Mercado vê inflação e juros menores e projeta PIB acima de 2% em 2023

Os analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) voltaram a reduzir a estimativa de inflação para 2023. É o que mostra o Relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (19/6).

De acordo com o relatório, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, deve terminar este ano em 5,12% – a projeção da semana passada era de 5,42%. Foi a quinta redução consecutiva.

Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é de 3,25%. Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%.

PIB
Segundo o Focus, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2023 deve ter crescimento de 2,14%, acima da projeção da semana anterior (1,84%). Foi a sexta alta consecutiva.

Já para 2024, a previsão de crescimento da economia brasileira caiu de 1,27% para 1,2%. Em 2025, a estimativa se manteve em 1,8%.

Selic
Em relação à taxa básica de juros da economia, a Selic, o mercado financeiro reduziu a estimativa para o fim de 2023, de 12,5% para 12,25% ao ano, depois de oito semanas de estabilidade. Para 2024, a projeção caiu de 10% para 9,5% ao ano.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a Selic foi mantida em 13,75% ao ano. O colegiado volta a se reunir nesta semana para definir a taxa de juros. A maioria dos analistas aposta na manutenção da Selic no patamar atual, mas projeta o início da queda dos juros a partir de agosto.

A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para controlar a inflação. A Selic é utilizada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia.

Dólar
Os analistas consultados pelo BC reduziram a projeção para o dólar, de R$ 5,10 para R$ 5 em 2023. Para 2024, a estimativa caiu de R$ 5,17 para R$ 5,10.

Relatório Focus
O Relatório Focus resume as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação. O boletim é divulgado sempre às segundas-feiras.

Metropoles

Postado em 19 de junho de 2023

Canal Livre: presidente da ANFAVEA comenta mudanças na indústria automobilística

O Canal Livre deste domingo (18) debate os impactos na indústria automotiva após os planos de descontos de carros zero e as mudanças na economia. O programa recebe o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), Márcio de Lima Leite.

O programa Canal Livre vai ao ar na Band, à meia-noite, BandNews TV às 20h e no YouTube, também às 20h. Na entrevista, Márcio citou o aumento na procura de automóveis após o plano de desconto do governo federal e fez avaliações sobre uma possível mudança na Selic, a taxa básica de juros.

Segundo Márcio de Lima, a medida que gerou o desconto em carros 0 km já atinge as concessionárias. “Essa medida deve alcançar em torno de 120 mil veículos. Em um primeiro momento o fluxo de loja é o maior a ser impactado. Fluxo de loja teve aumento significativo, uma procura bastante grande, concessionárias bem cheias”, diz.

“São veículos até R$ 120 mil, nessa primeira fase o programa é restrito a pessoas físicas e a partir de terça-feira (20), pessoas jurídicas”, explica.
Expectativa de redução na Selic
Durante o Canal Livre, Márcio de Lima citou que o setor automobilístico espera que o Banco Central reduza a taxa básica de juros, a Selic. Segundo ele, a tendência é de que “o cenário melhore e os juros caem”.

“A taxa de juros à longo prazo vem caindo, tivemos uma queda recente. A inflação caiu, então com isso, os juros reais estão mais caros. Com a inflação caindo e mantendo a taxa de juros, a diferença aumenta”, avalia.
Para o presidente da ANFAVEA, a redução é positiva para o setor, que pode aquecer as vendas de automóveis, aliado aos descontos dados pelo governo federal. “Há uma tendência e o setor trabalha com a expectativa da queda da taxa de juros. Mas nada que vá impactar e vá ser tão forte para inverter a curva e acelerar o crédito. Mas sem dúvida vai melhor e ano que vem será bem melhor”, indica.

Etanol vai contribuir na transição para combustível limpo
O presidente da ANFAVEA também debateu sobre as novas soluções para a indústria automotiva e combustíveis sustentáveis. Para ele, a solução do carro elétrico não será a única nos próximos anos e o Etanol será importante para a transição.

