Diante de uma multidão de peregrinos — 1,5 milhão de acordo com o Vaticano, com base em uma estimativa de autoridades portuguesas — o Papa Francisco celebrou a missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Lisboa , na manhã deste domingo . Durante uma homilia, o Pontífice disse aos jovens que “tem um sonho de paz” e que eles são a “esperança de um mundo diferente”. O Santo Padre também anunciou que a próxima edição do evento que reunirá o maior número de fiéis da Igreja Católica estará em Seul , em 2027.
Na homilia, Francisco conclamou a multidão de peregrinos a seu “carinho e orações” estendidos que não estavam presentes “por causa de conflitos armados e guerras”. Além dos peregrinos, 10 mil padres, 700 bispos e 30 cardeais também acompanharam a missa.
— Sinto uma grande tristeza pela amada Ucrânia , que continua sofrendo tanto. Amigos, certamente que eu também, já velho, compartilhe com vocês um sonho que levo no coração, um sonho de paz — completou o Pontífice.
Os jovens peregrinos acordaram ao ritmo da música tocada por um DJ e padre português, em uma manhã de verão extremo na capital portuguesa, após passarem a noite em vigília, na imensa esplanada montada para o evento junto ao Rio Tejo. A agência meteorológica de Portugal emitiu um alerta “vermelho”, o nível mais alto, para Lisboa no domingo, com previsão de temperaturas até 41°C.
No sábado, o Papa, de 86 anos, apareceu pouco depois das 19h (15h em Brasília) na vigília com clima de megafestival, que começou com apresentações de música pop-rock. Numa grande área repleta de tendas, bandeiras de vários países e instalações sanitárias provisórias, os jovens aguardam em ambiente festivo, rodeados de ampla segurança.
Em um discurso descontraído, em que interagiu por diversas vezes com o público, Francisco fez referências a futebol, a exames acadêmicos e crises existenciais.
—Você acha que uma pessoa que cai na vida, que tem um fracasso, que até comete erros graves, fortes, está acabada? Não — disse o Santo Padre, destacando ainda que após qualquer tropeço, deve “se levantar”.
Na manhã de sábado, o pontífice argentino foi recebido por cerca de 200 mil fiéis no santuário de Fátima, a cerca de 130 milhas ao norte de Lisboa, onde rezou o terço com jovens doentes e deficientes e seis detentos.
— A Igreja não tem portas, para que todos possam entrar — disse o pontífice argentino durante um breve discurso proferido em espanhol, como quase todos desde que chegaram a Portugal, na quarta-feira. — Esta é a casa da mãe e uma mãe tem sempre o coração aberto para todos os seus filhos. Todos, todos, todos, sem exclusão — repetiu entre aplausos, reiterando uma mensagem que já destacou em outras ocasiões nesta JMJ.
Ao contrário do que estava previsto, o papa improvisou quase todo o seu discurso. Francisco — que se deslocava em cadeira de rodas ou apoiado em bengala devido ao seu estado de saúde cada vez mais frágil — já tinha alterado o roteiro de uma das suas intervenções na sexta-feira, depois de explicar espontaneamente que “os refletores” não lhe O porta-voz do Vaticano disse à AFP que a mudança de sexta-feira deveu-se a “um reflexo causado pela iluminação”, enquanto este sábado foi “uma escolha” do pontífice. (Com AFP)
A chuva repentina encharca a camiseta e o short de Lucas (nome fictício). É noite de sexta-feira, 29 de setembro de 2022. O garoto de 9 anos corre descalço pelas ruas de um bairro da Zona Oeste do Rio, em busca de abrigo, até chegar a uma padaria, onde entra afobado às 19h40. Assustada, a atendente olha para ele e pergunta: “O que você está fazendo aqui, menino?”. Olhando para ela, Lucas responde: “A minha mãe foi embora com os meus irmãos, me abandonou”.
Mesmo sem conhecer o menino, ela o abriga em sua casa, dá comida e toalhas para a criança se secar e busca entender melhor a situação. Na manhã seguinte, a mulher vai à delegacia registrar uma ocorrência — uma das bases deste relato, no qual os nomes e endereços foram omitidos para preservar a identidade do garoto. A roupa molhada e os pés sujos de lama são apenas a ponta da história de Lucas.
Mudança numa carroça Dez dias antes de chegar à padaria, o garoto estava jogando bola com colegas do bairro em um campinho comunitário. Ao voltar para a casa, de apenas um cômodo, estreuou a porta aberta. Os móveis estavam desaparecidos. Lucas gritou pela mãe e pelos irmãos, em vão. Correu então até os vizinhos em busca de informações sobre a família. “Ué, eles se mudaram. O que você está fazendo aqui?”, perguntou um deles — que também prestou depoimento dentro da investigação sobre o abandono da criança.
Após colher o relato do atendente, a polícia foi até a casa do menino e confirmou o sumiço da família. Por causa da chuva, o imóvel estava alagado. Um dos agentes foi em busca de testemunhas e descobriu detalhes da mudança: a mãe havia colocado os poucos pertences em uma carroça puxada por um cavalo, pegou os dois filhos mais novos, com idades inferiores à de Lucas, e foi embora.
Do pai, ninguém sabe, nem mesmo o menino. A mãe é dependente química, conhecida na vizinhança pela quantidade de filhos — 11 ou 12, a depender de quem conta. O número, porém, diverge do disponível no sistema de nascimentos e óbitos do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ): lá, sete crianças estão registradas tendo ela como mãe.
