Governo publica decreto que institui o concurso público unificado

O governo federal publicou nesta sexta-feira (29), no Diário Oficial da União (DOU) o decreto que institui o concurso público unificado. O documento traz as novas regras para a seleção de servidores públicos no âmbito dos órgãos e das entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional, de forma conjunta.

O modelo de concurso unificado, desenvolvido pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), prevê a realização simultânea das provas em todos os estados e no Distrito Federal.

O objetivo, segundo o decreto, é promover igualdade de oportunidades de acesso aos cargos públicos efetivos, por meio da padronização de procedimentos na aplicação das provas. A iniciativa também visa aprimorar os métodos de seleção de servidores públicos, “de modo a priorizar as qualificações necessárias para o desempenho das atividades inerentes ao setor público; e zelar pelo princípio da impessoalidade na seleção dos candidatos em todas as fases e etapas do certame.”

A adesão ao Concurso Público Nacional Unificado será realizada mediante assinatura de termo entre o órgão ou a entidade interessada e o MGI. Os custos com a realização do certame serão rateados entre os órgãos que aderirem à proposta.

O documento também prevê a criação de uma Comissão de Governança e de um Comitê Consultivo e Deliberativo. A primeira vai estabelecer as diretrizes e regras gerais para a realização do concurso unificado, definindo prazos e metas para a sua implementação.

A comissão será composta por representantes do MGI, responsável pela coordenação das atividades; da Advocacia-Geral da União (AGU); da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom); do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep); do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da Escola Nacional de Administração Pública (Enap). A participação na comissão será considerada prestação de serviço público relevante, não remunerada.

Já o comitê será responsável por exercer a função de comissão organizadora do concurso unificado e por validar e aprovar os agrupamentos de cargos e os editais. O grupo será composto por um representante de cada um dos órgãos e das entidades que compõem a Comissão de Governança e dos órgãos e das entidades que aderirem ao concurso nacional. O documento diz ainda que o MGI vai editar normas complementares ao disposto no decreto.

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EBC

Postado em 30 de setembro de 2023

Crise climática faz seis jovens portugueses processarem 32 países em tribunal de direitos humanos

O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH) analisará nesta quarta-feira (27) um processo “sem precedentes”, movido por seis jovens contra 32 países europeus, acusando-os de não terem conseguido enfrentar a crise climática.

Os requerentes, com idades entre 11 e 24 anos, de Portugal, estão na linha da frente das mudanças climáticas e pedem ao tribunal que obrigue estes países a acelerar ações práticas contra as mudanças climáticas.

É o primeiro caso climático a ser apresentado ao TEDH e o maior de um total de três causas que tramitam na corte.

As apostas são altas. Uma vitória forçaria os países a atuarem de forma mais efetiva e também seria um impulso para outros processos judiciais semelhantes em todo o mundo, especialmente nas ações que argumentam que os países têm obrigações em matéria de direitos humanos para proteger as pessoas da crise climática.

Contudo, se o tribunal decidir contra os requerentes, isso poderá ser prejudicial para outras reivindicações climáticas.

“É um caso entre David e Golias, sem precedentes nos seus potenciais impactos”, disse Gearóid Ó Cuinn, diretor da Global Legal Action Network (GLAN), que apoiou o caso dos requerentes.

Incêndios florestais: a faísca para os processos
A jornada até a audiência desta quarta-feira começou há seis anos. “Tudo começou em 2017 com os incêndios em Portugal”, disse Catarina Mota, uma das reclamantes.

Incêndios florestais devastadores queimaram 500 mil hectares em Portugal e mataram mais de 100 pessoas naquele ano. À medida que os incêndios avançavam em direção ao local onde Mota morava, a sua escola e outras na área foram fechadas. “A fumaça estava por toda parte”, disse ela à CNN.

O desastre catalisou o processo. Mota começou a conversar com uma amiga e agora também reclamante, Cláudia Duarte Agostinho. Com a ajuda da GLAN, reuniram mais quatro reclamantes, todos afetados pelos incêndios de 2017.

Embora a alegação tenha sido desencadeada pelos incêndios, as alterações climáticas continuam a afetar suas vidas, argumenta o grupo, especialmente as fortes ondas de calor que Portugal enfrenta regularmente.

Os reclamantes argumentam que esses períodos dificultam a saída de casa, a concentração nos trabalhos escolares, o sono e, para alguns, até a respiração, além dos impactos na saúde mental.

“Isso nos deixa preocupados com o nosso futuro. Como poderíamos não ter medo?, questiona André dos Santos Oliviera, de 15 anos, outro dos reclamantes.

‘Como um tratado juridicamente vinculativo’
A ação — movida em 2020 e que depende de financiamento público — foi acelerada pelo Tribunal Europeu dos Direitos Humanos devido à urgência da questão e ao grande número de acusados.

Nesta quarta-feira, os requerentes argumentarão que o fracasso na resposta à crescente crise climática viola os direitos humanos, incluindo o direitos à vida e à vida familiar.

Eles pedem ao tribunal que determine que os países que alimentam a crise climática sejam obrigados a proteger, não só seus próprios cidadãos, mas também aqueles que estão fora das suas fronteiras, mas são impactados pelas suas ações.

A exigência é que os 32 países, que incluem os 27 países da União Europeia, além de Noruega, Rússia, Suíça, Turquia e Reino Unido, reduzam drasticamente a emissão de gases de efeito estufa e obriguem as empresas sediadas a também reduzirem suas emissões.

Os países, por outro lado, alegam que nenhum dos requerentes demonstrou ter sofrido danos graves em consequência das alterações climáticas.

O governo da Grécia – um país que acabou de passar por um verão mortal, com incêndios e tempestades – disse na sua resposta: “Os efeitos das alterações climáticas registrados até agora não parecem afetar diretamente a vida humana ou a saúde humana”.

O processo pode seguir vários caminhos.

O tribunal pode rejeitar a reclamação por motivos processuais ou decidir que não tem jurisdição para julgá-lo.

Se ultrapassar os obstáculos processuais, o tribunal poderá decidir que os países não têm obrigações em matéria de direitos humanos no que diz respeito às alterações climáticas.

“Isso poderia ser muito prejudicial para outros casos semelhantes”, disse Michael B. Gerrard, diretor do Centro Sabin para Legislação sobre Mudanças Climáticas da Faculdade de Direito de Columbia.

