A lista das 50 mulheres mais poderosas do mundo, feita pela revista Forbes, dos Estados Unidos, foi publicada nesta quarta-feira, 6. Entre elas, está a paraibana Tarciana Medeiros, atual presidente do Banco do Brasil, na 24ª posição. Ela é a única brasileira no ranking.
A revista destacou o fato de Tarciana ter sido a primeira mulher a ocupar a presidência do Banco do Brasil em 215 anos. A publicação também ressaltou o fato de ela ser a única à frente de uma das empresas brasileiras da Forbes Global 2000, lista que reúne as maiores companhias de capital aberto do mundo, além de sua atuação no combate às mudanças climáticas.
De acordo com a revista, as escolhas levam em conta quatro métricas principais: dinheiro, mídia, impacto e esferas de influência.
Para as líderes políticas, também pesa o Produto Interno Bruto (PIB) e as populações dos países que lideram. Já para as chefes corporativas, são: receitas, avaliações e o número de funcionários. As menções na mídia e o alcance social foram analisados para todas.
Nomes como Úrsula Von der Leyen, presidente da comissão europeia, Kamala Harris, vice-presidente dos Estados Unidos, e a cantora Taylor Swift também estão na lista, que reuniu pessoas de diversas áreas.
As 50 mulheres mais poderosas do mundo Ursula von der Leyen Christine Lagarde Kamala Harris Giorgia Meloni Taylor Swift Karen Lynch Jane Fraser Abigail Johnson Mary Barra Melinda Gates Julie Sweet Kristalina Georgieva MacKenzie Scott Gail Bourdreaux Emma Walmsley Ruth Porta Safra Catz Ana Patrícia Botín Carol Tomé Sandy Ran Xu Kathryn McLay Sara London Amy Hood Tarciana Medeiros Laurene Powell Catherine MacGregor Janet Yellen Gwynne Shotwell Phebe Novakovic Tsai Ing-wen Oprah Winfrey Nirmala Sitharaman Ho Ching Thasunda Brown Duckett Marianne Lake, Jennifer Piepszak Beyoncé Shari Redstone Kathy Warden Dana Walden Amanda Blanc Susan Li Marguerita Della Valle Adena Friedman MaryCallahan Lynn Martin Sheik Hasina Wajed Sir Mulyani Indrawati Gina Rinehart Lisa Su Vick Hollub
De acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o Rio Grande do Norte possui 245 mil pessoas entre 15 e 29 anos que não estudavam e nem trabalhavam em 2022. O número corresponde a 29%¨do publico nesta faixa etária, e é 0,7% superior ao registrado em 2019, período antecessor a pandemia. Em comparação ao número registrado no ano de 2021, o aumento é de 0,1%.
Ainda conforme o levantamento, grande parte destes jovens não estavam na força de trabalho. Ou seja, não trabalhavam ou buscavam meios para conseguir um emprego. Entre os 13 mil jovens, de 15 a 17 anos, que não estudavam ou tinham alguma ocupação, 98,8% estavam fora da força de trabalho.
Na faixa etária entre 18 e 24 anos, 68,1% dos jovens que estavam na mesma condição também estavam fora da força de trabalho. A porcentagem corresponde a 137 mil jovens.
Dados nacionais
O número de jovens que não estudavam nem estavam ocupados foi de 10,9 milhões em 2022, o que corresponde a 22,3% das pessoas de 15 a 29 anos de idade. Do total, as mulheres de cor ou raça preta ou parda representavam 4,7 milhões (43,3%), enquanto as brancas formavam menos da metade desse montante: 2,2 milhões (20,1%). Outros 2,7 milhões (24,3%) eram homens pretos ou pardos e 1,2 milhão (11,4%) eram homens brancos. Os dados são da Síntese de Indicadores Sociais, divulgada hoje pelo IBGE. Leia outras notícias sobre o estudo aqui, aqui e aqui.
A redução do número de jovens que não estudam e não estão ocupados foi inferior à do total de jovens e, por isso, a taxa de jovens nesta condição não foi a menor da série. As menores taxas ocorreram em 2012 (21,8%) e 2013 (22,0%). A taxa de 2022 (22,3%) foi a terceira menor da série.
“O indicador inclui simultaneamente os jovens que não estudavam e estavam desocupados, que buscavam uma ocupação e estavam disponíveis para trabalhar, e aqueles que não estudavam e estavam fora da força de trabalho, ou seja, que não tomaram providências para conseguir trabalho ou tomaram e não estavam disponíveis”, explica Denise Guichard, analista da pesquisa.
Um referendo realizado no último fim de semana pelo regime da Venezuela sobre a intenção de anexar a região de Essequibo, atualmente administrada pela vizinha Guiana, reforçou o temor de um conflito armado no norte da América do Sul.
