O vereador Francisco Romeu da Silva Vilela (PP), conhecido como Xico Vilela, proferiu falas racistas e misóginas durante a sessão desta segunda-feira da Câmara Municipal de Canguçu, no Rio Grande do Sul. Com o microfone aberto, ele foi ouvido chamando uma servidora que acompanhava a sessão de “neguinha” dentre outros xingamentos.
O caso aconteceu após a votação da quarta pauta do dia, que discutia a extinção do cargo de auxiliar de enfermagem e o reenquadramento dos atuais ocupantes da função na cidade. No momento em que a sessão estava suspensa, Vilela fez referência a uma das auxiliares de enfermagem que acompanhavam a sessão em conversa com o correligionário Ubiratan Rodrigues. O comentário acabou vazando no áudio: “A neguinha é puta, puta”.
Nas redes sociais, o Progressistas, partido do vereador, emitiu uma nota em que afirma que se trata de um “ato isolado que em nada reflete a ideia e a conduta da Executiva” da sigla. Já o presidente da Câmara, vereador Luciano Bertinetti (MDB), afirmou que a Casa “vai dar os trâmites regimentais ao caso” e que “o ato racista e o preconceito não cabem nos dias de hoje”.
Procurado, o vereador Xico Vilela não respondeu aos contatos da reportagem até o momento. Ele também não se manifestou sobre o episódio em suas redes sociais.
Veja a íntegra da nota divulgada pelo Progressistas:
“Diante dos fatos ocorridos recentemente, em sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Canguçu (no momento em que a sessão estava suspensa), fatos estes que atentam contra a dignidade da pessoa humana, o Progressistas esclarece que esta atitude foi um ato isolado, que em nada reflete a ideia e a conduta da Executiva, seus filiados, Vereadores e Suplentes. O Partido Progressista sempre se pautou pela pluralidade, diversidade e igualdade em todos os setores.
Assim, o Progressistas, através de sua executiva, com este ato, se solidariza com todos que têm sofrido algum tipo de constrangimento e discriminação e reafirma o compromisso com a promoção da igualdade étnico-racial, de gênero, sexual, religiosa, repudiando toda e qualquer manifestação preconceituosa, misógina e discriminatória, principalmente no que se refere a grupos sociais que historicamente lutam por equidade nesse país.
Por fim, o Progressistas, através de sua executiva permanecerá atento e firme com posicionamentos que visem preservar o Estado Democrático de Direito, sobretudo direitos adquiridos ao longo de muitas lutas sociais”.
Um estudo feito em Hong Kong e publicado na revista científica Jama Network comprova o que muitos oftalmologistas já observavam em seus consultórios: os casos de miopia em crianças aumentaram durante e após a pandemia de Covid-19. E o problema está principalmente ligado ao uso excessivo de telas e falta de atividades ao ar livre.
O trabalho comparou a incidência do problema antes e depois da crise sanitária mundial. Pesquisadores chineses analisaram dados de mais de 20 mil crianças, com idades entre 6 e 8 anos. O trabalho foi divido em três períodos: de 2015 a 2019, ou seja, antes da pandemia da Covid-19; em 2020, durante o período de isolamento social; e após o fim das restrições, em 2021. Além de exames oftalmológicos, foram consideradas informações sobre estilo de vida das crianças, tempo ao ar livre e horas de exposição às telas.
Os pesquisadores observaram que a incidência de miopia aumentou em 28,8% em 2020 e 36,2% em 2021. Já o tempo despendido em atividades ao ar livre foi menor em 2020, como era esperado por conta do isolamento social. Mas permaneceu baixo em 2021. Apenas o tempo de uso de dispositivos eletrônicos apresentou uma pequena reversão, havendo uma redução no tempo de exposição às telas após o fim do ensino à distância. Os resultados indicam que, após o período de lockdown, a prevalência de miopia foi maior do que antes da pandemia, entretanto, o estilo de vida não retornou aos níveis pré-Covid.
A miopia ocorre por fatores genéticos, que não podem ser modificados, e ambientais, que podem ser controlados, explicou Ian Curi, membro titular do conselho fiscal da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, chefe dos setores de Estrabismo e Oftalmologia Pediátrica do Hospital Federal dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro, em entrevista à Agência Einstein. Filhos de pais ou mães míopes têm três vezes mais risco de desenvolver o problema. Se os dois forem acometidos pelo problema, o risco para a criança é seis vezes maior.