Ou o tribunal poderia decidir a favor dos requerentes. O julgamento “atuaria como um tratado juridicamente vinculativo”, disse Ó Cuinn à CNN, forçando todos os 32 países a acelerar suas ações para conter as mudanças climáticas.

“Esta pode ser uma decisão extremamente importante que inspirará mais casos climáticos em toda a Europa e talvez em muitas outras regiões”, disse Gerrard à CNN.

A ação é a maior de três ações que correm no tribunal, todas relacionadas às obrigações dos países para com os seus cidadãos no que diz respeito às alterações climáticas. Os outros dois processos foram ouvidos em março.

Um foi apresentado por mais de 2 mil mulheres suíças que alegaram que as ondas de calor alimentadas pelas alterações climáticas prejudicavam a sua saúde e qualidade de vida. O outro foi movido por um presidente da Câmara francês, que alegou que o fato de a França não agir contra as alterações climáticas violava seus direitos humanos.

Não está claro se os tribunais decidirão sobre todas as reivindicações em conjunto, mas o prazo entre a audiência e o julgamento é entre nove e 18 meses, disse Gerry Liston, advogado sênior da GLAN.

A ascensão do litígio climático
À medida que as condições meteorológicas extremas se tornam recorrentes, os litígios climáticos revelam-se uma ferramenta cada vez mais popular para tentar forçar ações de combate às mudanças climáticas, especialmente porque as nações do mundo não têm feito o suficiente para reduzir a poluição e evitar níveis catastróficos de aquecimento.

Mesmo que as atuais políticas climáticas sejam cumpridas, o mundo ainda está a caminho para um aquecimento superior a 2,5°C acima dos níveis pré-industriais até ao final do século.

O planeta já está 1,2 grau mais quente e os impactos são claros. Só neste ano já houve ondas de calor recorde, incêndios florestais sem precedentes e inundações catastróficas.

Os países estão fazendo o mínimo, disse Liston da GLAN, e se todas as nações fizerem isso, “vamos continuar numa trajetória totalmente catastrófica”.

É por isso que as pessoas têm recorrido aos tribunais. Existem mais de 2.400 ações judiciais climáticas em todo o mundo, de acordo com o Sabin Center, e mais são adicionadas a cada semana.

O litígio climático é uma ferramenta importante, disse Catherine Higham, coordenadora do projeto Leis do Mundo sobre Mudanças Climáticas da London School of Economics. “Mas acho que é apenas uma peça do quebra-cabeça”, disse ela à CNN.

A defesa contínua e as conferências climáticas – como a próxima cimeira COP28 das Nações Unidas no Dubai – também são vitais, acrescentou ela.

Para os requerentes portugueses, será uma espera ansiosa pela decisão do tribunal. Mesmo que a reivindicação não corra bem, disse Mota, pelo menos terá feito as pessoas sentarem-se e prestarem atenção.

Ainda assim, acrescentou ela, “ansiamos por um resultado positivo”.

CNN

Postado em 30 de setembro de 2023

Estudo identifica misteriosos ‘círculos de fadas’ em mais de 200 locais ao redor do mundo

Círculos estranhamente bem desenhados, com uma leve depressão em seu centro e uma borda formada por um pequeno monte de areia. Assim são os chamados “círculos de fadas”, observados nas paisagens desérticas e áridas da Namíbia, no sul da África, e no interior da Austrália Ocidental. O porquê e como essas formas surgem ainda é um mistério e, por isso, uma pesquisa recente decidiu procurar respostas longe de seus tradicionais locais de aparecimento.

Publicada na segunda-feira na revista Proceedings of the National Academy os Science, uma pesquisa da Universidade de Alicante, na Espanha, buscou identificar padrões de vegetação dos “círculos de fadas” (regiões áridas e/ou locais secos, com pouca ocorrência) em centenas de novos locais espalhados em mais de 15 países de três continentes diferentes. Para isso, o grupo de especialistas conta com a ajuda de Inteligência Artificial (IA).

O principal autor do estudo, Emilio Guirado, do Instituto Multidisciplinar para Estudos Ambientais, apontou à CNN que essa é a primeira vez que a tecnologia, baseada em imagens de satélite, é usada em larga escala para tentar identificar padrões do círculo.

Antes da coleta, os cientistas treinaram a rede neural para detectá-los. Para isso, a equipe inseriu mais de 15 mil imagens de satélite da Namíbia e da Austrália Ocidental com metade mostrando o aparecimento e a outra metade, não.

Entendendo o que era o círculo, os pesquisadores partiram então para o reconhecimento de terreno: imagens de satélite de mais de 575 mil porções de terra de todo o mundo, medindo cerca de 10 mil m², também foram inseridas no IA.

Com um histórico rico e vasto de informações, a inteligência artificial conseguiu identificar padrões de círculos que em muito se assemelhavam aos “círculos de fadas” conhecidos, levando em conta sua forma, tamanho, localização, densidade e distribuição. A conclusão, porém, é um toque humano. Guirado explica que foi necessário destacar manualmente “algumas estruturas artificiais e naturais que não eram ‘círculos de fadas’ com base na interpretação das fotos e no contexto da área”.

Restaram portanto 263 imagens em alta resolução, tiradas de regiões distribuídas na África — como o Sahel, Saara Ocidental e Chifre da África — em Madagascar e no centro-oeste da Ásia, que continham padrões semelhantes aos círculos da Namíbia e Austrália Ocidental.

Os cientistas também coletaram informações sobre o ambiente em que os círculos estavam inseridos. Eles notaram que as características tinham maior probabilidade de aparecer em solos muito secos e arenosos, com alto teor alcalino e baixa concentração de nitrogênio (N).

Ainda segundo a pesquisa, também foi possível verificar que os “círculos de fadas” ajudam a estabilizar os ecossistemas nos quais aparecem, aumentando a resistência da área a eventos naturais extremos, como enchentes e secas.

Críticas ao modelo
Fazer ciência é sempre testar e duvidar de uma teoria, buscando, a partir da dúvida, avançar cada vez mais. Por isso, apesar de inovador, uma investigação da Universidade de Alicante levanta questionamentos e debates.

O pesquisador da Universidade de Göttingen, na Alemanha, Stephan Getzin, que estudou os “círculos de fadas” na Namíbia, disse à CNN por e-mail que de fato os círculos não são o único característico a produzir essas formas na terra e que, por isso, um forte padrão de ordenamento entre elas distingue as características dos demais.