De acordo com as autoridades venezuelanas, 95,93% dos eleitores do país que compareceram às urnas foram a favor da “criação do Estado de Guiana Essequibo e do desenvolvimento de um plano acelerado para o atendimento integral da população atual e futura desse território”, na prática manifestando apoio pela anexação de Essequibo – uma aérea de 160 mil quilômetros quadrados, que representa mais de dois terços do atual território da Guiana. Os 125 mil habitantes que vivem na área disputada não tomaram parte na votação.
Um referendo realizado no último fim de semana pelo regime da Venezuela sobre a intenção de anexar a região de Essequibo, atualmente administrada pela vizinha Guiana, reforçou o temor de um conflito armado no norte da América do Sul.
De acordo com as autoridades venezuelanas, 95,93% dos eleitores do país que compareceram às urnas foram a favor da “criação do Estado de Guiana Essequibo e do desenvolvimento de um plano acelerado para o atendimento integral da população atual e futura desse território”, na prática manifestando apoio pela anexação de Essequibo – uma aérea de 160 mil quilômetros quadrados, que representa mais de dois terços do atual território da Guiana. Os 125 mil habitantes que vivem na área disputada não tomaram parte na votação.
Se decidir lançar uma ofensiva, a Venezuela acabaria se deparando com problemas logísticos imensos.
A fronteira entre a Guiana e a Venezuela é predominantemente formada por selva, o que dificulta o deslocamento de blindados. Uma forma de contornar isso seria os venezuelanos deslocarem tropas pelo estado brasileiro de Roraima, que tem um terreno mais acessível para chegar à Guiana. Mas o fato de o Brasil estar no caminho também pode ser visto como dissuasor, dado que Maduro arriscaria expandir ainda mais o conflito.
Uma ofensiva também desagradaria a China, aliada da Venezuela, mas que tem interesses comerciais na Guiana.
O analista político Mariano de Alba, do International Crisis Group, destaca que a maioria dos países latino-americanos têm preferido permanecer em silêncio. Os que se manifestaram, aponta ele, expressam grande preocupação e tem instado os dois países a diminuir as tensões e tentar resolver suas diferenças pacificamente.
O papel da Corte Internacional de Justiça Embora vários governos da região considerem improvável que as tensões cheguem a um conflito armado a curto ou médio prazo, De Alba acredita que, à medida que as tensões aumentarem, haverá mais apelos para que as organizações regionais discutam a situação e façam uma declaração, algo que ainda não aconteceu.
Em entrevista à DW, o analista lembra que a disputa territorial segue pendente na Corte Internacional de Justiça (CIJ): “É provável que os países da região peçam aos dois países que esperem e cumpram a decisão final da Corte. Mas essa decisão final ainda está a anos de distância”.
Qual é a probabilidade de guerra? Na opinião do analista político, “um conflito armado não é um cenário que não pode ser descartado, mas é improvável, especialmente a curto prazo”.
Enquanto o Brasil tem organizado o envio de um número reduzido de tropas para a fronteira, a Venezuela e a Guiana fizeram movimentos militares limitados: “Isso é um sinal de que, por enquanto, não há grandes expectativas de conflito. O risco nesse tipo de situação é que haja um mal-entendido e, consequentemente, uma escalada do conflito”, diz De Alba.
Já o analista internacional Andrei Serbin destaca que o reforço das tropas brasileiras que patrulham a fronteira com a Venezuela e a Guiana e o envio de 16 veículos blindados, que levarão 20 dias para chegar ao seu destino, “são insuficientes, considerando a capacidade militar da Venezuela”.
Na quarta-feira, o ministro da Defesa do Brasil, José Múcio, afirmou que a região da tríplice fronteira entre Brasil, Guiana e Venezuela, em Roraima, está “garantida” pelas Forças Armadas. “O Brasil tem que garantir as suas fronteiras, e nossas fronteiras estão garantidíssimas. Não vamos permitir [tropas da Venezuela passando pelo Brasil]. Isso eu asseguro”, disse Múcio.
Interesses por trás da disputa territorial Por outro lado, Mariano de Alba enfatiza que tanto o governo da Venezuela quanto o da Guiana têm interesse em limitar a disputa ao debate público por enquanto.
“Para o governo de Nicolás Maduro, essa é uma maneira de alimentar o nacionalismo e reforçar o apoio das forças armadas antes das eleições presidenciais de 2024. Ele também está usando a disputa para dividir a oposição e, possivelmente, prejudicar as perspectivas eleitorais dos oposicionistas”, avalia.
Já para a Guiana, as tensões têm servido para buscar um reforço do apoio diplomático e militar de países como os Estados Unidos e o Reino Unido, explica o especialista do International Crisis Group. Além disso, segundo De Alba, a Guiana realizará eleições gerais em 2025, e “o governo deve estar calculando que uma boa administração da situação pode aumentar suas perspectivas eleitorais”.
