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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reconheceu neste domingo, 19, a vitória do ultraliberal Javier Milei na eleição presidencial na Argentina. Em publicação no X, antigo Twitter, o petista, sem citar Milei, desejou boa sorte ao novo governo. “Desejo boa sorte e êxito ao novo governo. A Argentina é um grande país e merece todo o nosso respeito. O Brasil sempre estará à disposição para trabalhar junto com nossos irmãos argentinos”, escreveu.
Lula disse ainda que a “democracia é a voz do povo” e deve ser “sempre respeitada”, além de parabenizar as instituições argentinas pela condução do processo eleitoral. “Meus parabéns às instituições argentinas pela condução do processo eleitoral e ao povo argentino que participou da jornada eleitoral de forma ordeira e pacífica”, disse. O PT, partido de Lula, declarou apoio a Massa, e consultores ligados à legenda foram contratados pela campanha do ministro argentino.
Durante a campanha, Milei atacou Lula em mais de uma oportunidade. No começo de outubro, o ultraliberal afirmou que Lula atuou contra a sua candidatura e chamou o petista de “comunista furioso”. No único debate do segundo turno, Milei foi questionado sobre a relação com o Brasil, um dos principais parceiros comerciais da Argentina.
O candidato da La Libertad Avanza disse que não falará com Lula, mas isso não vai afetar questões comerciais entre os países, e citou a relação fria do atual presidente Alberto Fernández com o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro como exemplo. “Qual o problema se eu não falar com Lula? [Alberto] Fernández não falava com [Jair] Bolsonaro”, disse Milei.
A eleição de Milei preocupa o Planalto por reabrir uma oposição no Mercosul e o acordo do bloco econômico com a União Europeia, umas das bandeiras de Lula em seu terceiro mandato. O ultraliberal defende a saída da Argentina do bloco econômico.
A vitória de Milei foi anunciada pelo seu adversário, o peronista e atual ministro, Sergio Massa. Em pronunciamento por volta das 20h10, Massa reconheceu a derrota. “Falei com Milei, para felicitar-lo e desejar sorte, porque é o presidente que a maioria dos argentinos elegeu para os próximos quatro anos”, discursou Massa. “O mais importante é deixar aos argentinos a mensagem de convivência, o diálogo e a paz ante tanta violência, é o melhor caminho que podemos percorrer”, prosseguiu.
As roupas escolhidas pela primeira-dama e pela segunda-dama para a solenidade de posse do presidente Lula e do vice Geraldo Alckmin já mostravam, desde o primeiro dia, estilos distintos entre as duas. As diferenças ficaram evidentes no governo. Janja tem gabinete no Palácio do Planalto, participa de reuniões oficiais, dá palpites em decisões, já provocou a demissão de assessores, milita nas redes sociais, defende causas e, sempre que pode, deixa claro o seu papel de protagonista — desenvoltura que, não raro, é alvo de críticas prudentemente silenciosas por parte dos próprios petistas e aliados. Lu Alckmin, a segunda-dama, é o oposto disso. Ela não tem gabinete na Esplanada, vai ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, onde o marido também ocupa o cargo de ministro, apenas quando é convidada a participar de alguma solenidade oficial, mantém distância regulamentar dos holofotes e raramente aparece em público.
Ao contrário da maioria das autoridades, a segunda-dama nunca gostou de chamar atenção. Discreta, ela tem dividido seu tempo entre o Palácio do Jaburu, a residência da Vice-Presidência, e o trabalho social que realiza em comunidades carentes do Distrito Federal. Entrevistas? Pode-se contar nos dedos de uma das mãos as que ela já concedeu, e, quando acontecem, Dona Lu, de maneira educada, logo adverte que não gosta de falar sobre política. “Sempre tive essa postura”, desconversa. Algo parece ter mudado. Na semana passada, VEJA acompanhou a segunda-dama em uma visita ao Sol Nascente, a maior favela do país, localizada na periferia da Capital. No local, funciona uma unidade do Padaria Artesanal, projeto que ela coordena em parceria com a iniciativa privada e com a Igreja Católica para formar panificadores. Não havia fotógrafos, faixas, as tradicionais claques nem comboio de carros oficiais. Tudo, como de costume, muito discreto.
