Em uma decisão sem precedentes, a Suprema Corte do Colorado decidiu nesta terça-feira (19) que o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump está inelegível para concorrer no estado, no pleito de 2024, à chefia da Casa Branca. A decisão, por ora, vale apenas para o Colorado. Se acatada pela Suprema Corte dos EUA, porém, teria potencial para mudar os rumos da eleição de 2024. Trump se mostra até aqui o principal nome do Partido Republicano para disputar a Presidência contra o democrata Joe Biden, que tentará a reeleição.
A corte acatou o argumento de que a 14ª Emenda da Constituição americana o desqualifica por insurreição devido à sua participação para instigar a invasão do Capitólio, a sede do Legislativo americano, em 6 de janeiro de 2021, naquele que é considerado o maior ataque à democracia dos EUA na história recente.
Em uma longa decisão ordenando ao secretário de Estado do Colorado que excluísse Trump da votação primária republicana do estado, os juízes locais reverteram decisão anterior de um juiz distrital de Denver. No mês passado, o magistrado afirmou que a Seção 3 da 14ª Emenda –que desqualifica as pessoas que se envolveram em insurreições contra o Constituição– não se aplicava à Presidência.
Espera-se que o republicano apele à Suprema Corte dos EUA, no que deve ser um novo teste para a maioria conservadora que ele conseguiu formar na mais alta instância da Justiça americana.
A decisão desta terça-feira aplica-se apenas ao Colorado, mas, se a Suprema Corte a confirmar, ele poderá ser desqualificado de forma mais ampla. A decisão estadual fica mantida até pelo menos 4 de janeiro de 2024, para dar tempo aos recursos.
Candidatos democratas venceram as últimas quatro disputas pela Casa Branca no Colorado. Trump foi derrotado no estado em 2020 por Joe Biden e em 2016 por Hillary Clinton. No pleito de 2012, Barack Obama venceu Mitt Romney e, em 2008, derrotou John McCain.
Apesar do histórico recente, o Colorado ainda é considerado um estado-pêndulo, em que a inclinação do eleitorado a um dos principais partidos dos EUA não está necessariamente clara, podendo variar a cada votação.
Principal reservatório de Currais Novos, o Açude Dourado tomou água após as chuvas que caíram na cidade nesta segunda-feira (18).
De acordo com informações do Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte (Igarn), o reservatório está com 320 mil metros cúbicos de água, 20 mil metros a mais do que o registrado um dia anterior.
O número é referente ao monitoramento feito nas primeiras horas da manhã. Caso confirmada a previsão de chuva para esta terça-feira (19), a expectativa é que novo crescimento no volume do açude nos próximos dias.
Segue para ser sancionado pelo Prefeito de Currais Novos, Odon Jr, o Projeto de Lei 049/2023, que possibilitará dar oportunidade para Jovens entre 16 e 24 anos, que ainda não tem experiência no mercado de trabalho com carteira assinada, poder trabalhar em empresas de Currais Novos.
De autoria do Vereador Daniel Bezerra, ele explica para nós como poderá funcionar essa Lei que pretende beneficiar vários jovens do nosso município. “É uma troca interessante para as Empresas prestadoras de serviços, como por exemplo: Laboratórios, Clínicas, Prestadoras de Serviços, Construtoras e etc. Elas poderão reduzir o pagamento de seu ISS (Imposto Sobre Serviços) se aderirem a essa Lei e entregarem pessoa na faixa etária do Programa. O Município renuncia o tributo em troca do emprego, o dinheiro permanece na cidade, só que agora no bolso do Jovem trabalhador.”
O PL 049/2023 teve sua aprovação nessa terça-feira, 19, por unanimidade dos presentes a Sessão Extraordinária que aconteceu pela manhã de hoje. O abatimento também pode ser feito no pagamento de IPTU da empresa, além do ISS, a Prefeitura deverá regulamentar essa Lei no que couber para sua efetiva funcionalidade. Todas as empresas que tem seu registro de CNPJ com o endereço em Currais Novos poderão aderir ao Programa previsto na Lei aprovada.
O Brasil ultrapassou o Canadá e se tornou a 9ª maior economia do mundo em 2023, conforme divulgou o Fundo Monetário Internacional (FMI). O país, que tinha saído do top 10 em 2020, chegou a ter a sétima maior economia do mundo entre 2010 e 2014.
