STF prorroga inquérito sobre milícias digitais pela sétima vez

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por mais 90 dias o Inquérito 4.874, que investiga a atuação de uma suposta milícia digital contra a democracia e o Estado Democrático de Direito. Esta é a sétima vez que as investigações ganham mais tempo.

Na decisão, publicada nesta quarta-feira (24/5), Moraes ressalta que o aumento do prazo foi concedido “considerando a necessidade de prosseguimento das investigações e a existência de diligências em andamento”.

O inquérito foi aberto em julho de 2021 com o objetivo de investigar a atuação das supostas milícias digitais nas redes sociais e descobrir quem são os responsáveis pela articulação e pelo financiamento delas. A investigação está a cargo da Polícia Federal.

Em maio de 2022, o magistrado determinou que as investigações sobre a atuação de milícias digitais e acerca dos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) às urnas eletrônicas caminhassem em conjunto.

Moraes é relator nos dois casos, e considerou que “os elementos de prova colhidos para apuração dos fatos envolvendo a live realizada pelo presidente da República na data de 29/7/2021, devem ser analisados em conjunto com a investigação principal conduzida no Inq 4.874/DF, cujo objeto é uma organização criminosa complexa, de forte atuação digital e com núcleos de produção, publicação, financiamento e político, com objetivo de atacar o Estado Democrático de Direito”.

Metrópoles

Postado em 25 de maio de 2023

México vai isentar brasileiros de visto, assim como o Japão, afirma ministro de Lula

O governo do México vai voltar a isentar viajantes brasileiros da exigência de visto. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, deu a informação nesta quarta-feira, dia 24, durante audiência pública na Câmara dos Deputados. O México será o segundo país, depois do Japão, a liberar turistas brasileiros do visto.

Mauro Vieira afirmou que conversou pessoalmente com os chanceleres do México e do Japão sobre o fim a exigência. A decisão dos países é favorável aos brasileiros, segundo o ministro. Os viajantes dos dois países terão isenção garantida, como contrapartida.

“Estive no México há coisa de um mês, negociei com o ministro Marcelo Ebrard e pedi que examinasse a questão da renovação de nosso acordo anterior, senão teríamos que impor também vistos aos mexicanos. A reação foi muito positiva. Estamos em plena negociação. Vão ser suspensos também, sempre provocado pela exigência de reciprocidade, os vistos dos brasileiros que viajam ao México”, afirmou Mauro Vieira.

No ano passado, o México decidiu unilateralmente cobrar os vistos de brasileiros que viajam a turismo ou negócios no país. Além de destino direto, brasileiros usam o país como rota para conexões internacionais na América do Norte, Central e Europa e relatavam problemas.

A cobrança de visto está em vigor desde de 18 de agosto de 2022, com necessidade de obter o documento em papel. O ministro não informou a data quem que a cobrança será dispensada pelo México.

Parlamentares mexicanos pediam ao governo Andrés Manuel Lopez Obrador que o visto passasse a ser eletrônico e diziam que a cobrança do documento físico impactará o turismo na região do Caribe, com redução da ordem de 60% no fluxo de brasileiros.

Pressionado a controlar o fluxo migratório para os Estados Unidos, o governo mexicano começou a exigir documentos em 2021, com a cobrança de uma autorização eletrônica de viagem. Depois, ampliou para o visto físico, justificando a medida como forma de combater o tráfico internacional de pessoas, que usam o país como plataforma para chegar aos EUA.

No fim de semana, o governo do Japão anunciou um acordo com o Brasil para dispensa de vistos de turistas com viagens de curta duração. A negociação foi concretizada durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Hiroshima, para a cúpula do G-7, e oficializada após um encontro bilateral com o primeiro-ministro Fumio Kishida.

Na Câmara, parlamentares questionaram o ministro sobre a decisão do governo Lula de revogar a isenção de vistos para turistas dos Estados Unidos, Canadá, Japão e Austrália. O benefício havia sido concedido, sem contrapartida, pelo governo Jair Bolsonaro.

O ministro defendeu que a política de vistos deve ser feita na base da reciprocidade. Segundo Vieira, não houve ainda avanços em relação aos demais países, embora os vistos cobrados pelo Brasil tenham processos mais simplificados, baratos e velozes.

“Lutar pela reciprocidade é muito importante”, disse o chanceler de Lula. “A reciprocidade tem a ver com a dignidade dos brasileiros que viajam. Há países em que esperam um ano e se paga U$ 200”.

O ministro ponderou que a isenção de visto não resultou em aumento significativo do fluxo de turistas ao País. O deputado Marcel Van Hatten (Novo-RS) rebateu e disse que teve acesso a números “robustos”. Ele afirmou que a decisão de cobrar o visto preocupa o setor do turismo nacional. Os dados não foram citados pelo ministro, tampouco pelo parlamentar.

“Nosso visto não impacta em nada a vinda de turistas estrangeiros, os dados que tive acesso não indicam aumento considerável de vinda de turistas estrangeiros. O nosso visto é muito simples, é feito online, um formulário que os candidatos preenchem, com comprovante de passagem de ide e volta, documentos básicos. O visto é concedido entre 24 horas e 48 horas no máximo, e custa U$ 80”, afirmou o ministro Mauro Vieira.

Correio Braziliense

Postado em 25 de maio de 2023

Gilmar Mendes sugere fim das férias de 2 meses para juízes.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu o fim das férias de 2 meses para juízes e sugeriu que eles tenham apenas um, como qualquer trabalhador mortal brasileiro com carteira assinada.

A sugestão de Gilmar foi uma resposta para a Associação Brasileira de Magistratura (AMB) sobre a tentativa de adiamento da criação do instituto Juiz de Garantias. Decano (mais antigo) dos 11 ministros do Supremo, Gilmar Mendes, reagiu publicamente à entidade e criticou o que julga ser um privilégio, as férias de dois meses.

