Talibã queima instrumentos musicais em fogueira por considerá-los ‘imorais’

As autoridades do Taleban acenderam uma fogueira em uma província do oeste do Afeganistão neste fim de semana e jogaram instrumentos musicais e equipamentos nas chamas, por considerarem a música algo “imoral”.

“Promover a música leva à corrupção moral e tocar música enganando os jovens”, disse Aziz al-Rahman al-Muhajir, chefe do Ministério para a Promoção da Virtude e Supressão do Vício na província ocidental de Herat, onde a fogueira foi acesa.

Desde que chegou ao poder, em agosto de 2021, o Taleban impôs uma série de leis que refletem sua visão rigorosa do Islã, incluindo a vigilância de tocar música em público.

Muitos dos equipamentos musicais que queimaram no sábado 29 foram confiscados dos salões de casamento da cidade.

Entre os instrumentos tocados na fogueira estava um violão, uma harpa, outros dois instrumentos de cordas e uma tablá (tambor).

Mulheres não podem mais frequentar universidades
Além da música, as mulheres são as principais vítimas das novas leis impostas pelos talbans, com a sua exclusão da maioria das escolas de ensino médio, universidades e da administração pública.

As mulheres também não podem trabalhar para organizações internacionais, visitar parques, jardins, academias ou banheiros públicos, ou viajar sem estar concomitantes por um parente do sexo masculino. Elas também devem ser totalmente cobertas ao sair de casa.

Milhares de salões de beleza fecharam definitivamente na última terça-feira, após a entrada em vigor de um decreto. Os institutos dirigidos com frequência por mulheres também eram sua única fonte de renda.

Carta capial

Postado em 31 de julho de 2023

Saiba quais são os sete empregos que causam mais infelicidade, de acordo com Harvard

Ao longo da vida, as pessoas procuram encontrar a felicidade, que pode estar nas relações pessoais e, em algumas ocasiões, até no trabalho. No entanto, um estudo de Harvard revelou que nem todos os empregos podem gerar este sentimento — e, em algumas ocasiões, podem até causar o extremo oposto.

Para descobrir este dado, a Universidade de Harvard conduziu um estudo desde 1983 com mais de 700 profissionais. O objetivo era determinar quais fatores são capazes de aumentar ou diminuir a felicidade no trabalho. Como resultado, descobriram que as profissões mais infelizes são, também, as mais solitárias.

Isso porque, segundo os pesquisadores, as tarefas solitárias fazem com que as horas de trabalho pareçam mais longas. A falta de interações sociais também afeta negativamente a saúde, situação que costuma se agravar, de acordo com o estudo, quando se adicionam rotações ou turnos noturnos.

Nesse sentido, a Universidade de Harvard estabeleceu que estes são os sete empregos que geram maior insatisfação nos trabalhadores:

Entregadores

Motoristas de caminhões de longa distância

Guardas de segurança

Trabalhos com horários diurnos ou noturnos

Trabalhos remotos

Atendimento ao cliente

Comércio varejista

Na lista, há trabalhos que oferecem serviço ao cliente. Na pesquisa, é explicado que isso se deve às interações negativas, uma vez que é difícil lidar com pessoas impacientes ou com problemas constantes. É por isso que os funcionários costumam se sentir mais frustrados e estressados.

— Nós sabemos que pessoas em call centers estão comumente estressadas, principalmente porque elas ficam no telefone o dia todo com clientes frustrados e impacientes — disse Robert Waldinger, diretor da pesquisa, ao “CNBC Make It”.

Socializar faz bem para a saúde mental
A pesquisa também aborda a importância das relações interpessoais no trabalho, que podem ajudar a aliviar o sentimento de solidão, além do estresse que pode ser gerado por um dia cansativo. Waldinger ressalta que as expectativas do líder de uma equipe também são relevantes.

— Se você é incentivado a trabalhar em equipe, a construção de relações é facilitada. O mesmo não acontece se o esperado é que o funcionário trabalhe sempre sozinho ou que entre em competição com os colegas — afirmou o pesquisador, destacando que as relações no ambiente de trabalho devem ser levadas em consideração na hora de buscar um emprego, assim como se faz com outros benefícios.

Folha de PE

Postado em 31 de julho de 2023

Desenrola Brasil já tirou do negativo 6 milhões de dívidas. Veja os próximos passos

O Desenrola Brasil , programa do governo para reduzir o endividamento das famílias, terminou a sua primeira fase na última sexta-feira com 6 milhões de dívidas retiradas dos registros de negativados. Os dados foram informados com o GLOBO.

— Passamos de 6 milhões de desnegativações de dívidas de até R$ 100. O fato de alguns bancos terem feito isso gerou uma pressão competitiva para que outros fizessem — diz o secretário de Reformas Econômicas, Marcos Barbosa Pinto.

O secretário explica que não é possível afirmar se os 6 milhões de débitos retirados equivalem ao mesmo número de pessoas, já que um mesmo CPF pode ter mais de uma dívida cadastrada. Os birôs de crédito, que concentram os registros, não podem compartilhar dados de CPFs.

O secretário avalia que os bancos estão disputando o espaço que será liberado no orçamento das famílias, para conceder novos subsídios:

— Temos visto bancos que, apesar de não terem o benefício regulatório que nós estamos dando para fazerem a renegociação estão fazendo ofertas para a população.

