Com gestão de destaque no CREA-RN, Ana Adalgisa concorre ao conselho federal e apoia Roberto Wagner para presidência do Conselho

No próximo dia 17 de novembro, o
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Norte (CREA-RN) realiza suas eleições.

Presidente licenciada do CREA-RN, Ana Adalgisa Dias, é candidata à conselheira federal nas eleições do sistema CONFEA/CREA/MÚTUA.

Com atuação destacada ao longo de sua gestão por iniciativas voltadas para a defesa da categoria, ela teve a defesa pelo piso salarial, com pedido de impugnação nos editais para concursos públicos, fiscalização de empresas privadas.

Além de interlocução junto à bancada federal pela aprovação da Lei que cria a Carreira de Estado para os profissionais da Engenharia, Agronomia e Geociências.

Em sua gestão houve a implantação do programa de Integridade, Ética e Compliance do CREA-RN, inclusive obtendo o selo de combate à Corrupção do TCU.

O Conselho foi o primeiro do Brasil a implantar a carteira digital em parceria com o Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO), e agora também uma autoridade certificadora, ou seja, emitindo Certificado Digital para profissionais com a chancela CREA-RN.

Ana Adalgisa tem como alguns compromissos para o Conselho Federal propor a implantação de um sistema unificado para todos os CREAs, com base de dados nacional para a emissão de ARTs e Certidões.

Vale ressaltar que a eleição deste ano será 100% online e Ana Adalgisa apoia Vinícius Marchese para presidente do CONFEA, Roberto Wagner para presidência do CREA-RN, Márcio Sá para diretor-geral da Mútua e Gilbrando Júnior para diretor administrativo da Mútua.

Postado em 6 de novembro de 2023

Vereadores de Currais Novos viajam hoje para participar de evento em Brasília

Comitiva de Currais Novos: vereadora Rayssa e vereadores Cleyber e Jorian.
Evento: congresso nacional de gestores e legislativos municipais

Data: do dia 07 a 10 de novembro

Vereadora Rayssa receberá no dia 08 a agremiação ‘Medalha top legislativo’ pelo reconhecimento da relevância das ações do seu mandato para o município de Currais Novos

Postado em 6 de novembro de 2023

Abertura do Festival Literário de Currais Novos 2023 no Teatro Municipal Ubirajara Galvão

O FLIC 2023 começou de uma maneira muito especial com a exibição do espetáculo “1877” da Cia. Teatral Trapiá (Caicó-RN), que está no circuito do Aldeia SESC Seridó.

A peça retrata uma das maiores secas que assolou os sertões nordestinos desnudou o ser humano em todas as suas fragilidades e complexidades, confundindo-o com a própria natureza que o consumiu e com sua animalidade mais primitiva.

Após a exibição do espetáculo, o Festival Literário de Currais Novos homenageou Zila Mamede (in memoriam) com a comenda entregue à sua família, representada pela sua sobrinha Fátima Mamede.

Currais Novos já respira a literatura a partir de todas as suas expressões a partir do FLIC, que está oficialmente aberto. Venha viver essa experiência com a gente. A programação está disponível no link em nosso perfil.

Patrocínio:

  • Governo do Estado do Rio Grande do Norte
  • Fundação José Augusto
  • Lei Câmara Cascudo
  • Cimento ELO

Apoio institucional

  • Prefeitura Municipal de Currais Novos
  • Sesc RN

Apoio cultural

  • Aura Borborema
Postado em 6 de novembro de 2023

Wesley Safadão fatura R$28 milhões com leilão de cavalos em Pernambuco; entenda negócio

O cantor Wesley Safadão movimentou o mundo dos leilões de cavalos nesta sexta-feira (3). Em Garanhuns (PE). o evento do cearense faturou R$28,6 milhões com o comércio de animais de raça Quarto de Milha.

Conforme divulgado pelas redes oficiais do haras do cearense, o pregão finalizou com uma média de R$530 mil por lote. “Aqui agradecemos aos criadores, vendedores, patrocinadores, profissionais e toda nossa equipe que juntos proporcionaram um grande espetáculo”, comunicou o empreedimento.

Um destaque do haras do cantor foi um animal ter tido 50% da propriedade comercializado pela cifra de R$ 4,2 milhões: a super produtora Eternal Offling Peju.

Acompanhado da esposa, Thyane Dantas, e dos filhos, Wesley Safadão participou do leilão e, ao final, agradeceu aos colaborares e participantes do evento.

Cearense entrou no mundo dos cavalos em 2019
Wesley Safadão estreou no mercado de leilões de cavalos em setembro de 2019. Em Fortaleza (CE), no Marina Park, ele realizou o primeiro pregão de animais do haras que ele possui — localizado em Aracoiaba (CE).