“Se a Associação dos Magistrados Brasileiros quer adiantar os debates sobre celeridade do processo, em geral, aceite as férias de um mês”, recomendou Gilmar.

“Acabem com as férias de 2 meses”

A suposta tentativa de adiamento do julgamento sobre a criação do instituto do Juiz de Garantias irritou Gilmar.

Juiz de garantias é um modelo que prevê a escalação de um juiz para acompanhar exclusivamente a fase de um investigação sobre um crime e outro para o julgamento, o que evitaria superconcentração de poderes nas mãos de um único magistrado, como ocorreu na Lava Jato.

Durante a sessão plenária do STF, Gilmar Medes foi direto: “Acabem com as férias de dois meses! Isso seria uma contribuição e não esse tipo de falta de sutileza para retardar processo.”

Os dois meses de férias estão previstos na Lei Orgânica da Magistratura (Loman), em vigor desde 1979. Poucos são os juízes que se propõem a debater e abrir mão dos dois meses de férias.

Juiz de garantias

O pacote anticrime (Lei 13.964) foi sancionado pelo então presidente da república Jair Bolsonaro, adicionando a função do Juiz de Garantias. O texto original do pacote anticrime não previa o referido instituto do Juiz de Garantias.

O projeto de lei n° 4981 cita o juiz das garantias, responsável pelo controle da legalidade da investigação criminal e pela salvaguarda das inviolabilidades pessoais.

A expectativa é preservar o distanciamento e a imparcialidade do juiz no processo.

O referido projeto foi aprovado, por votação na Câmara dos Deputados, sendo emendado posteriormente a legislação vigente.

Assista ao vídeo de Gilmar Mendes sugerindo férias de 1 mês para juízes e diga se você concorda com ele:

O Estado de S.Paulo

Postado em 25 de maio de 2023

“Guerra contra o terror” matou mais de 4,5 mi desde o 11 de setembro, diz estudo

A chamada “Guerra ao Terror” deflagrada pelos Estados Unidos em diversos países do mundo desde o ataque às Torres Gêmeas de Nova York (EUA), em 11 de setembro de 2001, foi responsável por mais de 4,5 milhões de mortes. Os números constam em um levantamento divulgado pelo Watson Institute International & Public Affairs, da Brown University.

O levantamento, intitulado ”How Death Outlives War: The Reverberating Impact of the Post-9/11 Wars on Human Health” (Como a morte sobrevive à guerra: o impacto reverberante das guerras pós-11 de setembro na saúde humana – em tradução livre), aponta que morreram entre 4,5 milhões e 4,6 milhões de pessoas, direta ou indiretamente, em função de conflitos com participação dos Estados Unidos em países como Afeganistão, Paquistão, Iraque, Síria e Iêmen, além de outros conflitos como Líbia e Somália, nos quais as tropas norte-americanas participaram com menor efetividade.

Desse total, aponta o estudo, ao menos 3,6 milhões foram vitimadas por efeitos provocados pelos conflitos, como doenças e fome resultantes da destruição das economias desses países.

“Em vez de separar quem, o que ou quando é o culpado, este relatório mostrará que as guerras pós-11 de setembro estão implicadas em muitos tipos de mortes”, aponta o texto de apresentação do estudo.

O levantamento aponta uma grande lista de fatores causados pelas guerras que contribuíram para as mortes, como colapso econômico, resultando em perda de meios de subsistência e insegurança alimentar; destruição de serviços públicos e infraestrutura de saúde; contaminação ambiental; e trauma e violência reverberantes.

“Todos esses problemas levaram a um aumento de desnutrição, doenças, lesões, complicações de saúde, deslocamentos forçados, especialmente dentro das nações, o que (…) aumenta a vulnerabilidade”, diz o estudo.

Dados controversos
O relatório aponta as dificuldades de catalogar com precisão dados sobre morte em um ambiente “opaco” como o de uma guerra, com restrições políticas de disseminação de informações aliada às dificuldades práticas de um “teatro de guerra”.

“Nesses contextos, os registros de óbito geralmente refletem escolhas políticas sobre quem é contado e como eles são registrados, bem como técnicas de contagem amplamente variadas”, comenta a autora Stephanie Savell, pesquisadora sênior da Watson Institute e co-diretora do projeto Custos de Guerra, que faz parte o estudo.

Um exemplo dessa dificuldade está na guerra no Iraque. Um artigo de 2006 publicado no “The Lancet” estimou que aproximadamente 600 mil iraquianos morreram devido à violência da guerra entre 2003 e 2006. Dois anos depois outro levantamento estimou o número de mortes violentas no mesmo período em 151 mil. O The Iraq Body Count, um projeto que conta civis e mortes de combatentes no Iraque, documenta 300 mil mortes violentas até os dias atuais.

cnn

Postado em 25 de maio de 2023

Supremo adia fim de julgamento que pode condenar Collor

O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou para esta quinta-feira (25) o fim do julgamento que pode condenar o ex-senador e ex-presidente Fernando Collor por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em um processo da Operação Lava Jato.

Após cinco sessões de julgamento, o placar da votação é de 7 votos a 2 pela condenação. Faltam o voto da presidente do STF, ministra Rosa Weber, e a definição da pena de Collor.

A maioria dos ministros está seguindo voto do relator, ministro Edson Fachin. Para o ministro, Collor, como antigo dirigente do PTB, foi responsável por indicações políticas para a BR Distribuidora, empresa subsidiária da Petrobras, e recebeu R$ 20 milhões de vantagens indevidas em contratos da empresa.

No início do julgamento, no dia 10 de maio, Fachin sugeriu pena de 33 anos e dez meses de prisão para o ex-parlamentar. Dois ex-assessores também podem ser condenados no caso.

Além do relator, também votaram pela condenação os ministros Alexandre de Moraes, André Mendonça, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Dias Toffoli.

Nunes Marques e Gilmar Mendes votaram pela absolvição.

