Lula sonda mulheres para o STF e já tem nomes sobre a mesa; saiba o que

Lula tem evitado se comprometer com a escolha de uma mulher para a próxima vaga no Supremo Tribunal Federal ( STF ), mas passou a sondar opções femininas do meio jurídico.

O presidente pediu a aliados e integrantes do governo que levantem informações sobre algumas sugestões que chegaram a ele para substituir a presidente da corte, Rosa Weber, que se apresentou em outubro.

A quem insiste junto ao presidente que é importante indicar uma mulher e não reduzir o já pequeno número de ministros do Supremo, Lula dá a seguinte resposta: pede que aqueles que possuem esse pleito lhe apresentem nomes que preencham os requisitos para preencher a vaga.

Entre as características que o petista busca, destacam-se lealdade e coragem para suportar a opinião pública diante de medidas pouco populares.

A coluna apurou que, até o momento, quatro nomes estão na mesa do presidente: o da desembargadora do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) Simone Schreiber, o da ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Regina Helena Costa e das advogadas Dora Cavalcanti e Flávia Rahal.

Conta a favor de Simone e Regina Helena o fato de ambas terem carreira na magistratura. Lula acabou de indicar Cristiano Zanin, que é advogado, para a vaga aberta no Supremo em abril. A Simone Schreiber tem uma atuação reconhecidamente garantista no meio jurídico, ou seja, com tutelado a magistrados que procuram a analisar os processos pela perspectiva dos direitos individuais do acusado. Já Regina Helena Costa angaria simpatia de nomes do STF, como as ministras Cármen Lúcia e Rosa Weber.

Entre os advogados, a mais próxima de Lula é Dora Cavalcanti. Ela foi sócia de Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça do petista e conselheiro para assuntos jurídicos. Era Dora quem fazia parte dos atendimentos junto a Lula em casos atendidos por Thomaz Bastos. Ela também foi a ponte com o PT sobre estratégias relacionadas à Lava-Jato após a morte do ex-ministro.

Flávia Rahal trabalhou com Arnaldo Malheiros Filho, advogado próximo do PT e que defendeu nomes como Delúbio Soares. Ela tem bom trânsito com políticos de outros partidos, como o PSDB, e atuou como conselheira, diretora e presidente do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD).

O principal problema hoje é que nenhum deles tem a relação de proximidade e confiança que Lula busca. O quer presidente ter liberdade para telefonar e ter conversas diretas com o nome que indicar para o STF.

O GLOBO

Postado em 21 de julho de 2023

Mais de 60% da humanidade está conectada às redes sociais, diz relatório

O número de usuários ativos em redes sociais atingiu 4,88 bilhões, o que representa 60,6% da população mundial, de acordo com um relatório trimestral sobre a internet. Essa estimativa marca um aumento de 3,7% em relação ao segundo trimestre de 2022, explica o estudo realizado pela organização especializada em usos digitais Kepios e publicado pela agência We Are Social e a firma Meltwater.

A alta foi maior do que o crescimento da população mundial, que foi de menos de 1% durante esse período.

A quantidade de pessoas nas redes sociais está se aproximando do número de usuários da internet, que representam 64,5% da população mundial (5,19 bilhões), embora seu crescimento tenha desacelerado significativamente desde a pandemia de coronavírus.

Mais da metade dos usuários dessas plataformas são homens (53,6%), ainda que haja uma margem de imprecisão devido à existência de contas automatizadas ou pessoas que se registram com identidades diferentes.

As disparidades regionais são consideráveis. Apenas uma em cada 11 pessoas usa redes sociais na África Central e Oriental. Na Índia, o país mais populoso do mundo, menos de um terço dos habitantes está registrado em alguma das redes.

O tempo médio de conexão em redes sociais aumentou de dois minutos por dia para uma média de 2 horas e 26 minutos, embora com grandes diferenças, que vão de 3h49min no Brasil a 1h46min na França e menos de uma hora no Japão. Os usuários estão cadastrados, em média, em mais de sete plataformas.

Entre as mais citadas estão três do grupo Meta (WhatsApp, Instagram e Facebook), seguidas por três aplicativos chineses (WeChat, TikTok e sua versão local Douyin) e por Twitter, Messenger e Telegram.

GHZ

Postado em 21 de julho de 2023

Em vídeo, senador do Acre grita com funcionário de aeroporto após perder voo em Brasília: ‘tem que me respeitar’

Imagens que mostram o senador Alan Rick (União Brasil) gritando com um atendente no Aeroporto de Brasília circulam na internet nesta quinta-feira (20). No vídeo, vê-se o parlamentar questionando o motivo da mudança no portão de embarque e de, supostamente, não ter sido informado.

Pelos registros, o político se irrita por ter perdido o voo e depois bate com as mãos no balcão.

“Não, mas eu não ouvi, moço, eu não ouvi! Tá aqui o meu bilhete. 24! 24! Você tem que me colocar no voo”, gritou Alan, apontando o dedo para o funcionário da companhia aérea.

O vídeo segue com o atendente dizendo ao senador que só terá “vaga amanhã agora”. Após a resposta, Alan Rick grita novamente, proferindo uma palavra de baixo calão.

“Amanhã um c! Você tem que me respeitar, rapaz! Você tem que botar no voo!”

Parlamentar diz que vídeo é antigo
Em nota, o parlamentar se posicionou acerca do vídeo, dizendo que o fato aconteceu no início do ano passado, quando ainda era deputado federal. “Estava esperando o horário do meu voo em Brasília e a cia. aérea alterou por várias vezes o portão de embarque. Tive que correr o aeroporto todo pra tentar embarcar. Quando cheguei o rapaz informou que não podia mais embarcar e naquele momento, não deu a devida atenção a situação. Eu tinha agendas importantes e inadiáveis.”, destacou.

Alan Rick continuou a nota falando que agiu com grosseria e pontuou que as companhias aéreas não prestam um bom serviço aos acreanos.

“Humano que sou, admito que fiquei nervoso e fui grosseiro. Errei, me desculpei e reitero meu pedido de desculpas pelo erro. Lembro que temos literalmente “brigado” com as companhias aéreas por causa do péssimo serviço oferecido aos acreanos […] já perdemos voos por culpa das companhias aéreas, sofremos atrasos que atrapalham a vida e o trabalho das pessoas”, falou.