Na época, o cearense faturou R$12,7 milhões com o comércio da raça Quarto de Milha. O destaque foi o cavalo Don Príncipe Bar, cuja venda dos filhos rendeu ao cantor R$ 2,3 milhões em lances.

diariodo nordeste

Postado em 6 de novembro de 2023

Por que o mundo vive a maior onda de conflitos em décadas? Leia coluna de Oliver Stuenkel

O mundo está vivendo a pior onda de conflitos em décadas. Em estudo publicado antes da recente escalada de violência entre Israel e Hamas, o Instituto de Pesquisas de Paz de Oslo (PRIO) indica haver atualmente 55 conflitos envolvendo 38 Estados e calcula a média de duração deles em onze anos. Uma década antes, o mesmo instituto identificou 33 conflitos com duração média de sete anos. Em 2022, mais de 200 mil pessoas morreram em batalhas relacionadas a confrontos envolvendo Estados – mais do que em qualquer ano desde 1984. Esses dados não incluem combates entre grupos não-estatais, como rebeldes ou cartéis de drogas, que matam dezenas de milhares de pessoas por ano – como no México, onde numerosas facções criminosas estão engajadas em conflitos armados.

Vale destacar alguns exemplos. Mais de 600 mil civis morreram durante a recente guerra na Etiópia, em parte devido ao bloqueio do governo, que impediu a entrada de ajuda humanitária no país. Na invasão russa à Ucrânia, morreram centenas de milhares de pessoas desde o ano passado, produzindo a pior crise de refúgio na Europa em anos. Mais de dez mil pessoas morreram nas primeiras quatro semanas do conflito entre Israel e Hamas. Há atualmente uma campanha de limpeza étnica no Sudão, onde a atual guerra civil entre duas facções das Forças Armadas já matou 9 mil e deslocou 5.6 milhões de pessoas. A República Democrática do Congo (DRC) registra 6.9 milhões de deslocados internos em meio à atual guerra civil. Isso sem mencionar as sangrentas guerras civis na Somália, no Iêmen e na Líbia; o conflito entre Armênia e Azerbaijão; a guerra civil no Mianmar; a recente decisão do Paquistão de expulsar 1.7 milhão de refugiados afegãos, que produzirá mais uma catástrofe humanitária; ou a crise generalizada no Sahel, onde o avanço da violência jihadista matou mais de 20 mil pessoas ao longo dos últimos 12 meses.

Não há consenso sobre o porquê do recente aumento de conflitos, mas é possível apontar uma série de fatores relevantes. Na África e no Oriente Médio, a desertificação e a frequência de ocorrências climáticas extremas ameaça populações rurais e acirra a disputa por pastos. Vale lembrar que foi uma seca histórica, entre 2006 e 2010, na Síria que levou jovens daquele país a migrarem para as cidades, elevando o desemprego urbano e aumentando o descontentamento geral. Esse fenômeno contribuiu para as grandes manifestações contra o governo cuja repressão brutal causou uma guerra civil, que já matou mais de 300 mil pessoas.

Outro fator é o efeito desestabilizador de conflitos já existentes em um sistema econômico e político muito mais interconectado e vulnerável do que antes. Por exemplo, em função da invasão russa à Ucrânia no ano passado, o preço do trigo e de fertilizantes explodiu, elevando a inflação e a miséria em numeroso países africanos e tornando-os mais vulneráveis a grupos extremistas como o Estado Islâmico. Com parte considerável de sua atenção e de suas tropas envolvidas na guerra na Ucrânia, a Rússia perdeu a capacidade de controlar eventos no conflito entre Armênia, seu tradicional aliado no Cáucaso, e Azerbaijão, o que permitiu às forças azeris expulsar, em setembro, mais 100 mil armênios do território de Nagorno Karabakh.
Há 40 anos, um conflito armado entre a República Popular da China e Taiwan dificilmente teria produzido um choque econômico global. Hoje, em função da interconectividade econômica mundial, uma guerra entre Pequim e Taipei teria o potencial de produzir grave recessão e escassez de produtos mundo afora, além de provocar uma corrida armamentista nuclear na Ásia entre nações como o Japão e a Coreia do Sul, que querem se proteger da China.

Em terceiro, enquanto a multipolaridade per se não necessariamente eleva o risco de guerras, a emergência de novas potências torna o mundo mais complexo e pode “descongelar” conflitos antigos e criar oportunidades para o revisionismo. A invasão russa à Ucrânia é um exemplo: o governo em Moscou nunca escondeu o desejo de interromper a estratégia de aproximação de Kyiv ao Ocidente, mas Putin não teria tido meios, 20 anos atrás, de resistir economicamente às sanções ocidentais em resposta a uma invasão do país vizinho. Foi só a ascensão da China, da Índia e de outras potências dispostas a manter relações comerciais com Moscou, mesmo no caso de uma guerra contra a Ucrânia, que permitiu a Putin iniciar o conflito.

Por fim, com a piora significativa das relações entre as principais potências e a paralisia de importantes órgãos multilaterais, como o Conselho de Segurança da ONU, reduz-se a capacidade de a comunidade internacional reagir à escalada de conflitos.

Não se pode descartar, portanto, a possibilidade de que a elevada quantidade de guerras na atualidade não seja uma aberração, mas sim um novo normal.

