Pegadas de dinossauros com 90 milhões de anos são encontradas no interior de SP

Um conjunto de pelo menos dez pegadas, de diferentes indivíduos e até grupos distintos de dinossauros , foi encontrado em uma fazenda na cidade de General Salgado, a 502 quilômetros da capital paulista.

Com idade estimada em 100 a 90 milhões de anos atrás, o registro corresponde ao primeiro achado de pegadas de dinossauros do Cretáceo Superior no estado de São Paulo, segundo os pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia, da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) e do MZUSP (Museu de Zoologia da USP), responsáveis ​​pelo estudo.

“É realmente um achado inédito porque outras pegadas da mesma bacia que já foram descritas são de outra formação, no estado do Paraná, e com uma idade diferente”, explica o paleontólogo Bruno Navarro, doutorando do Museu de Zoologia da USP. “Essas pegadas seriam de um intervalo distinto e de um contexto geológico também distinto, possivelmente um rio ou lago, enquanto as pegadas encontradas anteriormente eram de ambiente desértico, com ação eólica [do vento].”

Navarro participou da escavação, que aconteceu no último mês, no interior paulista. Foi necessário quebrar a rocha em três partes para conseguir carregar cada uma delas e levá-las até o Laboratório de Paleontologia do MZUSP, na zona sul paulistana, com cada bloco pesando aproximadamente 100 kg.

Já os donos dos traços incluem um dinossauro terópode (grupo de dinossauros bípedes carnívoros , que inclui os tiranossauros, abelissauros e também a linhagem das aves), um saurópode (grandes dinos herbívoros e que se locomoviam em quatro patas) e, possivelmente, um ornitópode (dinossauro herbívoro bípede).

Segundo o paleontólogo e especialista em icnofósseis (como são chamados os traços dos organismos já extintos, mas que não representam partes preservadas do animal) Marcelo Adorna, da UFSCar, é possível identificar a presença dos diferentes organismos devido às deformações que cada pegada provocada na rocha.

“Pode ser que todos estejam representados por menos três animais diferentes, que tem um terópode é indiscutível pelos três dedos bem visíveis com uma garra, e pode ser que talvez tenha um outro que tem a forma mais arredondada, como cascos [ornitópode], e um terceiro bem circular, que pode ter sido um filhote de saurópode. São interpretações que a gente faz depois, em laboratório”, explica.

De acordo com Navarro, é muito difícil conseguir estabelecer qual espécie foi responsável por cada pegada. Isto porque, sem elementos ósseos preservados, a descrição só pela anatomia do pé é complicada. “A gente não consegue na icnologia [área da paleontologia que estuda vestígios de organismos fósseis] associar a uma espécie. A gente associa a produtores, e por isso identificamos três padrões diferentes de pegadas”, disse.

Os sedimentos onde as pegadas foram encontradas fazem parte da Bacia Bauru , onde ocorrem as rochas cretácicas do interior dos estados do Paraná, Minas Gerais, São Paulo e parte do Mato Grosso do Sul. O Cretáceo representa o terceiro e último período da Era Mesozoica e se estendeu de 145 a 66 milhões de anos.

Na mesma bacia, já foram encontrados diversos fósseis, como crocodilos, quelônios (tartarugas), aves, serpentes e dinossauros, mas é a primeira vez que os cientistas encontram pegadas, e em bom estado de conservação. Porém, no mesmo nível onde foram encontrados os vestígios dos animais, não havia nenhum fóssil preservado.

As pegadas foram descobertas acidentalmente por Ariovaldo Giaretta, professor de zoologia da Universidade Federal de Uberlândia (campus de Ituiutaba) , que buscava na área de fósseis de serpentes —já que ele havia encontrado um fóssil de cobra em rochas da mesma idade na área da bacia que fica no Triângulo Mineiro .

“Como eu sabia que havia um possível cronocorrelato [rochas do mesmo estrato possuem a mesma idade], fui buscar para ver se encontrados outros fósseis quando me deparei com esse conjunto de pegadas que, por si só, chamava atenção pelo nível de preservação e por ser formado de um conjunto de tipos de dinossauros”, disse.

A equipe está agora fazendo uma análise apurada das pegadas no Laboratório do MZUSP, o que pode ajudar a indicar, por exemplo, características do ambiente . É provável que essas pegadas tenham se formado quando os animais chegaram ao rio bebendo água.

“Pelo estudo das pegadas, conseguimos estabelecer relações ecológicas que muitas vezes o osso por si só não consegue, como se um dos dinossauros carnívoros estava perseguindo os herbívoros. Isso tudo vamos analisar com detalhe a partir da chamada biodeformação, que é o tipo de pressão sob o sedimento que levou à impressão”, explica Adorna.

