Novo concurso da Câmara Municipal de Currais Novos
Presidente da Câmara Municipal de Currais Novos, anunciará hoje pela manhã, um novo concurso público para o poder legislativo.
A imprensa estará presente em uma coletiva às 9h30min
Presidente da Câmara Municipal de Currais Novos, anunciará hoje pela manhã, um novo concurso público para o poder legislativo.
A imprensa estará presente em uma coletiva às 9h30min
O ex-ajudante de ordens Mauro Cid relatou em depoimento à Polícia Federal (PF) que, logo após a derrota no segundo turno da eleição, o então presidente Jair Bolsonaro recebeu das mãos do assessor Filipe Martins uma minuta de decreto para convocar novas eleições, que incluía a prisão de adversários.
O militar também disse que Bolsonaro se reuniu com o alto escalão das Forças Armadas para consultar militares sobre o plano proposto. As informações foram reveladas pelo site UOL nesta quinta-feira 21, no âmbito da delação premiada do ex-ajudante de ordens.
Segundo o relato de Mauro Cid, que é tenente-coronel do Exército, Bolsonaro submeteu o teor do documento em conversa com militares de alta patente. O delator disse ainda que o então comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, manifestou-se favoravelmente ao plano golpista durante as conversas de bastidores, mas não houve adesão do Alto Comando das Forças Armadas.
O relato consta em um dos anexos com depoimentos já prestados pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro na delação, de acordo com duas fontes que acompanharam as negociações. Cid contou aos investigadores que testemunhou tanto a reunião em que Martins teria entregue o documento a Bolsonaro quanto a do então presidente com militares.
O capítulo da delação premiada sobre as tratativas golpistas foi o que mais despertou o interesse da PF. Em razão destes detalhes inéditos, os investigadores decidiram assinar o acordo de colaboração, que foi conduzido pelo advogado Cezar Bitencourt e homologado no último dia 9 pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Uma das suspeitas dos investigadores é que essas articulações culminaram nos atos golpistas do 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes.
Mauro Cid, que estava preso desde maio após uma operação da PF que tinha como objeto a falsificação de cartões de vacinação, deixou a prisão após a homologação do acordo. O tenente-coronel apresentou informações sobre outros temas, como o esquema de venda de joias e as suspeitas de desvios de recursos públicos do Palácio do Planalto.
terra
O ex-presidente Jair Bolsonaro fez exames em um hospital particular de Brasília nesta quarta-feira (20) depois de sentir um desconforto intestinal. Segundo o advogado e ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten, Bolsonaro realizou exames do tráfego digestivo, mas já recebeu alta e retornou para casa.
O ex-presidente retornou a Brasília na terça-feira (19) depois de cirurgias realizadas recentemente em um hospital de São Paulo. Bolsonaro corrigiu uma hérnia de hiato e fez outro procedimento para reparar um quadro de desvio no septo.
Bolsonaro recebeu alta na sexta-feira (15) e deixou o Hospital Vila Nova Star, em São Paulo. Na quinta-feira (14), o ex-presidente tinha retomado a alimentação normal depois de exames constatarem o funcionamento correto do intestino. Segundo boletim médico, ambos os procedimentos realizados por Bolsonaro evoluíram bem.
Wajngarten afirmou que o ex-presidente teve uma “excelente recuperação, com sangramento nasal bastante diminuto, seguindo com instilações nasais para melhora do fluxo”.
r7
Faustão foi internado nesta segunda-feira (18) para realizar exames pós-operatórios devido ao transplante de coração feito no fim de agosto. Segundo nota enviada à Band, o Hospital Albert Einstein informa que o apresentador faz os exames como protocolo pós-transplante.
“O paciente Fausto Silva deu entrada no Hospital Israelita Albert Einstein no dia 18 de setembro para a realização de exames pós-transplante cardíaco. Trata-se de protocolo de rotina que avalia o funcionamento do coração e se há indícios de rejeição”, afirma a nota.
Faustão fez um transplante de coração em 27 de agosto, recebendo alta no último dia 10. O apresentador segue sob orientações médicas e nutricionais necessárias para a reabilitação após o transplante cardíaco, segundo o Hospital Albert Einstein.
Sistema de transplante no Brasil
O Sistema Nacional de Transplantes (SNT) funciona por ordem cronológica de cadastro, mas há prioridades em meio à fila, a depender dos critérios que o paciente preenche. Com isso, a cirurgia só ocorre de acordo com necessidades médicas, o estágio de gravidade da insuficiência cardíaca, tipo sanguíneo e outras especificidades.
A compatibilidade genética é fator importante na decisão de quem receberá o órgão e o tempo de isquemia, o tempo de duração do órgão fora do corpo. No caso, a demora do transporte do órgão da origem até o transplante.
Crianças são prioridade ao concorrerem na fila com adultos, seja pelo doador também ser criança, ou por estarem diretamente concorrendo com mais velhos.
BAND
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, marcou a data do julgamento da ação que pretende descriminalizar o aborto até a 12ª semana de gravidez. O caso será analisado pelo plenário virtual da Corte entre os dias 22 e 29 de setembro.
Pela modalidade virtual, os ministros inserem os votos no sistema eletrônico e não há deliberação presencial. O julgamento é aberto com o voto do relator. Em seguida, os demais ministros passam a votar até o horário limite estabelecido pelo sistema. Antes do julgamento, os advogados incluem vídeos com a gravação da sustentação oral. Um pedido de vista para suspender o julgamento também pode ser feito.