Uma mulher tem pouco mais de 40 anos, mas, devido ao uso constante de drogas, os vizinhos a descrevem com a aparência de uma pessoa idosa. Ela morou em diferentes direções no bairro — o último conhecido é um quartinho onde dormia com os filhos. De acordo com os vizinhos, ela era vítima de violência doméstica e tentava, constantemente, afastar-se do atual namorado.
Oito meses no abrigo Sem encontrar os pais de Lucas, a polícia atribuiu o Conselho Tutelar da região e levou o garoto, por ordem da Justiça, para o abrigo Vivendas da Fé, em Guaratiba, na Zona Oeste, onde ele ficou por oito meses. Há pouco mais de 20 dias, Lucas foi integrado a uma família acolhedora, modalidade na qual a criança ou adolescente fica temporariamente sob cuidados de guardiões, até voltar para os responsáveis, ser adotado ou completar 18 anos.
A Verônica Abreu, diretora do abrigo, e outros funcionários, Lucas disse ter quatro irmãos. Apesar da idade, lê e escreve muito mal. Não estava matriculado numa escola nem com carteira de vacinação em dia. Também não tinha identidade, documento feito posteriormente pelos profissionais do local. Com as aulas oferecidas ali, ele foi, pouco a pouco, alfabetizado, e também recebeu as imunizações pendentes.
— Ele é um menino comprido, bem magrinho mesmo, aqueles que só se alimentam de macarrão com salsicha ou instantâneo. A pele é manchada, o olhar duro. A altura e a maturidade fizeram com que ele permaneceu mais velho, como se tivesse bem mais de 9 anos. Mas é só uma criança — diz Verônica.
Em abril deste ano, depois de muita procura pelos pais de Lucas, uma audiência com representantes do abrigo e da Justiça marcou a destituição do poder familiar e o encaminhamento da criança à adoção. Para não ficar no abrigo institucional, o menino, que tinha feito aniversário naquele mesmo mês, foi levado para a casa dos guardiões, onde está atualmente.
— É sempre muito difícil contar a uma criança que ela não poderá voltar aos pais. Com ele, não foi diferente. Lembro que ele me olhou, chorou calado. A lágrima descia dos olhos e ele não dizia nenhuma palavra. Voltou para o abrigo transtornado, fez confusão com outros meninos. Foi a forma que ele encontrou de extravasar. A gente se abraçou depois, tentei acalmá-lo — revela a diretora.
O abandono de Lucas é um dos 168 registrados no Módulo Criança e Adolescente (MCA), ferramenta do Ministério Público do Rio (MP-RJ). Em dezembro do ano passado, os últimos dados disponíveis, a plataforma contabilizava 1.471 menores abrigados em todo o estado. Os principais motivos são negligência (no topo do ranking), abusos sexuais, físicos e psicológicos e situação de rua.
refúgio de emergência
Cada uma das crianças e adolescentes abrigados exige uma atenção específica da Justiça e do MP-RJ, responsáveis por decidir se eles retornarão aos pais, se serão integrados à família extensa (avós, tios, primos) ou encaminhados para adoção. Em tese, eles só podem sob os cuidados do Estado por 18 meses, mas até em casos específicos — como quando nenhum pretendente aparece — esse período é prolongado.
De acordo com Sérgio Luiz Ribeiro, juiz da 4ª Vara da Infância, da Adolescência e do Idoso, os abrigos são como UTIs dos hospitais, uma instância emergencial de refúgio para crianças e adolescentes:
— O acolhimento é uma forma de proteção, uma medida adotada quando a criança ou o adolescente não tem mais para onde ir em segurança. A gente só solicita o encaminhamento do menor para um abrigo quando todas as possibilidades de mantê-lo com os pais são frustradas.
A psicóloga Luiza Martins, que atua na 4ª Vara, comenta que, atualmente, os casos de violação contra os menores são tão frequentes que há lista de espera para os programas de acolhimento. A violência, conta ela, deixa marcas profundas nas crianças, e, muitas vezes, trabalhar psicologicamente os danos deixados é um trabalho sem previsão de resultados.
— As famílias são tão violadoras que os abrigos podem se tornar o melhor lugar do mundo para as crianças. Se elas são levadas para lá, é porque todas as instituições de proteção falharam, como pais, pais, sociedade e Estado. As vítimas passam a lidar com sentimentos de rejeição, medo, raiva… E acreditam que jamais poderão ser amadas, não conseguirão — expor Luiza.
Aumento nos índices No registo de ocorrência, o crime contra Lucas foi classificado como abandono de incapaz, o mesmo feliz contra 415 menores de até 17 anos no ano passado, de acordo com o Instituto de Segurança Pública (ISP). O número representa um aumento de 14% em relação a 2021, quando foram registrados 363 casos.
Esse crime não é o único contra menores com crescimento em 2022. Além dele, o ISP também apontou expansão dos números de lesões corporais dolosas, com 4.820 crianças e adolescentes sendo vítimas no ano passado, um aumento de 30% em comparação a 2021. Já o crime de maus-tratos teve 1.075 registros em 2022, uma alta de 21%.
Ao todo, somando-se registros de lesão corporal, violação, maus-tratos e abandono de incapaz no estado do Rio, todos cometidos contra crianças e adolescentes, o total chega a 10.391. O número equivale a uma ocorrência por hora, em média.