O Desenrola entrou em vigor com dois objetivos inicia. O primeiro é tirar do cadastro negativo as pessoas com dívidas de até R$ 100 em 31 de dezembro de 2022. O segundo é conceder crédito tributário para que bancos renegociem dívidas de negativados com renda de até R$ 20 mil.

Contas de luz e água
A terceira fase está prevista para setembro e incluirá as contas de itens essenciais, como água e luz, e dívidas com varejistas. Dívidas bancárias e não bancárias de até R$ 5 mil, para quem ganha até dois salários mínimos, entrarão em uma espécie de leilão, em uma plataforma virtual criada pelo governo.

As empresas e os bancos precisarão oferecer as melhores condições para os consumidores, para assim conseguir renegociar as dívidas com garantia totalmente coberta pelo governo através do Fundo Garantidor de Operações (FGO). Segundo o secretário, os varejistas já estão aguardando antecipadamente antes do lançamento da terceira fase.

— Temos observado que há varejistas, que não estão na segunda fase, fazendo ofertas bem interessantes para o público. É uma pressão competitiva para oferecer mais para a população.

O que é o Desenrola Brasil?
O Desenrola Brasil é uma iniciativa voltada para a renegociação de dívidas de pessoas físicas com renda de até R$ 20 mil. Ele foi criado pelo governo federal em parceria com instituições financeiras, por meio da Medida Provisória nº 1.176/2023.

Uma portaria publicada no dia 14 de julho define regras para diferentes públicos que serão atingidos pelo programa. Num primeiro momento, poderão ser renegociadas dívidas bancárias. Dívidas de consumo, como luz, água, poderão ser renegociadas em setembro.

Como participar do Desenrola Brasil?
Há três públicos no programa. O primeiro é aquele dos brasileiros com dívidas de até R$ 100, que teve o nome limpo automaticamente. Veja abaixo os dois outros grupos e as dívidas que podem e que não podem ser negociadas.

Faixa 1

Fazem parte da faixa 1 do Desenrola pessoas com renda mensal de dois até ingressos mínimos ou inscritas no Cadastro Único (CadÚnico). Poderão ser renegociadas dívidas de até R$ 5 mil, feitas entre 1º de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2022.

Para elas, a solução elaborada pelo governo é a implementação de uma plataforma digital, a partir de setembro, na qual os bancos vão disputar as dívidas em uma espécie de leilão, na qual sai vencedor quem oferecer as condições mais vantajosas.

O programa não abrange os seguintes casos:

dívidas com garantia real;
dívidas de crédito rural;
dívidas de financiamento imobiliário;
operações com financiamento ou risco de terceiros.
Faixa 2

Fazem parte da faixa 2 os brasileiros com renda de até R$ 20 mil e que têm dívidas até 31 de dezembro de 2022 que continuam ativas. Neste grupo, o programa não atenderá renegociações de dívidas dos seguintes tipos:

dívidas de crédito rural;
dívidas com garantia da União ou de entidade pública
dívidas que não tenham o risco de crédito integralmente assumido pelos agentes financeiros;
dívidas com qualquer tipo de previsão de aporte de recursos públicos;
débitos com qualquer equalização de taxa de juros por parte da União.
Os brasileiros enquadrados na faixa 2 não poderão renegociar as dívidas com lojas ou prestadoras de serviços públicos, como água e luz. As dívidas não bancárias serão englobadas apenas para aqueles que estão na faixa 1.

Quem tem dívida de R$ 100 terá dívida perdoada?
Não. O Desenrola Brasil limpou automaticamente o nome das pessoas que têm dívida de até R$ 100. Inicialmente, a estimativa era que isso atingisse R$ 1,5 milhão de pessoas. Mas o número de beneficiários pode ter sido maior, pois no balanço foram 6 milhões de dívidas retiradas do negativo. Essas pessoas também terão de renegociar suas dívidas. Caso não honrem seus compromissos, ficaram com nome sujo de novo.

o globo

Postado em 31 de julho de 2023

O Vereador Iranilson Medeiros participou do ato de filiação do partido Rede Sustentabilidade.

Na última sexta-feira (28), o Vereador Iranilson Medeiros participou do ato de filiação do Vereador de Natal Eribaldo Medeiros ao Rede Sustentabilidade. Eribaldo chega ao partido com grande propriedade, uma vez que conduz um mandato pautado pelos valores defendidos pela Rede, e, sem dúvida alguma, contribuirá significativamente para o crescimento de nossa agremiação. Na ocasião esteve presente na Câmara Municipal de Natal.

Postado em 31 de julho de 2023

Brasil tem menos servidores que EUA, Europa e países vizinhos

No debate da reforma administrativa, que está parada no Congresso, ganhou força o argumento de que o Estado brasileiro está inchado. Quem estuda o serviço público afirma que é preciso revisar o concurso público, reformular as carreiras existentes, adaptar o efetivo às mudanças no mercado de trabalho e aprimorar a avaliação de desempenho. No entanto, refuta a ideia de que haja excesso gente na máquina pública.

“É um verdadeiro mito essa concepção de explosão na força de trabalho do serviço público no Brasil. Uma simples comparação internacional mostra isso”, diz o pesquisador Félix Lopez, um dos coordenadores do Atlas do Estado Brasileiro, plataforma do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) que reúne dados sobre servidores públicos.

Dos 91 milhões de trabalhadores brasileiros, 11,3 milhões estão atuando no setor público com diferentes tipos de contratação. Representam 12,45% do total.

