Justiça aceita denuncia contra grupo suspeito de usar igreja para lavar dinheiro do tráfico

A Justiça potiguar acatou a 4ª denúncia contra oito réus, presos durante a operação Plata, que passam a responder formalmente pelos crimes de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas e associação criminosa.

Ao todo, o Ministério Público do RN já ofereceu denúncias contra 23 pessoas em decorrência da operação Plata. Já foram levados Judiciário 493 fatos criminosos cometidos pelo grupo criminoso, além do bloqueio judicial de R$ 13 milhões em bens.

Ação aconteceu em fevereiro deste ano

Segundo as investigações, no período compreendido de 2009 a 2021, os denunciados, em uma série de atos independentes, ocultaram e dissimularam a natureza, origem e propriedade de valores oriundos, direta e indiretamente, de infrações penais praticadas pelos denunciados Valdeci dos Santos, apontado como sendo a segunda maior liderança do Primeiro Comando da Capital (PCC), fora do sistema penitenciário, enquanto estava foragido, e seu irmão Geraldo dos Santos Filho.

Operação Plata

A operação Plata cumpriu, no dia 14 de fevereiro deste ano, sete mandados de prisão e outros 43 de busca e apreensão nos Estados do Rio Grande do Norte, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Bahia, Ceará e Paraíba, e ainda no Distrito Federal. Ao todo, participaram nacionalmente do cumprimento dos mandados 48 promotores de Justiça, 56 servidores e ainda 248 policiais.

No RN, os mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Natal, Jardim de Piranhas, Parnamirim, Caicó, Assu e Messias Targino. Houve ainda cumprimento de mandados nas cidades paulistas de São Paulo, Araçatuba, Itu, Sorocaba, Tremembé, Votorantim e Araçoiaba da Serra; em Brasília/DF, Fortaleza/CE, Balneário Camboriú/SC, Picuí/PB, Espinosa/MG e em Serra do Ramalho e Urandi, ambas na Bahia.

As investigações que culminaram na deflagração da operação Plata foram iniciadas em 2019, com o objetivo de apurar o tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas, além do crime de lavagem de dinheiro. O esquema era liderado por Valdeci Alves dos Santos, também conhecido por Colorido. Valdeci é originário da região do Seridó potiguar e é apontado como sendo o segundo maior chefe do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa que surgiu nos presídios paulistas e que tem atuação em todo o Brasil e em países vizinhos.

O esquema de lavagem de dinheiro, de acordo com as investigações do MPRN, já perdura por mais de duas décadas. Valdeci foi condenado pela Justiça paulista e atualmente está preso na Penitenciária Federal de Brasília.

No Rio Grande do Norte, Valdeci tem como braço-direito um irmão dele, Geraldo dos Santos Filho, também já condenado pela Justiça por tráfico de drogas. Pastor Júnior, como é conhecido, foi preso em 2019 no Estado de São Paulo fazendo uso de documento falso. Geraldo estava cumprindo a pena em regime semiaberto.

Valdeci Alves dos Santos e Geraldo dos Santos Filho são investigados nessa operação ao lado de pelo menos mais outras 22 pessoas. A Justiça determinou o bloqueio e indisponibilidade de bens até o limite de R$ 23.417.243,37.

Além do bloqueio de contas bancárias, a Justiça determinou o bloqueio de bens e imóveis, a indisponibilidade de veículos e a proibição da venda de rebanhos bovinos. O dinheiro do grupo é proveniente do tráfico de drogas. O lucro do comércio ilegal era lavado com a compra de imóveis, fazendas, automóveis, na abertura de mercados e até com o uso de igrejas. Segundo já apurado pelo MPRN, Geraldo dos Santos Filho e a esposa dele abriram pelo menos sete igrejas evangélicas.

96FM

Postado em 24 de agosto de 2023

Flávio Bolsonaro terá de indenizar Chico Buarque em R$ 48 mil por danos morais

Flávio Bolsonaro terá de indenizar Chico Buarque em R$ 48 mil por danos morais. O 6º Juizado Especial Cível da Lagoa bateu o martelo na tarde desta quarta-feira (23) em decisão da juíza Keyla Blank de Cnop em favor do artista.

O cantor e compositor moveu uma ação contra o senador por causa de um “meme”. Flávio Bolsonaro postou em suas redes sociais uma imagem em que aparecem imagens do disco “Chico Buarque de Hollanda”, de 1966, em uma montagem.

A capa do disco de Chico é usada como “meme” para identificar uma pessoa “feliz” e uma pessoa “séria”. Na postagem, o filho de Jair Bolsonaro ataca quem votou em Lula e sugere o apoio do artista a um suposto “roubo dos pobres”.

Em sua alegação, Chico Buarque destacou que “a publicação consiste em uso não autorizado e indevido de sua imagem, em contexto que achaca sua honra e mancha sua reputação, confundido os eleitores ao realizar a conexão de sua imagem à do candidato Sr. Jair Bolsonaro, pessoa que não apoia e detém forte rejeição”. Também afirmou que o réu possui mais de 3,7 milhões de seguidores, “envolvendo, assim, a violação ao seu direito fundamental a um maior número de expectadores e exposição”.

Flávio Bolsonaro, por sua vez, disse que o “eventual compartilhamento do ‘meme’ teria o intuito de alertar seus seguidores e a sociedade em relação à mensagem contida na publicação, que não ofende ninguém, mas possui reflexão sobre a situação política do país”.

Argumento que a juíza não comprou. Ainda cabe recurso.

Folha PE

Postado em 24 de agosto de 2023

“Sangue”, “guerra civil” e ataques ao STF: as outras mensagens de Bolsonaro a empresário no WhatsApp

O então presidente Jair Bolsonaro encaminhou ao empresário Meyer Nigri, fundador da construtora Tecnisa, ao menos 18 mensagens contendo ataques ao Judiciário e desinformação sobre urnas eletrônicas e vacinas contra a covid-19 ao longo do ano passado. O teor dessas mensagens foi revelado pelo portal UOL.