Desde 2017, uma ação protocolada pelo PSOL tramita na Corte. O partido defende que a interrupção da gravidez até a 12ª semana deixe de ser crime.
Atualmente, a legislação brasileira permite o aborto em casos de estupro, risco à vida da gestante ou fetos anencéfalos.
Em 2018, o Supremo realizou audiência pública para debater o assunto com especialistas contrários e favoráveis à interrupção.
A liberação do caso para julgamento ocorre uma semana antes de Rosa Weber se aposentar compulsoriamente aos 75 anos e deixar o tribunal. Na próxima semana, o ministro Luís Roberto Barroso assumirá a presidência do STF.
ebc
Os juízes de Direito brasileiros estão estressados e ansiosos, trabalham demais e sentem que seus salários não são suficientes. É o que mostra o relatório parcial do 2º Censo do Poder Judiciário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), divulgado nesta terça-feira, 19, elaborado a partir das respostas de 6,1 mil magistrados do País. O subsídio mais baixo de um juiz federal hoje é de R$ 33 mil, equivalente a 25 salários mínimos.
Quando se fala na relação trabalho versus salário, a maioria dos magistrados brasileiros (79,7%) disse ao CNJ que acha que está trabalhando demais, e um número bastante similar (73,9% dos que responderam a pesquisa até agora) acha que a remuneração que recebem não está adequada.
Questionado pelo Estadão, o CNJ disse que não tem uma estatística sobre a remuneração média dos juízes, desembargadores e ministros do País, “porque os tribunais são autônomos para definir os valores, desde que respeitado o teto constitucional”. O órgão também informou que prefere não comentar os resultados do Censo porque os dados ainda são preliminares.
No dia 1º de setembro, o Conselho publicou o anuário Justiça em Números, que mostrou que um magistrado custa, em média, R$ 68 mil aos cofres públicos por mês – o que equivale a 51,5 salários mínimos. Esse valor é o dobro do teto constitucional, valor máximo que um servidor público poderia ganhar, que hoje é de R$ 39 mil.
Isso se explica pelo fato de alguns penduricalhos – benefícios como adicionais por tempo de serviço, congratulações, gratificações, que podem ser criados e ter validade só para os membros de determinada corte – ficarem de fora do limite do teto. Como mostrou o Estadão, no Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) há magistrados que ganham até R$ 170 mil por mês, o que rende à Corte o título de “mais bem paga do País”.
Percepção ‘aristocrática’ da realidade
Fernando Fontainha, doutor em ciência política pela Université de Montpellier (França) e pesquisador de Poder Judiciário, diz que o sistema de Justiça brasileiro é “o mais caro do planeta”. Ele compara o Brasil com a França, onde um magistrado começa ganhando € 1.800 (R$ 9,3 mil) e pode encerrar a carreira com € 7.300 (quase R$ 38 mil).
“Não há país em que o juízes sejam remunerados como no Brasil. Estamos falando de pessoas que começam ganhando praticamente R$ 30 mil no seu primeiro salário”, diz o pesquisador. Ele concorda com a reclamação da magistratura de que o trabalho é excessivo, mas afirma que a reclamação sobre as remunerações evidencia uma “percepção aristocrática da realidade”.
“Há uma promessa de um prestígio social descomunal, desde a faculdade de Direito. Isso não é descolamento da realidade. É uma certeza aristocrática completamente incompatível com a vida republicana moderna”, afirma Fontainha.
Estressados, ansiosos e exaustos
O Censo de 2023 aborda também algumas questões relacionadas à saúde mental, elencando as principais queixas dos membros da magistratura. São elas: estresse (58,5%), ansiedade (56,2%), esgotamento emocional (34,1%) e esgotamento físico (28,9%). Os magistrados brasileiros estão estressados, ansiosos e exaustos.
Uma parcela menor (15,1%) afirma ter diagnóstico de depressão, uma das doenças que mais se alastra no mundo. Na pesquisa, 2,2% dos juízes afirmam fazer uso abusivo de álcool ou drogas e 2,2% afirmaram ter ideias suicidas. Pouco mais de um terço, 30,9%, disseram que não são felizes na carreira.
CNJ descobre Pixs de magistrados a bolsonaristas às vésperas do 8 de janeiro
CNJ adia julgamento sobre regra de gênero no Judiciário às vésperas de aposentadoria de Rosa Weber
O professor avalia que esses dados mostram é que “a magistratura é muito pouco porosa a transformações sociais e demandas por transformação social. A corporação judiciária segue bastante dura e pouco aberta a identidades divergentes”.
O que as entidades têm a dizer
A reportagem entrou em contato com três entidades representativas de alcance nacional – Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) – questionando se os dados da pesquisa de fato espelham o perfil da categoria. Até a conclusão da reportagem, apenas a Anamatra retornou.
A presidente da associação, Luciana Conforti, enviou uma nota ao Estadão dizendo que os dados do CNJ “são parciais e, portanto, incompletos, razão pela qual não é possível uma análise definitiva pela Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra)”.
Sobre o valor médio de despesa por magistrado, a Anamatra afirma que “é necessário, entre outros aspectos, que seja feito um recorte por ramo de Justiça, tendo em vista a existência de profundas discrepâncias remuneratórias, em prejuízo dos Magistrados do Trabalho”.