Já Navarro e a equipe do MZUSP pretendem, além da divulgação do estudo científico, levar as pegadas para a exposição no museu , que fica na zona sul da capital. “Além, é claro, de organizar novas coletas para buscar ossos e outras pegadas que possam ser preservadas em outros níveis”, afirma o pesquisador.

Folha SP

Postado em 16 de outubro de 2023

O liberal Daniel Noboa derrota esquerda e é eleito presidente do Equador

Aos 35 anos, o empresário e ex-deputado de centro-direita Daniel Noboa realizou o sonho de seu pai e se tornou o presidente mais jovem da história do Equador . Após uma das campanhas mais conturbadas do país, com eleições antecipadas e um presidente assassinado , o liberal venceu o segundo turno neste domingo (15) .

Com 95% das urnas apuradas, ele contabilizou 52% dos votos válidos, contra 48% de Luisa González, candidata de esquerda ligada ao ex-presidente Rafael Correa , que comandou a nação por uma década de 2007 a 2017 e hoje está asilado na Bélgica após ser condenado por corrupção, se dizendo perseguido.

“Hoje encerramos o capítulo da campanha e amanhã começamos a trabalhar pelo novo Equador”, comemorou Noboa em um discurso frio de pouco mais de um minuto, acrescentando que vai anunciar sua equipe em breve. “Quero agradecer a todas as pessoas que fizeram parte de um projeto político novo, jovem, proposto, cujo fim era devolver o sorriso, a paz, a educação e o emprego ao país.”

Já González conheceu rapidamente a derrota, disse que ligaria ao adversário para dar os parabéns e deixou uma mensagem de unidade. “Podemos contar com os nossos votos na Assembleia para as reformas legais, de segurança, de saúde, de educação, para o que precisar. Desde que não envolva a privatização de nossos recursos nem a precarização da saúde, do emprego ou da educação”, disse.

O presidente eleito é filho da “magnata das bananas” Álvaro Noboa, empresário e político que já concorreu ao cargo cinco vezes, três delas contra Correa. A Folha mostrou nesta quinta (12) que ele herdou do pai ao menos duas empresas no paraíso fiscal , o que é proibido pela lei equatoriana, mas isso não o impede de competir.

Este será o terceiro governo seguido de direita ou centro-direita no Equador, depois dos dez anos de correísmo. Antes veio Lenín Moreno (2017-2021) —que foi vice de Correa, porém rompeu a relação logo após chegar à Presidência— e o atual presidente e ex-banqueiro Guillermo Lasso.

Lasso não conseguiu governar sem o apoio da força de esquerda na Assembleia Legislativa e foi alvo de dois processos de impeachment . Para evitar o último deles, em maio, decretou a chamada “morte cruzada” , dissolveu a Casa e convocou estas eleições antecipadas, organizadas às pressas.

Noboa, portanto, só governará por cerca de um ano e meio, até 2025. Ele deverá assumir na primeira semana de dezembro, mas ainda não há um dado divulgado. É um tempo considerado curto para lidar com a grave crise de segurança enfrentada nas ruas e prisões do país, que culminou no assassinato do presidente Fernando Villavicencio 11 dias antes do primeiro turno, em agosto .

Sete colombianos acusados ​​pelo crime foram executados em duas prisões no último dia 7, gerando uma nova crise institucional e levando Lasso a trocar toda a cúpula policial. Ainda não se sabe quem são os mandantes da morte, pelos quais os Estados Unidos estão oferecendo uma recompensa de US$ 5 milhões (R$ 25 milhões).

Antes considerado um lugar seguro, o Equador viu uma guerra entre narcotraficantes acabar nos últimos dois anos, triplicando sua taxa de homicídios. Isso ocorreu num contexto de aumento da produção global de cocaína , que tornou as estratégias portos do país mais relevantes na rota para os EUA , para a Europa e para a Ásia .

Com o clima de insegurança, os candidatos decidiram usar coletes à prova de balas durante toda a campanha, e o esquema de segurança foi reforçado com militares, policiais e revistas em todos os colégios eleitorais. Apesar disso, o primeiro e o segundo turno ocorreram em clima de tranquilidade , sem grandes incidentes.

Nessa área, principal preocupação dos equatorianos, Noboa já disse que pretende abrir “prisões-barco” para isolar os criminosos mais perigosos. Também fala em criar um centro de inteligência para prevenir crimes e em equipar as polícias, mas não deu muitos detalhes de como pretende fazer isso.

