Opinião: especialista em doenças infecciosas cita preocupações com nova fase da pandemia

Finalmente, a pandemia de Covid-19 entrou em sua fase residual. Na semana passada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu encerrar a emergência global de saúde da Covid-19.

Os marcos da pandemia vêm após três anos estressantes de picos de infecções, seguidos por períodos de calmaria, depois mais picos, causando um total de 1,1 milhão de mortes nos Estados Unidos e quase 7 milhões em todo o mundo, incluindo mais de 700 mil no Brasil.

Com certeza, a reversão lenta e constante dessas intervenções antes necessárias é a coisa certa a fazer. Também é correto garantir que máscaras, vacinas e kits de testes (que em breve não serão mais gratuitos para todos nos EUA) e todo o aparato de controle pandêmico permaneçam disponíveis para aqueles que ainda se sentem inseguros.

Apesar do que as evidências dizem, no entanto, admito que temo que possamos estar liberando tudo muito rapidamente. Eu tenho uma razão racional para minha posição irracional. As doenças infecciosas nunca vão embora; elas apenas mudam um pouco, depois mudam um pouco mais até que um dia retornam maiores e mais ferozes do que nunca.

A Covid-19, o surgimento do coronavírus simples, é, naturalmente, o exemplo mais vívido. Mas a gripe (influenza), o vírus sincicial respiratório (VSR) e vários “resfriados” semelhantes sempre tiveram boas e más estações, pois seu DNA é embaralhado e reordenado e novos truques virais são aprendidos.

Como especialista em doenças infecciosas, há muito tempo aceitei que nós, humanos, vivemos emprestando tempo: os micróbios nos superam pelos trilhões e não têm nenhum apego emocional, nenhuma hesitação ou dúvida, e nenhum objetivo além de serem abundantes e se multiplicarem.

Além disso, a história de doenças infecciosas é repleta de doenças que viveram sob um fiapo de erradicação e depois retornaram, às vezes mais fortes e vingativas, e outras vezes com uma persistência irregular semelhante ao que vemos agora com SARS-CoV-2.

Flagelos lendários como a poliomielite e o sarampo aguardam pacientemente na porta, só esperando que a gente não se vacine de forma completa, prontos para reacender novas ondas de doenças infecciosas que o respeito adequado à saúde pública poderia ter evitado.

Então, embora o alívio das restrições da Covid-19 esteja garantido em maio de 2023, isso não pode ser visto como um momento de “liberou geral” permanente. Teremos mais problemas com o coronavírus implacável e/ou outros vírus nos próximos meses, anos ou décadas. No entanto, as considerações práticas (também conhecidas como viver uma vida normal) neste momento substituem a preocupação básica dos profissionais; simplesmente não podemos nos encolher enquanto esperamos que outro raio caia no mesmo lugar.

E as especificidades da próxima coisa ruim (outro coronavírus, VSR ou gripe ou uma infecção menos famosa que sai de controle) não é o que nos mantém – nós, especialistas em doenças infecciosas – sem dormir. O que nos assusta é a incerteza cada vez maior sobre se os EUA conseguirão responder à próxima crise.

A coleção antes solta de pessoas antivacina, antifarmacêuticas, anticiência e pró-conspirações acabou virando um movimento em si. A deputada republicana Lauren Boebert, do Colorado, declarou recentemente sobre a demissão da diretora de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, doutora Rochelle Walensky, que “Rochelle foi uma agente importante nos lockdowns, exigências de vacina e na destruição econômica dos Estados Unidos”, como se sua visão de má conduta fosse um fato.

Sabemos que Walensky tornou-se a chefe do CDC dez meses após o início do lockdown, e o CDC não tem o poder de exigir vacinas para os cidadãos nos EUA.

Em uma carta ao presidente Joe Biden, Walensky disse que ela assumiu o trabalho a seu pedido “com o objetivo de deixar para trás os dias terríveis da pandemia e levar o CDC e a saúde pública para um lugar muito melhor e mais confiável”. Ela observou, também, que o CDC “salvou e melhorou vidas e protegeu o país e o mundo da maior ameaça em doença infecciosa que vimos em mais de 100 anos”.

De forma ainda mais sinistra, no meio da multidão antivacina há um grupo em particular bem financiado, cujo líder, de acordo com a repórter Lisa Hagen, da NPR, vê as ações dos últimos anos como uma “trama orientada para a pandemia para envenenar o mundo para obter lucro”. O grupo está se organizando tanto para espalhar sua ideologia quanto para desenvolver um calhamaço de conteúdo jurídico para transformar ações de saúde pública em outro processo judicial sem fim, moendo o progresso científico até que ele pare. O inimigo do grupo não é a doença em si, mas sim as medidas necessárias tomadas pelos órgãos de saúde pública e pelos líderes científicos para salvar vidas humanas.