TERRA
Patinando na esteira do Senado Federal, o projeto de lei que estabelece o Marco Temporal para a demarcação de terras indígenas teve a votação adiada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nessa quarta-feira (20/9) — mesmo dia em que o tema seguiu sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF). O movimento foi articulado por governistas que tentam impedir que o texto avance na Casa Alta.
Durante a comissão, após a leitura do relatório do senador Marcos Rogério (União-RO), a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) fez um pedido de vista — mais tempo para análise da matéria – e a discussão foi adiada por sete dias.
“Neste momento, o presidente Lula está na ONU. Fez um debate inicial de 15 minutos. Dos 15 minutos, quatro foram para política ambiental. Estão lá o presidente da Câmara, (Arthur) Lira, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ambos acompanhando e aplaudindo o debate. E, neste momento, com o quórum baixo nesta Casa, nós estamos na ordem do dia com o Marco Temporal. Veja que há uma série, na verdade, de contradições e claramente uma decisão que trará prejuízos. É uma Comissão que trata de constitucionalidade”, defendeu Eliziane.
Segundo apurou o Metrópoles, o pedido de vista foi feito para que o caso volte a ser analisado quando o presidente da comissão, senador Davi Alcolumbre (União-AP), voltar de viagem. Alcolumbre deu aval para o avanço da votação, mas a deliberação final deve ser feita dentro de sete dias, para que ele participe.
Além do adiamento, os senadores da base ligada ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tentam levar o tema para novas comissões antes de seguir para o plenário da Casa. Os colegiados que também deliberariam sobre o tema seriam as comissões de Direitos Humanos e de Meio Ambiente.
Segundo Eliziane, em “última instância”, os contrários ao tema devem recorrer a Rodrigo Pacheco para que a pauta seja redistribuída a outras comissões. “Se isso não ocorrer, vamos para o plenário. No plenário, que será de fato o ponto final do debate dessa comissão. Eu acredito que nós possamos ter um cenário diferente”, destacou a parlamentar.
O objetivo é dar mais tempo para o STF julgar a matéria e atrasar o trâmite no Senado. A pauta é considerada uma das prioridades de Lula.
Adiado na CCJ
Na CCJ, Marcos Rogério fez a leitura do seu parecer sobre o projeto do Marco Temporal. Relator do texto na comissão, ele vai confirmar o relatório da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária a favor do tema, fixando a data da promulgação da Constituição Federal, de 5 de outubro de 1988, como parâmetro para verificação da existência da ocupação da terra pela comunidade indígena que pede reconhecimento.
No documento do senador, ele cita que a aprovação da matéria no Congresso resultará em “paz e segurança” para a população indígena. “Com sua aprovação, finalmente, o Congresso Nacional trará segurança e paz às populações indígenas e não indígenas, especialmente do campo. Não se pode aceitar que, 35 anos após a entrada em vigor da Constituição, ainda haja celeuma sobre a qualificação de determinada terra como indígena, gerando riscos à subsistência e à incolumidade física de famílias inteiras”, escreveu.
“Vale lembrar, a propósito, que o próprio PL excepciona da questão do Marco Temporal as terras que só não estavam ocupadas em 1988 por conta de renitente esbulho praticado contra comunidades indígenas, de maneira que cai por terra a ilegítima acusação de que se estaria buscando aqui legitimar ou acobertar qualquer tipo de violência contra a população indígena. Estabelecida a constitucionalidade da chamada tese do Marco Temporal, vale analisar também a compatibilidade formal e material com a Constituição de outros dispositivos que geraram ou podem gerar discussão”, defendeu Marcos Rogério.
Marco Temporal
O Marco Temporal estabelece que apenas as terras indígenas ocupadas até 5 de outubro de 1988, dia da promulgação da Constituição, poderão ser demarcadas. No entanto, lideranças dos povos originários declaram que a questão vai contra a Carta Magna.
De acordo com o PL nº 2.903/2023, para que uma área seja considerada “terra indígena tradicionalmente ocupada”, será preciso comprovar que, na data de promulgação da Constituição Federal, ela vinha sendo habitada pela comunidade indígena em caráter permanente e utilizada para atividades produtivas. Também será preciso demonstrar que essas terras eram necessárias para a reprodução física e cultural dos indígenas, além da preservação dos recursos ambientais necessários ao seu bem-estar.
No caso de o local pretendido para demarcação não estar habitado por comunidade indígena em 5 de outubro de 1988, fica descaracterizada a ocupação permanente exigida em lei, a menos que houvesse “renitente esbulho”, ou seja, conflito pela posse da terra. Assim, áreas não ocupadas por indígenas e que não eram objeto de disputa na data do marco temporal não poderão ser demarcadas.
O texto também altera a Lei nº 4.132, de 1962, para incluir, entre situações que permitem desapropriação de terras particulares por interesse social, a destinação de áreas às comunidades indígenas que não se encontravam em ponto de ocupação tradicional na data do Marco Temporal, desde que necessárias a reprodução física e cultural. O projeto também proíbe a ampliação das terras indígenas já demarcadas e declara nulas aquelas que não atendam aos seus preceitos.
O texto é considerado “inconstitucional”, uma vez que, segundo o artigo 231 da Constituição, os direitos indígenas são originários, ou seja, antecedem à formação do Estado.