“O Etanol é uma solução milagrosa, fruto da nossa pesquisa e desenvolvimento nos últimos 50 anos. Elétrico é uma solução espetacular, o mundo está caminhando para o elétrico, o Brasil também, é uma realidade. O Etanol vai contribuir muito no processo de transição, mas tantas outras tecnologias estão chegando que é difícil apontar que em 2050, 100% do mundo estará no elétrico, não conseguimos ver esse horizonte. Ele irá crescer cada vez mais, como o híbrido. Cada montadora terá sua escolha”, afirmou.

band

Postado em 19 de junho de 2023

Bolsonaro pede desculpa por declaração falsa sobre vacinas contra Covid-19

O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) pediu desculpas neste domingo (18) após afirmar que as vacinas da Pfizer contra a Covid-19 continham grafeno na composição. O pedido foi publicado no Facebook do político, afirmando que “houve m equívoco” da parte.

Pela publicação, Bolsonaro citou que é entusiasta do óxido de grafeno. “Em relação a uma conversa no dia de ontem, na cidade de Jundiaí (SP), sobre a existência de óxido de grafeno na vacina de tecnologia mRNA, houve um equivoco da minha parte”, escreveu.

“Como é de conhecimento público sou entusiasta do potencial de emprego do óxido de grafeno, por isso inadvertidamente relacionei a substância com a vacina, fato desmentido em agosto de 2021. Mais uma vez lamento o falado e peço desculpas”, pontuou.
Jair Bolsonaro afirmou no sábado (17) em evento do Partido Liberal em Jundiaí, São Paulo, que as vacinas continham grafeno. “A vacina tem dióxido de grafeno, tá? Onde ele se acumula? Nos testículos e ovários”, disse. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desmentiu a fala de Bolsonaro.

“Nenhuma vacina aprovada possui grafeno ou materiais desconhecidos. Empresas devem divulgar os componentes de vacinas na bula, conforme regras da Anvisa”, citou a agência.

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Postado em 19 de junho de 2023

Argentina lança mini documentário sobre título da Copa do Mundo 2022

A seleção da Argentina divulgou neste domingo o lançamento do mini documentário “Alta En El Cielo”, sobre a conquista do título da Copa do Mundo de 2022. O filme tem oito minutos de duração e traz imagens e entrevistas exclusivas com jogadores que participaram da campanha campeã no Catar.

— Com o futebol e os resultados, conseguimos escapar momentaneamente da loucura que vivenciamos todos os dias. Mesmo que tenha sido apenas por um breve momento, foi algo fantástico — afirmou Lionel Messi.

O mini documentário foi produzido pela Adidas, fornecedora de material esportivo da seleção argentina. As entrevistas foram feitas com 11 jogadores antes do retorno da delegação a Buenos Aires.

Os atletas entrevistaram foram: Messi, Emiliano Martínez, Lisandro Martínez, Julián Álvarez, Rodrigo De Paul, Mac Allister, Paulo Dybala, Ángel Correa, Gerónimo Rulli, Juan Foyth e Exequiel Palacios.

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Postado em 19 de junho de 2023

Com julgamento marcado para esta semana no TSE, Bolsonaro diz que “indicativos não são bons”

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sinalizou no sábado (17) que já prevê derrota no plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no julgamento marcado para a próxima quinta-feira (22), que vai decidir se ele ficará inelegível por oito anos por abuso de poder político e dos meios de comunicação. Segundo Bolsonaro, “os indicativos não são bons”, mas ele está “tranquilo” em relação ao desfecho da votação e cobrou calma de seus aliados.

“Não vamos nos apavorar com o resultado que vier. Obviamente não quero perder os direitos político. A gente quer continuar vivo contribuindo com o país”, afirmou Bolsonaro. “Nós temos esse problema agora. Até mesmo uma condenação de inelegibilidade porque me reuni com embaixadores antes do período eleitoral. Vamos enfrentar isso no dia 22 agora. Já sabemos que os indicativos não são bons, mas eu estou tranquilo”, prosseguiu o ex-presidente, em evento de filiação de prefeitos ao PL na cidade de Jundiaí.