Ele focou boa parte de suas promessas na criação de empregos e vagas universitárias para os jovens, que consideram fatores-chave para reduzir a violência. Na economia, diz que vai proteger a dolarização, facilitar o crédito para pequenas e médias empresas, dar incentivos fiscais e importar investimentos estrangeiros.

O Equador tem uma alta taxa de informalidade (52% dos postos de trabalho ocupados, contra cerca de 40% no Brasil) e registrou em dezembro níveis de pobreza maiores que na pré-pandemia, período em que sofreu bastante economicamente. Somados à piora da violência, esses fatores fizeram com que a tentativa de migração para os EUA aumentasse, inclusive pela perigosidade da selva de Darién, no Panamá .

Para o analista e consultor político Michel Rowland, Noboa precisará anunciar rapidamente suas políticas e fazer alianças com o novo Legislativo. “O Equador precisa que uma política de elite que assuma suas cargas a partir de dezembro alcance acordos urgentes mínimos”, evitando os conflitos que têm travado o país, diz.

Mesmo tendo sido deputado, o liberal era uma figura desconhecida pelos equatorianos até o primeiro turno. Seu bom desempenho no debate presidencial anterior, porém, o fez superar os adversários de direita e centro-direita e conquistar o segundo lugar atrás de Luisa González. Agora, ele angariou grande parte dos votos dos candidatos que ficaram pelo caminho e também do anticorreísmo.

Nascido em Guayaquil, cidade mais populosa do país, Noboa construiu boa parte de sua carreira no setor privado. Se formou em administração de empresas na Universidade de Nova York e cursou três mestrados nos EUA, um deles em Harvard.

Fundou sua própria empresa de eventos aos 18 anos e, mais tarde, foi trabalhar no conglomerado do pai, que atua no atacado de importações e exportações em diversos setores, até chegar ao posto de diretor comercial. Em 2021, foi eleito para a Assembleia depois de dissolvido por Lasso, tendo uma atuação considerada discreta.

Hoje, sob um governo atual de direita que angaria uma das estimativas da América Latina, Noboa evita se colocar desse lado do espectro político. Prefiro a palavra progressista e já cheguei a dizer que é de centro-esquerda. “Os analistas querem que eu coloque numa direita que nesse momento tem sido bastante ineficiente e que não acredito que vá ganhar essas eleições”, afirmou em agosto.

Folha de SP

Postado em 16 de outubro de 2023

Israel diz ter matado a liderança do Hamas em Gaza em bombardeio

O Exército de Israel afirmou ter matado neste domingo (15), durante um bombardeio, uma das lideranças do Hamas na Faixa de Gaza.

O que aconteceu
Israel afirma ter “eliminado” Matez Eid, que seria comandante da ala de segurança nacional do distrito sul de Gaza . Segundo o exército israelense, Eid foi alvo de um bombardeio neste domingo.

Mais de 250 alvos militares do Hamas foram bombardeados neste domingo, em Israel . A destruição, de acordo com os israelenses, inclui itens de quartéis-gerais, postos de observação e estruturas para lançamento de foguetes.

Israel quer eliminar o topo da hierarquia do Hamas . Segundo o jornal The New York Times , os israelenses miram Yahya Sinwar, principal governante do grupo radical islâmico em Gaza. Ele é apontado por Israel como comandante dos ataques que deixou mais de 1.300 mortos no dia de outubro.

O líder do Hamas, no entanto, não está em Gaza . Ismail Haniyeh, que tem se manifestado publicamente desde o início do conflito, não vive no território palestino, e sim em Doha, no Catar.

UOL

Postado em 16 de outubro de 2023

Israel lançou 1 bomba a cada 2 minutos sobre Gaza na primeira semana de guerra

A Força Aérea de Israel disse ter lançado 6.000 bombas na Faixa de Gaza na primeira semana de guerra contra o grupo terrorista palestino Hamas . Em média, 1 explosão a cada 2 minutos.

A resposta de Tel Aviv aos ataques do 7 de Outubro já matou mais de 1.900 pessoas no lado palestino. Crianças são um terço das vítimas.

Em toda a extensão da Faixa de Gaza, os bombardeios israelenses atingem alvos civis, como hospitais, campos de refugiados, prédios residenciais, veículos de imprensa e universidades. Ao menos sete jornalistas morreram .

Israel diz que seus alvos são bases do Hamas e que se esforça para evitar danos a civis no território com 2,2 milhões de residentes.

“Estamos todos apavorados”, disse o brasileiro Hasan Rabee , 30. Ele está com a família em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, para onde milhares de pessoas se deslocaram depois que Israel deu um ultimato aos moradores da região norte.