Metrópoles
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu na tarde desta quarta-feira, 20/9, com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. O encontro, em Nova York, aconteceu à margem da Assembleia Geral da ONU, onde ambos discursaram na véspera, e logo antes do lançamento de uma iniciativa criada pelos governos brasileiro e norte-americano para a defesa do trabalho digno.
A reunião foi a segunda bilateral entre os dois presidentes em 2023. A primeira ocorreu na Casa Branca, em fevereiro , durante viagem oficial do presidente Lula a Washington. Nesta quarta, os dois líderes conversaram sobre o programa voltado para gerar mais empregos de qualidade, mas também falaram sobre democracia, transição energética e proteção ao meio ambiente.
“É muito importante que os Estados Unidos vejam o que está acontecendo no Brasil nesse momento histórico de transição ecológica, de mudança de matriz energética, do que o país tem de investimento em energia solar, eólica, biomassa, biodiesel, etanol, hidrogênio verde, ou seja, há uma perspectiva de trabalho em conjunto excepcional entre Brasil e Estados Unidos. É um novo tempo na relação entre Estados Unidos e Brasil, uma relação de iguais, soberana e de interesses comuns”, afirmou Lula.
Para o presidente brasileiro, é importante que lideranças de perfil democrático se unam neste momento. “Quando olhamos a geopolítica do mundo, percebemos que as oportunidades estão se fechando e as democracias correm perigo porque a negação da política tem feito com que setores extremistas tentem ocupar o espaço em função da negação da política no mundo inteiro”.
O presidente norte-americano, por sua vez, destacou a necessidade de que os dois países trabalhem juntos para preservar o meio ambiente e promover a democracia não só no Brasil, mas em todo o continente.
“Trabalharemos juntos para resolver a crise do clima, mobilizando centenas de milhões de dólares para preservar a Amazônia e os ecossistemas cruciais da América Latina. Trabalharemos juntos na parceria da cooperação atlântica, promovendo crescimento econômico. As duas maiores democracias do hemisfério ocidental estão defendendo direitos humanos no mundo, incluindo os direitos dos trabalhadores”, declarou Biden.
COMÉRCIO BILATERAL – Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil no mundo, atrás apenas da China. Somente em 2022, o comércio entre os dois países movimentou um total de US$ 88,7 bilhões, dos quais US$ 37 bilhões foram em exportações brasileiras e US$ 51,3 bilhões em importações vindas dos EUA.
Na visita do presidente Lula a Washington no início do ano, ele e o presidente Biden ressaltaram que o fortalecimento da democracia, a promoção do respeito aos direitos humanos e o enfrentamento da crise do clima figuram no centro da agenda bilateral. Decidiram também retomar as atividades do Grupo de Trabalho de Alto Nível Brasil-EUA sobre Mudança do Clima (GTMC) e revitalizar o Plano de Ação Conjunta Brasil-EUA para a Eliminação da Discriminação Étnico-Racial e Promoção da Igualdade.
Agencia Gov
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1 a cada 6 pessoas (17,5%) no mundo enfrentam dificuldades para engravidar. O diagnóstico de infertilidade é definido por não conseguir uma gravidez após ao menos 12 meses de tentativas e afeta o “bem-estar mental e psicossocial das pessoas”, defende o órgão.
Há muitos fatores que impactam essa tendência. A gravidez tardia é o principal e talvez o mais óbvio, dado que a fertilidade da mulher diminui consideravelmente a partir dos 30 anos. Mas a verdade é que um crescente número de estudos comprova o impacto do ambiente e do estilo de vida nessa tendência.
O mais recente deles mostra que até mesmo a estação do ano pode influenciar na chance de gravidez. O trabalho, realizado pelo Fertility Medical Group, em São Paulo, concluiu que a primavera é a estação com maior taxa de fecundação entre pacientes submetidas à fertilização in vitro (FIV). O outono, a pior.
— Vimos que na primavera a taxa de gravidez é 30% maior que no outono, que é a estação com menor taxa de sucesso. Também analisamos a taxa de abortamento, que foi 63% menor para embriões transferidos na primavera — diz Edson Borges, especialista em medicina reprodutiva e diretor científico do Fertility Medical Group.
A segunda “melhor estação” para engravidar, depois da primavera, é o verão, seguida do inverno. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram o desfecho de 3.725 tratamentos para fertilização in vitro, que totalizaram 4.952 embriões transferidos. Os resultados completos do estudo foram apresentados no XXVII Congresso Brasileiro de Reprodução Assistida, realizado recentemente em Aracaju (SE).
Borges explica que um estudo anterior, feito há cerca de 10 anos pela equipe, já havia indicado que a taxa de fecundação era mais alta para procedimentos de fertilização in vitro realizados na primavera. Entretanto, na época, não havia a prática de congelar embriões e fazer a implantação depois. Atualmente, o congelamento de embriões é quase uma regra na área. Na Fertility, por exemplo, 85% dos embriões são congelados antes de serem implantados.
— Descobrimos que a medicação usada para estimulação ovariana atrapalha a função do endométrio, fazendo com que a taxa de gravidez caia um pouco. Por isso, a maioria dos embriões é congelada para fazer a implantação depois — explica Borges.
Os pesquisadores decidiram, então, fazer um novo estudo para confirmar se a estação do ano realmente interferia nos resultados da gestação ou se era apenas uma característica do embrião fresco, por exemplo. O impacto da estação do ano se confirmou no novo estudo.