O que significa que, na próxima crise de saúde pública, teremos de lidar não só com um patógeno, mas também com uma comunidade bem organizada e descolada na realidade, que parece incansável na busca de fatos alternativos. Embora a maioria das pessoas nos EUA esteja vacinada, pareça acreditar na ciência e simplesmente queira seguir com sua vida, a minoria ruidosa provavelmente fará com que a resposta da Operação Warp Speed organizada por Trump no início da pandemia de Covid-19 pareça um momento de união único, um acordo pacífico em todas as ideologias e faixas políticas.

E essa é uma situação que deve manter muitos de nós acordados à noite.

CNN

Postado em 21 de maio de 2023

União Europeia planeja banir maior produtor de diamantes da Rússia

A União Europeia está prestes a impor uma proibição às importações de diamantes da Rússia – cortando o maior produtor de diamantes do mundo de um de seus principais mercados.

“Os diamantes russos não duram para sempre”, disse o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, à margem da cúpula do G7 em Hiroshima, Japão, na sexta-feira.

Um plano para sancionar a indústria russa, no valor de US$ 4 bilhões em exportações, pode ser revelado ainda neste fim de semana, disse um alto funcionário da UE a jornalistas durante um briefing na quinta-feira (18).

A Rússia produz cerca de um terço dos diamantes do mundo e é o maior exportador individual, de acordo com o Antwerp World Diamond Center (AWDC), que representa o maior centro comercial de diamantes do mundo na Bélgica.

A proibição da UE viria como parte de um 11º pacote de sanções sobre a invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022, e mais de um ano depois que os Estados Unidos proibiram suas empresas de comprar diamantes russos para fins não industriais.

Na sexta-feira (19), o Reino Unido também anunciou que proibiria as importações de diamantes de Moscou ainda este ano, bem como todas as importações de cobre, alumínio e níquel de origem russa.

A proibição da UE afetará as finanças da Rússia, bem como varejistas e comerciantes europeus de diamantes. Os compradores de joias e relógios de luxo também podem sentir o impacto em suas carteiras.

Tamanho do impacto
As exportações de diamantes da Rússia geraram cerca de US$ 4 bilhões em 2021, segundo o governo do Reino Unido. O valor total das exportações russas de mercadorias naquele ano foi de US$ 494 bilhões, de acordo com o banco central do país. Petróleo e gás representaram cerca de metade desse valor.

A indústria de diamantes do país já sofreu um grande golpe em abril de 2022, quando os Estados Unidos proibiram as importações da Alrosa, uma mineradora estatal russa responsável por 90% da capacidade de mineração de diamantes da Rússia.

Os Estados Unidos respondem por metade da demanda global de diamantes usados em joias, disse Paul Zimnisky, analista independente da indústria de diamantes, enquanto a Europa e o Reino Unido juntos representam apenas cerca de 5% do mercado.

A proibição dos diamantes russos pode inflar os preços para os consumidores europeus, especialmente se a produção de diamantes em outros lugares não aumentar.

“Custa bilhões para produzir mais diamantes e leva até dois anos antes que a produção realmente possa ser vista no mercado”, disse Tom Neys, porta-voz do AWDC, à CNN.

Ele observou que a demanda por joias com diamantes estava atualmente “lenta”, mas “quanto mais perto chegarmos do final do ano [quando a demanda tende a aumentar]… você sentirá esse aperto e isso provavelmente se traduzirá em preços mais altos”.

É improvável que o uso de diamantes na indústria sofra graves interrupções, de acordo com Zimnisky, porque mais de 90% dessas gemas são produzidas sinteticamente na China. A dureza dos diamantes os torna úteis na fabricação de brocas e equipamentos cirúrgicos, por exemplo.

É possível que os diamantes produzidos sinteticamente também possam ajudar a preencher a lacuna no mercado de joias deixada pelas exportações de Moscou, disse Zimnisky, embora seja improvável que um excesso de diamantes mais baratos, produzidos em laboratório, concorra com suas alternativas naturais. Esses sempre serão um “produto de luxo”, disse Zimnisky.

Um golpe para a Bélgica
Os comerciantes de diamantes da Europa estão consternados com a perspectiva de sanções.

“Somos contra as sanções”, disse Neys, do AWDC, acrescentando que os comerciantes simplesmente mudariam seus negócios de Antuérpia em resposta.

A cidade belga já “perdeu muitos negócios para Dubai” nos últimos 15 anos, disse ele, já que a Antuérpia endureceu suas regras de transparência e aquisição ética de diamantes.

Cerca de US$ 40 bilhões em diamantes são movimentados pela Antuérpia todos os anos, de acordo com o AWDC. Entre 5% e 10% desses diamantes são de origem russa, ante cerca de um quarto antes da guerra.

As empresas provavelmente se mudarão para o centro comercial mais ativo, disse Neys. E “quando os grandes se movem, os pequenos vão atrás, e aí você fica sem nada”, acrescentou.

Alguns dos maiores fabricantes de joias do mundo, incluindo a Pandora – a maior do mundo – já rejeitaram os diamantes de Moscou voluntariamente após a invasão.