A Corte julga uma ação penal aberta em agosto de 2017. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-presidente da República teria recebido pelo menos R$ 20 milhões de propina pela influência política na BR Distribuidora. Os crimes teriam ocorrido entre 2010 e 2014.

Defesa
Durante o julgamento, o advogado Marcelo Bessa pediu a absolvição de Collor. A defesa alegou que as acusações da PGR estão baseadas em depoimentos de delação premiada e não foram apresentadas provas para incriminar o ex-senador.

Bessa também negou que o ex-parlamentar tenha sido responsável pela indicação de diretores da empresa. Segundo ele, os delatores acusaram Collor com base em comentários de terceiros.

“Não há nenhuma prova idônea que corrobore essa versão do Ministério Público. Se tem aqui uma versão posta, única e exclusivamente, por colaboradores premiados, que não dizem que a arrecadação desses valores teria relação com Collor ou com suposta intermediação desse contrato de embandeiramento”, completou.

agencia brasil

Postado em 25 de maio de 2023

Anitta é anunciada como atração do show de abertura da final da Champions League

A cantora brasileira Anitta foi anunciada nesta quarta-feira, pela Uefa, como atração do show de abertura da final da Champions League, marcado para 10 de junho, entre Manchester City x Inter de Milão. Ela vai dividir palco com o cantor e compositor nigeriano Burna Boy. A decisão do principal torneio de clubes da Europa ocorrerá no Estádio Olímpico Atatürk, em Istambul, na Turquia.

“Estou tão animada que a notícia finalmente saiu!”, disse a cantora, em comunicado divulgado pela Uefa em que aparece dentro de um vestiário de futebol. “Vamos fazer um show imperdível para os fãs no estádio e ao redor do mundo. Você não vai querer perder isso”, disse. A final será transmitida pelo SBT, TNT Sports (tv fechada) e HBO Max (streaming).

A cerimônia de abertura da final da Champions League tem o patrocínio da Pepsi e será transmitido em mais de 200 países e territórios, bem como no site uefa.com e nos canais oficiais da Uefa no YouTube e da Uefa Champions League TikTok. A atração está em seu sétimo ano e já contou com os shows de Camila Cabello, Imagine Dragons, Dua Lipa, Black Eyed Peas e Now United.

Torcedora do Botafogo, a carioca Anitta também se apresentou nas finais da Copa Libertadores de 2021, quando o Palmeiras venceu o Flamengo por 2 a 1, em Montevidéu, no Uruguai. E em 2019, quando o Flamengo derrotou o River Plate de virada, também por 2 A 1, em Lima, no Peru.
Anitta já tem experiência de se apresentar em eventos esportivos. Além da Libertadores, ela esteve na final dos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, cantou o Hino Nacional minutos antes da largada do GP do Brasil de Fórmula 1, em 2017, e na estreia do GP de Miami, no ano passado, nos Estados Unidos. A cantora também realizou show na festa de encerramento da Copa América, no Estádio do Maracanã, em 2019.

Seu carisma, fama e proximidade com o público mais novo a faz ficar na primeira fila das opções para eventos esportivos no Brasil e fora dele. No Instagram, a cantora tem 64 milhões se seguidores. No Twiiter, sua conta movimenta 19 milhões de pessoas.

“Anitta vem demonstrando talento além dos palcos, e não é de hoje. Focou na carreira internacional, tem espanhol e inglês fluentes, frequentemente anuncia parceiros no desenvolvimento de negócios, marcas e produtos, como nas parcerias com Nubank e Cimed, para citar algumas delas. A exposição gerada num evento desse tamanho só potencializa o que ela vem, claramente, planejando e executando ao longo do tempo. E ela tem apenas 30 anos”, afirmou Armênio Neto, especialista em novos negócios da indústria do esporte.

Professor de marketing esportivo na ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), Ivan Martinho reforça que Anitta só comprova sua importância como artista com sua apresentação na final da Champions League. “Essa aparição amplia ainda mais seu alcance enquanto estrela pop de projeção global e provavelmente alcançará públicos que ainda não a conheciam, trazendo a oportunidade de amealhar novos fãs e tornar-se relevante comercialmente em novos mercados europeus e asiáticos.”

terra

Postado em 25 de maio de 2023

Bolsonaro diz que descobriu ‘há pouco tempo’ veia política de Michelle

Jair Bolsonaro (PL) fez uma participação, nesta quarta-feira (24), no final de uma reunião do PL Mulher, ala da legenda da qual a sua esposa, Michelle Bolsonaro , é líder. Na sua fala, o político afirmou que há pouco tempo descobriu a “veia política” da sua companheira.

O vídeo com a fala do ex-chefe do Executivo do Brasil foi publicado nos stories da conta oficial do PL Mulher no Instagram.

“Temos certeza de que podemos realmente buscar esse ponto de inflexão que precisamos para mudar o destino do Brasil. Acredito no país, em vocês. Na primeira-dama, que descobri há pouco tempo essa veia política nela”, disse o ex-presidente.

“Obviamente, ninguém faz nada sozinho. Ela bem acompanhada pode fazer a diferença no futuro para todos nós. Temos certeza de que teremos também excelentes prefeitas eleitas no ano que vem”, complementou.

O encontro em questão foi organizado por Michelle junto às deputadas federais eleitas pela sigla no pleito eleitoral do ano passado. Em um trecho da sua fala também divulgado nas redes sociais do partido, a ex-primeira-dama disse que o PL Mulher busca pessoas que queiram se candidatar à legenda.

“Essa é a primeira reunião com as nossas parlamentares para a gente falar sobre o novo momento do PL Mulher e também para sobre o nosso projeto, o ‘Mulher que Faz Acontecer’, projeto que vai buscar mulheres realizadores, mulheres que querem se filiar ao PL, mulheres que terão uma candidatura futura pelo nosso partido”, destacou.

