Avanza), durante a cerimônia de posse do presidente eleito.

O canal argentino TN captou o momento em que ela fez o gesto.

As imagens exibem Kirchner acompanhada de seguranças, a poucos metros do congresso nacional argentino, e o instante exato em que ela mostra o dedo para o alto.

Segundo o TN, Cristina apontou o dedo para cima e fez o gesto para algumas pessoas que a insultavam no local. “Cristina vai ser presa, Cristina vai ser presa”, gritavam.

Responsável pela condução da cerimônia de posse de Milei, Cristina Kirchner adentra no congresso logo em seguida, quando a gravação termina.

O libertário Javier Milei assumiu o cargo neste domingo (10), e quebrou o protocolo de posse.

Ele fez seu primeiro discurso como presidente a apoiadores, das escadarias do Congresso, em vez de falar primeiro no interior da Casa Legislativa.

“Hoje começa uma nova era na Argentina. Uma era de paz e prosperidade. Uma era de crescimento e desenvolvimento. Uma era de liberdade e progresso”, disse Milei durante o discurso de posse.

CNN

Postado em 11 de dezembro de 2023

Dívida consome mais da metade dos ganhos de 26% das famílias de SP

Pesquisa da FecomercioSP revela que, em novembro, 26% das famílias paulistanas gastaram mais da metade de sua renda com o pagamento de dívidas. No mesmo período do ano passado, foram 19,4%.

O cenário vem se agravando. Segundo a entidade, os brasileiros endividados empenharam, na média, 31,7% de seus rendimentos mensais em novembro. No mês anterior, esse índice foi de 31,5%.

De acordo com Guilherme Dietz, economista da FecomercioSP, o cenário é reflexo das dívidas contraídas por causa de financiamento de imóveis ou veículos, por exemplo.

Ele afirma que os financiamentos foram impulsionados durante o período em que a Selic registrou uma baixa histórica. Mesmo com a taxa de juros em um patamar mais elevado, atualmente em 12,25%, o acesso ao crédito ainda está farto para as famílias, diz.

De acordo com a entidade, o número de famílias endividadas –que não estão necessariamente inadimplentes– foi de 67,5% em novembro, o que representa 2,7 milhões de lares.

Entre elas, 13,4% possuem contas relacionadas ao financiamento de imóveis. Esse percentual era de 10,8% no mesmo período do ano passado.

Folha de SP

Postado em 11 de dezembro de 2023

Pesquisa inédita mostra que mais da metade dos brasileiros já foi assaltada; maioria vê piora na segurança

Tema que é considerado um dos mais sensíveis para o governo Lula (PT), a ponto de avaliar a criação de um ministério específico para o setor, a segurança pública é um problema que amedronta cada vez mais a população, segundo uma pesquisa inédita da Quaest em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais. O levantamento mostrou que mais da metade dos brasileiros (51%) afirma já ter sido assaltada, furtada ou roubada ao menos uma vez na vida. O índice salta para 85% quando os entrevistados são perguntados se conhecem alguém que foi vítima desses crimes.

O levantamento aponta que a sensação de insegurança cresceu na avaliação da população. Oito em cada dez brasileiros veem agravamento da violência no país em 12 meses — período que coincide com as posses dos governadores e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A mesma fatia (81%) avalia que a segurança pública e o crime organizado são problemas nacionais e as facções têm ganhado força (83%). A pesquisa ouviu presencialmente 2.007 moradores de todas as regiões, entre 10 e 16 de novembro, e tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais.

Quando considerada a distribuição geográfica, a exposição a roubos e furtos é ainda maior no Norte, em que são 72% os que já foram vitimizados. Já a percepção de piora da violência, predominante em todas as regiões, varia de 83% no Sul e 81% no Sudeste a 69% no Centro-Oeste.

A sensação de que a criminalidade avançou é alta tanto entre eleitores de Lula quanto entre os do ex-presidente Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2022, embora seja maior no segundo grupo (71% a 88%). É ainda um pouco superior nas camadas de maior renda. Enquanto 76% dos que ganham até dois salários mínimos apontam crescimento da violência, essa parcela é cinco pontos percentuais maior nas demais faixas.

Uma parcela menor da população percebe piora do problema nas cidades onde moram, na comparação com o resto do país. São 56% os que apontam alta na violência em seus municípios, e 31% os que dizem que ela continua igual.

Para o cientista político Felipe Nunes, da Quaest e professor da UFMG, uma das razões da discrepância é a influência das experiências de outras pessoas, como vizinhos e parentes, do noticiário e das redes sociais. Os dados apontam que o diagnóstico entre os brasileiros é o de que a segurança é um desafio estrutural, acrescenta. A violência e o crime organizado só são vistos como problemas de determinadas regiões por 16% dos entrevistados:

— Está se consolidando a ideia de que o problema maior não é o pequeno furto ou assalto, mas a estrutura do crime organizado.

A pesquisa reforça essa tendência: nove em cada dez brasileiros acham que os criminosos atualmente estão “mais profissionais” e “preparados”.

Nas cidades, a avaliação de que a insegurança cresceu é maior entre as mulheres — 62% apontam alta no município onde moram, contra 49% dos homens. Também é mais expressiva entre quem foi assaltado várias vezes (64%).

Os últimos 11 meses foram marcados por crises de segurança na Bahia e no Rio. No estado governado pelo petista Jerônimo Rodrigues, houve 83 mortes em operações policiais de julho a setembro, de acordo com a Anistia Internacional. No Rio, governado por Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro, 30 ônibus foram queimados em outubro na capital após a morte de um miliciano em confronto com a polícia.