“Muitos inocentes serão mortos no norte de Gaza. Tenho certeza de que vai acontecer um massacre”, afirmou Rabee.

Na terça-feira (10), um bombardeio de Israel matou 22 membros de uma família em Khan Yunis. Na quinta (12), 45 pessoas morreram sob os escombros de um prédio residencial atingido no campo de refugiados Jabalia.

Também ocorreram bombardeios no posto de controle de Rafah, única rota de fuga para o Egito. As autoridades do Cairo resistem à pressão internacional para abrir uma fronteira e receber os refugiados.

Há pelo menos 22 brasileiros em Gaza que esperam fugir para o Egito para serem repatriados, sem sucesso até aqui.

Além dos bombardeios incessantes, Tel Aviv impôs um cerco total a Gaza e cortou o fornecimento de eletricidade, água e comida. A situação humanitária , que já era aguda antes da guerra, chegou à beira do colapso, e não há previsão de entrega de ajuda humanitária.

Ao menos 423 mil pessoas já deixaram suas casas na Faixa de Gaza ao longo da última semana, segundo as Nações Unidas. Em 1948, quando o Estado de Israel foi distribuído, cerca de 750 mil palestinos foram expulsos de suas casas no território e foram refugiados em Gaza, na Cisjordânia e outras partes do mundo. Três em cada quatro palestinos em Gaza são membros de famílias oriundas de terras do outro lado da fronteira.

Os palestinos agora temem que, 75 anos depois do que chamam de “Nakba” , ou catástrofe, uma nova deslocação em massa ocorre na região acompanhada de um morticínio sem precedentes.

Israel se prepara para invadir a Faixa de Gaza para aniquilar a liderança do Hamas e resgatar a maioria de cem pessoas sequestradas por terroristas no sul de Israel e mantidas como reféns. O grupo terrorista diz que pelo menos 13 árbitros morreram nos bombardeios até agora.

Israel já realizou duas grandes incursões contra a Faixa de Gaza desde a retirada de tropas e colonos de 2005. As operações terrestres contra o Hamas em 2009 e 2014 duraram algumas semanas e terminaram com remessas de soldados israelenses mortos —além das milhares de mortos do lado palestino , a maioria civis.

Folha de SP

Postado em 16 de outubro de 2023

Filha de brasileiros está entre os reféns do Hamas, após 2º ataque terrorista sofrido pela família

Uma família brasileira, que já foi vítima de terrorismo mais de duas décadas atrás, está revivendo o mesmo drama com os ataques promovidos pelo Hamas em Israel.

Filha e neta de brasileiros, a jovem Tchelet Fishbein Za’arur (ou Celeste como a família a chama em português), de 18 anos, foi sequestrada no dia 7, e, segundo familiares, está em poder dos terroristas. De acordo com Israel, cerca de 150 pessoas são mantidas como reféns em Gaza.

A mãe de Celeste, Gladys Fishbein, é prima-irmã de Flora Rosenbaum. Em 2001, Flora ficou ferida num atentado, depois que um terrorista suicida detonou uma bomba no momento em que ela passava com a família na frente da pizzaria Sbarro, em Jerusalém.

À época, a explosão deixou 18 vítimas e cerca de cem feridos. Um dos mortos no episódio foi o marido de Flora, Jorge Balazs, de 69 anos. Ela ainda estava acompanhada da enteada Deborah Brando Balazs da Costa Faria, que também sobreviveu.

Celeste não tem nacionalidade brasileira – o pai é israelense – e trabalha como babá. Ela mora num kibutz, próximo da Faixa de Gaza. De acordo com relato de familiares, no dia do ataque, chegou a se esconder num bunker com o namorado, que também segue desaparecido.

A família explica que, até agora, não acharam DNA compatível com o de Celeste entre as vítimas do ataque terrorista.

“Ela entrou com o namorado no bunker e, depois, não tiveram mais notícias deles”, afirma Rinat Balazs, filha de Flora Rosenbaum. Rinat retornou ao Brasil no sábado, 14, num dos aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). “Ontem (sábado), o exército confirmou que ela está na lista de sequestrados”, diz.

Na noite do dia 6, sexta-feira, um dia antes do atentado terrorista, Celeste jantou com a avó de 94 anos, a mãe e o irmão. Em seguida, foi para a casa. Os ataques começaram no sábado, 7, por volta das 6h30.

“Foi um ataque de grande escala e, depois, começaram a chegar os terroristas atacando esse e outros lugares da região”, conta Mario Ricardo Fishbein, tio de Celeste . “Eles queimavam as casas para as pessoas saírem e aí disparavam ou sequestravam.”