O número é parecido com o do México, onde 12,24% atuam no serviço público. Mas é menor que o dos Estados Unidos. O país que é referência global de valorização da iniciativa privada tem 13,55% dos trabalhadores no setor público.

A fatia também é maior no vizinho Chile. Nesse país, muito citado pelas reformas liberais, que reduziram o peso do Estado, os servidores representam 13,10% da força de trabalho.

Mais que os números, é fundamental levar em conta a política pública de cada país, diz Félix Lopez. “O Brasil é ambicioso em suas políticas de universalização de saúde e educação, o que demanda mais gente. Ainda assim está no nível intermediário na comparação internacional.”

O efetivo brasileiro está bem atrás das nações que optaram pelo Estado de bem-estar social na Europa: os servidores representam 30,22% dos trabalhadores na Noruega, e 29,28% na Suécia.

Na média dos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), os funcionários públicos são 23,48% do total de trabalhadores.

O número de servidores no Brasil teve crescimento exponencial, da ordem de 400%, nos municípios, desde o início dos anos 1990, alta que ocorreu para atender os serviços de saúde, educação e assistência social previstos na Constituição de 1988, diz o pesquisador.

Ele aponta que professores, médicos e enfermeiros somam 40% do funcionalismo municipal: “A expansão foi conectada à demanda da sociedade, ou da Constituição, como queiram nomear, mas o fato é que foi feita para atender à população”.

folhadespaulo

Postado em 31 de julho de 2023

Pedro diz que tomou soco de preparador de Sampaoli e vai a delegacia em BH

Pedro, do Flamengo , afirmou ter sido agredido por Pablo Fernandez, preparador físico da comissão de Jorge Sampaoli, após uma partida contra o Atlético-MG em Belo Horizonte — o jogador iniciou na reserva e não chegou a ser utilizado.

O que aconteceu
O atacante falou que tomou um soco no rosto “sem motivo” pelo membro da comissão técnica do Flamengo.

Ele alegou que a “covardia física se sobrepôs diante da covardia psicológica” pela qual vem passando nos últimos tempos.

Segundo apurou o colunista do UOL Mauro Cezar Pereira, Pedro deixou o Independência rumo a uma delegacia de Belo Horizonte para o BO (Boletim de Ocorrência). Ele permanecerá no local mesmo em caso de necessidade de exame de corpo de delito.

Marcos Braz, vice-presidente de futebol do Flamengo, está acompanhando o atacante.

Internamente, o clima é tenso: os jogadores já avisaram que ninguém treinará se o preparador estiver no CT amanhã.

Veja o que Pedro postou
Poderia estar aqui falando dos minutos reduzidos recebidos nos últimos jogos, mas o que aconteceu hoje foi mais grave do que pode acontecer dentro das quatro linhas. Covardemente, sem motivo e inexplicavelmente, fui agredido, com um soco no rosto, por Pablo Fernandez, membro da comissão técnica do Sampaoli.

A covardia física se sobrepôs diante da covardia psicológica que tenho sofrido nas últimas semanas.

Alguém que se acha no direito de concordar o outro não merece respeito de ninguém. Já passei por muitas provações aqui no Flamengo, mas nada se compara com a covardia sofrida de hoje.

Que Deus perdoe uma pessoa que, em pleno 2023, acha que uma agressão física pode resolver qualquer problema. Obrigado JESUS ​​pelo ensinamento, dando outra cara.

Pai e mãe, obrigado pela educação que me deram.

UOL

Postado em 30 de julho de 2023

Governo bloqueia R$ 1,5 bi do orçamento; Saúde e Educação são as áreas mais afetadas

Os ministérios da Saúde e Educação ficaram com 52,3% do novo bloqueio orçamentário de R$ 1,5 bilhão feito pelo governo federal. O contingenciamento das despesas discricionárias foi de R$ 452 milhões na Saúde e R$332 milhões na Educação.

A medida foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União na noite da sexta-feira (28).

Em 2023, os bloqueios no orçamento da União somam R$ 3,2 bilhões, feitos para cumprir o teto de gastos. O bloqueio adicional já tinha sido anunciado pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento na semana passada, em 21 de julho.

Os R$ 3,2 bilhões contingenciados não atingem gastos obrigatórios, apenas os discricionários, que são aqueles que o governo pode decidir o melhor momento para destinar o dinheiro.

O Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 3º bimestre, que apresentou o bloqueio, também alterou a estimativa de déficit primário total de 2023 para R$ 145,4 bilhões. No relatório bimestral anterior a estimativa de rombo total era de R$ 136,2 bilhões.

Além de Saúde e Educação, o novo bloqueio de R$1,5 bilhão atingiu os orçamentos de outras oito pastas. Confira:

Saúde: R$ 452 milhões;
Educação: R$ 333 milhões;
Transportes: R$ 217 milhões;
Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome: R$ 144 milhões;
Cidades: R$ 144 milhões;
Meio Ambiente: R$ 97,5 milhões;
Integração e Desenvolvimento Regional: R$ 60 milhões;
Defesa: R$ 35 milhões;• Cultura: R$ 27 milhões;
Desenvolvimento Agrário: R$ 24 milhões.
Em maio, o governo federal fez o primeiro bloqueio, no valor de R$ 1,7 bilhão, e os ministérios mais atingidos foram o de Cidades, Transporte e Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. Na ocasião, Saúde e Educação foram poupadas.