Em artigo publicado com um grupo de pesquisadores em novembro de 2021, Getzin esmiúça esse padrão, enfatizando os detalhes e mostrando os motivos pelos quais esses círculos são únicos. Por isso, ele enfatizou à rede americana, que os modelos recolhidos pelo novo estudo — do qual não está envolvido — são insuficientes.

“Os círculos de fada definidos são pelo fato de que têm, em princípio, a capacidade de formar um padrão ‘espacialmente periódico’, sendo ‘significativamente mais ordenado’ que outros semelhantes — e nenhum dos padrões da pesquisa supera esse alto padrão”, escreveu Obtido pela CNN.

Em resposta, Guirado afirmou que não existe uma definição universal sobre o que são os círculos de fada. Ele disse que seu grupo acordos padrões ao medir individualmente o círculo e sua forma, bem como os padrões que eles formaram de maneira coletiva, e que estes se assemelham às diretrizes de diversos estudos publicados.

— As análises são praticamente as mesmas — defendidas pela CNN.

Dos 263 locais registrados, alguns foram aprovados por Fiona Walsh, que estudou as características do outback australiano. Um etnoecologista e pesquisadora da Universidade da Austrália Ocidental disse à CNN por e-mail que “a distribuição de padrões [dos que aparecem] na Austrália parece ser congruente com algumas das informações que reportamos anteriormente”.

Possíveis origens
Guirado e seus colegas de pesquisa ainda não conseguiram bater o martelo quanto à célebre pergunta sobre o que forma esses círculos. Para os cientistas, a resposta é complexa, e os fatores imbricados nesse processo podem variar de um ambiente para outro. O mesmo aconteceu com Getzin e Walsh.

Na Namíbia, o pesquisador alemão observou que algumas condições climáticas, especialmente com a vegetação do local, geraram o círculo de fadas. Ele disse que as atividades dos insetos, como os cupins, são encontradas nessas zonas mais secas e não têm impacto direto no específico.

A resposta vai na mão oposta ao que Walsh descobriu ao se debruçar sobre as formações desses círculos na Austrália. No caso deles, a pesquisadora contou que a ação dos cupins está diretamente ligada. Sua pesquisa contou com o apoio intenso de alguns povos aborígenes “que ilustraram esses padrões pelo menos desde a década de 1980 e disseram que os conheciam há gerações, provavelmente milênios antes”, escreveu por e-mail à CNN.

“Eles são o mecanismo principal e as interpretações precisam ser centradas na dinâmica cupim-grama-solo-água”, completou Walsh.

Apesar da dificuldade em encontrar uma resposta, Guirado está esperançoso:

— Esperamos que as informações que publicamos no artigo possam fornecer aos cientistas de todo o mundo novas áreas de estudo que resolverão novos enigmas na formação dos padrões dos círculos de fadas — disse à CNN.

O GLOBO

Postado em 30 de setembro de 2023

‘Não penso mais em chegar ao fim do mês, mas ao fim da semana’: 40% dos argentinos estão na pobreza

Nas vésperas das eleições presidenciais, a Argentina vê um aumento da pobreza que já afetou 18,6 milhões de pessoas ou 40% da população. Pesquisa divulgada esta semana mostra que 9,3% são indigentes – ou seja, não têm renda suficiente nem mesmo para comprar alimentos.

  • Já não penso em chegar ao fim do mês, penso em chegar ao fim da semana – lamenta Juan Díaz, que trabalha como administrador em uma escola paroquial no sul de Buenos Aires , das 8h às 17h.

Às vezes, ele encontra algum trabalho temporário para as tardes, mas nem mesmo com o soma dessa renda extra e do auxílio estatal que recebe para sua filha, o dia tem o suficiente para cobrir as despesas básicas, agora que sua esposa está grávida pela segunda vez .

  • Há seis anos, deixei minha aldeia em busca de um futuro melhor, mas desde então tem sido pior. Reduzi as saídas, desistimos das férias, mas agora não penso em nada disso, apenas em poder pagar a comida e o aluguel. Estou pensando em voltar para a minha casa no interior porque não posso pagar o aluguel – acrescentou, resignado.

Diaz vive na Villa 21-24, o maior bairro operário da Argentina. A situação é crítica para grande parte dos seus 80 mil habitantes.

  • Este é o pior ano desde a pandemia. Agora, entre 250 e 280 pessoas vêm buscar alimentos – conta Graciela Jacoby, voluntária do refeitório Madre Teresa. – Há muitas pessoas necessitadas. Talvez eles tenham o suficiente para comer macarrão e óleo, mas eles vêm porque sabem que sempre servimos carne ou frango aqui – acrescenta.

Embora o refeitório Madre Teresa seja uma cantina destinada aos idosos, nos últimos meses eles tiveram que aumentar o número de refeições, porque famílias inteiras começaram a aparecer.

Graciela tem 70 anos e seis netos – três crianças e três pré-adolescentes – que ela não consegue sustentar com sua pensão mínima (equivalente a cerca de US$ 200 no valor oficial) e os subsídios que recebe pelos netos. Seu trabalho na cantina garante pelo menos uma refeição quente para todos eles:

  • Eu vejo isso como algo muito complicado. Em 2001, eu via uma saída, mas agora não. E acho que agora estou com mais medo.

Os argentinos estão habituados a crises e suas recuperações, mas cada desaceleração os deixa mais vulneráveis.

  • As famílias mais pobres tendem a se desfazer de ativos e de capital para enfrentar essas crises e, quando elas terminam, não têm mais os recursos que lhes permitem gerar renda – diz o economista Leo Tornarolli, pesquisador do Centro de Estudos Distributivos, Trabalhistas e Sociais .

Ele ressalta que também é comum que os adolescentes abandonem o Ensino Médio para aceitar empregos temporários para fortalecer a renda familiar:

  • Eles interromperam sua educação e sua capacidade de ganho futuro é prejudicada.

Nos últimos meses, a economia argentina parou de crescer e a inflação disparou, um coquetel explosivo que pulverizou a mudança e os planos para o futuro no período que antecede a campanha para as eleições gerais de 22 de outubro.

A pobreza cresceu cinco pontos durante o governo de Mauricio Macri (2015-2019) e quase cinco pontos a mais durante o governo de Alberto Fernández . Isso representa mais de quatro milhões de novos pobres.