IG

Postado em 25 de maio de 2023

Joice Hasselmann é acusada de ‘rachadinha’ por ex-assessora

A ex-deputada federal Joice Hasselmann (sem partido-SP) está sendo acusada de usar o salário de uma ex-assessora para pagar gastos pessoais, que iam de combustível do carro até faculdade e ração dos gatos da filha.

Juliana Christine Pereira Bejes foi assessora de Joice durante um ano e oito meses. Nesse período, diz, ficou com somente dois salários. Os demais, segundo ela, foram entregues para a chefe -incluindo o auxílio-creche. Isto equivaleria a repasses mensais de R$ 13,5 mil. A ex-assessora também acusa Joice de assédio moral e afirma que várias vezes saiu do trabalho chorando por ser xingada de burra, tonta e incompetente.
Ela encaminhou a denúncia para o Ministério Público Federal de São Paulo e enviou ao UOL notas fiscais, faturas de cartão de crédito e extratos de Pix usados para sustentar sua versão. Joice negou as acusações, em áudios e vídeos enviados à reportagem. Diz que Juliana e o marido são achacadores que forjaram provas para tentar tirar dinheiro dela após a derrota nas eleições de 2022 e que vai à Justiça contra a ex-assessora.

A ex-deputada admite, no entanto, que entregava dinheiro ao marido de Juliana para pagar suas contas por estar com parte do salário bloqueado por causa de um processo judicial envolvendo a revista Veja. Juliana sustenta as acusações e diz que o mecanismo para a devolução do salário era pagar despesas particulares da ex-parlamentar. Segundo a ex-funcionária, a ex-deputada pedia foto da nota fiscal para solicitar o reembolso pela Câmara dos Deputados.

A assessoria de comunicação do Ministério Público Federal confirma que recebeu os documentos de Juliana. Os procuradores avaliam o conteúdo das denúncias para decidir quais medidas adotar. Em uma mensagem de WhatsApp enviada ao marido de Juliana, a ex-assessora é chamada de “fdp” porque não depositara o dinheiro aguardado por Joice. Ela repassou à reportagem áudio que mostra a maneira como era tratada por Joice.

Juliana e o marido são de Curitiba e conheceram Joice na época em que ela morava na cidade. Quando houve a eleição para a Câmara, o casal foi convidado para preencher duas vagas de assessoria parlamentar em São Paulo, base eleitoral de Joice.

Juliana conta que sua nomeação saiu em abril de 2021. O marido se tornou funcionário do gabinete em junho do mesmo ano. A partir daquele mês, a ex-assessora diz que devolveu todos os salários recebidos. O casal e o filho de colo sobreviviam somente com o salário do marido de Juliana, de R$ 12,6 mil.

‘Rachadinha’ com reembolso da Câmara
Uma nota fiscal no sistema de cota parlamentar da Câmara mostra que Joice foi reembolsada por um abastecimento na cidade de São Paulo em 30 de agosto de 2021. O valor da conta foi de R$ 379,53. Juliana afirma que foi seu salário que bancou o gasto.

Ela usa sua fatura do cartão de crédito para embasar a acusação e chama a atenção para quatro pontos:

Há uma despesa em seu cartão em valor igual ao abastecimento de Joice;

O gasto ocorreu no mesmo posto que aparece na nota enviada pela ex-deputada à Câmara;

A data que consta na fatura é a mesma do abastecimento;

A bandeira do cartão utilizado no pagamento é Visa, operadora usada por Juliana.

A ex-assessora diz que não se trata de caso isolado. Ela apresentou outras notas fiscais, de 11 e 27 de dezembro de 2021. As despesas também constam no sistema de reembolso da Câmara e na fatura do cartão de crédito de Juliana. Mais uma vez, valores, datas e local dos gastos coincidem.

Juliana entregou ao UOL comprovantes de depósitos referentes ao pagamento da faculdade da filha da ex-chefe. Ela conta que Joice e o ex-marido fizeram um acordo para dividir o valor da mensalidade da garota. Caberia a Juliana bancar a parte da ex-deputada: R$ 5.315 por mês.

Entre os 16 comprovantes de transferência entregues pela ex-assessora, um chama a atenção pelo valor: R$ 31 mil. De acordo com Juliana, a ex-deputada não conseguiu a reeleição e, em novembro do ano passado, ofereceu um acordo. A ex-funcionária pagaria seis meses da faculdade da filha de Joice e poderia ficar com os salários dos três últimos meses.

Juliana conta que usou R$ 31 mil de sua reserva financeira porque os salários restantes que viria a receber totalizariam R$ 40 mil. Ocorre que, tão logo o dinheiro caiu na conta, Joice assinou sua demissão. “Bem no dia da festinha de aniversário do meu filho”, disse Juliana, ex-funcionária de Joice, em acusação de “rachadinha”.

“Ela queria me usar de laranja”
Entre as ordens que recebeu de Joice, a ex-funcionária declarou que foi obrigada a ser candidata a deputada estadual. Faria dobradinha com a parlamentar, que tentaria a reeleição a deputada federal pelo PSDB, partido ao qual estava filiada à época. Mas houve um problema na documentação e a filiação no PSDB foi negada.

A ex-assessora tem reproduções de conversas que mostram a revolta de Joice. Segundo Juliana, a intenção era usar a candidatura feminina dela para conseguir mais dinheiro do fundo partidário e, com isso, pagar despesas de sua própria campanha à reeleição. “Ela queria me usar de laranja”, acusa.

Despesas da filha de Joice também eram cobertas pelo salário dela, acusa a ex-assessora. Em mensagem de 6 de abril do ano passado, a garota comunicou ao marido de Juliana que havia abastecido e mandou a nota fiscal de R$ 262,53.

No extrato de Pix de Juliana, aparece uma transferência para a filha da ex-deputada na mesma data e valor. Há também outros comprovantes em favor da jovem universitária. Há valores até R$ 750, incluindo um depósito de R$ 200 que teria custeado a ração do bicho de estimação.

