A Petrobras informou neste domingo (14) que vai discutir internamente possíveis alterações nas políticas de preço da empresa para diesel e gasolina.
De acordo com um comunicado divulgado pela estatal, as mudanças “serão analisadas pela Diretoria Executiva no início da semana e poderão resultar em uma nova estratégia comercial para definição de preços”.
O texto aproveita para reafirmar que possíveis mudanças estarão pautadas em “aspectos técnicos”.
Atualmente, o valor do combustível nacional é calculado em dólar e o petróleo segue a cotação internacional. Isso significa que a mudanças no valor do barril ou na moeda americana impactam os preços dentro do Brasil.
Ainda durante a campanha, o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou em “abrasileirar” os preços e abandonar os atuais critérios de reajustes.
Na última sexta-feira (12), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, já havia antecipado que a empresa iria discutir a nova política de preços praticada pela estatal.
De acordo com ele, o melhor cenário é o meio-termo. “Não precisamos voltar ao tempo em que não houve nenhum reajuste no ano inteiro. Em 2006 e em 2007 aconteceu isso. E também não precisamos viver dentro da maratona de 118 reajustes para um único combustível, como foi em 2017.”
O parlamento português aprovou uma lei que descriminaliza a eutanásia. A decisão permite a prática de provocar a morte assistida por um profissional da saúde de uma pessoa com doença incurável.
O decreto aprovado pelo parlamento tinha sido vetado pelo presidente Marcelo Rebelo de Souza. Com a decisão, o presidente será obrigado a promulgar a lei em um prazo de oito dias.
Este é o quarto projeto do parlamento português para a despenalização da eutanásia, alterando o Código Penal. A questão dividiu o país, profundamente católico e teve forte oposição dos conservadores.
Agora, as pessoas com mais de 18 anos podem solicitar assistência para morrer caso estejam em estado terminal e sofrimento intolerável. Cobrirá apenas os que sentem dores duradouras e insuportáveis, a menos que não sejam mentalmente aptos para tomar a decisão.
A lei é aplicável a portugueses e residentes legais, mas não se estende a estrangeiros que venham ao país em busca de suicídio assistido.
O Twitter tem uma nova CEO. O anúncio foi feito por Elon Musk nesta sexta-feira (12) e trata-se de Linda Yaccarino. O bilionário confirmou que ela ficará responsável primeiramente em operações de negócios, enquanto o proprietário da rede social ficará focado em novas tecnologias e em design de produtos.
Linda ficou quase 12 anos como chefe de publicidade global e parcerias da NBCUniversal, antes de se tornar CEO. Ela também entrou no Conselho de Administração de Anúncios dos EUA em 2014, e um ano depois, tornou-se membro do Comitê Executivo. Formada na Universidade Estadual da Pensivânia, em artes liberais e telecomunicações, ela iniciou no mercado como estagiária da NBCUniversal.
Na última quinta-feira (11), Musk havia anunciado que contratou uma nova CEO, mas sem informar o nome. Agora, o bilionário desejou sorte a Linda e que ela iniciará em 6 semanas: “Estou animado para anunciar que contratei um novo CEO para o Twitter. Ela vai começar em 6 semanas!”
Sete meses após registrar seu pior resultado numa eleição presidencial, o ex-ministro Ciro Gomes voltou a participar de um evento público nessa sexta-feira (12). Em discurso para estudantes da faculdade de direito da Universidade de Lisboa, o pedetista afirmou que o presidente Lula é o “responsável pelo reacionarismo no Brasil” e que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está “entregue à banqueirada”. É a primeira vez que o presidenciável, grande crítico do PT e de Lula, faz uma avaliação do novo governo.
“O Lula nunca quis mudar, não tem compromisso com a mudança do Brasil, é o responsável pelo reacionarismo dominante hoje no Brasil. Ganha com isso”, disse.
Ciro comentou uma reportagem que revelou que o senador Davi Alcolumbre (União-AP) indicou emendas sob suspeita de superfaturamento.
“A Codevasf está fazendo investimento superfaturado no Amapá neste governo. A direção e as práticas que estão lá são as mesmas, é por lá que se esvai o orçamento secreto. Como nós vamos fazer? Deu certo isso? É uma pergunta simples”, criticou.
“Caramba, o Lula foi parar na cadeia. Será possível que não aprendemos nada? Ou nós acreditamos que Lula foi inocentado? Ele não foi. O Lula teve direito à presunção de inocência restaurada. É diferente de ser inocentado em um julgamento”, disse.
Apesar disso, Ciro avaliou que Lula não teve “o devido processo legal”.