  • Essas são as classes média-baixa que estão caindo na pobreza e estão muito irritadas e aborrecidas – diz Agustín Salvia, diretor do Observatório da Dívida Social Argentina da Universidade Católica da Argentina.

Doze anos de estagnação econômica e aumento da inflação – que atingiu o recorde de 124,4% ao ano em agosto – formaram uma crise diferente das anteriores, como a hiperinflação de 1989 ou o corralito de 2001.

  • O aumento da pobreza ocorreu em cada crise, mas depois houve processos de rápida recuperação dos riscos e do poder aquisitivo. Agora é uma fuga gradual e sistemática em que não há fundo do poço nem recuperação econômica – compare Salvia.

Ele ressalta que a crise afeta à formação mais intensa das crianças: 56% dos menores de 15 anos são pobres.

O GLOBO

Postado em 30 de setembro de 2023

Taxa de desemprego cai para 7,8% em agosto, revela IBGE

A taxa de desocupação (desemprego) ficou em 7,8% no trimestre encerrado em agosto deste ano. Esse é o menor patamar do índice desde fevereiro de 2015 (7,5%). A taxa mostra a proporção de pessoas que buscaram emprego e não conseguiram no período em relação à força de trabalho, que é a soma de empregados e desempregados.

A taxa recuou em relação tanto ao trimestre anterior – encerrado em maio deste ano (8,3%) – quanto ao trimestre finalizado em agosto de 2022 (8,9%). Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) foram divulgados nesta sexta-feira (29), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A população desocupada chegou a 8,4 milhões, apresentando recuos de 5,9% (menos 528 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e de 13,2% (menos 1,3 milhão de pessoas) em relação ao ano anterior. Para o IBGE, esse é o menor contingente desde junho de 2015 (8,5 milhões).

Já a população ocupada (99,7 milhões) cresceu 1,3% no trimestre (mais 1,3 milhão de pessoas) e 0,6% (mais 641 mil pessoas) no ano. O nível da ocupação, isto é, o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, ficou em 57%, acima do trimestre anterior (56,4%) e estável em relação ao ano passado.

O rendimento real habitual foi calculado em R$ 2.947, apresentando estabilidade no trimestre e crescimento de 4,6% no ano. A massa de rendimento real habitual (R$ 288,9 bilhões) foi recorde da série histórica, crescendo 2,4% frente ao trimestre anterior e 5,5% na comparação anual.

Carteira assinada
O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado – sem considerar trabalhadores domésticos – chegou a 37,25 milhões, o maior total desde fevereiro de 2015 (37,29 milhões). Em relação ao trimestre anterior, a alta é de 1,1% (mais 422 mil pessoas), enquanto na comparação com o ano anterior o avanço é de 3,5% (mais 1,3 milhão) no ano.

O total de empregados sem carteira no setor privado (13,2 milhões) também cresceu no trimestre (2,1% ou mais 266 mil pessoas), mas ficou estável no ano.

O mesmo aconteceu com os trabalhadores domésticos (5,9 milhões de pessoas), que cresceram ante o trimestre anterior (2,8%). Houve estabilidade em relação ao trimestre encerrado em agosto de 2022.

O número de trabalhadores por conta própria (25,4 milhões de pessoas) ficou estável frente ao trimestre anterior e caiu 2,0% no ano (menos 509 mil pessoas). Já o item empregadores (4,2 milhões de pessoas) ficou estável nas duas comparações.

A taxa de informalidade atingiu 39,1 % da população ocupada (ou 38,9 milhões de trabalhadores informais), acima dos 38,9% no trimestre anterior, mas abaixo dos 39,7% no mesmo trimestre de 2022.

Subutilização
A população subutilizada, isto é, que poderia trabalhar mais do que trabalha, ficou em 20,2 milhões de pessoas, quedas de 2,2% no trimestre e 15,5% no ano.

A população fora da força de trabalho, ou seja, aqueles com mais de 14 anos que não trabalham nem procuram emprego, foi de 66,8 milhões, uma queda de 0,5% ante o trimestre anterior (menos 347 mil pessoas) e uma alta de 3,4% (mais 2,2 milhões) na comparação anual.

Já a população desalentada, ou seja, aquela que gostaria de trabalhar, mas não procurou emprego por vários motivos, representou 3,6 milhões de pessoas, uma estabilidade em relação ao trimestre anterior e uma queda de 16,2% (menos 692 mil pessoas) na comparação com o ano passado. É o menor contingente desde setembro de 2016 (3,5 milhões).

EBC

Postado em 30 de setembro de 2023

Polícia Civil elucida homicídio e prende homem em Currais Novos

Policiais civis da 92ª Delegacia de Polícia Civil (DP de Currais Novos) deram cumprimento, nesta sexta-feira (29), a um mandado de prisão preventiva em desfavor de um homem, 31 anos, suspeito por homicídio. Ele foi preso no município de Currais Novos.

Em 26 de setembro de 2023, o homem teria desferido onze golpes de faca contra José Carlos Barbosa, 42 anos, o qual era uma pessoa com deficiência. Dada a crueldade empregada, o homicídio teve grande repercussão na mídia.

O homem foi encaminhado para o sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça.

ismaelmedeiros

Postado em 29 de setembro de 2023

“O Mundo de Alice” livro será lançado na última semana de outubro de 2023, em Currais Novos.

