Entorno de Bolsonaro vê Michelle “blindada” de delação de Mauro Cid

Aliados e membros da defesa de Jair Bolsonaro acreditam que Michelle não deve figurar entre os delatados de Mauro Cid .

A avaliação foi feita por meio de conversas com a ex-primeira-dama, que garantiu a advogados nunca ter tido boa relação com o tenente-coronel e nem trocou mensagens diretamente com ele.

Michelle alega que todas as comunicações aconteciam por meio das assessoras de sua equipe, como mostradas nas mensagens do celular de Cid obtidas pela Polícia Federal.

Para o ambiente de Bolsonaro, o distanciamento de Michelle em relação ao militar deve “preserva-la”. Aliados do ex-presidente, porém, já receberam a informação de que Bolsonaro foi diretamente implicado pelo ex-ajudante de ordens no caso das joias.

Como informou a coluna, a relação entre Michelle Bolsonaro e Mauro Cid nunca foi boa. O ex-ajudante de ordens disse que a ex-primeira-dama era “complicada” e afirmou que Michelle fez questão de deixá-lo fora de atividades como o processo de mudança do casal do Palácio da Alvorada.

O GLOBO

Postado em 17 de setembro de 2023

Ex-agente da CIA explica por que você sempre deve reservar o quarto de hotel no terceiro andar; entenda

Hospedar-se em um hotel pode ser uma ação rotineira que todo viajante realiza sem imaginar que pode existir certos perigos ocultos. Desde a localização do quarto até o andar em que se encontra, há muitos aspectos a serem considerados. É o que afirma Tracy Walder, ex-agente da CIA e do FBI, em um vídeo que viralizou no TikTok nesta semana.

Na publicação, que já foi vista por mais de 519 mil pessoas, ela contém alguns de seus conhecimentos. Entre 2000 e 2005, ela trabalhou para agências de inteligência dos Estados Unidos e, com base em sua experiência, explicou por que um turista deve se hospedar entre os andares três e seis de um hotel.

Após viajar para 10 países, Tracy explicou: “Os andares mais seguros são do terceiro ao sexto andar. Você não vai querer estar no térreo. Se colocarem você no térreo, peça para trocar”. Em seguida, ela justificou: “A razão pela qual digo do terceiro ao sexto é que é difícil para alguém escalar. Ao mesmo tempo, em grande parte é bastante acessível em caso de emergência, como um incêndio”.

Para quem viaja sozinho, como é o caso de viagens de trabalho, Tracy acrescentou outras três regras extras: “Trave a fechadura de segurança. É a primeira coisa que faço depois de entrar no quarto. Trave a fechadura de segurança imediatamente”, enfatizou ela na publicação. “E sempre que estiver no quarto, mantenha essa fechadura trancada. Na verdade não há motivo para abrir se você estiver dentro”.

Tracy também é especialista em batentes de borracha que ficam sob a porta. Elas são uma boa ideia para manter a segurança durante a estadia, e servem como segunda opção quando a fechadura da porta falha ou, como um ex-agente escolhido, caso suas chaves sejam roubadas. Isso pode desempenhar um papel importante, uma vez que tornará “mais difícil que ladrões ou estranhos entrem em seu quarto”, afirmou.

Tracy aplica essas dicas quando viaja sozinha nos Estados Unidos ou no exterior. Seus seguidores reagiram à sua lista de recomendações. Nos comentários, muitos expressaram opiniões como: “Também avisaria às mulheres para não deixarem pertences no quarto na hora de pagar. Recentemente, uma gargalhada entrou no meu quarto nas altas horas da noite. Foi assustador”.

Outra pessoa escreveu: “Por isso, prefiro ficar em albergues com muitas pessoas. Não consigo dormir sozinho em um quarto”. Um usuário destacou que as dicas também são úteis “ao escolher apartamentos”, e que esses segredos são “excelentes para os viajantes”.

O GLOBO

Postado em 17 de setembro de 2023

Brasil concentra 100 casos de gripe aviária, detalha relatório do governo

O Brasil registrou o 100º caso de gripe aviária do subtipo H5N1 nesta sexta-feira (15), conforme relatório do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Os registros de contaminação tiveram início em maio, e pico em junho. As ocorrências desaceleraram em julho e em agosto.

No entanto, em setembro, houve um novo crescimento dos casos. Em agosto, o governo de São Paulo decretou estado de emergência por gripe aviária no estado. Conforme informações da Agência Brasil, a medida vale por 180 dias e foi implementada pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento, a pedido do governo federal, para tentar conter a cadeia de transmissão da doença.

A maioria dos casos ocorreu em aves migratórias. Somente duas ocorrências foram identificadas em aves de criação. O primeiro ocorreu na cidade de Serra (ES) e outro, em Maracajá (SC).

Apesar das ocorrências, o governo declarou que não há risco para o consumo de carne e ovos, e não houve transmissão para humanos no Brasil.

O QUE É A GRIPE AVIÁRIA?
A influenza aviária é uma doença viral altamente contagiosa que afeta diversas espécies de aves domésticas e silvestres e, ocasionalmente, chega a mamíferos como ratos, gatos, cães, cavalos, suínos e até humanos.

A doença é de notificação obrigatória à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

diariodonordeste

Postado em 17 de setembro de 2023

Turistas mortos em queda de avião estavam no AM para pesca esportiva

Os turistas que morreram a bordo do avião que caiu neste sábado (16/9) em Barcelos, no Amazonas, estavam no Brasil para a prática da pesca esportiva. A informação foi revelada pelo secretário de Segurança Pública do Amazonas, Vinícius Almeida, durante coletiva de imprensa realizada na noite de hoje.