A escalada no Rio levou o governo Lula a intervir nos portos e aeroportos do estado e de São Paulo para combater o crime organizado. Recentemente, o ataque a um empresário durante um assalto em Copacabana ganhou projeção nacional.

A Amazônia, que também enfrenta a expansão do crime organizado, é outra frente de preocupação. As mortes violentas cresceram em 2022, na contramão dos dados nacionais, que contabilizam queda desde 2018, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. No governo Bolsonaro, houve fortalecimento de atividades ilegais, como o garimpo e o desmatamento.

A pesquisa revela que os governadores do Sudeste têm a pior avaliação na área. Entre os entrevistados da região, 27% consideram o trabalho do chefe do Executivo estadual positivo. Esse percentual é de 35% na média nacional e chega a 50% no Norte do país.

A atuação do governo Lula divide os brasileiros: 43% acham que o presidente vai melhor que Bolsonaro no tema, e 43% consideram que o desempenho é pior. No Sudeste, os grupos ficam próximos: 44% veem um trabalho pior, e 39% melhor.

O pesquisador Jorge Alexandre Neves, do Centro Internacional de Gestão Pública e Desenvolvimento da UFMG e um dos coordenadores da pesquisa, avalia que o governo ainda não lançou uma proposta mais abrangente para o setor e tem dificuldades de comunicação. Os dados mostram que 69% não sabiam, por exemplo, sobre a intervenção nos portos e aeroportos, ainda que a ação seja aprovada por 88%. Mas ele vê oportunidades no apoio a ações preventivas:

— São políticas com caráter social que vão ao encontro da agenda do atual governo, como a redução da pobreza.

GLOBO

Postado em 11 de dezembro de 2023

‘Arruinaram nossa vida. Nossa máxima prioridade é evitar uma catástrofe’, diz Milei em discurso de posse

Acompanhado por poucos chefes de Estado internacionais, entre eles o ucraniano Volodymyr Zelensky, o uruguaio Luis Lacalle Pou e o primeiro ministro da Hungria, Viktor Orbán, o líder da ultradireita argentino Javier Milei fez seu primeiro discurso como presidente e afirmou que “hoje encerramos uma longa e triste história de decadência e declínio, e começamos a reconstrução de nosso país”. Milei acusou seus antecessores de terem “arruinado nossas vidas”, e afirmou que a Argentina vive uma situação de emergência”.

— Estas eleições são um divisor de águas em nossa História, como foi o muro de Berlim — declarou o novo presidente argentino, que em seu primeiro pronunciamento ao país como chefe de Estado reiterou elementos importantes de suas falas como candidato, entre eles a defesa de uma política econômica liberal e o combate ao que Milei chama de “casta política”. A decisão de realizar seu discurso do lado de fora do Congresso foi um gesto que buscou reforçar sua conexão com sua base social e militante, e mostrar-se, justamente para essa base, como um presidente que não será abduzido pelo sistema político.

Mas, para formar seu Gabinete e seu governo, Milei teve de apelar a partidos tradicionais, inclusive ao próprio peronismo. Os dois principais aliados políticos do novo presidente são o ex-presidente Mauricio Macri (2015-2019) e a nova ministra da Segurança, Patricia Bullrich. Essas alianças provocaram irritação dentro do partido do novo presidente, A Liberdade Avança, e os primeiros gestos de Milei buscaram derrubar as teorias de que antes mesmo da posse o novo presidente já fechou pactos com a casta que prometeu combater.

— Hoje enterramos décadas de fracassos, brigas e disputas sem sentido… No começo do século XX éramos a luz do Ocidente. Recebíamos de braços abertos milhões de imigrantes que escapavam de uma Europa devastada em busca de progresso. Lamentavelmente, nossos dirigentes decidiram abandonar o modelo [liberal] que tinha nos feito ricos e abraçar ideias de empobrecimento. Durante mais de 100 anos, os políticos insistiram em defender um modelo que só gerou pobreza, estagnação e miséria — disse o novo chefe de Estado argentino.

Como era esperado, o novo presidente disse que receberá uma herança econômica pesada de seu antecessor, Alberto Fernández, e fez questão de fazer uma radiografia detalhada do que chamou de “bombas”, que, segundo Milei, não lhe deixam outra opção a não ser implementar uma política de choque e um forte ajuste fiscal:

— Muito se falou sobre a herança que vamos receber, quero ser claro: nenhum governo recebeu uma herança como a que nós estamos recebendo. O kirchnerismo, que em seus inícios dizia que tinha superávit fiscal e externo, nos deixa déficits que representam 17% do PIB — disse o novo presidente.

Milei assegurou que “não existe solução viável [para a crise] que evite atacar o déficit fiscal. O novo presidente assegurou que o Banco Central deixará de emitir pesos para Financiar o Tesouro nacional, mas esclareceu que, mesmo deixando de emitir, o país terá inflação alta nos próximos 18 ou até 24 meses. Segundo Milei, se as medidas de ajuste não forem adotadas, a Argentina poderia ter uma inflação anual de 15.000%, em pouco tempo. Durante o discurso do novo presidente, seus seguidores gritavam “serra elétrica”, um dos símbolos de sua campanha eleitoral, e “liberdade”.

— Prefiro dizer uma verdade desconfortável, antes do que uma mentira confortável — frisou Milei.

O presidente eleito assegurou que atualmente a inflação mensal da Argentina está entre 20% e 40%, e acusou o governo de Fernández e da ex-vice-presidente Cristina Kirchner de terem “deixado plantada uma hiperinflação”.

— Arruinaram nossa vida. Nossa máxima prioridade é evitar uma catástrofe — enfatizou Milei, que também disse que a situação em matéria de segurança, saúde e educação é grave.