Estudos mostram que o uso excessivo da visão de perto, com aparelhos eletrônicos portáteis como tablets e celulares, favorece o aparecimento da miopia. Por outro lado, ficar pelo menos duas horas por dia exposto à claridade natural do dia parece ter um efeito protetor.
“Sabe-se que mudanças no estilo de vida moderno e os avanços tecnológicos têm intensificado a participação do fator ambiental na ocorrência de miopia nas crianças e nos adolescentes”, disse Curi à Agência Einstein. “Certamente o confinamento e o aumento do uso de dispositivos eletrônicos para lazer ou aulas contribuíram significativamente para o aumento da miopia nos jovens.”
Tendência mundial O aumento da incidência de miopia tem sido observado em todo o mundo nas últimas décadas, sendo mais pronunciado em países asiáticos. Em 2020, 30% da população era míope, com 4% apresentando alta miopia. Estima-se que até 2050, metade da população mundial será míope, e 10% terão graus elevados da condição. Na América Latina, o percentual de míopes aumentou de 15% em 2000 para 32% em 2020, e espera-se que chegue a 53% em 2050.
Para minimizar os riscos de desenvolver esse problema, é essencial estimular a prática de lazer e atividade física em ambientes externos e reduzir o tempo de exposição às telas. Os especialistas também recomendam que a primeira visita ao oftalmologista para crianças saudáveis ocorra entre 6 meses e um ano de idade, com uma nova avaliação entre os 3 e 5 anos. A partir daí, o médico estabelecerá a periodicidade das consultas. Atualmente, existem tratamentos para estabilizar ou retardar a progressão da miopia, mas o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso dessas abordagens.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes está com covid-19. Esta é a segunda vez que o ministro tem o mesmo diagnóstico em três anos. A informação é da coluna do Lauro Jardim, no O Globo.
Moraes passa bem e não apresenta sintomas. Tem trabalhado normalmente, mas está isolado em sua casa, em São Paulo. O ministrou chegou a participar da sessão do Supremo de modo virtual nesta quarta-feira (7).
O ministro chegou a fazer seu voto contrário ao marco fiscal nesta quarta, antes do ministro André Mendonça pedir adiamento do debate na Corte, para mais tempo de análise. A apreciação da matéria deve ser retomada após o recesso do Poder Judiciário, em agosto.
A passagem aérea foi o produto que mais reduziu de preço, com queda de 17,73% em maio na comparação com abril, segundo dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O levantamento considera 377 itens e serviços. Na variação acumulada neste ano, desde janeiro, a passagem aérea é o quinto item que mais caiu de preço, com queda de 21,37%.
O IPCA é o índice de inflação oficial do Brasil. A queda das passagens aéreas, e consequentemente do grupo de Transportes, influenciou a redução do IPCA em maio, que fechou o mês em 0,23%.
O número baixo representa uma desaceleração em relação a abril, quando havia ficado em 0,61%. Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), o querosene de aviação responde por cerca de 40% dos custos das companhias aéreas, que por sua vez têm uma parcela de quase 60% dolarizada.
O Centro de Previsão Climática da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos informou, na quinta-feira (8), que o fenômeno climático conhecido como El Niño está de volta.
Após três anos do padrão climático La Niña, que geralmente reduz um pouco as temperaturas globais, o El Niño retornou oficialmente, e é provável que produza condições climáticas extremas no final deste ano.
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) havia informado em maio que o fenômeno deveria se desenvolver ainda em 2023.
O que é o El Niño O fenômeno El Niño é um padrão climático que se origina no Oceano Pacífico ao longo da Linha do Equador e afeta o clima em todo o mundo.
A água quente normalmente está confinada no Pacífico ocidental pelos ventos que sopram de leste a oeste, em direção a Indonésia e a Austrália. No entanto, durante o El Niño, os ventos diminuem e podem até inverter a direção, permitindo que a água mais quente se espalhe para o leste, chegando até a América do Sul.
Os cientistas ainda estão procurando uma resposta sobre por que isso acontece, mas a desaceleração desses ventos pode durar semanas ou até meses.
Entre muitos padrões climáticos de grande escala que atuam em conjunto para influenciar o clima global, o El Niño pode ocorrer a cada dois a sete anos, em intensidade variável. Durante o fenômeno, as águas do Pacífico oriental podem ser até 4°C mais quentes do que habitual.