G1

Postado em 21 de julho de 2023

desenrola brasil: 2 milhões de pessoas já limparam seus nomes

Lançado no começo desta semana, o programa “Desenrola”, nova política do governo Lula que tem por objetivo ajudar as pessoas a quitarem dívidas, já é um sucesso absoluto.

Segundo dados da Associação Nacional dos Bureaus de Crédito (ANBC), enviados ao Ministério da Fazenda, 2 milhões e 64 mil pessoas com dívidas de até R$ 100 tiveram seus nomes limpos nos primeiros três dias do programa Desenrola Brasil.

O Ministério da Fazenda trabalhava com uma projeção de que 1,5 milhão de pessoas poderiam ser contempladas pela medida.

No entanto, em coletiva de imprensa, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aumentou a expectativa para 2,5 milhões, caso novos bancos aderissem ao programa Desenrola.

O “Desenrola” começou oficialmente nesta segunda-feira (17). O objetivo do governo Lula é, por meio de incentivos da gestão federal aos bancos, a renegociação de dívidas de pessoas físicas em melhores condições.

Haddad afirma que programa “Desenrola” deve beneficiar milhões de brasileiros: “vida nova”

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou nesta segunda-feira (17) o início do programa “Desenrola”, que tem por objetivo desnegativar as pessoas que possuem dívidas com instituições financeiras.

Em conversa com a imprensa, o ministro da Fazenda fez uma projeção de quantas pessoas devem ser beneficiadas pelo programa. “Na hipótese mais generosa, que é adesão de todos os grandes bancos, daria cerca de 2,5 milhões”, disse Haddad em coletiva de imprensa.

Já aderiram ao programa: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica, Itaú Unibanco, Santander. O C6 Bank declarou que está em processo de cadastramento para se habilitar ao programa.

Caso o Nubank entre no programa, a projeção de Haddad será alcançada. “Um banco só que estava em dúvida se aderia ou não porque tem pouca vantagem no crédito presumido, ele tem 1 milhão de CPFs negativos, o Nubank, então estamos aguardadno, se aderir todos os grandes bancos, são 2,5 milhões de CPFs”, explicou Haddad.

Por meio de suas redes sociais, o ministro da Fazenda afirmou que o programa significa uma segunda chance na vida de milhares de brasileiros.

“Crédito novo, vida nova. O Desenrola começa hoje e foi feito pra quem quer limpar seu nome na praça. De nome limpo dá pra conseguir crédito, financiar uma geladeira nova, fazer o contrato do aluguel, pegar um empréstimo. Todo mundo merece progredir na vida”, escreveu Haddad em seu perfil no Twitter.

Como funciona o programa Desenrola?

  • O programa vai permitir a renegociação de dívidas de até R$ 5 mil de cerca de 40 milhões de consumidores negativados e que tenham renda de até 2 salários mínimos. Os beneficiários do Bolsa Família também estão inclusos.
  • As dívidas terão desconto e poderão ser refinanciadas em até 60 meses.

O perfil da dívida no Brasil

Dados do Serasa, referentes a outubro de 2022 e compilados pela Febraban, mostram que as dívidas somam R$ 301,5 bilhões e estão dividias em três grupos:

  • 14,9% nas financeiras
  • 28,8% nas instituições bancárias
  • 66,3% com varejistas, companhias de energia elétrica, água, gás e telefonia.

Em uma primeira etapa, o governo federal vai realizar leilões para negociar milhares de dívidas ao mesmo tempo. As empresas (bancos, varejistas, companhias de água, luz, telefonia etc.) que derem os maiores descontos, ficarão aptas a participar do programa.

Terminada a etapa dos leilões, o governo federal vai criar um portal onde o cidadão, com o seu CPF, poderá checar se a sua dívida foi alvo de renegociação. Caso sim, ele poderá escolher por pagar à vista, direto com a empresa, ou financiar em até 60 meses com um banco.

Além disso, a plataforma a ser criada pelo governo federal vai oferecer um comparativo das taxas de juros de cada banco e, dessa maneira, o cidadão poderá escolher a menor taxa.

Fundo garantidor

Para dar mais segurança às instituições financeiras para participarem do Desenrola, o governo vai criar um fundo garantidor para cobrir eventual inadimplência que possa acontecer com os financiamentos: a União vai bancar o principal da dívida, e o bancos vão arcar com o risco de juros.

O valor de aporte da União ainda não foi decidido, assim com o limite da taxa de juros.

O governo federal também pretende renegociar dívidas de consumidores que ganham mais do que dois salários mínimos, mas, neste caso não haverá a garantia do Tesouro em caso de inadimplência.

O Brasil endividado

Levantamento mais recente do Serasa mostra que a taxa de inadimplência voltou a crescer no país: o indicador revela que cerca de 70,9 milhões de brasileiros possuem alguma dívida.

Dados do Serasa mostram que o principal grupo de endividados no Brasil possui idade entre 26 e 40 (34,8%). As pessoas com idade entre 41 e 60 anos representam 34,7% do total de inadimplentes.

Revista Forum

Postado em 21 de julho de 2023

Proposta para regulamentar mercado de carbono ficará pronta em agosto, diz Marina

A proposta para regulamentar o mercado de créditos de carbono deverá ser enviada ao Congresso em agosto, disse, na quinta-feira (20), a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.

Ela, no entanto, não informou se o governo encaminhará um projeto de lei ou se apensará o tema a um dos dois projetos que tramitam no parlamento, um na Câmara e outro no Senado.

A ministra participou da instalação da Comissão Temática de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Conselhão. Com participação de representantes do governo e da sociedade, a comissão recolherá sugestões para o governo elaborar o Pacote de Transição Ecológica, também chamado de Pacote Verde.

Segundo Marina, o governo pretende aproveitar ao máximo os dois projetos sobre a regulamentação do mercado de carbono, no qual uma empresa pode financiar projetos de reflorestamento e de desenvolvimento sustentável em troca do direito de emitir gás carbônico.

As propostas devem ganhar espaço no Congresso nos próximos meses, após as votações do novo marco fiscal e da reforma tributária.

Fenômenos climáticos
Em relação ao fenômeno climático El Niño, que tradicionalmente provoca redução das chuvas na Amazônia e secas no Nordeste, Marina Silva disse que o Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas reforçou a estrutura.