ESTADÃO

Postado em 6 de novembro de 2023

Movimento de Dino põe Lula em situação difícil para decisão sobre STF

No jogo de xadrez, o xeque é resultado de um lance que deixa o rei, a peça principal do tabuleiro, numa situação difícil, quase sem saída. Talvez sem querer, foi esse movimento que o ministro da Justiça Flávio Dino fez durante uma conversa com Lula há algumas semanas, quando confidenciou ao presidente que estava sendo pressionado pela esposa a cuidar da saúde. Muito acima do peso, o ministro contou que seu médico teria lhe advertido sobre os riscos de continuar trabalhando na intensidade que o cargo exige. “Preciso mudar de hábitos, preciso mudar de vida”, explicou. Os dois discutiram então alternativas para contornar o problema. Um assessor direto do presidente relatou os detalhes do que foi falado no encontro. Segundo ele, Dino, senador licenciado, admitiu a possibilidade de reassumir o mandato no Congresso. Nas entrelinhas, porém, também disse que gostaria de ter seu nome considerado como opção para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Lula, ainda segundo o relato do assessor, entendeu o recado, mas nada disse. Nos dias que se seguiram, o nome de Flávio Dino passou a circular como favorito a ocupar a vaga aberta no Supremo com a aposentadoria da ministra Rosa Weber. O presidente também passou a ouvir de aliados, políticos e magistrados manifestações de apoio ao ministro da Justiça. Em um jantar no Palácio da Alvorada, um ministro do STF fez rasgados elogios a Dino e chegou a perguntar diretamente a Lula sobre a hipótese dele ser indicado. “E ele quer?”, desconversou o petista. “Achei que ele queria ser presidente da República”, completou em tom de brincadeira. Lula tem um carinho especial por Flávio Dino e sabe o quão importante seria ter no STF alguém que é ao mesmo tempo juiz de carreira e aliado histórico. O problema é que o movimento do ministro empurrou o presidente para o canto do tabuleiro político.

Cabe exclusivamente ao presidente da República a indicação de um ministro do STF. Depois, o escolhido é sabatinado e precisa ser aprovado pelo Senado. O processo pode ser simples e rápido ou demorado e desgastante, dependendo do perfil do candidato e do cenário político. Em junho, Lula indicou Cristiano Zanin, seu ex-­advogado particular, para o lugar do ministro Ricardo Lewandowski, que se aposentou. Fora alguns protestos isolados, não houve turbulências. Desta vez, no entanto, os “supremáveis” que teoricamente disputam a vaga reúnem certas particularidades que tornam mais delicada a definição do nome. Além de Flávio Dino, constam como postulantes ao cargo o atual presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas, e o advogado-geral da União, Jorge Messias. Dantas é o preferido de nove a cada dez políticos em Brasília. Messias, de nove a cada dez petistas. Dino conta com o apoio e a simpatia de um grupo influente de magistrados.
A indicação do presidente do TCU era tida como a mais provável até surgir o nome de Flávio Dino. Tanto que, no Senado, já estavam adiantadas as articulações para a substituição de Bruno Dantas na corte de contas. Assim, a definição que parecia tender para ser simples e rápida passou a apontar na outra direção. No Congresso, houve ameaças de rebelião da própria base aliada do governo. Adver­sá­rios do ministro da Justiça passaram a espalhar rumores de que ele estaria pleiteando o cargo para escalar uma futura candidatura presidencial. Dino, aliás, já foi questionado a esse respeito. “Se um dia, talvez, eu fosse para o Supremo e pensasse em retornar à política, haveria uma premissa de que eu usaria a toga para ganhar popularidade. Isso eu não farei, ou faria. Jamais. Seria uma decisão definitiva. Ou será, sei lá”, afirmou ao jornal O Globo, deixando evidente que a indicação está mesmo no seu horizonte.

Para tentar adiar ou minimizar os prováveis desdobramentos derivados de sua decisão — desagradar à classe política, desagradar aos petistas ou desagradar à classe política e aos petistas –, Lula já considerou inclusive a possibilidade de adiar a indicação para 2024 (postergar ou fazer pouco, aliás, tem sido uma máxima deste governo). O fato é que, apelando pelo lado pessoal, Dino colocou o presidente em xeque. Em agosto, o ministro teve um pico de pressão. Exames apontaram que alguns marcadores estavam fora do normal. Os médicos então alertaram que ele precisava urgentemente fazer um regime e diminuir o ritmo de trabalho, sob pena de que algo mais grave lhe acometesse a qualquer instante. Desde então, Dino é acompanhado por uma cardiologista, segue uma dieta rigorosa e já perdeu 10 quilos. Ainda falta, porém, mudar a rotina de trabalho. Esse último lance, no entanto, depende de Lula.

VEJA

Postado em 6 de novembro de 2023

ONU mostra fragilidades em meio ao agravamento da guerra Israel-Hamas

No furor da reação de Israel ao ataque-surpresa do grupo palestino Hamas, que na madrugada de 7 de outubro rompeu a barreira em torno da Faixa de Gaza, trucidou 1 400 pessoas e foi embora com mais de 200 reféns, quase três semanas de bombardeios ininterruptos sobre alvos no estreito e superpopuloso território — 600 em um dia, de acordo com as Forças de Defesa Israelenses (IDF, na sigla em inglês) — foram o prenúncio do movimento decisivo: a invasão por terra. Na segunda-feira 30, tanques e comandos deram início à segunda fase da operação para aniquilar o inimigo, confirmada por imagens de satélite e pelo primeiro-mi­nistro Benjamin Netanyahu.