Agora, o Brasil figura em nono lugar, com um Produto Interno Bruto (PIB) estimado em US$ 2,13 trilhões em 2023. Os dados são do relatórios mais recentes do World Economic Outlook (Perspectiva Econômica Mundial, na tradução).
De acordo com o levantamento, as três maiores economias do planeta são Estados U
Sobre o PIB per capita o país não está situado nem sequer entre os 60 mais bem colocados – aparece na 66ª posição (US$ 10,4 mil). O maior PIB per capita do mundo é o de Luxemburgo (US$ 116,9 mil), seguido por Suíça, Irlanda e Noruega. Os Estados Unidos, líderes do PIB em termos nominais, ocupam o quinto lugar (US$ 63,4 mil).
Veja as 20 maiores economias do mundo em 2023, segundo FMI: Estados Unidos – US$ 26,95 trilhões
De mãos dadas com a polarização da política brasileira anda a convicção dos eleitores acerca de suas escolhas em 2022. Nove em cada dez entrevistados pelo Datafolha afirmam não se arrepender do voto no segundo turno do pleito presidencial do ano passado.
Já 8% acham que não fizeram a melhor escolha e mudariam de voto, enquanto 1% afirma não saber —o resultado não é de 100% ao todo porque há arredondamentos feitos pelo instituto.
O Datafolha fez a questão pela segunda vez neste ano. Na primeira, em setembro, os índices eram semelhantes, incluindo na estratificação por candidato escolhido.
No atual levantamento, feito no dia 5 de dezembro com 2.004 pessoas com mais de 16 anos em 135 cidades, 9% disseram ter se arrependido no voto em Lula (PT), enquanto 7% dizem o mesmo por terem escolhido o então presidente Jair Bolsonaro (PL). A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos.
Com o eleitorado cindido praticamente ao meio no segundo turno, com o petista vencendo o rival por 50,9% a 49,1%, contudo, tais flutuações poderão ser vitais em enfrentamentos futuros dos dois campos —Lula teoricamente pode disputar a reeleição em 2026, enquanto Bolsonaro está vetado devido à perda de direitos políticos por causa de sua campanha contra o sistema eleitoral.
Os eleitores seguem confiando em seus escolhidos. No geral, 38% afirmam confiar mais em seu candidato hoje do que no dia da eleição, enquanto 43% afirmam que a confiabilidade é a mesma e 18%, que é menor.
São índices semelhantes para os dois rivais. Entre eleitores de Lula, 40% dizem que a confiança nele cresceu, 41% apontam estabilidade e 19%, queda no item. O presidente tem uma aprovação, aferida na pesquisa, de 38% do eleitorado.
Já 36% dos eleitores de Bolsonaro afirmam confiar mais nele agora, ante 46% que mantêm sua opinião e 17%, que confiam menos. É uma estabilidade notável, dada a temporada de más notícias que o ex-mandatário vive, da perda de direitos políticos a processos judiciais e escândalos como o das joias sauditas.
Tudo isso espelha a manutenção do quadro de polarização no país, com 30% seguindo se declarando petistas e 25%, bolsonaristas, nos extremos da tabela proposta pelo Datafolha.
Após o Senado aprovar a indicação de Flávio Dino ao STF, o senador bolsonarista Marcos Rogério (PL-RO) apresentou um projeto na Casa para alterar a forma de escolha dos futuros ministros da Corte. Com uma leitura pouco convencional da Constituição Federal de 1988, a proposta do parlamentar tira o poder do presidente da República e dá apenas ao Senado o direito de indicar e aprovar ministros do Supremo.
No projeto, o senador bolsonarista alega que a Constituição não especifica que cabe o presidente da República a indicação e que a “melhor leitura” seria de que a tarefa cabe aos senadores.
“Fica claro da leitura do dispositivo que, em nenhum momento, o constituinte afirmou que a escolha cabe ao presidente da República. Ao contrário, a melhor leitura do dispositivo é a seguinte: depois de escolhidos e aprovados pela maioria absoluta do Senado Federal, os ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo presidente da República”, defende Rogério, que foi vice-líder do governo Bolsonaro no Senado e é próximo do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Com base nessa leitura, o senador bolsonarista propõe mudar a forma de indicação de ministros do STF apenas por meio de projeto de resolução para alterar o regimento interno do Senado.