Ela afirmou que a pasta contratou brigadistas e comprou equipamentos para lidar com eventuais incêndios na Amazônia e em outros biomas.

“Contratamos previamente nossas brigadas. Temos mais de 2 mil brigadistas já contratados, ampliamos nossos equipamentos e estamos em articulação com os governos dos estados dos mais diferentes biomas, sobretudo os mais fragilizados”, declarou a ministra.

Também presente à instalação da comissão temática, o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, disse que o governo estabeleceu uma diretriz para combater queimadas num cenário de aquecimento global.

Segundo ele, o Ibama está treinando brigadistas, tanto voluntários como dos governos estaduais, e promovendo estratégias de campo e campanhas de comunicação para se preparar para o fenômeno climático.

“Não tem Super El Niño. Tem aquecimento global. O mundo está esquentando e vai ficar cada vez mais. A gente vai ter que saber lidar com isso. Quando a gente viu que o La Niña estava virando El Niño, a gente foi ao máximo que o orçamento permitia, que foi a contratação de 2.101 brigadistas”, declarou Agostinho.

Ele destacou que o governo elaborou a estratégia assim que ficou clara a formação do El Niño ao longo do primeiro semestre.

Caracterizado pelo aquecimento das águas da região equatorial do Oceano Pacífico, o El Niño começa quando os ventos alísios – ventos que sopram dos trópicos ao Equador – param de soprar de leste para oeste. O La Niña, que perdurou nos últimos três anos, é definido pelo resfriamento dessas águas.

CNN

Postado em 21 de julho de 2023

‘O Brasil está muito atrasado de ainda considerar a homeopatia válida’, diz Natalia Pasternak

A homeopatia perdeu status de medicina baseada em evidência em boa parte da comunidade médica no mundo por não ter demonstrado eficácia em testes clínicos. Países como Inglaterra, França e Austrália decidiram desistir da prática do direito público. No Brasil, além de estar disponível no SUS, a homeopatia é reconhecida como especialidade médica, pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

Entretanto, o 1º vice-presidente do CFM Jeancarlo Cavalcante indicou que isso pode ser revisto. Em entrevista ao Estadão, Cavalcante afirmou que o reconhecimento da homeopatia como especialidade médica no país pode ser revisto a partir de nova análise de estudos científicos.

— Eu vou pedir para minha equipe coletar tais evidências (sobre a ineficácia da homeopatia) e vou levar à lembrança dos conselheiros — disse Cavalcante ao Estadão.

Para a microbiologista Natalia Pasternak, presidente do Instituto Questão de Ciência (IQC) e colunista do GLOBO, a possível exclusão da homeopatia como uma médica no Brasil seria o país “parar de ficar na contramão das evidências científicas globais que apontam para a ineficácia da homeopatia como prática médica”.

Pasternak e o jornalista Carlos Orsi, diretor da entidade publicaram recentemente o livro “Que bobagem! pseudociências e outros absurdos que não merecem ser levados a sério”. O lançamento da obra, que mapeia pseudociências que não têm embasamento em estudos clínicos robustos, incluindo a homeopatia, trouxe o assunto à tona.

— O Brasil está muito atrasado na questão da homeopatia e de ainda considera-la uma prática válida. O livro não é baseado em opiniões, mas em referências científicas. O capítulo sobre homeopatia, por exemplo, tem 60 referências de trabalhos científicos, relatórios e livros publicados por autores consagrados que já se debruçaram sobre o assunto — pontua Pasternak.

Essas referências incluem o editorial publicado em 2005 na revista científica renomada The Lancet chamada “O fim da homeopatia”, que traz uma série de trabalhos científicos publicados mostrando que a homeopatia não funciona além de um placebo. O livro cita ainda o relatório do Comitê de Ciência e Tecnologia do Parlamento inglês. Publicado em 2010, o documento deu início ao fim do tratamento e consultas homeopáticas pelo sistema de saúde público da Inglaterra.

Além do relatório encomendado pelo governo australiano que embasou a retirada da homeopatia do direito público do país, em 2015, e análise feita que pelo Ministério da Saúde, que embasou a decisão da França de parar de subsidiar a homeopatia.

Decisão conjunta
Atualmente no Brasil, a criação ou extensão de qualquer especialidade médica não cabe apenas ao CFM, mas à Comissão Mista de Especialidades. Criada em 2015, essa comissão é formada pelo CFM, pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pelos ministérios da Saúde e da Educação. Antes disso, o reconhecimento foi feito apenas por deliberação do CFM e AMB.

O presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), César Eduardo Fernandes, disse que a entidade continua reconhecendo a homeopatia como especialidade.

— Na AMB, temos que seguir a legalidade. Do modo como as coisas existem hoje, as 55 sociedades médicas existentes no Brasil, incluindo a de homeopatia, não estão cometendo nenhum ilícito em item título de especialista. Até que se prove o contrário, vamos continuar reconhecendo a homeopatia como especialidade legalmente existente e que pode continuar a existir — diz Fernandes.

Ele afirma também que uma entidade poderá se debruçar sobre esse assunto e se houver alguma dúvida sobre a eficácia e segurança dos procedimentos dessa prática, elas serão encaminhadas para a Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB), “para que possam responder e explicar se os procedimentos têm suporte de literatura com boa metodologia de investigação para dizer que são seguros e eficazes”.

Em nota enviada ao GLOBO, o CFM “esclarece que o reconhecimento de uma especialidade ou área de atuação da medicina passa por um debate amplo dentro da Comissão Mista de Especialidades (CME)” e que “nenhuma das instâncias que compõem a CME pode deliberar, unilateralmente, sobre o assunto”.

“Ressalte-se que o papel da CME é avaliar de modo permanente documentalmente reconhecida cientificamente, matriz de competências e outros, analisando seu impacto no escopo de atuação de especialidades médicas em vigor. Para tanto, esse trabalho respeita as contribuições dos diferentes colegiados, tramites e prazos legais”, diz o CFM.

Procurada pelo GLOBO, a AMHB não respondeu a publicação até esta reportagem.

O GLOBO

Postado em 20 de julho de 2023

Francesa é atingida por meteorito enquanto tomava café na varanda com amiga

É um evento extremamente raro, mas um meteorito atingiu uma mulher enquanto ela tomava café com uma amiga na varanda de sua casa, na cidade de Schirmeck, no nordeste da França.