Uma das mensagens enviadas por Bolsonaro a Nigri, e posteriormente compartilhada com outros empresários, fala em “sangue” e “guerra civil” no caso de derrota nas eleições do ano passado.

A mensagem consta em um relatório da Polícia Federal (PF) sobre conversas do fundador da Tecnisa com o ex-presidente. Depois que Bolsonaro lhe enviava as mensagens, Nigri reencaminhava para diversos grupos e contatos de WhatsApp.

Outras mensagens publicadas pelo Globo na terça-feira (22), mostram que Jair Bolsonaro também solicitou a Nigri “repassar ao máximo” um texto que insinuava, sem provas, uma fraude do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições do ano passado.

A PF afirma que a mensagem tinha “conteúdo não lastreado ou conhecidamente falso (fake news), atacando integrantes de instituições públicas especialmente Ministros do STF, desacreditando o processo eleitoral brasileiro”.

Uma das novas mensagens relevadas pelo UOL é de junho de 2022. Na ocasião, Bolsonaro enviou a Meyer Nigri um vídeo em que aparece o ministro Alexandre de Moraes e uma pessoa desconhecida relata um suposto “esquema para fraudar as eleições”.

No material aparece ainda a seguinte mensagem: “A ESTRATÉGIA, O PODER, A QUALQUER CUSTO. O POVO TÁ ESPERTO. Compartilhem. PF precisa ver isso. TEREMOS SANGUE!!! GUERRA CIVIL”.

Já em agosto de 2022, segundo o UOL, Bolsonaro encaminhou a Nigri um texto com o título: “O STF será o responsável por uma guerra civil no Brasil”. O texto trazia uma série de informações falsas sobre o STF e as eleições.

Em outras mensagens, o ex-presidente compartilhava ataques às urnas eletrônicas. Esse material também era compartilhado por Meyer Nigri em outros grupos de Whatsapp.

Um desses textos com desinformação dizia que: “Hackers impediram Bolsonaro de ganhar as eleições de 2018 no 1º turno. Mas não agiram da mesma forma no 2º turno porque o PT não lhes pagou a metade do prometido logo após o 1º turno”.

Ainda segundo a reportagem do UOL, Bolsonaro encaminhou ao menos quatro notícias falsas sobre as vacinas da covid-19. As mensagens diziam que as vacinas não eram seguras.

Hang e Nigri investigados
Os trechos da conversa entre Bolsonaro e Nigri foram utilizados como justificativa pelo ministro Alexandre de Moraes para prorrogar uma investigação contra o empresário.

Na segunda-feira (21), Moraes arquivou uma investigação contra seis empresários por trocarem mensagens de cunho golpista em um grupo de WhatsApp. O ministro, contudo, prorrogou a apuração contra Nigri e outro alvo, Luciano Hang.

Em agosto do ano passado, os oito empresários foram alvos de mandados de busca e apreensão, após suas conversas serem reveladas pelo site “Metrópoles”. Os outros seis empresários do grupo do WhatsApp são: Afrânio Barreira Filho, dono do Coco Bambu; André Tissot, da Sierra Móveis; Ivan Wrobel, da W3 Engenharia; José Isaac Peres, da Multiplan; José Koury, do Barra World Shopping e Marco Aurélio Raymundo, da Mormaii.

Moraes considerou que os seis, “embora anuíssem com as notícias falsas, não passaram dos limites de manifestação interna no referido grupo, sem a exteriorização capaz de causar influência em terceiros como formadores de opinião”.

FOLHA PE

Postado em 24 de agosto de 2023

Morre aos 88 anos Francisco Dornelles, que foi senador pelo Rio e ministro de Sarney e FHC

Morreu nesta quarta-feira (23) aos 88 anos Francisco Dornelles ( PP ), que foi senador, ministro e vice-governador do Rio de Janeiro. Ele foi internado no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, zona sul da capital fluminense. A informação foi confirmada pelo secretário da Saúde do estado, Dr. Luizinho.

O velório está marcado para esta sexta-feira (25) na sede da FGV (Fundação Getúlio Vargas) no Rio, na praia de Botafogo.

Presidente de honra do PP, Dornelles foi personagem central dos últimos dias do regime militar e dos primeiros da redemocratização do país.

Mesmo antes da confirmação oficial, sua escolha para o Ministério da Fazenda, no primeiro governo civil do país em 21 anos, motivou protestos e discursos no início de 1985 contra o risco de continuísmo da então batizada Nova República.

O PMDB, que chegava ao poder, fazia aos jornais a avaliação de que Dornelles fez a permanência da política monetarista do superministro Delfim Netto. Para o posto foram sugeridos nomes como o do desenvolvimentista José Serra.

O partido fez a primeira das muitas rebeliões por cargas que adquiriram sua marca registrada. Dornelles não completou seis meses sem carga.

Sua trajetória, até ali e desde então, ilustra ascensões, quedas e adaptações do pensamento conservador a um ambiente político frequentemente hostil, apesar dos contornos ideológicos nem sempre nítidos.

Sobrinho de Tancredo Neves, Francisco Oswaldo Neves Dornelles nasceu em Belo Horizonte, no ano de 1935. Seu pai era primo de Getúlio (Dornelles) Vargas. O tio Ernesto Dornelles foi governador do Rio Grande do Sul, senador e ministro. O primo Aécio Neves, hoje deputado federal pelo PSDB, foi governador e senador mineiro.