Dona Lu chegou ao Sol Nascente no início da tarde. A reportagem foi avisada com antecedência sobre o horário e o local da visita. “Vocês estão sentindo o cheirinho de pão?”, perguntou ela, ao ingressar no centro comunitário. Na sequência, inspecionou os equipamentos, experimentou pães, conversou com os monitores, falou sobre a importância do projeto e, por fim, posou com os alunos e a equipe — fotos que mais tarde serão postadas numa rede social, onde ela tem 135 000 seguidores. Eram 50 000 antes da posse. A segunda-dama conta que sua meta é levar o Padaria Artesanal a todos os estados. Instada a falar sobre esse tema, ela não se esquiva: “Alguns estados já se interessaram. Conversei com a primeira-dama do Ceará, que vai mandar três pessoas para receber formação aqui. Mas quero lembrar que isso não é coisa só de primeira-dama, nem só de católicos”.
A visita durou aproximadamente duas horas. Sempre sorridente, dona Lu começa então a se despedir da comunidade. Momento da abordagem, conforme previamente combinado. Atenciosa, ela logo faz a advertência de praxe. Aos poucos, porém, vai se soltando. “Quero deixar claro que eu nunca fiz esse trabalho social pelo Geraldo, mas foi ele quem me deu essa oportunidade, desde que assumiu pela primeira vez o governo de São Paulo”, disse. Indagada se isso não seria uma forma de fazer política, ela emenda: “É lógico que sou a esposa dele, as pessoas sabem disso. Mas nunca fui funcionária de governo ou falei em política”. Lu Alckmin é filiada ao PSB, mas ressalta que não participa de qualquer atividade partidária. “A partir do momento em que eu me vincular a um partido, ou alguma coisa assim, as pessoas não irão me ajudar. Sou filiada apenas para acompanhar meu marido, mas jamais serei candidata a nada”, afirma. Apesar das tentativas, é o máximo que se consegue arrancar dela nessa seara.
Falar da rotina em Brasília também não é problema. Aos 72 anos, a segunda-dama acorda cedo, caminha 5 quilômetros em meio aos jardins do Palácio do Jaburu, toma café da manhã com o marido e, depois, ambos seguem separados para cumprir as respectivas agendas. No geral, ela se dedica a visitar seu projeto social, as igrejas parceiras e, vez por outra, concede audiências. Nas horas vagas, diz, cuida de uma horta e tem acompanhado o crescimento de oito emas recém-nascidas na residência oficial. Nos fins de semana, recebe a visita dos netos e cozinha para eles — “macarronada”, o prato predileto da família. Dona Lu conta que convenceu o marido a almoçar em casa todos os dias — uma vitória, segundo ela. Perguntada sobre o papel que considera ideal para uma primeira-dama, pondera que não existe um modelo: “Cada uma tem um perfil, um jeito e uma maneira de fazer o seu trabalho. Eu tive a oportunidade dada pelo Geraldo de escolher a parte social”. Seria uma crítica, mesmo que indireta, a alguém? Ela garante que não. Reverência absoluta, porém, só mesmo ao marido (leia a entrevista).
“Sou a esposa dele e ponto”
Qual é o papel de uma primeira-dama? Cada uma tem um perfil, um jeito e uma maneira de fazer o seu trabalho. Eu tive a oportunidade dada pelo Geraldo de escolher a parte social. Ajudar as pessoas é um exemplo de família que vem desde a minha infância. Meus pais tiveram onze filhos e pegaram um para criar. Mesmo com doze filhos, o meu pai e a minha mãe arrumavam tempo para cuidar das pessoas carentes. Sempre quis dar continuidade a isso. O sonho da minha vida se realizou quando casei com o Geraldo.
Por que a senhora se recusa a falar ou comentar algo em relação à política? Quero deixar claro que eu nunca fiz esse trabalho social pelo Geraldo, mas foi ele quem me deu essa oportunidade, desde que assumiu pela primeira vez o governo de São Paulo. As pessoas sabem que sou a esposa dele. Mas nunca fui funcionária de governo ou falei em política. Sempre tive essa postura. Sou mulher dele, amo ele e faço o trabalho social porque gosto. Estou fazendo o que aprendi com meus pais. Viemos ao mundo para servir.
Às vezes, não falar de política é uma maneira de fazer política. Não tenho nenhuma pretensão nessa área. Sou a esposa dele e ponto. Meu foco é o trabalho social. Quero levar o Padaria Artesanal para o Brasil inteiro. Essa é minha marca. Eu sei que tem muita gente com fome. Quero ensinar as pessoas a fazer pães, alimentar a população. São pães nutritivos, fáceis de fazer, de baixo custo, sem dinheiro público e ainda geram renda para as pessoas.
Mas a senhora não é filiada ao PSB? Não sou política e jamais vou me candidatar a nada. Nunca, nem com meu marido. Eu trabalho com a sociedade civil. Consegui os kits para que as comunidades possam fazer as suas padarias e ensinar mais pessoas. A partir do momento em que eu me vincular a um partido, as pessoas não irão me ajudar. Sou filiada ao partido apenas para acompanhar meu marido, mas jamais serei candidata a nada.