CNN

Postado em 30 de julho de 2023

Toco: saiba quem é o japonês que gastou R$ 72 mil para se ‘tornar’ um cachorro

Um youtuber japonês, que responde pelo apelido de “Toco”, tem chamado a atenção nas redes sociais, nos últimos dias, após gastar R$ 72 mil em uma fantasia hiper-realista de cachorro. A vestimenta da raça border collie, feita sob medida, é esbanjada nos 37 vídeos já publicados por ele em seu canal no Youtube. O perfil “eu queria ser um animal”, criado em abril de 2022, conta com 32,5 mil inscritos e mais de 11,3 milhões de visualizações.

Apesar de compartilhar momentos agindo como sua raça canina preferida e documentar a transformação, Toco nunca mostrou o rosto aos seguidores, nem apareceu na câmera sem seu traje. A roupa, segundo o site Sports Keeda foi comprado na Zeppet, uma agência japonesa conhecida por criar esculturas e maquetes para filmes. A empresa levou 40 dias para prepará-lo, e Toco afirma que ainda tem feito retoques para aperfeiçoá-lo.

“Meu nome é Toco, eu queria ser um animal e me tornei um collie”. É assim o japonês se apresenta nas redes sociais, em referência à raça de cachorro que ele “se transformou”.

Nas imagens, ele aparece realizando ações típicas de um cachorro, como rolar no chão, brincar no quintal e comer em uma tigela. O homem alega que que gosta de fazer coisas que os cães geralmente fazem, porque isso o faz se sentir como um animal de estimação de fato Além disso, ele mencionou que esse era um sonho de infância.

Todo o investimento na fantasia, no entanto, é um fato que ele mantém às escondidas dos amigos e pessoas próximas de seu convívio. Segundo o japonês, ele não releva o hobby para quase ninguém por medo de ser julgado.

— Não quero que meus hobbies sejam conhecidos, especialmente pelas pessoas com quem trabalho — disse.

GLOBO

Postado em 30 de julho de 2023

Covid-19: cientistas descobrem variante “mais mutante já vista” do vírus na Indonésia; entenda

Cientistas descobrem uma variante nova da Covid-19 na Indonésia tida como ‘a mais mutante’ que já viram. A versão, coletada de um cotonete de um paciente em Jacarta, tem 113 mutações únicas – para comparação, a ômicron carrega cerca de 50 mutações – trinta e sete das alterações afetam a proteína spike, estrutura onde o coronavírus usa para se prender aos humanos.

Apesar do número, até o momento, cientistas afirmam que a cepa não oferece risco nenhum aparente e, mesmo que existisse, não levaria o mundo a precisar de qualquer tipo de bloqueio. O número grande de mutações refere-se a enorme capacidade de transformação do vírus, mas não tem relação com a transmissibilidade ou agressividade.

Acredita-se que o novo vírus seja gerado por um caso de infecção crônica. Ou seja, quando o paciente ao invés de vencer o vírus em algumas semanas, sofre uma infecção prolongada que pode durar meses. Elas geralmente ocorrem em pessoas com sistema imunológico comprometido, como portadores do vírus HIV ou pacientes em tratamento contra o câncer, o que os torna menos capazes de combater o vírus com sucesso.

Essas infecções, entretanto, preocupam os cientistas porque criam as condições perfeitas para a mutação do Covid-19, potencialmente permitindo que ele passe pelas defesas do corpo. Isso poderia, teoricamente, criar uma cepa mais capaz de driblar a imunidade natural do corpo, ou a das vacinas. As mutações na proteína spike, como as da cepa recém-observada, são as que mais preocupam os especialistas.

“Este vírus continua a nos surpreender e ser complacente é perigoso. À medida que o vírus se espalha e continua a sofrer mutações, inevitavelmente resultará em infecções graves nos mais vulneráveis e também aumentará o peso das consequências de longo prazo da infecção”, disse, Lawrance Young, virologista da Universidade de Warwick.

Pesquisadores afirmam que essa mutação estendida pode ser prejudicial para o próprio vírus, visto que ele pode não crescer bem, devido a quantidade de carga genética mutante, e apresentar um baixo risco à população. Porém, eles também reconhecem que ainda é cedo tirar conclusões.

Detalhes sobre o paciente do qual a amostra foi coletada, sua saúde atual, idade e sexo não foram revelados.

Fim da emergência sanitária
Em maio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que estava encerrada a emergência declarada para a Covid-19 há mais de três anos, um marco no surgimento intermitente da pandemia que matou milhões de pessoas em todo o mundo e mudou a vida cotidiana em condições antes inimagináveis.

— Com grande esperança, declaro a Covid-19 encerrada como uma emergência de saúde global — disse o diretor-geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Globalmente, houve 765.222.932 casos confirmados de Covid, incluindo 6.921.614 mortes, relatadas à OMS em 3 de maio. Mas esses números são uma grande subestimação do verdadeiro número da pandemia. Pesquisadores independentes estimaram que a contagem real de mortes do vírus é muitas vezes maior.

Muitos países já encerraram seus estados de emergência por Covid e se afastaram de quase todas as restrições de saúde pública implementadas para controlar o vírus. Os Estados Unidos suspenderam sua emergência da Covid também em maio. O vírus continua a ter status de pandemia de acordo com a OMS, assim como o HIV.