Bolsonaro é acusado pelo PDT de veicular mentiras sobre o funcionamento das urnas eletrônicas a embaixadores durante a campanha eleitoral do ano passado.

A ação de investigação judicial eleitoral (AIJE) apresentada pelo partido contra o ex-presidente alega que ele usou a estrutura do Palácio da Alvorada na tentativa de convencer embaixadores de que as eleições brasileiras seriam fraudadas.

O desfecho do julgamento pode torná-lo o primeiro ex-presidente a perder os direitos políticos por decisão da Justiça Eleitoral decorrente de crimes praticados no exercício do mandato.

O atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, por exemplo, chegou a ficar inelegível por causa de condenações pela Justiça comum no âmbito da operação Lava Jato, o que o enquadrava na Lei da Ficha Limpa.

Anos depois, porém, o petista acabou tendo as condenações anuladas pelo STF, que considerou a 13ª Vara Federal de Curitiba incompetente para julgá-lo e o ex-juiz Sergio Moro parcial na condução do caso.

No sábado, Bolsonaro voltou a insinuar que as eleições do ano passado, na qual saiu derrotado para o presidente Lula, não ocorreram dentro da normalidade. “Houve as eleições, que eu acho que todo mundo pode questionar, mas para o STF e o TSE não pode questionar. Não pode falar nada de eleições. Eu acho que pode, mas não podemos falar nada. Eu acho que é página virada”, disse.

Bolsonaro convocou seus apoiadores a se organizarem para as eleições municipais do ano que vem e também para a disputa nacional em 2026, que, segundo ele, ocorrerá de maneira mais “tranquilo”. “Em 2026, a composição do TSE será outra. O presidente será o Kassio Nunes e o vice será o André (Mendonça). Eu indiquei os dois. Teremos uma eleição mais tranquilo. Não pode enfrentar eleições com suspeitas. A alma da democracia é a lisura”, disse.

Ele ainda se queixou das recentes operações da Polícia Federal (PF) que o envolvem. Segundo Bolsonaro, “não é fácil ser ex-presidente recebendo visita da PF em casa procurando cartão de vacina” em alusão ao mandado de busca e apreensão realizado em seu endereço, em Brasília, no início do mês de maio. “Não tem cabimento”, completou.

gzh

Postado em 19 de junho de 2023

MS: Após mil mortes, pecuaristas fogueiras para espantar o frio de gado

Após uma onda de frio no Mato Grosso do Sul deixar mais de mil bovinos mortos , os pecuaristas estabeleceram fogueiras pelo campo como forma de manter o gado aquecido.

O que aconteceu?
As imagens, que circulam nas redes sociais, são da cidade de Itaquiraí, segundo portais locais.

O frio matou essa semana 1.071 bovinos em Mato Grosso do Sul, segundo a Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal).

As temperaturas despencaram no estado esta semana. Elas baixaram para 7º C em Campo Grande , por exemplo. A morte de uma pessoa é investigada para saber se foi causada por hipotermia.

Na zona rural, o frio foi maior principalmente na região do Pantanal. Com isso, o gado não resistiu ao frio. “Tivemos uma morte expressiva na região do Pantanal, especialmente na Nhecolândia”, explicou o agrônomo e presidente do Iagro.

uol

Postado em 19 de junho de 2023

Espada de 3 mil anos achada na Alemanha tem preservação ‘excepcional’

Uma equipe de arqueólogos descobriu essa semana uma espada de 3 mil anos enterrada na Alemanha.

O que aconteceu:
A espada estava enterrada na cidade de Nördlingen, junto a três corpos : um homem, uma mulher e um jovem. A conexão entre eles ainda não foi descoberta.

Historiadores provisoriamente dataram a arma como do final do século XIV aC .

A espada e o enterro ainda precisam ser examinados para que nossos arqueólogos possam classificar esse achado com mais precisão. Mas já podemos dizer que o estado de preservação é excepcional! Um achado como esse é muito raro”.Mathias Pfeil, chefe do Escritório Estadual da Baviera para a Preservação do Patrimônio Cultural

Os estudiosos também notaram que a arma ainda está polida e brilhosa .