A ex-assessora afirma que também era obrigada a cobrir gastos do marido da chefe. Para embasar a acusação, apresentou um comprovante de Pix de R$ 814 para o marido de Joice feito em 4 de maio do ano passado. Juliana conta que nem sabe para que serviu o dinheiro, apenas atendeu uma ordem, sem pedir explicação.

Limpeza de apartamento e lavagem de roupa de Joice
A ex-assessora afirma que também recebia ordens para limpar o apartamento de Joice. O marido da ex-parlamentar também mandava mensagens para Juliana “dar um jeito no flat”.

Ela conta que era obrigada a buscar o marido de Joice no aeroporto de Campinas, a fazer supermercado para o casal, a levar o carro na oficina e até a emprestar o carro dela enquanto ficava a pé. Outra exigência era lavar à mão as roupas de Joice. Os pedidos tinham instruções detalhadas.

Joice enviou áudio ao UOL declarando que nunca deu ordens para Juliana fazer trabalho doméstico. Mas as afirmações da ex-deputada são diferentes do conteúdo de prints de WhatsApp.

“Bom lavar com sabão de coco líquido, deixar de molho pelo menos 2 horas, depois enxaguar e pendurar sem torcer”, disse Joice em mensagem para Juliana sobre uma camisa que ia usar numa participação na CNN.

Um print de conversa de WhatsApp revela que em 25 de dezembro de 2021 Juliana foi chamada para limpar o apartamento de Joice. “Nem na data especial ela dava trégua”, afirma. No Dia das Mães, o marido de Joice solicitou que fosse levado até o aeroporto de Viracopos.

Juliana diz que aceitou fazer a “rachadinha” porque tinha mudado de cidade, feito contrato de aluguel de longo prazo e tinha tido um bebê de colo para criar. Sobre a denúncia, ela alega que não aguentava mais viver nesta situação. Para ela, colocar fim ao que classificou como “segredo” foi “uma libertação”.

ESTADO DE MINAS

Postado em 25 de maio de 2023

Governo federal anuncia medidas para carros populares nesta quinta, Dia da Indústria

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anuncia nesta quinta-feira (25) medidas para facilitar o acesso da população a carros populares. Lula gostaria de colocar os veículos em um patamar de preços parecido com os que os carros populares tiveram nas últimas décadas no Brasil.

Além de Lula, participam do anúncio da medida representantes de entidades do setor automotivo e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que comandou os estudos sobre o tema.

“Na reunião, Lula e Alckmin anunciarão medidas de curto prazo para ampliar o acesso da população a carros novos e alavancar a cadeia produtiva ligada ao setor automotivo brasileiro. O encontro contará com a presença de ministros e representantes de trabalhadores e fabricantes da indústria automotiva”, disse o governo em nota.

Atualmente, os carros zero mais baratos do país tem preço de partida por volta de R$ 68 mil. A intenção de baratear os veículos foi manifestada publicamente pelo presidente Lula durante discurso no dia 4 de maio. Na ocasião, ele disse que carro de “R$ 90 mil não é popular”. Desde então, o governo e o setor de automotivos vêm discutindo o tema.

Alternativas para baixar preço
O governo não adiantou quais serão as medidas, mas o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na quarta-feira (24) que existem “várias possibilidades” para tentar baratear o carro popular em estudo.

“Mas tem coisa que só dá para fazer o ano que vem. Pode até ser anunciada, mas só dá pra fazer no ano que vem, em virtude das regras fiscais [das contas públicas]”, declarou, antes da reunião com Lula e Alckmin.

Nos últimos dias, representantes de ministérios e do setor discutiram possíveis alternativas para reduzir os preços.

Os executivos frisaram para o governo que as montadoras já têm muita pouca margem de lucro nos carros populares e que, por isso, seria difícil reduzir os preços nas fábricas. A margem, segundo as empresas, é maior nos carros mais caros.

Alckmin já sinalizou que o pacote também deve incluir medidas de apoio à indústria de caminhões.

Saque do FGTS
O caminho defendido pela indústria é a possibilidade de os trabalhadores poderem sacar uma parte do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) — 10% ou 15%, por exemplo. E usar esse valor para trocar o carro usado por um novo.

Isso poderia ser feito via medida provisória, caso haja consenso dentro do governo. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, porém, já disse ser “radicalmente contra” o uso do FGTS para esse objetivo.

Também foi discutida com representantes da indústria automotiva, nas últimas semanas, uma eventual redução de tributos.

Na reunião entre governo e montadoras, foi ressaltado que o Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) — um tributo federal — já é reduzido para carros populares.

Para ser efetiva uma queda de impostos, as medidas precisariam envolver impostos recolhidos pelos estados, como o ICMS.

A alíquota de ICMS, porém, também já é reduzida para carros de passeio e qualquer queda de arrecadação precisaria ser compensada pela União, dizem fontes ligadas aos governadores. Isso passaria, portanto, por uma negociação com as secretarias estaduais de Fazenda.

G1

Postado em 25 de maio de 2023

Ubaldo quer disputar a Prefeitura do Natal

A disputa para a Prefeitura do Natal pode ganhar mais um pré-candidato. O deputado estadual Ubaldo Fernandes (PSDB) tem dialogado com suas bases e analisa a possibilidade de colocar seu nome na disputa.

A corrida para o palácio Felipe Camarão em 2024 já conta, até agora, com as pré-candidaturas anunciadas de Natália Bonavides (PT), Paulinho Freire (UB), Carlos Eduardo Alves (PSD), Bruno Giovanni (sem partido), Eudiane Macedo (PV) e General Girão (PL).

Apesar da boa capilaridade eleitoral na capital potiguar, a maior dificuldade de Ubaldo seria atrair partidos e apoios a sua candidatura, tendo em vista o leque de alianças já formado em torno de outros nomes para o pleito do próximo ano.