A vida política era, portanto, uma opção natural. Aos 27, porém, trocou uma candidatura a deputado estadual em Minas por uma bolsa para estudar finanças públicas na França; em seguida, especializou-se em tributação internacional em Harvard, EUA.

Essa formação o credenciamento para uma das carreiras mais bem-sucedidas entre os tecnocratas forjados pela ditadura militar.

Após ingressar nos quadros da Fazenda pelas mãos de Delfim, assumiu o comando da Receita Federal em 1979. Naquele ano, uma campanha publicitária atribuiu pela primeira vez a imagem do leão ao fisco.

Ao longo de seis anos sem carga, o próprio Dornelles passou a ser associado ao apelido. Eram tempos em que as alíquotas do IR chegavam a 55%, o dobro do teto atual.

Foi mantida a Receita até ao fim do regime autoritário, apesar do apoio declarado à candidatura vitoriosa da oposição. Após a morte do eleito Tancredo, a queda de Dornelles abriu caminho para o Plano Cruzado e a sucessão de pacotes heterodoxos fracassados ​​do governo José Sarney.

A carreira política começou pelo antigo PFL e a vaga de deputado constituinte em 1986 pelo Rio. Presidiu a comissão encarregada do capítulo tributário da Constituição, mas foi votado vencido na defesa das teses liberais.

Já no PPB, hoje PP, Dornelles voltou ao centro das atenções em 1996, quando sua nomeação para o Ministério da Indústria e Comércio selou o apoio do partido ao presidente Fernando Henrique Cardoso, seu adversário nos tempos de Constituição .

No segundo mandato de FHC, passou para a pasta do Trabalho, sob protesto do sindicalismo ligado ao PT.

Em 2006, venceu uma eleição para o Senado, depois que Jandira Feghali (PC do B) foi ligada à defesa do aborto. Como oponente, manteve-se na base de apoio a Lula (PT) e Dilma Rousseff (PT).

Em 2014, foi eleito vice na chapa de Luiz Fernando Pezão (então PMDB) ao Governo do Rio de Janeiro.

Dornelles governou interinamente o estado duas vezes. A primeira foi de março a outubro de 2016, quando substituiu Pezão, que se licenciou do cargo para tratar um câncer.

Foi nesta época que decretou estado de calamidade pública no Rio de Janeiro, medida até então inédita na história fluminense. A decisão possibilitou a obtenção de ajuda federal no meio da crise econômica enfrentada pelo estado e nas Olimpíadas de 2016.

Depois, ele se casou com o Palácio Guanabara no final de novembro de 2018, quando Pezão foi preso na Operação Lava Jato. Dornelles ficou pouco mais de um mês no cargo, até o grupo do sucessor, Wilson Witzel, à época do PSC.

REPERCUSSÃO
O governador do Rio, Cláudio Castro (PL), decretou luto de três dias pela morte de Dornelles. Nas redes sociais, escreveu: “O Brasil perdeu um de seus mais responsáveis, expressivos e dignos representantes do povo brasileiro”.

“Dornelles nos deixa um legado precioso marcado pela capacidade de diálogo e luta pela democracia”, completou Castro, que também assumiu o poder após seus colegas de chapa eleitoral serem presos.

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) elogiou a trajetória política do ex-ministro. “Recebi com pesar a notícia de falecimento do ex-governador, ex-senador e ex-ministro, Francisco Dornelles, que teve uma longa trajetória no serviço público, inclusive como ministro da Indústria e Comércio, do presidente FHC.”

Eduardo Paes (PSD), atual prefeito do Rio, lamentou a morte de Dornelles, a quem chamou de “uma das figuras mais importantes da política brasileira dos anos 60 até hoje”.

“Tive a honra de receber seu apoio em várias eleições e, muito especialmente, tive a sorte de ouvir seus conselhos e causas. Nos últimos 20 anos não fiz um movimento ponderado em minha trajetória política sem ouvi-lo antes”, escreveu Paes no Twitter.

O ex-governador do Rio Sergio Cabral, que deixou a prisão no ano passado após seis anos detido, chamou Dornelles de “um dos maiores políticos da história da República brasileira”. “Tive o privilégio de ser seu amigo e companheiro de luta”, completou.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), correligionário do ex-ministro, disse que o colega foi “referência política nacional e um exemplo de homem que faz a Política maior”. O ex-governador interino também foi homenageado nas redes pelos senadores Romário (PL-RJ) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Romário escreveu que Dornelles “atuou vividamente em defesa dos interesses do estado fluminense em Brasília”. Randolfe, por sua vez, ressaltou os parentes políticos do ex-governador: “Sua trajetória faz jus aos parentes, Tancredo e Getúlio”.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) também lamentou a morte. “Dia triste para o Rio de Janeiro e para o Brasil pelo passagem do grande líder político Francisco Dornelles, presidente de honra do PP, partido em que comecei minha vida pública, em 2002”, escreveu na rede social.

O senador Ciro Nogueira (PP), presidente do partido do ex-governador, comentou a morte do companheiro de sigla por meio de um comunicado oficial. “Queremos destacar e honrar o legado notável desse grande líder político que tanto contribuiu para nossa agremiação e para o cenário político do país”, escreveu em nota oficial do partido.

O ex-prefeito do Rio e atual vereador César Maia (PSD) chamou o ex-governador interino de um “grande homem público”.

“Faleceu hoje o deputado, ministro, senador, vice-governador e governador do RJ, enfim, o grande homem público Francisco Dornelles. Registro aqui minha tristeza com a perda de um homem desse valor, um grande brasileiro”, disse Maia.

Folha de SP

Postado em 24 de agosto de 2023

Câmara aprova a MP que reajusta salário mínimo e amplia faixa de isenção do IR

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (23) uma medida provisória que reajusta o salário mínimo e amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda.

O placar foi de 439 votos favoráveis e 1 contrário, do deputado Luiz Lima (PL-RJ). Logo em seguida, ele disse que votou errado.