Ele também confirmou que a perícia e o resgate dos corpos ocorrerão ainda neste domingo (17/9), logo nas primeiras horas da manhã.

A aeronave havia saído de Manaus com destino a Barcelos, a cerca de 400 km da capital do Amazonas. Ainda não sabe a causa da queda, mas chovia no momento do acidente. No total, 14 pessoas morrreram, sendo 12 turistas, o piloto e o copiloto.

“A expectativa é de que amanhã, mesmo, a gente possa fazer a transferência dos corpos para Manaus”, adiantou o secretário Vinícius Almeida, neste sábado. “Ainda não temos detalhes que possam ser conclusivos”, informou.

Além disso, o secretário ressaltou que os relatos são de que não teria havido pista suficiente para efetuar o pouso da aeronave no aeroporto de Barcelos, mas uma conclusão oficial depende das investigações. “O relato é de que não teve pista (suficiente) para pousar”, detalhou.

Almeida acrescentou que, a princípio, todos os passageiros eram turistas. Eles estavam no Amazonas para a prática de pesca esportiva, o maior atrativo de Barcelos (AM), destino final do vôo. Nesse esporte, o objetivo é pescar o peixe por diversão e, então, devolvê-lo à natureza, vivo.

“Barcelos tem mais de 25 anos de pesca esportiva consolidada”, ressaltou o prefeito da cidade, Edson de Paula Rodrigues Mendes. “Todas as condições (do aeroporto) previstas em leis estão adequadas”, completou.

O brigadeiro David Almeida Alcoforado, da Força Aérea Brasileira (FAB), ressaltou que os investigadores estarão no local para iniciar as investigações e análises, e que um relatório será feito e divulgado em breve.

“Os investigadores da FAB, à primeira hora da manhã, estarão voltando para Barcelos para iniciarmos os procedimentos e as análises desse acidente. Todos os fatores serão analisados pela FAB e, em breve, um relatório apontando as possíveis causas será divulgado. Todos os aspectos serão abordados, desde funcionamento da aeronave, qualificação de pilotos, condições meteorólogicas, comprimento da pista… Tudo será analisado para determinarmos as possiveis causas desse acidente”, explicou o brigadeiro David.

Em nota, a Fab informou que os investigadores do Sétimo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa VII), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), foram acionados.

A queda do avião aconteceu por volta das 15h (horário de Brasília), próximo ao aeroporto de Barcelos. A aeronave modelo Bandeirante tem matrícula PT-SOG.

Metrópoles

Postado em 17 de setembro de 2023

Lula chega a NY para participar da Assembleia Geral da ONU

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pousou no Aeroporto Internacional John F. Kennedy (JFK), em Nova York, nos Estados Unidos (EUA), neste sábado (16/9), para participar da 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU).

A viagem a bordo do Aerolula, como é conhecido o Airbus A319-ACJ, se dá após a passagem por Cuba, para participação na cúpula do G77, grupo de países em desenvolvimento. Mais cedo, Lula visitou o ex-presidente cubano e irmão de Fidel Castro, Raúl Castro. O mandatário brasileiro estava no país caribenho desde sexta-feira (15/9).

O pouso em Nova York ocorreu por volta das 23h, no horário de Brasília. O presidente Lula deixou o avião e se dirigiu ao hotel no qual ficará hospedado. O mandatário brasileiro será recebido no hotel por apoiadores. A expectativa é de que ele fique em solo norte-americano até a próxima quinta-feira (21/9).

Acompanham o presidente uma comitiva de ministros, como os da Fazenda, Fernando Haddad; do Meio Ambiente, Marina Silva; da Saúde, Nísia Trindade; das Relações Exteriores, Mauro Vieira; do Trabalho, Luís Marinho; dos Direitos Humanos, Silvio Almeida; de Cidades, Jader Filho; de Minas e Energia, Alexandre Silveira; das Mulheres, Cida Gonçalves; e da Cultura, Margareth Menezes.

Assembleia Geral da ONU

A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) ocorre a partir da próxima terça-feira (19/9), se estendendo até o dia 26 deste mês. O encontro reúne cerca de 193 países. O Brasil costuma abrir o evento.

Neste ano, o tema será “Reconstruindo a confiança e reacendendo a solidariedade global: acelerando a ação na Agenda 2030 e seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) rumo à paz, prosperidade, progresso e sustentabilidade para todas as pessoas”.

Metrópoles

Postado em 17 de setembro de 2023

Veja quem são as oito pessoas assassinadas em chacina de Pernambuco

Entre quinta-feira (14/9) e sexta-feira (15), oito pessoas foram assassinadas a tiros nos arredores de Recife e na região da Zona da Mata de Pernambuco.

Os dois primeiros eram policiais militares, mortos durante uma ocorrência em Camaragibe, região metropolitana de Recife. Horas depois, o suspeito de matar os PMs — Alex Silva, de 33 anos, mais conhecido como Alex Samurai — e quatro pessoas da família dele foram executados; entre elas, a mãe e a irmã;

Uma das vítimas ainda não foi identificada, mas acredita-se que ela seja companheira de Alex.

Veja quem são as vítimas:
Policiais mortos: Eduardo Roque Barbosa de Santana, de 33 anos, e Rodolfo José da Silva, de 38, estavam lotados no 20º Batalhão da PM. Eduardo tinha seis anos de PM e deixou esposa e duas filhas. Rodolfo estava há oito anos na corporação e deixou esposa e uma filha.