A última mensagem enviada por Celeste no grupo da família foi por volta de 11h25 do sábado – cinco horas depois do início do ataque. “Depois, não recebemos mais mensagem nenhuma”, diz Fishbein. “De alguma forma ou outra entraram na casa da Celeste, mas não tem marca de sangue. O que quer dizer que não mataram eles dentro do bunker que estavam. Não sabemos qual a situação dela, se está viva ou morta.”

A mãe de Fishbein, a irmã e o sobrinho foram resgatados depois de 20 horas trancados num bunker. “Por sorte, não aconteceu nada grave com eles.”

Exame

Postado em 16 de outubro de 2023

Fernando Tonet é o novo técnico do Potyguar

O Potyguar anunciou seu treinador para a temporada 2024. Será o gaúcho Fernando Tonet, ex-técnico de Globo, Santa Cruz e Alecrim. A informação foi publicada pelo clube em seu perfil nas redes sociais.

O profissional tem 53 anos e possui Licença A CBF para atuar como treinador. Além de conhecimento no futebol potiguar, Tonet tem boas passagens no futebol piauiense, onde trabalhou no 4 de Julho, Parnahyba e Piauí.

No RN, foi vice campeão de turno em 2016 com o Alecrim e conseguiu a vaga para série D com o Santa Cruz em 2018.

anthonymedeiros

Postado em 16 de outubro de 2023

VEREADORA RAYSSA ARTICULA COM O DEPUTADO MINEIRO MAIS DE 400 MIL PARA A SAÚDE MUNICIPAL

Em agosto, durante sua passagem por Brasilia, a vereadora Rayssa esteve na câmara dos deputados visitando o deputado Fernando Mineiro. Entre suas articulações conseguiu a garantia do deputado viabilizar junto ao Ministério da Saúde a liberação do recurso extra de 420 mil reais para financiar e custear as equipes multidisciplinares em Saúde do nosso município. Recentemente o prefeito Odon também visitou o deputado e reforçou o pleito.

Essa semana o Ministério da Saúde publicou portaria habilitando o município a receber o recurso em breve, que servirá para custear os profissionais dessa ação importantíssima.

Postado em 14 de outubro de 2023

Haddad vê momento “crítico” e defende “multilateralismo do século 21”

Em discurso durante a reunião dos ministros das Finanças e presidentes dos bancos centrais dos países que compõem o G20, nesta sexta-feira (13/10), em Marrakech (Marrocos), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Brasil defende o “multilateralismo do século 21” para resolver questões políticas e econômicas que afligem o mundo neste momento.

Segundo Haddad, a economia global vive “um momento crítico” e o G20 talvez seja “o único fórum global com capacidade para promover o multilateralismo”. Em 2024, o Brasil será o anfitrião da cúpula do G20, depois de ter assumido a presidência do grupo neste ano.

O G20 é o bloco formado pelas 19 maiores e mais importantes economias do mundo e a União Europeia.

“Em vez do triunfo da globalização e de uma ordem mundial liberal centrada no livre comércio, em instituições internacionais baseadas em regras e na promessa de prosperidade para todos, o que vemos hoje é uma crescente fragmentação geoeconômica e um multilateralismo ineficaz, para não falar de uma nova crise da dívida no Sul Global e uma catástrofe ambiental iminente”, afirmou Haddad.

“Precisamos urgentemente melhorar as nossas instituições financeiras internacionais, fazer com que os mais ricos paguem sua justa cota de impostos, tratar do problema da dívida em um número crescente de países da África, Ásia e América Latina, e, de maneira eficiente, mobilizar recursos públicos e privados para uma economia global mais verde e sustentável”, prosseguiu o ministro da Fazenda em seu discurso.

“O G-20 é talvez o único fórum global com capacidade para promover o multilateralismo do século 21 que o Brasil e muitos outros países estão propondo. Isso não se deve apenas à grande parcela do PIB e da população mundial que os países do G20 representam. Mais importante, o G-20 reúne países muito diferentes, do Norte Global e do Sul Global, do Ocidente e do Oriente. Isso é fundamental porque as soluções globais de que necessitamos só emergirão a partir de um diálogo ampliado, envolvendo distintas vozes.”

Em seu discurso, Haddad afirma que é necessário que a comunidade internacional recupere a confiança “em soluções multilaterais” e aprenda “a ver o mundo pela perspectiva do outro”.

“O Brasil tem tradição de facilitar o diálogo e o consenso entre diferentes grupos de países. Teremos grande prazer em trabalhar mais uma vez para ajudar a construir o consenso tão necessário sobre as questões contemporâneas prementes”, concluiu Haddad.