Segundo informações do jornal DNA (Dernières Nouvelles d’Alsace), a francesa — que não teve o nome revelado — estava em sua casa, no dia 6 de julho, quando sentiu algo bater em uma de suas costelas. “Ouvi um ‘bang’ vindo do teto próximo a nós. No instante seguinte senti o impacto nas costelas. Pensei que fosse um animal, um morcego. Pensamos também que fosse um pedaço de cimento do teto, mas não tinha cor de cimento”, disse a mulher.

Ela levou, então, a rocha de cerca de 50 gramas até um especialista, Thierry Rebmann, da Universidade de Basel. Ele revelou que o meteorito é composto de ferro e silício, material normalmente associado a asteroides. “Encontrar um meteorito é algo raro, e um deles cair em você é mais raro ainda. É praticamente um caso único”, disse Rebmann ao DNA.

Meteoritos atingem todos os dias a Terra e são originalmente asteroides, grandes corpos feitos de pedra ou metal que acabam desintegrados ou reduzidos a pequenos pedaços quando entram em contato com a atmosfera do nosso planeta.

R7

Postado em 20 de julho de 2023

Johnson & Johnson terá que pagar R$ 90 milhões em caso de câncer causado por talco de bebê

A Johnson & Johnson foi condenada a indenizar em US$ 18,8 milhões (R$ 90,4 milhões) Emory Hernandez Valadez, um homem da Califórnia de 24 anos que disse ter desenvolvido câncer devido à exposição ao talco de bebê.

A decisão foi tomada por um júri na terça-feira (18), um revés para a empresa, que busca resolver milhares de casos semelhantes sobre seus produtos à base de talco em tribunal dos Estados Unidos.

Entenda o caso
Emory Hernandez entrou com uma ação em 2022 no tribunal estadual da Califórnia em Oakland contra a J&J, pedindo indenização por danos monetários.

O californiano disse que desenvolveu mesotelioma, um câncer mortal, no tecido ao redor de seu coração como resultado da forte exposição ao talco da empresa desde a infância. O julgamento durou seis semanas e foi o primeiro sobre o talco que a J&J enfrentou em quase dois anos.

O júri considerou que Hernandez tinha direito a uma indenização para compensá-lo por suas contas médicas, dor e sofrimento. Contudo, Hernandez não poderá receber a quantia devido a uma ordem judicial de falências que congelou a maior parte dos litígios sobre o talco da J&J.

O vice-presidente de litígios da J&J, Erik Haas, disse em comunicado que a empresa apelaria do veredito, chamando-o de “inconciliável com décadas de avaliações científicas independentes confirmando que o talco de bebê da Johnsons é seguro, não contém amianto e não causa câncer”.

Um advogado de Hernandez não pôde ser contatado para comentar.

Nos argumentos finais para o júri em 10 de julho, os advogados da J&J disseram que não havia nenhuma evidência ligando o tipo de mesotelioma do homem de 24 anos ao amianto ou provas de que Hernandez já foi exposto a talco contaminado. Já os advogados de Hernandez acusaram a J&J de um encobrimento “desprezível” da contaminação por amianto ao longo de décadas.

Emory Hernandez testemunhou em junho, dizendo aos jurados que teria evitado o talco da J&J se tivesse sido avisado de que continha amianto, como alega seu processo. Os jurados ouviram a mãe do jovem, Anna Camacho, que disse ter usado grandes quantidades de talco de bebê da J&J quando Hernandez era bebê e durante a infância. Ela chorou ao descrever a doença do filho.

Outros processos
Dezenas de milhares de demandantes também já entraram com ações contra a empresa no passado, alegando que o pó de bebê da J&J e outros produtos de talco às vezes continham amianto e causavam câncer de ovário e mesotelioma. A J&J disse que seus produtos de talco são seguros e não contêm o elemento cancerígeno.

A LTL Management, subsidiária da J&J, entrou com pedido de falência em abril em Trenton, Nova Jersey, propondo pagar US$ 8,9 bilhões (R$ 42,8 bilhões) para resolver mais de 38.000 ações judiciais e impedir que novos casos surgissem. Essa foi a segunda tentativa da empresa de resolver as reivindicações de falência do talco, depois que um tribunal federal de apelações rejeitou uma oferta anterior.

A maioria dos litígios foi interrompida durante o processo de falência, mas o juiz-chefe de falências dos Estados Unidos, Michael Kaplan, que está supervisionando o Capítulo 11 da LTL, deixou o julgamento de Hernandez prosseguir porque se espera que ele viva pouco tempo.

A forma de mesotelioma de Hernandez é extremamente rara, tornando seu caso diferente da grande maioria pendente contra a J&J.

Os demandantes do amianto estão buscando a rejeição do último pedido de falência da LTL. Eles argumentaram que o processo foi feito de má-fé para proteger a empresa de litígios.

A J&J e a LTL argumentaram que a falência oferece pagamentos de liquidação aos demandantes de maneira “mais justa, eficiente e equitativa” do que os tribunais de primeira instância, que eles compararam a uma “loteria” na qual alguns litigantes recebem grandes prêmios e outros nada.

A J&J disse em declarações ao tribunal de falências que os custos de seus vereditos, acordos e honorários advocatícios relacionados ao talco chegaram a cerca de US$ 4,5 bilhões (R$ 21,6 bilhões).

CNN

Postado em 20 de julho de 2023

Risco em locais fechados: cigarro eletrônico aumenta em 22 vezes as toxinas no ambiente

Uma das interpretações comuns em relação aos cigarros eletrônicos é que os dispositivos podem ser utilizados em ambientes fechados. Isso porque, como não envolvem a combustão – o líquido é vaporizado –, a fumaça expelida por eles some rapidamente e não aparenta perpetuar no local. No entanto, um novo estudo mostra que a realidade não é bem assim.

Por meio de um experimento que envolveu o uso dos dispositivos, também conhecidos como vapes ou pods, em um veículo fechado, os pesquisadores observaram que a concentração de toxinas nocivas à saúde aumenta em 22 vezes no ambiente após o uso, levando a riscos também para aqueles presentes que não utilizaram os aparelhos, os fumantes passivos.