Republicanos manobram para pressionar governo de Joe Biden a adotar medidas mais duras no controle da imigração na fronteira com o México.O Senado dos Estados Unidos barrou nesta quarta-feira (07/12) a destinação de 64 bilhões de dólares (R$ 313,7 bilhões) a Ucrânia e Israel para gastos emergenciais na área de segurança, ameaçando as pretensões do governo de Joe Biden de destinar mais verbas ainda neste ano às duas nações em guerra.
Pelo projeto de lei rejeitado, que previa um total de 110,5 bilhões de dólares em gastos emergenciais do governo (R$ 541,6 bilhões), a Ucrânia receberia 50 bilhões de dólares (R$ 245,1 bilhões) adicionais para defesa e ajuda humanitária e econômica, enquanto Israel teria 14 bilhões de dólares extras (R$ 68,6 bilhões) para sua campanha contra o Hamas na Faixa de Gaza.
Auxílio militar a aliados divide Congresso americano
Ainda que fosse aprovado no Senado, o envio de mais dinheiro a Ucrânia e Israel precisaria ser aprovado também pela Câmara, de maioria republicana – no passado, vários deputados do partido de oposição a Biden foram contrários ao envio de dinheiro a Kiev.
Nos últimos meses, o envio de verbas americanas a aliados da Casa Branca no exterior tem dividido congressistas. Duas medidas no governo não avançaram no Legislativo, e os ânimos vão se exaltando à medida em que o impasse periga se estender até 2024, quando haverá novas eleições presidenciais – com o repasse de verbas ao exterior sendo um tema impopular entre o eleitorado, mais voltado a questões internas.
Democratas argumentam que essas despesas são essenciais para apoiar a democracia em detrimento de ameaças autocráticas no exterior. Segundo esses congressistas, o bloqueio desses gastos sinaliza que o país não apoia, de fato, seus parceiros internacionais – uma mensagem que será captada também por adversários de Washington.
No início desta semana, a Casa Branca alertou em comunicado que o financiamento à Ucrânia está se exaurindo e que a falta de um acordo para o envio de nova ajuda põe em risco a segurança nacional dos EUA.
Apoio americano é decisivo, defende Casa Branca
Os Estados Unidos são os maiores financiadores dos esforços de guerra ucranianos. O país, alvo de investidas militares russas há quase uma década, sofreu uma invasão em larga escala em fevereiro de 2022 e tenta, desde então, expulsar as tropas do Kremlin de seu território. Ao longo desses quase dois anos de conflito, a Ucrânia teve aprovados 111 bilhões de dólares (R$ 542 bilhões) em apoio americano.
Na Europa, o temor é de que uma vitória russa leve a outros conflitos no continente e encoraje outras autocracias mundo afora, em um cenário geopolítico de mais instabilidade.
“Quem está preparado para desistir de responsabilizar [Vladimir] Putin pelo seu comportamento?”, questionou Biden antes da votação no Senado.
Também antes da votação, falando a líderes do G7, o presidente ucraniano Volodimir Zelenski disse que o cálculo de Putin na guerra passa justamente pelo colapso do apoio do Ocidente à Ucrânia. “A Rússia acredita que os Estados Unidos e a Europa demonstrarão fraqueza e não manterão seu apoio à Ucrânia em um nível apropriado. Putin acredita que o mundo livre não irá reforçar totalmente suas próprias sanções. E a elite russa debocha das dúvidas do mundo sobre usar patrimônio russo para compensar os danos da agressão russa.”
Quanto à guerra Israel-Hamas, democracias ocidentais também têm ressaltado a importância de sinalizar prontidão nas respostas ao terrorismo islamista como formar de desencorajar uma escalada de violência no Oriente Médio. Também Israel tem nos EUA seu maior aliado, e uma eventual demonstração de fraqueza militar por parte de Tel Aviv poderia ser lida por países vizinhos hostis como um convite à invasão.
O que querem os republicanos
O projeto de lei de gastos emergenciais rejeitado nesta quarta previa 20 bilhões de dólares (R$ 98 bilhões) para segurança na fronteira. Mas republicanos têm insistido na necessidade de ir além para restringir o direito ao asilo – algo a que muitos democratas se opõem categoricamente.
Entre as medidas encampadas pela oposição estão a detenção de famílias inteiras de imigrantes, mantendo-os no México até a análise de cada caso por uma corte migratória, e a concessão de mais autoridade ao presidente para a expulsão sumária de imigrantes antes mesmo que eles possam apresentar pedidos de asilo.
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes suspendeu nesta 5ª feira (7.dez.2023) o concurso para a Polícia Militar do Ceará. A decisão vale para seleção de soldado e 2º tenente da corporação.
A suspensão foi solicitada pela PGR (Procuradoria Geral da República) por conta da restrição de 15% da participação de mulheres no certame, em vez de assegurar um mínimo de vagas a candidatas do sexo feminino. A restrição está baseada na lei estadual 16.826 de 2019. A procuradoria alega que a regra pode ser interpretada para excluir mulheres da totalidade das vagas.