“Casa em ordem”
Fernando Haddad afirmou, ainda, que o Brasil colocou a “casa em ordem” neste primeiro ano de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com o avanço da agenda econômica no Congresso.

“Em 2023, colocamos a nossa casa em ordem depois de alguns anos turbulentos. Estabelecemos um novo arcabouço fiscal, estamos fazendo uma grande reforma tributária, avançamos em reformas estruturais, reduzimos o desmatamento, renovamos e expandimos programas sociais reconhecidos internacionalmente, como o Bolsa Família, e acabamos de lançar um ambicioso plano de transformação ecológica”, disse Haddad.

“Agora, o Brasil está pronto para se voltar aos desafios globais e promover um diálogo construtivo e produtivo em direção ao multilateralismo do século 21.”

O ministro da Fazenda está no Marrocos para participar da reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. Segundo o Ministério da Fazenda, a viagem do ministro se estenderá até sábado (14/10).

A reunião anual do FMI conta com a participação de ministros da Economia e presidentes de bancos centrais de 189 países.

Metropoles

Postado em 14 de outubro de 2023

Bilionário perde quase R$ 4,5 milhões em golpe com criptomoedas

O bilionário norte-americano Mark Cuban confirmou ter sido vítima de um golpe de phishing. Ele perdeu US$ 870 mil (R$ 4,51 milhões) em NFTs e criptomoedas após baixar um software fraudulento. Entenda o caso e veja como se proteger.

O que aconteceu
Empresário diz que você pode baixar carteira falsa. Cuban mantinha seus ativos na carteira digital MetaMask, a principal do mercado. Por engano, acabou fazendo o download de uma versão falsa da carteira e permitiu que cibercriminosos acessassem seus dados.

Perdeu quase toda a sua carteira de criptomoedas. Ele falou ao site DL News que perdeu US$ 8.700 em 10 criptomoedas diferentes. Foram capturados por criminosos cerca de US$ 555 mil nas criptomoedas ethereum e (ETH) e USDCoin (USDC). A USDC é uma moeda digital lastreada em uma moeda fiduciária —neste caso, o dólar.

Phishing é prática comum. A palavra vem de ‘fishing’, pesca em inglês. Basicamente, este tipo de golpe consiste no roubo de dados pessoais e sigilosos por criminosos. Isso pode ser feito ao clicar em links maliciosos enviados via SMS, e-mail ou ao baixar algum software.

Empresário e investidor ainda tem uma grande fortuna. Conhecido por ser um dos “tubarões” no programa Shark Tank, ele tem US$ 5,2 bilhões segundo a Forbes. Sua fortuna vem da fundação e venda de empresas digitais, e ele é dono da equipe de basquete Dallas Mavericks.

Como se proteger do phishing?
Verifique a fonte. O investidor precisa ter certeza de fazer o download de fontes confiáveis, como sites oficiais ou lojas de aplicativos legítimos, disse o CEO da plataforma token.com, William Ou. É importante evitar clicar em links suspeitos ou baixar carteiras de criptomoedas de fontes não verificadas. “Mark Cuban comentou ter baixado provavelmente uma versão maliciosa da Metamask, e isso só pode ter ocorrido baixando do site não oficial”, diz.

Veja comentários de outros usuários. Avaliações e experiências de outros consumidores podem ajudar a identificar eventuais problemas e relatos de golpes. É importante fazer isso antes de escolher uma carteira.

UOL

Postado em 14 de outubro de 2023

Crianças são um terço das vítimas da guerra em Gaza, declaradas palestinas

Uma das regiões mais densamente povoadas do planeta —são 6.000 habitantes por milhas quadradas, enquanto no Brasil, para comparação, 23— e com um alto percentual de crianças —menores de 14 anos são 40% da população—, a Faixa de Gaza é uma bomba-relógio para impactos de um conflito armado na infância.
Ao longo de 16 anos, de janeiro de 2008 a setembro passado (pouco antes, portanto, de eclodir a atual guerra no Oriente Médio ), o conflito entre palestinos e israelenses matou mais de 5.300 pessoas neste pedaço estreito de terra na costa com o Mediterrâneo , segundo dados da ONU . Mais de 1.200, ou 23%, eram crianças.

Na atual guerra entre Tel Aviv e o Hamas , uma facção terrorista que controla Gaza, as cifras percentuais são ainda mais expressivas. Em menos de uma semana, morreram ao menos 1.900 pessoas na região, sendo 614 deles (33%) crianças, segundo balanço do Ministério da Saúde divulgado divulgado na tarde desta sexta-feira (13).