Quais os efeitos para o Brasil? A formação do El Niño pode aumentar as temperaturas e provocar estiagem em partes das regiões Norte e Nordeste do Brasil, segundo pesquisadores do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Já no outro extremo, em algumas partes da região Sul, o fenômeno deve causar excesso de chuvas.
De acordo com o Climatempo, em junho, o Oceano Pacífico equatorial deverá estar com temperaturas acima da média em toda a faixa, principalmente próximo da América do Sul.
“O El Niño deverá se instalar de fato a partir de julho, e sua influência será notada a partir de agosto, como o aumento das chuvas na região Sul, diminuição no extremo norte e elevação das temperaturas, que tendem a ficar acima da média na metade da região Norte do país a partir de julho”, acrescenta o Climatempo. “Estima-se que seja um El Niño de intensidade moderada neste período”.
Durante o outono, é comum observar o avanço da Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) pelo Sudeste, que favorece períodos mais secos entre as áreas centrais e parte do Sudeste do País, típicas da estação. Há ainda a formação de frentes frias e de instabilidades mais para o Sul do Brasil, Mato Grosso do Sul, no Centro-Oeste, e São Paulo, na região Sudeste.
Ainda segundo o Climatempo, o El Niño costeiro deve impactar no aumento de chuva em parte do Sul do Brasil, entre Santa Catarina e o Paraná, parte de Mato Grosso do Sul e de São Paulo.
Risco de perda econômica Um estudo feito por Cristopher Callahan e Justing Mankin, da Universidade de Dartmouth, e publicado na revista “Science”, examinou os custos gerados à longo prazo pelo El Niño desde seu primeiro registro, apresentando um custo médio de cerca de US$ 3,4 trilhões (aproximadamente R$ 16, 8 trilhões).
Em 2023, o fenômeno deverá provocar um rombo de US$ 3 trilhões (R$ 14,8 trilhões) na economia global até 2029.
“Podemos dizer com certeza que sociedades e economias não apenas sofrem um golpe e se recuperam. Nos trópicos e lugares que sofrem os efeitos do El Niño, você obtém uma assinatura persistente durante a qual o crescimento é retardado por pelo menos cinco anos”, disse Cristopher Callahan.
Cientistas viram um aumento na atividade cerebral em pacientes terminais e o fato foi relatado em uma pesquisa lançada recentemente. Segundo o “Business Insider”, esta é uma das poucas vezes em que os pesquisadores tiveram a oportunidade de medir a atividade cerebral em humanos imediatamente antes e depois da “morte”.
De acordo com os especialistas, isso pode ajudar a explicar o fenômeno bizarro que tantas pessoas relatam durante uma experiência de “quase morte”, como deixar o corpo, flutuar acima dele ou ver memórias de suas vidas passarem diante de seus olhos.
Experiências de quase morte “desafiam nossa compreensão fundamental do cérebro moribundo”, relataram os cientistas no estudo da “PNAS” (“Proceedings of the National Academy of Sciences”, revista científica multidisciplinar dos EUA), publicado no mês passado. Pesquisas como essa são críticas para construir uma imagem mais clara da experiência humana próxima à morte.
Como os cientistas mediram a atividade do cérebro humano próximo à morte Os quatro pacientes do estudo estavam em coma e foram removidos dos aparelhos de suporte de vida, com a permissão de suas famílias. Nesse ponto, sensores de eletroencefalograma mediam a atividade cerebral dos mesmos quando eles entravam em parada cardíaca.
Os pesquisadores descobriram que dois em cada quatro pacientes terminais experimentaram um aumento de ondas gama – a atividade cerebral associada a sonhos lúcidos e alucinações – mesmo depois que seus corações pararam, de acordo com a “Smithsonian Magazine”.
Os cientistas há muito acreditam que o cérebro morre com o resto do corpo, mas a pesquisa mais recente sugere que as pessoas podem reter um certo nível de consciência que leva a experiências fora do corpo semelhantes a sonhos quando morrem, conforme relatou a “Vice” em maio.
“A descoberta das atividades gama marcadas e organizadas no cérebro moribundo sugere que [uma experiência de quase morte] é o produto do cérebro terminal, que é ativado na morte”, disse o principal autor do estudo, Jimo Borjigin, ao veículo.