Outros joalheiros de renome também reformularam suas cadeias de suprimentos, disse Zimnisky, portanto, a proibição de diamantes russos será sentida de forma mais intensa pelos pequenos joalheiros independentes da Europa.

“Em última análise, [haverá] uma bifurcação no mercado de diamantes. Os diamantes não russos serão encaminhados para o mundo ocidental”, disse ele, enquanto os diamantes russos provavelmente acabarão na China, Índia e Oriente Médio.

Fechando brechas?
A maior tarefa que a Europa enfrenta é como projetar uma proibição hermética que impeça que os diamantes russos cheguem ao bloco por rotas tortuosas.

Falando a jornalistas na quinta-feira, um alto funcionário da UE disse que o “foco principal” do novo pacote de sanções do bloco era a “evasão”.

Zimnisky explicou: “Se você é, digamos, um participante da indústria dos EUA… comprando diamantes de um cortador e polidor indiano, tecnicamente você ainda pode comprar pedras de origem russa”.

Cerca de 90% dos diamantes brutos do mundo são enviados para a Índia para corte e polimento antes de serem reexportados para fabricantes de joias.

É aí que a atual proibição dos EUA falha, de acordo com Neys. “Há muitos diamantes russos que ainda são vendidos na economia americana”, disse ele.

“Se você realmente deseja fechar brechas, precisa encontrar um sistema que impeça que os diamantes [russos] cheguem ao mercado G7”, disse Neys. Para fazer isso funcionar, ele acrescentou, joalheiros e comerciantes precisariam de acesso à tecnologia que pudesse determinar a origem dos diamantes.

CNN

Postado em 21 de maio de 2023

Bolsonaro perdeu mais de 5 milhões de seguidores entre dezembro e maio

Jair Bolsonaro perdeu mais de 5 milhões de seguidores entre dezembro e maio. A análise dos perfis do ex-presidente no Facebook, no Instagram e no Twitter foi conduzida pela agência de marketing Ativaweb.

Segundo o levantamento, as perdas de Bolsonaro ultrapassam 2 milhões de perfis só no Instagram. Ele também apresentou redução de 4,5 pontos percentuais no engajamento nesta rede social.

Os perfis de Bolsonaro começaram a encolher após a ida do ex-presidente para Orlando, nos Estados Unidos, e o silêncio que marcou o período pós-eleição.

O estudo, no entanto, mostra que as crises enfrentadas pelo ex-presidente reanimaram a militância bolsonarista no meio digital. Até o dia 12 deste mês, Bolsonaro conversava com menos de 1% de seu público nas redes sociais, mas apresentou pico de interações nesta semana, quando depôs na Polícia Federal.

Metropoles

Postado em 20 de maio de 2023

Familiares e conhecidos são responsáveis por 68% dos casos de violência sexual contra crianças no Brasil, diz Saúde

Familiares e conhecidos são responsáveis por 68% dos casos de violência sexual contra crianças de 0 a 9 anos no Brasil. Entre as vítimas de 10 a 19 anos, o crime é cometido por pessoas próximas em 58,4% dos casos.

Entre 2015 e 2021, o país registrou mais de 200 mil casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes. Foram notificados mais de 83 mil episódios entre crianças e mais de 119 mil atos violentos contra adolescentes, totalizando 202.948 casos. Em 2021, o número de notificações foi o maior registrado ao longo do período analisado, com 35.196 casos.

Os dados são de um novo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado na quinta-feira (18). Em evento realizado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), reforçou o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes.

“Neste dia nacional de luta, quero dizer que o meu governo reconhece o trabalho de cada uma e de cada um de vocês que lutam para combater esse crime condenável. O Brasil será o país que protegerá cada criança e cada adolescente de qualquer de abuso”, disse o presidente.

De acordo com o documento, a casa das vítimas é o local de ocorrência de 70,9% dos casos de violência sexual contra crianças de 0 a 9 anos de idade e de 63,4% dos casos contra pessoas de 10 a 19 anos.

O boletim também descreve detalhes sobre o perfil dos agressores. A maioria são do sexo masculino, responsáveis por mais de 81% dos casos contra crianças de 0 a 9 anos e 86% dos casos contra aqueles de 10 a 19 anos.

As vítimas são predominantemente do sexo feminino: 76,9% das notificações de crianças e 92,7% das notificações de adolescentes nessas faixas etárias ocorreram entre meninas. No entanto, segundo o boletim epidemiológico, pode existir uma subnotificação de casos entre meninos, devido a fatores como estereótipo de gênero ou a crença de que os meninos não vivenciam a violência sexual.

Combate à violência sexual
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania anunciou, na quinta-feira, o lançamento de 12 ações coordenadas pelo governo federal para proteção da população infantojuvenil no país.

Entre as medidas estão a assinatura de pactos para proteção da infância. Os acordos incluem uma parceria com a Childhood Brasil para dar seguimento e aprofundar ações do Programa Na Mão Certa, que tem o objetivo promover esforços conjuntos para erradicar a exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias do país.