A primeira vez que encontrei Alice foi na feira de Currais Novos. Ela e sua mãe ocupavam uma pequena banca onde vendiam as rosas em lisolene, também arranjos, coroas e guirlandas que elas mesmas fabricavam.
Alice de Dona Benigna, vestiam roupas simples, mas de muito bom gosto e encantavam a todos pelo tratamento cordial que dispensam aos seus “fregueses”.
Aquilo tornou-me um clientes assíduo daquela banca de flores, o que contribuiu para estreitar os nossos laços de amizade.
Algum tempo depois, já morando em definitivo na cidade de Currais Novos, Alice e sua irmã Aliete, passaram a adquirir suas mercadorias em meu estabelecimento, que eu, prontamente as entregava em sua residência.
Sempre que lá chegava, para fazer a entrega, era recebido com um cafezinho, biscoitos e água de coco produzida em seu quintal.
Ela já demonstrava o dom da poesia, dom que a acompanha até hoje.
Alguns anos depois, após o falecimento de sua mãe, Alice, sabendo que eu cuidava do Abrigo de Idosos Monsenhor Paulo Herôncio, aqui mesmo na cidade de Currais Novos, perguntou-me se não existiria duas vagas naquele estabelecimento, para ela e sua irmã, deixando claro as condições para que aceitasse lá morar: que pudesse levar a sua máquina de datilografia, para que assim fosse possível digitar as suas poesias.
Tão logo as vagas fossem abertas no abrigo, Alice e Aliete foram para lá morar, até o falecimento da sua irmã, ocorrido anos depois.
Hoje, decorridos mais de trinta anos, Alice continua no abrigo fazendo poesias nas quais retrata o cotidiano, os amigos, aqueles que a visitam, as datas importantes, os eventos da cidade.
Desse modo, Alice mudou a cara do abrigo, trazendo poesia, cultura e lazer àqueles que participam do seu dia a dia.
O livro, O MUNDO DE ALLICE, que ora está sendo lançado, mostra a vida, e seus sentimentos.

Currais Novos, 25 de agosto de 2023

Por: Fernando Jerônimo de Medeiros

Postado em 29 de setembro de 2023

PF deflagra operação em Mossoró e Natal e desarticula quadrilhas especializadas em lavagem de dinheiro que financiava ações de facção

As Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (FICCOs) de Mossoró e Natal deflagraram, na manhã desta quinta-feira (28/09), a operação Cash. A ação busca desarticular um esquema de lavagem de dinheiro que financia atividades de organização criminosa com atuação dentro e fora dos presídios do RN.

Mais de 100 (cem) policiais cumprem 11 (onze) mandados de busca e oito mandados de prisão expedidos pela Justiça do Rio Grande do Norte. Foi autorizado também o bloqueio de 14 (quatorze) contas correntes de pessoas físicas e jurídicas.

No imóvel de um investigado, que é apontado como uma das principais lideranças da facção criminosa, houve a apreensão de cerca de R$ 180.000,00 (cento e oitenta mil reais).

A ação de hoje é produto de cooperação entre a Polícia Federal; Polícia Civil, através da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Divisão Especializada de Investigação e Combate ao Crime Organizado (DEICOR), Delegacia Especializada de Defesa da Propriedade de Veículos e Cargas (DEPROV), Divisão de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (DECCOR-LD) e Divisão de Polícia do Oeste (DIVIPOE); Centro Integrado de Operações Aéreas do Rio Grande do Norte (CIOPAER); e Polícia Penal Federal.

Os trabalhos estão inseridos no contexto da Operação PAZ, do Ministério da Justiça, que objetiva diminuir a prática de crimes violentos letais intencionais no Estado do RN, através de atuação integrada e coordenada das forças policiais do Sistema de Segurança Pública do Estado.

A investigação

A investigação das FICCOs indicou a existência de um esquema de lavagem e arrecadação de dinheiro, consistindo na cobrança de mensalidade e pagamento de “franquia” para a facção por pontos de vendas de drogas. Em contrapartida, a organização permitia o exercício de atividades ilícitas (principalmente o tráfico) e dava proteção aos seus membros.

Durante o período de investigação foi verificada a movimentação de aproximadamente R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais) pelos operadores do esquema.

Fonte: Ascom/PF-RN

Postado em 29 de setembro de 2023

Alckmin não deve assumir Presidência durante recuperação de Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será submetido, nesta sexta-feira (29/9), a uma cirurgia no quadril que vai demandar semanas de recuperação, mas o petista não pretende se ausentar no cargo nesse período, segundo informações de sua equipe.

Lula deve passar o fim de semana no hospital Sírio-Libanês em Brasília e ir para sua residência oficial, o Palácio da Alvorada, no início da próxima semana.

E é do Palácio da Alvorada que Lula pretende despachar, receber ministros e convidados por pelo menos um mês. Nesse período, a “cara” do governo serão seus ministros palacianos, como Alexandre Padilha e Rui Costa, e a primeira-dama, Janja da Silva.

Janja, aliás, começou a exercer esse papel na quinta-feira (28/9), quando viajou para o Rio Grande do Sul e visitou áreas afetadas por enchentes, liderando uma comitiva de ministros.

A escolha de Lula, de seguir no comando do país mesmo no início da recuperação, preocupa aliados que não são tão próximos do presidente, como líderes partidários do Centrão, que temem que o petista fique muito isolado e incomunicável.

A medida de não abrir mão da presidência enquanto se recupera pode ser revista, alertam integrantes de sua equipe, diante das circunstâncias. Em julho, quando começou a admitir que as dores no quadril estavam atrapalhando muito e anunciou que faria a cirurgia, o próprio Lula falou em passar o bastão para o vice-presidente.

“Enquanto eu estiver me recuperando, o Alckmin fica no comando. Eu tenho total confiança. Ele é um parceiro extraordinário e, enquanto isso, o Brasil vai em frente”, disse Lula, na ocasião.

A mudança também não seria novidade para Alckmin, que assumiu a Presidência 12 vezes em nove meses, em função da agenda agitada de viagens internacionais do titular do Planalto. Lula prometeu, ao assumir este terceiro mandato, que “retomaria a imagem do Brasil” no exterior, e a medida tem resultado em diversas visitas oficiais a outros países.

O mandatário visitou 21 países de janeiro a setembro deste ano, antes da atual pausa em viagens internacionais por conta da saúde. A escolha da data da cirurgia, inclusive, foi pensada para não atrapalhar a agenda de visitas oficiais do mandatário.

Após a cirurgia, Lula ainda viajará, no fim de novembro, para 28ª Cúpula do Clima (COP) da ONU nos Emirados Árabes Unidos, em Dubai. Ele passará pela Alemanha antes da volta ao Brasil.

Metrópoles

Postado em 29 de setembro de 2023

Lula faz cirurgia no quadril sexta e ficará internado até a próxima semana

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será submetido a uma cirurgia no quadrilha nesta sexta-feira (29) para tratar uma condição de artrose que o atingiu há meses. A intervenção cirúrgica será realizada no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, e tem o objetivo de proporcionar alívio das dores que o presidente tem sentido.

A previsão é que o presidente se internará no hospital ainda nesta manhã, mas o Palácio do Planalto não divulgou o horário exato da operação nem a duração estimada. Após a cirurgia, Lula deverá permanecer no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, por pelo menos três semanas. Além disso, ele ficará de quatro a seis semanas sem poder realizar viagens.