“No que me diz respeito, nosso estudo pode ser a melhor opção possível para encontrar assinaturas neurais de consciência de quase morte”, continuou ele, acrescentando que “a única coisa melhor do que isso é fazer com que os pacientes sobrevivam para contar a história que se correlaciona com as assinaturas neurais detectadas.”
Borjigin observou esse mesmo tipo de aumento na atividade cerebral em estudos anteriores feitos com ratos moribundos, mas conta que historicamente tem sido muito difícil realizá-los em humanos. Com esse intuito, o especialista pretende coletar no futuro mais dados sobre cérebros de pessoas morrendo para entender melhor a experiência da morte humana.
O ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, foi vaiado nesta quinta-feira (8) ao citar o nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em discurso na Marcha para Jesus, em São Paulo. Ele compareceu ao evento para representar o petista, que negou o convite da organização para participar do ato.
Jorge Messias, que é diácono da Igreja Batista, subiu no palco ao lado de outros políticos, como a deputada Benedita da Silva (PT), após ser convidado pelo apóstolo e organizador da Marcha para Jesus, Estevam Hernandes. No discurso, ele informou que foi ao ato em “missão de paz”, foi aplaudido ao citar uma passagem bíblica, mas a multidão reagiu quando o nome do presidente Lula foi citado.
“Vim aqui dizer para vocês, a pedido do presidente, que em Brasília existem homens e mulheres que vivem para o Reino e que nós entendemos, que estamos lá não para nossa própria perna, mas levantados por Deus para cumprir um propósito. Eu vim aqui dizer para vocês que nosso povo quer paz e que nós vamos trabalhar pela paz”, declarou o ministro da AGU. “Esse é que recado que o presidente pediu que trouxe aqui para vocês e que a paz de Cristo esteja com cada um de vocês”, continuou Messias, sob vaias do público.
A Marcha para Jesus reúne uma multidão de fiéis em São Paulo, que é um evento já marcado no calendário paulistano. A caminhada saiu da Estação da Luz, às 10h, e seguiu em direção à Praça Heróis da FEB, perto do Campo de Marte, na Zona Norte. O evento conta com shows e atrações da música gospel. Além dos clássicos evangélicos, como Anderson Freire e Fernanda Brum, a Marcha para Jesus 2023 contará com nomes internacionais, a exemplo Brandin Reed e Lakewood Music.
Resultados da nova pesquisa Ipec/O GLOBO provam que a aprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva oscilou para baixo. O grupo que classifica a administração do petista como “boa” ou “ótima” passou de 39% para 37% em relação a abril. Já as estimativas “ruim” ou “péssima” variaram na direção oposta, saindo de 26% para 28%. Os que consideram a gestão “regular” eram 30%, e agora totalizam 32%.
Apesar de todas as variações estarem dentro da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou menos, os números indicam uma tendência negativa da opinião pública em relação ao Executivo federal neste primeiro semestre de governo. Em março, no primeiro levantamento feito pelo instituto, 17 pontos percentuais separavam os grupos dos satisfeitos e dos insatisfeitos. Hoje, na pesquisa que foi às ruas entre 1º e 5 de junho, essa distância está em nove pontos.
Os sinais desfavoráveis surgem em meio à crise do governo com o Congresso e a dificuldade de formar uma base aliada. Por outro lado, vêm acompanhados de indicadores positivos na economia, como o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre e a desaceleração da sobrevivência. O programa do governo para baixar o preço dos carros populares foi anunciado no dia 5, o último em que o pesquisador do Ipec permaneceu nas ruas, portanto só uma faixa residual dos controlados respondeu ao levantamento com essa notícia em mente — embora o plano de reduzir preços dos carros já estavam espalhados.
— Essas oscilações podem ocorrer de uma acomodação natural da avaliação do início de governo, do ajuste entre desejo e percepção. Além disso, apesar de termos alguns indicadores positivos positivos recentemente, seus efeitos podem ainda não ter sido percebidos na prática pelos controladores — analisando a CEO do Ipec, Márcia Cavallari.
No Nordeste, única região onde Lula teve mais votos que Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições, a taxa de aprovação ao governo recuou de 55% para 45% desde abril. Ainda assim, os moradores da região permanecem como o segmento que mais avalia a gestão Lula 3 como “boa” ou “ótima”. O maior percentual de estimativas “ruim” ou “péssima” foi registrado nas regiões Norte e Centro-Oeste: 33% — eram 21% há dois meses.