O comportamento da senhora é bem diferente do da primeira-dama, que participa e defende a participação política das mulheres. A Janja é maravilhosa. Eu a conheci durante a campanha. Uma pessoa alegre, dinâmica, que defende a causa da mulher. Uma defensora da atuação das mulheres na política. Ela também recebe entidades sociais. Foi ao Rio Grande do Sul representar o presidente na época das enchentes. Tem um trabalho lindo, pelo qual tenho o maior respeito. Assim como Janja, eu também quero ver mais mulheres na política.
Como está sendo voltar a morar em Brasília? Eu já gostava daqui. Os meus três filhos eram pequenos na primeira vez que moramos aqui (Alckmin foi deputado federal de 1987 a 1994) e cresceram aqui. O Jaburu é tranquilo, é um lugar lindo, mas eu gosto mesmo é do trabalho social. Gosto de estar no meio dos projetos, das comunidades. E ainda consegui convencer o Geraldo a mudar um pouco a rotina dele.
Como assim? Ele trabalha muito, nunca ia almoçar. É de segunda a domingo. Comia só sanduíche e não almoçava. Eu disse que ele ocupa uma posição que necessita de saúde. Não podia continuar daquele jeito. Ele despacha de manhã no Palácio do Planalto e de tarde no ministério. São quatro minutos de carro da Vice-Presidência até o Jaburu. Ele agora vai almoçar em casa.
O candidato da extrema direita Javier Milei venceu as eleições presidenciais argentinas com 55,95% dos votos, contra 44% para o peronista Sergio Massa, candidato da coligação governista e atual ministro da Economia Massa.
Após ser eleito presidente da Argentina neste domingo (19), Javier Milei fez seu primeiro discurso e foi mais contido do que costuma ser.
Milei é um economista ultraliberal que se define como libertário e fez fama na TV com um discurso incendiário contra o Estado e a classe política, que chama de casta. Durante a campanha, aparecia como uma motoserra para simbolizar o que pretendia fazer com os gastos públicos.
No discurso da vitória, nada disso. Pregou pautas liberais e criticou os políticos, mas esboçou um tom conciliador. Disse que “todos aqueles que quiserem se somar serão bem-vindos”.
Não mencionou suas propostas mais radicais, como dolarizar a economia e fechar o Banco Central, nem detalhou medidas que pretende tomar, mas disse que a crise exige ações drásticas, “sem espaço para gradualismos”. Ao citar o atual governo, ao qual faz oposição, pediu que sejam responsáveis até o dia 10 de dezembro, quando ele tomará posse.
Desafios do presidente Milei tem 52 anos e será o 52º presidente da Argentina. Terá que enfrentar a pior crise econômica em décadas, com uma inflação astronômica de 140%, forte desvalorização da moeda nacional, escassez de reservas internacionais, endividamento externo e cerca de 40% da população na pobreza.
A chegada à presidência é o ápice de uma trajetória meteórica. Milei entrou para a política há apenas dois anos, quando se elegeu deputado pelo partido A Liberdade Avança, que ele criou, com um discurso “contra tudo e contra todos”. O apoio entre o eleitorado jovem é um de seus trunfos.
Antes da política, atuou no setor privado como economista. Milei ganhou fama participando de programas de TV, nos quais aparecia como uma figura excêntrica para defender valores liberais e atacar o keynesianismo, corrente econômica que, em linhas gerais, defende uma maior atuação do Estado como indutor da economia.
Pré-candidato a prefeito de São Paulo nas eleições de 2024, o deputado federal Guilherme Boulos (PSol-SP) tem dito a aliados de outros partidos não ter planos de concorrer ao governo paulista no futuro.
Segundo interlocutores de Boulos, a ausência de planos é baseada no cálculo de que o psolista dificilmente conseguiria se eleger ao comando do Palácio dos Bandeirantes.
A avaliação é que o eleitorado de Boulos, que é mais progressista, está concentrado na capital. Para se eleger governador, porém, ele também precisaria de votos no interior paulista, que é mais conservador.
Em conversas reservadas com aliados, Boulos prevê que, no cenário político atual, seria mais fácil para ele se eleger presidente da República do que governador de São Paulo.
Apesar disso, o deputado tem dito que seus planos, por ora, são disputar a Prefeitura de São Paulo em 2024 e, se eleito, tentar reeleição em 2028. Palácio do Planalto, portanto, só a partir da eleição de 2030.