Folha PE

Postado em 30 de julho de 2023

Mineiro que teria 127 anos ao morrer pode ter sido o homem mais velho que já existiu

O homem mais velho que já viveu no mundo pode ser brasileiro. José Paulino Gomes teria nascido em 4 de agosto de 1895, segundo registros do cartório Silva, o único da cidade de Pedra Bonita, na Zona da Mata, em Minas Gerais. Ele morreu nesta sexta-feira, 28, o que o faria ter 127 anos, segundo informou o G1. A data é incerta, isso porque o homem teria se registrado anos mais tarde depois de seu nascimento, com uma data antiga.

“No interior aqui, geralmente, as pessoas são registradas quando já estavam mais velhas. Tem vários casos com a documentação errada. Mas a documentação dele foi abaixo do que ele tinha. Tem uma senhora aqui perto de 98 anos. Ela fala que ele quando ele já era um rapazinho. Foi quando a gente teve a curiosidade de confirmar a idade e procurou o cartório para saber qual era a certa. Com certeza mais de 100 anos ele tinha, pelo menos 110. Agora a gente precisa saber como vai ficar na certeza de óbito”, disse a neta Eliane Ferreira em entrevista ao G1.

Se confirmada a história, seu José poderia ser considerado o humano mais velho do mundo. A atual recordista pelo Guinness World Records é a espanhola Maria Branyas Morera, de 115 anos. A história do senhor de Minas Gerais é semelhante à da francesa Jeanne Calment, falecida em 1997, aos 122 anos, cuja verdadeira idade continua incerta.

Em 2018, os investigadores russos conseguiram uma possível fraude que a descartavam como a mulher mais velha do mundo. A tese apresentada por eles foi a de que a francesa, que ficou famosa no final do século XX por sua idade avançada, não era Jeanne, mas sua filha, Yvonne Calment.

Porém, um ano depois, em 2019, os investigadores suíços verificaram a idade da francesa e informaram que “crível” que ela tinha 122 anos quando morreu em 1997. Para sustentar suas tentativas, os autores recuperaram documentos históricos, incluindo um artigo publicado na imprensa local em 1934 em Arles, onde Calment residia, comprovando que uma “multidão” compareceu ao funeral de Yvonne, filha de Jeanne, que morreu aos 36 anos.

Os investigadores suíços acham difícil de imaginar que nenhuma testemunha não tenha notado a fraude de identidade, que teria necessitado da cumplicidade de dezenas de pessoas.

Tanto seu José, quanto Calment, são pessoas do século XIX. Se o mineiro nasceu realmente em 1895, ele tinha 19 anos quando o telefone foi inventado. Quando os primeiros computadores portáteis (PC) acreditavam ser vendidos em 1977, ele já tinha mais de 80 anos. E cravava 93 quando a internet chegou ao Brasil, em 1988. Ou seja, além de ser outra época, os documentos eram feitos de papel, por escrito, e guardados em pastas antigas de cartórios em cidades pequenas. Se hoje, com o digital, já é difícil lembrar onde está um documento específico, imagina uma certidão de nascimento do final do século XIX. O que faz essa conclusão de um dado de nascimento específico ser perdido no tempo.

Outra brasileira que não teve uma idade reconhecida no livro dos Recordes é Josefa Maria da Conceição, morta aos 121 anos. A alagoana, conhecida também como “Dona Josefa” estava sendo avaliada pelo Guinness Book para reconhecimento do título, de acordo com a prefeitura da cidade. Em 2019, o prefeito de Pilar, Renato Filho (MDB), chegou a fazer contato com o livro dos registros no Brasil para tentar registrar a marca.

Confira a lista atual, divulgada pelo LongeviQuest, que diz ser o principal banco de dados sobre a vida e as idades das pessoas mais velhas do mundo:

Maria Branyas Morera, EUA, 4 de março de 1907 (115 anos)
Fusa Tatsumi, Japão, 25 de abril de 1907 (115 anos)
Edie Ceccarelli, EUA, 5 de fevereiro de 1908 (114 anos)
Tomiko Itooka, Japão, 23 de maio de 1908 (114 anos)
Inah Canabarro Lucas, Brasil, 8 de junho de 1908 (114 anos)
Hazel Plummer , EUA, 19 de junho de 1908 (114 anos)
Nina Willis, EUA, 14 de janeiro de 1909 (114 anos)
Ushi Makishi , Japão, 15 de fevereiro de 1909 (114 anos)
Juan Vicente Pérez Mora, Venezuela, 27 de maio de 1909 (113 anos)
Elizabeth Francis, EUA, 25 de julho de 1909 (113 anos).

O GLOBO

Postado em 30 de julho de 2023

Crianças que cochilam muito têm vocabulário menor, revela estudo

Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de East Anglia, no Reino Unido, revelou uma interessante relação entre as sonecas de bebês e crianças pequenas e o desenvolvimento do vocabulário e das habilidades cognitivas deles.

Segundo a pesquisa, publicada nesta sexta-feira (28) no periódico científico JCPP Advances, crianças que tiram muitas sonecas têm vocabulário menor e habilidades cognitivas menos desenvolvidas.

O trabalho, realizado com 463 bebês e crianças entre 8 meses e 3 anos durante o período de lockdown, em 2020, pode trazer importantes reflexões para os pais e cuidadores.

De acordo com a líder da pesquisa, Teodora Gliga, o estudo revelou que a soneca funciona como uma espécie de compensação para crianças com menos vocabulário e habilidades cognitivas, já que o sono é o momento em que consolidam o aprendizado.

“A frequência com que uma criança cochila reflete sua necessidade cognitiva individual. Alguns são mais eficientes na consolidação de informações durante o sono, por isso cochilam com menos frequência. Crianças com vocabulário menor ou uma pontuação mais baixa em uma medida de função executiva cochilam com mais frequência”, explicou.