Após a cirurgia, Lula permaneceu no hospital até terça-feira (3), quando deverá ser liberado para retornar à sua residência. Ele continuará com sessões de fisioterapia como parte do processo de recuperação.

O processo de preparação para a cirurgia incluiu dois procedimentos em julho, uma infiltração e uma desneverção , com o intuito de aliviar as dores e preparar Lula para a cirurgia.

Lula planeja retomar seus compromissos internacionais no final de novembro, com uma viagem aos Emirados Árabes Unidos para participar da COP 28, voltando em seguida para cumprir agenda na Alemanha.

A cirurgia de Lula envolverá uma artroplastia total do quadril, no lado direito do corpo, para tratar a artrose. Nesse procedimento, tanto a cabeça do fêmur quanto o acetábulo serão substituídos por implantes, conforto e mobilidade ao paciente.

A artrose é uma condição caracterizada pelo desgaste da cartilagem que reveste a articulação, causando atrito ósseo e lesão. Uma abordagem eficaz para essa condição é a cirurgia, que envolve a substituição do osso afetado por uma prótese.

A cirurgia será conduzida por uma equipe médica que inclui o médico pessoal do presidente, Roberto Kalil Filho, a médica da Presidência da República, Ana Helena Germoglio, e especialistas do Hospital Sírio-Libanês.

Falas desastrosas sobre a recuperação
Durante uma live semanal da última terça (26), o presidente declarou otimismo em relação à cirurgia, enfatizando a importância do tratamento e da dedicação à recuperação. Lula também brincou, dizendo que seu fotógrafo pessoal, Ricardo Stuckert, se decidiu a registrar imagens dele usando andador ou muletas após a operação , garantindo que sempre estará em boa forma.

A declaração, no entanto, não foi bem recebida entre aliados e gerou repercussão imediata acusando-o de capacitismo – discriminação contra deficientes. Entre os críticos, o deputado federal Tabata Amaral (PSB-SP), do partido do vice-presidente Geraldo Alckmin, disse que a fala “vai na contramão da luta por inclusão e respeito de milhares de pessoas com deficiência que utilizam equipamentos de acessibilidade” .

O influenciador digital Ivan Baron, militante da causa das pessoas com deficiência e que subiu com Lula à rampa do Palácio do Planalto no dia da posse, disse que o “erro” não poderia passar despercebido.

Gazeta do Povo

Postado em 29 de setembro de 2023

PF faz buscas contra ex-integrante das Forças Especiais do Exército por participação nos ataques de 8 de janeiro

A Polícia Federal cumpre, na manhã desta sexta-feira (29), um mandado de busca e apreensão em Brasilia contra o general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes, acusado de participação nos atos golpistas de 8 de Janeiro. A ação ocorre no âmbito da 18ª fase da Operação Lesa Pátria (veja detalhes abaixo).

O Supremo Tribunal Federal (STF) também determinou o bloqueio de ativos e valores do investigado. Para a investigação, o general é considerado executor e possivelmente um dos idealizadores dos atos golpistas.

O general Ridauto Lúcio Fernandes é ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde. Ligado ao ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Foi nomeado para o cargo em julho de 2021 e exonerado no dia 31 de dezembro, último dia do governo de Jair Bolsonaro.

Investigação
A TV Globo apurou que a nova fase da Lesa Pátria faz parte de uma frente da investigação busca identifica supostos integrantes das Forças Especiais do Exército que teriam dado início às invasões às sedes dos Três Poderes.

Imagens apontariam para a ação de primeiros vândalos, usando balaclava e luvas, abrindo passagem para o restante dos bolsonaristas pelo teto do Congresso Nacional.

Ainda de acordo com a apuração da reportagem, durante os ataques, as suspeitas apontam para que ocorreu uma atuação profissional, por pessoas que conheciam previamente o local e possuíam treinamento.

Lesa Pátria
Os mandados desta sexta-feira são cumpridos no âmbito da 18ª fase da Operação Lesa Pátria, que tenta identificar os bolsonaristas que invadiram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.

Segundo a PF, os fatos investigados constituem crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

g1

Postado em 29 de setembro de 2023

Novo PAC: Lula lança edital de R$ 65,5 bi em recursos para municípios

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou, nesta quarta-feira (27), o edital Seleções, modalidade do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) voltada para atender os projetos prioritários apresentados por estados e municípios em áreas essenciais como saúde, educação, infraestrutura social e urbana e mobilidade. Na primeira etapa, estão previstos R$ 65,2 bilhões em investimentos.

Em cerimônia no Palácio do Planalto, Lula pediu aos gestores dos projetos que contratem trabalhadores locais para tocar as obras do Novo PAC. Um dos principais objetivos do programa é a geração de emprego e renda.

“Vamos contratar as pessoas da cidade, vamos contratar pessoas da comunidade, porque senão uma empresa vai fazer uma obra numa cidade vizinha, leva trabalhadores de outra cidade, e a cidade que está recebendo a obra não consegue gerar nenhum emprego”, disse.

“Quero pedir a compreensão dos prefeitos, dos governadores, dos empresários. Na medida do possível, na hora de contratar os trabalhadores, vamos saber se na comunidade tem gente para fazer a obra que vocês precisam, porque a gente gera emprego na comunidade, a gente gera desenvolvimento, gera comércio, a gente faz o dinheiro circular na comunidade. E vou dizer mais: a gente diminui a bandidagem na comunidade se a gente gerar emprego, salário e renda”, acrescentou.

Lula disse ainda que ontem (26) teve um “momento de muita felicidade” ao ver o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante um piquete de greve de trabalhadores do setor automotivo. Na semana passada, em Nova York, Lula e Biden lançaram uma iniciativa global pelo trabalho decente.

Para o brasileiro, é importante perceber que existem as mesmas preocupações entre líderes mundiais com relação à questão do mundo do trabalho. “O mundo do trabalho está ficando precarizado. Mesmo a gente discutindo muita inovação, mesmo [com] essa revolução digital, o que a gente percebe é que tem muita gente trabalhando em condições quase sub-humanas. E o que nós queremos é tentar criar condições para que o trabalho dessas pessoas, inclusive que trabalham em plataforma, seja dignificado”, disse.