Na Câmara de Vereadores, Ubaldo contaria com o apoio do vereador Herberth Sena, o mais votado na última eleição. Já o irmão de Ubaldo, o vereador Eribaldo Medeiros, seria uma incógnita, já que não o apoiou na eleição de deputado estadual.

Ubaldo, que exerce o segundo mandato na Assembleia Legislativa do RN, iniciou sua vida pública como presidente do Conselho Comunitário das Rocas, onde reside desde 1985. Ele também foi subprefeito da Região Leste da Prefeitura de Natal e vereador em Natal por dois mandatos.

Além do próprio desejo de ser candidato, o parlamentar tem sido incentivado por lideranças de diversos segmentos popular para colocar seu nome na disputa e tentar viabilizar sua candidatura.

blog do mg

Postado em 25 de maio de 2023

Tina Turner, cantora americana rainha do rock n’ roll, morre aos 83 anos

Tina Turner, cantora americana considerada a rainha do rock n’ roll, morreu aos 83 anos. A morte foi confirmada pelo assessor dela ao site Sky News e a causa não foi revelada.

Tina e o ex-marido, Ike Turner, que morreu de uma overdose de cocaína em 2007, fizeram muito sucesso no final dos anos 1960 e início dos anos 1970. Após ser espancada pelo então marido, ela e ele se divorciaram.

A cantora de sucessos como “What’s Love Got to Do with It” e “We Don’t Need Another Hero (Thunderdome)” se lançou em carreira solo nos anos 1980.

Anna Mae Bullock nasceu em uma família pobre dos Estados Unidos. Aos 15 anos, foi abandonada pelos pais e cantou em boates para se sustentar.

Em uma das apresentações, conheceu Ike Turner com a banda The Kings of Rhythm. Anna Mae insistiu por um lugar de backing vocal e em pouco tempo se tornou uma das vozes principais. As músicas logo começaram a fazer sucesso e Ike e Anna Mae decidiram formar uma dupla. Com o casamento, ela adotou o nome artístico Tina Turner e, ao lado do marido, dominou o cenário da música soul nos anos 60 e 70.

Na vida pessoal, porém, o casamento foi marcado por brigas e escândalos. Alcóolatra e viciado em drogas, Ike culpava Tina pelo declínio da dupla, a agredia violentamente, humilhava e traía. Ela apareceu em público diversas vezes com o olho roxo ou com o lábio inchado. Depois de 18 anos, ela se cansou das agressões e decidiu abandonar o marido. Na justiça, propôs abrir mão de todo o patrimônio em troca de poder manter o sobrenome Turner.

Tina recomeçou do zero. Sem dinheiro, morou com uma amiga e abriu shows para outros grupos famosos, como os Bee Gees. Para voltar ao cenário musical, apostou no rock, influenciada pelos Rolling Stones e por David Bowie. Adotou também um novo estilo, com roupas ousadas e cabelos loiros espetados.

Em 1984, lançou o álbum ‘Private dancer’. O hit ‘Whats love gotta do with it’ teve ascensão meteórica e ajudou Tina a vender mais de dez milhões de cópias em todo o mundo. O título de rainha do rock surgiu aos 45 anos. Ela exibia as belas pernas, cantava e dançava sem perder o fôlego, levando a multidão ao êxtase.

Em 1986, lançou a biografia ‘Eu, Tina: a história da minha vida’, que conta a trajetória profissional e pessoal com o ex-marido, além de revelar as constantes agressões. O livro virou filme em 1993, estrelado por Angela Basset e Laurence Fishburne. Ike morreu em 2007.

O álbum seguinte foi ‘Break every rule’, com o qual Tina fez a maior turnê de sua carreira. Foram 14 meses viajando. Um show dessa turnê no Brasil entrou para o livro dos recordes: a cantora reuniu nada menos que 184 mil pessoas em uma única apresentação no Maracanã. O show foi transmitido ao vivo para todo o mundo.

No início dos anos 90, lançou a música ‘The best’, que chegou a ser tema de alguns atletas. Um deles foi Ayrton Senna, que subiu no palco ao lado de Tina durante uma apresentação.

Os trabalhos de Tina Turner não ficaram restritos à música. Ela estrou nos cinemas em 1975 no filme ‘Tommy’. Dez anos depois, fez outro sucesso: ‘Mad Max – Além da cúpula do trovão’. Ela foi responsável também pelo tema do longa-metragem, que dominou as paradas de sucesso. A cantora gravou a trilha de muitas outras produções, incluindo ‘007 contra Golden Eye’.

O sucesso da música fez com que Tina Turner, então com 56 anos, lançasse um novo álbum, ‘Wildest dreams’. No fim da década de 90, lançou o nono álbum da carreira solo e anunciou a aposentadoria dos palcos. ‘Twenty four seven’ teve apenas dois hits, mas o clima de despedida atraiu milhões para os shows.

Em 2008, para marcar os 50 anos dos prêmios Grammy, fez uma apresentação histórica. Além de cantar seus grandes sucessos, fez um dueto com a cantora pop Beyoncé. Aos 73 anos, Tina Turner superou Meryl Streep e foi a mulher mais velha a estampar a capa da revista Vogue. A cantora vive há duas décadas com o marido, Erwin Bach, na Suíça. No ano passado, renunciou à cidadania americana e ganhou nacionalidade suíça.

Tina Turner é uma das grandes divas da música ainda vivas. Poucos artistas igualaram tantos números: oito Grammys e 100 milhões de cópias vendidas em todo o mundo. A rainha do rock chega aos 75 anos sem previsão de novos lançamentos, mas deixa a certeza de que conquistou o mundo com uma das vozes mais marcantes da música. E, para muitos, ela é simplesmente a melhor.

g1

Postado em 24 de maio de 2023

Deltan Dallagnol: “Relator no TSE entregou minha cabeça por vaga no STF”

O deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR), cujo mandato foi cassado na semana passada por decisão unânime do Tribunal Superior Eleitoral, afirmou, sem apresentar provas, que os sete ministros da Corte eleitoral “combinaram” de tomar a decisão antes de o caso ir a plenário.