“Quando existe conflito em um país, as crianças são sempre as que pagam o preço mais pesado”, diz Ricardo Pires, porta-voz da Unicef , do Fundo das Nações Unidas para a Infância, em Nova York.

“Quando as casas começam a ser destruídas, elas veem o trauma de uma guerra que nem um adulto teria condições de lidar. Isso para uma criança define o desenvolvimento dela por décadas.”

Gaza, assim, não é exceção —todo conflito armado crava consequências na infância. Mas o território adjacente a Israel e fronteiriço com o Egito contém os agravantes de sua pirâmide etária jovem e de sua infraestrutura deficiente.

A região só tem metade de sua demanda elétrica atendida e, frente ao bloqueio terrestre, aéreo e marítimo decretado por Tel Aviv, viu desaparecer uma pouca eletricidade existente —o que abastece, por exemplo, hospitais com unidades de tratamento intensivo.

Segundo levantamento pelo Unicef, desde 2008 foram identificados, em diferentes momentos, 816 mil crianças que necessitaram de atendimento secundário para saúde mental devido a fatores relacionados ao conflito regional.

“Os hospitais em Gaza estão lotados, não têm mais capacidade de responder à demanda. A situação é caótica e catastrófica, e essa matança de crianças precisa parar”, diz o porta-voz. “Crianças israelenses mantidas reféns [pelo Hamas] também devem ser imediatamente reunidas com seus familiares. A compaixão e o direito internacional devem prevalecer.”

Do lado israelense, o conflito prolongado com os palestinos também vitimou os mais jovens. Tel Aviv não divulgou o número de crianças entre suas vítimas. Mas, segundo o mesmo levantamento da ONU, de 2008 até antes do início desta guerra morreram 25 crianças em Israel como consequência direta das hostilidades.

Tel Aviv também afirma que há crianças mortas nas primeiras comunidades agrícolas atacadas pelo Hamas desde o último sábado (7). Fotos divulgadas pelo governo mostram bebês degolados e carbonizados .

Antigo porto comercial e marítimo, a Faixa de Gaza foi densamente povoada a partir de 1948, ano de formação do Estado de Israel, quando milhares de aldeões árabes, expulsos das áreas que ocupavam, foram para a região costeira. Desde então, estão também os campos de refugiados palestinos —são pelo menos oito em toda Gaza, que reúnem no total cerca de 1,5 milhão de pessoas.

A região que hoje soma 2,2 milhões de pessoas tem ainda uma alta taxa de fecundidade: 3,3 nascidos vivos por mulher. A média global é de 2,3.

“Cada vez mais crianças estão pagando um preço muito caro”, afirma Pires, do Unicef. Traçando um paralelo com a Guerra da Ucrânia , ele lembra que o caso no Oriente Médio é muito mais complexo: a nação do Leste Europeu viu as fronteiras de vários países vizinhos, como a Polônia, abrindo-se para seus refugiados, muitos deles menores de idade . Gaza, não. E a negociação sobre a abertura de um corredor humanitário para retirada de cidadãos parece bloqueada.

No caso ucraniano, onde a guerra passou de dois anos e meio, pelo menos 1.741 crianças morreram , segundo dados do próprio Unicef. Outros 4,1 milhões de crianças precisam de ajuda humanitária dentro do país.

Neste conflito, a infância também esteve no centro do debate em março passado, quando o TPI (Tribunal Penal Internacional) emitiu um mandado de prisão contra o presidente russo, Vladimir Putin , por solicitado ser o responsável pela deportação de crianças ucranianas de áreas ocupadas por Moscou no país vizinho .

Ricardo Pires lembra que também são as crianças mais atingidas em conflitos por toda a África, um continente majoritariamente jovem e aqueles países, em especial na porção Subsaariana, têm altas taxas de fecundidade. No Sudão, hoje em guerra civil , por exemplo, metade da população tem menos de 18 anos.

Folha de SP

Postado em 14 de outubro de 2023

Netanyahu sobre ataques à Faixa de Gaza: “É apenas o começo”

Nesta sexta-feira (13/10), em um discurso na televisão, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu destruir o grupo radical islâmico Hamas, autor dos mais graves atentados terroristas da história de Israel.

“Este é apenas o começo”, disse, referindo-se aos bombardeios de forças israelenses na Faixa de Gaza após o ataque perpetrado pelo Hamas em 7 de outubro.

“Terminaremos essa guerra mais fortes do que nunca. Destruiremos o Hamas e venceremos, mas isso levará tempo”, acrescentou.