O presidente Lula não descarta ligar para o presidente eleito da Argentina, o candidato ultraliberal e de extrema direita Javier Milei.
Segundo auxiliares, a decisão dependerá do tom do discurso adotado pelo argentino em relação ao Brasil e ao petista após a vitória.
A única decisão de Lula, por ora, é de que não telefonará para Milei neste domingo (19/11), dia em que o resultado da eleição foi divulgado.
Até agora, a única manifestação do petista foi uma mensagem nas redes sociais em que reconhece a vitória de Milei, mas sem citar o ultraliberal.
“A democracia é a voz do povo, e ela deve ser sempre respeitada. Meus parabéns às instituições argentinas pela condução do processo eleitoral e ao povo argentino que participou da jornada eleitoral de forma ordeira e pacífica. Desejo boa sorte e êxito ao novo governo. A Argentina é um grande país e merece todo o nosso respeito. O Brasil sempre estará à disposição para trabalhar junto com nossos irmãos argentinos.”, escreveu Lula no X.
Segundo ministros de Lula e fontes do Itamaraty, a reação neste domingo se resumirá ao tuíte. “Por hoje foi isso”, diz um ministro palaciano.
O ex-presidente Jair Bolsonaro e lideranças bolsonaristas comemoraram, na noite deste domingo (10/11), pelas redes sociais, a vitória do ultraliberal Javier Milei nas eleições presidenciais na Argentina. Bolsonaro disse que a vitória é motivo para a “esperança voltar a brilhar na América do Sul” e desejou que a onda de direita atinja os Estados Unidos, que terá eleições presidenciais em 2025.
“Que esses bons ventos alcancem os Estados Unidos e o Brasil para que a honestidade, o progresso e a liberdade voltem para todos nós”, escreveu Bolsonaro no X (antigo Twitter).
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do ex-presidente da República brasileiro, também tratou a vitória de Milei como uma vitória de seu próprio grupo político.
“Pouco a pouco vamos vencendo a esquerda e o comunismo na América Latina. Que a Argentina seja um exemplo e apenas a primeira de muitas mudanças para melhor no nosso continente. Milei é um passo decisivo rumo à liberdade da América Latina”, afirmou.
Ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) disse que a vitória do argentino é um “dia de “autocrítica para a esquerda sul-americana”, incluindo o PT.
“A vitória de Milei prova que desprezar o déficit público, cair no populismo, governar para um partido e não para o país tem limite. A Argentina disse não ao PT de lá, tão apoiado pelo PT daqui. A liberdade avança!”, afirmou. Moro vê segunda “Copa do Mundo” Quem também comemorou a vitória de Milei foi o senador Sergio Moro (União-PR), ex-ministro da Justiça de Bolsonaro. Para ele, a vitória do direitista foi mais uma “Copa do Mundo” vencida pela Argentina.
“Argentina ganhou duas copas do mundo seguidas. Sorte e sucesso agora para Milei”, afirmou.
Javier Milei, de 53 anos, é economista e fez uma campanha marcada por promessas ultraliberais e de ruptura política. Sua posse na Casa Rosada está marcada para o próximo dia 10 de dezembro
O presidente Lula combinou um encontro com o ministro do STF Kássio Nunes Maques, indicado para a Corte em 2020 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. A reunião foi acertada durante uma conversa por telefone na segunda-feira (13/11), quando Lula avisou ao magistrado que escolheria um aliado dele para o TRF-1.
Segundo aliados dos dois, o encontro deve acontecer logo após Nunes Marques se recuperar da cirurgia no quadril que fez terça-feira (14/11), a mesma que Lula realizou em setembro.
O procedimento consiste na colocação de próteses na cabeça do fêmur para restituir a capacidade de articulação e movimentação da perna e do quadril.
O encontro com Nunes Marques faz parte da estratégia de Lula de estreitar relação com ministros do STF, sobretudo os que não tinha boa interlocução.
Seres humanos são animais sociais. Para nos desenvolvermos com sucesso e saúde, o contato com outras pessoas é essencial — principalmente para idosos. Pesquisadores da Universidade de Glasgow, na Escócia, descobriram que a solidão impacta até na expectativa de vida de pessoas mais velhas. Idosos que não têm contato com outras pessoas e dizem nunca receber visitas tiveram chances 39% mais altas de morrer do que indivíduos do mesmo sexo, idade e condição de saúde, mas com mais ligações sociais. Segundo os cientistas, tanto a solidão objetiva, aquela que vem de um isolamento das relações físicas, quanto a subjetiva, que mantemos com amigos próximos e familiares, contribuem para maior risco de morte.