O estudo ainda identificou diferenças na estrutura do sono diurno das crianças. Bebês com sonecas mais frequentes, porém mais curtas do que o esperado para sua faixa etária, também apresentaram menor vocabulário e pior função cognitiva.

Além disso, a relação negativa entre a frequência das sonecas e o vocabulário foi ainda mais acentuada em crianças mais perto dos 3 anos de idade.

Importância de respeitar as necessidades individuais
Os resultados da pesquisa mostram que é fundamental respeitar as necessidades individuais de sono das crianças. Reduzir as sonecas de crianças que precisam delas não vai melhorar-lhes o desenvolvimento cerebral, de acordo com Teodora.

“Crianças pequenas cochilam naturalmente pelo tempo que precisam e devem ter permissão para fazer exatamente isso”, salientou.

O estudo também observou que o contexto da pandemia teve influência nos padrões de sono das crianças. Com as creches fechadas, os pesquisadores puderam estudar as necessidades intrínsecas de sono das crianças sem as perturbações causadas por atividades diárias fora de casa.

Além disso, foi notado que pais de origem socioeconômica mais baixa relataram uma piora no sono de seus filhos durante esse período.

Com base nos resultados, os pesquisadores sugerem que os cuidadores devem estar atentos às necessidades individuais de sono das crianças.

Cada criança é única e pode ter ritmos de sono diferentes. A idade mental deve ser levada em consideração, em vez da idade cronológica, para determinar as necessidades de sono da criança. Assim, é possível fornecer um melhor suporte ao desenvolvimento mental delas.

O momento do sono é essencial para o desenvolvimento de crianças. De acordo com o psiquiatra e especialista em sono Thanguy Friço, em entrevista ao R7 em 2022, o momento é importante nessa fase e na adolescência pois ativa dois hormônios fundamentais: o GH, responsável pelo crescimento; e a melatonina, responsável por regular o relógio biológico das pessoas, além de ajudar no desenvolvimento cognitivo, que facilita o aprendizado, na consolidação de memória, nas alterações de humor, perda de atenção e no sistema imunológico, que afeta a saúde de uma maneira geral. Veja a seguir 7 dias para auxiliar no sono das crianças:

R7

Postado em 30 de julho de 2023

Polishop fecha 100 lojas e enfrenta processos por aluguéis atrasados

A Polishop já fechou pelo menos 100 unidades em shopping centers nos últimos meses, num movimento de reestruturação do negócio, e virou alvo de processos e ações de despejo. Desde 2022, os centros de compras moveram 30 processos contra a rede por falta de pagamento de aluguéis, que totalizam algo em torno de R$ 9 milhões. As ações tramitam no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

De acordo com informações divulgadas em janeiro deste ano, a Polishop tinha cerca de 3 mil funcionários e 280 lojas nos principais shoppings do País, além de quiosques. Hoje, são 122 unidades e 1,5 mil empregados. A varejista tem ainda centros de distribuição, fábrica em Manaus (AM) e seis canais próprios de TV.

Para Luiz Marinho, sócio-diretor da Gouvêa Malls, a Polishop integra um grande grupo de empresas que não conseguiram desenvolver a eficiência operacional e a digitalização necessárias para manter suas operações em crescimento, e que tiveram de reduzir significativamente sua presença em shopping centers. Marinho diz que o mix de lojas desses centros vem mudando, e hoje são ancorados por restaurantes, academias e consultórios médicos, entre outros.

“O varejista que não consegue operar de forma eficiente, seja por não modernizar o modelo de negócio ou por estar em um segmento de alta concorrência digital, vai se encalacrar com recursos escassos e precisará revisar os negócios para sobreviver. Vemos isso repetidamente, com Tok&Stok e Marisa”, disse o especialista.

Necessidade

Em entrevista ao Estadão, João Appolinário, fundador e presidente da Polishop, minimiza os problemas enfrentados pela rede. Segundo ele, a reestruturação do negócio foi necessária para lidar com o momento atual do varejo e que irá retomar a expansão por meio de franquias em breve, um plano que ficou congelado durante a pandemia de covid-19.

Appolinário disse ainda que a dívida com os shopping centers seria baixa e não ameaçaria o negócio. A inadimplência, acrescentou, seria resultado de negociações duras, e não de falta de dinheiro. “Se eu soubesse que daria tanto problema, já tinha mandado pagar tudo”, disse.

O empresário afirmou também que tem evitado ao máximo as demissões e que, quando isso acontece, tem quitado em dia as rescisões de funcionários. O executivo não divulga números, mas disse que precisou injetar capital na empresa em razão da escassez ou do encarecimento do crédito dos bancos para as varejistas. Com isso, a companhia optou por aumentar de 20% para 50% a quantidade de produtos de marcas próprias, e passou a fazer testes para o lançamento de franquias de lojas de rua nos próximos meses.

“Temos negociações com shopping centers. Tínhamos mais de 200 lojas e reduzimos esse número. As negociações nem sempre são fáceis com os shoppings maiores. Temos resolvido isso, mas temos discordado de algumas cobranças”, afirmou o empresário, reconhecendo que o setor do varejo mudou bastante. “A vacância nos shoppings está grande.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Postado em 30 de julho de 2023

Relatórios podem reforçar investigações contra Bolsonaro sobre a pandemia

Relatórios de inteligência elaborados durante o governo Jair Bolsonaro (PL) sobre a Covid-19 podem reforçar apurações sobre a conduta do ex-presidente no combate à pandemia. Revelados pela Folha de S. Paulo, os documentos alertam sobre aceleração dos contágios e mortes e apontam a vacina e o distanciamento como medidas efetivas contra a doença.