Outra parceria anunciada é a adesão ao Inspire, um conjunto de estratégias para pôr fim à violência contra crianças em um pacote de medidas técnicas para prevenção e enfrentamento à violência por esta população. O Inspire é direcionado a entes governamentais e sociedade civil, desenvolvido por dez organismos internacionais especialistas, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Banco Mundial.

Com a adesão, o ministério anunciou o compromisso de incorporar as recomendações do Inspire na elaboração das suas políticas. A pactuação, no Brasil, se dá por meio da Coalizão Brasileira pelo Fim da Violência contra Crianças Adolescentes.

Houve ainda o compromisso com o Pacto Global, uma rede para troca de boas práticas relacionadas ao engajamento do setor privado na proteção de crianças e adolescentes. Também foi assinado o termo de posse dos integrantes da Comissão Intersetorial de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes.

CNN

Postado em 20 de maio de 2023

Aumenta número de internações entre crianças por Síndrome Respiratória

Um sinal de alerta para pais e responsáveis. O número de casos de internações entre o público infantil causadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave é alto em todo o país. É o que revela o mais recente Boletim Infogripe da Fiocruz, divulgado nesta sexta-feira (19). O estudo mostra que em 13 unidades da federação o sinal de crescimento de casos está concentrado principalmente nesta faixa etária.

O destaque deste crescimento está em estados do Norte e Nordeste do país, entre eles Amazonas, Alagoas e Bahia. No ano epidemiológico de 2023 já foram notificados, no quadro etário geral, quase 60 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Em 19 das 27 unidades há sinal moderado da tendência de crescimento de longo prazo, ou seja, nas últimas 6 semanas, e de curto prazo, nas últimas 3 semanas.

Marco Aurélio Sáfadi, presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, explica que a principal diferença entre a Síndrome Gripal e a Síndrome Respiratória Aguda Grave é a presença de sinais de falta de ar. E acrescenta que o causador deste aumento de casos e internações em crianças é o vírus sincicial respiratório.

Ele também aborda alguns dos principais sintomas da síndrome.

Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave também interferem na morte fetal. Um estudo divulgado pela Fiocruz aponta que a chance de morte do feto é quatro vezes superior em gestações durante as quais as mulheres tiveram a Síndrome. Segundo a investigação, quanto maior a gravidade do quadro clínico, maior a chance de perda do bebê.

Agencia Brasil

Postado em 20 de maio de 2023

Petrobras distribuiu cesta básica e gás de cozinha nas eleições, diz TCU

O Tribunal de Contas da União (TCU) informou, nesta sexta-feira (19/5), que apura um programa de doações da Petrobras em ano eleitoral. Segundo a corte, a distribuição de gás de cozinha e cestas básicas somam um valor de R$ 300 milhões. As informações foram compartilhadas pela jornalista Andréia Sadi, no programa ‘Estúdio I’, da GloboNews.

A auditoria do TCU identificou diversas irregularidades sem a abertura de licitação, como algo que extrapola gastos para divulgar a imagem da estatal em ano eleitoral. Dos R$ 300 milhões gastos pela estatal em 15 meses de programa, 90% foram usados em 2022 – cerca de R$ 270 milhões.

O site da Petrobras detalha os repasses e justifica que o programa foi feito para mitigar o “crescimento significativo nos índices de desemprego no país”, que segundo a mensagem teria sido agravado pela pandemia de COVID-19. A publicação também dizia que famílias vulneráveis estavam usando fontes de energia inadequadas para cozinhar.

Segundo o relatório do TCU, divulgado pelo blog da Sadi, no G1, a empresa não tinha competência legal para autorizar doações em abrangência nacional e elas não tinham alinhamento com o programa de responsabilidade social da Petrobras. A corte também ressalta que a distribuição dos itens em 2022 contraria a Lei das Eleições.

A corte também destacou que o programa foi criado em um contexto, em que notícias demonstraram uma insatisfação social com os aumentos no preço de venda de derivados de petróleo praticados pela Petrobras. A estatal argumenta que o programa começou em 2021 e já em execução orçamentária.

O relatório da auditoria sugere que a investigação seja encaminhada ao Ministério Público Eleitoral (MPE), responsável por remeter o caso para a Justiça Eleitoral. O ex-presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), é citado como o responsável pela empresa no processo do TCU.

DIario de Pernambuco

Postado em 20 de maio de 2023

“Pedir não é pecar”, diz Múcio sobre tentativa de blindar Forças Armadas do arcabouço

O ministro da Defesa, José Múcio, comentou, na manhã desta sexta-feira (19/5), que os comandantes das Forças Armadas tentam se blindar dos cortes do arcabouço fiscal. O chefe da pasta disse que não participa das negociações e que “pedir não é pecar”.

“Eu não tô [participando dessa negociação], cada arma tem procurado, vamos dizer, se defender do arcabouço. Aliás, vários setores estão tentando ficar de fora”, contou Múcio.