O eleitorado mais pobre, que vive mensalmente com até um salário mínimo, é o que mais aprova o governo Lula (43%), mas também nesse nicho houve variação negativa: foram 53% em abril. Na parcela mais rica da amostra, com ganhos acima de cinco aumentos mínimos por mês, o percentual de “bom” e “ótimo” trilhou o caminho oposto: oscilou de 30% para 36%.
Para a professora de ciência política Mayra Goulart, da UFRJ, nem tudo é negativo para o Planalto. Ela destaca que, no nicho dos que recebem de dois a cinco reforços mínimos por mês na família (28% da amostra da pesquisa), Lula tem hoje 70% de “bom”, “ótimo”, ou “regular”. Essas estimativas totalizavam 61% no levantamento anterior. Desde que assumiu, Lula tem encomendado a seus ministros iniciativas para alcançar os brasileiros dessa prateleira econômica, como medidas para baixar as taxas de juros do cartão de crédito a condições especiais para empréstimos bancários.
— É um quadro de relativa estabilidade. Lula está perdendo onde pode perder, em classes mais pobres, que não têm se mostrado propensas a votar em um candidato antipetista. E está atraindo o segmento que ganha entre dois e cinco sofrimentos, no qual são trabalhadores precarizados e autônomos, que antes eram muito associados ao bolsonarismo.
A pesquisa Ipec/OGLOBO mostra ainda que 53% aprovam a maneira como Lula está governando o país, enquanto 40% desaprovam. Diferentemente da avaliação do governo, a pergunta é dicotômica: só permite que o entrevistado diga se aprova ou desaprova, dando menos margem para aqueles que estão em cima do muro. As opiniões podem não estar tão claras quanto na escala de “ótimo” até “péssimo”, mas exibem as propensões do eleitorado neste momento.
A aprovação de Lula oscilou quatro pontos percentuais desde março, quando 57% afirmaram aprovar o jeito que o petista administra o país. Já a desaprovação aumentou: foram cinco pontos, passando de 35% para 40% em três meses. Aqueles que não sabem ou não querem responder somam agora 7%.
O Santander Brasil e o Itaú Unibanco confirmaram que irão participar do Desenrola, o programa de renegociação de dívidas do governo federal, lançado oficialmente nesta terça-feira, 6. O Bradesco informou ter interesse em aderir à iniciativa, mas que aguarda mais informações.
O programa permitirá a participação dos bancos para a negociação das dívidas dos clientes e para a compra de débitos na plataforma que será aberta aos devedores.
Devem ser beneficiados cerca de 30 milhões de CPFs negativados. O limite das dívidas é de R$ 5 mil na chamada faixa 1, que contará com garantia do Tesouro em caso de inadimplência. A iniciativa é voltada a pessoas com renda mensal de até dois salários mínimos.
O programa prevê que o nome de pessoas que devem até R$ 100 deixe de constar da lista de devedores de órgãos de proteção ao crédito. A Medida Provisória que estabelece o Desenrola foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta terça-feira.
Em uma segunda faixa, sem limite para o volume devido, não haverá garantia, mas o governo oferecerá incentivo regulatório aos bancos para que aumentem a oferta de crédito.
O Banco do Brasil afirmou nesta terça-feira que aguarda a regulamentação do Desenrola para começar a operar no programa. O banco público disse ainda que vai ampliar soluções de renegociação que já possui.
“O Banco do Brasil informa que apoiou o governo federal na concepção e modelagem do programa Desenrola, em conjunto com as demais instituições financeiras, por meio da Febraban (Federação Brasileira de Bancos)”, afirmou a instituição.
O Desenrola terá garantia, para as instituições que “comprarem” os débitos, a partir do Fundo Garantidor de Operações (FGO), o mesmo que garante o Pronampe. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na segunda-feira, 5, que o fundo tem R$ 10 bilhões disponíveis para o programa.
Participação da Febraban A Febraban afirmou considerar que o desenho do Desenrola, anunciado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e por Haddad, está em linha com as tratativas feitas nos últimos meses em conjunto pelo governo federal e a entidade.
“Quando entrar em operação, os bancos darão sua contribuição para que o Desenrola reduza o número de consumidores negativados e ajude milhões de cidadãos a diminuírem suas dívidas”, afirmou o presidente da entidade, Isaac Sidney.