O trabalho, publicado na revista científica Drug and Alcohol Dependence, envolveu 60 participantes que eram usuários de cigarro eletrônico. Eles responderam um questionário e utilizaram os dispositivos durante meia hora dentro dos carros. Em seguida, eles mediram a concentração da PM 2.5 no ambiente.

As PM 2.5 são partículas de material particulado fino de 2,5 micrômetros. São comumente utilizadas para avaliar a poluição do ar por serem expelidas em processos químicos e facilmente inaláveis. Ao chegarem no trato respiratório, podem penetrar de forma profunda levando a danos que aumentam o risco de doenças respiratórias e cardiovasculares.

Os resultados do estudo mostraram que, durante a meia hora, os participantes deram em média 18 puffs (como é chamada a tragada do cigarro eletrônico). Em média, a concentração da PM 2.5 aumentou de 4,78 µg/m3 para 107,40 µg/m3 no ambiente. No pico, foi observada uma concentração de 464,48 µg/m3.

“As concentrações de PM2.5 variaram muito entre os participantes, no entanto, as concentrações medianas de pico de PM2.5 durante a sessão foram aproximadamente 22 vezes maiores do que os níveis basais antes de qualquer uso ter ocorrido”, escreveram os pesquisadores no estudo.

Eles alertaram sobre como os resultados indicam riscos à saúde também para os passageiros que não utilizam os dispositivos: “o uso de cigarros eletrônicos em veículos afeta negativamente a qualidade do ar e pode representar riscos à saúde de todas as pessoas presentes nos veículos quando o uso está ocorrendo”.

Uso em ambiente fechado é proibido no Brasil
Desde 2009, a comercialização, distribuição e propaganda de Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs) são proibidas no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No ano passado, um grupo da autarquia reavaliou a decisão, mas optou pela manutenção do veto.

Ainda assim, é comum encontrar produtos do tipo à venda em bancas de jornal, tabacarias e nos mais diversos estabelecimentos, e o uso em si não é proibido. Porém, de acordo com uma pesquisa nacional, a Covitel 2023, 4,3% dos usuários dizem que optam pelo cigarro eletrônico porque ele “pode ser usado onde cigarro industrializado é proibido”.

No entanto, uma nota técnica da Anvisa de maio deste ano reforçou que as mesmas regras referentes ao uso dos cigarros convencionais são aplicadas aos dispositivos eletrônicos. Por isso, os vapes também não podem ser utilizados em ambientes coletivos fechados, sejam eles privados ou públicos.

Folha PE

Postado em 20 de julho de 2023

Obesidade: cientistas identificam mecanismo cerebral que provoca ganho de peso

A abundância de alimentos saborosos com alto teor de gordura possibilitou que as pessoas vivessem por mais tempo, mas também levou a uma epidemia de doenças relacionadas à obesidade e testando a resiliência dos sistemas de saúde.

Uma das formas de acabar com essa crise de saúde é estudar o que acontece no cérebro quando somos expostos a certos alimentos. Esta semana, uma equipe liderada por Michiru Hirasawa, da Memorial University of Newfoundland (Canadá), publicou na revista PNAS um estudo em que tenta perceber a relação entre a inflamação do hipotálamo, uma parte do cérebro que regula o equilíbrio energético e a nossa sensação de fome, e o consumo de dietas ricas em gordura.

Há muito se sabe que dietas ricas em gordura podem levar a um círculo vicioso difícil de interromper. Esses alimentos produzem inflamação do hipotálamo que aumenta o apetite a níveis que nos fazem comer mais do que precisamos e ganhar peso.

No entanto, os cientistas também observaram um efeito aparentemente paradoxal. A inflamação nessa região do cérebro também está associada a doenças como anorexia e outras que causam perda de peso. Hirasawa e seus colegas usaram modelos animais para tentar descobrir como essa relação entre inflamação e apetite desordenado é regulada.

Em seu trabalho, os pesquisadores mostram que dietas ricas em gordura fazem com que a prostaglandina E2 (PGE2), uma molécula que regula processos do sistema imunológico como a febre, ative o hormônio MHC no hipotálamo, que nos faz sentir fome. Esse mecanismo também pode explicar por que a inflamação cerebral às vezes leva ao ganho de peso e à perda excessiva em outras ocasiões. Se estiver em alta concentração e produzir inflamação intensa, a PGE2 suprime o apetite, mas se a concentração for menor, aumenta-o.

Os autores do trabalho verificaram que, ao modificar geneticamente os camundongos que participaram do estudo — eliminando os receptores dessa prostaglandina nos neurônios do MHC —, os animais ficaram protegidos contra a obesidade ou o acúmulo de gordura no fígado que causavam inflamação do hipotálamo ligada a uma dieta rica em gordura.

— Não é fácil prever o resultado de uma inflamação, porque intensidade baixa ou alta é relativa, pode ser aguda ou crônica e envolver muitos órgãos, células e moléculas diferentes — reconhece Hirasawa. — No entanto, embora produzam doenças diferentes, reduzir a inflamação pode aliviar ambos os sintomas.

Por esse motivo, o pesquisador propõe que qualquer estratégia que alcance esse efeito pode ser útil sob vários pontos de vista.

— Por exemplo, a dieta mediterrânea é anti-inflamatória e conhecida por ajudar a reduzir o peso em pessoas com sobrepeso ou obesas.

Por fim, ele alerta que também é fundamental ser seletivo sobre como e quando os tratamentos anti-inflamatórios são usados, pois a inflamação também é necessária para o nosso funcionamento diário, por exemplo, cicatrizar feridas ou combater infecções.

Numa altura em que algumas previsões apontam para que dentro de menos de uma década até 80% dos homens e 55% das mulheres estarão com sobrepeso ou obesidade, e quando os medicamentos para perda de peso se tornam blockbusters, a possibilidade de encontrar alvos terapêuticos contra o apetite descontrolado desperta grande interesse. Hirasawa acredita que suas descobertas “podem um dia nos levar a tratamentos para a obesidade”.

O conhecimento do mecanismo que se inicia com a ingestão de alimentos gordurosos e causa a inflamação que aumenta o apetite permitiria o desenvolvimento de tratamentos que utilizam esse alvo. A modificação genética a que os camundongos foram submetidos no estudo publicado na PNAS parece uma opção muito radical e devemos ter em mente que a PGE2 tem muitas outras funções, além de inflamar o hipotálamo e nos dar fome.