O texto agora vai ao Senado. A proposta perde validade na próxima segunda-feira (28).

A medida provisória tratava inicialmente apenas do aumento do salário mínimo. Publicada em 1º de maio, o texto reajustou o valor de R$ 1.302 para R$ 1.320, um ganho real (acima de inflação), conforme promessa de campanha do presidente Lula.

O relator, deputado Merlong Solano (PT-PI), incluiu na proposta a ampliação da faixa de isenção do imposto de renda, que era discutida em outra matéria. A proposta foi aprovada na comissão mista do Congresso.

Segundo o texto, quem ganha até R$ 2.640 por mês não pagará Imposto de Renda, valor equivalente a dois salários mínimos. Atualmente, esta isenção é de R$ 1.903.

A perda de arrecadação com a ampliação da faixa de isenção será compensada com a taxação dos fundos dos super-ricos.

“As medidas tratam de matérias da mesma natureza, aumento do poder aquisitivo de brasileiros e brasileiras mais pobres. É disso que se trata”, afirmou Solano.

O texto incluía também a taxação de fundos offshores, mas a medida encontrou resistências na Câmara. Os deputados combinaram de retirar o trecho por meio de um destaque. Esta votação está em andamento.

As regras das medidas provisórias entram em vigor assim que publicadas no “Diário Oficial da União”, mas para virarem lei em definitivo precisam ser aprovadas no Congresso.

O texto aprovado estabelece a política de valorização do salário mínimo, que entrarão em vigor a partir de 1º de janeiro de 2024.

Conforme a proposta, a valorização será correspondente à soma do índice de inflação do ano anterior com o índice correspondente ao crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores.

“Fica consagrada em lei que o presidente da república a cada dezembro baixe um decreto com base nesse indicadores, inflação e PIB, para termos uma política permanente do salário mínimo”, afirmou o relator.

O índice de inflação que será considerado será o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), acumulada nos doze meses encerrados em novembro do exercício anterior ao do reajuste.

Nos caso em que o PIB não crescer, o reajuste será feito com base apenas na inflação.

G1

Postado em 24 de agosto de 2023

Saques na Argentina passam de 150, chegam a Buenos Aires e respingam na política

A Argentina vive cenas de caos com a onda de saques nos supermercados dos últimos dias. Na terça (22), os roubos coletivos chegaram à capital, Buenos Aires , após serem espalhados por diversos territórios. O país atravessa uma crise econômica e passou por um terremoto político causado pelas eleições primárias .

O ministro da Segurança da província de Buenos Aires, Sergio Berni, disse nesta quarta-feira (23) que, no pico de casos registrados, ocorreram “de maneira coordenada” pelo menos 150 tentativas de saques na área metropolitana, que resultaram em 94 prisões, segundo como autoridades.

Antes disso, durante o fim de semana, quase 30 pessoas foram presas devido a saques nas províncias de Córdoba e Mendoza, de acordo com a agência de notícias AFP, que calculou um total de quase 200 detidos desde sexta-feira (18). Há relatos também nas províncias de Neuquén e Río Negro, no sul.

A situação gerou uma crise no governo do presidente Alberto Fernández e virou arma na mão dos opositores. O governador da província de Buenos Aires, Axel Kicillof, alegou que muitos dos ataques foram mobilizados na internet, até mesmo por contas oficiais de políticos. “Houve uma campanha e uma preparação dos acontecimentos. Circularam nas redes denúncias falsas de coisas que não estavam acontecendo”, afirmou nesta quarta.

A porta-voz da Presidência, Gabriela Cerruti, foi além e afirmou que perfis ligados a Javier Milei e Patricia Bullrich, os dois presidenciáveis ​​da oposição mais votados nas primárias argentinas no último dia 22, incentivaram os saques. “O clima nas redes sociais foi gerado por contas ligadas à [coalizão de Milei] A Liberdade Avança e os grupos de Bullrich. Havia grupos de WhatsApp incentivando”, afirmou.

O ministro da Segurança do governo, Aníbal Fernández, disse, porém, que o acontecido “não pode ser atribuído a fulano ou beltrano”.

O ultraliberal Milei, controverso candidato que liderou as primárias , fez uma série de publicações sobre o tema nas redes sociais. “É trágico voltar a ver, depois de 20 anos, as mesmas imagens que víamos em 2001”, escreveu no X, antigo Twitter, em referência à onda de saques que tomaram a Argentina na sequência do Corralito, como ficou conhecida a política de confisco bancário que sucedeu a crise econômica da época. “Pobreza e saques são duas faces da mesma moeda.”

Assim como ele, Bullrich, que foi ministro de Segurança do ex-presidente Mauricio Macri, aproveitou o caso para divulgar a sua principal bandeira. “Não podemos ceder nem um milímetro ante os crimes. Precisamos de firmeza e de lei e ordem para sair desse inferno”, escreveu. “Como sempre, diante de uma situação trágica ou de desordem, o presidente Fernández e [a vice-presidente] Cristina Kirchner brilham por sua ausência.”

Em um evento de entrega de casas em Neuquén, Fernández pediu aos argentinos que cuidassem da democracia e preservassem a paz e a tranquilidade social. “Vimos eventos nos últimos dias que evidentemente foram organizados”, afirmou o presidente.

Um dos ataques mais comentados foi o que aconteceu nesta terça na cidade de Moreno, na província de Buenos Aires. No início da noite, um grupo formado por cerca de 20 pessoas, incluindo crianças, invadiu um supermercado de uma família de origem chinesa, atou fogo em um depósito e depredou o local, enquanto tomava mercadorias.