Sobre o aumento da insegurança no país, o novo presidente assegurou que a Argentina vive “um banho de sangue”.

— Cem anos de fracassos não se resolvem num dia, mas um dia temos de começar. E hoje é esse dia — declarou o novo presidente, que disse, várias vezes, que seu governo não tem alternativa a não ser aplicar uma política de choque e um forte ajuste fiscal.

Milei frisou, como se esperava, que os próximos meses serão duros, mencionou todas as dívidas que seu governo vai herdar e não tem recursos para pagar, mas falou, também, no início de “uma era de paz e prosperidade, de liberdade e progresso”, tentando transmitir esperança em meio a uma enxurrada de dados econômicos negativos. Sobre os compromissos que a Argentina deverá enfrentar no curto prazo, Milei mencionou dívidas do Banco Central e da companhia estatal de petróleo que chegam a US$ 25 bilhões, dívidas do Tesouro Nacional por um total de US$ 35 bilhões, dívidas por pagamentos a importações não saldados que atingem US$ 30 bilhões e e dívidas com empresas estrangeiras estimadas em US$ 10 bilhões, entre outras.

— Esta é a bomba em termos de dívida de cerca de US$ 100 bilhões, que devemos somar aos US$ 420 bilhões que o país já tinha. E, naturalmente, temos de somar os vencimentos da dívida de 2024, que chegam a cerca de US$ 90 bilhões, mais US$ 25 bilhões [de dívida] com organismos internacionais… Este começo será a última bebida amarga (expressão argentina), antes de começar a reconstrução da Argentina — disse o novo presidente,

Nos últimos dias, foi confirmada uma reunião entre o novo presidente e o ex-ministro da Economia, Sergio Massa, derrotado nas urnas por Milei. Segundo meios de comunicação locais, Milei pediu ajuda a Massa para negociar acordos financeiros com a China — país que atacou durante a campanha —, e também com o Fundo Monetário Internacional. O acordo com o Fundo precisa ser renegociado, e, segundo as informações publicadas pela imprensa argentina, Milei solicitou a Massa, inclusive, que um de seus colaboradores permaneça no cargo até que o entendimento seja selado. O primeiro discurso foi duro contra o governo que saiu, mas longe dos holofotes Milei conversou com seu ex-adversário, porque a situação, como o próprio presidente admitiu, é muito grave.

Sem uma coalizão de governo formada — e sustentado apenas por acordos informais —, Milei depende de acordos políticos para aprovar projetos de lei no Congresso. Por isso, sem abandonar o discurso antipolítica, o novo presidente fez acenos ao sistema político, que atacou durante toda sua campanha.

— Não vamos perseguir ninguém, nem discutir espaços de poder, nosso projeto não é de poder e sim de país. Não pedimos um acompanhamento cego, mas não vamos tolerar que a ambição de poder de alguns interfira na mudança que os argentinos votaram. Todos os que quiserem se unir serão recebidos com os braços abertos. Não importa de onde venham, o único que importa é para onde querem ir — declarou.

E acrescentou:

— Não vamos claudicar, recuar nem nos render. Vamos avançar com as mudanças que o país precisa. Só assim sairemos nos buraco no qual nos meteram —.

O novo presidente da Argentina encerrou seu discurso com o grito de guerra de sua campanha: “Viva a liberdade, caralho”. Minutos depois, se aproximou a alguns de seus apoiadores em frente à Praça do Congresso, para depois subir no carro oficial, mais uma vez ao lado de sua irmã, Karina Milei, para se dirigir à Casa Rosada. No Palácio Presidencial, Milei receberá delegações estrangeiras e serão empossados os oito ministros de seu gabinete.

GLOBO

Postado em 11 de dezembro de 2023

Calor intenso vai atingir vários estados nas próximas semanas e causar temperaturas ‘muito acima’ da média de dezembro

Diversos estados brasileiros do Sul, Centro-Oeste e parte do Sudeste passarão por um “calor muito intenso” nas próximas semanas, alerta a MetSul Meteorologia. Segundo a análise dos especialistas, as temperaturas podem ultrapassar 40ºC e atingir marcas “muito acima da média histórica de dezembro”.

“A MetSul Meteorologia projeta para a metade deste mês o ingresso de ar muito quente nos estados do Centro-Sul do país, o que fará com que a temperatura dispare e alcance valores muito altos, inclusive ao redor dos 40ºC e acima dos 40ºC”, diz o alerta. Isso porque, continua, uma massa de ar muito quente vai se instalar sobre o Norte da Argentina e o Paraguai, expandindo-se para o Centro-Oeste e o Sul do Brasil.

A MetSul explica que, no Centro-Oeste, geralmente o período mais quente do ano acontece durante a primavera, no final da temporada seca, já que a ocorrência de chuva e maior presença de umidade entre dezembro e fevereiro costumam amenizar as temperaturas nesta época do ano.

Porém, a tendência é que, entre o final desta semana e o começo da próxima, os estados registrem dias mais quentes, sobretudo no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul, com temperaturas “mais comuns de se observar nos períodos mais quentes da primavera do que em dezembro”.

As máximas nos dois estados citados chegam à casa dos 40ºC. Segundo a MetSul, o calor mais intenso pode atingir ainda o interior de São Paulo, onde, assim como no Centro-Oeste, nesta época do ano a chuva costuma evitar temperaturas muito altas.

No Sul, a expectativa é que, em particular no Rio Grande do Sul, a temperatura suba a partir de sexta-feira. “A sexta e o próximo fim de semana devem ser muito quentes no estado gaúcho com noites de temperatura alta e tardes de excessivo calor”, diz.