— É de se esperar que os tratamentos que bloqueiam esse mecanismo tenham um efeito anti-obesidade. Mas é fundamental identificar possíveis efeitos colaterais e testar sua segurança antes de usá-los — conclui.

Folha PE

Postado em 20 de julho de 2023

Pesquisa revela as origens da forte atração do ser humano pela nostalgia

O mundo girou de forma espetacular nas últimas décadas, trazendo avanços notáveis ​​e grandiosos desafios à humanidade. Nesse dilatado período, as referências culturais passaram por mudanças radicais, os objetivos de vida foram se transversais e os valores se amoldaram ao curso da história. O que parece imutável em meio a tantos sacolejos é o pendor dos indivíduos, não importa a época em que vivem, em olhar para trás e enaltecer o passado, envoltos em uma aura de saudosismo. Quem nunca ouviu frases do gênero “Agora está tudo uma bagunça, a juventude não é mais a mesma. No meu tempo é que era bom”? A essa saudade, alimentada pela idealização do que já passou, se dá o nome de nostalgia — um sentimento que acompanha homens e mulheres desde os primórdios. No Império Romano, o historiador Tito Lívio (59 aC-17 dC

Depois de investigar a questão durante sete décadas, o pesquisador das universidades americanas de Columbia e Harvard conseguiu dar a dimensão à tendência nostálgica que ronda as pessoas das mais diversas eras e lugares. Foram ao todo 12 milhões de pessoas que aprenderam de diferentes faixas etárias em mais de sessenta países — entre eles Brasil, Estados Unidos, França e Japão. E não deu outra: a imensa maioria sustenta a existência de um declínio moral na sociedade, que estaria se tornando menos honesta, solidária, gentil e humana. De 177 itens analisados, em 148 deles (84%) a avaliação foi de piora em comparação ao que se foi. Em paralelo, os estudiosos se debruçaram sobre a realidade objetiva e concluíram que a percepção de retrocesso no campo da moralidade não tinha eco nos fatos. Seria, portanto, um mito. Daí o título do trabalho,

Um mergulho nas raízes dessa marca humana que emergem do vasto estudo desvenda os psicológicos que fazem com que o passado seja idealizado, enquanto o presente é insatisfatório para tanta gente. E eles guardam uma relação direta com convidados da memória que distorcem o ontem e o hoje. “Nem a memória individual nem a coletiva são fotografias do que realmente aconteceu. Elas são reconstruções”, já dizia o filósofo italiano Umberto Eco (1932-2016). Segundo a turma que encabeçou a pesquisa, as pessoas tendem a absorver uma quantidade maior de informações negativas sobre o que acontece ao seu redor, sobretudo quando a situação envolve desconhecidos — algo que intitularam de “exposição tendenciosa”. Com o passado, o movimento é justamente oposto, já que o cérebro possui rara capacidade de apagar aquilo que não é bom. O equilíbrio desses dois movimentos sincronizados é, de um lado, um pessimismo em relação ao aqui e agora e, de outro, uma romantização de tempos que não voltam mais. “Com o correr dos anos, os acontecimentos ruínas são amenizados, e o mal vai perder a maldade mais rapidamente do que o bem perde a faculdade no imaginário das pessoas”, explicou a VEJA o psicólogo Adam Mastroianni, coordenador do estudo.

Quando se afirma que a sociedade se ancorava sobre pilares de mais elevada grandeza, se passava ao largo de episódios sombrios que abriam feridas dolorosas, como ditaduras sangrentas e as duas guerras mundiais que ceifaram a vida de milhões, assim como se ignoram importantes avanços civilizatórios, entre eles a louvável conquista de direitos pelas mulheres. Isso tudo parece meio nebuloso para a técnica de enfermagem proposta Terezinha Ribeiro, 81 anos, integrante do grupo que acredita que a modernidade tirou tudo dos conformes e gerou mais problemas do que soluções. “Está uma bagunça, ninguém se respeita, e as novas gerações têm uma educação ruim, só aprendem comportamentos errados”, opina Terezinha, dando voz a toda uma ala que tenta encontrar refúgio nas mais diversas bolhas, onde compartilha da mesma opinião que outros. A dela é a igreja.

Os estudiosos alertam para uma confusão muito comum entre os nostálgicos. “Uma parte acaba achando que o passado era melhor, quando na verdade o que ocorre é que, naquele tempo, a pessoa era mais feliz e confunde sua vivência pessoal com o contexto social maior”, afirma o psicanalista Christian Dunker. Ao observar sua ampla amostra com lupa, a pesquisa americana constatou ainda que, entre os que se revelavam conservadores, a ideia de que o tempo presente é “menos ético” se sobressaía com tintas mais gritantes. Isso tem a ver com o elo que esse grupo faz entre o avanço de pautas progressistas, como a descriminalização das drogas e do aborto, e a suposta crise moral. “Se um conjunto de valores é questionado, não significa que a sociedade perdeu o norte, mas que está imbuída do exercício saudável de compensar o que faz sentido”,

Não é sempre que o sentimento de nostalgia traz angústia e descontentamento. Há uma face dele que é proveitosa aos indivíduos, como esclareceu um cuidador pelas universidades de Southampton, na Inglaterra, e de Zhejiang, na China, com quase 4 000 voluntários. Para eles, as lembranças aumentavam a sensação de felicidade e diminuíam a de solidão. A mesma pesquisa aponta que o saudosismo, visto sob seu ângulo positivo, preencheu corações e mentes no árido período de isolamento pandêmico. A onda nostálgica também dita comportamentos que, em si, não trazem nenhum mal. A toda hora, a jovem geração Z escolhe uma década em que se inspira, resgatando pochetes, cores vibrantes, câmeras gravadas, discos de vinil e até o inesquecível Atari. “Gosto de me abastecer de referências diferentes”, conta a estudante de geografia Deborah Costa, 21 anos, adepta do visual retrô. Ela não cai na armadilha de se enredar no passado sem apreciar o mundo de hoje, um embate existencial sobre o qual o filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860) escreveu: “Pensamos raras vezes no que temos, mas sempre no que nos falta” . Sábias palavras para os nostálgicos de plantão.

