A atriz Aracy Balabanian morreu aos 83 anos no Rio de Janeiro.
Ela estava internada na Clínica São Vicente, na zona sul da capital fluminense. O hospital confirmou a morte à CNN, mas não divulgou a causa.
Com mais de meio século de carreira, a artista ficou marcada por seus papéis em novelas e outras produções da TV Globo, como as personagens Cassandra, em “Sai de Baixo”, e Dona Armênia, em “Rainha da Sucata”.
Filha de imigrantes e paixão pelo teatro Aracy nasceu em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, em 22 de fevereiro de 1940.
Filha de imigrantes armênios, ela se apaixonou pelo teatro e decidiu ser atriz ao ser levada pelas irmãs mais velhas, quando já morava em São Paulo, para assistir uma peça do dramaturgo Carlo Godoni.
“Eu chorei muito. Estava emocionada porque era aquilo que eu queria. É muito difícil para uma criança de 12 anos, ainda mais naquela época, querer ser atriz e já perceber que ia ter muitas dificuldades”, disse Aracy em depoimento ao Memória Globo.
Ela relembrava que seu pai era contra a escolha de ser atriz: “Comecei em uma época em que não era bonito fazer televisão, nem teatro.”
Aos 14 anos, estudando no Colégio Bandeirantes, na capital paulista, ela assistiu uma palestra do dramaturgo Augusto Boal, que a convidou a fazer um teste para o Teatro Paulista do Estudante. Ela passou e seu primeiro trabalho foi a peça “Almanjarra”.
Ao Memória Globo, ela lembra de ler uma crítica de Décio de Almeida Prado e Sábado Magaldi: “Eles escreveram uma crítica que terminava dizendo: ‘Aracy Balabanian: guardem esse nome’ Eu fique possuída.”
Ao terminar o colégio, ela entrou para a Universidade de São Paulo (USP) onde estudou simultaneamente na Escola de Arte Dramática (EAD) e no curso de Ciências Sociais da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH).
O Presidente da Câmara Municipal de Currais Novos Ycleyber Trajano, visitou na sexta feira passada (04/08) na capital do estado, o Deputado federal Benés Leocádio em busca de mais emendas de pavimentação para a cidade. A visita ao deputado também se deu por uma luta do presidente em climatizar o Teatro Ubirajara Galvao . “Seria um presente para Currais Novos se conseguíssemos a climatização do Teatro e o Dep Benés, irá lutar para realizarmos esse sonho” Disse o vereador ycleiber Trajano.
As casas de apostas eletrônicas pagarão 18% de impostos, que financiarão projetos de educação, segurança e esportes, e uma outorga para poderem operar legalmente. O apostador pagará 30% de Imposto de Renda sobre a parcela dos prêmios que excederem a faixa de faixa.
As apostas esportivas no Brasil obedecem a uma lei sancionada em dezembro de 2018 , que nunca chegou a entrar formalmente em vigor porque não foi regulamentada.
Em tese, a regulamentação poderia ocorrer por meio de decreto do presidente da República ou de portaria do Ministério da Fazenda. O governo, no entanto, decidiu editar uma medida provisória porque as novas taxas influenciaram as mudanças na lei de 2018.
A lei original prevê imposto de 11% para as casas de apostas virtuais e de 20% para os estabelecimentos físicos. A MP estabeleceu uma alíquota única de 18%, independentemente do canal usado pela casa de aposta. A MP está em vigor, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional 120 dias após a edição para não perder a validade.
Confira as mudanças Taxação das casas de apostas
Também conhecido como apostas, as empresas de apostas esportivas pagam 18% de imposto sobre a receita bruta de jogos (GGR, receita bruta de jogos, na sigla em inglês). O GGR é definido como o faturamento com as apostas menos os prêmios pagos aos vencedores e o Imposto de Renda descontado dos prêmios.
Originalmente, o imposto seria de 16%, mas a alíquota subiu em dois pontos percentuais porque o governo decidiu elevar a fatia distribuída ao Ministério do Esporte de 1% para 3%.
Sobre os 82% restantes, as casas de apostas continuarão a pagar os tributos aplicados às demais empresas, como Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição sobre o Financiamento à Seguridade Social (Cofins).
Partilha do novo imposto
O novo imposto de 18% será distribuído da seguinte forma:
10% para a segurança social;
3% para o Ministério do Esporte;
2,55% para o Fundo Nacional de Segurança Pública;
1,63% para clubes e atletas profissionais com símbolos e nomes ligados às apostas;
0,82% para a educação básica.
Imposto sobre premiações
Os prêmios recebidos pelos vencedores das apostas passarão a pagar 30% de Imposto de Renda sobre o que exceder a faixa de base, atualmente em R$ 2.112. A retenção na fonte.
Estimativa de receitas
Segundo o Ministério da Fazenda, o governo deverá arrecadar até R$ 2 bilhões no próximo ano com o regulamento das apostas esportivas, nas consideradas mais conservadoras. Nos anos seguintes, a projeção pode subir uma faixa entre R$ 6 bilhões e R$ 12 bilhões.
Prêmios esquecidos
Assim como nas loterias tradicionais, os ganhadores terão até 90 dias a partir da divulgação do resultado da aposta para retirar o prêmio. Após esse prazo, o dinheiro esquecido será repassado ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) até 24 de julho de 2028. Depois desses dados, os recursos serão transferidos diretamente ao Tesouro Nacional.
Proibições de apostar
Não podem fazer apostas esportivas os seguintes grupos de pessoas:
menores de 18 anos;
trabalhador de casas de apostas;
companheiros, companheiros e parentes de até segundo grau de trabalhador de casas de apostasia;
com acesso aos sistemas de apostas esportivas;
treinadores, atletas, pilotos, dirigentes esportivos e demais pessoas aplicáveis aos objetos das apostas;
negativados nos cadastros de restrição de crédito;
agentes públicos que atuem na fiscalização do setor de apostas.
Outorgas
Apenas as apostas habilitadas poderão operar apostas relacionadas a eventos esportivos oficiais, mediante pagamento de uma outorga (licença) ao governo. O valor a ser cobrado constará de outra regulamentação a ser publicada pelo Ministério da Fazenda, que se responsabilizará pela fiscalização.