Ex-juíza do TPI (Tribunal Penal Internacional), Sylvia Steiner afirma que os documentos podem reforçar a leitura de que a conduta de Bolsonaro e de seus auxiliares não foi “simplesmente de descaso, foi uma conduta dolosa”. “Se ficar comprovado que os documentos chegaram ao conhecimento do presidente e demais autoridades da saúde, confirma o conhecimento prévio e a intenção de ignorar esses fatos”, disse Steiner, que integrou a comissão de juristas que atuou na CPI da Covid.

Fora da Presidência, Bolsonaro ainda é pressionado por apurações sobre a Covid. O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), anulou neste mês uma decisão da Justiça Federal que havia arquivado parte de uma investigação sobre irregularidades cometidas pelo ex-presidente na pandemia.

O senador Humberto Costa (PT-PE) informou, nessa sexta (28/7), que acionou o Ministério Público que atua junto ao TCU (Tribunal de Contas da União) e a Procuradoria da República no Distrito Federal para que apurem novas informações sobre a conduta de Bolsonaro no enfrentamento à Covid-19.

A iniciativa teve como base reportagem publicada na Folha de S.Paulo que mostrou que agentes de inteligência do governo Bolsonaro elaboraram mais de mil relatórios sobre a pandemia. Para Alexandre Wunderlich, professor de direito penal que também fez parte do grupo de juristas da CPI da Covid, o relatório da comissão de inquérito do Senado já havia apontado “fatos objetivos, e infelizmente os órgãos de controle não deram a repercussão jurídica devida”.

“Foram revelados fatos graves, especialmente sobre a compra de vacinas. As ocultações dos relatórios [da Abin] só comprovam a necessidade de apuração e de responsabilização dos agentes públicos”, disse ele.

Os documentos projetaram o aumento no número de casos e mortes no Brasil, enquanto o ex-presidente boicotava medidas de combate à Covid-19 e o acesso às vacinas. Para o petista Humberto Costa, que fez parte da CPI da Covid, Bolsonaro “agiu deliberadamente e com dolo para provocar danos à saúde da população brasileira e por consequência danos expressivos ao erário”.

“Esse genocida tem de ser condenado tantas vezes quantas forem necessárias para que pague pelos incontáveis crimes que cometeu contra o nosso povo”, afirmou em seu perfil no Twitter.

Para Costa, é inadmissível que Bolsonaro tenha ignorado as informações “com ações e omissões deliberadas, gerando sem dúvida alguns milhares de mortes e agravos à saúde dos brasileiros”. Ele também disse à reportagem que o governo do ex-presidente se recusou a entregar informações fundamentais à CPI, “apesar dos reiterados pedidos que fizemos”.

Mantidos em sigilo durante a gestão passada, os documentos com carimbos da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), GSI (Gabinete de Segurança Institucional) ou sem identificação de autoria foram produzidos ao menos de março de 2020 a julho de 2021.

Eles reforçam que Bolsonaro ignorou, além das recomendações do Ministério da Saúde, as informações que eram levantadas por agentes de inteligência e dentro do próprio Palácio do Planalto.

Os agentes da Abin e do GSI citam o distanciamento social e a vacinação como formas efetivas de controlar a doença, mostram estudos que desaconselham o uso da cloroquina e alertam sobre possibilidade de colapso da rede de saúde e funerária no Brasil.

Os relatórios ainda reconhecem falta de transparência do governo Bolsonaro na divulgação dos dados da pandemia, além de lentidão do Ministério da Saúde para definir estratégias de testagem e combate à doença.

Durante a pandemia, o GSI era comandado pelo general Augusto Heleno, enquanto a Abin estava sob chefia de Alexandre Ramagem, atual deputado federal pelo PL do Rio. Ambos eram aliados fiéis de Bolsonaro e foram procurados pela reportagem, mas não se manifestaram.

Os ex-ministros Braga Netto (Casa Civil), Eduardo Pazuello (Saúde) também não quiseram comentar os relatórios. O ex-presidente Bolsonaro não se manifestou até a publicação deste texto.

Estado de Minas

Postado em 30 de julho de 2023

Gasolina da Petrobras é 23% mais barata do que a das refinarias privadas

O preço da gasolina vendida pela Petrobras está 23% menor que a média cobrada pelas refinarias privadas.

A diferença atingiu, em julho, o maior patamar da série histórica, iniciada em 1º de dezembro de 2021, quando foi privatizada a primeira unidade de refino estatal, a Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, atual Refinaria de Mataripe.

Levantamento do Observatório Social do Petróleo (OSP) mostra que o litro da gasolina da Petrobras está custando R$ 2,52, enquanto as refinarias privatizadas cobram, em média, R$ 3,10.

A recordista dos preços mais altos do país é a Refinaria Potiguar Clara Camarão (RPCC), no Rio Grande do Norte, privatizada em 7 de junho. Administrada pela empresa 3R Petroleum, a unidade vende gasolina a R$ 3,20, valor 27% mais caro do que o da estatal.

A Refinaria da Amazônia (Ream), privatizada em dezembro de 2022, comercializa o litro a R$ 3,06, e a Acelen, gestora de Mataripe, a R$ 3,03, uma diferença em relação aos preços da Petrobrás de 21% e 20%, respectivamente.