Na decisão, Moraes afirmou que a restrição para mulheres em concursos, sem justificativa razoável, afronta a igualdade de gênero. Dessa forma, segundo o ministro, as mulheres devem concorrer na modalidade de ampla concorrência.
“A desigualdade inconstitucional na lei se produz quando a norma distingue de forma não razoável ou arbitrária um tratamento específico a pessoas diversas. Para que as diferenciações normativas possam ser consideradas não discriminatórias, torna-se indispensável que exista uma justificativa objetiva e razoável”, escreveu o ministro.
Em outubro deste ano, a PGR entrou com 14 ações no Supremo para contestar leis que limitam a participação de mulheres em concursos públicos para a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros. Em geral, a restrição prevista nos editais é de 10% para mulheres.
As ações questionam a limitação de vagas destinadas a mulheres prevista em normas dos estados do Amazonas, Ceará, de Goiás, do Maranhão, de Minas Gerais, do Mato Grosso, Pará, da Paraíba, do Piauí, Rio de Janeiro, de Roraima, Santa Catarina, Sergipe e do Tocantins.
O pedido de abertura de inquérito do Botafogo para apurar irregularidades no Campeonato Brasileiro foi arquivado, nesta quinta-feira (7/12), pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), José Perdiz de Jesus.
“Não vejo mínimas possibilidades jurídicas para abertura de inquérito, vez que as razões apresentadas são subjetivas e sem consistência, porque são interpretações unilaterais que não guardam pertinência com a realidade desportiva”, afirmou Perdiz no despacho.
“Diante do exposto, determino o arquivamento sumário do presente pedido nos termos do artigo 83 do CBJD, por ausência de elementos indispensáveis ao procedimento. Indefiro o pedido postulado na inicial de fls. 02/04, sendo a presente decisão submetida aos Auditores do Pleno na data de hoje e, por maioria, vencido o Auditor Dr. Paulo Sérgio Feuz, referendada”, concluiu
O Botafogo enviou ao STJD, na quarta-feira (6/12), um ofício cobrando providências do órgão acerca de relatórios produzidos a pedido do clube por uma empresa que analisa comportamentos da arbitragem e que apontariam supostos prejuízos em resultados de partidas desta edição do torneio nacional.
O dono da SAF do Botafogo, John Textor, contratou a empresa “Good Game!” para avaliar a postura dos árbitros nos jogos do Brasileirão e detectar possíveis manipulações de resultado. Foi produzido, então, um relatório que apontaria o Botafogo como líder do campeonato, caso a arbitragem tivesse tomado decisões a favor do clube em determinados jogos.
Na nota emitida, o Botafogo ainda explorou cinco sugestões para serem adotadas para melhorar a qualidade da arbitragem no Campeonato Brasileiro: regulamentação da profissão de árbitro de futebol profissional; independência institucional entre a entidade que regula a arbitragem de futebol profissional e a entidade organizadora da respectiva competição; acompanhamento técnico-científico dos lances e indicadores das partidas de futebol profissional masculino, com a contratação de empresas de auditoria independente, especializadas na análise de dados desportivos; criação de ranking de árbitros baseados nos erros cometidos ao longo do campeonato e, com base neste ranking, a adoção de critérios de promoção e rebaixamento para árbitros; e transparência na escalação de árbitros para partidas de futebol profissional, além de outras medidas que venham a ser indicadas
Antes de saber o parecer do STJD, o Botafogo ameaçou continuar a batalha na Justiça Comum para “apurar os fatos narrados e contribuir para a evolução do futebol brasileiro”.
Diante da identificação de duas sublinhagens de uma variante da covid-19 no Brasil (JN.1 e JG.3), o Ministério da Saúde informou que monitora o cenário de novas variantes no país e reforçou a vacinação como principal meio de proteção contra a doença.
“Neste momento, é importante que todos os brasileiros atualizem o esquema vacinal com todas as doses recomendadas para cada faixa etária, incluindo o reforço bivalente”, destacou a pasta. “Todas as vacinas disponíveis no SUS [Sistema Único de Saúde] atualmente são eficazes contra variantes que circulam no país, prevenindo sintomas graves e mortes.”
Antiviral Por meio de nota, o ministério ressaltou que o antiviral nirmatrelvir/ritonavir está disponível na rede pública para o tratamento da infecção por covid-19 em idosos com 65 anos ou mais e imunossuprimidos com 18 anos ou mais, logo que os sintomas aparecerem e houver a confirmação de teste positivo.
Subvariantes De acordo com a pasta, a subvariante JN.1, inicialmente detectada no Ceará, vem ganhando proporção global e já corresponde a 3,2% dos registros em todo o mundo. Já a sublinhagem JG.3, também identificada no Ceará, está sendo monitorada em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Goiás.
Ambas as subvariantes já foram encontradas em 47 países, conforme relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS).