A crise humanitária desencadeada pelas bombas e por um bloqueio total, com cerca de 9 000 de mortos nas contas das autoridades palestinas e civis privados de água, comida e assistência médica, levou países do mundo todo a se manifestar, uns contra a violência de Israel, outros a favor do seu direito de reagir à altura e muitos misturando as duas coisas. Do Conselho de Segurança, órgão máximo da Organização das Nações Unidas, nada. Engessado pela exigência de unanimidade, a entidade guardiã da paz mundial até agora não aprovou uma única resolução relativa à guerra no Oriente Médio.

No campo de batalha, a cratera das bombas perfurou o solo de Jabalia, o maior dos cinco campos de refugiados de Gaza, matando dezenas de pessoas — segundo Israel, todos integrantes de células de combate, inclusive um comandante militar; segundo o Hamas, todos civis, entre eles sete reféns. “Será uma guerra longa e difícil”, avisou Netanyahu, destacando que os 300 000 reservistas convocados devem passar meses longe de casa. A intenção de Israel parece ser isolar gradativamente Gaza City, a maior cidade do território, e centrar a ofensiva terrestre lá, infiltrando-se no labirinto de túneis que serve de arsenal, depósito de víveres, esconderijo e quartel-ge­neral do Hamas. Nele estariam espalhados os reféns, que as forças israelenses esperam localizar e resgatar — em uma das recentes incursões, a soldada Ori Megidish, 19 anos, foi a primeira a ser libertada. Em vez de uma ação em larga escala, as IDF optaram até agora por investidas pontuais, aparentemente com o propósito de confundir o Hamas quanto aos próximos passos. “Isso também adia, pelo menos por enquanto, os combates em zonas urbanas, que são muito mais perigosos”, diz Yaakov Lappin, analista militar baseado em Israel.

Graças principalmente à pressão dos Estados Unidos e à intermediação do Catar, emirado árabe que acolhe um escritório de representação do Hamas, hospeda seu chefe político, Ismail Haniyeh, e ampara financeiramente os serviços públicos de Gaza, o Egito abriu o portão de Rafah, único ponto de fronteira do território não controlado (pelo menos em teoria) por Israel. Primeiro, permitiu a entrada de caminhões com água, remédios e mantimentos — menos de 100 por dia, muito menos do que o necessário. Depois, na quarta-feira 1º, autorizou a saída de indivíduos detentores de passaportes estrangeiros e de feridos sem condições de tratamento local. Tudo muito mais lentamente do que os envolvidos gostariam, mas foi o primeiro respiro no desespero geral que predomina em Gaza. Enquanto a diplomacia de uns poucos países trabalha para manter aberto o corredor humanitário, o Conselho de Segurança da ONU segue travado — quatro propostas de trégua, incluindo uma do Brasil, foram rejeitadas desde o início do conflito. Três dos vetos partiram da representação americana, ciosa de manter aceso o apoio do país à reação de Israel e à percepção do governo Netanyahu de que concordar com um cessar-fogo é ceder ao Hamas.

Ao se encerrar no fim de outubro a presidência rotativa do Brasil (autor de uma das resoluções rejeitadas) no Conselho, sem erguer algum escudo que interrompesse a chuva de bombas, o ministro Mauro Vieira, das Relações Exteriores, desabafou: “Seguimos sem conseguir agir, é uma vergonha”. O secretário-geral da ONU, António Guterres, complicou ainda mais a equação ao dizer que os ataques do Hamas não aconteceram “no vácuo” e em seguida fazer referência aos “56 anos de ocupação da Palestina”. A representação de Israel pediu sua renúncia e foi além: “Todo país honesto deveria deixar de contribuir com a ONU até que o antissemitismo termine”, declarou o embaixador Gilad Erdan, portando na lapela uma estrela de davi amarela, usada pelos nazistas para identificar os judeus nos campos de concentração da II Guerra.

Contribuiu para acirrar os ânimos a absurda escolha do representante do Irã na ONU, Ali Bahreini, para presidir o Fórum Social do Conselho de Direitos Humanos em Genebra, no início de novembro. Há uma contradição: no ano passado, o Conselho aprovou uma resolução pedindo investigação independente das denúncias de violência do governo de Teerã na repressão de manifestações de rua. E, claro, direitos humanos ali inexistem. Mas por que tanta fragilidade nas decisões? “A guerra no Oriente Médio mexe com questões profundas, como religião e etnia, em um momento em que as sociedades estão polarizadas”, resume William Doherty, professor da Universidade de Minnesota.

Criado em 1946, em um contexto de aprovação geral a uma entidade garantidora da paz mundial depois da tragédia da guerra, o Conselho de Segurança da ONU é formado por cinco nações com assento permanente — Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido — e outras quinze em regime de rotatividade (o Brasil tem assento até o fim do ano). Ao contrário das resoluções da Assembleia Geral, termômetro insosso das posições dos 193 países-membros nas horas de crise, as decisões do Conselho são de anuência obrigatória por todos e devem ser aprovadas por unanimidade pelos membros permanentes, mecanismo adotado para evitar dar peso maior a um ou outro e insuflar conflitos. A Assembleia, aliás, é apenas vitrine — palco que, em 1960, recebeu Fidel Castro com pompa e circunstância, um ano antes de Cuba ser declarada um país comunista.