Como funcionaria a escolha Em seu projeto, Marcos Rogério propõe que a indicação de ministros do STF seja feito pelos senadores por meio de uma espécie de conclave, votação do colégio de cardeais da Igreja Católica que indica e vota um novo papa.
De acordo com a proposta, após cinco dias da vacância de um dos ministros do STF, os líderes do Senado apontariam nomes avaliados por suas bancadas para a Corte.
Os indicados seriam sabatinados pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, depois, seriam votados pelo plenário. A votação se estenderia até que um dos nomes obtivesse maioria absoluta dos senadores (41 votos).
Com vários nomes em apreciação, a cada votação o menos um candidato seria excluído, até que restassem apenas dois nomes. Ao presidente da República caberia apenas a nomeação do ministro do STF escolhido.
O presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), colocou na pauta da reunião da próxima quarta-feira (20/12) a Proposta de Emenda à Constituição que proíbe todos os tipos de drogas. Se houver acordo, irá à votação. O texto, de autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), estabelece punições para quem adquirir, guardar, transportar ou plantar qualquer droga para consumo pessoal.
A proposta integra uma série de projetos que desafiam as decisões já tomadas pelo STF, que já formou maioria favorável à descriminalização do porte de maconha para consumo pessoal. A ação no STF envolve a interpretação do artigo 28 da Lei de Drogas (11.343/2006), delineando as penalidades para quem porta drogas para consumo próprio.
Esta movimentação segue a linha de outros projetos que têm gerado atritos entre o STF e o Congresso, incluindo a recente aprovação da PEC 8/2021, que limita decisões individuais nos tribunais superiores.
O deputado federal Ricardo Salles, que foi ministro do Meio Ambiente de Jair Bolsonaro, perdeu em definitivo um processo aberto contra o ex-governador Ciro Gomes no qual exigia uma indenização de R$ 20 mil por danos morais.
No ano passado, Ciro, então candidato a presidente, disse em uma entrevista que Salles era “contrabandista de madeira” e que havia sido demitido do governo paulista, no qual fora secretário da gestão Geraldo Alckmin, por “corrupção”.
Ciro disse ainda que Salles também havia oferecido R$ 1.000 para que pessoas o hostilizassem em um restaurante.
Cotado para disputar a prefeitura de São Paulo na eleição do ano que vem, Salles disse à Justiça que nunca foi investigado ou processado por qualquer conduta relacionada a crime de corrupção e que também jamais se envolveu com contrabando.
Disse ainda que não era verdadeira a história do pagamento para que Ciro fosse hostilizado. Ele chamou as acusações de levianas. “Ciro ultrapassou qualquer limite de liberdade de expressão”, afirmou o advogado Victor Silveira, que o representa, à Justiça.
O ex-governador do Ceará se defendeu no processo afirmando que não criou nenhuma das acusações, “tendo apenas reproduzido fatos que foram divulgados ostensivamente pelos veículos de comunicação”.
“Ricardo Salles foi, recorrentemente, ligado a investigações e acusações de atividades ilícitas, o que revela que os termos utilizados não destoam do imaginário coletivo”, declarou Ciro no processo.
O ex-ministro de Bolsonaro perdeu em primeira e em segunda instância.
“As afirmações foram proferidas em época eleitoral, não tendo havido abuso”, afirmou o desembargador Erikson Marques, relator do processo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez críticas à atuação do Ministério Público ao discursar na posse do novo procurador-geral da República, Paulo Gonet. Alvo da Lava-Jato, que chegou a levá-lo à prisão, afirmou que “nenhum procurador pode brincar” com a instituição. Na plateia estavam procuradores que atuaram na operação. — Hoje, então, eu só queria pedir uma coisa: o Ministério Público é uma instituição tão grande que nenhum procurador pode brincar com ela — disse o presidente. — Você (Gonet) só tenha uma preocupação: fazer com que a verdade, e somente a verdade, prevaleça acima de qualquer outro interesse — completou o presidente.