Ele ainda esclareceu que o relator do projeto, Cláudio Cajado (PP-BA), o procurou para dizer que encontrou “dificuldades” para os pedidos. “O relator me telefonou dizendo que tem dificuldade nisso, que isso pode ser tratado noutra área a posteriori. Mas pedir não é pecar”, afirmou Múcio.

“Eu não tô [participando dessa negociação], cada arma tem procurado, vamos dizer, se defender do arcabouço. Aliás, vários setores estão tentando ficar de fora”, contou Múcio.

Ele ainda esclareceu que o relator do projeto, Cláudio Cajado (PP-BA), o procurou para dizer que encontrou “dificuldades” para os pedidos. “O relator me telefonou dizendo que tem dificuldade nisso, que isso pode ser tratado noutra área a posteriori. Mas pedir não é pecar”, afirmou Múcio.

Existe uma tentativa, como revelou a Folha de São Paulo, por parte dos comandantes das Forças Armadas, de se blindarem dos cortes que o novo arcabouço fiscal pode proporcionar aos militares. O ato seria criar exceções e livrá-los de despesas do alcance do limite de gastos no Exército Brasileiro, na Força Aérea Brasileira e na Marinha do Brasil.

Recuperação judicial
Múcio encontrou-se com o presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), na manhã desta sexta-feira, principalmente para falar sobre a recuperação judicial que a Avibras Indústria Aeroespacial (Avibras). Ao lado de Alckmin, o chefe da pasta tenta articular estrátegias para evitar a falência da empresa, principal fornecedora de equipamentos de defesa para o governo.

“É uma indústria importante e estratégica para o Brasil. Está passando por dificuldades e precisa da gestão do governo pra ver que solução nós vamos dar a isso”, disse o ministro na saída da reunião.

Metrópoles

Postado em 20 de maio de 2023

Zelensky solicita reunião com Lula para falar sobre guerra com a Rússia

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, solicitou ao Itamaraty uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O pedido foi realizado ao Itamaraty durante a cúpula do G7 – grupo de países mais industrializados do mundo. Até o momento, não há informações se a conversa entre os presidentes irá ocorrer. Na última semana, Zelensky já recebeu o assessor para assuntos Internacionais da Presidência, Celso Amorim, em encontro na capital ucraniana, Kiev. Na reunião entre os líderes, Amorim ressaltou a importância da criação de um grupo de países que possam liderar a proposta de acordo de paz entre Ucrânia e Rússia – países que estão em guerra desde fevereiro de 2022. Segundo o assessor presidencial, ambos os países precisam realizar concessões para que haja um acordo e a guerra acabe. “Não será fácil chegar a uma confluência. Será necessário que os dois lados cheguem à conclusão de que o custo da guerra é maior do que o custo de certas concessões”, afirmou à época. Mesmo com os posicionamentos recentes de Lula sobre a possibilidade do Brasil mediar um acordo de paz no leste europeu, o líder petista iniciou seu mandato presidencial com uma série de declarações polêmicas sobre o tema. Lula já afirmou que EUA e União Europeia deveriam “falar de paz”, se recusou a enviar armas ao povo ucraniano e pediu para que os líderes mundiais parassem de “incentivar a guerra”. Com as reações contrarias do bloco europeu e da Casa Branca, Lula recuou e reforçou o pedido por paz. Atualmente, o chefe do Executivo brasileiro encontra-se no Japão, onde ocorrerá a reunião do G7 e o mandatário foi convidado a participar do encontro.

Estadão

Postado em 20 de maio de 2023

Lula se reúne com primeiro-ministro do Japão e propõe maior cooperação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida na noite desta sexta-feira (19) – manhã de sábado (20) no Japão. O encontro bilateral ocorreu no Grand Price Hotel, na cidade japonesa de Hiroshima, mesmo local onde será realizada a Cúpula do G7, da qual o Brasil foi convidado a participar após 14 anos. Na reunião, Lula e o premiê manifestaram interesse em ampliar o comércio bilateral, combate às mudanças do clima, educação e integração entre as comunidades.

“Brasil e Japão precisam estabelecer uma relação mais produtiva não apenas do ponto de vista comercial, mas também do ponto de vista cultural, político e da ciência e tecnologia”, disse Lula ao primeiro-ministro, conforme publicação nas redes sociais da Presidência da República.

Em 2022, o fluxo comercial Brasil-Japão somou US$ 11,9 bilhões, com superávit brasileiro de cerca de US$ 1,3 bilhão. O estoque de investimentos diretos do Japão na economia brasileira aproxima-se de US$ 22,8 bilhões.

O presidente ressaltou a colaboração dos imigrantes japoneses no crescimento da economia do Brasil e os investimentos de empresas brasileiras no mercado japonês. Este ano serão celebrados 115 anos do início da imigração nipônica ao Brasil.

Estima-se que cerca de 204 mil brasileiros vivam no Japão, a quinta maior comunidade no mundo. Já o Brasil tem a maior comunidade de nipodescendentes fora do território japonês, com mais de 2 milhões de pessoas.