A MP não estabelece limite para o número de outorgas e permite a habilitação de empresas tanto nacionais como estrangeiras.
Canais de distribuição
Assim que foram liberados para operar, as casas de apostas poderão usar quaisquer canais de distribuição comercial. Sejam em estabelecimentos físicos ou meios virtuais, desde que obedeçam à regulamentação do Ministério da Fazenda.
Infrações
Entre as infrações passíveis de punição, estão:
exploração de apostas sem autorização do Ministério da Fazenda;
atividades proibidas ou não programadas na licença concedida;
publicidade de empresas não autorizadas a atuar no Brasil;
impedimentos e dificuldades à fiscalização do governo;
práticas contrárias à integridade do esporte, dos resultados ou da transparência das regras.
Punições
As empresas que descumprirem as regras podem sofrer as seguintes punições:
cura;
multa de 0,1% a 20% sobre a arrecadação, limitada a R$ 2 bilhões por infração;
suspensão parcial ou total das atividades por até 180 dias;
cassação da licença para operar no Brasil;
observar de pedir novas autorizações por até dez anos;
proteger de participar de licitações de concessão ou permissão de serviços públicos, na administração pública federal, direta ou indireta, por pelo menos cinco anos.
Apostadores ou pessoas de fora das empresas que cometem infrações:
Jair e Michelle Bolsonarosão um bom exemplo de como a política também pode ser um excelente negócio. No início do ano, logo depois de voltar ao Brasil, a ex-primeira-dama ainda não sabia ao certo o caminho que iria seguir. Seu desempenho na campanha eleitoral havia chamado atenção. Mesmo sem tarimba no ramo, ela subiu em palanques, fez discursos e conseguiu eleger uma senadora em Brasília contra todas as previsões. Valdemar Costa Neto, o chefão do PL, partido do ex-presidente, ouviu que a performance de Michelle poderia gerar a influência e a influência para assumir uma carga de direção na legenda. Quando deixou o Palácio da Alvorada, uma intenção da ex-primeira-dama era empreender. A passagem pela política havia lhe rendido 6 milhões de seguidores nas redes sociais, o que, bem trabalhado, imaginava, poderia se transformar num belo ativo financeiro. A intuição se confirmou na prática. Na primeira experiência comercial, ela gravou um vídeo para divulgar uma linha de produtos de beleza. Faturou 60 000 reais por alguns minutos de trabalho — um sucesso.
Por outro lado, o convite para assumir a coordenação da área feminina do PL também era atraente. Considerando apenas a questão financeira, seriam 40 000 reais de salário agregados ao orçamento familiar. Pensando no futuro, as perspectivas eram ainda mais promissoras. O partido ofereceu, caso ela quisesse, a estrutura para disputar uma carga eletiva em 2026. A ex-primeira-dama decidiu conciliar as duas atividades. Na política, passou a viajar pelo país incentivando a filiação de mulheres à sua lenda, acompanha o marido em suas andanças e considera a possibilidade de concorrer ao Senado por Brasília. Pelo lado dos negócios, criou a MPB Business (iniciais de Michelle de Paula Bolsonaro), uma empresa de marketing direto que pode ser contratada para campanhas publicitárias de marcas parceiras,
Um sobrenome famoso no meio político tem valor no mercado. O clã Bolsonaro descobriu isso já faz algum tempo. Ao todo, são seis empresas ativas em nome do ex-presidente e de familiares. A mais antiga é a Bolsonaro Digital, que foi fundada em 2017 para prestar serviços de marketing direto e edição de livros, mas que sobreviveu com a monetização de vídeos. O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) estimou o faturamento da empresa em 460 000 reais. Recentemente, o senador Flávio Bolsonaro abriu uma firma de advocacia e se associou a uma corretora de seguros. O deputado Eduardo Bolsonarocoordena um instituto de palestras que faturou no ano passado 600 000 reais com a venda de canecas, cadernos e calendários. Michelle tem o salário do PL e lucra na internet. Jair, mesmo inelegível, exerce o cargo de presidente de honra do partido e tem um salário de 41 mil reais. Somada com todos os vencimentos que o ex-presidente acumula — o salário do PL, mais 12 000 como oficial reformado do Exército, mais 37 000 da aposentadoria da Câmara dos Deputados —, a renda do casal chega a confortáveis 130 000 reais por mês.
Soube-se agora que o ex-presidente ainda conta com um milionário fundo de reserva. No início do ano, apoiadores lançam uma campanha para ajudar Bolsonaro a pagar multas processuais. Um relatório do Coaf enviado à CPI do 8 de Janeiro revelou que o capitão arrecadou, via Pix, mais de 17 milhões de reais nos últimos seis meses. Em maio, ele disse a VEJA que a situação financeira estava apertada, não tinha dinheiro sequer para pagar advogados e que vivia do somatório de suas três fontes de renda. “Sou um f.! Não tenho nada mais além disso”, afirmou. Segundo o Coaf, o ex-presidente recebeu nos últimos seis meses 770 000 doações de valores que variaram de 2 a 48 000 reais. A campanha de arrecadação começou depois que a Justiça determinou o bloqueio das contas do ex-mandatário para garantir o pagamento das multas que ele recebeu por não usar máscara durante a pandemia. A dívida, que ainda não foi quitada, é de 1 milhão de reais. Ao falar sobre o assunto, o ex-presidente foi irônico: “Muito obrigado a todos aqueles que colaboraram comigo no Pix há poucas semanas. Dá para pagar todas as minhas contas e ainda sobra dinheiro para tomar um caldo de cana e comer um pastel com dona Michelle”. Em princípio, não há nada de ilegal no procedimento, mesmo se Bolsonaro pagar a multa e usar o saldo para outros fins. Problema dele com seus apoiadores. “Muito obrigado a todos aqueles que colaboraram comigo no Pix por algumas semanas. Dá para pagar todas as minhas contas e ainda sobra dinheiro para tomar um caldo de cana e comer um pastel com dona Michelle”. Em princípio, não há nada de ilegal no procedimento, mesmo se Bolsonaro pagar a multa e usar o saldo para outros fins. Problema dele com seus apoiadores. “Muito obrigado a todos aqueles que colaboraram comigo no Pix por algumas semanas. Dá para pagar todas as minhas contas e ainda sobra dinheiro para tomar um caldo de cana e comer um pastel com dona Michelle”. Em princípio, não há nada de ilegal no procedimento, mesmo se Bolsonaro pagar a multa e usar o saldo para outros fins. Problema dele com seus apoiadores.