“O Ministério da Saúde segue alinhado com todas as evidências científicas, com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) mais atualizadas para o enfrentamento da covid-19, incluindo o planejamento para vacinação em 2024, que já está em andamento.”
“A pasta garante que o SUS sempre terá disponível as vacinas mais atualizadas, seguras e eficazes aprovadas pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária].”
Planejamento para 2024 Em outubro, a pasta anunciou a inclusão da vacina covid-19 pediátrica no calendário nacional de vacinação e a imunização da população de alto risco para agravamento da doença a partir de 2024. O ministério garante ter estoque suficiente para ambos os grupos no próximo ano.
“Já está em andamento a aquisição de vacinas para o calendário do próximo ano. O novo contrato prevê o fornecimento das versões mais atualizadas dos imunizantes, desde que aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.”
Crianças Ainda de acordo com o ministério, os dados no Brasil e no mundo apontam que medidas de prevenção e controle da covid-19 devem ser reforçadas em crianças para protegê-las de formas graves da doença e amenizar a propagação do vírus na população em geral.
A partir de 2024, o esquema vacinal completo para crianças de 6 meses e menores de 5 anos contará com três doses, a serem aplicadas seguindo os intervalos recomendados: entre a primeira e a segunda dose, intervalo de quatro semanas; e, entre a segunda e a terceira dose, intervalo de oito semanas.
As crianças que tiverem tomado as três doses em 2023 não vão precisar repeti-las no ano que vem.
Dose de reforço Após os 5 anos, crianças e adultos que integram grupos prioritários vão receber uma dose de reforço em 2024. São eles: idosos, imunocomprometidos, gestantes e puérperas, trabalhadores da saúde, pessoas com comorbidades, indígenas, ribeirinhos e quilombolas, pessoas vivendo em instituições de longa permanência e seus trabalhadores, pessoas com deficiência permanente, pessoas privadas de liberdade maiores de 18 anos, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas, funcionários do sistema de privação de liberdade e pessoas em situação de rua.
“Esses grupos são os que possuem maior risco de desenvolver as formas graves da doença. A inclusão desse público já passou por avaliação da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 e do Programa Nacional de Imunização (PNI)”, informou o ministério.
Ceará A pasta destacou ainda que, desde o fim de novembro, está em contato permanente com as autoridades de saúde do Ceará para prestar apoio ao estado. “Uma equipe de resposta rápida e da área técnica de vigilância epidemiológica da covid-19 da pasta está de prontidão para seguir para o local, assim que for solicitada.”
O governo federal enviou ao estado um reforço de 900 tratamentos antivirais para casos leves de covid-19 para idosos com 65 anos ou mais e imunossuprimidos com 18 anos ou mais e autorizou o envio de mais 820 tratamentos. Cerca de 35 mil reações para diagnóstico molecular do vírus e 30 mil testes rápidos de antígeno também foram encaminhados ao Ceará.
“Desde o fim da emergência, decretado pela OMS em maio deste ano, se mantém a recomendação para que os grupos de maior risco de agravamento pela doença continuem a seguir as medidas de prevenção e controle, como o uso de máscaras em locais fechados, mal ventilados ou com aglomerações; além do isolamento de pacientes infectados com o vírus. A recomendação também vale para pessoas com sintomas gripais.”
O terceiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é considerado ótimo ou bom por 38% dos brasileiros acima de 16 anos, segundo pesquisa Ipec divulgada nesta quinta-feira (7).
O levantamento foi realizado entre os dias 1º e 5 de dezembro, presencialmente, com 2.000 eleitores, em 128 municípios. A margem de erro estimada é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
Na avaliação divulgada em setembro, o governo era considerado ótimo ou bom por 40%; regular, por 32%; ruim ou péssimo, por 25%; não sabe ou não respondeu eram 3%.
Onde a aprovação de Lula é maior? Entre quem declara ter votado no presidente em 2022 (69%); Na região Nordeste (52%); Entre quem possui renda familiar mensal de até um salário mínimo (51%); Entre os menos instruídos (50%); Entre os católicos (44%). Onde a rejeição de Lula é maior? Entre quem declara ter votado em Jair Bolsonaro em 2022 (61%); Entre quem renda mensal familiar superior a cinco salários mínimos (48%); Na região Sul (39%); Entre quem se autodeclara branco (37%); Entre os evangélicos (37%). Maneira que Lula está governando A maneira como o presidente Lula está governando é aprovada por 51% dos brasileiros e desaprovada por 43%. Não sabem ou não responderam são 6%.
Em setembro, o cenário era: 56% de aprovação e 39% de desaprovação.
A pesquisa Datafolha também foi divulgada nesta quinta-feira, com resultados semelhantes. O governo é considerado ótimo ou bom por 38% dos entrevistados; regular para 30% e ruim para 30%. Não sabe ou não respondeu são 2%.
O cantor Chico Buarque e a esposa, a jurista e advogada Carol Proner, receberam em casa o presidente Lula junto com a cônjuge Janja. O momento ocorreu na quarta-feira, 6, e também contou com a presença de Maria Bethânia e Caetano Veloso.