Em entrevista à “Folha de S. Paulo”, o ex-coordenador da força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba atribuiu o voto do relator, ministro Benedito Gonçalves, a uma suposta campanha pela indicação ao Supremo Tribunal Federal.

— O ministro condutor do voto trouxe um voto que objetiva entregar a minha cabeça em troca da perspectiva de fortalecer a sua candidatura ao Supremo — disse Deltan Dallagnol ao jornal.

Todos os ministros da Corte eleitoral seguiram a posição de Benedito Gonçalves, segundo a qual Deltan pediu exoneração do cargo de procurador para evitar uma eventual punição administrativa, que poderia torná-lo inelegível.

Na avaliação de Deltan à “Folha”, firmar essa posição na votação seria uma forma de agradar o governo federal, muito crítico à Operação Lava-Jato, cuja força-tarefa ele comandou entre 2014 e 2020. O político alega que o julgamento no TSE teria levado 66 segundos, o que seria indício da suposta combinação prévia de votos.

— Uma decisão uniforme quando existe toda uma unanimidade em contrário, em 66 segundos, faz com que a conclusão seja aquela para a qual apontou o ministro Marco Aurélio Mello: essa decisão foi combinada. Ela foi combinada e guiada por interesses — defendeu Deltan.

A sessão, porém, durou cerca de uma hora e 25 minutos — o tempo citado pelo parlamentar é referente somente ao momento em que o ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, confirma a decisão unânime da corte.

Deltan negou que tenha se esquivado de ser notificado formalmente pela corregedoria da Câmara sobre a cassação de seu mandato.

Ao falar sobre a cassação do mandato, o deputado defendeu que seu caso vem sendo tratado de forma diferente tanto no Judiciário quanto na Câmara. A corregedoria da Casa, responsável por analisar a destituição de parlamentares, tentou notificar Deltan pessoalmente sobre o processo três vezes. Após as investidas frustradas, o aviso foi publicado no Diário Oficial do Legislativo, seguindo o protocolo da Câmara.

Segundo o parlamentar informou à “Folha”, teria havido um desencontro nas agendas do parlamentar e do corregedor da Câmara, o deputado federal Domingos Neto (PSD-CE). Na primeira tentativa, na quinta-feira passada, por exemplo, Deltan afirma que estava em reuniões com seu partido, o Podemos, e com seus advogados.

— Na segunda-feira, quando eu estava em reuniões partidárias em Curitiba, os servidores da corregedoria vieram realizar a terceira notificação. Algo que foge ao padrão da Casa, segundo informado pela própria servidora da corregedoria que veio aqui. E a questão que se coloca é: por que o meu caso está sendo tratado de um modo diferente, no Judiciário e aqui na Câmara dos Deputados? E a resposta todo mundo sabe qual é — disse o ex-procurador ao jornal.

Folha PE

Postado em 24 de maio de 2023

Herpes labial: o que é, sintomas, causas e tratamento

O herpes labial é uma infecção causada pelo vírus Herpes simplex tipo 1 (HSV-1). Os principais sintomas da condição são formigamento, coceira, vermelhidão, ardor e pequenas bolhas preenchidas com líquido claro, comumente na região do lábio. Mas também é possível haver feridas na parte interna da boca, como gengiva, língua, céu da boca, interior das bochechas e até mesmo na garganta.

A transmissão do vírus ocorre pelo contato com secreções expelidas pelo nariz ou pela boca de uma pessoa contaminada. O vírus pode permanecer décadas alojado no organismo, de forma assintomática. Mas ele pode ser reativado a qualquer momento, por uma queda na imunidade, por exemplo, dando origem aos incômodos sintomas. O tratamento do herpes labial pode incluir o uso de pomadas e medicamentos antivirais, a depender da gravidade e recorrências dos sintomas.

O que é herpes labial?
O herpes é uma infecção causada pelo Herpes simplex virus (HSV). Existem oito tipos de vírus dessa família que podem causar doenças em humanos. O herpes tipo 1 (HSV-1) é responsável por cerca de 80% dos casos de herpes labial. Os outros 20% em geral são causados pelo tipo 2.

Quais os sintomas da herpes labial?
Os sintomas mais comuns da doença nos lábios são:

O que causa a herpes labial?
A transmissão do vírus Herpes acontece por meio do contato com gotículas de pessoas infectadas. Em geral, o primeiro contato com o vírus ocorre na infância, embora a doença não se manifesta nesta época. Isso porque o vírus podem ficar inativo no organismo e ser reativado mediante alguma situação adversa, como exposição à luz solar intensa, fadiga física e mental, estresse emocional, febre ou outras infecções que diminuam a imunidade.

O herpes é considerado um vírus comum e altamente contagioso, por isso, pessoas que não foram infectadas na infância podem contrair o vírus pelo contato com objetos infectados, como compartilhamento de copos e talheres, ou durante o beijo.

Quanto tempo dura uma crise de herpes labial?
Em geral, os sintomas agudos da infecção duram de 5 a 7 dias.

Qual o tratamento para herpes labial?
Na maioria das pessoas, o vírus herpes é eliminado naturalmente do organismo, sem causar qualquer sintoma. Entretanto, nas pessoas em que ele se manifesta, não há cura. A boa notícia é que é possível reduzir o tempo de infecção e a intensidade dos sintomas com o uso de antivirais.

A depender do caso, também podem ser indicadas pomadas para ajudar a diminuir o incômodo causado pelas feridas. Como os sintomas do herpes também podem ser causados por outras condições, o ideal é consultar um dermatologista quando os sintomas aparecerem.