Apesar de não ser possível relacionar os dados do instituto com os disponibilizados pelo MCA, uma vez que nem toda criança ou adolescente vítima de violência é levada para abrigos, uma situação tem preocupado ativistas da infância e juventude, como a conselheira tutelar e advogada Patrícia Félix .
— A gente, enquanto sociedade, ainda não conseguiu desconstruir a cultura de violência contra crianças e adolescentes. Não os vê como sujeitos de direito, e isso nos impede de olhá-los com respeito. É aquela situação de bater fazem bagunça, pirraça ou dá quando uma resposta contrária ao esperado. Mandar calar a boca, impedir que tenha opinião e se expressem, é deixar trancados dentro de casa, privar de liberdade e afeto — afirma Patrícia.
No programa de acolhimento atual, Lucas tem a possibilidade de ser adotado. Apesar de as chances não serem tão grandes — a idade avançou o afastamento da maior parte da lista de pretendentes para a adoção —, a remota esperança de ter uma família marca uma mudança na trajetória de abandono e abandono de sua vida. Ele não está mais à própria sorte, mas ainda aguarda por um lar.
A cantora Alcione chamou a atenção após vídeos em que canta dentro de um avião do qual era passagem que viralizou neste domingo, 6. Após uma atitude bem-humorada, ela foi aplaudida pelos presentes, que gravaram vídeos do momento em seus celulares.
Nas imagens publicadas em redes sociais, é possível ver que a artista, foi para o corredor e cantou os primeiros versos da música Não Deixe o Samba Morrer .
Na hora do refrão, o público cantou junto com ela: “Não deixe o samba morrer/Não deixe o samba acabar/O morro foi feito de samba/De samba pra gente sambar.”
A jornalista Mariana Procópio, conhecida por seu trabalho na Band, estava no mesmo voo e teve uma história em seu Instagram relatando que o voo iria de São Paulo para o Rio de Janeiro e estava atrasada.
Segundo ela, os passageiros pediram que Alcione cantasse e foram atendidos.
Banhistas que estavam na manhã deste domingo (6) na praia do rio Tapajós, no Pará, afirmam ter sido retirados do local pela segurança do presidente Lula (PT) para a permanência do petista no local.
Vídeos feitos pelo técnico em eletrotécnica Neemias Costa, 42, mostram a abordagem de agentes da Polícia Federal e a abordagem de barcos da Marinha, que fazem a escolta do presidente.
À Folha ele disse que havia sete embarcações ancoradas na praia do Araria, cada uma com cerca de 20 famílias. Ele disse que a experiência foi de saída imediata.
“Chegamos por volta de 8h30 na praia. Antes disso, ensinamos os procedimentos de passar pela Capitania Fluvial de Santarém e foi liberado o nosso barco para passeio. a gente se retira da praia, porque o barco do presidente ia ancorar lá. Ficamos chateados com isso, estávamos no nosso lazer e havíamos autorizado.”
O auxiliar de produção Fábio Monteiro, 21, disse que estava no local e confirmou a informação. “A Marinha tinha confirmado que a gente poderia ir à praia, mas depois expulsaram a gente.”
Outros dois banhistas informaram que também passaram pela mesma situação. Segundo a doméstica Adriane dos Santos, 30, o barco em que ela recebeu a abordagem dos militares com o pedido de retirada do espaço.
“A gente já tinha afixado nossas redes nas árvores quando o pessoal da Marinha chegou e falou que estava interditado, que era para todos nós sairmos de lá”, afirma.
Gleide Lucinha Castro, 42, doméstica, conta que foi a primeira vez que passou por esta situação. Ela é moradora de Santarém e afirma que já participou de outros passeios iguais na mesma praia e nunca houve necessidade de serem retirados.
“A gente saiu do Araria, fomos para uma praia próxima e nessa outra praia também teve a perturbação, não deixou a gente ficar. O barco foi para um local mais distante, aí que participou ter nosso lazer.”
Procurada, a Presidência da República não apresentou o caso. A Marinha disse, em nota, que está apurando e trabalhando para esclarecer os fatos.
A página do presidente em uma rede social divulgou neste domingo fotos dele na região.
O passeio de Lula por Alter do Chão tem sido acompanhado por agentes da Polícia Federal e da Marinha.
Não houve alteração na programação de descanso do presidente, apesar da soltura nesta sexta-feira (4) do fazendeiro Arilson Strapasson , suspeito de afirmar que daria um tiro no presidente durante visita a Santarém (PA).
Nesta segunda-feira (7), Lula participa de evento em Santarém. Em seguida, segue para Belém , capital do estado, onde participará da Cúpula da Amazônia .
Lula chegou na sexta-feira (4) em Alter do Chão. Ele está hospedado em um dos dez bangalôs da Casa do Saulo , hotel e restaurante na praia do Carapanari.
A hospedagem foi recém-criada anexa ao restaurante de Saulo Jennings, que conhece a expressão “cozinha tapajônica”, em referência à culinária com peixes típicos da região. Além do restaurante em Alter do Chão, ele mantém filiais em Belém e no Rio de Janeiro.
O custo médio da diária de um bangalô é de R$ 800. A Presidência da República e o hotel não informaram como e se a hospedagem foi cobrada.
Os dez bangalôs foram reservados para a comitiva presidencial. O espaço interrompeu as atividades para turistas neste sábado e domingo, as encerrando às 16h, quando o local voltará a ficar exclusivo para o presidente.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a lei que permite a realização da ‘ozonioterapia’ em todo o País. A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 7. A ozonioterapia é uma terapia experimental que consiste na introdução do ozônio no corpo por diferentes meios, normalmente misturado com alguns líquidos.