“Não era o que esperávamos encontrar. Mas parece claro que existe um efeito limite: quando você começa a ver seus amigos e familiares mensalmente, o risco permanece bastante estável. Não importa se é uma visita mensal, semanal, várias vezes por semana ou todos os dias”, afirma o cardiologista Jason Gill, um dos autores do estudo, para o site El País.
O estudo utilizou dados de 458.146 adultos com idade média de 56,5 anos cadastrados no banco de dados UK Biobank e os acompanhou por 13 anos. Participantes sem atividades em grupo, vivendo sozinhos e sem visitas frequentes, enfrentam maior risco de morte, observou a equipe na pesquisa publicada na revista BMC Medicine nesta sexta-feira (10/11).
“Cada um desses três fatores foi associado a um maior risco de morte, mas, em particular, destacaram-se as pessoas que relataram nunca receber visitas. A combinação aumentava as chances de morte em até 39%”, afirma Harmish Foster, outro autor do estudo.
Solidão mata Os pesquisadores explicam que comportamento, hábitos e estado mental pioram diante do isolamento. “Pode ser que amigos e familiares ofereçam um nível específico de apoio às pessoas e as ajudem a ter acesso aos serviços de saúde”, destaca Foster.
Outra teoria é que o consumo de álcool e cigarros aumenta com a solidão, enquanto exercícios físicos e conversas com outras pessoas diminuem — todos esses são fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas que podem diminuir a qualidade de vida e até levar à morte.
Foi na última década que a psiquiatria no Brasil começou a rever prescrições médicas baseadas apenas em antidepressivos. A mudança veio com novos estudos científicos que apontam os benefícios de hábitos saudáveis no tratamento de transtornos psiquiátricos. Entre eles estão atividades que movimentam o corpo, acalmam a mente e melhoram as relações pessoais.
“Hoje entende-se que os transtornos psiquiátricos são multifatoriais, portanto, não respondem a uma única estratégia”, explica o psiquiatra Arthur Danila, coordenador do Programa de Mudança de Hábito e Estilo de Vida do IPq-HCFMUSP (Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP).
É preciso considerar os fatores biológicos, que respondem a remédios, psicológicos, tratados com psicoterapia, e sociais, que envolvem o bem-estar no ambiente, nas relações pessoais, no trabalho e no estilo de vida.
“No começo é difícil encontrar motivação, mas com o tempo o corpo se acostuma e começa a ficar prazeroso”, observa o analista jurídico José Victor Sampaio, 32. Seu tratamento contra depressão inclui medicamentos e aulas de teatro e natação. “Mais do que um exercício para o corpo, funciona para mente, pois me concentro em meus pensamentos, servindo como uma espécie de meditação.”
Atividade física também foi prescrita pelo psiquiatra da consultora de vendas Andrea Sanches, 49. Acima do peso e tomando remédios contra depressão, ela voltou a se exercitar e meditar em 2020. Desde então, sente grande melhora. “A cabeça fica mais relaxada, o corpo perde os sintomas de ansiedade, a mente fica leve e os prazeres pequenos voltam a acontecer”, revela.
Estudo de 2022, publicado na JAMA Psychiatry, mostra que a intensidade da prática reduz o risco de depressão. A pesquisa aponta que se as pessoas fossem ativas fisicamente, 11% da depressão incidente seria evitada.
Em 2023, outro estudo, publicado no Journal of Affective Disorders, acompanhou 141 pacientes por 16 semanas e mostrou que, em casos de depressão ou ansiedade patológica, correr duas vezes na semana pode ter efeito semelhante a antidepressivos e ansiolíticos.
Com 120 quilos e com um quadro de depressão, o diretor de cena Fernando Hideki, 32, quebrou a perna durante a pandemia da Covid-19. “A recuperação foi dolorosa e estragou minha cabeça. Consultei três psiquiatras, que só receitavam remédio.”
Foi quando o terapeuta lhe sugeriu voltar ao crossfit. “Comecei a cuidar da cabeça e do corpo e parece que tudo em volta melhorou. Perdi 30 quilos, aumentou minha autoestima e consegui fazer meu trabalho ser notado”, diz Hideki, que se exercita cinco vezes na semana.
A indicação da OMS (Organização Mundial da Saúde) é movimentar-se ao menos 30 minutos diariamente, cinco dias na semana. Para crianças, são 60 minutos diários. “Todo movimento conta”, observa Danila.
Os benefícios de fazer atividade na academia ou no parque são semelhantes, lembra ele, mas há vários estudos que destacam os pontos positivos da luz solar e do contato com a natureza, que podem ser estímulos.