O caso, porém, trouxe à tona outra questão relevante. Em tese, as campanhas de arrecadação podem acabar estimulando a prática de certas transgressões, na medida em que a transmissão pecuniária deixa de ter trânsito. Um princípio básico das democracias é o que estabelece que uma pena jamais deve ser funcional para outra pessoa. “Parece evidente que essa vaquinha moderna tem o objetivo de dar um drible no sistema. É um desvio de orientação e um desrespeito à Justiça”, afirma o doutor em direito Lenio Streck. “Para fins punitivos e dissuasórios, a pena de multa para pessoas que têm esse tipo de estrutura perdem a eficácia”, diz o professor de direito da Universidade de São Paulo (USP) e da ESPM Rafael Mafei. As vaquinhas em prol de políticos não são ilegais porque, em princípio, qualquer pessoa pode dispor de seu dinheiro como bem entender.
Os Estados Unidos enfrentaram um debate parecido. Desde que deixou a Casa Branca, em 2020, Donald Trump responde a vários processos judiciais. O ex-presidente americano arrecadou entre 2021 e o ano passado mais de 510 milhões de reais em doações. Trump é multimilionário, mas sua defesa é bancada por fundos obtidos através de apoiadores. No Brasil, dez anos atrás, quando Jair Bolsonaro era apenas mais um entre dezenas de deputados de baixo clero, próceres do PT inauguraram essa prática, arrecadando entre os filiados do partido o valor da multa imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) aos petistas fisgados no escândalo do mensalão. A Policia Federalchegou a abrir inquérito para investigar o caso. “A iniciativa terminou se envolvendo em um processo indevido de transferência de penas”, disse na época o ministro do STF Gilmar Mendes. Hoje, com o Pix, as campanhas de doação se tornaram comuns. O ex-deputado Daniel Silveira, o deputado cassado Deltan Dallagnol e a deputada Carla Zambelli, que na quarta-feira 2 foi alvo de buscas da polícia, também promoveram suas próprias vaquinhas para quitar multas julgamento — todas, até onde se sabe, muito bem- sucessos.
Em sua extensa trajetória política, o presidente Luladesenvolveu um modelo peculiar de gestão. Em vez de mirar apenas o futuro, governa com os olhos também voltados para o passado. Foi assim na reedição do programa Minha Casa, Minha Vida e na retomada de incentivos fiscais para determinados setores, como foi o caso recente da indústria automotiva. E, agora, vem aí o relançamento do PAC, como ficou conhecido o Programa de Aceleração do Crescimento. O projeto tinha a ambição de ser uma das vitrines do segundo mandato de Lula, mas acabou entrando para a história por motivos errados. Em sua encarnação anterior, o PAC deixou um rastro de obras atrasadas, construções aguardandos e contratos com sobrepreços. Não à toa, nove dos dez maiores empreendimentos contemplados pelo programa acabaram investigados pela Lava-Jato por suspeita de corrupção.
Se não houver surpresas, o novo PAC, que também nasce com a premissa de financiar obras de infraestrutura, transporte e habitação, será lançado em 11 de agosto, após sua estreia ser adiada três vezes, a última em razão do recesso parlamentar. Para entrar em vigor, o programa depende da aprovação da nova regra fiscal, que deverá ser votado no Congresso nas próximas semanas. Os 60 bilhões de reais de recursos públicos designados para o novo PAC em 2023 se aproximam dos investimentos previstos no Orçamento da União para este ano, que giram em torno de 70 bilhões de reais. Mesmo que haja espaço fiscal e prioridades sejam corretamente protegidos, a execução do programa é complexa e, como a história recente ensina, sujeita a derrapadas.
Um estudo realizado pela consultoria Inter.B constatou que, do PAC 1, lançado em 2007, apenas 25% das obras foram efetivamente entregues. No PAC 2, gestado em 2010, o índice subiu apenas um pouco: 36%. “O maior risco do novo PAC está relacionado à qualidade da governança dos investimentos”, diz o economista Cláudio Frischtak, presidente do Inter.B. “Se repetirmos os erros do passado, será um desastre, pois temos grande capacidade para desperdiçar recursos públicos.” Para complicar, o atual contexto econômico é mais desafiador. Em 2007, quando foi lançada a primeira edição do PAC, o Brasil contabilizava superávit primário de quase 4% do produto interno bruto. Em 2023, as contas do governo obrigaram a fechar no vermelho e a situação fiscal permanece frágil, embora o novo arcabouço deva colocar freios nos gastos públicos. Portanto, uma conjuntura limita bastante o espaço para investimentos. “Agora, seria impensável criar atribuída para o novo PAC”, afirma Alexandre Manoel, ex-secretário da Fazenda e atualmente economista-chefe da gestora AZ Quest.
O investimento público no Brasil atingiu seu ápice em 2013 e 2014, no final do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. Os resultados foram trágicos para o país, que viram a permanecer disparar nos anos seguintes e o PIB se envolveu como efeitos diretos da agenda expansionista e irresponsável. O problema é que temos, de fato, grandes carências em infraestrutura, que sofrem a competitividade brasileira e comprometem o crescimento econômico. Atualmente, o investimento no setor representa 1,7% do PIB ao ano, índice muito aquém dos 4% que, segundo especialistas, seria necessário para diminuir o atraso histórico nessa área. Sob qualquer ângulo que se olhe, trata-se de percentual baixo demais. Na China e na Índia, o índice está por volta de 6% ao ano. Nos Estados Unidos, a média da última década ficou em 2,5%.
O desafio, portanto, é melhorar a infraestrutura nacional sem percorrer à velha fórmula de gastar como se não existisse amanhã. Entre os economistas, é consenso que a melhor saída consiste em atrair a iniciativa privada para projetos de grande magnitude. Em abril, o Ministério da Fazenda anunciou um novo marco regulatório para as parcerias público-privadas (PPPs), propondo mudanças para estimular o setor privado a investir em diversas áreas. Com as medidas, a expectativa é tornar viáveis projetos que poderão gerar cerca de 100 bilhões de reais em investimentos. Uma das prioridades na nova versão das PPPs é juntar esforços da União com estados e municípios. É uma boa notícia porque no nível federal as parcerias sempre encontraram dificuldade.