A produção é considerada complexa , porque o cabo é fundido sobre a lâmina. A decoração também é refinada para a época.

uol

Postado em 19 de junho de 2023

Como será o julgamento do TSE que pode deixar Bolsonaro inelegível

Após apurações, recebimento de provas, oitivas com testemunhas, recolhimento de material probatório e manifestação do Ministério Público Eleitoral (MPE), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começa a julgar, nesta quinta-feira (22/6), Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) que pode deixar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu vice nas eleições de 2022, Walter Braga Netto, inelegíveis por oito anos.

O ex-mandatário é investigado pelos ataques que fez ao sistema eleitoral brasileiro durante reunião com embaixadores, em julho de 2022.

Quando marcou o julgamento, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, previu três dias de discussões. A análise da ação que pode impedir Bolsonaro de participar das eleições por oito anos começa dia 22, mas deve se estender durante as sessões de 27 e 29 de junho.

O plenário do TSE deve ter quórum completo para o julgamento, após as nomeações de Floriano de Azevedo Marques e André Ramos Tavares. O primeiro dia será de leitura do parecer do corregedor-geral Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, relator do caso. O relatório foi disponibilizado para consulta pública em 1º de junho. O documento tem 43 páginas.

Considerado um “resumo” do caso, o parecer detalha a tramitação da ação no TSE, as diligências solicitadas, os depoimentos, além de perícias e as providências requeridas pelo relator.

Logo após a leitura, o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, concederá a palavra aos advogados de acusação e de defesa. Cada parte terá 15 minutos para sustentação oral.

Em seguida, o representante do MPE fala na sessão. Em maio deste ano, o Ministério Público Eleitoral já havia se manifestado a favor de que o ex-mandatário da República seja impedido de concorrer às eleições de 2024, 2026, 2028 e 2030, por entender que houve abuso de poder político.

Na sequência, votam: os ministros Raul Araújo Filho, Floriano de Azevedo Marques, Ramos Tavares, ministra Cármen Lúcia (vice-presidente do TSE), ministro Nunes Marques e, por último, Alexandre de Moraes, presidente do tribunal.

Pedido de vista
Segundo o Regimento Interno do TSE, qualquer ministro pode solicitar vista do processo. Se um dos sete em plenário fizer o pedido para ter mais tempo de análise, os autos da Aije devem ser devolvidos para retomada do julgamento no prazo de 30 dias, renovável pelo mesmo período, contado da data da sessão em que o pedido de vista foi formulado.

O caso concreto
Na Aije em julgamento, o Partido Democrático Trabalhista (PDT) pede que o TSE declare inelegíveis Jair Bolsonaro e Walter Souza Braga Netto, candidatos à Presidência da República em 2022. A legenda os acusa de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante reunião do então presidente, Jair Bolsonaro (PL), com embaixadores estrangeiros, no Palácio da Alvorada, em 18 de julho de 2022.

Segundo o partido, o ex-presidente atacou, no evento, as Cortes do TSE e do STF e afirmou, novamente sem apresentar nenhuma prova, que os resultados das eleições gerais de 2022 proclamados pela Justiça Eleitoral não seriam confiáveis.

Além disso, o PDT também afirma que houve violação ao princípio da isonomia entre as candidaturas, configurando abuso de poder político o fato de a reunião ter ocorrido na residência oficial da Presidência da República e ter sido organizada por meio do aparato oficial do Palácio do Planalto e do Ministério das Relações Exteriores.

“Ato de governo”
A defesa dos acusados argumenta que, no encontro com os embaixadores estrangeiros em julho de 2022, foi praticado “ato de governo”, insuscetível de controle jurisdicional sob a ótica do “fim político” e da soberania. De acordo com a defesa, não existe ato eleitoral a ser apurado, uma vez que, na reunião, não se cuidou de eleições, não houve pedido de votos, ataque a oponentes, bem como não houve apresentação comparativa de candidaturas.