Na ocasião, Pepe Mujica, ex-presidente e senador uruguaio, também esteve presente, além da companheira de Caetano Veloso, Paula Lavigne.
Momentos antes, Caetano foi homenageado pela União Brasileira de Compositores (UBC) com o prêmio máximo da noite.
O evento contou com as apresentações de Gilberto Gil, Luísa Sonza, Criolo, Ferrugem, Paula Lima, Jão, Giulia, João Gomes, Jaques Morelenbaum, Tim Bernardes, Pretinho da Serrinha, Zeeba e Ritchie, além do próprio homenageado, no Rio de Janeiro.
Caetano Veloso encerrou a noite no palco para dividir os vocais com todos ao som de “Odara”.
Pesquisadores da Unifesp e do instituto Butantan, com o apoio da Fapesp, encontraram no veneno da jararaca-de-barriga-preta, do Sul do Brasil, e da surucucu, presente em florestas da América do Sul, peptídeos (fragmentos de proteína) com possível ação anti-hipertensiva que podem dar origem a medicamentos contra condição e com menos efeitos colaterais.
Batizado de Bc-7a, identificado no veneno da jararaca-de-barriga-preta, também conhecida como Cotiara, apesar de fazer parte de uma proteína que causa hemorragia nas presas da serpente, sua função está mais próxima a de inibir a enzima conversora da angiotensina (ACE) e, com isso, reduzir a pressão arterial.
Por mais que já existam medicamentos que realizem a função de inibir a enzima, pesquisadores buscam novos tratamentos para reduzir os efeitos colaterais do tratamento, como tosse seca, tonturas e excesso de potássio no sangue.
No estudo da peçonha da surucucu, o que mais chamou a atenção dos pesquisadores foi o fragmento nomeado Lm-10a, assim como o encontrado na outra cobra, ele é um fragmento de toxina hemorrágica, com potencial de inibir a enzima conversora de angiotensina e, consequentemente, ter um possível efeito anti-hipertensivo.
A partir das análises, os pesquisadores sugerem que tanto Lm-10a, da surucucu, quanto Bc-7a, da cotiara, são frutos de processos de fragmentação que ocorrem durante a maturação do veneno, ainda nas glândulas de peçonha das serpentes.
Os pesquisadores, entretanto, ressaltam que são necessários outros estudos para verificar o real potencial dos peptídeos encontrados.
“A despeito do avanço das tecnologias de sequenciamento e da geração de grandes quantidades de dados nos anos recentes, um vasto universo de peptídeos e seus papéis biológicos ainda estão para ser descobertos. Temos que aproveitar a sorte de poder estudar essas espécies, pois muitas devem ter sido extintas antes mesmo de serem conhecidas”, diz Alexandre Tashima, professor da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo que coordenou os estudos.
A Câmara dos Deputados aprovou na última quarta-feira, 6, um projeto de lei que cria o protocolo “Não é Não”. O objetivo é prevenir constrangimentos e evitar a violência contra as mulheres em locais como casas noturnas, eventos festivos, bailes, espetáculos, shows com venda de bebidas alcoólicas, bares e restaurantes.
O projeto, de autoria da deputada Maria do Rosário (PT-RS), deixa de fora do protocolo locais onde são realizados eventos religiosos. Ele havia sido aprovado em agosto pelos deputados, mas sofreu modificações no Senado Federal e retornou para a Câmara.
A proposta prevê que os estabelecimentos sejam responsáveis por monitorar possíveis situações de constrangimento (quando há insistência física ou verbal mesmo depois da mulher manifestar discordância) e violência (ação que resulte em lesão, danos ou morte pelo uso da força).
O estabelecimento também deve preparar e capacitar pelo menos um funcionário para executar o protocolo e colocar informações em lugares visíveis sobre como acionar a medida, bem como o contato da Polícia Militar e da Central de Atendimento à Mulher.
Ao ser avisado ou identificar indícios de constrangimento, o estabelecimento deve se certificar de que a vítima saiba que tem o direito à assistência garantida pelo protocolo. Ele ainda pode adotar ações que considerar cabíveis para preservar a dignidade e a integridade física e psicológica da denunciante, além de apoiar órgãos de saúde e segurança pública que possam ser acionados. O estabelecimento ainda pode retirar o ofensor e impedir seu retorno até o término das atividades.
Já no caso de algum tipo de violência contra uma mulher, o estabelecimento deve:
proteger a mulher e proceder às medidas de apoio do protocolo; afastar a vítima do agressor, inclusive do seu alcance visual, permitindo que ela tenha o acompanhamento de pessoa de sua escolha, se quiser; colaborar para a identificação das possíveis testemunhas da violência; solicitar o comparecimento da Polícia Militar ou do agente público competente; isolar o local específico onde existam vestígios da violência, até a chegada das autoridades. Ainda nesses casos, se o estabelecimento dispuser de sistema de câmeras de segurança, deverá garantir o acesso às imagens à Polícia Civil, à perícia oficial e aos diretamente envolvidos, além de preservá-las pelo período mínimo de 30 dias.