O Conselho, diga-se, funcionou por algum tempo, mas sem relevância contundente. O balanço das resoluções tomadas até hoje traduz as limitações do órgão — menos de duas dezenas por ano nas quatro décadas de Guerra Fria, quando EUA e União Soviética se revezavam nos vetos; o triplo no período de hostilidades amenizadas após a queda do Muro de Berlim; e, agora, brigas e vetos desde a invasão da Ucrânia pela Rússia. Nos últimos anos, a ONU vem sendo pressionada a alterar as regras, mas dificilmente achará o momento certo para mudanças em um panorama de desimportância, atropelada pela crescente influência de grupos como o Brics e o G20. No mundo atual, movido pela busca por hegemonia ou, ao menos, um lugar mais luminoso ao sol, não sobra muito espaço para as Nações Unidas. E as guerras prosseguem.

VEJA

Postado em 6 de novembro de 2023

Aílton Graça sobre Mussum: ‘O racismo cria estereótipos para homem preto’

Durante a produção de Mussum, O Filmis, o que mais chamou sua atenção na história do humorista? Achei interessante que temos muita coisa em comum, como a paixão pelo samba, o amor pela Mangueira. Eu me tornei um mangueirense por causa do Mussum. Sempre achei que ele tinha sido escolhido pela arte e se permitiu ser guiado por ela — assim como eu.

O filme deixa de fora as piadas racistas dos Trapalhões. Por que limá-­las? As piadas deles são datadas e precisavam ser atualizadas. Não tínhamos condição de reproduzir o que os Trapalhões faziam. Só eles podiam falar certas coisas, por causa do contexto daquela época, quando algumas pautas sociais não tinham avançado tanto. Temos até um segredinho: de todas as piadas do filme, só uma é uma reprodução exata, todas as outras foram criadas por nós. Não é mais possível fazer aquele tipo de humor.

Nos bastidores dos Trapalhões, Mussum chegou a sofrer racismo — colocavam até bananas em seu camarim. O que justifica que isso não apareça no filme? Acho que se um dia tivermos a possibilidade de rodar a história dos Trapalhões, poderemos tratar dessas questões dentro da perspectiva de como era a relação deles. Aqui, quisemos contar a história do Antônio Carlos Bernardes Gomes, da sua trajetória da infância até virar integrante dos Trapalhões e da Mangueira. Mussum abriu muitos caminhos para os negros, fez muitos avanços.

A obra também mostra que Mussum bebia apenas socialmente. Por que acha que ele ainda é lembrado como alcoólatra? O racismo sempre cria estereótipos para um homem preto — como um bêbado, subalterno. Há até fake news sobre a morte do Mussum: muitos pensam que ele morreu de cirrose. Uma grande mentira — foi por causa de um transplante de coração malsucedido.

Nos últimos anos, os negros têm ganhado espaço maior (e merecido) nas telas. A que atribui esse fenômeno? Ao advento do digital. A internet tornou possível compartilhar mais informação, ela liberou imbecis, mas também criou discussões necessárias, como o combate ao racismo estrutural.

Para o senhor, o que falta para que tenhamos ainda mais protagonistas negros no cinema e na TV? Para começar, o ator negro precisa ser visto como ator. Nesse mundo novo e melhor, é possível. Eu posso interpretar até um presidente.

VEJA

Postado em 6 de novembro de 2023

”Não tem um corrupto preso no Brasil hoje”, diz Moro em congresso do MBL

O ex-juiz e senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) aproveitou sua participação no 8º congresso do MBL, realizado neste sábado (4), para enumerar críticas ao governo Lula e lamentar sobre o destino da operação Lava-Jato. Para o parlamentar, as ações “mataram o combate à corrupção”, e hoje “não tem um corrupto preso no Brasil”.
O senador disse que era importante “resgatar a verdade” para fazer oposição a Lula. Ainda segundo o ex-juiz da Lava-Jato, “não tem um corrupto preso no Brasil”, e ninguém investiga porque os procuradores passaram a ser perseguidos e sofrem processos disciplinares.

— O que eles mataram foi o combate à corrupção — declarou Moro, que disse ainda existir um esforço para “reescrever a história para dizer que ladrão não é ladrão e que a Petrobras não foi roubada”.

— A gente não pode esquecer o que aconteceu nesse país. Porque, hoje, se a gente for esquecer, nós estamos perdendo essa guerra — disse.

O congresso foi realizado no Parque da Mooca, em São Paulo, com ingressos que variavam entre R$ 250 e R$ 1 mil para acesso VIP. O senador palestrou em uma mesa intitulada “Moro Reage”, com a premissa de defender o legado da Lava-Jato.

— Hoje em dia, se você não for chamado de fascista por esse pessoal, você está fazendo alguma coisa errada — ironizou.

Mais adiante, ele conclamou o público a se manter vigilante diante do que julga ser o risco de “perder nossas liberdades fundamentais”.

A Lava-Jato vem sofrendo reveses nos últimos anos. Em 2021, o então juiz foi considerado parcial em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) no processo de Lula envolvendo o triplex no Guarujá.