Embora o estudo tenha sido realizado entre pacientes submetidas a um tratamento de reprodução assistida, o especialista afirma que os resultados também valem para quem está tentando engravidar de forma natural.
A principal hipótese para explicar essa associação está nas modificações da luminosidade na produção de hormônios que favorecem a fertilidade feminina. Diversas evidências já demonstraram que a fecundidade em mamíferos depende da luz do dia e da temperatura, e que o aumento da duração do dia está associado a mudanças no cérebro que são responsáveis por mediar atividades reprodutivas.
— Na primavera tem mais luz. A hipófise trabalha melhor e isso aumenta os níveis de progesterona. Sabemos que isso ocorre em mamíferos e que a fertilidade dos animais fica melhor na primavera, mas até agora não tínhamos comprovado que isso acontece em humanos também — diz Borges.
Outro estudo recente, feito por pesquisadores da Pesquisadores na Austrália mostrou que a implantação de embriões formados a partir de óvulos coletados no verão resultou em uma probabilidade 30% maior de bebês nascerem vivos do que se os óvulos tivessem sido recuperados no outono, por exemplo. Os pesquisadores também descobriram um aumento de 28% nas chances de um nascido vivo entre as mulheres que tiveram os óvulos coletados durante os dias com mais sol em comparação com os dias com menos sol.
Existem muitos fatores que influenciam a fertilidade. A idade, em especial da mulher, é apontada como principal. A mulher já com uma quantidade determinada de folículos, células que vão desenvolver os óvulos. É a chamada reserva ovariana. A partir dos 35 anos, essa reserva cai num ritmo gradativo.
Entretanto, outros fatores de estilo de vida como consumo de álcool, tabagismo, sedentarismo, obesidade e alimentação também têm um forte impacto nisso. Agora a ciência começa apontar também a importância dos fatores ambientais na saúde reprodutiva humana.
— Hoje sabemos que a epigenética tem tanta influência ou mais do que a própria genética. Cada um tem uma propensão, mas o que faz desenvolver ou não determinadas disfunções é o estilo de vida e o meio ambiente — pontua o ginecologista obstetra especialista em Reprodução Humana Rodrigo Rosa, diretor clínico da clínica Mater Prime, em São Paulo.
Além dos estudos citados acima, que mostram a influência das estações do ano, outros trabalhos se dedicam a entender a influência de substâncias químicas, poluentes e mudanças climáticas na saúde reprodutiva humana.
Por exemplo, sabe-se que a exposição a certos produtos químicos e poluentes pode afetar a fertilidade e a saúde geral ao longo da vida. Ftalatos e fenóis, substâncias comumente encontradas em produtos para a pele e para a casa que contém cheiro ou cor também prejudicam a saúde reprodutiva.
— Já existem estudos que associam dioxicina, que é um poluente ambiental, com endometriose e outros mostrando diversos poluentes quem aumentam a incidência da síndrome do ovário policístico. Ambos os problemas influenciam na fertilidade — diz Rosa.
Pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, investigam, por exemplo, como o ambiente social e o que se vivencia na infância pode afetar a saúde reprodutiva. Há também estudos sobre o impacto negativo das mudanças climáticas na capacidade evolutiva de reprodução.
A alimentação é outro fator associado tanto ao estilo de vida quanto ao ambiente que tem um impacto comprovado na fertilidade. Segundo Rosa, o consumo de açúcar em excesso reduz em 30% a chance de concepção. Agrotóxicos, pesticidas e herbicidas de forma geral e também diminuem a fertilidade como um todo.
— A alimentação é a base para qualquer casal que queira engravidar de uma forma mais saudável — afirma o diretor clínico da clínica Mater Prime.
Uma nutrição adequada é um dos pontos principais não só para uma vida mais saudável, mas para melhorar a saúde reprodutiva. A recomendação é optar por uma alimentação que segue os moldes da dieta mediterrânea: dar preferência ao consumo de frutas e vegetais frescos, alimentos ricos em ômega-3 e azeite de oliva e reduzir o consumo de carne vermelha, açúcar e alimentos processados e ultraprocessados. Sempre que possível, deve-se optar por alimentos orgânicos para reduzir a exposição a pesticidas nocivos.
Manter a prática regular de atividade física de intensidade moderada e ter um sono adequado também melhoram a fertilidade.
(*)Com informação do O Globo
Elas são apresentadas na primeira refeição do dia, nos lanches e na preparação de alguns pratos da culinária brasileira. A manteiga, como opção de um amarelo mais forte, em embalagens transparentes ou em cubos, e a margarina, com um amarelo mais contido, junto a um pequeno pote. Mas afinal, qual delas é a opção mais saudável? Segundo especialistas da área, a resposta não é tão simples.
Quais são as diferenças entre elas?
Segundo Annete Marum, nutricionista e doutora em Nutrição Genética pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), ambas têm seus prós e contras . A percepção de qual é mais saudável depende da quantidade consumida e da indicação profissional da dieta recomendada para cada pessoa.
— Essa polêmica se dá principalmente porque as pessoas não entendem que elas têm composições diferentes que precisam ser pensadas antes de serem utilizadas — afirma o especialista.