Suspeito morto: Alex Silva, de 33 anos, foi morto em uma ação policial em Camaragibe (PE) na manhã de sexta. Ele não possuía antecedentes criminais, mas tinha registro de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC).

Parentes assassinados:
Os três irmãos de Alex foram mortos na mesma ocorrência no bairro Tabatinga, em Camaragibe, na madrugada de sexta. Uma das vítimas, Ágata Ayanne da Silva, de 30 anos, transmitiu o próprio homicídio ao vivo pelo celular.

As imagens mostram dois homens encapuzados ordenando que os irmãos se abaixem e atiram várias vezes. Após os tiros, um dos encapuzados diz: “Zerou, zerou! Foi muito já!”. Além de Ágata, foram executados Amerson Juliano da Silva, de 25 anos, e Apuynã Lucas da Silva, também de 25.

Por fim, também na sexta, foram localizados os corpos da mãe de Alex, Maria José Pereira da Silva, e uma mulher não identificada, possível esposa dele, em um canavial de Paudalho (PE).

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), se referiu aos assassinatos como crimes bárbaros que “deverão ser investigados.”

Metrópoles

Postado em 17 de setembro de 2023

Barroso sobre comunismo no Brasil: ‘Faria Lima tem mais influência’

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, afirmou nesta quinta-feira (14/9) que no Brasil não há vestígio de ditadura do proletariado e que o poder do mercado e empresário talvez seja maior. O comentário foi feito durante o julgamento do réu Thiago de Assis Mathar, acusado por atos golpistas no dia 8 de janeiro.

“Não há vestígio de ditadura porque nós temos eleições livres e períodicas a cada dois anos no Brasil. E do proletariado muito menos. Talvez a Faria Lima tenha mais influência do que o proletariado”, afirmou o ministro em meio a risos.

A citação à Avenida Faria Lima, em São Paulo, faz uma referência à via conhecida por abrirgar centros financeiros e empresariais na capital paulista.

A fala foi proferida após a argumentação do advogado de Mathar, Hery Kattwinkel. “Patriotas são aqueles que defendem a bandeira verde e amarela, que ela não será vermelha”, disse o defensor.

Barroso aproveitou o momento do seu voto para explicar os pensamentos de Friedrich Engels e Karl Marx.

“Comunismo é um modo de organização política e econômica fundado na propriedade coletiva dos meios de produção, em uma economia planificada, na abolição da propriedade privada (dos meios de produção). E, numa fase intermediária conhecida como ‘ditadura do proletariado’, que antecede a abolição final do Estado. Essa é a doutrina baseada no pensamento de Friedrich Engels e Karl Marx”, comentou.

Em seguida, o ministro falou a diferença com o modelo que vigora no Brasil atual.

“No Brasil vigora a livre iniciativa, a economia de mercado, a meticulosa proteção da propriedade privada na Constituição e no Código Civil, e não existe vestígio de ditadura do proletariado”, afirmou.

Por fim, Luís Barroso afirmou que a fala dele é necessária, que os sentidos das palavras sejam retomados e que é necessário combater a falta de cultura.

“A gente precisa reestabelecer no Brasil, num processo importante de pacificação, o sentido mínimo das palavras e enfrentar a incultura”, completou.

Kattwinkel, que já havia cometido um erro ao atribuir a frase “os fins justificam os meios” ao livro “O Pequeno Príncipe”, de Antoine Saint-Exupéry, em vez de “O Príncipe”, do italiano Nicolau Maquiavel, aproveitou a defesa do réu para atacar a Suprema Corte.

Os ministros chegaram ao entendimento que Thiago Mathar deve ser condenado a 14 anos de prisão e a uma multa de R$ 30 milhões por danos coletivos pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, associação criminosa armada, dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado.

Estado de Minas

Postado em 16 de setembro de 2023

Veja quantos pacientes morrem por ano por erros na assistência à saúde

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que aproximadamente 2,6 milhões de pessoas morrem anualmente em todo o mundo devido a erros evitáveis na assistência à saúde, o que equivale a cinco pacientes a cada minuto.

De acordo com a instituição, quatro em cada dez pacientes sofrem algum tipo de prejuízo durante o atendimento na atenção primária e ambulatorial, com os principais erros relacionados a diagnóstico, prescrição e uso de medicamentos. Além do impacto direto na vida dos pacientes, os erros de medicação, por exemplo, resultam em um custo de mais de 40 bilhões de dólares por ano.

Para a OMS, erros evitáveis que causam danos à saúde do paciente são inaceitáveis. Diante desse cenário, desde 2019 a entidade instituiu o 17 de setembro como o Dia Mundial da Segurança do Paciente, com o objetivo de chamar a atenção global para essa questão. Neste ano, o tema central da campanha é Engajar Pacientes para a Segurança do Paciente, focando na necessidade de cada vez mais as instituições de saúde ouvirem seus pacientes, familiares e cuidadores para que eles sejam participantes ativos dos cuidados.

“Esse slogan da OMS reforça a importância de darmos um nível de representatividade e de escuta para esse paciente muito superior ao que temos tido atualmente na maioria das instituições de saúde. É uma ideia de inclusão do paciente em todo o processo de cuidado, fornecendo um atendimento seguro e de qualidade e garantindo os seus direitos”, disse Victor Grabois, presidente da Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (Sobrasp) e coordenador-executivo do Proqualis/Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

Mas, afinal, o que é segurança do paciente? De maneira geral, ela é um atributo da qualidade da assistência. É a capacidade de um serviço de saúde, junto com a sua equipe de profissionais, de evitar lesões, danos, feridas ou outros problemas decorrentes do cuidado.