Por mais que o governo Lula apresente a nova versão do PAC como se fosse a salvação das mazelas nacionais, é preciso relembrar os equívocos do passado. No Rio de Janeiro, a ideia era tornar o Complexo do Alemão, bairro que abriga um dos maiores conjuntos de favelas da cidade, um dos símbolos do programa. Em 2008, o então presidente Lula anunciou obras de urbanização em áreas de risco. Entre elas estava a construção de um teleférico para o transporte de moradores da comunidade. O projeto foi abandonado e o equipamento está sem funcionar há quase sete anos.
Exemplos semelhantes são muitos. Levantamento do Tribunal de Contas da União indica que existem no país 8 600 obras federais inacabadas, sendo que boa parte delas nasceu do PAC. Outro caso estarrecedor é o da construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Inaugurada em 2016, ao custo de 20 bilhões de reais, representa uma das maiores agressões feitas ao meio ambiente na história recente do país. Além de destruir a fauna e a flora locais, a obra deslocou comunidades indígenas que vivem no entorno do Rio Xingu. Anos depois de ser inaugurada, Belo Monte, a quarta maior hidrelétrica do mundo e a segunda do Brasil, ainda não trouxe grandes ganhos energéticos e símbolo o mau uso de recursos públicos.
Desta vez, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o PAC será mais “verde”, priorizando projetos de energia renovável e de descarbonização da economia. O discurso de Haddad representa um aceno à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, adversária histórica do projeto de Belo Monte. Em 2008, quando ocupava o mesmo cargo na administração Lula, Marina deixou o governo, entre outros motivos, por se opor à construção da hidrelétrica. “O PAC deve fazer uma avaliação minuciosa da viabilidade dos projetos antes de se comprometer com investimentos bilionários e pressionados os órgãos ambientais”, diz Armando Castelar, ex-chefe do Departamento Econômico do BNDES, banco que, não custa lembrar, será um dos financiadores da nova versão do programa. Em outras palavras: o governo precisa manter os olhos bem atentos para não repetir os erros do passado e, assim, construir pontes para o futuro.
Diante de uma multidão de peregrinos — 1,5 milhão de acordo com o Vaticano, com base em uma estimativa de autoridades portuguesas — o Papa Francisco celebrou a missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Lisboa , na manhã deste domingo . Durante uma homilia, o Pontífice disse aos jovens que “tem um sonho de paz” e que eles são a “esperança de um mundo diferente”. O Santo Padre também anunciou que a próxima edição do evento que reunirá o maior número de fiéis da Igreja Católica estará em Seul , em 2027.
Na homilia, Francisco conclamou a multidão de peregrinos a seu “carinho e orações” estendidos que não estavam presentes “por causa de conflitos armados e guerras”. Além dos peregrinos, 10 mil padres, 700 bispos e 30 cardeais também acompanharam a missa.
— Sinto uma grande tristeza pela amada Ucrânia , que continua sofrendo tanto. Amigos, certamente que eu também, já velho, compartilhe com vocês um sonho que levo no coração, um sonho de paz — completou o Pontífice.
Os jovens peregrinos acordaram ao ritmo da música tocada por um DJ e padre português, em uma manhã de verão extremo na capital portuguesa, após passarem a noite em vigília, na imensa esplanada montada para o evento junto ao Rio Tejo. A agência meteorológica de Portugal emitiu um alerta “vermelho”, o nível mais alto, para Lisboa no domingo, com previsão de temperaturas até 41°C.
No sábado, o Papa, de 86 anos, apareceu pouco depois das 19h (15h em Brasília) na vigília com clima de megafestival, que começou com apresentações de música pop-rock. Numa grande área repleta de tendas, bandeiras de vários países e instalações sanitárias provisórias, os jovens aguardam em ambiente festivo, rodeados de ampla segurança.
Em um discurso descontraído, em que interagiu por diversas vezes com o público, Francisco fez referências a futebol, a exames acadêmicos e crises existenciais.
—Você acha que uma pessoa que cai na vida, que tem um fracasso, que até comete erros graves, fortes, está acabada? Não — disse o Santo Padre, destacando ainda que após qualquer tropeço, deve “se levantar”.
Na manhã de sábado, o pontífice argentino foi recebido por cerca de 200 mil fiéis no santuário de Fátima, a cerca de 130 milhas ao norte de Lisboa, onde rezou o terço com jovens doentes e deficientes e seis detentos.
— A Igreja não tem portas, para que todos possam entrar — disse o pontífice argentino durante um breve discurso proferido em espanhol, como quase todos desde que chegaram a Portugal, na quarta-feira. — Esta é a casa da mãe e uma mãe tem sempre o coração aberto para todos os seus filhos. Todos, todos, todos, sem exclusão — repetiu entre aplausos, reiterando uma mensagem que já destacou em outras ocasiões nesta JMJ.
Ao contrário do que estava previsto, o papa improvisou quase todo o seu discurso. Francisco — que se deslocava em cadeira de rodas ou apoiado em bengala devido ao seu estado de saúde cada vez mais frágil — já tinha alterado o roteiro de uma das suas intervenções na sexta-feira, depois de explicar espontaneamente que “os refletores” não lhe O porta-voz do Vaticano disse à AFP que a mudança de sexta-feira deveu-se a “um reflexo causado pela iluminação”, enquanto este sábado foi “uma escolha” do pontífice. (Com AFP)
A chuva repentina encharca a camiseta e o short de Lucas (nome fictício). É noite de sexta-feira, 29 de setembro de 2022. O garoto de 9 anos corre descalço pelas ruas de um bairro da Zona Oeste do Rio, em busca de abrigo, até chegar a uma padaria, onde entra afobado às 19h40. Assustada, a atendente olha para ele e pergunta: “O que você está fazendo aqui, menino?”. Olhando para ela, Lucas responde: “A minha mãe foi embora com os meus irmãos, me abandonou”.