“Ótima conversa com o primeiro-ministro do Japão. Falamos sobre a necessidade de retomarmos e ampliarmos relações entre empresários e empresas dos dois países. Temos laços culturais com Japão e uma grande comunidade nipo-brasileira. A ampliação de nossa parceria será importante para o crescimento de nossos países”, disse Lula, em sua conta no Twitter.

O primeiro-ministro do Japão propôs que os dois países tenham “discussões amplas sobre questões como clima, educação, desenvolvimento, paz e estabilidade” e que estão “muito dispostos a cooperar com o Brasil”.

Kishida também mencionou a importância do papel do Brasil no G20, que reúne as maiores economias do mundo. Em dezembro, o Brasil assume a presidência do grupo.

Após o encontro com o primeiro-ministro do Japão, Lula se reuniu com o presidente da Indonésia, Joko Widodo, quando trataram da questão do clima global e preservação das florestas.

Agencia Brasil

Postado em 20 de maio de 2023

PF indicia ex-presidente da Funai por omissão no caso Bruno e Dom

A Polícia Federal indiciou o ex-presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) Marcelo Xavier por dolo eventual nos assassinatos do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, mortos em junho de 2022 em uma emboscada na região amazônica. O ex-vice-presidente da então Fundação Nacional do Índio Alcir Amaral Teixeira também foi indiciado.

Em nota, a Polícia Federal diz que Xavier e Teixeira tomaram conhecimento, em reunião da Funai no dia 9 de outubro de 2019, do “risco de vida dos servidores do órgão e não adotaram as providências necessárias para a proteção dos funcionários”. Bruno era funcionário da Funai e estava licenciado.

De acordo com a PF, por não tomarem providências, Marcelo Xavier e Alcir Teixeira “teriam assumido o risco do resultado de suas omissões, que culminou no duplo homicídio”.

Marcelo Xavier foi exonerado do comando da Funai em dezembro de 2022. Ele assumiu o cargo em julho de 2019.

Caso Bruno e Dom
Bruno Pereira e Dom Phillips foram mortos nas proximidades da Terra Indígena do Vale do Javari, no Amazonas. Eles articulavam um trabalho conjunto para denunciar crimes socioambientais na região do Vale do Javari, onde há a maior concentração de povos isolados e de contato recente do mundo.

Na Terra Indígena Vale do Javari, encontram-se 64 aldeias de 26 povos e cerca de 6,3 mil pessoas.

As autoridades policiais colocaram sob suspeita pelo menos oito pessoas, por possível participação nos homicídios e na ocultação dos cadáveres.

A Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) decidiu nesta semana anular depoimento de três acusados pelos assassinatos. Pela decisão, devem ser anulados e colhidos novamente os depoimentos dos réus Amarildo da Costa Oliveira, Oseney da Costa Oliveira e Jefferson da Silva Lima.

Em depoimentos da semana passada, os réus voltaram atrás na confissão que haviam feito à polícia e passaram a sustentar uma versão segundo a qual agiram em legítima defesa. Foi a primeira vez que os três se manifestaram perante o juiz.

No final de outubro de 2022, o suposto mandante do assassinato, Rubens Villar Pereira, foi posto em liberdade provisória após pagar fiança de R$ 15 mil.

A Agência Brasil tenta contato com os ex-dirigentes da Funai, indiciados pela Polícia Federal.

Agência Brasi

Postado em 20 de maio de 2023

Após nova política de preços da Petrobras, valor da gasolina e do diesel cai nos postos

Os preços da gasolina e diesel tiveram queda nos postos de combustíveis nesta semana, de acordo com pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP). A redução ocorre na semana em que a Petrobras anunciou sua nova política de preços para o diesel e a gasolina vendidos no Brasil e reduziu nos preços nas refinarias desde a última quarta-feira (17).

Segundo a ANP, o valor médio do litro da gasolina comercializado nos postos caiu pela segunda semana seguida, de R$ 5,49 para R$ 5, 46.

Segundo estimativas feitas pela própria Petrobras, com base na redução que fez em suas refinarias, o preço médio ao consumidor final poderia atingir o valor de R$ 5,20 por litro.

O preço médio do litro do diesel nos postos caiu pela 15ª semana seguida. Passou de R$ 5,52, na semana passada, para R$ 5,39 nesta semana.

No caso do diesel S10, com menos teor de enxofre, passou de R$ 5,57 para R$ 5, 46. A Petrobras estimou que o preço médio ao consumidor final nesta semana, com base na redução feita nas refinarias, poderia atingir o valor de R$ 5,18 por litro de diesel S10.

O etanol passou de R$ 4,09 para R$ 3,99

De acordo com a Petrobras, a nova política não refletirá apenas a cotação internacional do petróleo e do dólar, acabando com a era do PPI (paridade de importação). Assim, a definição dos preços também levará em conta os custos internos de produção, que consideram capacidade de refino e logística, por exemplo.

Os preços de importação e exportação de petróleo e derivados também entrarão no cálculo. Mas eles serão referência para a parcela do combustível importado ou exportado, não para todo o petróleo vendido.