Em geral, é introduzido pelo reto ou pela vagina ou ainda de forma intramuscular, intravenosa ou subcutânea. O ozônio também pode ser injetado via auto-hemoterapia. Nesse caso, o sangue é retirado do paciente, exposto ao ozônio e, então, reintroduzido.
Embora esteja incluída no rol de práticas integrativas do Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2018, a técnica tinha a utilização restrita a tratamentos específicos na área odontológica. Contudo, nos últimos anos, a aplicação tem sido adotada por clínicas de estética, com a promessa de retardar o processo de envelhecimento, dentre outros usos.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) ressalta que a ozonioterapia “trata-se de procedimento ainda em caráter experimental”, que não possui reconhecimento científico para o tratamento de doenças.
Já o Conselho Federal de Farmácia (CFF) enviou carta ao presidente Lula defendendo a sanção. Os argumentos da entidade são de que a técnica é “segura”, tem “resultados comprovados” e “baixo custo”.
Na pandemia, a Prefeitura de Itajaí (SC) chegou a recomendar o uso da ozonioterapia no tratamento da covid-19 e foi alvo de críticas.
Conforme a sanção, a técnica será autorizada como um procedimento de caráter complementar, e a lei estabelece algumas condições para aplicação. O tratamento só poderá ser realizado por profissionais de saúde de nível superior, devidamente inscritos nos conselhos de fiscalização profissional.
Além disso, a aplicação da terapia só será permitida por meio de equipamentos de produção de ozônio medicinal regulamentados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou órgão equivalente. Conforme a nova legislação, os profissionais responsáveis pela aplicação da ozonioterapia terão a obrigação de informar ao paciente que o procedimento é de caráter complementar, que não substitui tratamentos médicos convencionais.
Texto original autorizava apenas médicos a usarem a ozonioterapia O Senado havia aprovado o Projeto de Lei (PL) 1.438/2022, que permite a prescrição de ozonioterapia como tratamento de saúde complementar em todo o território nacional, no dia 12 de julho. Inicialmente, o texto original autorizava apenas médicos a aplicarem essa terapia. No entanto, os deputados modificaram o texto do Senado para permitir que profissionais da saúde de nível superior, incluindo farmacêuticos, também atuem na área.
A creche tipo “B” do bairro Dr José Bezerra que teve a rejeição para se chamar “Wilma de Faria” já tem a definição de qual será seu nome. Com apoio de oito dos treze vereadores, o equipamento público irá se chamar Irmã Ananília, uma homenagem a religiosa que impressionou Currais Novos com sua bondade e altruísmo.
Nesta semana, uma polêmica tomou conta da casa legislativa com a rejeição de denominar esta mesma creche com o nome da ex-governadora. De acordo com informações de pessoas da própria Câmara, o projeto de lei para batizar o equipamento de “Irmã Ananília” já tramitava na casa, sendo concluído apenas nesta sexta-feira.
A medida tem apoio dos vereadores Edmilson Souza, Rayssa Aline, Lucieldo, Mattson, Jorian, João Gustavo, Cleyber e Iranilson.
Biografia
Iolanda Gomes de Assis, conhecida por todos como a Irmã Ananília Gomes, nasceu em Cerro Corrá. Modelo de caridade, simpatia e carisma, dotada de uma presença religiosa marcante em nossa comunidade, Iolanda viveu uma infância feliz no município de São Tomé. Mas brincou muito pelas ruas e praças de Currais Novos.
Estudou no Grupo Escolar Capitão Mor Galvão e no Educandário Jesus Menino. Ingressou na vida religiosa, na Congregação das Filhas do Amor Divino. Tornou-se professora dedicada ao jardim de infância, optando depois pela prática de educação física, durante vários anos, no Colégio Santa Teresinha, em Caicó.
Deixou de atuar no magistério e, mesmo sem muito apoio, fundou a Casa do Pobre, no dia de Sant’Ana, 26 de julho de 1992. Mas Deus estava sempre ao seu lado e como milagre, logo equipamentos, móveis e doações foram chegando. Morreu em Currais Novos em junho do ano passado.
O Ministério Público Federal (MPF) está investigando o deputado federal Vicentinho Junior, presidente do PP de Tocantins, por suspeita de uso indevido de dinheiro público. Segundo uma reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, o deputado teria utilizado recursos da cota parlamentar para comprar um carro no valor de R$ 100 mil e presenteá-lo à sua irmã.
De acordo com as informações divulgadas, o parlamentar tocantinense destinou o dinheiro da cota parlamentar para alugar o veículo e, posteriormente, utilizou uma cláusula do contrato com a locadora para adquirir o carro em nome da própria irmã, o que vai contra as normas internas da Câmara dos Deputados.
O carro em questão é um Toyota Corolla branco, modelo 2018, e a transferência da propriedade para a irmã de Vicentinho ocorreu em 29 de julho do ano passado, um dia antes do aniversário dela, e apenas após o parlamentar ter sido notificado da investigação do MPF.
A irmã do deputado é médica e possui uma clínica em Palmas. Há vídeos publicados nas redes sociais que mostram o veículo em frente ao estabelecimento, além de imagens da Polícia Federal que o mostram estacionado em uma unidade de saúde quando a médica estava de plantão.