Muitas cidades podem registrar máximas entre 35ºC e 40ºC, com a possibilidade de alguns registros localizados acima de 40ºC. “A Grande Porto Alegre e os vales, por exemplo, podem anotar marcas de 37ºC a 39ºC em vários municípios com máximas localmente superiores”, continua a MetSul:

“Será uma incursão de ar muito quente que atingirá todo o Rio Grande do Sul e praticamente todo o Sul do Brasil. Mesmo localidades serranas, de maior altitude, devem ter calor excessivo no próximo fim de semana”.

Últimos meses bateram recordes
Segundo um levantamento do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as temperaturas no Brasil ficaram acima da média histórica nos meses de julho a novembro. Em setembro e novembro, chegaram a ser, respectivamente, 1,6ºC e 1,5ºC acima do normal.

“A principal responsável por esse aumento da temperatura foi a onda de calor observada no mês de novembro, que foi semelhante a ocorrida em setembro, porém essa última foi mais abrangente e persistiu por doze dias seguidos de temperaturas acima da média”, diz o Instituto em comunicado.

Além disso, o Inmet explica que, em 2023, grande parte do calor extremo pelo país também foi reflexo do fenômeno El Niño (aquecimento acima da média das águas do Oceano Pacífico Equatorial), “que tende a favorecer o aumento da temperatura em várias regiões do planeta”.

No entanto, destaca que “outros fatores” também têm contribuído para a ocorrência de eventos cada vez mais extremos. É o caso das mudanças climáticas, como o aumento da temperatura global da superfície terrestre por conta das emissões de gases do efeito estufa, diz o Instituto.

O GLOBO

Postado em 11 de dezembro de 2023

Maior risco de depressão e ansiedade: Médicos mostram como o álcool age no cérebro

Depois de uma noite bebendo álcool é natural acordar no dia seguinte com alguns sintomas da famosa ressaca. Dores de cabeça, fadiga, enjoo, vômitos e até um pouco desanimado, como se não tivesse ânimo para sair da cama. O que levanta o questionamento: valeu a pena beber tanto na noite anterior?

Segundo a médica Hana Patel, em entrevista ao Daily Mail, disse que há uma forte ligação entre o consumo excessivo de álcool (mais de 14 unidades por semana) e a depressão. O que poderia explicar esse sentimento de desânimo no dia seguinte.

“As ressacas muitas vezes fazem você se sentir ansioso e deprimido por horas e até dias. Se você já se sente ansioso ou triste, beber pode piorar isso, então diminuir o consumo pode deixá-lo com um humor melhor em geral. A razão pela qual o álcool pode nos deixar assim é porque ele é um depressor. Isso significa que causa alterações químicas no cérebro que podem fazer você se sentir mais calmo e relaxado no início”, explica.

Especialistas dizem que, embora isso não signifique que a pessoa seja alcoólatra, mas se sentir ansioso com uma boa frequência, pode ser sinal para reduzir ou parar o consumo de álcool.

Como o álcool funciona no cérebro?
O álcool afeta a via do ácido gama-aminobutírico (GABA) no cérebro. Quando você ingere álcool, ele estimula esse receptor e ativa o “sistema inibitório”, fazendo você se sentir desinibido e relaxado. No entanto, na manhã seguinte, quando metaboliza o álcool, o cérebro continua a produzir GABA, bem como o neutrotransmissor glutamato — fazendo com que se sinta ainda mais ansioso.

Para diminuir o risco de sentir-se ansioso no dia seguinte ao consumo de álcool, os especialistas recomendam não beber com o estômago vazio, comer durante os copos alcoólicos e sempre se manter bem hidratado. Na manhã seguinte, é bom se alimentar bem com bastante proteína e fibras, além de fazer alguns exercícios leves, como caminhada ou ioga.

Folha PE

Postado em 11 de dezembro de 2023

Lula quer Lewandowski na Justiça para ‘mudar tom’ do ministério

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem dito a aliados que é necessário mudar o tom do Ministério da Justiça e que, para isso, o nome de Ricardo Lewandowski seria o ideal.

Discreto e formal, ele tem um estilo oposto ao do debochado Flávio Dino. Ex-ministro do STF, Lewandowski também teria mais facilidade em estabelecer uma relação institucional com as cortes superiores.

A avaliação do presidente é que Dino cumpriu um papel importante no primeiro ano de governo, sobretudo nos desdobramentos do 8 de Janeiro, mas que agora é necessário baixar o tom.

Desde que deixou o Supremo, em maio, Lewandowski tem se dedicado ao setor privado, e se mostrou resistente às primeiras sondagens informais que chegaram a ele para assumir a Justiça. Mas, segundo pessoas próximas, um apelo direto de Lula seria bem mais difícil de recusar.

Folha de SP

Postado em 11 de dezembro de 2023

Incêndio em acampamento do MST deixa 9 mortos, no Sul do Pará

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) lamentou a morte trágica, neste domingo (10), de 9 pessoas no acampamento Terra e Liberdade, localizado em Parauapebas, no Sul do Pará, durante incêndio provocado por um curto-circuito na rede elétrica.
Segundo a assessoria do movimento, uma empresa estava instalando internet no acampamento e a antena colidiu com a rede de alta-tensão de energia: “essa descarga elétrica produziu incêndio e entrou na casa das pessoas através da rede de eletricidade e da cerca que dividia o acampamento”.

Das nove vítimas, seis são acampados e três são servidores da empresa de internet. O número das vítimas, entretanto, pode aumentar.