Os advogados afirmam que o evento constou de agenda oficial do presidente da República, previamente informada ao público, e que a má-fé de determinados setores da imprensa fez com que a cobertura da reunião fosse tratada como “uma proposta de aprimoramento do processo democrático como se se tratasse de ataque direto à democracia”. Segundo a defesa, o evento, na verdade, foi “um convite ao diálogo público continuado para o aprimoramento permanente e progressivo do sistema eleitoral e das instituições republicanas”.

Conduta ilegal
O abuso de poder político é uma conduta ilegal praticada durante a campanha eleitoral, que ocorre nas situações em que o investigado se aproveita do cargo para tentar influenciar o eleitorado.

Em caso de o TSE concluir que houve a prática de abuso de poder, com violação grave a alguns dos bens jurídicos, a Aije será julgada procedente.

Como consequência, os candidatos, no caso, Jair Bolsonaro e Walter Souza Braga Netto, que se beneficiaram do ilícito, serão declarados inelegíveis, por oito anos após o pleito em que foi praticado o ato. Ou seja, 8 anos, a partir de 2022.

A inelegibilidade é uma sanção chamada “personalíssima”, ou seja, somente quem é pessoalmente responsável pela conduta fica impedido de se candidatar por oito anos.

Metrópoles

Postado em 19 de junho de 2023

América Latina discute ‘febre do lítio’ em meio ao apetite da China, EUA e Europa

Metade vermelho, metade verde, saiu pelas ruas no início deste mês o primeiro ônibus elétrico movido completamente a lítio da Argentina . “0% emissões”, exibe o enorme botão na janela do veículo experimental, que pode andar até 200 km antes de ter de voltar à estação para recarregar as baterias.

O produto que começa a chegar à América Latina já é assunto antigo na Europa, nos Estados Unidos e na China e, para que rode por tamanha distância, leva, no lugar de um tanque de combustível, uma quantidade do mineral milhares de vezes maior do que a que celulares ou notebooks concentram.

“[Precisamos] evitar abordar o tema de uma perspectiva colonial”, discursou no lançamento do ônibus o ministro argentino Daniel Filmus (Ciência e Tecnologia), expondo o grande debate que permeia a região nos últimos meses e ainda deve durar anos: o que fazer com a explosão da demanda de lítio no mundo.

Enquanto novos projetos de garantia do mineral não param de serem anunciados , os países decidem se vão focar a exportação para países ricos ou investir no desenvolvimento da indústria local. Também debatem se vão usá-lo como recurso natural estratégico, de prioridade do Estado, ou se abrirão a exploração para investidores estrangeiros. E ainda é necessário levar em conta os aspectos ambientais.

A América Latina concentra mais da metade do lítio —já apelidado de “ouro branco”— identificado no planeta, e a maior parte está centralizada no “triângulo do lítio”, formado pela Bolívia, Argentina e Chile, principalmente nos salares de Uyuni, Puna e Atacama, onde o elemento químico é obtido pela evaporação.

Mas, com os preços batendo recordes no ano passado, as fronteiras da exploração se expandiram. O Brasil, que em 2015 praticamente não tinha produção do carbonato, hoje chega a 2% do mercado mundial pela perfuração de rochas, método mais rápido e menos dependente do clima, porém mais caro. México e Peru também começam a entrar no jogo, ainda dominado pela Austrália e por poucos produtores.

As principais impulsionadoras dos novos investimentos na região são empresas chinesas , americanas e europeias , que competem para garantir as reservas, de olho na tão sonhada transição energética —a substituição dos combustíveis pela eletricidade gerada em fontes renováveis, principalmente no setor automotivo, que cresce a passos largos.

É para esses países que quase todo o lítio latino-americano é escoado, passando antes por refinarias que o transformam em baterias, principalmente na China, na Coreia do Sul e no Japão. Esse fluxo traz de volta o fantasma da palavra “colonização”, já que grande parte do debate se concentra na pergunta: devemos apenas exportar matéria-prima ou produzir nossas próprias baterias?