A federação se envolveu, desde o início, na concepção e na construção do Desenrola, quando, num primeiro momento, a entidade foi procurada pelos então coordenadores do programa de governo (Aloizio Mercadante) e de assuntos jurídicos (Jorge Messias) a fornecer dados e a auxiliar tecnicamente na sua formatação.
Nos últimos meses, houve interação com Haddad e o secretário de Reformas Econômicas, Marcos Pinto, em várias reuniões, nas quais foram apresentadas propostas que permitiram que o desenho inicial evoluísse para o formato anunciado, informou Sidney.
“O programa envolve milhares de credores e milhões de devedores e sua configuração exige uma plataforma pela qual transitará grande quantidade de informações e documentos. Essa complexidade exige soluções tecnológicas e digitais de grande porte, que estão em fase final desenvolvimento e que não dependem apenas de iniciativas dos bancos, mas de outros atores que também estão diretamente envolvidos”, diz nota da entidade, que acredita que o Desenrola tem potencial para que o crédito possa continuar sendo concedido de forma segura e dentro das necessidades dos tomadores.
O Papa Francisco passou por uma operação bem-sucedida de três horas em seu abdômen, disse o Vaticano na quarta-feira (7), em meio a preocupações sobre a saúde do pontífice de 86 anos.
Francisco reagiu bem à cirurgia e à anestesia, e já fazia piadas após acordar, segundo um dos médicos envolvidos no procedimento.
“Ele tem sofrido. Esta não foi uma cirurgia urgente…. Ele continuou sentindo dor, então uma cirurgia foi decidida ontem”, disse o médico Sergio Alfieri durante entrevista coletiva em Roma.
“Não foram encontradas outras patologias ou doenças”, disse Alfieri, acrescentando que o papa retomou seu trabalho no hospital.
“Agora ele está acordado, está bem e já está trabalhando.” Francisco permanecerá no hospital por cerca de 10 dias para recuperação, disse o médico.
Não houve complicações relatadas, segundo informou o Vaticano. Anteriormente, a informação era de que o papa permaneceria no hospital por vários dias.
O papa foi forçado a cancelar vários compromissos de trabalho no final de maio, depois de ficar debilitado por uma febre. Ele também foi hospitalizado em março por bronquite, mas respondeu bem aos antibióticos. Saindo do hospital naquela ocasião, Francisco brincou que “ainda está vivo”.
Tecnicamente chamado de laparotomia, o procedimento de quarta-feira envolve anestesia geral e destina-se a reparar uma hérnia que o Vaticano disse estar causando sintomas “recorrentes, dolorosos e agravantes”.
Segundo fontes médicas, a intervenção provavelmente está relacionada à cirurgia que Francisco fez em 2021 para remover metade de seu cólon.
O porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, disse antes do procedimento que se esperava que o papa fizesse uma “recuperação funcional completa”. A Prefeitura da Casa Papal disse que todas as audiências de Francisco foram canceladas até 18 de junho.
Francisco partiu para o hospital na quarta-feira após sua audiência geral na Praça de São Pedro, onde parou para conversar com membros da multidão, informou a Reuters. O papa então viajou para o Hospital Gemelli, em Roma, que tem uma suíte no 10º andar reservada para papas, segundo a Reuters.
Turistas e fiéis no Vaticano disseram à CNN que estavam “rezando pelo Papa Francisco”, quando ele partiu para a capital italiana.
“Fui à audiência hoje e vi o Papa. Então ouvimos a missa e o padre disse para fazer uma oração pelo papa. Estamos orando pelo Papa Francisco agora”, disse a religiosa Annatuli, de 40 anos.
Carina, de 30 anos, disse que viajou do México para visitar sua tia, que é freira em Roma. “Eu posso compreender o quão sério isso é. É difícil porque muitas pessoas são devotas a ele e à igreja. Esperamos que ele se recupere.”
Além de sua cirurgia de cólon há dois anos, Francisco teve parte de um pulmão removido após um grave surto de pneumonia quando jovem. Mais recentemente, em 2019, foi submetido a uma cirurgia ocular na Clínica Pio XI de Roma para tratar uma catarata. Ele também lutou contra a dor ciática crônica.
No ano passado, ele teve problemas no joelho que o limitaram ao uso de uma bengala ou cadeira de rodas.