Campos Neto e Haddad
Ao comentar sobre a área econômica, além de Lula, Ciro criticou a gestão do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e desaprovou a indicação de Gabriel Galípolo, ex-secretário-executivo da Fazenda, para uma diretoria no BC.
“Esta demissão (do Campos Neto) tem que ser provocada pelo Conselho Monetário Nacional. Quem é? É o governo, é o ministro da Fazenda completamente entregue à banqueirada, que está indicando um banqueiro para direção nova do Banco Central, se chama Galípolo”, disse.
Em outra crítica contra Haddad, Ciro comentou sobre a nova regra fiscal que está sendo analisada pela Câmara e foi construída pelo ministro.
“Quero saber se é justo que a gente faça um novo teto de gastos, com o nome arcabouço fiscal, um arrocho absoluto na taxa de inversão. Sabe qual é a taxa de investimento do Brasil hoje? A menor da história. Da União federal remanesce para investimento 0,75 de 1%. E isso significa ao redor de 24 bilhões, que é nada”, declarou.
Quarto lugar na eleição presidencial do ano passado, Ciro está ausente do debate político nacional desde o resultado do segundo turno, em outubro. Seu partido está na base do Lula no Congresso e tem Carlos Lupi, presidente licenciado da legenda, como ministro da Previdência.
Da mesma forma que o irmão, o senador Cid Gomes Gomes (PDT-CE) já havia feito críticas ao governo e reclamou da forma como o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, negocia com o Centrão.
Craques do tetracampeonato mundial da Seleção Brasileira, Romário e Bebeto estão com as relações cortadas por divergências políticas. Depois que o ex-camisa 11 e atual senador pelo PL chamou Bebeto de “traidor”, o agora ex-amigo rebateu no mesmo tom.
Quem é ele para me chamar de traidor? O Romário está ficando velho e acho que está ficando esclerosado, falando muita besteira
Bebeto, ex-jogador A declaração foi dada inicialmente ao UOL e confirmada à CNN.
“Tenho uma carreira íntegra no futebol e na política, nunca me envolvi em polêmicas. Não posso falar o mesmo dele, que é um egoísta, sempre pensou apenas nele”, seguiu Bebeto. “Ele sempre foi assim, só pensa nele próprio. Achei que depois de velho ele iria mudar, mas parece que não. Ele não gosta de falar que ganhou em 94 [a Copa do Mundo] sozinho? Ninguém faz nada sozinho. Futebol e política se fazem coletivamente e o Romário é individualista”.
Entenda a briga Na última terça-feira (9), em entrevista ao podcast Cheguei, do narrador José Carlos Araújo, o Garotinho, Romário fez duras críticas ao ex-companheiro.
Traidor. Foi (meu maior parceiro), mas não é mais. Me traiu na política. Pulou de galho. Tem coisas na vida que levo para sempre. Dentro e fora da política. Vejo isso todos os dias. Mas quando é um cara que você viveu, conviveu e tem uma relação de amizade, é triste. Não briguei com Bebeto. Ele só meu traiu. Mais nada. Infelizmente é assim.
Romário sobre Bebeto Romário não deu detalhes sobre qual teria sido a traição de Bebeto. Nas eleições presidenciais de 2022, o ex-jogadores ficaram em lados opostos na corrida ao Planalto. Enquanto Bebeto apoiou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Romário fez campanha para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas urnas.
Ao rebater as declarações de Romário, Bebeto deu sua versão sobre a história:
“O Romário me chamou para o Podemos e eu fui, mas ele saiu sem avisar ninguém, não me falou. Eu fiquei sabendo Eu fiquei sabendo que ele tinha ido para o PL pela imprensa, ele não falou comigo. Na verdade, foi ele quem traiu, porque saiu ‘de fininho’. Por que não falou comigo?”
Bebeto explicou que, quando soube das declarações de Romário, tentou entrar em contato diretamente com o ex-companheiro de ataque.
“Quando eu soube que ele havia falado isso no podcast, eu na mesma hora liguei para ele, e não me atendeu”, revelou o deputado estadual. “Tentei falar para expor a minha opinião e ele não atendeu. Nós temos princípios diferentes, se ele muda a amizade em função da questão política, eu não sou assim. Quem me deixou na mão foi ele e não eu, mas tranquilo, essas coisas não me afetam. Sigo sendo a mesma pessoa de sempre, que todos me conhecem”.
Além da carreira nos gramados, os dois também tiveram trajetória em cargos políticos. Romário foi reeleito senador pelo Rio de Janeiro no ano passado. Já Bebeto não conseguiu se eleger a deputado federal. O ex-jogador baiano foi deputado estadual em três mandatos.