“Preocupa-me que possamos nos tornar uma espécie de canteiro litífero para garantir a transição energética do Norte Global, reproduzindo uma espécie de neodependência, neocolonialismo ou colonialismo verde”, afirma Bruno Fornillo, pesquisador do Conicet (Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas da Argentina) e coordenador do estudo “Lítio na América do Sul”.

O chileno Francisco Acuña, analista da consultora de mineração CRU, porém, rebate que a região ainda não tem demanda suficiente de veículos elétricos para tal. O Brasil, por exemplo, vai na contramão, ao dar desconto na venda de carros populares . “Aqui eles ainda são considerados item de luxo, não há incentivo. O mais provável é que os países latino-americanos continuem exportando lítio, até que o preço de fabricação dos veículos elétricos seja competitivo e faça sentido produzir baterias”, diz o engenheiro.

Quanto à exploração do lítio, até agora as nações têm lidado com o assunto de formas opostas. O foco do governo Lula tem sido atrair investidores estrangeiros para extrair, produzir e exportar só o concentrado do lítio, de alto valor agregado, ainda que estude formas de desenvolver toda a cadeia até chegar às baterias.

Há um mês, lançou o projeto do “Vale do Lítio” na bolsa de Nova York, para fomentar a exploração no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. O Brasil vai no mesmo sentido da Argentina, um dos que mais supervisiona o setor. O país vizinho está cada vez mais próximo de um tratado de livre comércio de lítio com os EUA e, no mês passado, viu suas duas únicas produtoras do carbonato, uma americana e outra australiana, anunciarem uma fusão para se tornarem uma mega multinacional.

Ambos caminhavam na direção contrária de alguns latino-americanos, ainda que todos pendam à esquerda. Em maio, o presidente chileno, Gabriel Boric, gerou rebuliço no mercado ao anunciar em cadeia nacional uma nova política do lítio público-privada, com mais controle do Estado, a criação de uma Empresa Nacional do Lítio (que ainda deve passar pelo Legislativo) e prévia consulta às comunidades andinas.

O mexicano Andrés Manuel López Obrador foi além, ao decretar, em fevereiro, a nacionalização do mineral. “O que estamos fazendo agora, guardadas as proporções, é nacionalizar o lítio para que não possa ser explorado por estrangeiros, nem da Rússia, nem da China, nem dos EUA. O petróleo e o lítio são da nação, são do povo mexicano”, disse o presidente, em estratégia ainda pouco detalhada.

Já a Bolívia, apesar de ter o maior salar do mundo, não produz lítio em nível comercial porque há décadas adotou um modelo mais fechado a investimentos internacionais, em oposição às regiões que abrigam os recursos. O presidente Luis Arce, porém, dá sinais de flexibilização e em janeiro fechou um acordo com o consórcio chinês CBC para construir duas fábricas no país até 2025.

Dois meses depois, a general Laura Richardson , chefe do Comando Sul dos EUA, expôs preocupação com a “agressividade da China no terreno do lítio”. “Esta região está repleta de recursos, e me preocupa a atividade maligna de nossos adversários, que se aproveitam disso. Parece que eles estão investindo, quando, na verdade, estão extraindo”, argumentou ela em apresentação na Câmara de Representantes.

Dentro do cabo de guerra entre as duas potências, o futuro do lítio na América Latina ainda é considerado incerto, assim como os impactos da indústria para o ambiente, que continuaram sendo estudados. A única certeza é a de que o apetite por ele não deve parar de crescer tão cedo.

folha de sp

Postado em 19 de junho de 2023

Aras e mais nove já receberam R$ 100 mil, cada, por participação em banca de concurso do MPF

Augusto Aras e outros nove integrantes do MPF (Ministério Público Federal) já receberam, cada um, R$ 100 mil pela participação em banca de concurso público promovido pela instituição. A seleção está em andamento.

Mais da metade do valor (R$ 52,9 mil) foi pago de uma única vez, junto com o salário relativo a maio. Em abril, houve um repasse de R$ 26,3 mil. Outras parcelas do montante foram depositadas entre março e dezembro de 2022.