Segundo o economista Eric Gil Dantas, do OSP e do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps), as refinarias privatizadas, estruturalmente, cobram preços mais elevados do que a Petrobras. Ele aponta dois motivos para isso. O primeiro é que a Petrobras é uma empresa integrada, que produz e refina o petróleo.

“Sendo assim, ela tem uma margem para absorver variação de preços que é imensamente superior à de suas concorrentes”, explica.

O segundo motivo apontado pelo economista é que a Petrobras é uma empresa estatal e conta com vários fatores para estabelecer o seu preço, além exclusivamente da maximização de lucros.

“Mesmo quando seu preço era definido pelo PPI, a política de paridade de importação, a companhia manteve por muito tempo preços abaixo dos internacionais, justamente por conta da pressão da opinião pública sobre o governo. E, com o fim do PPI, em maio deste ano, a Petrobras passou a ter maior margem para definir os preços, até porque seus custos não variaram”, conclui.

Competição
A Petrobras reiterou que a sua estratégia comercial tem como premissa a prática de preços competitivos e em equilíbrio com os mercados nacional e internacional, se valendo de suas melhores condições de produção e logística. Ao mesmo tempo, a empresa diz que evita o repasse da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa câmbio.

De acordo com a estatal, a demanda nacional vem sendo atendida tanto pela Petrobras quanto pelos demais produtores e importadores que atuam no mercado brasileiro, portanto não há risco de desabastecimento no País.

“Sobre a percepção de terceiros acerca dos preços internos de combustíveis, é importante destacar que suas declarações devem ser vistas sob a perspectiva de um mercado concorrencial, com agentes que representam empresas de diferentes portes de operação”, informou a estatal.

Conforme divulgado na quinta-feira, 27, no Relatório de Produção e Vendas da Petrobras no segundo trimestre de 2023, o fator de utilização (FUT) das unidades de refino da Petrobras atingiu 93% no período, sendo que em junho alcançou 95%, os maiores resultados desde 2015.

O Relatório mostrou ainda, que a produção de gasolina teve aumento de 7,4% no segundo trimestre, em comparação com o trimestre anterior, acompanhando o desempenho de mercado e o maior aproveitamento da capacidade operacional das refinarias. Em junho, a produção de gasolina foi de 421 mil barris por dia (bpd), melhor resultado desde 2014.

A produção de diesel também cresceu no último trimestre: 9,7% em relação ao primeiro trimestre. O diesel S10, menos poluente e com menor impacto ambiental, teve recorde mensal de 442 mil bpd em junho.

“Os resultados são fruto de constantes melhorias operacionais, otimização de processos e controle da produção, com objetivo de atender à demanda crescente do derivado”, explicou a Petrobras na nota.

CNN

Postado em 30 de julho de 2023

Professor da UFRN está na lista de melhores cientistas do mundo

O professor do Departamento de Geologia (DG/UFRN) Francisco Hilário Bezerra está em 32° na lista dos melhores cientistas na categoria de ciências da terra, de acordo com a 2ª edição do ranking Research.com. O resultado é baseado em dados consolidados de várias fontes de dados, incluindo OpenAlex e CrossRef. As informações foram coletadas em dezembro de 2022. Para sua categoria, foram investigados mais de 7636 cientistas.

O docente estuda, principalmente, falhas geológicas, sismicidade e reservatórios petrolíferos. De acordo com a análise da Research.com, o pesquisador publicou nessas três áreas. Ainda segundo o ranking, o docente tem cerca de 195 publicações e seus trabalhos mais citados são: Quão ativa é uma margem passiva? Paleoseismicidade no Nordeste do Brasil; História holocênica do nível do mar na costa do estado do Rio Grande do Norte, Brasil; e Controle de falha pliocênica-quaternária de sedimentação e morfologia da planície costeira no NE do Brasil.

Para Hilário, não existe ciência sem colaboração no mundo moderno. “Eu tenho tido o privilégio de trabalhar em uma pós-graduação bem administrada e em um grupo de pesquisa produtivo. Minha experiência no Comitê Assessor do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) tem mostrado que os pesquisadores envolvidos em colaborações produtivas são os que conseguem ganhar bolsa de produtividade e se manter na posição. Tenho também tido o privilégio de receber financiamento para pesquisa ou colaborar com pesquisadores que têm recebido financiamento”, diz.

O pesquisador afirma que tem sido um alento ver a ciência voltar a ocupar lugar importante no país. “O reconhecimento pelas pesquisas das quais participo tem vindo através de publicação científica, formação de excelentes recursos humanos e financiamento. Essa experiência tem facilitado alguns acertos. Nas geociências, estamos passando pela transição energética que afeta nossa profissão. Outra mudança importante que sentimos é o uso da inteligência artificial. Esses dois fatores têm afetado a direção da pesquisa e o perfil do profissional que estamos formando”, finaliza.

Em suas pesquisas mais recentes, o cientista tem focado em petrologia, fratura, rocha carbonática, afloramento e cavernas. Sua pesquisa é multidisciplinar, focando em bacias sedimentares. Francisco considera que tem sorte de trabalhar com o que gosta. “Não conto publicações e nem posição no ranking. Minha maior ambição neste momento é ver os jovens pesquisadores com quem trabalho bem colocados profissionalmente”.

Portal da UFRN

Postado em 28 de julho de 2023