No Brasil, uma pessoa LGBTI+ foi morta violentamente a cada 32 horas em 2022. Ao todo, foram assassinadas 273 pessoas entre janeiro e dezembro do ano passado, de acordo com o Dossiê de Mortes e Violências Contra LGBTI+ no Brasil.
Mais da metade das vítimas, 159 pessoas, foram travestis e mulheres trans, representando 58% dos assassinatos. Ao todo, 96 homens gays foram mortos de forma violenta em 2022.
Cerca de um terço das vítimas tinham entre 20 e 29 anos de idade. Já 19% delas tinham entre 30 e 39 anos.
O Estado do Ceará foi o que teve a maior mortalidade violenta de LGBTI+ em 2022. Foram 34 mortes. Em São Paulo, 29 assassinatos foram contabilizados. Considerando o número de vítimas para cada 1 milhão de habitantes, o Ceará também lidera o ranking (3,8 mortes), seguido por Alagoas (3,52) e pelo Amazonas (3,29).
O Dossiê de Mortes e Violências Contra LGBTI+ no Brasil foi produzido pelo Observatório de Mortes e Violências contra LGBTI+ no Brasil em parceria com outras organizações: Acontece Arte e Política LGBTI+; Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra); e Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT).
O documento será lançado oficialmente no dia 16 de maio em Brasília, durante evento da Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, ligada ao Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania.
Uma vacina contra o câncer de pâncreas apresentou resultados promissores no tratamento da doença.
A pesquisa, publicada na revista científica Nature, está em teste clínico de fase 1, desenhado para avaliar a segurança do composto.
O imunizante foi capaz de induzir a produção de células do sistema imune contra tumores em 50% dos voluntários que receberam a vacina, produzida pela BioNTech em parceria com a Pfizer.
A plataforma utilizada é de RNA, a mesma de imunizantes contra a Covid-19.
À CNN Rádio, o chefe de Oncologia do INCA Alexandre de Mendonça Palladino explicou a estratégia da vacina.
Segundo ele, este tipo de imunoterapia estimula, como o nome diz, o sistema imunológico e, até aqui, não havia se mostrado eficaz contra o câncer de pâncreas — que é um dos mais letais.
“A vacina oferece proteínas para fazer com que o sistema imunológico identifique a doença como estranha e atue em cima das células do câncer”, disse.
Dentre os 16 pacientes avaliados, “metade deles conseguiram produzir atividade imunológica contra a doença, o que é um resultado melhor no sentido de recorrência, é bastante promissor.”
Mesmo assim, o oncologista destaca que o estudo ainda deverá demorar alguns anos para passar para a fase 2 e depois a fase 3.
“Talvez até 3 anos mais ou menos para ter incorporação no tratamento, mesmo assim é uma coisa promissora”, completou.
Diagnóstico
Palladino explicou que o câncer de pâncreas é caracterizado por ser diagnosticado em fase avançada, quando já se apresentam sintomas.
Ele também alertou que a doença tem “alta taxa” de recorrência, e não há exame eficaz para rastreamento.
Atendendo a um pedido apresentado na quinta pela PGR , o ministro Alexandre de Moraes , do STF, determinou nesta sexta a instauração de um inquérito para investigar os diretores e demais responsáveis do Google e do Telegram no Brasil que tenham participado do que ele classificou de “ campanha abusiva” contra o PL das Fake News .
Segundo a PGR, a atuação das empresas contra o projeto de lei tem “potencial delitivo”. O documento assinado pela vice-procuradora-geral, Lindôra Araújo, pede a identificação e oitiva dos representantes das empresas de tecnologia e a agregação de todas as postagens e mensagens do Google e do Telegram sobre o projeto de lei. Moraes deferiu as diligências solicitadas.
O Telegram disparou nesta semana mensagens contra o projeto que tramita na Câmara dos Deputados e propõe a regulação das plataformas digitais. Na quarta-feira, Moraes determinou que a empresa deletasse o texto enviado aos usuários do aplicativo e publicasse uma interpretação — o que foi feito.
Caso semelhante ocorreu na semana passada com o Google . Na página principal do site de buscas, a frase “ O PL das Fake News pode piorar sua internet” encaminhava os usuários a um artigo de opinião escrito pelo diretor de Relações Governamentais e Políticas Públicas da empresa.
O Ministério Público de Goiás encontrou indícios de que jogadores venderam o resultado do primeiro tempo de uma partida do campeonato goiano no início do ano. A reportagem é do Guilherme Roseguini e do Martín Fernandez.