Mesmo sem conhecer o menino, ela o abriga em sua casa, dá comida e toalhas para a criança se secar e busca entender melhor a situação. Na manhã seguinte, a mulher vai à delegacia registrar uma ocorrência — uma das bases deste relato, no qual os nomes e endereços foram omitidos para preservar a identidade do garoto. A roupa molhada e os pés sujos de lama são apenas a ponta da história de Lucas.
Mudança numa carroça Dez dias antes de chegar à padaria, o garoto estava jogando bola com colegas do bairro em um campinho comunitário. Ao voltar para a casa, de apenas um cômodo, estreuou a porta aberta. Os móveis estavam desaparecidos. Lucas gritou pela mãe e pelos irmãos, em vão. Correu então até os vizinhos em busca de informações sobre a família. “Ué, eles se mudaram. O que você está fazendo aqui?”, perguntou um deles — que também prestou depoimento dentro da investigação sobre o abandono da criança.
Após colher o relato do atendente, a polícia foi até a casa do menino e confirmou o sumiço da família. Por causa da chuva, o imóvel estava alagado. Um dos agentes foi em busca de testemunhas e descobriu detalhes da mudança: a mãe havia colocado os poucos pertences em uma carroça puxada por um cavalo, pegou os dois filhos mais novos, com idades inferiores à de Lucas, e foi embora.
Do pai, ninguém sabe, nem mesmo o menino. A mãe é dependente química, conhecida na vizinhança pela quantidade de filhos — 11 ou 12, a depender de quem conta. O número, porém, diverge do disponível no sistema de nascimentos e óbitos do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ): lá, sete crianças estão registradas tendo ela como mãe.
Uma mulher tem pouco mais de 40 anos, mas, devido ao uso constante de drogas, os vizinhos a descrevem com a aparência de uma pessoa idosa. Ela morou em diferentes direções no bairro — o último conhecido é um quartinho onde dormia com os filhos. De acordo com os vizinhos, ela era vítima de violência doméstica e tentava, constantemente, afastar-se do atual namorado.
Oito meses no abrigo Sem encontrar os pais de Lucas, a polícia atribuiu o Conselho Tutelar da região e levou o garoto, por ordem da Justiça, para o abrigo Vivendas da Fé, em Guaratiba, na Zona Oeste, onde ele ficou por oito meses. Há pouco mais de 20 dias, Lucas foi integrado a uma família acolhedora, modalidade na qual a criança ou adolescente fica temporariamente sob cuidados de guardiões, até voltar para os responsáveis, ser adotado ou completar 18 anos.
A Verônica Abreu, diretora do abrigo, e outros funcionários, Lucas disse ter quatro irmãos. Apesar da idade, lê e escreve muito mal. Não estava matriculado numa escola nem com carteira de vacinação em dia. Também não tinha identidade, documento feito posteriormente pelos profissionais do local. Com as aulas oferecidas ali, ele foi, pouco a pouco, alfabetizado, e também recebeu as imunizações pendentes.
— Ele é um menino comprido, bem magrinho mesmo, aqueles que só se alimentam de macarrão com salsicha ou instantâneo. A pele é manchada, o olhar duro. A altura e a maturidade fizeram com que ele permaneceu mais velho, como se tivesse bem mais de 9 anos. Mas é só uma criança — diz Verônica.
Em abril deste ano, depois de muita procura pelos pais de Lucas, uma audiência com representantes do abrigo e da Justiça marcou a destituição do poder familiar e o encaminhamento da criança à adoção. Para não ficar no abrigo institucional, o menino, que tinha feito aniversário naquele mesmo mês, foi levado para a casa dos guardiões, onde está atualmente.
— É sempre muito difícil contar a uma criança que ela não poderá voltar aos pais. Com ele, não foi diferente. Lembro que ele me olhou, chorou calado. A lágrima descia dos olhos e ele não dizia nenhuma palavra. Voltou para o abrigo transtornado, fez confusão com outros meninos. Foi a forma que ele encontrou de extravasar. A gente se abraçou depois, tentei acalmá-lo — revela a diretora.
O abandono de Lucas é um dos 168 registrados no Módulo Criança e Adolescente (MCA), ferramenta do Ministério Público do Rio (MP-RJ). Em dezembro do ano passado, os últimos dados disponíveis, a plataforma contabilizava 1.471 menores abrigados em todo o estado. Os principais motivos são negligência (no topo do ranking), abusos sexuais, físicos e psicológicos e situação de rua.
refúgio de emergência
Cada uma das crianças e adolescentes abrigados exige uma atenção específica da Justiça e do MP-RJ, responsáveis por decidir se eles retornarão aos pais, se serão integrados à família extensa (avós, tios, primos) ou encaminhados para adoção. Em tese, eles só podem sob os cuidados do Estado por 18 meses, mas até em casos específicos — como quando nenhum pretendente aparece — esse período é prolongado.
De acordo com Sérgio Luiz Ribeiro, juiz da 4ª Vara da Infância, da Adolescência e do Idoso, os abrigos são como UTIs dos hospitais, uma instância emergencial de refúgio para crianças e adolescentes:
— O acolhimento é uma forma de proteção, uma medida adotada quando a criança ou o adolescente não tem mais para onde ir em segurança. A gente só solicita o encaminhamento do menor para um abrigo quando todas as possibilidades de mantê-lo com os pais são frustradas.
A psicóloga Luiza Martins, que atua na 4ª Vara, comenta que, atualmente, os casos de violação contra os menores são tão frequentes que há lista de espera para os programas de acolhimento. A violência, conta ela, deixa marcas profundas nas crianças, e, muitas vezes, trabalhar psicologicamente os danos deixados é um trabalho sem previsão de resultados.
— As famílias são tão violadoras que os abrigos podem se tornar o melhor lugar do mundo para as crianças. Se elas são levadas para lá, é porque todas as instituições de proteção falharam, como pais, pais, sociedade e Estado. As vítimas passam a lidar com sentimentos de rejeição, medo, raiva… E acreditam que jamais poderão ser amadas, não conseguirão — expor Luiza.
Aumento nos índices No registo de ocorrência, o crime contra Lucas foi classificado como abandono de incapaz, o mesmo feliz contra 415 menores de até 17 anos no ano passado, de acordo com o Instituto de Segurança Pública (ISP). O número representa um aumento de 14% em relação a 2021, quando foram registrados 363 casos.