Ao Estadão, o parlamentar disse que sempre pautou pela transparência. “Se houve equívoco em qualquer interpretação, será corrigida”, alegou. A reportagem também tentou contato com a irmã de Vicentinho, mas não houve resposta.
Já ao MPF, a defesa do deputado disse que o veículo não foi usado por sua irmã, mesmo que haja evidências em contrário, como as imagens das redes sociais e da Polícia Federal.
Vicentinho Junior é deputado federal desde 2014, filho do ex-senador e ex-deputado federal Vicentinho Alves, e aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em sua declaração de bens apresentada em 2022 à Justiça Eleitoral, o parlamentar informou possuir um patrimônio de R$ 3,7 milhões, incluindo quatro carros, várias casas e R$ 100 mil em dinheiro vivo.
A prefeitura de Currais Novos está com muita dificuldade de encontrar um nome para assumir a pasta “deixada” por Lucas Galvão há quase 40 dias. Lucas continua dando as cartas por lá, enquanto o prefeito não decide um novo nome. Um dos nomes cogitados foi o de Marcos Othon, chefe do IDIARN , filho da ex vereadora Dadá, mas as negociações não andaram e Marcos continua no IDIARN. A nova indicação do secretário de agricultura , já pode sair da união Odon/ Ezequiel . A decisão sairá próxima semana.
Os atores Cauã Reymond e Tatá Werneck estão entre os novos convocados a prestar esclarecimentos a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras, também chamada de CPI das Criptomoedas, de acordo com requerimento aprovado pela Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (2). A informação é do Valor Econômico.
A comissão investiga possíveis esquemas de pirâmides financeiras com uso de criptomoedas. Conforme a apuração parlamentar, empresas brasileiras teriam realizado fraudes utilizando a moeda digital, divulgando informações falsas sobre projetos com a promessa de alta rentabilidade. Entretanto, como resultado, os investidores teriam tido grandes prejuízos financeiros.
De acordo com o Valor, Tatá e Cauã foram convocados por terem participado de campanhas publicitárias da Atlas Quantum, empresa investigada pela aplicação de um golpe que teria arrecado cerca de R$ 7 bilhões e prejudicado mais de 200 mil pessoas. Os atores foram chamados na condição de investigados para que prestem esclarecimentos sobre suspeitas de envolvimento nas fraudes.
Além de Tatá e Cauã, conforme a Folha de S. Paulo, o apresentador da TV Cultura Marcelo Tas também deve se apresentar à CPI pelo mesmo motivo. Diante da convocação, eles serão obrigados a comparecer à sessão, que ainda deve ter sua data definida pelo presidente da CPI, o deputado Áureo Ribeiro (Solidariedade -RJ).
Ambos os portais afirmam que procuraram a assessoria dos atores, mas não obtiveram retorno.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva bloqueou a liberação de recursos públicos para a educação básica, alfabetização de crianças, transporte escolar e bolsas de estudo na mesma semana em que lançou um programa de ensino em tempo integral. A decisão atraiu críticas e cobranças ao ministro da Educação, Camilo Santana.
A tesourada no Ministério da Educação soma R$ 332 milhões e mexeu em várias ações tocadas pela pasta. O valor atingiu principalmente a educação básica (R$ 201 milhões), incluindo todo o recurso programado para o desenvolvimento da alfabetização (R$ 131 milhões) nessa área, conforme levantamento da Associação Contas Abertas com dados do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop).
Também foram atingidas verbas para a compra de veículos do transporte escolar (R$ 1 milhão) e bolsas de pesquisa no ensino superior (R$ 50 milhões).
O bloqueio significa que o dinheiro só vai ser liberado se o governo verificar que não há risco de descumprir o teto de gastos, regra fiscal em vigor, e não é possível afirmar quando isso vai acontecer. Na prática, as escolas ficam sem a garantia de receber todo o repasse esperado.
A decisão foi tomada por decreto no último dia 28. Na última terça-feira (1), um dia depois de Lula sancionar o projeto da escola integral, o corte já estava feito no MEC. Bloquear recursos do Orçamento é uma forma de evitar um furo nas contas públicas, conduta que pode até acabar em impeachment do presidente. A conta é matemática, mas o governo escolhe quais áreas serão atingidas quando precisa controlar o caixa.
“O ideal seria que os cortes ocorressem em despesas como passagens aéreas, diárias, locação de imóveis, nas férias de 60 dias do judiciário, nos super salários, na quantidade de assessores dos parlamentares e outras, mas esses cortes ou não têm escala suficiente para os os ajustes necessários ou são tidos como inviáveis politicamente”, afirmou o secretário-geral da Associação Contas Abertas, Gil Castello Branco.
A escola em tempo integral é a principal aposta do Ministério da Educação atualmente, após o governo ter revogado o programa de escola cívico-militares. A pasta anunciou que pretende incluir 3,2 milhões de estudantes no plano até 2026. O bloqueio significa que as escolas ainda devem receber o dinheiro para o ensino integral, mas podem não ter todos os recursos que esperavam para outras despesas.
“A educação mais uma vez está com a corda no pescoço. Para que as plataformas de alfabetização e educação em tempo integral de fato sejam realidade, o orçamento precisa ser integral e recomposto”, disse Alessandra Gotti, doutora em Direito Constitucional e presidente-executiva do Instituto Articule. “Não se sabe quando a situação vai ser equacionada e esse tipo de corte revela muito a prioridade que se dá.”