O presidente se disse emocionado no discurso por lembrar que fez parte da Assembleia Constituinte que deu ao MP o atual desenho, com a previsão de independência em relação aos outros poderes. Ele disse que é preciso evitar “acusações levianas” que “não fortalecem a democracia”.
— As acusações levianas não fortalecem a democracia, não fortalecem as instituições, muitas vezes se destrói a vida de uma pessoa sem dar a ela a chance de se defender. É importante que o MP recupere aquilo que foi razão pela qual os constituintes enaltecerem o MP: garantir a liberdade, a democracia, a verdade, não permitir que nenhuma denúncia seja publicada sem saber se é verdade, porque senão as pessoas serão condenadas previamente e não terão sequer condição de ser absolvidas. Eu prezo muito por isso.
No discurso, o presidente afirmou também ter havido um momento em que “as denúncias das manchetes de jornais falaram mais alto que os atos dos processos, e quando isso acontece, é sempre pior do que a politica”.
— Não existe possibilidade de o MP achar que todo político é corrupto. Se a gente quiser evitar aventuras nesse país como a que aconteceu no dia 8 de janeiro, se a gente quiser consagrar o regime democrático, o MP precisa jogar o jogo de verdade. Da minha parte, eu quero te dizer publicamente, nunca te pedirei um favor pessoal, nunca exercerei qualquer pressão pessoal para que qualquer coisa seja investigada, a única coisa que eu te peço é que não faça o MP se diminuir diante da expectativa de 200 milhões de pessoas — disse.
A cerimônia de posse de Gonet contou com a presença de ministros do Supremo Tribunal Federal, como Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes — que fizeram campanha para que ele fosse escolhido ao cargo —, além de ex-PGRs. Na primeira fila do evento estavam, por exemplo, Rodrigo Janot, o chefe do Ministério Público Federal no auge da Lava Jato, responsável por denúncias contra autoridades com foro privilegiado.
Na plateia também estavam nomes como Cláudio Drewes José de Siqueira, que cordenou alguns casos da operação em Brasília, além de Raquel Branquinho, que atuou no grupo da Lava-Jato da PGR até 2019.
Questionado por jornalistas sobre a fala de Lula, o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, que esteve a frente da instituição no auge da operação Lava Jato, limitou-se a dizer:
— O discurso do Gonet foi excelente.
Discurso Gonet Ao assumir o comando da PGR, Paulo Gonet fez um discurso em que citou a “responsabilidade” de resgatar o passado e “o futuro a preparar” à frente da instituição:
— Penso nas mensas responsabilidades que a chefia do MPU implica, pois temos um passado a resgatar, e um futuro a preparar.
Segundo Gonet, “não há respeito pleno da dignidade, sem que reconheçamos a responsabilidade de cada qual pelos atos que praticam ou que omitem”. O novo PGR afirmou ainda que o Ministério Público vive um momento crucial na construção da democracia.
— Somos os corresponsáveis de toda a ordem jurídica, social e política e somos os corresponsáveis pelo estímulo aos valores republicanos — disse — A defesa constante aos direitos inerentes a dignidade deve ser o nosso norte intransigente.
O novo procurador-geral toma posse nesta segunda-feira com o desafio de dar novo impulso à atuação do Ministério Público Federal e refazer as pontes com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Gonet assume a PGR após dois mandatos consecutivos de Augusto Aras, escolhido por Jair Bolsonaro, que deixou o posto em 26 de setembro. Até agora, alguns nomes de sua equipe foram anunciados, como o vice-procurador-geral, Hindemburgo Chateaubriand, Eliana Torelly, na secretaria-geral, e Silvio Amorim Júnior na secretaria de Relações Institucionais. Também fará parte da equipe Raquel Branquinho que assume como Diretora-Geral da Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU).
A solenidade de posse de Gonet conta com a presença do presidente, de integrantes do Judiciário, como ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli, Nunes Marques, Cristiano Zanin, Gilmar Mendes, Edson Fachin e Alexandre de Moraes. O evento reuniu nomes de diferentes espectros políticos, como o senador Marcos do Val, a deputada federal Bia Kicis, e o senador Randolfe Rodrigues.