À emissora Todo Noticias, a proprietária do estabelecimento, Elena, disse que sentiu muito medo. “Vim para cá há 15 anos e é a primeira vez que isso acontece. Primeiro atiraram pedras, depois atearam fogo e depois quebraram as janelas. Levaram tudo”, afirmou. Joana, uma das atendentes, disse que os saqueadores eram conhecidos. “Vinham comprar todos os dias aqui e agora roubaram tudo. Quando viam a gente, abaixavam a cabeça.”

Embora a polícia tenha confirmado diversos saques, o serviço de verificação de informações da AFP detectou circulação de vídeos antigos nas redes sociais. Além disso, o líder de um movimento nacionalista de direita, Raúl Castells, disse à emissora TV Crónica que as pessoas estão saindo em busca de comida e que o grupo está incentivando as ações. “Se não encontrarmos comida, nós, que estamos convocando tudo isso, estamos orientando a, sem roubar dinheiro, nem quebrar nada, levarem o que conseguirem para trocar por comida”, afirmou.

Os saques acontecem em um contexto de crise econômica na Argentina. Com uma inflação anual que supera os 100%, o índice de aumento de preços no país é um dos mais altos do mundo. Após as eleições primárias, o ministro da Economia e candidato presidencial apoiado pelo governo Sergio Massa anunciou uma desvalorização de 21% do dólar no câmbio oficial, em um acordo com o Fundo Monetário Internacional para desbloquear o empréstimo de US$ 44 bilhões.

A decisão, porém, gerou uma enxurrada de comentários negativos por parte da população. Os consultores esperam um aumento de dois dígitos no custo de vida em agosto e setembro, enquanto a pobreza atinge quase 40% da população.

Folha SP

Postado em 24 de agosto de 2023

Polícia do DF cumpre mandado de busca e apreensão contra Jair Renan Bolsonaro

O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, Jair Renan, é alvo de dois mandados de busca e apreensão em operação da Polícia Civil do Distrito Federal, na manhã desta quinta-feira (24). A operação é contra um grupo suspeito de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.

Os mandados contra Jair Renan são cumpridos no apartamento onde ele mora em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, e em um endereço no Sudoeste, área nobre de Brasília. O g1 tenta contato com defesa dele.

Ao todo, os agentes cumprem cinco mandados de busca e apreensão de dois de prisão.

De acordo com a apuração da TV Globo, Maciel Carvalho, de 41 anos, é um dos alvos de mandado de prisão. Ele é o suposto mentor do esquema e já foi alvo de duas ações da PCDF neste ano, a Operação ‘”Succedere” e “Falso Coach”. Maciel era instrutor de tiro de Jair Renan, filho de Bolsonaro, e já tinha sido preso em janeiro deste ano.

O grupo agiria a partir de um laranja e de empresas fantasmas, usadas pelo alvo da operação desta quinta-feira e seus comparsas. A apuração da reportagem aponta ainda que o grupo usava a falsa identidade de Antônio Amâncio Alves Mandarrari, usada para abertura de conta bancária e proprietário de pessoas jurídicas usadas como laranjas.

Os investigados teriam forjado relações de faturamento e outros documentos das empresas investigadas, usando dados de contadores sem o consentimento deles.

A investigação é conduzida pela Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária (DOT), vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor) da Polícia Civil.

G1

Postado em 24 de agosto de 2023

Polícia Civil deflagra operação contra furtos e roubos em cidades do Seridó

Nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (24), a DEFUR de Caicó deflagrou uma mega operação em várias cidades do Seridó para cumprir mandados de buscas e prisões contra pessoas que cometeram crimes de furtos, roubos e tráfico de drogas.

A operação policial tem como objetivo desarticular uma facção criminosa no Rio Grande do Norte que tem ligações com uma organização criminosa do estado da Paraíba.

As facções são investigadas por homicídios, roubos, tráfico de drogas, furtos e tortura.

Mandados foram cumpridos nas cidades de Caicó, Parelhas, Jardim do Seridó, Natal e no interior do estado da Paraíba.

Com o apoio da Delegacia de Polícia Civil do Interior (DPCIN) e da Divisão de Polícia Civil do Oeste (DIVIPOE), quase 100 policiais participaram da operação.

reporterserido

Postado em 24 de agosto de 2023

Graciete Almeida assume o comando da Secretaria Municipal de Meio Ambiente Agricultura e Abastecimento

Prefeito Odon confirma, o que o Portal Juninho Brito informou com exclusividade aos seus leiitores, sobre a nomeação de Graciete Almeida , para assumir a secretaria de agricultura.
Em nota, a nova secretária, agradeceu ao prefeito e ao deputado Ezequiel.
“Hoje, quero agradecer ao prefeito Odon e ao presidente da assembleia Legislativa do RN, Ezequiel Ferreira, pela confiança de me convidar para está assumindo a secretaria de agricultura e meio ambiente do município de Currais Novos. Tenham certeza, que estarei pronta para somar, e da continuidade ao excelente trabalho que o secretário Lucas Galvão vinha realizando na nossa zona rural. Também quero reforçar o meu compromisso de trabalho e dedicação que farei pelo o homem do campo. O trabalho não para, vamos está sempre buscando parcerias com EMATER, SESAP e outras instituições para fortalecer cada vez mais a zona rural do nosso município.”

Postado em 24 de agosto de 2023

Militares são homenageados na Câmara de Currais Novos

A Sessão Solene, realizada pela Câmara de Currais Novos nesta terça (22), em alusão ao Dia do Soldado, homenageou 44 policiais militares da ativa, reserva, bombeiros, policiais de trânsito e prestou homenagem póstuma. A celebração dessa data se tornou uma tradição do Legislativo, por iniciativa do vereador sargento Ezequiel Pereira, que realizou neste ano a 4ª edição.