Procurado pela reportagem, o ministério encaminhou uma entrevista dada pelo ministro Camilo Santana ao portal UOL na quarta-feira, 2. O chefe da pasta afirmou que o bloqueio não afeta o programa de ensino integral e espera mais recursos para a educação em 2024, com a aprovação do arcabouço fiscal. O MEC não respondeu, porém, como ficarão as áreas afetadas e como pretende recompor a verba.
Bloqueio atinge emendas de bancada e deputados preparam convocação de ministro Dentro do bloqueio feito na educação, o ministério optou por segurar a liberação de R$ 155 milhões em emendas de bancada, recursos indicados pelo conjunto de parlamentares de um mesmo Estado. Esse tipo de verba é de interesse direto dos deputados e senadores e é negociado com as bases eleitorais. O bloqueio mexe com 15 bancadas estaduais e acontece justamente no momento em que o presidente Lula negocia entregar mais ministérios e cargos para o Centrão em troca de apoio político no Congresso.
A decisão foi criticada pelo presidente da Comissão de Educação da Câmara, Moses Rodrigues (União-CE). Deputados preparam um pedido de convocação do ministro para explicar a situação. O assunto deve ser discutido pelos deputados na semana que vem. “O que está no Orçamento já é o mínimo do mínimo e, quando você corta, traz um prejuízo muito grande para a educação. A nossa expectativa é que os recursos possam retornar”, afirmou Rodrigues.
O coordenador da bancada de Minas Gerais, deputado Luiz Fernando Faria (PSD-MG), principal impactada, afirmou que a decisão gera insegurança para instituições de ensino que esperam os recursos, mas acredita que o dinheiro vai ser liberado até o fim do ano. O governo segurou R$ 51 milhões indicados pelo grupo mineiro para institutos e universidades federais no Estado. “Gera uma insegurança. Os reitores, as universidades e os institutos ficam todos inseguros.”
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro marcou para a próxima terça-feira (8) o depoimento do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo de Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres.
Anderson Torres era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal no dia 8 de janeiro, quando criminosos invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília. Porém, na ocasião, ele estava em viagem nos Estados Unidos.
Na volta ao Brasil, em 14 de janeiro, Torres foi preso no Aeroporto Internacional de Brasília, de forma preventiva, por suspeita de omissão. A prisão foi realizada pela Polícia Federal, após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Em maio, após passar cerca de 4 meses preso, Moraes mandou soltar o ex-ministro da Justiça e determinou o uso de tornozeleira eletrônica.
O projeto de lei do novo arcabouço fiscal continua sem data marcada para votação na Câmara dos Deputados. A reunião de líderes partidários desta quinta-feira (3) não discutiu o tema, segundo relato de deputados presentes.
O presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL), justifica que o tema ainda não está maduro para votação, e enfatiza que tem até 31 de agosto para votar o arcabouço.
“Não tem ainda consenso. Então eu não posso botar (para votar) uma pauta que o relator ainda não conversou com os líderes e que nós não discutimos ainda as alterações do Senado. Isso é natural. Isso é normal e nós temos prazo”, defendeu.
O presidente da Câmara fez questão de negar as acusações de que ele estaria condicionando a votação do novo arcabouço fiscal à reforma ministerial do Executivo. “O arcabouço, como a reforma tributária, independem de base parlamentar porque nós tratamos sempre como pautas prioritárias de Estado”, afirmou.
O líder do governo na Câmara deputado federal José Guimarães (PT-CE) minimizou a falta de previsão para votar a matéria. “Tem tempo de sobra para discutir os quatro destaques (do Senado) e não tem crise sobre isso”, afirmou.
Lira disse que a Câmara não pactuou com as mudanças do arcabouço fiscal aprovadas no Senado, com exceção da retirada do Fundo Constitucional do Distrito Federal das regras do teto. “Nem o Fundeb foi pactuado, nem ciência e tecnologia foi pactuado, muito menos alteração orçamentária foi pactuada”, afirmou.
O presidente da Câmara acrescentou que o governo votou um texto na Câmara e defendeu outro no Senado. “O governo, nesse caso, fez um texto na Câmara e fez outro no Senado. Precisamos discutir esse texto com calma”, destacou.
A avaliação de Lira contraria a imagem que os líderes do governo e a equipe econômica tentaram passar durante a votação no Senado. Quando se reuniu com lideranças no Senado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que não defendia qualquer alteração, posição confirmada pelo relator da matéria, o senador Omar Aziz (PSD-AM).
Modificações no Senado O Senado, além de retirar o Fundo do DF das regras que limitam as despesas, retirou também as despesas com ciência e tecnologia e com o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), usado para financiar a educação pública brasileira.
Arcabouço Fiscal O projeto de lei em tramitação na Câmara limita o aumento das despesas primárias da União em até 70% do aumento da receita. As despesas primárias são os gastos do governo excluídos os gastos com a dívida. O novo arcabouço fiscal ainda estabelece metas fiscais com previsão de zerar o déficit público já em 2024.
A nova regra deve substituir o atual teto de gastos aprovado durante o governo de Michel Temer, que limitou as despesas à variação da inflação do ano anterior, sem levar em consideração o aumento, ou não, da arrecadação do Estado.
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro aprovou, na sessão desta quinta-feira (3), a convocação de Walter Delgatti Neto, conhecido por dar origem à Vaza Jato.
Delgatti foi preso pela Polícia Federal (PF) na manhã de quarta-feira (2). Na mesma operação, agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços ligados à deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).