A projeção para a inflação de 2023 voltou a cair nesta semana, enquanto as estimativas para o IPCA de 2024, 2025 e 2026 continuam iguais, segundo o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central. A estimativa da inflação deste ano caiu e foi para 4,49%. A do ano que vem permaneceu em 3,93%. Projeções do IPCA de 2025 e 2026 continuam em 3,50%.
A projeção do PIB deste ano continuou em 2,92%. O de 2024, 2025 e 2026 também permaneceram em 1,51%, 2,0% e 2,0% respectivamente. Na Selic não houve alterações. A estimativa de 2023 permaneceu em 11,75% e a de 2024 continuou em 9,25%. Em 2025 e 2026 a Selic permaneceu em 8,50%.
O influencer Renato Cariani prestou depoimento na sede da Polícia Federal, nesta segunda-feira (18), em São Paulo. Ele foi indiciado por tráfico equiparado, associação para tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. O depoimento de Cariani começou por volta de 13h30 e durou cerca de cinco horas. Ele tem negado as acusações, mas não quis falar com a imprensa nesta segunda. Depois que ele saiu, a PF confirmou o indiciamento.
O depoimento de Cariani começou por volta de 13h30 e durou cerca de cinco horas. Ele tem negado as acusações, mas não quis falar com a imprensa nesta segunda. Depois que ele saiu, a PF confirmou o indiciamento.
A investigação está em andamento desde 2019. Uma operação na semana passada cumpriu mandados de busca e apreensão contra outras 3 pessoas e também na sede da Anidrol, empresa da qual Cariani é sócio, que estaria sendo usada para o desvio de produtos químicos para o PCC.
De acordo com o Ministério Público de São Paulo, um amigo de Cariani, Fábio Spinola, é o elo entre ele e o crime organizado.
Um estudo sueco descobriu que pessoas diagnosticadas com hipocondria tendem a morrer mais cedo do que aquelas que não apresentam muita preocupação em relação à saúde. Também conhecida como nosomifalia, a condição é caracterizada pela obsessão com a ideia de ter um problema médico grave não diagnosticado.
A pesquisa, publicada na revista JAMA Psychiatry, foi realizada em nível nacional na Suécia, com 4.129 indivíduos diagnosticados com hipocondria e 41.290 indivíduos semelhantes demograficamente sem hipocondria. Os resultados mostraram que os hipocondríacos tiveram um risco aumentado de morte por causas naturais e não naturais, principalmente suicídio.
As taxas gerais de mortalidade foram mais altas nas pessoas com hipocondria (8,5, em comparação aos 5,5 de pessoas sem a condição). Os hipocondríacos morreram mais jovens, com uma idade média de 70 anos. O seu risco de morte por doenças circulatórias e respiratórias foi maior.
“A prevalência da hipocondria na população geral varia de 4,4% a 9,5% e está associada a um impacto substancial na qualidade de vida e no cotidiano. Além disso, a hipocondria está associada a um risco aumentado de comorbidades psiquiátricas, incluindo transtornos depressivos e de ansiedade, síndrome de fadiga crônica e dor crônica”, diz o levantamento.
Níveis altos de ansiedade Segundo David Mataix-Cols do Instituto Karolinska, na Suécia, que liderou a pesquisa, o estudo preenche “uma lacuna clara na literatura”.
“Tivemos sorte, porque o sistema de classificação sueco para doenças possui um código separado para a hipocondria, permitindo análise de dados de milhares de pessoas ao longo de 24 anos, de 1997 a 2020” explica à Associated Press.
O pesquisador acrescenta que levantamentos antigos sugeriam que o risco de suicídio poderia ser menor para pessoas com a condição, mas, com base na experiência clínica, ele sabia que isso estaria incorreto. No estudo, o risco de morte por suicídio foi quatro vezes maior para as pessoas com o diagnóstico.
“A hipocondria é geralmente considerada um distúrbio crônico, com baixa probabilidade de remissão sem um tratamento adequado. Hipocondríacos têm muitas consultas médicas, que geralmente levam a uma cadeia de testes, muitas vezes, desnecessários sob um ponto de vista profissional e contraproducentes em um psicológico”, detalha o estudo.
Os pesquisadores defendem que, teoricamente, a alta vigilância pode levar a um diagnóstico precoce de doenças sérias e, potencialmente, reduzir o risco de mortalidade. Porém, segundo eles, existem muitas razões para acreditar que este não é o caso.