Com a nova política, a estatal anunciou redução nos preços da gasolina e diesel nas refinarias a partir da última quarta-feira. A gasolina teve queda de 12,57%, de R$ 3,18 para R$ 2,78 por litro, na terceira redução da gasolina no ano. Atingiu, assim, o menor valor desde agosto de 2021

Já o diesel passou de R$ 3,46 para R$ 3,02 por litro. É uma queda de 12, 71%. e a quinta redução neste ano, chegando ao menor patamar desde julho de 2021.

Folha PE

Postado em 20 de maio de 2023

Cresce mortalidade por infarto entre mulheres de 18 a 55 anos, diz Sociedade Brasileira de Cardiologia; entenda

Historicamente, o infarto tem sido um problema associado a homens e idosos. Essa visão, no entanto, contrasta com a realidade de hoje da doença e pode corroborar para a tendência que se observa nos últimos anos: enquanto a mortalidade cai no âmbito geral, há um crescimento entre mulheres de 18 a 55 anos. É o que alerta um novo posicionamento da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), lançado nesta sexta-feira, que pede uma maior atenção à saúde cardiovascular feminina e aos devidos cuidados de prevenção, diagnóstico e tratamento.

“A incidência e a prevalência da DIC (doença isquêmica do coração) vêm diminuindo no Brasil ao longo dos últimos 20 anos em mulheres e homens, embora tenha ocorrido aumento na mortalidade precoce por DIC entre 18 anos e 55 anos, especialmente nas mulheres”, diz o documento publicado no periódico Arquivos Brasileiros de Cardiologia.

“O reconhecimento, a discussão, a educação e o tratamento apropriado da DIC nas mulheres são necessários para reduzir os gaps (gargalos) no diagnóstico e tratamento, além dos desfechos desfavoráveis nas mulheres”, continua o posicionamento.

A DIC, também conhecida como doença arterial coronariana, isquemia cardíaca ou isquemia do miocárdio é um quadro caracterizado pela diminuição da passagem de sangue pelas artérias que levam o sangue ao coração devido ao seu estreitamento. Em muitos casos, é resultado do acúmulo de placas de gordura (aterosclerose). É a principal causa de morte no país.

Quando o músculo cardíaco não recebe a oxigenação adequada, ele pode começar a provocar sintomas como dor no peito ou sensação frequente de pressão, a que se dá o nome de angina. Já quando o fluxo sanguíneo é bloqueado, ocorre a doença aguda que é o famoso infarto do miocárdio (IAM).

Segundo o novo documento da SBC, a DIC, embora ainda seja a principal causa de morte de homens e mulheres, passou por uma queda geral significativa entre 1990 e 2019, de aproximadamente 50%.. Porém, a mesma tendência não foi observada entre as mulheres mais jovens. A professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Gláucia Maria Moraes de Oliveira, membro da comissão executiva do Departamento de Cardiologia da Mulher da SBC, explica que isso acontece devido a uma “questão multidisciplinar”.

— As mulheres jovens são submetidas hoje a uma grande quantidade de fatores de risco que não tinham antes. Embora estejam fumando menos, há mais obesidade, mais sedentarismo, mais diabetes. E para além disso, elas têm uma carga emocional enorme, um estresse muito grande, uma dupla, tripla jornada de trabalho. Tudo isso propicia o aparecimento da doença isquêmica do coração. E como não é dito que as mulheres têm infarto, principalmente as jovens, elas demoram a ser atendidas no pronto-socorro, os médicos demoram a reconhecer o infarto e elas têm um desfecho ruim — avalia a especialista, que fez parte da elaboração do novo posicionamento.

Além disso, “as mulheres apresentam maior frequência de fatores de risco cardiovascular (FRCV) não tradicionais, como estresse mental e depressão, e sofrem maior consequência das desvantagens sociais devido a raça, etnicidade e renda. As mulheres têm ainda os fatores de risco (FR) inerentes ao sexo, como gravidez, menopausa e menarca, entre outros”, diz o documento.

Glaucia conta que, diante do cenário, todos os departamentos que abordam a saúde da mulher da sociedade se reuniram para elaborar o posicionamento. Além de fazer o alerta, o texto propõe novos protocolos que, de forma resumida, envolvem uma maior atenção à doença, um melhor preparo dos profissionais da saúde para reconhecer os sintomas e fazer o diagnóstico entre mulheres e um maior acesso ao tratamento.

— É necessário unir os atores para aumentar a conscientização sobre a saúde cardiovascular das mulheres e que, ao apresentarem dores que muitas vezes não são típicas, como falta de ar e dor nas costas, elas procurem o pronto-socorro. Pedimos que essas mulheres busquem mais rapidamente auxílio, especialmente se elas tiverem fatores de risco, como tabagismo, obesidade, histórico na família de doença coronariana crônica, sedentarismo e hipertensão arterial. Essas informações também precisam chegar não só às mulheres e aos cardiologistas, mas a todos os médicos que cuidam de mulheres. E é preciso melhorar o acesso aos tratamentos, e que eles sejam oferecidos no tempo correto — defende a cardiologista.