Os parlamentares também aprovaram a convocação de Adriano Machado, fotógrafo da agência de notícias Reuters, que conseguiu entrar no Palácio do Planalto no dia dos ataques aos Três Poderes.
O pedido de convocação do fotógrafo tem sido reiterado por deputados e senadores da oposição desde o início das sessões da CPMI, em maio.
A CPMI aprovou ainda requerimento da relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que solicita o envio à comissão de relatórios da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) produzidos pelo órgão entre 1º de outubro de 2022 e 1º de janeiro de 2023.
A comissão retoma os trabalhos na terça-feira (8), com o depoimento de Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça na gestão Bolsonaro.
Quem é Walter Delgatti Neto, o “hacker da Vaza Jato”? Walter Delgatti Neto é o hacker que invadiu celulares de quase 200 autoridades, segundo a PF, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos); Em entrevista exclusiva à CNN, ele também afirmou ter invadido a conta do Telegram do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF); Segundo os investigadores da PF, entre setembro e dezembro de 2022, Delgatti invadiu os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a pedido de Zambelli, com o objetivo de expor vulnerabilidades dos sistemas do Judiciário como forma de desacreditar o sistema das urnas eletrônicas gerenciado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE); Em agosto de 2022, Delgatti se encontrou com Jair Bolsonaro (PL), então presidente da República. Segundo o hacker, Bolsonaro o teria perguntado se seria possível invadir uma urna eletrônica; De acordo com fontes ouvidas pela CNN, Bolsonaro teria dito a advogados que ficou em silêncio em reunião com hacker e tranquilizou sua defesa afirmando que tem “zero” preocupação com ação; Também disse que se encontrou, em setembro do mesmo ano, com Carla Zambelli em um posto de gasolina em uma rodovia de São Paulo; Em fevereiro de 2023, em entrevista ao Brazilian Report, Walter Delgatti destacou que teria sido procurado para invadir o celular do ministro Alexandre de Moraes. Também revelou que teria sido contratado pela deputada para cuidar de seu site; Então, em 2 de agosto, foi preso em uma operação que investiga invasões ao sistema do Poder Judiciário, tendo admitido que acessou o sistema do CNJ e do Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP), além de ter inserido um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Outros nomes convocados pela CPMI Walter Delgatti Neto, o hacker da Vaza Jato; Cíntia Queiroz, coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF); Marcela da Silva Morais Pinno, cabo da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF). Luis Marcos dos Reis, ex-ajudante de ordens de Mauro Cid.
Cerca de um mês e meio após ter sua nomeação aprovada no Senado, o advogado Cristiano Zanin tomou posse, nesta quinta-feira, como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) . A cerimônia que oficializou a chegada do novo integrante da Corte aconteceu na sede do órgão, em Brasília, em uma solenidade curta, de aproximadamente 15 minutos. Apesar de rápido, o evento contorna com uma série de momentos simbólicos e marcantes .
Responsável pela indicação de Zanin, que o defendeu em processos da Operação Lava-Jato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi o primeiro a cumprir o ministro já empossado. Já a presidente do STF , ministra Rosa Weber, quebrou o protocolo da cerimônia, que não inclui discursos, e fez elogios públicos ao novo colega.
Sogro vetado Responsável por apresentar Zanin a Lula, de quem é compadre, o advogado Roberto Teixeira, sogro do novo ministro, não foi convidado para uma cerimônia de posse. Os dois dividiram um escritório de advocacia, mas a sociedade foi desfeita em 2022 devido a questões pessoais. A partir de então, Zanin e Teixeira passaram um duelo na Justiça por honorários milionários, o que culminou no colapso definitivo entre os dois pais.
Aliados de Bolsonaro Se o sogro de Zanin não pôde estar presente, alguns aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PT), que tem em Lula seu maior antagonista, não perderam a cerimônia. Ex-assessor especial do governo passado, período em que também ocupou o cargo de secretário executivo da Casa Civil, José Vicente Santini esteve no evento. Nomeado pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas — também aliado da primeira hora de Bolsonaro —, Santini está lotado atualmente no escritório de representação da administração paulista em Brasília.
Advogada do ex-presidente em vários processos, Karina Kufa também acertou o ponto na cerimônia de posse, o que inclusive rendeu críticas à profissional nas redes sociais. Ela rebateu os ataques: “Sou advogada e sempre boa relação com o Judiciário. Não milito contra o poder em que atuo. Avisei o meu cliente (Bolsonaro) sobre o apoio ao ministro Zanin e a participação na posse. Não me importo com opinião de invejoso”.
Dória também marca presença Responsável por duras críticas a Lula no passado, o ex-governador de São Paulo João Doria — que também acabou rompendo com Bolsonaro — foi outro personagem distante do petismo a marcar presença na cerimônia. Afastado da política desde que deixou o Palácio dos Bandeirantes, no fim do ano passado, Doria optou por se reaproximar do meio nesta quinta-feira em virtude da posse de Zanin.
Os atrasados Com o plenário já completamente lotado, a execução do hino nacional pela banda dos fuzileiros navais, que marca o início da solenidade, começou com alguns nomes de peso ainda tentando ingressar na Suprema Corte. Àquela altura, seguiam na fila, por exemplo, o líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu, e o ministro da Previdência, Carlos Lupi. Já a presidente do partido de Lula, Gleisi Hoffmann, só entrou quando a cerimônia já havia terminado.