Esse crime não é o único contra menores com crescimento em 2022. Além dele, o ISP também apontou expansão dos números de lesões corporais dolosas, com 4.820 crianças e adolescentes sendo vítimas no ano passado, um aumento de 30% em comparação a 2021. Já o crime de maus-tratos teve 1.075 registros em 2022, uma alta de 21%.
Ao todo, somando-se registros de lesão corporal, violação, maus-tratos e abandono de incapaz no estado do Rio, todos cometidos contra crianças e adolescentes, o total chega a 10.391. O número equivale a uma ocorrência por hora, em média.
Apesar de não ser possível relacionar os dados do instituto com os disponibilizados pelo MCA, uma vez que nem toda criança ou adolescente vítima de violência é levada para abrigos, uma situação tem preocupado ativistas da infância e juventude, como a conselheira tutelar e advogada Patrícia Félix .
— A gente, enquanto sociedade, ainda não conseguiu desconstruir a cultura de violência contra crianças e adolescentes. Não os vê como sujeitos de direito, e isso nos impede de olhá-los com respeito. É aquela situação de bater fazem bagunça, pirraça ou dá quando uma resposta contrária ao esperado. Mandar calar a boca, impedir que tenha opinião e se expressem, é deixar trancados dentro de casa, privar de liberdade e afeto — afirma Patrícia.
No programa de acolhimento atual, Lucas tem a possibilidade de ser adotado. Apesar de as chances não serem tão grandes — a idade avançou o afastamento da maior parte da lista de pretendentes para a adoção —, a remota esperança de ter uma família marca uma mudança na trajetória de abandono e abandono de sua vida. Ele não está mais à própria sorte, mas ainda aguarda por um lar.
A cantora Alcione chamou a atenção após vídeos em que canta dentro de um avião do qual era passagem que viralizou neste domingo, 6. Após uma atitude bem-humorada, ela foi aplaudida pelos presentes, que gravaram vídeos do momento em seus celulares.
Nas imagens publicadas em redes sociais, é possível ver que a artista, foi para o corredor e cantou os primeiros versos da música Não Deixe o Samba Morrer .
Na hora do refrão, o público cantou junto com ela: “Não deixe o samba morrer/Não deixe o samba acabar/O morro foi feito de samba/De samba pra gente sambar.”
A jornalista Mariana Procópio, conhecida por seu trabalho na Band, estava no mesmo voo e teve uma história em seu Instagram relatando que o voo iria de São Paulo para o Rio de Janeiro e estava atrasada.
Segundo ela, os passageiros pediram que Alcione cantasse e foram atendidos.
Banhistas que estavam na manhã deste domingo (6) na praia do rio Tapajós, no Pará, afirmam ter sido retirados do local pela segurança do presidente Lula (PT) para a permanência do petista no local.
Vídeos feitos pelo técnico em eletrotécnica Neemias Costa, 42, mostram a abordagem de agentes da Polícia Federal e a abordagem de barcos da Marinha, que fazem a escolta do presidente.
À Folha ele disse que havia sete embarcações ancoradas na praia do Araria, cada uma com cerca de 20 famílias. Ele disse que a experiência foi de saída imediata.
“Chegamos por volta de 8h30 na praia. Antes disso, ensinamos os procedimentos de passar pela Capitania Fluvial de Santarém e foi liberado o nosso barco para passeio. a gente se retira da praia, porque o barco do presidente ia ancorar lá. Ficamos chateados com isso, estávamos no nosso lazer e havíamos autorizado.”
O auxiliar de produção Fábio Monteiro, 21, disse que estava no local e confirmou a informação. “A Marinha tinha confirmado que a gente poderia ir à praia, mas depois expulsaram a gente.”
Outros dois banhistas informaram que também passaram pela mesma situação. Segundo a doméstica Adriane dos Santos, 30, o barco em que ela recebeu a abordagem dos militares com o pedido de retirada do espaço.
“A gente já tinha afixado nossas redes nas árvores quando o pessoal da Marinha chegou e falou que estava interditado, que era para todos nós sairmos de lá”, afirma.
Gleide Lucinha Castro, 42, doméstica, conta que foi a primeira vez que passou por esta situação. Ela é moradora de Santarém e afirma que já participou de outros passeios iguais na mesma praia e nunca houve necessidade de serem retirados.
“A gente saiu do Araria, fomos para uma praia próxima e nessa outra praia também teve a perturbação, não deixou a gente ficar. O barco foi para um local mais distante, aí que participou ter nosso lazer.”
Procurada, a Presidência da República não apresentou o caso. A Marinha disse, em nota, que está apurando e trabalhando para esclarecer os fatos.
A página do presidente em uma rede social divulgou neste domingo fotos dele na região.
O passeio de Lula por Alter do Chão tem sido acompanhado por agentes da Polícia Federal e da Marinha.
Não houve alteração na programação de descanso do presidente, apesar da soltura nesta sexta-feira (4) do fazendeiro Arilson Strapasson , suspeito de afirmar que daria um tiro no presidente durante visita a Santarém (PA).
Nesta segunda-feira (7), Lula participa de evento em Santarém. Em seguida, segue para Belém , capital do estado, onde participará da Cúpula da Amazônia .
Lula chegou na sexta-feira (4) em Alter do Chão. Ele está hospedado em um dos dez bangalôs da Casa do Saulo , hotel e restaurante na praia do Carapanari.
A hospedagem foi recém-criada anexa ao restaurante de Saulo Jennings, que conhece a expressão “cozinha tapajônica”, em referência à culinária com peixes típicos da região. Além do restaurante em Alter do Chão, ele mantém filiais em Belém e no Rio de Janeiro.
O custo médio da diária de um bangalô é de R$ 800. A Presidência da República e o hotel não informaram como e se a hospedagem foi cobrada.
Os dez bangalôs foram reservados para a comitiva presidencial. O espaço interrompeu as atividades para turistas neste sábado e domingo, as encerrando às 16h, quando o local voltará a ficar exclusivo para o presidente.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a lei que permite a realização da ‘ozonioterapia’ em todo o País. A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 7. A ozonioterapia é uma terapia experimental que consiste na introdução do ozônio no corpo por diferentes meios, normalmente misturado com alguns líquidos.