VEJA

Postado em 20 de julho de 2023

Melhora no cenário faz governador subir a projeção do PIB para 2,5%

O Ministério da Fazenda revisou a estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023 de 1,9% para 2,5%. O ajuste nas expectativas se deu graças ao resultado do PIB no primeiro trimestre, período em que o setor agropecuário deslanchou. Esse setor, inclusive, viu sua projeção de crescimento ser expandida de 11% para 13,2%, em linha com o mercado. O relatório divulgado pela Secretaria de Política Econômica (SPE) da Fazenda nesta quarta-feira, 19, é citado ainda a probabilidade de queda nos juros como fator a economia do país no segundo semestre.

A revisão do PIB, entre 2,5% e 3%, já havia sido adiantada por Guilherme Mello, titular da SPE nas últimas semanas. Para justificar o aumento da estimativa, além do setor agropecuário, há otimismo por parte da Fazenda na recuperação da Indústria, que teve sua projeção revista de um avanço de 0,5% para 0,8%. A projeção para Serviços, por sua vez, passou de um avanço de 1,3% para 1,7%. Em relação a 2024, o governo foi mais cauteloso: manteve-se o crescimento esperado de 2,3% para o próximo ano, abaixo da expectativa deste ano. “Frente a 2023, o cenário é de leve desaceleração, motivado pela baixa contribuição esperada para o setor externo e pelo menor crescimento projetado para o setor agropecuário”, aponta o relatório da pasta comandada por Fernando Haddad. “Apesar da desaceleração, o crescimento será mais homogêneo entre setores e baseado na recuperação da absorção doméstica.”

Fora isso, o governo compareceu a projeção para a margem deste ano, que caiu de 5,58% para 4,85%. Para 2024, é esperada nova alta acima do centro da meta: a projeção do IPCA para o próximo ano, agora, é de 3,3%. Segundo a Fazenda, os ajustes nesse campo se deram graças às “surpresas positivas” com os indicadores de abril e maio.

Em coletiva de imprensa, Mello aprovou para fazer coro a um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva: a redução dos juros, hoje no patamar de 13,75% ao ano. “Isso [o cenário apresentado] cria todas as condições para um processo de redução sustentada da taxa de juros, trazendo a taxa de juros para algo mais próximo não só do padrão internacional, como no sentido de que o próprio Banco Central assume como sendo a taxa de juros neutra”, afirmou ele. “O impacto da política monetária tem sido sentido do ponto de vista do gasto com juros, do ponto de vista da arrecadação, do ponto de vista do mercado de trabalho, do ponto de vista do mercado de crédito, do ponto de vista setorial e, obviamente, do ponto de vista social quando você junta todos esses sistemas.”

A pasta menciona ainda o reajuste autorizado para plano de saúde levemente inferior ao projetado; a redução nos preços da gasolina, diesel e gás de cozinha nas refinarias; e revisões nas tarifas de energia elétrica e ônibus urbano como fatores a acomodados como expectativas para a impressão de 2023.

Também houve melhora nas expectativas para o déficit primário. Na coleta de junho, a projeção para o déficit primário do país em 2023 foi de 101,75 bilhões de reais, ante 125,99 bilhões de reais em janeiro. A pasta reivindica a si a melhor no cenário fiscal. “A melhora nas expectativas sugere que as instituições de mercado estão considerando as medidas anunciadas pelo Ministério da Fazenda em suas projeções fiscais”, diz o texto.

riscos
A Fazenda aponta o cenário de aperto ansioso nos Estados Unidos e na União Europeia como algo a se observar com atenção. Além disso, também é citado como fator preocupante o ritmo de recuperação da economia chinesa, com o fraco desempenho da indústria de manufatura do país asiático e de seu setor de construção. Há otimismo, no entanto, quando se trata dos riscos de uma crise sistêmica no mercado financeiro: “Com a contenção dos problemas de liquidez por meio de linhas de empréstimo emergenciais, os riscos de crise no setor bancário se dissiparam nos últimos meses. Em paralelo, os núcleos de cobertura e dados do mercado de trabalho tanto nos Estados Unidos como na zona do euro seguiram mostrando certa resiliência”, aponta o relatório.

Veja

Postado em 20 de julho de 2023

Em Cabo Verde, Lula cita escravidão no Brasil e promete abrir novas embaixadas em países africanos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (19) que pretende abrir embaixadas em países do continente africano que ainda não têm representação diplomática brasileira. A declaração ocorreu durante a passagem do chefe do Executivo por Cabo Verde, onde ele se reuniu com o presidente do país, José Maria Neves. O Brasil mantém relações diplomáticas com todas as 54 nações africanas, mas possui embaixada em apenas 33 países, de acordo com o site do Ministério das Relações Exteriores (veja a lista abaixo). Do lado oposto, são 34 as embaixadas de países africanos em Brasília.

“O Brasil precisa de democracia, por isso nós devemos tratar o continente africano com carinho. Quero visitar vários países africanos neste ano e, no próximo ano, abrir embaixadas nos países em que o Brasil não tem embaixada, para a gente decidir no que o Brasil pode ajudar o continente”, afirmou Lula.

‘Profunda gratidão ao continente africano’
Durante sua declaração, o presidente brasileiro ainda disse ter profunda gratidão ao continente africano pelos feitos durante a escravidão no Brasil. “Eu quero recuperar essa relação com o continente africano, porque nós somos formados pelo povo africano, nossa cultura, nossa cor e nosso tamanho. É resultado da miscigenação entre índios, negros e europeus. Temos uma profunda gratidão ao continente africano por tudo o que foi produzido durante 350 anos de escravidão no nosso país”, afirmou Lula.

Lula disse que o Brasil tem potencial para auxiliar no desenvolvimento de países africanos e citou áreas como educação, ciência, indústria e agricultura. “Fico muito feliz com estudantes de Cabo Verde que estudam no Brasil. Quando criamos a Universidade Afrobrasileira, foi com o objetivo de ter muitos estudantes africanos estudando junto com os brasileiros. É tentar formar especialidades de que os países da África precisam para desenvolver seus países”, contou.

A passagem do presidente brasileiro em Cabo Verde ocorreu por causa da viagem de Lula a Bruxelas, a capital da Bélgica, onde ele participou da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e União Europeia. Nesta semana, o petista havia dito que teria que passar pelo país africano porque o avião presidencial não suportava o deslocamento entre continentes sem fazer uma parada para abastecimento.