Se Francisco ficar incapacitado por qualquer período de tempo, o Vaticano poderá enfrentar uma espécie de crise constitucional. Não há “vice-papa” no sistema católico, ou seja, alguém que pode exercer a autoridade do papa em sua ausência.
O secretário de Estado do Vaticano, atualmente o cardeal italiano Pietro Parolin, pode supervisionar o gerenciamento rotineiro do dia-a-dia, mas não tem autoridade, por exemplo, para nomear bispos ou para criar ou suprimir dioceses em todo o mundo.
A carta de demissão foi preparada Em entrevista ao jornal espanhol ABC em dezembro, Francisco disse que já havia preparado uma carta de demissão em caso de incapacidade médica permanente logo após sua eleição em 2013.
Francisco disse que escreveu a carta há vários anos e a entregou ao então secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, que renunciou em 2013.
Em seus primeiros comentários públicos sobre a existência da carta, o papa foi citado como tendo dito: “Já assinei minha renúncia. O Secretário de Estado na época era Tarcísio Bertone. Eu assinei e disse: ‘Se eu ficar incapacitado por razões médicas ou qualquer outra coisa, aqui está minha renúncia.’”
Em 2013, o predecessor imediato de Francisco, o falecido Papa Bento XVI, tomou a decisão quase sem precedentes de renunciar ao cargo, citando a “idade avançada” como o motivo e surpreendendo o mundo católico.
Foi a primeira vez que um papa renunciou em quase 600 anos. O último papa a renunciar antes de sua morte foi Gregório XII, que em 1415 renunciou para encerrar uma guerra civil dentro da igreja na qual mais de um homem afirmou ser papa.
O papa se posicionou como um líder mais progressista do que seus predecessores durante sua gestão de uma década.
Em 2016, ele pediu aos padres de todo o mundo que aceitassem mais as comunidades LGBTQ, mas depois voltou atrás em comentários declarando apoio à união civil para casais do mesmo sexo.
Ele fez visitas históricas a Mianmar e ao Iraque e também foi o primeiro pontífice a celebrar missa na Península Arábica, berço do Islã, em 2019. O papa também tem sido um defensor da paz na Ucrânia.
Francisco também tomou medidas para reprimir o abuso sexual clerical, uma questão que tem atormentado a Igreja Católica em vários países ao redor do mundo.
Um ataque a faca em Annecy, no sudeste da França, deixou ao menos quatro crianças e um adulto feridos. De acordo com a polícia, as crianças têm cerca de três anos e uma está em estado grave. O Agressor foi detido pela polícia.
O ataque ocorreu por volta das 7h45, horário francês, em uma praça. Segundo o ministro do Interior da França, Gerald Darmanin “o indivíduo foi preso graças à intervenção muito rápida da polícia”.
O Presidente francês, Emmanuel Macron também se pronunciou pelas redes sociais. Ele afirmou que a nação está em choque com o ataque.
“Ataque de absoluta covardia esta manhã em um parque em Annecy. Crianças e adultos estão entre a vida e a morte. A Nação está em choque. Nossos pensamentos estão com eles, suas famílias e os serviços de emergência mobilizados” escreveu.
Lionel Messi está de casa nova. O craque argentino foi anunciado nesta quarta-feira (7) como novo reforço do Inter Miami FC, time que tem o ex-jogador inglês David Beckham como dono.
Campeão mundial em 2022, Messi deve receber cerca de R$ 315 milhões por ano para defender as cores da equipe norte-americana. O contrato é válido por dois anos.
Aos 35 anos, Messi vivia uma novela sobre o seu destino após se despedir do Paris Saint-Germain, no último fim de semana. O atacante recebeu propostas do Barcelona e do Al Hilal, mas optou pela proposta do time da Major League Soccer.
Inter Miami O Inter Miami é o 15º e último colocado da Conferência Leste da Major League Soccer (MLS), principal Campeonato Norte-Americano de futebol. São 15 pontos conquistados em 16 partidas.
O novo time de Messi entra em campo nesta quarta, às 21h. A equipe enfrenta o Birmingham Legion fora de casa, pelas quartas de final da Copa da MLS.
A equipe volta aos gramados pela MLS no sábado (10), às 20h30. O Inter Miami visita o New England Revolution, pela 18ª rodada da fase classificatória. Ainda não há data para Messi ser apresentado e integrar o elenco do time da Flórida.