Corregedor festejado Relator da ação que tornou Bolsonaro inelegível no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Benedito Gonçalves, foi efusivamente celebrado por petistas, que o cercaram para cumprimentos. Deputados como José Guimarães, líder do governo, Vicente Cândido e Carlos Zarattini felicitaram o ministro e passaram alguns minutos elogiando sua atuação no TSE.
Preterido comparece Pouco antes de Lula oficializar sua escolha, dois nomes despontavam como favoritos para a vaga no STF aberta com a aposentadoria de Ricardo Lewandowski: o do próprio Zanin e o do advogado, chancelado pelo ministro que estava de saída, com quem trabalhou. Mesmo não tendo sido escolhido pelo presidente, Manoel Carlos de Almeida Neto não deixou de prestigiar a posse do “vencedor” da disputa nesta quinta-feira.
— Tenho a absoluta certeza de que Zanin honrará a toga do ministro Ricardo Lewandowski. É um notável jurista, corajoso e leal — disse o preferido de Lewandowski ao GLOBO.
Cotados lado a lado Com Zanin empossado, os olhos já se voltam para a nova cadeira a ser aberta no STF: a da ministra Rosa Weber, que se aposenta até outubro. Uma cena curiosa marcou a solenidade desta quinta-feira: três dos principais cotados para vaga de Rosa sentaram-se lado a lado. Não se sabe se Flávio Dino (ministro da Justiça), Jorge Messias (advogado-geral da União) e Bruno Dantas (presidente do Tribunal de Contas da União) trataram do tema durante o evento.
— O Supremo Tribunal Federal julgou causas difíceis e, portanto, ter um ministro que tem coragem de se posicionar de acordo com a lei, mesmo em instantes de muita desigualdade, de muita polêmica, é um atributo importante. Acho que o ministro Zanin vai dar uma grande contribuição à história do Supremo — afirmou Dino na saída da cerimônia.
Elógios de Rosa A cerimônia para 350 convidados foi aberta pela presidente da Corte, ministra Rosa Weber, a quem coube formalizar o ingresso de Zanin. Quebrando o protocolo, a magistrada realizou uma breve fala de boas-vindas.
— Eu, na condição de presidente e em nome todo o colegiado, quero lhe dar as boas-vindas. Estou convicta que vossa excelência enriquecerá esse colegiado — falou a presidente do STF.
lula conteudo O presidente Lula foi o primeiro a cumprir Cristiano Zanin após a cerimônia de posse. Os dois deram um abraço carinhoso e conversaram por alguns segundos, posando para fotos em seguida. Na saída, efetivamente por jornalistas, o presidente foi econômico nas palavras e brinco:
Após acordar de ressaca, é muito comum ouvir a recomendação de “tomar um café bem forte”. Na teoria, a cafeína, por conta de seu efeito estimulante, ajudaria a aumentar as energias e eliminar a dor de cabeça causada pelo excesso de álcool da noite anterior. No entanto, o consumo da bebida pode piorar o quadro de desidratação provocada pela alta ingestão de álcool.
Sabe-se que a cafeína contribui para a eliminação de líquidos do corpo. Porém, a intensidade varia de pessoa para pessoa. A substância estimula a natriurese, um processo que promove a excreção de sódio do corpo. À medida que o mineral é retirado de circulação, a água também é extraída devido à osmose, sendo ambos eliminados pela urina.
Por sua vez, o álcool reduz a ação dos hormônios ADH — responsável por regular a quantidade de água excretada pela urina. O ADH possibilita, por exemplo, que parte da água que será eliminada pela urina volte para a corrente sanguínea. No entanto, quando sua ação é prejudicada pelo álcool, o volume da urina fica maior.
A ressaca é o conjunto de sintomas da intoxicação causados no corpo pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Quanto mais você bebe, mais tempo o seu corpo vai demorar para metabolizar todo o álcool ingerido. Consequentemente, maior será a duração das dores de cabeça, prazeres e cansaço.
A melhor maneira de ajudar o corpo a se livrar da ressaca é comendo bem e se hidratando. Estudos mostram que comer ovos cozidos, frutas e vegetais pode ajudar a eliminar mais rapidamente as toxinas liberadas por bebidas alcoólicas no organismo.
Os ovos cozidos possuem um aminoácido chamado cisteína, que decompõe o álcool em água e dióxido de carbono. Já as frutas e os vegetais facilitam o trabalho do sistema digestivo — que está sobrecarregado com o álcool. Além disso, alimentos saudáveis ajudam a repor vitaminas eliminadas pela urina. O recomendado é comer cinco porções de frutas e vegetais por dia.
Para potencializar a hidratação, vale ingerir água de coco, que é um isotônico natural que contribui para a ingestão de minerais.
Melhor do que tentar curar a ressaca no dia seguinte é evitá-la. A primeira dica é não beber de barriga vazia. A absorção de álcool geralmente é diminuída e retardada com o estômago cheio — o que também reduz as chances de você consumir mais álcool do que deveria.
Outra forma de reduzir os riscos de ressaca é intercalar uma bebida alcoólica com um copo de água. Isso ajuda o corpo a se manter hidratado mesmo com o álcool provocando várias idas ao banheiro para urinar.
Evite também misturar diversos tipos de bebidas alcoólicas, pois diferentes porcentagens de álcool podem fazê-lo perder a noção do quanto bebeu e acabar estimulando um consumo maior que o esperado.