Criado em 2014, em apoio à Lava-Jato e sob o discurso de renovação política, o MBL viveu momentos de crise nos últimos anos, a partir do rompimento com o então presidente Jair Bolsonaro e do vazamento de áudios sexistas do deputado estadual cassado Arthur do Val.

Folha PE

Postado em 6 de novembro de 2023

Itamaraty vê possibilidade de atraso na saída de brasileiros de Gaza, prevista para até quarta-feira

O embaixador do Brasil no Egito, Paulino Franco de Carvalho Neto, reconheceu neste domingo a possibilidade de atraso no resgate de brasileiros em Gaza com fechamento de fronteira.

Na última sexta-feira, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, declarou que os brasileiros deverão deixar a região até a próxima quarta-feira.

Ele tem mantido conversas por telefone com o chanceler de Israel, Eli Cohen, e obteve a garantia deste compromisso.

Porém, a autorização para o uso da passagem de Rafah, que liga Egito e Gaza, foi suspensa na tarde de sábado.

— Se continuar fechada, atrasará a saída de todos os estrangeiros, não somente dos brasileiros. Vamos ver o que acontecerá nas próximas horas, sem fazer previsões ou criar expectativas — diz ao GLOBO o embaixador no Egito.

Do Brasil, há 34 pessoas no aguardo: 24 são brasileiros, 7 são palestinos em processo de imigração e 3 são parentes próximos.

A justificativa para o fechamento da passagem de Rafah ainda não foi esclarecida oficialmente. A suspensão foi anunciada após forças israelenses atingirem uma ambulância na região externa do Hospital Al-Shifa em Gaza, na última sexta-feira.

Egito, EUA, Catar e Israel são os responsáveis pelas tratativas para a liberação pela passagem de Rafah. Caminhões de ajuda ainda podem entrar no território.

As saídas começaram na quarta-feira e, desde então, centenas de pessoas já deixaram o território, incluindo feridos que estão recebendo tratamento em hospitais da península egípcia do Sinai.

Nesta segunda-feira, o Itamaraty deve ter um posicionamento fechado sobre o possível atraso da saída de brasileiros.

EXAME

Postado em 6 de novembro de 2023

Jorge Aragão sobre câncer: “Para mim, tinha acabado a vida”

Jorge Aragão foi diagnosticado com linfoma não Hodgkin em julho deste ano e, no final de outubro, anunciou a remissão completa do câncer. O cantor, entretanto, revelou que não se mostrou esperançoso quando recebeu o diagnóstico e achou que sua vida tinha acabado.
“Eu tenho o maior medo (de morrer). Quando recebi a notícia do linfoma, para mim tinha acabado a vida. Não conseguia pensar em ninguém que tivesse superado um câncer. Só me lembrava dos amigos que tinham ido embora. Foi uma sentença, mais uma”, declarou, em entrevista ao O Globo.
O cantor e compositor ainda falou sobre o peso de frases corriqueiras da vida. “Fico escutando as pessoas dizerem: ‘é tão bom olhar para o céu, tão bom ver a natureza, beber, comer’. Essas frases quase corriqueiras para os outros não são corriqueiras para mim. O peso delas é muito maior”, relatou.
Remissão completa do câncer de Jorge Aragão
Jorge Aragão revelou, nesta sexta-feira (27/10), que está em remissão completa do câncer. O cantor tratava a doença desde julho deste ano, quando foi diagnosticado com linfoma não Hodgkin. A última sessão de tratamento do artista será no dia 1º de novembro.

“O paciente Jorge Aragão apresenta remissão completa no último exame realizado e só está faltando o último cacicai, previsto para ser realizado no dia 1º de novembro, para terminar o tratamento”, relatou a hematologista Caroline Rebello, que cuida de Jorge Aragão, em comunicado divulgado pela assessoria de imprensa do sambista.
Além da remissão do câncer, o cantor lançou o uma nova versão de Eu e Você Sempre, lançada no início dos anos 2000. Sempre Eu e Você, como foi nomeada a música, conta com uma mistura de rap e samba, mas com trechos inéditos interpretados por Xamã e com participação de Dalto Max.
Metrópoles

Postado em 6 de novembro de 2023

Em delação, Mauro Cid detalha funcionamento de “gabinete do ódio” de Bolsonaro

O ex-ajudante de ordens da Presidência Mauro Cid detalhou, em seu acordo de delação premiada, como funcionava o “gabinete do ódio” do governo Jair Bolsonaro.
Segundo envolvidos nas tratativas, foi exigência da própria Polícia Federal que Cid delatasse a operação das milícias digitais e do gabinete do ódio para fechar o acordo que foi homologado em setembro pela Justiça.

Na delação, Cid detalhou o papel que cada ex-assessor de Bolsonaro do Palácio do Planalto que atuava direta ou indiretamente na estratégia de comunicação digital que envolvia a disseminação de notícias falsas e ataques a desafetos do ex-presidente, como ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Um dos eixos dos trabalhos foi a disseminação de conteúdos, como edições de vídeos e frases, via redes sociais.
O tenente-coronel disse ainda o que sabe da relação de membros desse grupo com os integrantes do clã Bolsonaro. Cid também falou sobre os apoiadores de Bolsonaro que se organizavam nas redes como milícias digitais.