Um influenciador digital norte-americano diz que o interesse das mulheres por ele aumentou depois de ele ter passado por um procedimento cirúrgico que possibilitou a ele ganhar mais 15 centímetros de altura.
Ex-médico de combate da Marinha americana, o influenciador conhecido como Mr. Broken Bonez (ou “Senhor dos Ossos Quebrados”, na tradução) viralizou nas redes sociais ao mostrar sua jornada em busca do “crescimento” artificial.
Em entrevista ao site britânico “LADbible”, ele afirmou que o procedimento de alongamento de membros fez com que ele passasse de 1,67m para 1,82m. Na avaliação do influenciador, o fato de ele se sentir mais confiante é um dos responsáveis pelo aumento no interesse por parte das mulheres.
“Uma delas realmente me disse: ‘você exala confiança’. É a primeira vez que ouço isso na minha vida e sempre me considerei um cara confiante”, afirmou para o veículo.
Na entrevista, ele disse que, às vezes, se sentia inseguro por não querer ser a pessoa mais baixa do relacionamento ou pela preocupação em usar algum tipo de sapato que o fizesse mais alto.
Para ele, esse tipo de insegurança não existe mais, mesmo que ainda não tenha tido encontros desde que se recuperou da cirurgia.
O que é uma cirurgia para aumentar a altura? A primeira cirurgia de Mr. Broken Bonez, de Chicago, aconteceu em dezembro de 2022 em uma clínica na Turquia criada por um cirurgião ortopedista e especialista em alongamento de membros e correção de deformidades.
Mr Broken Bonez ao lado de Sedat Ilhan, um dos criadores da clínica Live Life Taller / Reprodução/InstagramO método utilizado com o influenciador para alcançar esses centímetros a mais foi o alongamento sobre uma haste que combina osteossíntese, uma intervenção cirúrgica feita nas extremidades de osso fraturado com o objetivo de unir as bordas do osso, para que a fratura seja corrigida, com um fixador externo.
A extensão é feita ao aumentar a distância do fixador externo todos os dias de 1 mm a 1,5 mm. Um processo de quebra e reparação dos membros.
A cirurgia dura em média entre três a cinco horas com anestesia geral. Depois que a altura desejada é alcançada, os fixadores externos são removidos com uma pequena operação e substituídos por uma haste intramedular.
A segunda cirurgia foi em março e somente em maio é que foi feita a remoção. Ele diz que todo o processo custou 100 mil euros (aproximadamente R$ 525,5 mil). Para se recuperar, o americano passou entre três e oito horas na academia todos os dias.
Com o mandato na Câmara cassado pelo TSE, Deltan Dallagnol negocia com o Podemos para receber do partido um salário equivalente ao de deputado federal, atualmente de R$ 41,6 mil.
Segundo fontes ligadas ao ex-procurador e ao Podemos, Dallagnol já conversou sobre o assunto com a presidente nacional da legenda, a deputada federal Renata Abreu (SP).
A ideia é que Dallagnol assuma um projeto de “formação de lideranças” políticas pelo Podemos. A assessoria da sigla afirmou, porém, que ainda não há decisão sobre qual será o salário do ex-procurador.
Ex-ministro da Secretaria de Governo de Jair Bolsonaro, Célio Faria Júnior ganhou um cargo no Congresso Nacional. Ele foi nomeado como assessor parlamentar na liderança da minoria do Congresso, comandada hoje pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (7/6). Para voltar ao serviço público, Célio interrompeu antes do fim a quarentena de seis meses como ex-integrante do governo, durante a qual recebia o mesmo salário de ministro (R$ 31,2 mil) sem precisar trabalhar.
Segundo registros do Diário Oficial, mesmo como servidor do Congresso, Célio optou por continuar recebendo remenuneração da Marinha, onde é servidor concursado. Trata-se de uma estratégia para não perder a contagem de tempo para aposentadoria da Força.
Célio foi nomeado como ministro da Secretaria de Governo em março de 2022. Ele substitui a então ministra Flávia Arruda, que deixou cargo para se candidatar ao Senado pelo Distrito Federal. Antes, ele foi chefe de gabinete e chefe da assessoria especial de Bolsonaro.
No apagar das luzes de seu governo, em dezembro de 2022, Bolsonaro nomeou Célio Faria como integrante do Conselho de Ética da Presidência da República, com mandato de três anos. Em fevereiro deste ano, entretanto, Lula exonerou o ex-ministro do colegiado.