Em outras palavras, é fazer com que esse paciente não adquira alguma condição que ele não tinha quando deu entrada no serviço de saúde. “Não posso entrar em uma instituição de saúde para tratar uma crise de hipertensão arterial, por exemplo, cair da maca e quebrar um braço”, exemplifica Grabois.

A psicóloga Ana Merzel Kernkraut, coordenadora do Programa de Experiência do Paciente do Hospital Israelita Albert Einstein, vai além e ressalta que a segurança do paciente também é extremamente importante para garantir a confiabilidade de uma instituição de saúde. De acordo com ela, na maioria das vezes, os eventos adversos (aqueles não são esperados no cuidado do paciente) são causados por falhas humanas ou de processos internos, que podem ser corrigidos e melhorados.

“Dentro da segurança, teremos danos que quase aconteceram, mas que foram percebidos a tempo de serem barrados; os danos que ocorreram, mas são transitórios; e temos os eventos graves, que causam um dano maior. A gente quer zerar esses eventos que são chamados catastróficos porque eles só acontecem com a participação de um humano”, disse Kernkraut.

Paciente informado funciona como barreira
Abordar a segurança do paciente envolve discutir processos, comunicação eficaz, diagnóstico assertivo e profissionais treinados e capacitados. Simultaneamente, requer um paciente bem-informado, que compreenda seu tratamento e sua condição, pois assim ele atua como uma “barreira” contra possíveis eventos adversos e participa como corresponsável em seu próprio cuidado.

Por exemplo: se um paciente em tratamento de câncer é informado adequadamente de que vai receber durante dez dias uma determinada medicação, em determinada dose, por via endovenosa e, de repente, o profissional de saúde chega para aplicar a medicação por via intramuscular, o paciente perceberá que houve uma mudança, vai questionar e funcionar como uma barreira, evitando a falha no cuidado: “Eu faço essa medicação todos os dias por via endovenosa, por que hoje vou receber intramuscular?”. Assim, o profissional de saúde poderá rever o atendimento para confirmar se realmente houve alguma mudança de conduta.

“Mas, para que isso ocorra, é necessário que aconteça uma mudança cultural, tanto do lado da equipe, que tem que permitir que esse paciente participe e questione as condutas que estão sendo tomadas, quanto do lado do paciente, que tem que se sentir à vontade de perguntar e exigir que algumas coisas aconteçam de acordo com o que é preconizado e com o que ele quer”, explicou Kernkraut.

Um outro exemplo é a higienização das mãos pelo profissional de saúde antes de tocar no paciente – uma conduta simples, amplamente conhecida, que previne infecção em hospitais e pode salvar vidas. Já existem protocolos bem estabelecidos para serem seguidos para que a higienização das mãos aconteça de forma correta, mas nem sempre isso acontece nos estabelecimentos de saúde.

“A própria equipe médica tem muita dificuldade de aderir corretamente à higiene das mãos no momento que é preconizado e acha ruim quando é questionada sobre. Apesar de a higienização das mãos ser algo estabelecido, muitas vezes não faz parte do comportamento do profissional. Se o paciente alerta, ele é visto como o chato. Por isso, é muito difícil estar na posição de paciente nessa hora”, afirmou Kernkraut, frisando a necessidade de existir uma mudança cultural nesse sentido.

Segundo Cláudia Laselva, diretora do Hospital Israelita Albert Einstein, unidade hospitalar Morumbi, para que aconteça essa mudança cultural entre profissionais de saúde, paciente e familiares, é preciso que haja um trabalho intenso das instituições de saúde na criação de mecanismos para educar os seus profissionais sobre o tema. Além disso, Laselva destaca que é preciso ir além e ampliar a educação sobre o tema, incluindo instituições de ensino fundamental e médio, para maior conhecimento sobre o assunto.

Outro tópico importante é o monopólio do conhecimento médico sobre a doença, já que ninguém sabe mais da sua doença do que o próprio paciente. “Muitas vezes ainda temos na formação do profissional de saúde a orientação de que ele é soberano e detentor de todo o conhecimento. E que é apenas ele que determina as condutas a serem seguidas. Precisamos mudar essa cultura de que o conhecimento é algo apenas do profissional de saúde e reforçar a importância de uma escuta ativa e empática, com linguagem adequada”, destaca Laselva, ao acrescentar que somente através da colaboração e revisão de processos é que poderemos avançar no tratamento seguro de pacientes.

Paciente como bom informante
Para escutar a voz do paciente, a equipe de saúde precisa estar disponível para ouvir. E o paciente precisa entender que é muito importante falar sobre o que acontece com ele: se tem alguma alergia, intolerância, alguma cirurgia prévia. “O paciente precisa ser um bom informante porque o médico não tem como saber tudo. Grande parte dos eventos adversos relacionados ao uso de medicação estão associados ao desconhecimento da equipe sobre alergias prévias do paciente”, disse Kernkraut.

Grabois, da Sobrasp, reforça que essa comunicação entre profissional da saúde e paciente é um desafio enorme para as instituições porque envolve a educação do paciente não somente em relação àquela doença que ele tem, mas sobre o processo como um todo.

“A equipe precisa ter a consciência de que existe paciente analfabeto e paciente com pós-doutorado. Então, a forma de comunicar é diferente e o paciente precisa ser informado adequadamente dentro das suas necessidades”.