É assim com o adolescente Daniel Graczyk, 13, que adora passear ao ar livre, associando movimentos a brincadeiras. Com episódios de ansiedade e depressão desde os seis anos, as atividades físicas foram indicadas pelo psiquiatra e pela psicóloga. Ele faz aulas de personal kids, com duração de uma hora, três vezes na semana.
“Aliado aos benefícios da atividade física, há o lúdico, que conduz à liberdade de expressar emoções”, conta a educadora física Maria Eugênia Setim, que acompanha Daniel há três anos. “Ele evoluiu muito.”
A imaginação e a criatividade, destaca a educadora, contribuem para superação de limitações e descoberta de novas potencialidades, como autonomia, socialização e autoconhecimento. “Ele adora e volta para casa com humor diferente. Percebo que a ansiedade sumiu. O médico fala muito da melhora dele”, diz a mãe de Daniel, Fernanda Suchla.
Patrícia Piper, psiquiatra especialista em psicologia, reforça os benefícios das terapias complementares na rápida remissão dos sintomas ansiosos, no uso de doses medicamentosas menores, menor chance de recaídas e melhor qualidade de vida. “A associação de remédios e terapias funciona muito bem. Os psicofármacos agem em sintomas alvo e promovem sua remissão, mas isso, muitas vezes, não é suficiente para que os pacientes se sintam bem.”
Outra grande aliada nos tratamentos é a alimentação balanceada. Danila lembra que produtos ultraprocessados, como bolachas, refrigerantes e salgadinhos, podem provocar inflamação no intestino, que por sua relação com o cérebro facilita o risco de transtornos psiquiátricos.
O ideal é optar por alimentos in natura (como leite, ovos, frutas, verduras e carnes) ou minimamente processados (como grãos integrais, arroz, feijão, farinhas e massas frescas).
Seis pessoas morreram após um terremoto de magnitude 6,7 atingir o sul das Filipinas nesta sexta-feira (17).
Agripino Dacera, chefe do escritório de desastres da cidade de General Santos, na província de Cotabato do Sul, disse à Reuters que três pessoas morreram na região. Um homem e sua esposa morreram quando um muro de concreto desabou sobre eles, enquanto outra mulher morreu em um Shopping.
Duas pessoas morreram perto do epicentro, na província de Sarangani.
As equipes de resgate procuram outras duas pessoas desaparecidas após um deslizamento de terra, disse à Reuters Angel Dugaduga, oficial de resposta a desastres na cidade costeira de Glan.
Na província de Davao Ocidental, um homem de 78 anos morreu após ser atingido por uma pedra, disse Franz Irag, oficial de defesa civil da região de Davao, à rádio DWPM.
O fornecimento de energia foi restaurado e a maior parte das estradas está transitável, segundo as autoridades.
O terremoto aconteceu na ilha de Mindanao na tarde desta sexta, a uma profundidade de 60 km (37,3 milhas), nas províncias de Sarangani e Davao Ocidental, de acordo com o Centro Alemão de Pesquisa em Geociências.
A agência sismológica filipina PHIVOLCS e o Centro de Alerta Tsunamico do Pacífico disseram que não é esperado um tsunami.
Terremotos são comuns nas Filipinas, que fica no “Anel de Fogo”, um cinturão de vulcões que circunda o Oceano Pacífico e é propenso a atividades sísmicas.
Amor Mio, chefe de polícia da cidade de Koronadal, perto do epicentro do terremoto, disse as autoridades estavam verificando um shopping que teria sido danificado.
“Os funcionários foram evacuados por segurança. De acordo com a polícia da área, houve grandes danos, mas ainda não conseguimos determinar a magnitude do estrago”, disse Mio por telefone. O diretor do PHIVOLCS, Teresito Bacolcol, disse à rádio DZRH que a intensidade do terremoto foi “destrutiva, então esperamos (alguns) danos”.
O terremoto durou vários segundos, disse ele, aconselhando os moradores a ficarem em alerta para tremores secundários de magnitude 6,2.
O locutor de rádio Leny Aranego, da cidade de General Santos, disse que o terremoto danificou paredes e derrubou computadores de mesas. “Vimos como as paredes racharam e os computadores caíram”.
Já o economista Michael Ricafort contou em uma postagem no Facebook que os passageiros do aeroporto da cidade de General Santos foram evacuados para a pista após sentirem o terremoto.
O atacante Neymar, do Al-Hilal, está envolvido em mais uma polêmica extracampo. Segundo o jornal Le Parisien, o jogador de 31 anos foi acusado de trabalho oculto por uma brasileira, que foi sua empregada doméstica numa casa nos arredores de Paris entre 2021 e 2022, quando ele ainda jogava no PSG. O caso foi levado à Justiça francesa e, se condenado Neymar, terá que pagar uma indenização de 368 mil euros (R$ 2 milhões na cotação atual).