O projeto cria também o “Selo ‘Não é Não’ – Mulheres Seguras”, que poderá ser concedido pelo poder público a estabelecimentos que sejam classificados como local seguro para mulheres, mas que não estejam na lista dos que precisam cumprir o protocolo obrigatoriamente.
Nesses casos, o estabelecimento poderá criar um código próprio, divulgado nos sanitários femininos, para que as mulheres possam pedir ajuda aos funcionários, para que eles tomem as providências necessárias.
Há muito se brinca que o casamento pode aumentar os níveis de pressão arterial. Agora, um novo estudo acaba que comprovar que isso realmente acontece. De acordo com um trabalho publicado recentemente na revista científica Journal of the American Heart Association, cerca de metade dos casos de hipertensão em adultos de meia-idade e idosos são partilhados entre casais. Ou seja, se um cônjuge tem pressão arterial elevada, é grande a probabilidade de seu parceiro ter também. Pesquisadores da Universidade de Michigan, da Universidade Emory e da Universidade de Columbia, todas nos Estados Unidos, queriam analisa se casais que muitas vezes têm os mesmos interesses, ambiente de vida, hábitos de vida e resultados de saúde também podem partilhar pressão arterial elevada. Para isso, eles avaliaram dados de 1.086 casais na Inglaterra, 3.989 casais nos Estados Unidos, 6.514 casais na China e 22.389 casais na Índia coletados em estudos e pesquisas entre 2015 e 2019.
As pessoas foram registradas como hipertensas se tivessem pressão arterial sistólica superior a 140 mm Hg, diastólica superior a 90 mm Hg ou se respondessem sim quando questionadas se tinham histórico de pressão arterial elevada.
Em comparação com as esposas casadas com maridos sem pressão arterial elevada, aquelas com maridos com pressão arterial elevada tinham 9% mais probabilidade de também ter pressão arterial elevada. Associações semelhantes foram observadas entre maridos e esposas com pressão alta.
A “alta prevalência” de hipertensão concordante foi observada nos quatro países estudados. Os dados mostraram que 47,1% dos casais na Inglaterra tinham hipertensão concordante, 37,9% nos Estados Unidos, 20,8% na China e 19,8% na Índia.
Os especialistas afirmaram que as conclusões destacam os potenciais benefícios da utilização de abordagens baseadas em casais para o diagnóstico e tratamento da hipertensão arterial, tais como rastreio baseado em casais, formação de competências ou participação conjunta em programas, em vez de tratar as pessoas individualmente.
“Estes resultados sugerem que cerca de metade de todos os casos de hipertensão nestes países populosos são concordantes entre casais”, escreveram os investigadores.
Quem nunca teve falhas de memória ou falta de foco? Ou, ainda, dificuldade de manter o controle dos impulsos durante decisões importantes? Todos esses – e outros – processos relacionados com a cognição são estudados pela neurociência e podem ser tratados a partir da estimulação cerebral. É o que promete a startup de neurociência Sensorial.
A empresa recebeu financiamento do programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), da FAPESP, e desenvolveu uma solução que usa óculos de realidade virtual para permitir o treinamento cognitivo a partir de minijogos. Além disso, com o conhecimento adquirido nessa etapa, criou aplicativos para dispositivos móveis, como smartphones e tablets.
Segundo Caio Moreira, doutor em comportamento e cognição e diretor de ciência e tecnologia da Sensorial, o objetivo da empresa é desenvolver soluções para melhorar a vida das pessoas. “A ideia é melhorar a saúde e o desempenho cognitivo, o que, consequentemente, melhora a qualidade de vida”, avalia.
A fim de permitir isso, um dos sistemas criados pela startup emprega realidade virtual para avaliar a reação, a tomada de decisão, o controle de impulsividade, a atenção e o uso da visão periférica. “A partir daí, temos uma noção do perfil cognitivo do usuário e podemos definir o que seria importante estimular para melhorar o desempenho dele”, explica Moreira.
De acordo com o pesquisador, os apps móveis, embora não permitam a imersão possibilitada pela realidade virtual, unem a estimulação cognitiva com o movimento. “Quando estamos em movimento, a frequência cardíaca aumenta e há a mobilização de diferentes componentes no organismo, o que promove a plasticidade cerebral”, explica Moreira. “Com base nisso, por meio de um aplicativo que desenvolvemos, batizado de Sensorial Moove, a ideia é, a partir do movimento, criar um ambiente de maior plasticidade cerebral e, com a estimulação direcionada, desenvolver as capacidades cognitivas.”