Tatiane Batista Nascimento Chaves de Faria, chefe do Setor de Gestão da Qualidade do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC/UFMG), concorda e ressalta que é preciso identificar as necessidades de educação em saúde e a capacidade de cada paciente e familiar para aprender e assim ser capaz de tomar decisões e participar de forma ativa da sua assistência.

“Os profissionais de saúde devem incentivar pacientes e familiares a participarem do seu cuidado, falando e fazendo perguntas. Cada paciente é único, com suas capacidades, seus valores e crenças. Cabe às instituições de saúde estabelecer com eles uma comunicação aberta e de confiança para compreender, proteger e favorecer tais aspectos, melhorando assim os resultados do cuidado”, disse Faria do HC/UFMG, que integra a Rede Ebserh, que administra 41 hospitais universitários vinculados a universidades federais com atendimento exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo Cláudia Laselva, para que o paciente seja engajado e um bom informante, as instituições de saúde precisam criar mecanismos e protocolos para que isso aconteça de forma ativa e monitorada. “A educação do paciente é um dos tópicos a serem considerados e existem diversas iniciativas possíveis, sendo as mais relevantes participativas e compartilhadas. As ações precisam ser de parceria do profissional de saúde e o paciente, com as expectativas de resultados revistos e seu tratamento compartilhado.”

Um dos exemplos da participação ativa do paciente, que foi estabelecida como protocolo no Einstein, foi a criação do código Help, que surgiu após discussões conjunta com os conselhos de segurança dos pacientes, que apontou que algumas vezes eles não se sentiam completamente ouvidos pelas equipes durante o seu cuidado.

“A gente sabe que um profissional que está vivendo uma situação de estresse por muitas horas seguidas muitas vezes fica focado demais naquele paciente e pode achar que determinada conduta é a melhor. O código Help é uma forma de dar voz ao paciente, que poderá acionar um profissional que está totalmente fora do seu caso para ouvi-lo na íntegra e repensar toda situação”, explicou Laselva, ao destacar que antes de acessar qualquer outro membro da equipe, esse profissional do código Help deve ouvir o paciente para não ter nenhum pré-julgamento.

“Depois de ouvir o paciente, ele pondera junto com as informações do prontuário e, se julgar necessário, poderá conversar com a equipe e sugerir alguma alteração de conduta.”

Estatuto dos Direitos do Paciente
Grabois ressalta também que se as instituições de saúde querem um paciente engajado no seu próprio cuidado, é preciso falar para ele sobre quais são os seus direitos. “Para tornar o paciente um sujeito ativo, não adianta ter só boa intenção. O paciente ainda é deixado muito de lado, como se ele fosse um objeto do cuidado, quando na verdade ele deveria ser o sujeito”, ressaltou.

Segundo Grabois, um projeto de lei em andamento no Congresso Nacional estabelece o Estatuto dos Direitos do Paciente e elenca os principais itens a serem considerados:

Direito a ser transferido para uma outra unidade em condições adequadas;
Direito de saber tudo o que é feito com ele e que isso seja registrado no seu prontuário de forma clara e objetiva;
Direito a ter suas perguntas respondidas sobre o seu diagnóstico e sobre o prognóstico, como a doença pode evoluir, como é o tratamento;
Direito a receber informações sobre as medicações que está recebendo e qual a forma de aplicação de cada uma delas;
Direito de ser consultado e informado antes de ser submetido a qualquer tipo de procedimento ou cirurgia;
Direito a ser tratado como ser humano e sem qualquer tipo de discriminação, seja ela racial, religiosa, sexual, ou qualquer outra.
“Embora muitas instituições de saúde já respeitem e garantam esses direitos para os seus pacientes, muitas ainda não o fazem. E se isso não está escrito na lei, fazem menos ainda. Do ponto de vista ético, de equidade, de segurança e do atendimento centrado no paciente, esses são direitos a serem observados que não estão ainda consagrados em lei”, destacou.

Principais desafios dos sistemas de saúde
No Brasil, o Ministério da Saúde instituiu o Programa Nacional de Segurança do Paciente em 2013 e aprovou protocolos básicos de segurança que incluem os seguintes itens: identificação do paciente, cirurgia segura, prevenção de úlcera por pressão, higiene das mãos em serviços de saúde, prevenção de quedas e segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos.

Existem muitos protocolos, mas grande parte das instituições ou não os adotam ou os adotam parcialmente. “Ainda existem muitos casos de instituições que não colocam os protocolos em prática, não medem os seus indicadores, não acompanham a adesão dos profissionais aos protocolos, não têm infraestrutura adequada para fornecer o cuidado seguro, têm menos profissionais do que deveriam ter, entre inúmeros outros problemas”, enumera Grabois.

Laselva diz que a falta de recursos como tempo, orçamento, materiais, equipe, podem impactar na segurança do paciente, mas reforça que além de estruturas e processos, é preciso trabalhar na atitude e na educação dos profissionais, seja no serviço público ou no privado, para que eles não se coloquem na posição de soberanos, mas de ouvinte dos pacientes.

“Esse é o ponto principal”, diz a diretora, ressaltando que cada instituição deve criar os seus protocolos dentro da sua realidade. “É preciso desmitificar a ideia de que não dá para ter segurança no hospital público. É claro que dá. Eu só tenho que adaptar os meus processos e protocolos à realidade local. O foco é engajar o paciente e colocá-lo no centro da assistência”, finalizou.