“Com muita tristeza que neste dia 10 de dezembro, Dia dos Direitos Humanos, venho comunicar essa tragédia que se abateu sobre o acampamento do MST no sul do Pará, que vitimou companheiros do movimento, fruto de um incidente”, disse João Paulo Rodrigues, da direção nacional do MST.

Em nome da direção do MST, Rodrigues se solidarizou com as famílias das vítimas. O diretor anunciou que amanhã (11) haverá o enterro coletivo das vítimas.

“Neste Dia Internacional dos Direitos Humanos, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), que é um momento para celebrar os avanços conquistados e refletir sobre ações concretas dos Estados para a sociedades, no sentido de garantir para todos os direitos civis, políticos, sociais e ambientais à população mundial, estamos em LUTO. Aos nossos mortos, nenhum minuto de silêncio, mas toda uma vida de luta! Lutar, Construir Reforma Agrária Popular!”, diz nota do MST do Pará.

TERRA

Postado em 11 de dezembro de 2023

Negros dão mais importância à educação do que brancos no Brasil, diz estudo

importante para 44% dos pretos e pardos do Brasil. O percentual é maior que o verificado na população como um todo (42%), de acordo com um estudo da HSR.

O que aconteceu
A Educação é o único valor, analisado pelo estudo, considerado mais importante para negros do que para a média dos brasileiros. Família, Qualidade de Vida, Saúde Mental, Saúde e Bem-Estar, Segurança Financeira, Moradia, Trabalho, Lazer e Espiritualidade registram percentual igual ou menor do que o verificado no total de entrevistados.

Os organizadores do estudo associam os números ao histórico de desigualdade e ao desejo de construir um “futuro seguro”. Segundo Valeria Rodrigues, sócia-diretora da Shopper Experience e membro da HSR, há uma preocupação recorrente entre negros de oferecer melhores condições de vida aos filhos, por exemplo.

O levantamento entrevistou 2.786 pessoas. Do total, 48% eram negros — proporção próxima à verificada na sociedade brasileira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2010 (50,7%). As entrevistas foram feitas virtualmente, por meio de formulários. A margem de erro é de 1,6 ponto percentual para mais ou para menos.

Acesso pleno à Educação ainda é desafio
Parte da população negra precisa se dividir entre escola e trabalho. O universitário João Gabriel dos Santos começou a trabalhar aos 15 anos. Ele lembra de sentir sono na escola e de ver colegas de sala dormindo. Para o estudante, isso dificulta o acesso de pretos e pardos a melhores oportunidades profissionais.

Manter-se na escola é mais difícil para meninos negros. Professor e membro do movimento Uneafro, José Henrique Lemos afirma que há uma pressão maior para que garotos pretos e pardos comecem a trabalhar logo. Ele conta que uma das turmas de pré-vestibular do movimento chegou a ter 47 meninas e apenas quatro alunos do sexo masculino.

Desigualdade prejudica inserção no mercado de trabalho. Ex-executivo de vários bancos, Deives Rezende Filho lembra de candidatos a estágio que nunca tinham ido à Avenida Paulista ou à região da Faria Lima, dois centros comerciais e financeiros de São Paulo. Para ele, a distância em relação à vivência dos outros colegas dificulta o entrosamento de negros nesses ambientes.

Educação é importante, mas não resolve tudo. Tainá Medeiros traz o exemplo da diferença salarial entre negros e brancos, que se manteve estável apesar de avanços educacionais de pretos e pardos nas últimas décadas. Ela é coordenadora de programas do Fundo Baobá, que financia bolsas de estudos a jovens negros.

Apoio financeiro e suporte psicológico fazem diferença. Para Tainá, esses recursos ajudam pretos e pardos a desenvolver habilidades sócio-emocionais e ir mais longe profissionalmente. Ela afirma ainda que, além de qualificar, a Educação permite que negros estejam mais preparados para enfrentar o racismo.

Negros têm mais orgulho de serem brasileiros
A pesquisa identificou que 54% dos negros têm orgulho de ser brasileiros. O indicador é superior ao verificado na população como um todo (51%).

Otimismo em relação ao futuro do país chega a 49% entre pretos e pardos. Já na sociedade como um todo, a fatia é de 46%.

Orgulho e otimismo estão diretamente ligados a um maior número de oportunidades para negros nos últimos anos. Para especialistas, iniciativas como as cotas raciais nas universidades e concursos públicos têm estimulado novas gerações a se manter ativas na luta por direitos e contra a desigualdade racial.

Ainda há longo caminho a ser percorrido, dizem estudiosos. De acordo com a pesquisa, 35% dos entrevistados negros não se sentem otimistas em relação ao futuro do país. Para eles, é preciso investigar se essa insatisfação estaria relacionada com o que o Brasil ainda deixa de oferecer a pretos e pardos.

O que dizem os envolvidos
Há dois desafios. Um é o acesso dos negros às oportunidades. Outro é a manutenção deles nesses espaços. Às vezes, o tempo do trabalho tira o tempo do estudo. Muitos precisam ajudar em casa. Isso prejudica o desempenho e a possibilidade de se desenvolver de cada um.
Tainá Medeiros, coordenadora de programas do Fundo Baobá

A gente não só quer, mas precisa ganhar mais para ter acesso aos mesmos direitos que os outros. Existe até uma culpa nossa de gastar dinheiro com lazer, que é uma coisa essencial para se construir como indivíduo e questionar o racismo. Temos direito e não podemos exercer por ter que brigar pelo básico.
João Gabriel dos Santos, estudante de pedagogia e ex-bolsista do Fundo Baobá

Historicamente, os negros têm um ponto de partida desprivilegiado e, por isso, estão mais atentos à importância do estudo e do bem-estar financeiro como fatores para uma vida melhor no futuro. Essa desigualdade também se reflete na preocupação com a saúde, por exemplo. Eles estão correndo atrás.
Valeria Rodrigues, sócia diretora da Shopper Experience e membro da HSR