Mas vamos, primeiro, entender quais são esses pontos positivos e negativos a partir do que são feitos. A manteiga é um produto de origem animal , feito a partir da nata de leite batido. Já a margarina tem origem vegetal , produzida a partir do processo de hidrogenação de óleos, como o de girassol ou de milho. Como duas têm tipos de gorduras diferentes, o que delimita quando cada uma deve ser utilizada na alimentação.
A gordura presente na manteiga é saturada , facilmente digerida pelo corpo e utilizada para fornecer energia e produzir hormônios, o que tem um aspecto positivo. Mas, em grandes quantidades, pode apresentar riscos à saúde, como mostra um estudo publicado na revista JAMA Internal Medicine.
Já a margarina , na medida em que as gorduras presentes são as insaturadas , pode provocar um aumento no colesterol considerado “bom” (HDL) e diminuir o considerado “ruim” (LDL). No entanto, a presença de gordura trans no alimento de origem vegetal é considerada um ponto negativo.
Quimicamente alterada, ela não é facilmente digerida pelo organismo e por isso, pode se acumular tanto no sangue quanto em órgãos importantes. Versões atualizadas de margarina sem gordura trans, consideradas melhores, já podem ser encontradas no mercado.
Por isso, segundo um especialista entrevistado pela GLOBO, pessoas que estão tentando controlar o colesterol “ruim” devem evitar a manteiga. Mas as margarinas que contêm gordura trans não são boas alternativas a ela.
Então, qual escolher?
O debate científico, a partir da publicação de estudos e análise dos pares, ainda não chegou a uma conclusão totalmente aceita sobre qual das duas é a mais “saudável”. Por isso, elas podem ser consumidas de acordo com as necessidades individuais, sempre com moderação.
Conforme mostra um artigo da Harvard Health Publishing, site da Escola de Medicina de Harvard, um concorrente potencial que pode substituí-los quando o assunto são benefícios é o azeite. Ele é rico em gorduras mono e poliinsaturadas, associadas à redução dos níveis de LDL (colesterol ruim), sem outros fatores negativos.
“Da próxima vez que você rasgar um pão ou pão quente, considere mergulhá-lo em azeite em vez de coberto-lo com manteiga ”, indica o site especializado.
O GLOBO
A Polícia Rodoviária Federal prendeu, na noite desta terça-feira (19), no km 118 da BR 101, em São José de Mipibu/RN, duas mulheres por tráfico e apreendeu 28 quilos de droga.
Durante fiscalização, policiais rodoviários federais abordaram um ônibus que realizava o transporte interestadual de passageiros entre os municípios de São Luiz, no Maranhão e Natal/RN. Na abordagem, duas passageiras passageiras foram detidas. Com elas, os agentes encontraram bagagens, que continham 22 quilos de cloridrato de cocaína e seis de pasta base.
A droga apreendida possui valor estimado em mais de 4,5 milhões de reais. As duas mulheres foram presas em flagrante por tráfico de drogas e a ocorrência foi encaminhada à Delegacia de Plantão de Polícia Civil em Parnamirim/RN.
NOVO NOTICIAS
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) decidiu, nesta quarta-feira (20), fazer um novo corte de 0,50 ponto percentual (p.p) na taxa básica de juros. O movimento passa a Selic de 13,25% para 12,75% ao ano, o mesmo patamar de maio de 2022, quando os juros estavam em ritmo de alta.
O grau do corte veio em linha ao esperado pelo mercado, que já previa a manutenção da estratégia de alívio da política monetária iniciada no último encontro do Copom, em agosto.
À época, o colegiado também reduziu os juros em 0,50 p.p, o primeiro movimento para baixo na taxa básica em três anos.
Novos cortes à vista
O Copom ainda possui duas reuniões neste ano: entre 31 de outubro e 1º de novembro, e 12 e 13 de dezembro. Os agentes do mercado apostam na manutenção do ciclo de baixa com a redução de 0,50 p.p em cada encontro.
Segundo dados do boletim Focus, pesquisa do BC que reúne a mediana de mais de uma centena de agentes do mercado e instituições para os principais indicadores econômicos, divulgados nesta segunda-feira (18), a Selic deve chegar em 12,25% em novembro e em 11,75% ao fim de 2023.
O ritmo de queda deve ser mantida ao longo do ano que vem. Segundo o levantamento do BC, as estimativas apontam para a Selic em 9% ao ano no encerramento de 2024.
Lula mantém críticas
O ciclo de baixa mantido pelo BC nesta semana ocorre após intensas críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), além de outros membros do governo e representantes de atividades econômicas, sobre a estratégia de política monetária adotada pela autarquia nos últimos meses.
Antes de baixar os juros na reunião de agosto, a autoridade presidida por Roberto Campos Neto havia segurado a Selic em 13,75% — o maior patamar desde novembro de 2016 — por cerca de um ano.
Mesmo após deflagrar a estratégia de corte, Lula manteve o tom crítico ao presidente do BC. No início deste mês, o petista voltou a defender a queda dos juros e afirmou que Campos Neto “não conversa” com ele.
Lula também disse que era importante todos saberem que “o presidente do Banco Central não foi indicado por nós, foi indicado pelo governo anterior”.
“Esse cidadão, se ele conversa com alguém, não é comigo. Ele deve conversar com quem o indicou, e quem o indicou não fez coisas boas nesse país. A sociedade brasileira vai descobrir com o tempo”, disse.
Lula ainda afirmou que iria continuar “brigando” pela queda dos juros e pontuou os efeitos que as taxas elevadas infligem nas atividades.