— (Esse valor) É o pedido dela, mas, diferentemente da Justiça trabalhista brasileira, onde você chuta um valor elevado para, depois da condenção, ser bem reduzido, lá (na França) o valor já é muito próximo aos valores realmente devidos — explicou Acácio Miranda da Silva Filho, Doutor em Direito Constitucional pelo IDP/DF.
O advogado explica que dificilmente a punição ao jogador, se for considerado culpado do crime, evoluirá para um pedido de prisão.
— Na França, diferentemente do Brasil, eles têm um pouco mais de tato na condução dessas investigações. Primeiro, eles analisam se há alguma forma de infração. Só depois vão analisar se há infração penal efetivamente. Desta forma, com base nos elementos que nós temos, a chance de Neymar ser preso na França é zero — afirmou o Acácio Miranda.
O que é trabalho oculto? Trabalho oculto é a sobrecarga invisível, ou seja, quando a pessoa realiza atividades do seu emprego em momentos que deveriam ser de descanso. Não são horas extras, mas sim a utilização de períodos como fins de semana para continuar em contato com a função.
Mas a doméstica brasileira também acusa Neymar de não remunerá-la por horas extras. A indenização pedida já inclui esse valor supostamente devido.
Entenda o caso Neymar está sendo acusado de trabalho oculto por uma ex-empregada doméstica brasileira que foi sua funcionária por quase dois anos na casa em que vivia em Bougival, próximo de Paris, quando ele ainda jogava no PSG. Segundo o jornal Le Parisien, que revelou a informação, confirmada pelos advogados da mulher, ela exige 368 mil euros (R$ 2 milhões na cotação atual) de indenização na Justiça trabalhista francesa.
De janeiro de 2021 a outubro de 2022, “Neymar explorou a precariedade de nossa cliente para impor condições indignas, violando as regras básicas do direito trabalhista”, escreveram os advogados Caroline Toby e Vincent Champetier, em declarações à AFP.
A contratação da funcionária, sem autorização de residência, era pelo regime de meio período, o que teve de ser reclassificado como tempo integral devido ao número de horas trabalhadas, segundo os defensores. A brasileira também reclama de horas extras não remuneradas e diz que precisou trabalhar até 15 dias antes do nascimento prematuro do seu quarto filho e sem acompanhamento médico.
“Lamentamos que tal personalidade possa ter demonstrado tanta desumanidade, chegando ao ponto de expulsar a nossa cliente de casa alguns dias antes de dar à luz prematuramente, enquanto ela se queixava de dor”, afirmaram os advogados. De acordo com Toby e Champetier, Neymar é culpado de “óbvia violação das normas legais de proteção vinculadas à maternidade”.
O despejo antes do parto deixou a empregada “em total indigência, especialmente por sua falta de registro nas organizações sociais”, escreveram os defensores em uma carta datada de junho, na qual propuseram uma resolução amigável, mas não obtiveram resposta. “Depois de termos levado o assunto à Justiça trabalhista, estamos agora considerando dar a este caso as consequências criminais que ele merece”, alertaram eles.
Ainda de acordo com o portal francês, a mulher, que registrava tudo em um caderno, não tinha contrato de trabalho, recebia 15 euros (R$ 80) líquidos por hora e trabalhava quase 70 horas semanais, sem direito a um único dia de folga. Ela era responsável por cuidar dos afazeres domésticos de Neymar e até mesmo cortar as unhas dos companheiros do atacante, hoje no Al-Hilal, da Arábia Saudita.
Sem recursos financeiros, a brasileira recorreu a associações de caridade para atender às necessidades da família. Seus advogados enviaram carta ao jogador para encontrar um acordo amigável, mas não tiveram resposta, segundo Le Parisien. Desta forma, decidiram levar o caso ao tribunal.
A assessoria de Neymar disse desconhecer a acusação e afirmou que o atacante não foi citado judicialmente até o momento. O jogador se recupera de uma cirurgia no joelho esquerdo, feita no início do mês, para corrigir uma lesão sofrida com a seleção brasil.
Em algum momento da sua vida, você já comeu tanto que falou: “Minha barriga vai explodir”. Uma das próximas vezes, talvez, que as pessoas falaram a frase será nas festas de final de ano. Porém, a frase, apesar de ser exagerada, pode ocorrer de fato. Segundo especialistas, o estômago realmente pode “explodir” de tanto comer. O termo médico para estômago explodido é perfuração gastrointestinal, que ocorre quando o estômago fica muito cheio e se rompe. Forma-se um buraco que libera o conteúdo do estômago na cavidade abdominal, o que pode causar infecções, incluindo sepse mortal. O estômago médio contém cerca de um litro de comida, mas ele pode esticar-se um pouco mais podendo segurar até um pouco mais de 3 litros de alimento.