A entidade também cita que menos de 50% das pacientes são submetidas ao tratamento medicamentoso adequado. Além disso, menciona que grande parte dos infartos nas mulheres são devido à “Minoca”, que é o evento sem uma doença obstrutiva, ou seja, sem a interrupção do fluxo sanguíneo. Nestes casos, os desfechos costumam ser consideravelmente piores nas mulheres do que nos homens, especialmente entre as mais jovens.

Em relação aos sintomas que podem acender o alerta no sexo feminino, a sociedade destaca que a dor torácica é um indicativo em ambos, porém as mulheres são mais propensas a apresentar sinais chamados de “atípicos”, como:

Náuseas;

vômitos;

dor nas costas e no pescoço;

falta de ar;

indigestão;

ardência na pele;

dor nos ombros, no rosto, na mandíbula;

fadiga incomum;

palpitações

O GLOBO

Postado em 20 de maio de 2023

Randolfe tem convites do PT e do MDB, mas quer um tempo para pensar

O senador Randolfe Rodrigues, líder do governo Lula no Congresso, recebeu convites para filiar-se ao PT e ao MDB, mas não tomará nenhuma decisão no futuro próximo.

Randolfe pediu a desfiliação da Rede Sustentabilidade na quinta-feira (18/5), após acumular uma série de divergências com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

O senador foi convidado por Lula para filiar-se ao PT, mas não está convencido de que terá o controle do diretório do partido no Amapá. Ele também recebeu proposta de Renan Calheiros para se associar ao MDB.

É possível que Randolfe espere alguns meses para anunciar a escolha da nova legenda.

Metropoles

Postado em 20 de maio de 2023

Confirmação da cassação de Dallagnol é certa na Câmara

A probabilidade do deputado Deltan Dallagnol conseguir reverter ou arrastar sua cassação com uma articulação na Câmara dos Deputados é praticamente nula, segundo integrantes da cúpula do Congresso Nacional.

O deputado tem até o fim do mês para apresentar sua defesa. Depois disso, a Corregedoria da Câmara vai preparar um parecer sobre a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que será analisado pela Mesa Diretora da Câmara.

Em tese, Lira não tem prazo regimental para, depois disso, colocar em pauta a votação sobre a cassação. A palavra final é da Mesa Diretora.

Por se tratar de uma decisão do TSE, pessoas que estão a par do processo não veem margem para Dallagnol negociar que o processo se arraste até haver uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), por exemplo.

Nas palavras de um deputado influente, o processo na Câmara será 100% protocolar. Tanto pela clareza da decisão do TSE e do que a lei prevê nesses casos, quanto pela total ausência de força de Dallangol entre quem compõe Mesa Diretora.

Metropoles

Postado em 20 de maio de 2023

Único senador negro do Partido Republicano, Tim Scott entra na disputa para a Presidência dos EUA em 2024 contra Trump

O senador americano Tim Scott entrou na corrida para candidato à Casa Branca em 2024 pelo Partido Republicano, segundo documentos apresentados à Comissão Federal Eleitoral nesta sexta-feira. Único negro da legenda no Senado, Scott disputará a vaga contra o ex-presidente americano Donald Trump, favorito nas pesquisas de intenção de voto.

Scott, de 57 anos, cuja candidatura era esperada desde que lançou seu comitê exploratório presidencial em abril, planeja dar início oficialmente à campanha pela candidatura em sua cidade natal, North Charleston, na Carolina do Sul, a partir da próxima segunda-feira.

O político passou os últimos meses visitando estados considerados cruciais para ganhar impulso prévio na disputa pela indicação do Partido Republicano, onde destacou sua fé cristã e os valores conservadores que aprendeu em um humilde lar monoparental. Além disso, ele ressaltou sua visão como o único afro-americano na bancada republicana no Senado.

“As famílias americanas estão famintas de esperança. Necessitamos ter fé. Fé em Deus, fé nos demais e fé nos Estados Unidos”, escreveu no Twitter na quinta-feira.

Scott se a une a um campo crescente de candidatos com a esperança de se aproximar do favorito Donald Trump, mas a tarefa se mostra desafiadora, com pesquisas recentes indicando que conta com apenas 2% de apoio, em média, 34 pontos atrás do ex-presidente.

Os demais pré-candidatos são a primeira embaixadora de Trump nas Nações Unidas e ex-governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, o ex-governador do Arkansas, Asa Hutchinson e Larry Elder, um locutor de rádio e primeiro afro-americano a entrar na corrida pela nomeação republicana.

Os holofotes, no entanto, se voltam para o governador da Flórida, Ron DeSantis, que deve lançar sua pré-candidatura presidencial na próxima semana, tornando-se o adversário com mais chances de vencer Trump nas primárias republicanas.

O GLOBO

Postado em 20 de maio de 2023