“Não pensem que eu acho que o juro tá baixo. O juro ainda tá alto”, afirmou. “E precisa abaixar os juros. Não é possível. Como que o empresário vai investir? Como que vai fazer uma fábrica? Como vai fazer um investimento qualquer, se ele vai pegar a taxa de juros muito alta? Então nós vamos continuar brigando”.
Campos Neto fala em “pouso suave” da inflação
Também no começo de setembro, Campos Neto pontuou que o Brasil está fazendo um “pouso suave” no combate à inflação, sem trazer grandes consequências para o crescimento econômico ou ao mercado de trabalho.
“O Brasil tem conseguido realizar um pouso suave, diminuindo a inflação com impacto atenuado sobre o PIB, desemprego e crédito”, disse.
Os últimos dados do Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) mostram que a inflação foi de 0,23% em agosto — abaixo do esperado pelos analistas —, com acúmulo de 4,61% nos últimos 12 meses.
O BC persegue neste ano a meta de inflação de 3,25% — com limites entre 1,75% e 4,75%, ou seja, o acumulado até agosto mantém o IPCA abaixo do teto.
O mercado, porém, vê que o índice fechará 2023 acima do limite máximo, em 4,86%, segundo dados do Focus desta semana.
Já para o ano que vem, os analistas consultados pelo BC acreditam no retorno da inflação à banda estabelecida, com IPCA encerrando a 3,86%. Em 2024, o BC segue a meta de 3%, podendo entregar um resultado entre 1,50% e 4,50%.
CNN
Não é novidade que o áudio – seja por meio do rádio, músicas, streamings ou podcasts – tem feito parte da jornada diária dos brasileiros. Dados da Inside Audio 2023, pesquisa divulgada pela Kantar IBOPE Media nesta quarta-feira, 20, apontam que 9 em cada 10 pessoas consomem alguns desses formatos sonoros no dia a dia.
Nesse contexto, segundo a Kantar, o rádio demonstra constante evolução para 76% dos ouvintes, que acreditam que o meio se moderniza em conteúdos e formatos. Além disso, 38% deles consideram que ter a possibilidade de escutar online melhorou o consumo, que estende por todo o dia.
Nas 13 regiões metropolitanas pesquisadas no levantamento, o rádio é ouvido por 80% da população, por uma média de 3h55 por dia. As cidades analisadas foram Fortaleza, Salvador, Recife, Belo Horizonte Rio de Janeiro, Vitória, Campinas, São Paulo, Goiânia, Distrito Federal, Porto Alegre, Florianópolis e Curitiba.
Publicidade no rádio
Em relação à publicidade, o estudo mostrou que 53% dos ouvintes de rádio prestam atenção em anúncios veiculados pelas emissoras. No top 3 de formatos publicitários mais lembrados, os comerciais entre programas e músicas alcança 50% das pessoas. Outros 27% lembram mais de ações publicitárias feitas por locutores e 25% de promoções na programação.
No mercado de mídia, a Kantar mostrou que o meio também mantém alta relevância nas estratégias de comunicação dos anunciantes. Dessa forma, houve um aumento de 7% nas inserções das marcas no primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado.
“Unindo credibilidade à inovação tecnológica para se aproximar de seus ouvintes, o áudio – especialmente o rádio – é percebido como uma oportunidade para que as marcas se comuniquem de maneira efetiva com a sua audiência. Com isso, ele mantém a sua relevância no cenário de mídia”, salienta Giovana Alcantara, diretora de desenvolvimento de negócios regionais da Kantar.
Contextos
A pesquisa apontou também que 58% dos ouvintes consomem rádio em casa, durante atividades cotidianas. Já 27% das pessoas costumam ouvir no carro/moto particular e 12% no trabalho presencial. Além desses, existem 7% e 5% que escutam mais em home office e no transporte público, respectivamente.
Das preferências de programação, música lidera o top 5, com o percentual de 94%. Em seguida, aparecem noticiários locais, com 32%, e noticiários nacionais, 26%. No ramo das informações, as preferências são as notícias de trânsito (25%) e de conteúdo sobre futebol (24%).
Entre os novos destaques no consumo, o podcast confirmou a própria relevância no dia dos ouvintes, tendo em vista que 50% deles afirmaram que ouviram o formato nos últimos três meses. Conforme a Kantar, houve um aumento de 23% em relação ao ano passado.
Meio e Mensagem
Com boa lábia e forte apelo nas redes sociais, o pastor Osório José Lopes Júnior (foto em destaque) conseguia ludibriar fiéis a investirem suas economias em falsas operações financeiras ou falsos projetos de ações humanitárias, com promessa de retorno financeiro imediato e rentabilidade estratosférica.
Invocando uma teoria conspiratória apelidada de “Nesara Gesara”, os estelionatários diziam, por exemplo, que com um depósito de apenas R$ 25 as pessoas poderiam receber de volta nas “operações” o valor de R$ 1 octilhão (ou 1 seguido de 27 zeros: R$ 1.000.000.000.000.000.000.000.000.000). Para se ter ideia da quantia prometida, ela é bilhões de vezes superior à do PIB mundial (em 2022, a soma de todas as riquezas produzidas no mundo foi de US$ 101,6 trilhões).
A investigação aponta que os suspeitos formavam uma rede criminosa muito bem organizada, com estrutura ordenada e divisão de tarefas, especializada no cometimento de diversos crimes, como falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, e estelionatos por meio de redes sociais. Osório Júnior é considerado foragido.