“Esse é um momento de grande satisfação pois é um marco do nosso mandato homenagear e dar visibilidade aos policiais militares não só os da ativa, como da reserva, que são aqueles policiais que dedicaram 30 anos de vida à sociedade e à cidade de Currais Novos”, argumentou o vereador sargento Ezequiel.

O Legislativo concedeu o Título de Cidadania Currais-novense ao subcomandante da Polícia Militar no RN, coronel Zacarias Mendonça que afirmou se sentir honrado em agora ser cidadão de Currais Novos. De acordo com o coronel, o reconhecimento para o trabalho e desempenho profissional que os policiais exercem é muito importante quer seja para a auto-estima do policial, quer seja para levantar o nome da instituição.

Entre os homenageados estava a soldado Micaela dos Santos. “”É muito importante esse reconhecimento do nosso trabalho de servir e proteger. Em especial, estar representando nossas irmãs de farda, que até o momento ainda são poucas mas, se Deus quiser, esse número vai aumentar porque nesse concurso agora vem chegando aí mais de 300 mulheres. É muito gratificante em especial pelo trabalho que a gente presta aqui na cidade com a Patrulha Maria da Penha, atendendo mulheres vítimas de violência doméstica”, afirmou a soldado Micaela.

Pela primeira vez, bombeiros participaram da Sessão Solene. Para o comandante do Corpo de Bombeiros de Currais Novos, 2° tenente Tertuliano, foi uma grande honra receber essa homenagem. “Ezequiel é sempre um parceiro. Como militar ele tem um olhar mais criterioso e sabe que a gente desempenha o nosso trabalho com grande dedicação e que estamos aqui em Currais Novos e na região atendendo as ocorrências dando sempre o nosso máximo”, declarou.

Estiveram presentes o vereador Sebastião Cabral, a vereadora Leilza Palmeira e a assessora parlamentar da vereador Rayssa Batista, Ohanna Thays. Também fez parte da Mesa Diretiva o tenente coronel Moacir Galdino, representando o Comando de Polícia Rodoviária II; o diretor de saúde da PMRN, coronel Demócrito Assis e o presidente da Associação dos Praças e Bombeiros Militares do Seridó, sargento Pedro Antoniony.

Lista de homenageados:

PÓSTUMA

3º SGT PM Luciano Dantas de Medeiros Silva

POLICIAIS DA RESERVA

Jandui Araújo dos Santos
Josival Caiana da Silva
João Maria da Silva
José Maria Oliveira da Silva
Flávio Benedito da Silva
Francisco de Assis Lima

BOMBEIROS

2º TEN QOCBM Thiago Alexandre Tertuliano da Cunha
2º Sgt BM José Rogério dos Santos
3º Sgt BM Luzimário Barbosa da Silva

POLICIAIS DO TRANSITO

José Ferreira Filho
Erivam Pereira da Silva
2º SGT Leandro Martins Soares

POLICIAIS DA ATIVA

2° SGT Edinaldo Moura Barbosa
2º SGT Sebastião Paulo Marcelino da Silva
2º SGT Edilson Faustino da Silva
2º SGT João Batista de Lima
SGT Janilson Souza de Morais
SGT Iranildo Pereira dos Santos
SGT Lusiano da Silva Pereira
SGT Francinaldo Alexandre Mata
3º SGT Esdras de Azevedo Alves
CB José Vagner de Lucena Costa
Felipe Emerson da Silva Evangelista
CB Francisco Alexandre da Costa Guilherme
CB Gilmar Borges de Lima
SD Cleyton Jalles Silva de Oliveira
SD Dahiane Patrícia Santos Medeiros
SD Saonara Micaela dos Santos Batista
2º SGT Edson Marcelino da Silva
2º SGT Aderaldo Joaquim de Araújo
CB José Cristian de Andrade
2º SGT Jailson Tertuliano Silva
CB José Ricardo de Oliveira Lima
SD Marcos Túlio de Lima Vianna
Tenente Coronel Moacir Galdino

Texto e fotos: Priscila Adélia Pontes

Postado em 24 de agosto de 2023

VEREADOR DANIEL BEZERRA DEVERÁ FORMAR O PARTIDO PROGRESSISTAS EM CURRAIS NOVOS

Em reunião que aconteceu em Natal nesta semana, o Vereador Daniel Bezerra disse ao Blog que o PP (Partido Progressista) deverá ser a sua nova sigla partidária nas eleições do próximo ano. O convite teria sido feito pelo Deputado Federal João Maia com aval do atual presidente , ex Deputado Beto Rosado. João Maia está deixando o PL, após 20 anos a frente do partido, nesse momento aguarda apenas que o seu pedido de liberação venha ser aceito no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Em contanto com nossa edição, Daniel Bezerra falou que irá dialogar com outros Vereadores ainda neste final de semana, também com o ex prefeito Zé Lins e lideranças políticas de Currais Novos. “A nossa intenção é fazer um partido forte e competitivo, que tenha as marcas e características parecidas com nossas ideias e as de João Maia. Fugiremos dessa polarização política que nesse momento ainda está em nosso país. Nossa maior contribuição deve ser no campo do Desenvolvimento, queremos uma cidade que volte a crescer, gerar empregos e oportunidade à nossa população. Esse será o nosso norte no Partido Progressistas”. Falou o Vereador Daniel.

Sobre quem serão os outros nomes que poderiam fazer parte do Partido em Currais Novos, Daniel não quis adiantar, mas garantiu que o Partido será construído com muita conversa e diálogo. “O pensamento é de união, ninguém cresce sozinho e nem chega a lugar algum. Toda decisão que formos tomar será baseada na forma mais democrática possível. O primeiro convite que faremos será para as pessoas que queiram trabalhar num Projeto para Currais Novos, seja ela política ou não. O povo e a iniciativa privada precisa ser ouvida e participar do planejamento e das ações públicas da nossa Cidade. Não dá pra querer fazer isso só em tempos de Eleições.”