Sou biólogo e sempre trabalhei em laboratórios e hospitais. Em várias ocasiões, eu era o único negro no meu ambiente de trabalho. Hoje, há um esforço geral para aumentar a diversidade. Se eu falar que nada mudou, jogo no lixo uma luta de décadas. Mas acho que as mudanças precisam ser maiores e mais rápidas.
José Henrique Lemos, professor e membro do movimento Uneafro

Ser o primeiro representante de um grupo a desempenhar uma certa função pode nos levar a ficar na defensiva e nem sempre fazer as melhores escolhas. Precisamos ter modelos que nos sirvam de inspiração em relação a boas condutas e que nos permitam resolver conflitos com diálogo e outros instrumentos
Deives Rezende Filho, ex-executivo de bancos e fundador da Conduru Consultoria, focada em diversidade

uol

Postado em 11 de dezembro de 2023

Câncer: conheça seis alimentos que ajudam a reduzir o risco da doença, segundo médicos

Em média, mais de uma a cada três pessoas nos Estados Unidos desenvolverá câncer em algum momento de suas vidas, segundo a Sociedade Americana do Câncer, e muitos desses casos podem ser potencialmente prevenidos com mudanças na dieta.

Os cientistas têm uma boa ideia dos alimentos que devem ser evitados para reduzir o risco de câncer: carnes vermelhas e processadas, alimentos processados. Mas, de acordo com a pesquisadora de prevenção do câncer no Fred Hutchinson Cancer Center em Seattle, Johanna Lampe, saber o que comer nem sempre é fácil.

— Muitos estudos de nutrição dependem de pessoas lembrarem com precisão o que consumiram até um ano atrás e é complicado entender como alimentos individuais podem influenciar a saúde quando fazem parte de uma dieta maior. Estilo de vida, ambiente, hormônios e genes também precisam ser considerados — explica.

Segundo o vice-presidente de pesquisa no American Institute for Cancer Research em Washington, Nigel Brockton, nenhum alimento isolado pode prevenir o câncer por si só, mas seguir uma dieta saudável pode reduzir o risco.

Aqui estão alguns alimentos que os especialistas dizem valer a pena adicionar ao prato.

Brócolis
Segundo Johanna Lampe, vegetais crucíferos — como brócolis, couve de Bruxelas, couve-flor e repolho — são ricos em isotiocianatos. Esses compostos vegetais ajudam as células a eliminar toxinas e se reparar, o que é crucial para a prevenção do câncer.

— Os brotos de brócolis, por exemplo, são ricos em isotiocianato sulforafano, que impulsiona as defesas naturais do corpo contra danos diários nas células. O composto tem sido associado à proteção contra vários tipos de câncer, inclusive de próstata, mama, bexiga e colorretal — acrescenta.

Pesquisas sugerem que consumir mais de quatro ou cinco porções de vegetais crucíferos por semana promove a redução do risco de câncer e outras condições crônicas.

Tomates
Estudos têm conectado há muito tempo os tomates ao risco reduzido de câncer de próstata, devido às abundantes reservas de licopeno: um antioxidante que confere aos tomates a sua cor vermelha. Mas, de acordo com a professora assistente de nutrição na Baylor College of Medicine, Nancy Moran, o licopeno pode ser apenas um dos muitos compostos que ajudam a defender o organismo contra o câncer de próstata, mama, pulmão e colorretal.

— Processar os tomates, como cortá-los ou cozinhá-los, ajuda na absorção do licopeno, que fica mais fácil do que quando os comemos crus. Consumi-los com gordura também ajuda. Comer os tomates cozidos, como em um molho ou com uma gordura saudável como azeite de oliva, pode aumentar os benefícios à saúde que obtemos — detalha.

Feijões
Variedades comuns de feijão — como preto e vermelho — e legumes — como grão-de-bico, ervilhas secas e lentilhas — não são apenas ricos em proteínas. Nigel Brockton afirma que as leguminosas também são ótimas fontes de fibras, cruciais para a saúde do intestino e do sistema imunológico.

— A fibra também está relacionada à prevenção do câncer colorretal. As bactérias em nosso intestino a convertem em combustível para as células que revestem o cólon, mantendo-as saudáveis e menos propensas a se transformarem em células cancerígenas — diz.

O diretor do Laboratório de Prevenção do Câncer na Universidade do Estado do Colorado, Henry Thompson, coloca que, em estudos com animais e humanos, o consumo de feijões e outras leguminosas foi associado à prevenção da obesidade, que está relacionada a vários cânceres. Um ensaio clínico em andamento em humanos testa se comer feijões enlatados reduz o risco de câncer.

Segundo o Brockton, os benefícios protetores da fibra começam após o consumo de cerca de 30 g por dia, o equivalente a cerca de duas xícaras de feijão-preto.

Nozes
As oleaginosas são ricas em gorduras saudáveis, proteínas e fibras, e estudos descobriram que aqueles que as consomem tendem a ter riscos reduzidos de vários tipos de câncer, especialmente os do sistema digestivo.

As nozes, em particular, contêm níveis excepcionalmente altos de compostos vegetais chamados ellagitannins, que são convertidos por bactérias no intestino em metabólitos, que podem reduzir a capacidade do câncer de crescer e se multiplicar

O gastroenterologista na UConn Health, John Birk, realizou colonoscopias em pessoas em ensaios clínicos que investigam os benefícios à saúde do cólon das nozes. Ele afirma que identificar um “cólon de noz” era fácil.