“Primeiro, alguns indivíduos com hipocondria vivem níveis muito altos de ansiedade, a ponto de evitarem contato com serviços médicos. Isso pode prejudicar a supervisão de condições potencialmente severas. Segundo, ansiedade crônica e depressão, que são características da hipocondria, estão associadas a uma gama de consequências à saúde, como doenças cardiovasculares e morte precoce. Por fim, o suicídio não foi formalmente investigado entre hipocondríacos, mas isso pode contribuir para a taxa de mortalidade do grupo”, conclui a pesquisa.
“É importante levar a sério” De acordo com o líder do conselho de pesquisa da Associação Psiquiátrica Americana, Jonathan E. Alpert, encaminhar um paciente excessivamente ansioso para profissionais de saúde mental requer cuidado.
” Os pacientes podem se sentir ofendidos, porque sentem que estão sendo acusados de imaginar sintomas. É preciso transmitir aos pacientes uma grande dose de respeito e sensibilidade, dizendo a eles que isso em si é uma espécie de condição, que tem um nome” diz à Associated Press.
Segundo Alpert, muitas pessoas são hipocondríacas leves, mas também há pessoas no outro extremo do espectro, que vivem em um estado perpétuo de preocupação e sofrimento sobre ter uma doença grave.
“Pessoas com o transtorno estão sofrendo. É importante levar isso a sério e, felizmente, existem bons tratamentos” afirma.
A hipocondria é uma condição que, geralmente, se desenvolve durante a vida adulta. Os sintomas incluem medo intenso e prolongado de ter uma doença grave e preocupação de que sintomas pequenos indiquem algo grave. O tratamento pode envolver terapia cognitivo-comportamental, técnicas de relaxamento, educação e, às vezes, medicamentos antidepressivos.
Afinal, quanto os influenciadores ganham da Blaze? Pois bem, não há resposta única para essa questão. A plataforma de jogos de azar — acusada por prática de estelionato — paga valores diferentes para que personalidades da internet divulguem seu site por meio das redes sociais. As cifras variam de acordo com o número de seguidores de cada um desses nomes, e podem chegar a R$ 50 milhões, como especulam algumas figuras que ganham a vida por meio do universo digital. Youtuber e streamer com 6,6 milhões de inscritos em seu canal, Cellbit revelou recentemente que rejeitou propostas de campanhas publicitárias — “com valores exorbitantes”, em suas palavras — para empresas como Blaze. Neste ano, ele recebeu a oferta de R$ 6 milhões para que divulgasse o site de cassino on-line por meio das redes sociais. Em contrapartida, o jovem de 26 anos precisaria apenas abrir uma live em seu canal, mostrando que estava realizando apostas.
“Foi mais dinheiro do que eu já vi na minha vida inteira. Era muito mais dinheiro do que eu precisava. Não tenho tudo isso guardado, mas tenho um bom dinheiro guardado. E eu recusei! E era só uma parada de jogar algumas horas por live. Nem pensei duas vezes. É uma parada que não condiz com o que espero para o meu público”, contou Cellbit, numa transmissão ao vivo, ao comentar o assunto.
O youtuber ponderou que entende o fato de alguns colegas acabarem aceitando participar das campanhas de publicidade. “Já recebi muitas e muitas propostas de cassino. E todas elas seguem um padrão, que é sempre oferecer muito dinheiro, dando até o dia seguinte para responder. Então, você fica assim, tipo: ‘E se eu recusar e me arrepender?’. Eles botam muita grana na mesa e te dão um tempo muito curto para responder”, explicou o streamer.
Em junho deste ano, o também youtuber Daniel Penin produziu um minidocumentário, disponibilizado gratuitamente por meio do YouTube, em que acusa a plataforma Blaze de pagar influencers como Neymar, Felipe Neto, Viih Tube e Diggo com as quantias perdidas por usuários da plataforma, além de não honrar com prêmios de apostas vencedoras.