Daniel disse que a partir de Setembro o Partido irá fazer reuniões com várias pessoas de diversos segmentos da sociedade. “O povo é quem vai dizer os rumos que iremos tomar para o nosso Município.” Finaliza o Vereador.

Postado em 23 de agosto de 2023

Pastor diz que canção interpretada por Ivete Sangalo é “declaração de amor ao diabo”

O Pastor Gion Lucas afirmou em entrevista ao “Maceió Podcast”, uma atração comandada por Armando Medeiros e Wagner Araujo, que a canção “Sorte Grande”, composta por Lourenço e interpretada por Ivete Sangalo é, na verdade, uma declaração de amor ao diabo.

No trecho “A minha sorte grande foi você cair do céu”, ele questionou quem caiu do céu. Os apresentadores logo disseram que havia sido satanás, “o anjo caído”. Em seguida, ele comentou outro trecho da canção.

“‘Minha paixão verdadeira’”, declamou Gion Lucas. “Ih, isso é mensagem subliminar”, afirmou um dos apresentadores do podcast. “‘Poeira, poeira’, porque quando ele caiu, levantou poeira. A Bíblia diz que levantou poeira, porque ele caiu como um relâmpago”, afirmou o Pastor. Para finalizar, ele disse: “E ela vai falar ali de um amor que ela tem pelo diabo”.

Faraó
A canção interpretada por Ivete Sangalo não foi a única criticada pelo pastor. Ele também se referiu a “Faraó”, de Luciano Gomes e interpretada pela cantora e ministra da Cultura, Margareth Menezes. “Essa aí é uma música totalmente de macumbaria. Com Faraó, Olodum, falando de Osiris”, declarou Gion Lucas.

Revista forum

Postado em 23 de agosto de 2023

Zambelli pode perder mandato, ficar inelegível e ser presa se condenada no STF

A deputada federal Carla Zambelli ( PL -SP) pode ser condenada a até seis anos de prisão em regime semiaberto e perder o mandato se considerada culpada em ação que trata da perseguição armada contra um homem em São Paulo em outubro do ano passado.

A caracterização de grave ameaça decorrente do uso de arma de fogo impede que eventual pena de prisão seja convertida em alternativas como prestação de serviço à comunidade, segundo especialistas.

Zambelli é acusado de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma em denúncia movida pela PGR (Procuradoria-Geral da República). A acusação se refere ao episódio em que a deputada perseguiu com uma arma 9mm um homem em São Paulo na véspera do segundo turno das eleições do ano passado.

Na última segunda-feira (21), o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu tornar Zambelli ré na ação, por 9 votos a 2 . Divergiram da maioria os ministros André Mendonça e Kássio Nunes Marques.

Segundo Rossana Leques, advogada criminalista mestre em direito penal pela USP (Universidade de São Paulo), a deputada pode enfrentar uma pena de até seis anos iniciada em regime semiaberto caso seja considerada culpada por dois crimes.

Leques afirma que os ministros poderão optar, caso decidam pela desejável, por uma pena mais grave, no regime fechado, ou mais branda, segundo a interpretação do caso. De qualquer maneira, o especialista aponta que o uso da pistola caracterizou grave ameaça que impede que a pena seja transformada em pena alternativa.

Além da restrição de liberdade, há também a previsão de multa, cujo valor varia segundo as especificidades do caso e o poder aquisitivo da ré.

A pena para o crime de porte ilegal de arma de fogo é de dois a quatro anos de reclusão e multa. No caso do crime de constrangimento ilegal, a pena é de três meses a um ano de detenção ou multa. O uso da arma de fogo é uma pessoa qualificada que pode cometer uma pena atribuída ao crime de constrangimento. Por isso, a detenção poderia ser de até dois anos.

Para Luana Magalhães, advogada e doutora em direito pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), a pena máxima que Zambelli pode enfrentar é de quatro anos de prisão em regime semiaberto.

“Por uma única ação, ela cometeu dois crimes diferentes. A gente chama isso no direito de concurso formal, em que se aplica a pena do crime mais grave. Ela [Zambelli] cumpriria a pena do crime mais grave, que no caso seria de quatro anos. Dificilmente, nessa hipótese específica, a gente teria a soma do prazo das penas”, diz ela.

Se for considerado culpado pelos juízes, Zambelli também deve perder o mandato. Segundo Alberto Rollo, advogado e professor de direito eleitoral pela Escola Paulista de Direito, a ré, depois da personalidade transitada em julgado, tem a suspensão de direitos políticos pelo tempo da sentença, o que implicaria a perda do cargo.

Além disso, ela pode ser enquadrada na Lei da Ficha Limpa e se tornar inelegível. A inelegibilidade ocorre a partir do julgamento do órgão colegiado até a decisão final. Se os recursos mantiverem a decisão, a ré tem suspensos seus direitos políticos.

“A suspensão dos direitos políticos é diferente da inelegibilidade. Quando uma pessoa está inelegível, ela não pode se candidatar a nenhum cargo eletivo, mas ela pode exercer seu direito de voto. de votar e de ser votado”, afirma José Paes Neto, advogado e membro da Abradep (Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Política).

A defesa do parlamentar afirma que a ação de Zambelli foi de defesa legítima e não tem relação com sua carga eletiva, o que afastaria o julgamento do tribunal do STF.

Daniel Bialski, advogado da deputada, afirmou em nota que a inocência do parlamentar vai ser “reconhecida quando do julgamento do mérito”. “E, a partir de agora, entendi que poderia ser produzidas todas as provas necessárias para evidenciar que ela não cometeu as infrações penais pelas quais foi acusada”, afirmou.