O adicional não está sujeito ao que é descontado dos salários para que não extrapolem o teto remuneratório do serviço público —o limite em vigor é o vencimento dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), hoje de R$ 41,6 mil.

Além de Aras, segundo informações do Portal da Transparência do MPF, receberam o valor extra subprocuradores com participação na cúpula da atual gestão, incluindo Eliana Torelly, secretária-geral do MPU (Ministério Público da União), e Humberto Jacques de Medeiros, que foi vice-procurador-geral da República.

Tive também direito ao adicional dos subprocuradores Paulo Gonet Branco, vice-procurador-geral eleitoral e um dos nomes cotados para suceder a Aras, e Paulo de Souza Queiroz.

Completam a lista os procuradores regionais da República André de Carvalho Ramos, Artur de Brito Gueiros Souza, Carlos Fernando Mazzoco, Marcelo Alves Dias de Souza e Waldir Alves.

Em nota, a PGR (Procuradoria-Geral da República) disse que o pagamento está previsto na lei do funcionalismo público (lei nº 8.112/1990) e que remunera os beneficiários pelas atividades de “elaboração, aplicação e correção das provas, análise de recursos (foram apresentado mais de mil) e arguições orais”.

Afirmou também que o adicionalmente não entra no calculado do abate-teto por se tratar de trabalho extraordinário e eventual, uma “atividade de magistério”, conforme previsto em resolução do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público).

A “gratificação por encargo de curso ou concurso” é paga a servidores de diferentes ramos da administração pública, mas principalmente aos vinculados a instituições de ensino, que promovem os próprios concursos.

A PGR informou, no comunicado enviado à Folha , que não contrata banca externa para a realização do concurso, ficando todas as etapas do certo sob a responsabilidade da comissão de concurso, presidida por Aras.

A comissão foi designada em setembro de 2022. Os integrantes foram escolhidos pelo Conselho Superior do MPF, instância máxima na estrutura administrativa do órgão e comandada por Aras.

O concurso para procurador da República, segundo a Procuradoria, é “conhecido por ser um dos mais difíceis e de maior nível do país”.

O certo, que é o 30º já realizado pela instituição, teve mais de 5.000 candidatos inscritos e inclui provas objetivas, subjetivas (4) e orais, com arguições ao longo de três dias, além de aferição de títulos.

A gestão Aras ampliou a despesa com o pagamento de verbas indenizatórias a integrantes do MPF, inclusive durante a pandemia da Covid-19 , como mostrou a Folha . São pendurados não sujeitos a teto constitucional.

Recentemente, o procurador-geral da República editou um ato que produziu mais um benefício aos membros do MPU.

Os integrantes da carreira que exercem alguma atividade além dos tradicionais despachos de seus processos terão direito a licenças compensatórias.

Eles poderão tirar um dia de folga a cada três trabalhados funções em extraordinárias, com o limite de até dez dias de licença por mês. Também terão a opção de venndê-los, desde que autorizado pelo procurador-geral de cada ramo do MPU e havendo disponibilidade orçamentária.

Além disso, sobre esse valor não incidirá o abate-teto. O ato tem efeitos desde 1º de janeiro, ou seja, tem validade retroativa para aqueles procuradores que quiserem pleitear o benefício desde o início deste ano.

Além de Aras, que comanda o MPF, assinaram o texto os procuradores-gerais dos demais ramos do MPU: Georges Seigneur (Distrito Federal e Territórios), José de Lima Ramos Pereira (Trabalho) e Antônio Pereira Duarte (Militar).

A PGR afirmou que a iniciativa regulamentação uma recomendação aprovada pelo CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) no ano passado para equiparar a situação dos membros do Ministério Público à de juízes, que fazem jus à compensação.

folha de sp

Postado em 19 de junho de 2023

Tércia Leda no PSOL

O ex- Deputado Estadual e dirigente nacional do PSOL, Sandro Pimentel, oficializou um convite de filiação a ex vereadora Tercia Leda, e colocou o partido a disposição para encabeçar sua candidatura ao executivo.
Entre os possíveis prefeitaveis, Lucas Galvão, Elton do O, Ana Albuquerque e Francisco do PT, Tercia Leda é uma forte opção para encabeçar a chapa situacionista nas eleições de 2024.