Fonte: Agência Einstein

Postado em 16 de setembro de 2023

Uber diz que não pagará multa de R$ 1 bi e nem contratará motoristas até esgotar recursos

A Uber afirmou que não vai adotar nenhuma das medidas elencadas na sentença proferida pelo juiz do Trabalho Maurício Pereira Simões, da 4ª Vara do Trabalho de São Paulo, antes que todos os recursos cabíveis sejam esgotados.

Dentre as decisões, a empresa terá que contratar todos os motoristas cadastrados na plataforma, além de pagar multa de R$ 1 bilhão por danos morais coletivos.

Em nota, a empresa alegou que há uma evidente insegurança jurídica na decisão, uma vez que a ação envolve apenas a Uber, não considerando o Ifood, 99, Loggi e Lalamove, por exemplo.

“A decisão representa um entendimento isolado e contrário à jurisprudência que vem sendo estabelecida pela segunda instância do próprio Tribunal Regional de São Paulo em julgamentos realizados desde 2017, além de outros Tribunais Regionais e o Tribunal Superior do Trabalho“, disse.

O juiz também estabeleceu uma multa diária de R$ 10 mil para cada motorista do aplicativo sem registro. A decisão deverá ser cumprida em seis meses, a partir do trânsito em julgado e da intimação para início de prazo.

Uma vez intimada, a empresa deverá relacionar todos os motoristas com cadastro ativo na plataforma. Depois, deverá comprovar a regularização dos contratos de trabalho de 1/6 deles a cada mês, até o término do prazo.

Os valores da multa por danos morais coletivos devem ser destinados ao Fundo de Amparo ao Trabalhador em 50%. A outra metade deverá ir para associações de motoristas de aplicativos que tenham registro em cartório e constituição social regular, em cotas iguais.

Em relação a todas essas decisões, a Uber informou tem convicção de que a sentença não considerou adequadamente o conjunto de provas produzido no processo e que se baseou “em posições doutrinárias já superadas, inclusive pelo Supremo Tribunal Federal.”

A empresa destaca que na sentença, o magistrado menciona não haver legislação no país que regulamenta o novo modelo de trabalho intermediado por aplicativos.

O app pontua ainda que governo federal chegou a editar o Decreto Nº 11.513, que institui um Grupo de Trabalho “com a finalidade de elaborar proposta de regulamentação das atividades executadas por intermédio de plataformas tecnológicas”, incluindo definições sobre a natureza jurídica da atividade e critérios mínimos de ganhos financeiros.

“O STJ (Superior Tribunal de Justiça), desde 2019, vem decidindo que os motoristas não mantêm relação hierárquica com a empresa porque seus serviços são prestados de forma eventual, sem horários pré-estabelecidos, e não recebem salário fixo, o que descaracteriza o vínculo empregatício”, conclui a plataforma.

CNN

Postado em 16 de setembro de 2023

Lula sanciona lei de reajuste salarial de 9% para servidores federais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou, nesta sexta-feira (15/9), a legislação que estabelece o reajuste salarial de 9% para todos os servidores federais do Poder Executivo, autarquias e fundações, incluindo pensionistas e pensionistas. O texto é resultado da aprovação do projeto de transformação da medida provisória pelo Congresso Nacional. Os novos valores entraram em vigor em 1º de maio de 2023 e, na folha de pagamento de junho, os servidores já receberam os salários corrigidos.

Esse reajuste salarial ocorreu como parte de um acordo entre o governo e as associações trabalhistas por meio da Mesa Permanente de Negociação, que foi reativada durante a gestão do presidente Lula. Ainda como parte do acordo, houve um aumento nos benefícios do auxílio-alimentação para essa categoria de servidores — aumentando de R$ 458 para R$ 658 mensais, 43%.

A MP 1.170/2023 concedeu reajuste linear para todos os servidores e empregados públicos civis do Executivo federal, incluindo aposentados e pensionistas.

O reajuste dos valores resultou de acordo entre o governo e mais de 100 entidades representativas dos servidores na chamada mesa de negociação permanente, que estava suspensa desde 2016 e foi retomada no atual governo.

A medida, que já havia sido aprovada no Senado há algumas semanas, seguiu para a sanção do presidente Lula na forma de um projeto de lei de conversão (PLV), pois houve inclusões ao texto original enviado pelo Executivo.

Correio Braziliense

Postado em 16 de setembro de 2023

Ministério Público denuncia Jean Wyllys por homofobia contra Eduardo Leite

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por meio da Promotoria de Justiça Criminal de Porto Alegre, denunciou nesta quinta-feira o ex-deputado federal Jean Wyllys (PT) pelo crime de injúria contra o governador Eduardo Leite (PSDB) .

Em julho deste ano, o governador afirmou ter sofrido homofobia por parte de Wyllys após os dois terem discutido na rede social “X” (antigo Twitter), e acionou o Ministério Público. Na ocasião, após o gaúcho ter decidido manter as escolas cívico-militares, na contramão do governo federal, Wyllys disse que Leite Sofria de “homofobia internalizada”, em referência à sua orientação sexual.

No documento assinado pela promotora de Justiça Claudia Lenz Rosa, o Ministério Público afirma que, com esta atitude, o petista injuriou o governador “ofendendo-lhe a dignidade e o decoro, na razão de sua orientação sexual”.