— A parede do cólon tem uma aparência mais saudável, uma espécie de reflexo brilhante da luz brilhando nela pelo endoscópio — define.

Estudos sugerem que comer cerca de um punhado de oleaginosas por dia é o ideal.

Frutas vermelhas
Frutas como morangos, mirtilos, cranberries, romãs e amoras são repletas de antioxidantes que ajudam a proteger as células do estresse e danos no DNA, que podem aumentar o risco de câncer.

— Compostos vegetais chamados antocianinas dão às frutas vermelhas suas cores vibrantes e robustez anti-inflamatória. Reduzir a inflamação é importante, porque ela é um grande impulsionador do câncer — afirma Nigel Brockton.

A professora de nutrição clínica na Universidade do Maine, Dorothy Klimis-Zacas, explica que um número crescente de evidências sugere que certos compostos nas frutas vermelhas podem ajudar a reduzir a capacidade do câncer de se desenvolver, crescer e se multiplicar.

— Para obter os maiores benefícios anti-inflamatórios, o objetivo é consumir cerca de meia a uma xícara de frutas vermelhas frescas ou congeladas (idealmente orgânicas) por dia — indica Dorothy.

Alho
O alho contém altos níveis de alicina, um composto rico em enxofre que é responsável pelo seu forte odor e suas habilidades de combate ao câncer.

Em um estudo de longo prazo com mais de 3 mil pessoas que vivem em uma região da China conhecida por ter altas taxas de câncer de estômago, os pesquisadores descobriram que, para cada um quilo de alho que os participantes consumiam por ano, eles tinham um risco reduzido de 17% de desenvolver a doença. Isso equivale a cerca de cinco dentes de alho por semana.

O câncer de estômago, embora em declínio nos Estados Unidos, ainda é uma das principais causas de morte por câncer globalmente.

Segundo a epidemiologista do câncer no Peking University Cancer Hospital, em Pequim, e autora do estudo, Wen-Qing Li, consumir alho cru — pressionado em óleo para tempero de salada ou em guacamole, por exemplo — ajudará a manter os sabores e suas substâncias químicas vivos.

Folha PE

Postado em 8 de dezembro de 2023

Cinco militares morrem em queda de helicóptero na Guiana

As autoridades da Guiana encontraram cinco mortos entre os destroços de um helicóptero militar das Forças Armadas do país, nesta quinta-feira (7/12). A aeronave desapareceu nessa quarta-feira (6/12), enquanto sobrevoava a região de Essequibo, alvo de disputa com a Venezuela.
Segundo o brigadeiro-chefe do exército guianês, general Omar Khan, a aeronave modelo Bell 412 EPI havia decolado da base Olive Creek (oeste da Guiana), com sete militares. Eles viajam para observar a fronteira com a Venezuela. No entanto, o helicóptero desapareceu a 48km do objetivo.

A causa do acidente ainda não é conhecida. Dois tripulantes sobreviveram, porém o estado de saúde deles não foi divulgado.

Em comunicado, o governo da Guiana informou que vai investigar o caso: “A próxima fase da operação envolve a remoção (da vegetação) da área. Então, seguiremos com as investigações”.

As autoridades do país informaram que a área passava por instabilidades climáticas. Até o momento, não há indícios de ligação do ocorrido com a crise com a Venezuela.

As duas nações passam por tensões, após o governo venezuelano ter realizado um referendo consultivo no último domingo (3/12) para deliberar sobre a Guiana Essequiba, território vizinho rico em recursos naturais.

Metrópoles

Postado em 8 de dezembro de 2023

Pix tipo “débito automático” começa a funcionar em 2024

O Banco Central (BC) anunciou nesta quinta-feira (7/12) que o Pix automático vai começar a funcionar em 28 de outubro de 2024. A nova funcionalidade do sistema vai permitir que as pessoas agendem pagamentos de contas recorrentes, como água, luz, academias e empréstimos, à semelhança do que ocorre hoje com o débito automático.
De acordo com o BC, para oferecer o débito automático, as empresas precisam firmar convênios com todas as instituições financeiras. Mas, na prática, esse tipo de acordo só é fechado com bancos grandes. Com isso, clientes e negócios menores ficam fora do sistema ou utilizam instituições financeiras de pequeno porte e lotéricas.

Com o Pix automático, diz o BC, isso vai mudar. Bastará à empresa fazer um acordo com apenas um banco e o serviço estará disponível para seus clientes. Assim, a companhia oferecerá o pagamento automático via Pix para todas as pessoas que usam o sistema, independentemente do banco nos quais elas têm conta.

A previsão inicial do BC era lançar o Pix automático em abril do próximo ano. A data foi alterada para outubro.

Metropoles

Postado em 8 de dezembro de 2023

Câmara aprova criminalização de nude feito por inteligência artificial

A Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta quinta-feira (7/12), um projeto de lei que criminaliza a criação ou divulgação de nudes gerados por meio de inteligência artificial (IA). A proposta segue para análise do Senado Federal.
A aprovação ocorreu por meio de votação simbólica, quando os deputados têm um acordo sobre o entendimento de determinado tema. A Casa Baixa tem analisado uma série de propostas de proteção à mulher em comemoração ao “Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra Mulheres”, celebrado nessa quarta-feira (6/12).

O texto fixa a pena de 1 a 4 anos de prisão para quem criar ou divulgar “montagens ou modificação que tenham como objetivo incluir pessoa em cena de nudez ou ato sexual, inclusive com uso de inteligência artificial em vídeo, áudio ou fotografia”.