O presidente brasileiro citou, ainda, os ataques contra as sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro, e garantiu que os envolvidos serão punidos — mais de 1.100 pessoas se tornaram rés no inquérito que investiga o ato e que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). “O Brasil não quer voltar ao obscurantismo de regime autoritários.”

Veja os países africanos com embaixada brasileira

  • África do Sul
  • Angola
  • Argélia
  • Burkina Fasso
  • Benim
  • Botsuana
  • Cabo Verde
  • Camarões
  • Costa do Marfim
  • Egito
  • Etiópia
  • Gabão
  • Gana
  • Guiné (Conacri)
  • Guiné-Bissau
  • Guiné Equatorial
  • Mali
  • Marrocos
  • Mauritânia
  • Moçambique
  • Namíbia
  • Nigéria
  • Quênia
  • República Democrática do Congo
  • República do Congo
  • São Tomé e Príncipe
  • Senegal
  • Sudão
  • Tanzânia
  • Togo
  • Tunísia
  • Zâmbia
  • Zimbábue

R7

Postado em 20 de julho de 2023

À PF, Do Val diz que ideia de gravar Moraes partiu de Silveira

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) reafirmou à PF (Polícia Federal) que a ideia para uma suposta tentativa de golpe de Estado foi do ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ). O plano de gravar o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes teria sido tratado em reunião com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-congressista.

Segundo Do Val, Bolsonaro ficou calado ao ouvir o plano. Ele prestou novo depoimento à PF na 4ª feira (19.jul). O ex-presidente depôs em 12 de julho .

Em 1º de fevereiro, Do Val afirmou que Bolsonaro teria tentado coagi-lo a participar de um golpe de Estado depois da derrota nas eleições contra o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Um dia depois, em 2 de fevereiro, recuou e isentou o ex-presidente de responsabilidade na suposta tentativa.

O jornal O Estado de São Paulo teve acesso ao depoimento do senador desta 4ª feira (19.jul). Do Val disse que “ percebendo que havia feito essas emoções infudadas, em um momento de raiva, dispensado desdizê-las em várias manifestações posteriores ”.

Ao depor na última semana, Bolsonaro recusou que tivesse sido discutido na reunião um plano de gravar Moraes e tentar anular o resultado da eleição presidencial de 2022. Entretanto, Do Val declarou que Daniel Silveira falou sobre a ideia “ na presença do ex-presidente Jair Bolsonaro ”. O ex-presidente, segundo o senador, não se manifestou durante uma conversa.

O congressista disse que o convite para uma reunião partiu de Bolsonaro. Conforme Do Val, a responsabilidade de idealizar e marcar o encontro era de Daniel Silveira, mas o ex-deputado estava no telefone com o ex-presidente ao abordá-lo no Congresso.

Silveira teria dito ao senador que o “zero um” precisava falar com ele e passado o telefone. Bolsonaro, então, o teria convidado para o encontro. De acordo com o senador, “ pela expressão de surpresa do ex-presidente ”, ele “ acredita que apenas Daniel Silveira sabia do que seria tratado na reunião ”.

Ao ser questionado pela PF sobre o envolvimento de outras pessoas, Do Val respondeu que, depois do encontro, Silveira invejou uma mensagem por WhatsApp em que se lia: “ Irmão, essa missão está restrita a 3 pessoas e só irá ficar, provavelmente, com mais 5 após concluída. Cinco estrelas ”.

O senador falou não saber o que o ex-deputado quis dizer ao usar o termo e não perguntou a Silveira.

Poder 360

Postado em 20 de julho de 2023

Brasil tem o 19º melhor passaporte do mundo; confira ranking

O Brasil ganhou uma posição no ranking de ‘passaportes mais poderosos do mundo’, segundo a lista do Henley Passport Index, que analisa os documentos de 199 países e 227 destinos, divulgado nesta semana. O passaporte brasileiro fica atrás de outros sul-americanos, como o Chile, em 15º e a Argentina, em 18º.

Cingapura é o novo líder do ranking. Os cidadãos do país asiático têm acesso liberado para 192 nações. Antes, o Japão foi o líder da lista por cinco anos, mas caiu para a terceira posição, com 189 países abertos para japoneses.

Três países europeus, Itália, Espanha e Alemanha, estão empatados como vice-lideranças da lista, podendo entrar livremente em 190 países. Já o português ficou em quinto, com 187 destinos sem visto. O dos Estados Unidos ficou em oitavo, com 184.

No ranking, o pior passaporte segue sendo o do Afeganistão, que dá acesso a 27 países sem visto. Para iraquianos, o acesso é de 29. A Síria está na frente dos dois, com acesso livre a 30 países.

Brasil facilitou entrada no México
O visto para entrar no México agora é eletrônico para brasileiros. Os países fizeram um acordo de sistema recíproco de vistos eletrônicos. A medida permitirá que brasileiros e mexicanos façam a solicitação de vistos para turismo e negócios, por exemplo, sem a necessidade de ir até o consulado.

“Sem perder de vista o objetivo comum da retomada gradual do Acordo de Isenção de Vistos entre Brasil e México, a adoção conjunta de vistos eletrônicos permitirá que cidadãs e cidadãos brasileiros e mexicanos possam solicitar, de modo rápido, seguro e sem necessidade de deslocamento a repartições consulares, visto de visita para fins de turismo e negócios nos dois países”, informou o Ministério das Relações Exteriores.

Conheça os 10 melhores passaportes do mundo
1º – Cingapura – 192 países
2º – Alemanha, Itália, Espanha – 190 países
3º – Áustria, Finlândia, França, Japão, Luxemburgo, Coreia do Sul, Suécia – 189
4º – Dinamarca, Irlanda, Holanda, Reino Unido – 188
5º – Bélgica, República Tcheca, Malta, Nova Zelândia, Noruega, Portugal, Suíça – 187
6º – Austrália, Hungria, Polônia – 186
7º – Canadá, Grécia – 185
8º – Lituânia, Estados Unidos – 184
9º – Letônia, Eslováquia, Eslovênia
10º – Estônia, Islândia – 182

Band

Postado em 20 de julho de 2023