“Na ocasião, sob o pretexto de criticar um anúncio feito pela vítima, na condição de Governador do Estado do Rio Grande do Sul, de que iria manter o modelo estadual de escolas cívico-militares, o denunciado usou a mencionada rede social para fazer uma postagem à orientação sexual da vítima (…) Ao dirigir sua crítica a atributos pessoais da vítima, relacionados à sua orientação sexual, quando poderia limitar-se a crítica do fato, objeto da inconformidade, o denunciado extrapolou a liberdade de expressão e atingida deliberadamente e com animus injuriandi (intenção de injuriar), a honra subjetiva da vítima” , diz a promotora.

Neste contexto, o Ministério Público pede garantias dos danos causados ​​ao Leite e exige a fixação do valor mínimo. O montante do pagamento seria implementado durante o processo, caso a denúncia seja aceita pela Justiça.

O GLOBO tenta contato com Jean Wyllys, e a reportagem será atualizada em caso de retorno.

Por que Jean Wyllys e Eduardo Leite discutiram no Twitter?

Em julho deste ano, Wyllys escreveu nas redes sociais:

— Que governadores héteros de direita e extrema direita fizeram isso já era esperado. Mas de um gay? Se bem que gays com homofobia internalizada em geral desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformizados; se for branco e rico então.

Na ocasião, Leite desconto:

— Manifestação deprimente e cheia de preconceitos em incontáveis… e que em nada contribui para construir uma sociedade com mais respeito e tolerância. @jeanwyllys_real, eu lamento a sua ignorância.

Ao acionar o MP, o governador afirmou que tomou uma atitude de representar em outras graças em que sofreram “ataques homofóbicos” e citou os casos que ocorreram com o ex-deputado Roberto Jefferson e o ex-presidente Jair Bolsonaro.

— Jean Wyllys dispara também ataca uma decisão que eu tomei como Governador. Ele pode não concordar, ter outra visão, mas tentar associar essa decisão à minha orientação sexual e até às preferências sexuais. Por isso, entrei com uma representação contra ele, por um ato de preconceito, de discriminação, de homofobia — afirmou o governador.

O GLOBO

Postado em 16 de setembro de 2023

Medindo a pressão em casa? Veja o que fazer ou evitar para obter uma leitura precisa

Você costuma medir sua pressão em casa? Adultos saudáveis ​​devem realizar esse exame simples ao menos uma vez por ano, no médico ou em casa. Já os 38 milhões de brasileiros que sofrem de hipertensão devem tirar a pressão frequentemente. De qualquer forma, se você medir sua pressão sozinho, certifique-se de seguir estas etapas para obter uma leitura precisa:

Escolhendo o aparelho certo
Adquira um monitor que tenha sido validado, o que significa que o aparelho está devidamente calibrado. Os especialistas recomendam evitar dispositivos que sejam usados ​​na ponta do dedo ou no pulso, porque eles não são tão precisos quanto ao braço. O aparelho também deve ter as especificações adequadas ao tamanho do seu braço, ou que deve ser verificado no momento da compra.

Esvazie sua bexiga
Uma bexiga cheia pode iniciar e reduzir o fluxo sanguíneo para os enxágues. Como a resposta natural do corpo a isso é aumentar a pressão arterial para garantir que os enxágues recebam sangue suficiente, o resultado da medição pode acabar sendo alterado.

Espere pelo menos 30 minutos depois de fumar, fazer exercícios ou consumir cafeína ou álcool
Os exercícios, a cafeína e a nicotina aumentam a frequência cardíaca e contraem os vasos sanguíneos, o que pode aumentar a pressão arterial e a influência do resultado do exame. Já o álcool dilata os vasos, o que tende a reduzir a pressão.

Mantenha a postura correta
A sua postura pode afetar a precisão da leitura. Cruzar as pernas, principalmente na altura do joelho, aumenta temporariamente a pressão arterial. Se seus pés ou braços não forem apoiados, seus músculos irão contrair, um pequeno detalhe que também tende a aumentar a pressão. Apoiar o braço abaixo ou acima da altura do coração também pode comprometer o resultado do exame.

Por isso, o ideal é sentar-se em uma cadeira, apoiando as costas e mantendo as pernas relaxadas, com os pés encostados no chão. O braço sobre o qual será realizada a medição deve estar encostado em uma superfície firme e lisa (idealmente, uma mesa) na altura do coração. A palma da mão deve estar virada para cima para relaxar os músculos do braço.

Espere alguns minutos antes de fazer uma leitura
Sente-se em silêncio durante cerca de cinco minutos, sem distrações como a televisão e o telefone, por exemplo. O ideal é medir a pressão enquanto você se sente relaxado e distraído, porque mesmo um pequeno estresse ou tensão pode aumentar sua pressão e afetar o resultado do exame.

Não inscreva a segurança sobre a roupa
Embora não haja consenso entre os médicos sobre isso, alguns especialistas acreditam que enrolar a segurança sobre a roupa ou puxar a manga para cima pode apertar o braço e comprometer o resultado do exame. A recomendação é que a segurança seja posicionada a cerca de 2,5 centímetros acima da dobra do cotovelo e na volta do braço nu.

Faça a medição antes de tomar remédio para pressão
Se você toma remédio para pressão alta, o certo é realizar o exame antes de tomar a medicação, que influencia no resultado.

Repita o processo
A pressão arterial flutua ao longo do dia, então apenas uma leitura isolada não fornece informações precisas. A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) recomenda um mínimo de sete precisão no período de 72 horas.