O GLOBO

Postado em 24 de maio de 2023

Gabriela Hardt, juíza que substituiu Moro na Lava-Jato, reassume a operação

A decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) que afastou o juiz Eduardo Appio da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba colocou a condução da Lava-Jato, temporariamente, nas mãos da juíza Gabriela Hardt, que já atuou na operação. A magistrada é substituta do juízo da Lava-Jato e já despachou ao lado dos dois antecessores de Appio: Luiz Antônio Bonat, alçado a desembargador da Corte Regional; e Sérgio Moro, ex-ministro da Justiça e atual senador.

A magistrada inclusive já proferiu o primeiro despacho na Lava-Jato após reassumir a operação. Na manhã desta terça-feira (23), determinou que o Ministério Público Federal (MPF) se manifeste no bojo do processo em que Appio insistiu que a Polícia Federal (PF) apurasse a escuta ilegal encontrada na cela do doleiro Alberto Youssef à época em que ele esteve preso na carceragem da corporação em Curitiba.

Se, desde fevereiro, os processos remanescentes da Lava-Jato eram conduzidos por um juiz declaradamente crítico aos métodos da antiga força-tarefa, agora as ações passam para uma magistrada que proferiu despachos no auge da operação e mantém bom relacionamento com Moro, desde o tempo em que ele era titular da 13ª Vara.

Gabriela chegou a sentenciar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenando o petista a 12 anos e onze meses de prisão no processo do sítio de Atibaia. Posteriormente, a condenação foi derrubada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ao reconhecer a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro para analisar processos envolvendo o presidente.

Em uma decisão recente, ligada ao ex-juiz da Lava-Jato, Gabriela mandou prender núcleo do PCC que planejava o sequestro de Moro. A juíza acolheu pedido da PF e autorizou a Operação Sequaz – deflagrada no dia 22 de março pela Polícia Federal.

À época, ela estava cobrindo férias da juíza Sandra Regina Soares, titular da 9ª Vara Federal de Curitiba. O fato de a operação ter sido deflagrada por ordem de Gabriela chegou a ser mencionado inclusive pelo presidente Lula, que teve a juíza como um de seus algozes na Lava-Jato.

Os processos da Lava-Jato, no entanto, podem ficar pouco tempo nas mãos de Gabriela e eventualmente serem analisados por outro magistrado. Isso porque ela atualmente participa de um concurso de remoção: seu objetivo primeiro é atuar em outros juízos, fora de Curitiba. O concurso ainda está em trâmite, ou seja, também não há definição sobre a futura atuação da magistrada.

A investigação do TRF-4 sobre Appio não tem data para terminar. Ao determinar o afastamento cautelar do magistrado, o tribunal deu 15 dias para que ele apresente defesa prévia sobre as suspeitas que recaem sobre ele — de suposta ligação com “ameaça” narrada pelo advogado João Malucelli, filho do desembargador Marcelo Malucelli, do TRF-4.

GZH

Postado em 24 de maio de 2023

Fátima sanciona lei de combate a assédio na administração pública do RN

O Diário Oficial do Estado desta terça-feira (23) publicou Lei 11.440, de 22 de maio de 2023, sancionada pela governadora Fátima Bezerra, criando o programa “Abaixe o Tom”, contra o assédio moral e o constrangimento moral no âmbito da administração pública estadual direta, indireta, fundações públicas e autarquias no Estado do Rio Grande do Norte.

Considera-se assédio moral toda ação, gesto ou palavra que tenha por objetivo ou efeito constranger ou humilhar o servidor público civil, praticada de modo repetitivo e prolongado, durante o expediente do órgão ou entidade, por servidor público civil, abusando das prerrogativas conferidas em virtude de seu cargo ou de influência pessoal, situação profissional, conhecimento, experiência, com danos ao ambiente de trabalho, ao serviço prestado ao público e ao próprio usuário, bem como à evolução da carreira ou à estabilidade funcional do servidor constrangido.

Já o constrangimento moral se configura quando ocorre qualquer atitude abusiva por parte da chefia em relação ao subordinado, do subordinado em relação ao agente que está em posição de chefia ou entre colegas de trabalho.

A apuração do assédio será feita de forma imediata por provocação da parte ofendida ou de ofício pela autoridade que tiver conhecimento da prática de assédio moral ou de constrangimento moral, mediante sindicância ou processo administrativo.

De acordo com a lei, fica assegurado ao servidor acusado da prática de assédio moral ou de constrangimento moral o direito de ampla defesa das acusações que lhe forem imputadas, nos termos das normas específicas de cada órgão da administração ou fundação, sob pena de nulidade.

Comprovado o assédio moral, ficará o infrator sujeito a advertência, suspensão de até 90 dias, destituição do cargo de confiança ou função, multa e demissão. Na aplicação das penalidades serão considerados os danos que delas provierem ao ofendido e para o serviço público prestado ao usuário, bem como as circunstâncias agravantes e atenuantes e os antecedentes funcionais do infrator e do ofendido.

Paralelamente à sanção da Lei 11.440/23, a Secretaria de Estado da Administração anunciou a criação de um grupo de trabalho para revisar a legislação de combate a outras formas de violência nas repartições públicas estaduais. A Portaria nº 1.088, que designa os servidores para compor o grupo, também foi republicada nesta terça-feira (23) no Diário Oficial do Estado.

Para o secretário da Administração, Pedro Lopes, que assina a portaria, trata-se de uma iniciativa essencial para garantir o exercício digno do trabalho realizado pelos agentes públicos. “É fundamental combater toda e qualquer forma de assédio, ao mesmo tempo em que devemos procurar promover a cultura do respeito e relações harmoniosas no ambiente público. Para isso, o Governo do Estado pretende desenvolver orientações e diretrizes para enfrentamento de condutas que possam causar danos à dignidade e integridade do servidor.

Tribuna do Norte

Postado em 24 de maio de 2023