Um dos focos dos investigadores com a delação do militar é angariar provas para o inquérito que apura como funcionam essas milícias.

O ex-ajudante de ordens também falou quais eram os integrantes do governo que estimulavam o uso do gabinete do ódio para atacar reputações e quais eram os que tentavam amenizar a tensão de Bolsonaro e o Judiciário.

O GLOBO

Postado em 6 de novembro de 2023

Vereadora de Arcoverde pode ter mandato cassado após dizer que filho deficiente é ‘castigo de Deus’ para mãe

A Câmara de Vereadores de Arcoverde, no Sertão de Pernambuco, formou, nesta sexta-feira (3), uma Comissão Prévia para analisar pedidos de cassação da parlamentar Zirleide Torres (PTB).

No dia 30 de outubro, a vereadora afirmou, em sessão plenária, que uma mãe teve um filho com deficiência por “castigo de Deus”. A declaração repercutiu nacionalmente.

“Não preciso citar o nome da cidadã, que o castigo de Deus ele dá aqui em vida. Quando ela veio com um filho deficiente, é porque ela tinha alguma conta a pagar com aquele lá de cima. Ela já veio para sofrer”, disse Zirleide na ocasião, referindo-se a uma assistente social com quem tem desavença política.

Em vídeo publicado nas redes sociais, a assistente social Luzia Damasceli disse que a fala atingiu todas as mães e pais de filhos deficientes.

“Ela deveria estar lutando e apresentando projetos em benefício da comunidade, mas resolveu perder seu tempo para tentar humilhar a mãe de um deficiente. Eu tenho parazer de ser mãe de um filho maravilhoso, especial. Você não citou meu nome, mas as características dão a entender que foi para mim. Meu filho me ensinou a ser mãe, uma carrega a responsabilidade de um pai também. Meu filho é motivo de orgulho. Agradeço a Deus por essa benção na minha vida. Você é quem tem que ter cuidado com os castigos de Deus”, afirmou.

“Nada justifica a sua fala. Você atingiu todas as mães e pais que têm filhos especiais. Ainda bem que meu filho foi educado por uma grande mãe. E eu o preparei meu filho para se defender de pessoas como você, preconceituosas”, acrescentou.

Em nota à imprensa, Zirleide afirmou que a fala foi “movida por agressões, mentiras e ofensas” e pediu desculpas. Leia a íntegra:

“Antes de tudo, quero pedir de perdão, desculpas, particularmente as pessoas com deficiências e seus pais, pela infelicidade dita durante a última sessão da casa legislativa. Nunca, em nenhum momento de nossa vida, fui capaz de ser ofensiva com as pessoas que ultrapassassem o âmbito de sua atuação administrativa, pois sempre nos pautamos pelo respeito e a luta em defesa das pessoas com deficiências, assim como fizemos em defesa dos portadores com o transtorno do espectro autista (TEA), sendo pioneiras ao lado de pais e mães.

Lamentavelmente, movida por agressões, mentiras e ofensas desferidas a minha pessoa, motivadas por diferenças políticas e uma política de baixo nível, incorremos no erro de sermos ofensiva as pessoas com deficiência, quando deveríamos ter procurado os meios legais de nos defender. Não quero justificar essas agressões fortuitas de terceiros pelas palavras indevidas por mim proferidas, apenas situar que sim, faltou-me tranquilidade e serenidade para agir e falar. Mas, repito, o respeito, a preocupação e a nossa luta em defesa das pessoas com deficiências são inerentes a minha pessoa e ao mandato que exerço. Sabemos que para se construir uma sociedade inclusiva, é necessário o cuidado com as palavras para se referir ao outro. Errei e tenho a humildade de reconhecer e pedir desculpas e perdão a Deus e a todos.

Sabemos que os impedimentos clínicos que estão nas pessoas e as barreiras ao seu redor são fatores que resultam nas deficiências que atingem tantos brasileiros e, em minha própria família, temos pessoas com essas limitações, a quem temos todo o carinho e amor do mundo, certas da bençãos que representam em nossas vidas. O mesmo carinho que tenho pelas pessoas com deficiências em nosso município, estado ou país, como comprovam nossas ações e atos no parlamento municipal, que está e continuará aberto a essas lutas.

Volto a pedir perdão, a cada um e a defender a luta em favor das pessoas com deficiência, evitando-se barreiras ou limitações que prejudiquem ou dificultem sua inclusão na sociedade. Temos a clareza de reconhecer os erros, redirecionar nossos pensamentos e caminhar lado a lado com a verdade, o respeito e o trabalho.

Zirleide Monteiro – Vereadora de Arcoverde”

Diario de Pernambuco

Postado em 5 de novembro de 2023

Empresas americanas começam a oferecer benefícios a mulheres em menopausa

A Microsoft., a Palantir Technologies e a Abercrombie estão entre um número pequeno, mas crescente, de empresas dos EUA que oferecem benefícios para a menopausa, com as mulheres mais propensas a serem afetadas agora representando 20% da força de trabalho feminina.

Cerca de 4% dos empregadores que oferecem licença médica estão fornecendo suporte adicional para a menopausa, como acesso a terapia hormonal e aconselhamento, de acordo com um relatório divulgado na terça-feira (31) pela consultoria de benefícios NFP.