“A gente não quer exigir que ele tenha carteira profissional assinada se ele não quiser. Ele tem direito de ser um empreendedor, ele tem direito de trabalhar por conta. O que a gente tem é preocupação de garantir para ele um sistema de seguridade social [em] que, quando estiver em uma situação difícil, tenha o Estado para dar a ele um suporte de sobrevivência mínima, que é o que todo trabalhador precisa”, explicou Lula.

O presidente destacou que os projetos de infraestrutura também têm potencial de estimular o esporte e a leitura, por exemplo, com a construção de quadras, equipamentos esportivos e bibliotecas. Segundo Lula, o estímulo à leitura é uma preocupação do seu governo.

“Cada novo projeto do Minha Casa, Minha Vida tem que ter uma salinha, por menor que seja, para iniciação daquela criança numa primeira biblioteca, a biblioteca da vida dele, no bairro dele”, disse. “É muito importante que a gente faça com que a criança não perca o hábito da leitura. Teremos que fazer muito mais coisas que estimulem as crianças a ler, porque senão as crianças ficam o tempo inteiro no celular e terminam aprendendo menos a ler e menos a escrever”, ressaltou.

No discurso, Lula falou ainda sobre a participação direta dos governadores e prefeitos na escolha dos investimentos do Novo PAC. Segundo ele, o governo quer “criar a ideia definitiva” de que “o ente federativo precisa prevalecer”, independente de simpatia e filiação políticas entre os mandatários.

Critérios de seleção
O edital do PAC Seleções estará aberto de 9 de outubro a 10 de novembro para receber as propostas dos governadores e prefeitos.

A segunda etapa do Seleções, com mais R$ 70,8 bilhões, deverá ser lançada no início de 2025, para que os prefeitos que forem eleitos no ano que vem possam participar do Novo PAC. Os projetos serão distribuídos em 27 modalidades e executados pelos ministérios das Cidades, da Saúde, Educação, Cultura, Justiça e Segurança Pública e Esporte.

O PAC Seleções terá critérios predefinidos. Na área de infraestrutura urbana, a seleção será para projetos de urbanização de favelas, regularização fundiária, abastecimento de água, esgotamento sanitário, resíduos sólidos, mobilidade urbana e prevenção a desastres naturais.

Na saúde, serão aceitas propostas para a implantação de policlínicas, unidades básicas de saúde (UBSs), centros de parto normal e centrais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), entre outros. Já na educação, a seleção será para projetos de creches, escolas e ônibus escolares; no esporte, para espaços esportivos comunitários; na cultura, para projetos de patrimônio histórico e centros de artes e esportes unificados (CEUs); e na segurança, para a construção de Centros Comunitários pela Vida (Convive).

A prioridade na seleção será para localidades com vazios assistenciais e onde forem identificados mais carência dentro de casa modalidade. As obras devem ser iniciadas a partir de março do ano que vem, após os processos de escolha dos projetos e licitação.

Total de investimentos

Com previsão total de R$ 1,7 trilhão em investimentos públicos e privados, o Novo PAC foi lançado no mês passado pelo presidente Lula. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que, além do Seleções, os municípios já estão contemplados com a retomada das obras paradas.

“Todas essas obras, que incluem creches, postos de saúde, obras urbanas, obras viárias, de macrodrenagem, todas elas independentes do município, dos estados brasileiros, elas foram incorporadas automaticamente ao PAC e já estão rodando, com alocação de recurso, com atualização dos valores da obra. E agora entra essa nova fase com novas obras para cada município brasileiro e cada estado, onde nós queremos fazer um processo transparente e amplo”, disse o ministro.

Os principais objetivos do programa são gerar emprego e renda, reduzir desigualdades sociais e regionais e acelerar o crescimento econômico. Segundo o governo, as ações do programa estão comprometidas com a transição ecológica, a neoindustrialização, o crescimento com inclusão social e a sustentabilidade ambiental.

Do total de recursos para o Novo PAC, R$ 371 bilhões virão do Orçamento Geral da União. O setor privado entrará com R$ 612 bilhões, as empresas estatais vão aportar R$ 343 bilhões, especialmente a Petrobras, e mais R$ 362 bilhões virão de financiamentos. A previsão é que R$ 1,4 trilhão sejam aplicados até 2026 e o restante após essa data.

EBC

Postado em 29 de setembro de 2023

Pastor Valdemiro Santiago pede dinheiro a fiéis e é criticado por Gil do Vigor

O pastor Valdemiro Santiago foi detonado pelo economista e ex-BBB Gil do Vigor após pedir dinheiro a fiéis para realizar investimentos. O religioso disse estar enfrentando uma crise financeira em seu templo e solicitou que 12 mil pessoas doem um salário mínimo e que o restante dê um quarto do salário.

“Gente, investimento??? Deus não possui ativos nesta terra, não existe investimento na obra de Deus! Peguem o dinheiro de vocês e invistam em CDB, muito melhor!”, disparou Gil do Vigor sobre a atitude de Valdemiro.

Gil chegou a chamar o pastor de “pilantra”: “E sobre o altruísta, que deseja ajudar, mas não buscando retorno, procurem uma instituição séria e façam as doações de vocês! Não caiam na lábia de um pilantra! Que ódio, usando a palavra de Deus para proveito próprio, falso profeta!. Doações são justas quando feitas de coração, em prol de um bem maior, não desta forma!”.

O pastor Valdemiro Santiago foi detonado pelo economista e ex-BBB Gil do Vigor após pedir dinheiro a fiéis para realizar investimentos. O religioso disse estar enfrentando uma crise financeira em seu templo e solicitou que 12 mil pessoas doem um salário mínimo e que o restante dê um quarto do salário.

“Gente, investimento??? Deus não possui ativos nesta terra, não existe investimento na obra de Deus! Peguem o dinheiro de vocês e invistam em CDB, muito melhor!”, disparou Gil do Vigor sobre a atitude de Valdemiro.

Gil chegou a chamar o pastor de “pilantra”: “E sobre o altruísta, que deseja ajudar, mas não buscando retorno, procurem uma instituição séria e façam as doações de vocês! Não caiam na lábia de um pilantra! Que ódio, usando a palavra de Deus para proveito próprio, falso profeta!. Doações são justas quando feitas de coração, em prol de um bem maior, não desta forma!”.