O chefe de governo de Israel afirmou que o país conta com amplo apoio internacional para a operação em Gaza, de onde partiram os ataques em solo israelense.

O Hamas é considerado uma organização terrorista por países como Israel, Estados Unidos, Japão e todos os países-membros da União Europeia (UE).

Metrópoles

Postado em 14 de outubro de 2023

Aviões da FAB vindos de Israel já repatriaram 494 brasileiros

O governo federal tem enviado aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para repatriar os brasileiros que estão em áreas de conflito em Israel, após o ataque do grupo islâmico Hamas, no último sábado (7/10). Até esta sexta-feira (13/10), 494 brasileiros retornaram do solo israelense por meio da Operação Voltando em Paz.

Voltaram para o território brasileiro três aeronaves da FAB: dois KC-30 e um KC-390 Millennium. Também retornaram para o Brasil oito pets, sendo três cachorros e cinco gatos.

Outras três aeronaves devem repatriar os brasileiros que estão na área de conflito. Um avião KC-30 decolou de Tel Aviv, capital de Israel, e deve chegar ao Brasil na madrugada deste sábado (14/10).

O governo federal também estuda formas de realizar a repatriação de brasileiros que estão na Faixa de Gaza. A Presidência da República disponibilizou uma aeronave VC-2 para trazer quem está na região. O avião encontra-se em um aeroporto de Roma, na Itália, onde aguarda autorização das autoridades do Egito para concluir a operação.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, pelo menos 22 brasileiros que estão na Faixa de Gaza manifestaram interesse em retornar ao Brasil. O governo pretende resgatar eles por meio de um corredor humanitário entre a região e o Egito.

Metrópoles

Postado em 14 de outubro de 2023

Mauro Vieira: brasileiros em Gaza sairão neste sábado pelo Egito

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse, nesta sexta-feira (13/10), que os brasileiros na Faixa de Gaza poderão deixar a região pelo Egito neste sábado (14/10). A proposta do governo do Brasil é levar de ônibus os repatriados até um “aeroporto muito próximo da fronteira”.

Depois, os brasileiros deverão embarcar em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) ainda em território egípcio — hoje, essa aeronave está em Roma, na Itália, à espera de autorização para seguir até o Egito. “É a única forma de sair”, comentou o ministro sobre o novo planejamento.

Diferentemente de outros voos feitos pela FAB nesta semana, desde a escalada da violência no conflito entre Israel e o grupo extremista Hamas, esse foi impactado pela ordem das forças israelenses para todos os civis evacuarem a Faixa de Gaza.

Eles tinham 24 horas, que acabaram no início desta noite. A determinação indica uma possível invasão das tropas israelenses por terra.

“Desânimo” com tempo de saída

Mauro Vieira declarou “desânimo” com o tempo dado pelas forças israelenses para a evacuação de civis na Faixa de Gaza e as repercussões dessa saída. O pronunciamento ocorreu nesta sexta-feira (13/10), após a sessão do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) sobre o conflito armado entre Israel e o grupo Hamas.

“Recebemos com desânimo a notícia de que as forças israelenses pediram que todos os civis — mais de 1 milhão — no norte de Gaza deixassem o local em 24 horas. Conforme declarado pelas Nações Unidas, isso pode levar a níveis de miséria sem precedentes para civis inocentes”, afirmou Vieira.

O ministro também se posicionou a favor de um corredor humanitário no local para a remoção de mais civis e entrada de suprimentos. “O objetivo imediato é claro e imediato: evitar mais derramamento de sangue e perda de vidas, e tentar garantir o acesso humanitário urgente e livre às áreas afetadas”.

O mesmo pedido havia sido feito na quinta-feira (12/10) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao falar no telefone com o presidente de Israel, Issac Herzog.

A reunião do Conselho de Segurança, nesta sexta-feira, se encerrou sem consenso para um texto final sobre os civis em Israel e na Faixa de Gaza. Mauro Vieira comandou a agenda, já que o Brasil ocupa a atual Presidência do grupo.

O encontro de hoje foi o segundo desde a retomada dos conflitos entre Israel e o Hamas. O primeiro também acabou sem resolução para a guerra.

Mortos, feridos e reféns

A guerra já ultrapassou a marca de 3 mil mortos, com óbitos registrados em Israel, Palestina e Cisjordânia. Há ainda cerca de 10 mil feridos, sendo 6 mil devido a bombardeios israelenses em retaliação ao ataque do Hamas.

Além disso, as forças de Israel notificaram a existência de ao menos 120 reféns nas mãos do grupo extremista. Os capturados estariam na Faixa de Gaza.

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Postado em 14 de outubro de 2023