A pesquisa, que entrevistou 522 funcionários de recursos humanos envolvidos na criação e atualização das políticas de licença de suas empresas, descobriu que cerca de um terço das empresas que atualmente não oferecem acomodações para a menopausa estão abertas a oferecê-las nos próximos cinco anos. Foi a primeira vez que a NFP fez a pergunta sobre benefícios para a menopausa.

Os empregadores estão intervindo, já que a perda de produtividade relacionada à menopausa e as despesas médicas estão custando à economia dos EUA US$ 26,6 bilhões por ano, de acordo com um relatório da Mayo Clinic. As mulheres com idades entre 45 e 54 anos são um segmento em crescimento no mercado de trabalho dos EUA, e sua capacidade de trabalhar pode ser afetada por sintomas como distúrbios do sono e ondas de calor durante esse período.

“Substituí-las vai custar muito mais para a empresa do que apoiá-las”, disse Maria Trapenasso, que lidera a prática nacional de consultoria de recursos humanos da NFP, em uma entrevista. “Essas também são suas líderes mais experientes”, acrescentou, dizendo que elas frequentemente orientam os funcionários mais novos e trazem estabilidade para um negócio.

A Microsoft percebeu o problema nos últimos anos e, em julho, começou a oferecer acesso a especialistas e recursos educacionais para funcionários em todo o mundo, de acordo com Sonja Kellen, diretora sênior de saúde e bem-estar global da empresa de software sediada em Redmond, Washington. A Maven Clinic, provedora de saúde virtual da empresa, registrou mais de 3.000 interações entre provedores e membros em 58 países nos primeiros dois meses.

“Tivemos uma resposta fenomenal a isso, o que claramente mostrava que as funcionárias tinham uma demanda reprimida pelos auxílios”, disse Kellen em uma entrevista.

O banco britânico Standard Chartered Plc anunciou neste mês que cobriria o tratamento de sintomas relacionados à menopausa para todas as funcionárias e seus parceiros em todo o mundo. O banco observou que as idades em que as mulheres sofrem a menopausa também são “o momento em que elas poderiam alcançar cargos de liderança sênior”.

A National Basketball Association, a varejista de roupas Abercrombie & Fitch e a empresa de análise de dados Palantir também começaram recentemente a oferecer benefícios para a menopausa por meio da Carrot Fertility, informou o provedor. A Blue Cross Blue Shield de Massachusetts, que recentemente realizou um webinar sobre a menopausa, no qual a CEO Sarah Iselin compartilhou sua própria experiência, oferece coaching de bem-estar e permite que os funcionários usem licença médica para gerenciar os sintomas. Na Maven, seu serviço de menopausa é a oferta de crescimento mais rápido da empresa, com 300 clientes aderindo desde o seu lançamento no final do ano passado, de acordo com a CEO Kate Ryder.

A demanda continuará a crescer, de acordo com Jill Angelo, co-fundadora e CEO da clínica virtual de menopausa Gennev. “Você está começando a ver essa geração de millennials mais velhos que cresceram com cuidados de fertilidade no local de trabalho agora envelhecendo na menopausa”, disse Angelo, ex-executiva da Microsoft, em uma entrevista. “E eles terão essas expectativas desse nível de cuidado que têm recebido no espaço de fertilidade de seus empregadores.”

Folha de sp

Postado em 5 de novembro de 2023

Mais de 150 morrem em terremoto no Nepal

Equipes de resgate no Nepal buscam sobreviventes de um terremoto de magnitude 6,4 na escala Richter, registrado às 23h47 desta sexta-feira (horário local, 18h02 no horário de Brasília), na região de Jajarkot, no oeste do país. Até a manhã deste sábado (4), já eram contabilizados mais de 150 mortos e centenas de feridos no maior abalo sísmico do Nepal em oito anos.

“O número de feridos pode chegar às centenas e as mortes também podem aumentar”, disse Harish Chandra Sharma, funcionário do distrito de Jajarkot, à agência de notícias Reuters. Isso porque as equipes de resgate chegaram à área montanhosa perto do epicentro, que tem difícil acesso rodoviário, apenas na manhã deste sábado.

O Nepal está entre os países mais propensos a desastres naturais e tem uma população muito vulnerável, além de não ter infraestrutura suficiente para lidar com enchentes ou terremotos.

De acordo com a Parceria Asiática para a Preparação (APP), uma aliança criada para coordenar a resposta de emergência entre os países asiáticos, Katmandu é a capital nacional com o maior risco de terremotos entre 21 megacidades do mundo.

Em 25 de abril de 2015, um terremoto de magnitude 7,8 atingiu o Nepal, derrubando edifícios de vários andares em Katmandu e provocando deslizamentos de terra e avalanches nas montanhas. Cerca de 9 mil pessoas morreram e mais de 22 mil ficaram feridas. Cidades inteiras se tornaram escombros, com mais de um milhão de casas destruídas e um custo de 6 milhões de dólares para a economia.

Oito anos mais tarde, os trabalhos de reconstrução dos severos danos materiais ainda não foram concluídos.

Gazeta do Povo

Postado em 5 de novembro de 2023