Benefícios para atletas Durante o PIPE fase 1, os pesquisadores da empresa aplicaram o treinamento cognitivo em atletas da equipe masculina da categoria sub-17 do Palmeiras e do time feminino de vôlei das categorias sub-15 e sub-19 do Barueri. Em ambos os casos, o treinamento incluiu duas sessões semanais durante cinco semanas. Moreira afirma que houve registro de ganhos cognitivos e indicações de transferência deles para a prática.
No Palmeiras, por exemplo, os atletas que participaram do treinamento cognitivo tiveram mais ações ofensivas em campo. “Já no Barueri, as jogadoras que tiveram maiores ganhos em quadra foram as que mais melhoraram a velocidade de resposta no treinamento”, diz. Ainda está sendo discutida a definição dos protocolos para treinamento cognitivo, mas pesquisas conduzidas na empresa apontam que entre 30 e 50 minutos por semana de uso da tecnologia já oferecem ganhos.
Recentemente, a tecnologia foi usada para melhorar o desempenho do goleiro Ederson, que atua no clube inglês Manchester City e como titular na seleção brasileira. Com a solução, o atleta melhorou a capacidade de se manter concentrado, bem como desenvolveu a atenção, a reação e a visão periférica.
O objetivo é que ele seja mais ágil para agir e decidir nas partidas, como em uma saída em escanteio, uma tentativa de abafar um chute ou em lances em que precisa jogar com os pés sob pressão. A necessidade surgiu porque Ederson atua em equipes com ataque agressivo e fica muito tempo sem tocar na bola durante o jogo.
Por isso, ele precisa ter mais capacidade de concentração e melhor controle de impulsividade, bem como tomar melhores decisões ao longo da partida. Essas habilidades podem ser decisivas em um contra-ataque. O treinamento do goleiro com os óculos ocorre, em média, duas vezes por semana.
Algumas atividades do atleta são intercaladas com estímulos físicos. É comum que, entre as séries de força, por exemplo, ele faça exercícios cognitivos de velocidade de decisão. O objetivo é treinar o cérebro a não descansar após o esforço – ou seja, ele deve compreender que a pausa não representa um momento para desconectar.
O Manchester City venceu a Liga dos Campeões, o campeonato de futebol mais importante do continente europeu, em junho pela temporada 2022-2023 pela primeira vez e Ederson foi um dos destaques do time na reta final da competição. Em setembro, o atleta foi indicado ao prêmio de melhor goleiro de 2023 no Fifa The Best.
Outras áreas de atuação Embora tenha iniciado sua pesquisa no esporte, a Sensorial hoje oferece soluções para indústrias, empresas e centros de saúde. “Atualmente, estamos desenvolvendo um projeto-piloto voltado para pessoas acima de 50 anos em uma academia, por exemplo. Estamos investigando se o uso de atividades cognitivas durante o treinamento físico influencia o risco de queda – muito frequente a partir dessa faixa etária. Os primeiros dados coletados são muito animadores”, afirma Moreira.
A startup atua, ainda, em uma indústria petroquímica e em um frigorífico com o objetivo de reduzir o índice de acidentes causados por erro humano. “No frigorífico, por exemplo, isso envolve profissionais que manipulam substâncias altamente explosivas ou máquinas de corte. Na petroquímica, a ideia é monitorar os fatores de extração de minérios para evitar riscos.”
O processo desenvolvido na petroquímica foi aplicado pela primeira vez no fim de 2020. Depois, a equipe voltou após 18 meses, em 2022. “Ao avaliar indivíduos que haviam participado na primeira ocasião, constatamos que os ganhos obtidos foram mantidos”, diz Moreira.
De acordo com ele, estudos apontam que os ganhos cognitivos conquistados a partir de treinamentos específicos podem começar a ser perdidos três meses após o fim da atividade, mas há casos em que eles são preservados por até cinco anos. “Isso pode representar que alguma reconfiguração cerebral foi mantida no dia a dia graças a outras atividades exercidas pelo indivíduo”, estima.
O objetivo da Sensorial é criar soluções que atinjam o maior número possível de indivíduos. “O celular está nas mãos da maioria das pessoas e, geralmente, é usado para ações prejudiciais ao cérebro. Ficamos satisfeitos de poder desenvolver produtos que possam trazer ganhos – principalmente para a saúde.”
O pesquisador lembra que, atualmente, é preciso estar atento a cada vez mais estímulos ao mesmo tempo, o que torna muito difícil manter a atenção às tarefas. Nesse contexto, um dos planos da startup para o futuro é usar a estimulação cognitiva em conjunto com movimento para garantir ganhos para crianças e adolescentes.
Para o pesquisador, as medidas objetivas indicadas pelos testes de cognição permitem que o participante se conheça melhor. “Se eu tenho um determinado desempenho em uma atividade e esse rendimento começa a cair, isso pode estar associado a vários processos – resultantes da modificação de como o cérebro funciona”, diz. “Queremos estar nas mãos de muita gente para promover saúde e bem-estar.”
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