Em geral, é introduzido pelo reto ou pela vagina ou ainda de forma intramuscular, intravenosa ou subcutânea. O ozônio também pode ser injetado via auto-hemoterapia. Nesse caso, o sangue é retirado do paciente, exposto ao ozônio e, então, reintroduzido.
Embora esteja incluída no rol de práticas integrativas do Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2018, a técnica tinha a utilização restrita a tratamentos específicos na área odontológica. Contudo, nos últimos anos, a aplicação tem sido adotada por clínicas de estética, com a promessa de retardar o processo de envelhecimento, dentre outros usos.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) ressalta que a ozonioterapia “trata-se de procedimento ainda em caráter experimental”, que não possui reconhecimento científico para o tratamento de doenças.
Já o Conselho Federal de Farmácia (CFF) enviou carta ao presidente Lula defendendo a sanção. Os argumentos da entidade são de que a técnica é “segura”, tem “resultados comprovados” e “baixo custo”.
Na pandemia, a Prefeitura de Itajaí (SC) chegou a recomendar o uso da ozonioterapia no tratamento da covid-19 e foi alvo de críticas.
Conforme a sanção, a técnica será autorizada como um procedimento de caráter complementar, e a lei estabelece algumas condições para aplicação. O tratamento só poderá ser realizado por profissionais de saúde de nível superior, devidamente inscritos nos conselhos de fiscalização profissional.
Além disso, a aplicação da terapia só será permitida por meio de equipamentos de produção de ozônio medicinal regulamentados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou órgão equivalente. Conforme a nova legislação, os profissionais responsáveis pela aplicação da ozonioterapia terão a obrigação de informar ao paciente que o procedimento é de caráter complementar, que não substitui tratamentos médicos convencionais.
Texto original autorizava apenas médicos a usarem a ozonioterapia O Senado havia aprovado o Projeto de Lei (PL) 1.438/2022, que permite a prescrição de ozonioterapia como tratamento de saúde complementar em todo o território nacional, no dia 12 de julho. Inicialmente, o texto original autorizava apenas médicos a aplicarem essa terapia. No entanto, os deputados modificaram o texto do Senado para permitir que profissionais da saúde de nível superior, incluindo farmacêuticos, também atuem na área.
A creche tipo “B” do bairro Dr José Bezerra que teve a rejeição para se chamar “Wilma de Faria” já tem a definição de qual será seu nome. Com apoio de oito dos treze vereadores, o equipamento público irá se chamar Irmã Ananília, uma homenagem a religiosa que impressionou Currais Novos com sua bondade e altruísmo.
Nesta semana, uma polêmica tomou conta da casa legislativa com a rejeição de denominar esta mesma creche com o nome da ex-governadora. De acordo com informações de pessoas da própria Câmara, o projeto de lei para batizar o equipamento de “Irmã Ananília” já tramitava na casa, sendo concluído apenas nesta sexta-feira.
A medida tem apoio dos vereadores Edmilson Souza, Rayssa Aline, Lucieldo, Mattson, Jorian, João Gustavo, Cleyber e Iranilson.
Biografia
Iolanda Gomes de Assis, conhecida por todos como a Irmã Ananília Gomes, nasceu em Cerro Corrá. Modelo de caridade, simpatia e carisma, dotada de uma presença religiosa marcante em nossa comunidade, Iolanda viveu uma infância feliz no município de São Tomé. Mas brincou muito pelas ruas e praças de Currais Novos.
Estudou no Grupo Escolar Capitão Mor Galvão e no Educandário Jesus Menino. Ingressou na vida religiosa, na Congregação das Filhas do Amor Divino. Tornou-se professora dedicada ao jardim de infância, optando depois pela prática de educação física, durante vários anos, no Colégio Santa Teresinha, em Caicó.
Deixou de atuar no magistério e, mesmo sem muito apoio, fundou a Casa do Pobre, no dia de Sant’Ana, 26 de julho de 1992. Mas Deus estava sempre ao seu lado e como milagre, logo equipamentos, móveis e doações foram chegando. Morreu em Currais Novos em junho do ano passado.
O Ministério Público Federal (MPF) está investigando o deputado federal Vicentinho Junior, presidente do PP de Tocantins, por suspeita de uso indevido de dinheiro público. Segundo uma reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, o deputado teria utilizado recursos da cota parlamentar para comprar um carro no valor de R$ 100 mil e presenteá-lo à sua irmã.
De acordo com as informações divulgadas, o parlamentar tocantinense destinou o dinheiro da cota parlamentar para alugar o veículo e, posteriormente, utilizou uma cláusula do contrato com a locadora para adquirir o carro em nome da própria irmã, o que vai contra as normas internas da Câmara dos Deputados.
O carro em questão é um Toyota Corolla branco, modelo 2018, e a transferência da propriedade para a irmã de Vicentinho ocorreu em 29 de julho do ano passado, um dia antes do aniversário dela, e apenas após o parlamentar ter sido notificado da investigação do MPF.
A irmã do deputado é médica e possui uma clínica em Palmas. Há vídeos publicados nas redes sociais que mostram o veículo em frente ao estabelecimento, além de imagens da Polícia Federal que o mostram estacionado em uma unidade de saúde quando a médica estava de plantão.
Ao Estadão, o parlamentar disse que sempre pautou pela transparência. “Se houve equívoco em qualquer interpretação, será corrigida”, alegou. A reportagem também tentou contato com a irmã de Vicentinho, mas não houve resposta.
Já ao MPF, a defesa do deputado disse que o veículo não foi usado por sua irmã, mesmo que haja evidências em contrário, como as imagens das redes sociais e da Polícia Federal.
Vicentinho Junior é deputado federal desde 2014, filho do ex-senador e ex-deputado federal Vicentinho Alves, e aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em sua declaração de bens apresentada em 2022 à Justiça Eleitoral, o parlamentar informou possuir um patrimônio de R$ 3,7 milhões, incluindo quatro carros, várias casas e R$ 100 mil em dinheiro vivo.
A prefeitura de Currais Novos está com muita dificuldade de encontrar um nome para assumir a pasta “deixada” por Lucas Galvão há quase 40 dias. Lucas continua dando as cartas por lá, enquanto o prefeito não decide um novo nome. Um dos nomes cogitados foi o de Marcos Othon, chefe do IDIARN , filho da ex vereadora Dadá, mas as negociações não andaram e Marcos continua no IDIARN. A nova indicação do secretário de agricultura , já pode sair da união Odon/ Ezequiel . A decisão sairá próxima semana.