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Igreja acumula dívidas
A Igreja Mundial do Poder de Deus terá um de seus imóveis leiloados para quitar dívidas. O templo, localizado em Santo Amaro (SP), é avaliado em R$ 260 milhões e tem cinco pavimentos e capacidade para cerca de 20 mil pessoas.

“Nós estamos chamando 12 mil pessoas que vão investir um salário mínimo, uma coisa diferenciada, nunca fizemos isso. E todas as demais vão ter oportunidade de prosperar, de ser abençoadas, investindo 1/4 do salário mínimo, que é o equivalente a R$ 300, aproximadamente. Deus me acordou agora pouco, você não pode despertar, não, o despertador não tocou não, foi Deus quem me acordou. Graças a Deus estou sentindo uma paz tão grande”, pede o pastor.

Caso Valdomiro consiga arrecadar o que pediu aos fiéis, ele terá R$ 15,8 milhões, visto que o salário mínimo atual é R$ 1.320.

Diario do Nordeste

Postado em 29 de setembro de 2023

Mick Jagger diz que filhos não precisam de herança e revela doação

O músico britânico Mick Jagger comentou sobre o possível destino de sua herança. Líder da banda de rock The Rolling Stones, o artista tem oito filhos, sendo um deles Lucas Jagger, de 24 anos de idade. O jovem é filho da relação do músico com a apresentadora brasileira Luciana Gimenez .

Em entrevista ao The Wall Street Journal, divulgada na terça-feira, 26, Jagger revelou que não pretende deixar herança para os membros da família: “(Meus filhos) não precisam de US$ 500 milhões para viver.”.

O valor citado por Mick Jagger é estimado em 2,5 bilhões de reais, na cotação atual. Formada em 1962, a The Rolling Stones é considerada uma das bandas mais populares do rock britânico, tendo sucessos que marcaram diversas gerações.

Ainda na entrevista, o músico cita doações em dinheiro para instituições de caridade e afirma que o ato traz “algum bem ao mundo”.

Mick Jagger 80 anos: veja as músicas mais tocadas no Brasil
Mick Jagger completou 80 anos de idade no dia 26 de julho. O fundador, cantor e compositor da banda britânica Rolling Stones é referência no rock mundial .

Em sua homenagem, o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) fez um estudo de quais as músicas que os brasileiros mais consumiram de Mick Jagger na última década. Faixas como “Satisfaction (I can’t get no)”, “Miss you” e “Start me up” compõem o top 3 das obras mais tocadas no Brasil.

Mick Jagger: lista de músicas mais tocadas no Brasil na última década
Confira abaixo as cinco músicas mais tocadas de Mick Jagger juntamente com os Rolling Stones na última década no país.

Satisfação (não consigo não)
O hit é fruto da parceria Mick Jagger com Keith Richards, guitarrista e amigo da banda. A música foi a mais tocada dos Rolling Stones no Brasil entre os anos de 2013 e 2023.

Sinto sua falta
A segunda música foi um dos grandes sucessos dos Rolling Stones. Lançada em 1978, “Miss You” estreou em primeiro lugar na Billboard Hot 100.

Comece-me
A faixa foi de abertura do álbum “Tattoo You” e foi o último single da banda que apareceu no top 10 britânico.

Sinfonia Doce Amarga
A música envolve uma polêmica entre os Rolling Stones e a banda The Verve, que envolve direitos autorais da obra. No entanto, após 22 anos de discussão, Mick Jagger e Keith Richards devolveram o direito do hit para o The Verve.

Simpatia pelo Diabo
A obra tem um carinho especial dos brasileiros, pois Mick Jagger se inspirou no samba ao compor a canção.

O POVO

Postado em 29 de setembro de 2023

Festa de posse no STF tem Barroso no palco com Diogo Nogueira e entrada a R$ 500

Com a presença de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e de outros membros do Judiciário, o coquetel de posse de Luís Roberto Barroso como presidente da corte recebeu ingressos de R$ 500.

Organizado pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), o evento com atrações musicais reuniu advogados, membros do Ministério Público , políticos e jornalistas em uma casa de festas em Brasília .

Foram 1.200 pedidos. Até às 23h desta quinta-feira (28), havia 900 pessoas no local.

Além de Barroso e de Edson Fachin (empossado vice-presidente do Supremo), os ministros Alexandre de Moraes , Cristiano Zanin , Dias Toffoli e Gilmar Mendes participaram da festa.

O concorrido coquetel de posse começou com um show de uma banda de axé. Barroso e os outros ministros circularam no local amarrados pelos demais convidados.

O próprio Barroso chegou ao palco durante apresentação do sambista Diogo Nogueira. O músico foi apresentado pelo ministro como um dos grandes nomes da música popular brasileira e “querido amigo”.

Mais cedo, na audiência de posse no plenário do STF, o hino nacional foi interpretado por Maria Bethânia.

A apresentadora Fátima Bernardes foi ao coquetel com o namorado, o deputado Túlio Gadelha ( Rede -PE). Antes, ela também esteve na cerimônia de posse do ministro.

Apesar do preço do ingresso, parte dos pedidos não precisau pagar.

Barroso sucede à ministra Rosa Weber na presidência do Supremo. Ela completa 75 anos em 2 de outubro e terá de se aposentar. A previsão é de que o ministro fique até 2025 na presidência do corte.

Em seu discurso de posse mais cedo no plenário do STF, Barroso fez acenos a militares e a minorias e pregou a harmonia entre os Poderes. A fala ocorreu em um momento de pressão do Legislativo sobre o corte.

Barroso afirmou ainda que as Forças Armadas não sucumbiram ao golpismo, rebateu a ideia de “ativismo do Judiciário” e defendeu uma pauta progressista, embora tenha rejeitado esse rótulo, dizendo que são “causas da humanidade”.

A cerimônia de posse contou com a presença do presidente Lula ( PT ) e dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado , respectivamente Arthur Lira ( PP -AL) e Rodrigo Pacheco ( PSD -MG). Essas autoridades não participaram do jantar organizado pela AMB.

A associação tem tradição de organizar recepções para graças em que ministros do Supremo tomem posse na corte ou na presidência do tribunal.

Em agosto, a AMB especifica a festa em homenagem a Zanin , o ministro mais recente no STF. Assim como na ocasião atual, os convites custaram R$ 500.

Folha de SP

Postado em 29 de setembro de 2023