O GLOBO

Postado em 16 de setembro de 2023

Cientistas descobrem como os neurônios morrem no Alzheimer: ‘Emocionante!’, diz pesquisadora

Pesquisadores do Reino Unido e da Bélgica acreditam que um dos maiores mistérios da ciência foi finalmente explicado. A equipe, que publicou suas descobertas na revista científica Science, mostrou de que maneira as células cerebrais morrem na doença de Alzheimer, processo chamado de necroptose .

O acúmulo de duas proteínas chamadas amiloide e tau entre os neurônios causa uma inflamação cerebral. Em consequência, estas células, que transmitem os impulsos do sistema nervoso no cérebro, prejudicam uma mudança química interna.

Após a formação das placas com essas proteínas, os neurônios originais a produzir uma molécula a MEG3. As evidências mostram que ela pode ser a principal causadora de necroptose , um tipo de morte celular que elimina células não desejadas à medida que outras, mais novas, são produzidas.

Os cientistas, provindos do Instituto de Investigação de Demência do Reino Unido, da University College London e da KU Leuven, na Bélgica, demonstraram que as células cerebrais se mantiveram vivas a partir do bloqueio da molécula MEG3 . A morte celular está ligada à perda de memória, um dos sintomas mais devastadores do Alzheimer.

Os experimentos foram realizados a partir de células humanas transplantadas para cérebros de camundongos. Os roedores foram geneticamente modificados para produzir grandes quantidades de proteína amiloide. Segundo os cientistas, os resultados encontrados fornecem fortes evidências de que como se dá o processo, que até então foi explicado a partir de especulações e hipóteses.

Recentemente, medicamentos para eliminação da proteína do cérebro foram um marco entre os primeiros tratamentos especializados em retardar a destruição das células cerebrais. A equipe celebra as novas possibilidades que se abrem a partir dessa descoberta.

— A descoberta é emocionante, mas ainda está em um estágio inicial. É importante porque aponta para novos mecanismos de morte celular na doença de Alzheimer que não entendíamos anteriormente e podemos abrir caminho para novos tratamentos para retardar ou mesmo parar a progressão da doença no futuro — analisa Susan Kohlhaas, pesquisadora da Alzheimer’s Research UK, na Inglaterra, em entrevista à BBC.

O GLOBO

Postado em 16 de setembro de 2023

Estudo aponta que enchentes no Rio Grande do Sul poderiam ter sido previstas

Um estudo realizado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul aponta que os temporais da semana passada poderiam ter sido previstos com antecedência.

O pesquisador do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRS Joel Goldenfum afirma que o potencial de desastre do Vale do Taquari já era conhecido. “O Vale do Taquari está acostumado, de Muçum para baixo, a ter inundações. Mas são inundações que são mais lentas, onde o fluxo maior fica no leito do canal. Só que agora o rio principal corria com força”, disse.

Até o momento, autoridades gaúchas contabilizam 102 municípios afetados pelas fortes chuvas e enchentes. No total, são 47 mortes, 9 desaparecidos e 22.492 desabrigados e desalojados.

Em nota, a Defesa Civil gaúcha disse que o estado conta com um sistema eficaz de monitoramento e alertas para casos de eventos climáticos extremos.

BAND

Postado em 16 de setembro de 2023

Área ocupada por garimpo ilegal em território yanomami diminui em quase 80%, diz Defesa

A área ocupada pelo garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY) reduziu em 78,51% neste ano, informou a assessoria de comunicação do Ministério da Defesa nesta sexta-feira, creditando a saída dos garimpeiros à força-tarefa colocada em campo pelo governo federal após a crise humanitária envolvendo os indígenas da região.

Dados do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), do Ministério da Defesa, apontam que a área ocupada por garimpeiros nos primeiros nove meses deste ano é de 214 hectares. No mesmo período do ano passado, a área chegava a 999 hectares.

“A redução de quase 80% na área atingida mostra que a presença de garimpeiros é, atualmente, residual (se mantém em pequenas áreas na região), apresentando, nos últimos cinco meses, variação média de 4 hectares. As maiores concentrações observadas no início do ano foram desmobilizadas”, disse a Defesa, em nota.

Ainda segundo a pasta, a atuação da força-tarefa — que envolve diversos órgãos do governo federal — também já produziu efeitos sobre os rios da região.

Os rios Uraricoera e Mucajaí teriam recuperado suas cores naturais, de acordo com o ministério, devido à ausência do mercúrio, metal utilizado pelos garimpeiros responsável pelo tom amarelo dos rios.

A Defesa informou ainda que até o momento já foram detidos 146 garimpeiros em ações coordenadas com órgãos de segurança pública. Também foram apreendidos 40 toneladas de cassiterita, 1.675 gramas de ouro e 808 equipamentos.

A operação de desintrusão da área do povo yanomami entrou em campo no início do ano, quando veio à tona uma crise humanitária envolvendo os indígenas. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou emergência de saúde para os yanomami e colocou em prática uma força-tarefa envolvendo militares, policiais, órgãos de proteção do meio ambiente e dos povos indígenas para retirar os invasores.

Cerca de 20 mil garimpeiros ocupavam a maior reserva indígena do Brasil, onde o garimpo figura como um problema antigo na região onde vivem os yanomami. Quando a reserva foi demarcada e reconhecida pelo governo em 1992, em Roraima, autoridades montaram uma operação para expulsar milhares de garimpeiros.

Eles voltaram à área, no entanto, em números expressivos sob o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, que defendia a mineração em terras indígenas e cuja gestão fechou os olhos para invasões de reservas por garimpeiros e madeireiros ilegais.

TERRA

Postado em 16 de setembro de 2023