Os atores Cauã Reymond e Tatá Werneck estão entre os novos convocados a prestar esclarecimentos a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras, também chamada de CPI das Criptomoedas, de acordo com requerimento aprovado pela Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (2). A informação é do Valor Econômico.
A comissão investiga possíveis esquemas de pirâmides financeiras com uso de criptomoedas. Conforme a apuração parlamentar, empresas brasileiras teriam realizado fraudes utilizando a moeda digital, divulgando informações falsas sobre projetos com a promessa de alta rentabilidade. Entretanto, como resultado, os investidores teriam tido grandes prejuízos financeiros.
De acordo com o Valor, Tatá e Cauã foram convocados por terem participado de campanhas publicitárias da Atlas Quantum, empresa investigada pela aplicação de um golpe que teria arrecado cerca de R$ 7 bilhões e prejudicado mais de 200 mil pessoas. Os atores foram chamados na condição de investigados para que prestem esclarecimentos sobre suspeitas de envolvimento nas fraudes.
Além de Tatá e Cauã, conforme a Folha de S. Paulo, o apresentador da TV Cultura Marcelo Tas também deve se apresentar à CPI pelo mesmo motivo. Diante da convocação, eles serão obrigados a comparecer à sessão, que ainda deve ter sua data definida pelo presidente da CPI, o deputado Áureo Ribeiro (Solidariedade -RJ).
Ambos os portais afirmam que procuraram a assessoria dos atores, mas não obtiveram retorno.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva bloqueou a liberação de recursos públicos para a educação básica, alfabetização de crianças, transporte escolar e bolsas de estudo na mesma semana em que lançou um programa de ensino em tempo integral. A decisão atraiu críticas e cobranças ao ministro da Educação, Camilo Santana.
A tesourada no Ministério da Educação soma R$ 332 milhões e mexeu em várias ações tocadas pela pasta. O valor atingiu principalmente a educação básica (R$ 201 milhões), incluindo todo o recurso programado para o desenvolvimento da alfabetização (R$ 131 milhões) nessa área, conforme levantamento da Associação Contas Abertas com dados do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop).
Também foram atingidas verbas para a compra de veículos do transporte escolar (R$ 1 milhão) e bolsas de pesquisa no ensino superior (R$ 50 milhões).
O bloqueio significa que o dinheiro só vai ser liberado se o governo verificar que não há risco de descumprir o teto de gastos, regra fiscal em vigor, e não é possível afirmar quando isso vai acontecer. Na prática, as escolas ficam sem a garantia de receber todo o repasse esperado.
A decisão foi tomada por decreto no último dia 28. Na última terça-feira (1), um dia depois de Lula sancionar o projeto da escola integral, o corte já estava feito no MEC. Bloquear recursos do Orçamento é uma forma de evitar um furo nas contas públicas, conduta que pode até acabar em impeachment do presidente. A conta é matemática, mas o governo escolhe quais áreas serão atingidas quando precisa controlar o caixa.
“O ideal seria que os cortes ocorressem em despesas como passagens aéreas, diárias, locação de imóveis, nas férias de 60 dias do judiciário, nos super salários, na quantidade de assessores dos parlamentares e outras, mas esses cortes ou não têm escala suficiente para os os ajustes necessários ou são tidos como inviáveis politicamente”, afirmou o secretário-geral da Associação Contas Abertas, Gil Castello Branco.
A escola em tempo integral é a principal aposta do Ministério da Educação atualmente, após o governo ter revogado o programa de escola cívico-militares. A pasta anunciou que pretende incluir 3,2 milhões de estudantes no plano até 2026. O bloqueio significa que as escolas ainda devem receber o dinheiro para o ensino integral, mas podem não ter todos os recursos que esperavam para outras despesas.
“A educação mais uma vez está com a corda no pescoço. Para que as plataformas de alfabetização e educação em tempo integral de fato sejam realidade, o orçamento precisa ser integral e recomposto”, disse Alessandra Gotti, doutora em Direito Constitucional e presidente-executiva do Instituto Articule. “Não se sabe quando a situação vai ser equacionada e esse tipo de corte revela muito a prioridade que se dá.”
Procurado pela reportagem, o ministério encaminhou uma entrevista dada pelo ministro Camilo Santana ao portal UOL na quarta-feira, 2. O chefe da pasta afirmou que o bloqueio não afeta o programa de ensino integral e espera mais recursos para a educação em 2024, com a aprovação do arcabouço fiscal. O MEC não respondeu, porém, como ficarão as áreas afetadas e como pretende recompor a verba.
Bloqueio atinge emendas de bancada e deputados preparam convocação de ministro Dentro do bloqueio feito na educação, o ministério optou por segurar a liberação de R$ 155 milhões em emendas de bancada, recursos indicados pelo conjunto de parlamentares de um mesmo Estado. Esse tipo de verba é de interesse direto dos deputados e senadores e é negociado com as bases eleitorais. O bloqueio mexe com 15 bancadas estaduais e acontece justamente no momento em que o presidente Lula negocia entregar mais ministérios e cargos para o Centrão em troca de apoio político no Congresso.
A decisão foi criticada pelo presidente da Comissão de Educação da Câmara, Moses Rodrigues (União-CE). Deputados preparam um pedido de convocação do ministro para explicar a situação. O assunto deve ser discutido pelos deputados na semana que vem. “O que está no Orçamento já é o mínimo do mínimo e, quando você corta, traz um prejuízo muito grande para a educação. A nossa expectativa é que os recursos possam retornar”, afirmou Rodrigues.
O coordenador da bancada de Minas Gerais, deputado Luiz Fernando Faria (PSD-MG), principal impactada, afirmou que a decisão gera insegurança para instituições de ensino que esperam os recursos, mas acredita que o dinheiro vai ser liberado até o fim do ano. O governo segurou R$ 51 milhões indicados pelo grupo mineiro para institutos e universidades federais no Estado. “Gera uma insegurança. Os reitores, as universidades e os institutos ficam todos inseguros.”