Segundo Penin, os influenciadores digitais são pagos mediante valores fixos — que variam entre R$ 100 mil e R$ 50 milhões — ou oscilantes, de acordo com a quantidade de cliques no link e no cupom divulgados por cada um deles. Na publicação direcionada a “parceiros da Blaze” (aqueles que divulgam a plataforma), quem indicar “amigos” para realizar apostas no site ganha “uma comissão de 50% sobre cada assinatura paga pelos usuários”, conforme apurou o GLOBO.
“Os ganhos dependem do número de clientes pagantes que se cadastram com seu link. Com apenas cinco usuários do plano premium indicado, você pode ganhar até US$ 2.500/mês (algo em torno de R$ 12 mil)”, informa a plataforma, por meio de seu site. Não há detalhes, porém, acerca dos valores fixos pagos para celebridades com milhões de seguidores nas redes sociais.
Em junho deste ano, o também youtuber Pedro Orochi, conhecido pelo apelido Orochinho, contou que a empresa lhe ofertou R$ 900 mil para que ele compartilhasse — por meio das redes sociais e ao longo de três meses — vídeos propagandeando o site de apostas.
“Eram R$ 900 mil. Pois é. Eu até pensei: ‘Mano, eu acho errado, mas querendo ou não já ia dar para conseguir comprar meu apartamento’. Mas não vale a pena. Com certeza, se você divulga esse bagulho, muitas pessoas vão se fod*er”, afirmou Orochinho à época. “Não sou nenhum exemplo de bom samaritano. Cheguei perto de aceitar, porque era muito dinheiro. Só que falei: ‘Com que cara vou divulgar um bagulho desses?'”, ponderou ele.
Entenda escândalo da Blaze No último domingo (17), o “Fantástico”, da TV Globo, começou sua edição com uma reportagem sobre o Crash, conhecido como “Jogo do Aviãozinho”, um dos principais da plataforma Blaze, que vem sendo investigada pela polícia de São Paulo por suspeita de estelionato, após apostadores denunciarem que prêmios mais altos não eram pagos.
Como outros jogos de azar, o Crash é ilegal no Brasil, mas a empresa não tem sede ou representantes legais aqui no Brasil, dificultando as investigações. Neste jogo, uma tela mostra um avião iniciando o voo e o apostador decide a hora de interrompê-lo, enquanto o valor da premiação vai aumentando. Se a palavra “crashed” surgir, a aposta está perdida.
Quem são os influencers investigados? Uma questão abordada pela reportagem foi a participação de influenciadores digitais na divulgação do jogo, entre eles Viih Tube, Juju Ferrari e Jon Vlogs. Os três responderam a reportagem do Fantástico, dizendo que não têm mais contrato de divulgação com a Blaze (Viih Tube e Juju Ferrari), enquanto a assessoria de Jon Vlogs informou que ele “tem contrato com a Blaze desde 2021 e que a relação é exclusivamente de influenciador, não havendo participação acionária”.
Antes mesmo de o programa ir ao ar, alguns influenciadores se manifestaram nas redes sociais. Jon Vlogs postou em seus stories vídeos gravados em Las Vegas, explicando o funcionamento dos cassinos on-line e justificando:
“Gente, todo mundo sabe o que é um cassino. Vamos ser sinceros? Esse aqui (onde está) só está funcionando porque está ganhando dinheiro. Alguns ganham dinheiro, outros perdem. Uns saíram tristes, outros felizes e por aí vai. Mas deixa eu trocar uma ideia sobre cassino online com vocês. Todo cassino online é igual, a licença é igual, tem uma legislação para isso. E dentro disso, temos as provedoras, que são os jogos que vocês jogam. O que muda são as portas de entradas, os sites em que vocês entram para jogar.”
Durante a tarde, o influenciador Carlinhos Maia também postou um vídeo falando sobre seu trabalho de influencer para a plataforma de apostas online. “Pra você que tá em casa: se você não tem cabeça, não jogue! Se você não consegue se controlar na cachaça, não beba! O mundo, as pessoas, sempre vão estar influenciando você pra alguma coisa. Se eu disser: ‘pule do penhasco’, você vai pular porque eu tô dizendo a você? Não! Vai dizer, ‘ah me influenciou’. Eu não jogo. Eu divulgo, mas não jogo’.
Os advogados contratados pela Blaze alegam que a empresa tem sede em Curaçao e que, então, a atividade dela não configura infração penal mesmo que os apostadores sejam brasileiros.