Zambelli estava em um restaurante no bairro Jardins, em São Paulo, quando foi provocado por um homem que afirmou que o então presidente Jair Bolsonaro e aliados iriam “voltar para o bueiro” com a vitória de Lula na eleição.

A deputada perseguiu o homem com uma arma 9mm nas mãos. Ela apontou a arma para ele e ordenou, dentro de uma lanchonete, que estava deitada no chão.

Para a PGR, o parlamentar ultrapassou os limites legais na abordagem. A Procuradoria também entende que o homem perseguido não oferece perigo ou ameaça real à deputada.

Folha SP

Postado em 23 de agosto de 2023

Bolsonaro é internado às pressas em hospital de São Paulo

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi internado na manhã desta quarta-feira (23), no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo. Ele foi atendido e está sob os cuidados do médico pessoal dele, Antônio Macedo.

Macedo é um renomado cirurgião de São Paulo, e ficou mais conhecido após realizar a cirurgia de Bolsonaro após o incidente da facada.

Na semana passada, Bolsonaro realizou uma harmonização orofacial, procedimento feito na face e na boca, em uma clínica de Goiânia. O resultado foi divulgado em fotos e vídeos publicados pelo dentista Rildo Lasmar, e de acordo com ele, não houve complicações. 

Com informações do Metrópoles.

Postado em 23 de agosto de 2023

‘Mandei, qual o problema?’, diz Bolsonaro sobre mensagem com ataques TSE e STF

Intimado a depor pela Polícia Federal nas investigações sobre um grupo de empresários que discutiu um golpe de Estado por WhatsApp, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou ter enviado a contatos uma mensagem que insinuava, sem provas, uma fraude do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições do ano passado. O texto ainda continha ataques do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em entrevista à “Folha de S. Paulo”, durante um voo de Brasília para São Paulo, nesta quarta-feira, o ex-presidente confirmou o teor de mensagem enviada ao empresário Meyer Nigri, fundador da Tecnisa.

— Eu mandei para o Meyer, qual o problema? O [ministro do Supremo Tribunal Federal e então presidente do Tribunal Superior Eleitoral Luís Roberto] Barroso tinha falado no exterior [sobre a derrota da proposta do voto impresso na Câmara, em 2021]. Eu sempre fui um defensor do voto impresso — afirmou Bolsonaro.

Bolsonaro disse que não fazia parte do grupo dos empresários para o qual, de acordo com a PF, Nigri repassou a mensagem, mas a PF vai ouvi-lo sobre a transmissão do conteúdo. A oitiva foi marcada para o próximo dia 31, na sede da corporação, em Brasília.

— Eu vou lá explicar — disse ele à “Folha”

Ao desembarcar em São Paulo, Bolsonaro foi internado no Hospital Vila Nova Star, onde passou por exames de rotina sob os cuidados de seu médico pessoal, Antônio Macedo. De acordo com seu advogado Fabio Wajngarten, o ex-mandatário investiga sintomas decorrentes da facada que sofreram durante a campanha eleitoral de 2018.

Investigação da PF
De acordo com as investigações da PF, Bolsonaro teria solicitado o repasse de mensagens sobre fraude nas eleições e ataques a autoridades.

Em uma das conversas evitadas pela PF, Bolsonaro pediu a um empresário para “repassar ao máximo” uma mensagem que insinuava, sem provas, uma fraude do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições do ano passado, e ainda continha ataques ao ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Uma mensagem consta em um relatório da Polícia Federal (PF) sobre conversas do fundador da Tecnisa, o empresário Meyer Nigri, que recebeu o texto em junho do ano passado. Bolsonaro tinha o hábito de mandar a mesma mensagem para diversos contatos, o que indica que o mesmo texto pode ter sido enviado para outras pessoas.

Em junho do ano passado, um contato identificado como “Pr Bolsonaro 8” — que a PF afirma ser do ex-presidente — invejou a Nigri uma mensagem afirmando que Barroso cometeu “interferência” e “desserviço à democracia” por atuar contra a adoção do voto impresso. O texto ainda afirma, sem provas, que o Datafolha estaria “inflando” os números do então pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva para “dar respaldo” ao TSE.

Ao final, a mensagem dizia: “Repasse ao máximo”. Nigri, então, respondeu: “Já repassei pra vários grupos!”.

Mensagem motivou abertura de purificação
A PF afirma que a mensagem tinha “conteúdo não lastreado ou conhecidamente falso (fake news), atacando integrantes de instituições públicas especialmente Ministros do STF, desacreditando o processo eleitoral brasileiro”.

O trecho da conversa entre Bolsonaro e Nigri foi utilizado como justificativa pelo ministro Alexandre de Moraes para prorrogar uma investigação contra o empresário.

O ministro aceitou com um pedido da PF e considerou que o órgão “ratificou a existência de vínculo entre ele (Nigri) e o ex-presidente Jair Bolsonaro, inclusive com a eficácia de disseminação de várias notícias falsas e atentatórias à Democracia e ao Estado Democrático de Direito”.

Na segunda-feira, Moraes arquivou uma investigação seis empresários por trocarem mensagens de cunho golpista em um grupo de WhatsApp. O ministro, entretanto, prorrogou a apuração contra Nigri e outro alvo, Luciano Hang.

Em agosto do ano passado, os oito empresários foram alvos de mandatos de busca e apreensão, após suas conversas serem reveladas pelo site “Metrópoles”. Os outros seis empresários do grupo do WhatsApp são: Afrânio Barreira Filho, dono do Coco Bambu; André Tissot, da Sierra Móveis; Ivan Wrobel, da W3 Engenharia; José Isaac Peres, da Multiplan; José Koury, do Barra World Shopping e Marco Aurélio Raymundo, da Mormaii.

GLOBO

Postado em 23 de agosto de 2023