A proposta, de autoria da deputada Erika Kokay (PT-DF), altera o Código Penal e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

O texto também prevê que a punição para as imagens geradas sem autorização, de cunho sexual, poderão ser aumentadas até a metade se o crime for praticado em decorrência da atividade profissional, comercial ou funcional.

Nudes criados por inteligência artificial
A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) abriu um inquérito para investigar uma denúncia de que alunos do Colégio Santo Agostinho da Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade, teriam criado, por meio de IA, fotos íntimas de colegas e divulgado as imagens nas redes sociais.

Segundo a denúncia, alunos de turmas do 7º e 9º ano da instituição teriam colocado o rosto de meninas, estudantes do colégio ou não, em corpos nus.

O caso é investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).

Metrópoles

Postado em 8 de dezembro de 2023

Presidente do Banco do Brasil é única brasileira na lista da Forbes de mulheres mais poderosas em 2023

A lista das 50 mulheres mais poderosas do mundo, feita pela revista Forbes, dos Estados Unidos, foi publicada nesta quarta-feira, 6. Entre elas, está a paraibana Tarciana Medeiros, atual presidente do Banco do Brasil, na 24ª posição. Ela é a única brasileira no ranking. 

A revista destacou o fato de Tarciana ter sido a primeira mulher a ocupar a presidência do Banco do Brasil em 215 anos. A publicação também ressaltou o fato de ela ser a única à frente de uma das empresas brasileiras da Forbes Global 2000, lista que reúne as maiores companhias de capital aberto do mundo, além de sua atuação no combate às mudanças climáticas.

De acordo com a revista, as escolhas levam em conta quatro métricas principais: dinheiro, mídia, impacto e esferas de influência.

Para as líderes políticas, também pesa o Produto Interno Bruto (PIB) e as populações dos países que lideram. Já para as chefes corporativas, são: receitas, avaliações e o número de funcionários. As menções na mídia e o alcance social foram analisados para todas. 

Nomes como Úrsula Von der Leyen, presidente da comissão europeia, Kamala Harris, vice-presidente dos Estados Unidos, e a cantora Taylor Swift também estão na lista, que reuniu pessoas de diversas áreas.

As 50 mulheres mais poderosas do mundo
Ursula von der Leyen
Christine Lagarde
Kamala Harris
Giorgia Meloni
Taylor Swift
Karen Lynch
Jane Fraser
Abigail Johnson
Mary Barra
Melinda Gates
Julie Sweet
Kristalina Georgieva
MacKenzie Scott
Gail Bourdreaux
Emma Walmsley
Ruth Porta
Safra Catz
Ana Patrícia Botín
Carol Tomé
Sandy Ran Xu
Kathryn McLay
Sara London
Amy Hood
Tarciana Medeiros
Laurene Powell
Catherine MacGregor
Janet Yellen
Gwynne Shotwell
Phebe Novakovic
Tsai Ing-wen
Oprah Winfrey
Nirmala Sitharaman
Ho Ching
Thasunda Brown Duckett
Marianne Lake, Jennifer Piepszak
Beyoncé
Shari Redstone
Kathy Warden
Dana Walden
Amanda Blanc
Susan Li
Marguerita Della Valle
Adena Friedman
MaryCallahan
Lynn Martin
Sheik Hasina Wajed
Sir Mulyani Indrawati
Gina Rinehart
Lisa Su
Vick Hollub

TERRA

Postado em 8 de dezembro de 2023

Mais de 240 mil jovens potiguares não estudam e nem trabalham, aponta IBGE

De acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o Rio Grande do Norte possui 245 mil pessoas entre 15 e 29 anos que não estudavam e nem trabalhavam em 2022. O número corresponde a 29%¨do publico nesta faixa etária, e é 0,7% superior ao registrado em 2019, período antecessor a pandemia. Em comparação ao número registrado no ano de 2021, o aumento é de 0,1%.

Ainda conforme o levantamento, grande parte destes jovens não estavam na força de trabalho. Ou seja, não trabalhavam ou buscavam meios para conseguir um emprego. Entre os 13 mil jovens, de 15 a 17 anos, que não estudavam ou tinham alguma ocupação, 98,8% estavam fora da força de trabalho.

Na faixa etária entre 18 e 24 anos, 68,1% dos jovens que estavam na mesma condição também estavam fora da força de trabalho. A porcentagem corresponde a 137 mil jovens.

Dados nacionais

O número de jovens que não estudavam nem estavam ocupados foi de 10,9 milhões em 2022, o que corresponde a 22,3% das pessoas de 15 a 29 anos de idade. Do total, as mulheres de cor ou raça preta ou parda representavam 4,7 milhões (43,3%), enquanto as brancas formavam menos da metade desse montante: 2,2 milhões (20,1%). Outros 2,7 milhões (24,3%) eram homens pretos ou pardos e 1,2 milhão (11,4%) eram homens brancos. Os dados são da Síntese de Indicadores Sociais, divulgada hoje pelo IBGE. Leia outras notícias sobre o estudo aqui, aqui e aqui.

A redução do número de jovens que não estudam e não estão ocupados foi inferior à do total de jovens e, por isso, a taxa de jovens nesta condição não foi a menor da série. As menores taxas ocorreram em 2012 (21,8%) e 2013 (22,0%). A taxa de 2022 (22,3%) foi a terceira menor da série.

“O indicador inclui simultaneamente os jovens que não estudavam e estavam desocupados, que buscavam uma ocupação e estavam disponíveis para trabalhar, e aqueles que não estudavam e estavam fora da força de trabalho, ou seja, que não tomaram providências para conseguir trabalho ou tomaram e não estavam disponíveis”, explica Denise Guichard, analista da pesquisa.

Tribuna do Norte

Postado em 8 de dezembro de 2023