Tércia é figura conhecida e respeitada na política local, já demostrou experiência administrativa como secretária de saúde do município, Diretora Administrativa do Hospital Federal de Santa Cruz e no Conselho Superior de Administração da UFRN.

O PSOL, que já elegeu dois vereadores consecutivos em Currais Novos (Iranilson e Marquinhos) promete lançar mais uma vez uma NOMINATA competitiva na próxima eleição.

O Professor Maxsuel também estaria se filiando ao partido que já conta com Zé Coco, Adriano da Maniçoba e Bárbara Michaiane.

O PSOL e Rede Sustentabilidade fazem parte de uma federação partidária.

Como o portal Juninho Brito já afirmou, a política desse ano, promete ter muitas novidades e muita dor de cabeça ao prefeito. que terá que encaixar muitas peças importantes nesse quebra-cabeca ou estará sujeito a perder apoios importantes.
Tercia Leda é filiada hoje ao PCdoB.

Postado em 19 de junho de 2023

CHAMOU ATENÇÃO A PRESENÇA DE ZÉ LINS E O VEREADOR DANIEL BEZERRA EM EVENTOS NESTE FIM DE SEMANA EM CURRAIS NOVOS

No sábado a noite os dois estiverem juntos na Festa do Coração de Jesus no Distrito da Cruz em Currais Novos, junto com o Vereador Ezequiel Pereira e o suplente Garibaldinho, onde participaram da novena e do jantar, em seguida, estavam novamente no Forronovos no meio do povo, prestigiando o evento que já foi gigante em Currais Novos.

As especulações começam acontecer a partir das fotos postadas e a presença dos dois juntos, mas ainda é cedo para se expecular alguma coisa para a eleição do ano que vem. O fato é que os dois caminham juntos para um projeto de união para 2024, o Vereador Daniel Bezerra, ex aliado do atual Prefeito Odon Jr, foi rejeitado pelo prefeito, e não contou conversa, partiu para uma oposição contundente, onde aponta fatos e feridas da atual administração.

Perguntado pelo Blog sobre uma possível chapa com Zé Lins, Daniel disse que estará junto com ele como um soldado, pronto para construir um projeto que traga Currais Novos, novamente para o caminho do crescimento e do desenvolvimento. “Serei mais um nessa trincheira e buscarei reunir os agentes políticos num projeto que resgate ainda mais a esperança dos nossos munícipes, numa cidade boa de viver e trabalhar”. Disse o Vereador Daniel Bezerra.

Postado em 18 de junho de 2023

Um curraisnovense brilhando em Natal

O Curraisnovense Carlson Gomes , atual secretário de obras de Natal, vem desempenhando um trabalho reconhecido por todos na Capital potiguar.
Ele vem se destacando entre os secretários do prefeito Álvaro Dias e pessoas antenadas na política, ja colocam seu nome, como o nome de Álvaro para encabeçar uma vaga na chapa majoritária.
Carlson não esconde a vontade de fazer por Currais , o que está fazendo por Natal, até agora, é uma incógnita seu futuro político, se disputará em Currais ou na capital. De uma coisa sabemos, Carlson Gomes, está realizando um belíssimo trabalho em Natal.

Postado em 18 de junho de 2023

Pastor João Batista voltará assumir vaga na Câmara Municipal.

O Pastor João Batista de Moura, voltará a assumir uma cadeira na Câmara de vereadores de Currais Novos, ele substituirá, ainda esse ano, o vereador Daniel Bezerra, que sairá, mais uma vez, para resolver problemas particulares.
Será um mês de mandato e a segunda vez que JB Moura substitui Daniel.
João Batista é nome certo na disputa de 2024 e essas suas duas entradas na Câmara, serve para tornar o Pastor, agora político, um nome forte na disputa vindoura .

Postado em 17 de junho de 2023