A ação é coordenada pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária (Dot), vinculada ao Departamento de Combate a Corrupção e ao Crime Organizado (Decor).
O golpe pode ser considerado um dos maiores já investigados no Brasil, uma vez que foram constatadas, como vítimas, pessoas de diversas camadas sociais e localizadas em quase todas as unidades da Federação, estimando-se mais de 50 mil vítimas.
De acordo com a investigação, iniciada há cerca de um ano, o grupo é composto por cerca de 200 integrantes, incluindo dezenas de lideranças evangélicas intituladas pastores, que induzem e mantêm em erro as vítimas, normalmente fiéis que frequentam suas igrejas, para acreditar no discurso de que são pessoas escolhidas por Deus para receber a “bênção”, ou seja, as quantias bilionárias.
Os investigados mantinham empresas “fantasmas” e de fachada, simulando ser instituições financeiras digitais com alto capital social declarado.
Para dar aparência de veracidade e legalidade às operações financeiras, os investigados celebravam contratos com as vítimas, ideologicamente falsos, com promessas de liberação de quantias surreais provenientes de inexistentes títulos de investimento, que estariam registrados no Banco Central do Brasil (Bacen) e no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
A investigação também apontou movimentação superior a R$ 156 milhões, nos últimos cinco anos, bem como foram identificadas cerca de 40 empresas “fantasmas” e de fachada, e mais de 800 contas bancárias suspeitas.
Prisão em dezembro
Em dezembro do ano passado, a Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, em Brasília, um suspeito de envolvimento no esquema, após ele ter feito uso de documento falso em uma agência bancária localizada na Asa Sul, simulando possuir um crédito de aproximadamente R$ 17 bilhões.
Porém, mesmo após a prisão em flagrante desse indivíduo, à época o principal digital influencer da organização criminosa, o grupo continuou a aplicar golpes.
Operação Falso Profeta
Nesta nova etapa da investigação, em que participaram cerca de 100 policiais civis, foi realizado o cumprimento de mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em quatro estados: Goiás, Mato Grosso, Paraná e São Paulo.
Também são cumpridas medidas cautelares de bloqueio de valores, bloqueio de redes sociais e decisão judicial de proibição de utilização de redes sociais e mídias digitais.
Além do Decor, participaram da operação policiais do Departamento de Polícia Especializada, e das Polícias Civis dos estados de Goiás, Mato Grosso, Santa Catarina, Paraná e São Paulo.
Os alvos poderão responder, a depender de sua participação no esquema, pelo cometimento dos delitos de estelionato, falsificação de documentos, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, crimes contra a ordem tributária e organização criminosa.
Metrópoles
O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), elogiou o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a abertura da 78ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira (19/9). Em seu pronunciamento, Lula pediu que a desigualdade e a fome provoquem “indignação” para que tais problemas sejam superados.
Pacheco classificou esses temas como as “maiores e mais nobres obsessões” do petista.
“O pronunciamento do presidente Lula na ONU, nesta terça-feira, além de abordar temas mundiais relevantes, como a paz e o clima, expressou a sua maior e mais nobre obsessão: a erradicação da fome e o combate às desigualdades. Esse deve ser o objetivo da política, cujo caminho exige compromisso com leis modernas, que permitam o desenvolvimento econômico sustentável, a geração de emprego, a atração de investimentos, o equilíbrio fiscal e a educação para todos. Meus cumprimentos ao presidente Lula pelo discurso”, escreveu.
autoridades o acompanharam como integrantes da delegação. Além de Pacheco, estão: o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL); a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva; e a primeira-dama, Janja da Silva.
Discurso elogiado por Pacheco
Lula fez o tradicional discurso de abertura da 78ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, nesta terça-feira (19/9). O Brasil é o responsável por abrir os debates no organismo multilateral que reúne 193 países, sediado em Nova York, nos Estados Unidos.
Esta foi a oitava vez que Lula discursou no palco da ONU como presidente do Brasil, em seu retorno após 14 anos. Nas gestões anteriores, o petista só não viajou para Nova York em 2010, quando preferiu se dedicar à campanha da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
“A fome, tema central da minha fala neste Parlamento Mundial 20 anos atrás, atinge hoje 735 milhões de seres humanos, que vão dormir esta noite sem saber se terão o que comer amanhã”, disse, relembrando a sua fala no Parlamento da ONU em 2003.
Para o presidente brasileiro, o combate à desigualdade não avançou nas últimas décadas, o que afeta diretamente a tentativa global de erradicar a fome.
Segundo o petista, a desigualdade “está na raiz” dos principais desafios globais. O mandatário ainda afirmou que falta “vontade política daqueles que governam o mundo” para encontrar soluções que possam transformá-lo em um ambiente mais justo. Por isso, Lula prometeu utilizar a presidência brasileira no G20 para enfrentar tal cenário.
“Ao assumir a presidência do G20 em dezembro próximo, não mediremos esforços para colocar, no centro da agenda internacional, o combate às desigualdades em todas as suas dimensões. Sob o lema ‘Construindo um Mundo Justo e um Planeta Sustentável’, a presidência brasileira vai articular inclusão social e combate à fome; desenvolvimento sustentável e reforma das instituições de governança global”, disse no fim de seu discurso na ONU.
Metrópoles