Segundo especialistas, a quantidade exata varia de pessoa para pessoa, porém, se a pessoa comer mais do que a capacidade que o estômago consegue aguentar, pode ocorrer essa ruptura e causar problemas graves à saúde.
Entretanto, a condição é extremamente rara. Isso porque o cérebro leva 20 minutos para registrar saciedade e plenitude. Quando o cérebro manda essa resposta, quer dizer que já nos alimentamos muito além da quantidade necessária para nos sentir satisfeitos.
Normalmente, segundo especialistas, esse tipo de condição pode ocorrer com pessoas que tenham a doença genética rara, síndrome de Prader-Willi, em que os indivíduos têm um hipotálamo disfuncional, ou seja, o cérebro não regula com eficiência o apetite, resultando em uma fome constante e insaciável.
Quem sofre de Prader-Willi não terá o instinto de vomitar quando comer demais, como faria o corpo humano médio. O que torna o rompimento estomacal incomum, pois o reflexo de vômito da maioria das pessoas entra em ação quando o órgão está cheio.
Um menino de 17 anos com Prader-Willi morreu na véspera de Natal de 2015 ao romper o estômago ao comer demais na festa anual de sua família, informou a revista do The New York Times. E em 2003, “comer em excesso” foi apontado como a causa da ruptura do estômago de um homem de 49 anos, que o levou à morte.
Um brasileiro natural de Rondônia, de 23 anos, morreu ao ser atingido por um míssil na Ucrânia. Ele atuava como voluntário na guerra há mais de um ano. A morte foi confirmada ao UOL pela irmã da vítima, Juliana Sales.
O que aconteceu Júlio César Sales Soeiro teria sido atingido junto a um grupo de militares que atuavam na região de Adviivka na última terça-feira (14). A situação nos arredores da cidade “é muito tensa”, anunciou a televisão estatal ucraniana na quinta-feira (16).
Os familiares foram informados da morte por um amigo de Júlio, com quem mantinham contato. “O amigo dele nos informou que não sobrou nenhuma parte do corpo dele. Um canadense e um norte-americano também morreram. Os outros dois corpos foram recuperados, mas o dele não”, contou Juliana.
A irmã do brasileiro ressaltou que a família, até o momento, não recebeu assistência do governo brasileiro. Procurado pelo UOL, o Itamaraty não informou se está prestando assistência consular.
Juliana lamentou a perda do irmão e disse que ele morreu como um herói. “Morreu para salvar um amigo ferido em combate. Infelizmente, não vamos poder dar um último adeus, morreu como herói, meu irmão”.
A cidade industrial de Avdiivka foi controlada temporariamente, em julho de 2014, por Moscou, antes de regressar ao controle ucraniano, e é um dos pontos mais disputados neste conflito. Em outubro, A Rússia lançou uma nova ofensiva na região para cercar e reconquistar a cidade, e agora intensifica os ataques.
‘Herói de guerra’
Júlio César nasceu em Cacoal (RO), mas morava com a família em Machadinho D’Oeste (RO), antes de se mudar para o exterior.
Ele chegou a servir no Exército do Brasil, no Amazonas, por um ano e meio. “Desde criança, era o sonho dele ser um soldado. Ele ficou como recruta na cidade de Humaitá, mas infelizmente, foi dispensado”, lamentou a irmã.
Em 2022, decidiu viajar para França, com o objetivo de continuar na carreira militar. “Ele ficou sabendo que poderia conseguir entrar para o Exército francês com facilidade. Pediu ajuda da família e a gente pagou os custos da viagem. Mas não deu certo”, lembrou.
Juliana diz que o irmão, após não ter sucesso na França, decidiu se alistar voluntariamente para atuar na guerra da Ucrânia. Ele passou um período de treinamento com as forças de defesa ucranianas antes de atuar no front da batalha.
A irmã contou que sempre pedia para ele voltar ao Brasil. “Como dói, meu Deus. Saber que seu corpo está em uma vala aí nesse campo de batalha. Como eu te implorei para você voltar, mas você sempre quis ser um herói de guerra”, afirmou a irmã.
Eu nunca quis que ele fosse para a guerra. Eu estou despedaçada, mas eu tenho orgulho do meu irmão. Ele realizou o sonho dele e morreu para salvar um amigo. Juliana Sales, irmã de Júlio César