Em uma decisão considerada histórica, o Vaticano informou nesta segunda-feira (18) que um documento aprovado pelo Papa Francisco passa a permitir que padres católicos abençoem casais do mesmo sexo. Os padres, porém, vão ter autonomia pra decidir quando dar essa bênção.
O Vaticano também enfatizou que a benção é um sinal de igreja acolhe a todos, mas que ela não legitima situações consideradas irregulares e nem pode ser equiparada ao sacramento do matrimônio concedido a casais heterossexuais.
Já no Chile a população rejeitou nesse domingo a mudança da Constituição do país. A Carta Magna chilena é da época da ditadura do general Augusto Pinochet. O texto proposto porém é considerado ainda mais conservador que o atual. Essa é a segunda vez que os chilenos votam contra uma nova constituição.
Em 2021 uma outra proposta de constituição foi rejeitada. O presidente do país Gabriel Borich afirmou que não vai uma terceira tentativa pra atualizar a constituição. Em vez disso, irá concentrar esforços pra aprovar as reformas tributária e previdenciária.
A iniciativa do governo federal para reduzir o preço das passagens aéreas terminou com a promessa de que, em 2024, haverá tarifas menores. Duas das três principais companhias aéreas brasileiras anunciaram a venda de 25 milhões de bilhetes por até R$ 799 no ano que vem. O Ministério de Portos e Aeroportos anunciou iniciativas para tentar reduzir preços, mas sem medidas concretas.
Acabou com clima de “vamos ver” a reunião realizada mais cedo em Brasília, dentro do esforço do governo para tentar reduzir preços das tarifas aéreas.
No fim do encontro, as empresas aéreas anunciaram ações individuais, e com parâmetros diferentes entre os concorrentes. O Ministério de Portos e Aeroportos, por sua vez, entregou uma lista de intenções para tentar ajudar a reduzir custos e aumentar a concorrência, mas sem ações de impacto.
Executivos do setor esperavam mais medidas pelo governo federal.
Entre as medidas anunciadas pelo setor privado, Azul e Gol apresentaram o plano de venda de assentos com preço limite.
A Gol quer, em 2024, vender 15 milhões de assentos com preço de até R$ 699. Já a Azul quer oferecer até 10 milhões de passagens por até R$ 799.
Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) mostram que, em 2022, 79% das passagens vendidas tiveram preço de até R$ 800.
Isso correspondeu a cerca de 20 milhões de assentos no ano passado, com valor comparável aos 25 milhões de assentos prometidos pelas duas empresas para 2024.
A Azul também anunciou que oferecerá gratuitamente a marcação de assento e a bagagem despachada para compras realizadas de última hora. A Gol, por sua vez, prometeu fazer promoções com bilhetes entre R$ 600 e R$ 800 para compras com 21 dias de antecedência da viagem.
A Latam não se comprometeu com a venda de passagens a um valor máximo, mas informou que aumentará a oferta diária de assentos em cerca de 10 mil. Além disso, promete oferecer toda semana um destino promocional com valor de até R$ 199, mas sem número estabelecido de bilhetes nessa faixa de preço.
Diálogo com a Petrobras O governo, por sua vez, anunciou que “intensificou o diálogo com vários agentes do mercado para encontrar alternativas” para reduzir o preço das passagens.
Entre as iniciativas, o Ministério de Portos e Aeroportos menciona as reuniões com a Petrobras e o Ministério de Minas e Energia sobre o preço do Combustível de Aviação (QAV). O insumo tem impacto de até 40% no custo das aéreas.
O Ministério também mencionou que vai permitir o uso do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac) como garantia em operações de crédito das aéreas brasileiras. Também prometeu estimular a entrada de novas aéreas no Brasil para aumentar a concorrência e criar novos nichos de mercado, além de reafirmar os planos de investimento em aeroportos regionais e para reduzir o volume de processos de passageiros contra as companhias do setor.
Em nota, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) diz que medidas anunciadas pelas empresas “mostram a cooperação do setor com a agenda de democratização da aviação”.
A nota lembra, porém, “que somente com ações estruturantes e de longo prazo o setor poderá efetivamente ter redução de custos, condição necessária para crescer e retomar suas condições de oferta”.