Receber cartões, cometer pênaltis, conseguir escanteios. A abordagem dos apostadores tentava sempre cooptar atletas para manipular situações de jogo. Mas a operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás, já tem indícios de que, em ao menos uma partida, a negociação foi mais ampla, com influência direta no resultado.
Trata-se do confronto entre Goiás e Goiânia, disputado no dia 12 de fevereiro de 2023, pela 10ª rodada do campeonato estadual. Transcrições de conversas por aplicativos, depósitos bancários e comprovantes de apostas obtidos pelo Ministério Público sugerem que o jogo foi armado para terminar com derrota do Goiânia ao fim do primeiro tempo.
O site ge teve acesso aos documentos:
A partida, disputada às 10 horas no Estádio da Cerrinha, acabou mesmo 2 a 0 para o Goiás, com dois gols marcados na etapa inicial.
Na véspera da partida, Bruno Lopez, apontado pela operação como líder do esquema de manipulação, negocia com Denner Barbosa, jogador com contatos no futebol goiano, mas que na época atuava no Operário de Várzea Grande, time do Mato Grosso do Sul.
Nos diálogos, Denner sugere que tem um time em Goiás com toda a defesa cooptada. E sugere a derrota no primeiro tempo ao apostador.
Duas horas depois, a conversa é retomada. Denner assegura que fez um acordo com os jogadores do Goiânia. Bruno diz que o negócio está fechado e oferece R$ 10 mil para cada jogador. Na sequência, envia o comprovante de um depósito de R$ 20 mil na conta de Denner como adiantamento do negócio.
No dia seguinte, após o jogo, a dupla volta a se falar. E eles comemoram o resultado.
No mês passado, o promotor Francisco Cesconeto, ao comentar estágios anteriores da investigação, já havia mencionado a interferência dos apostadores nesse jogo. “Houve essa oferta de valores para atletas cuja investigação depende de aprofundamento para se chegar a sua elucidação. Mas essa foi a aposta para encomendar esse resultado”, disse o promotor.
Bruno Lopez está preso preventivamente e seu advogado não respondeu às mensagens do Jornal Nacional.
Denner Barbosa foi interrogado pelo Ministério Público no dia 25 de abril, mas não foi denunciado. Procurado, o advogado do jogador disse que Denner fingiu que participaria do esquema para receber um dinheiro de uma dívida antiga que Bruno Lopez tinha com ele. E que Denner encerrou o contato com o Bruno logo após de enviado o comprovante. Em nota, a defesa afirma que vai provar a inocência do atleta.
Nesta quinta-feira (11), o lateral-esquerdo Marçal, do Botafogo, contou que também foi abordado por um aliciador.
“No meu caso, foi ano passado contra o Flamengo, que eu tomo cartão por reclamação. Depois eu recebi uma mensagem no Instagram dizendo: ‘Pô, Marçal, tomando cartão por reclamação? Mais vale ganhar dinheiro com isso. Que que você acha?’. Eu dei uma resposta que não se deve falar na televisão”, disse o jogador.
Dos 16 réus da fase atual da investigação, sete são atletas. O lateral-esquerdo Pedrinho e o volante Bryan Garcia, ambos do Athlético Paranaense, também não aparecem na denúncia. Mas o clube decidiu nesta sexta-feira (12) rescindir o contrato com eles. Na operação, os nomes dos dois atletas constam numa planilha de apostadores.
O advogado de Pedrinho disse que ele não nunca teve contato com indiciados da operação e está à disposição das autoridades. A defesa de Bryan Garcia disse que não vai se pronunciar.
A direção do Goiânia declarou que ainda não teve acesso ao processo – e que espera que as investigações punam quem tenha cometido qualquer crime.
A holding do grupo Light entrou nesta sexta-feira com pedido de recuperação judicial na 3ª Vara Empresarial do Estado do Rio de Janeiro, citando dívidas de cerca de 11 bilhões de reais, em busca de estender a proteção às suas fornecidas, em especial à distribuidora de energia, foco de suas principais dificuldades econômicas-financeiras.
Segundo a companhia elétrica, sua situação se agravou apesar dos esforços recentes para equacioná-la, exigindo a “tomada urgente” de medidas para preservar os seus serviços e as obrigações intrassetoriais.
No pedido feito à Justiça, o grupo argumenta que não conseguiu avançar na eficiência necessária com as conversas para renegociar obrigações financeiras junto aos servos, mesmo após ter obtido uma cautelar para suspender temporariamente a execução de dívidas e instaurar a mediação.
A Light pediu ainda a extensão de efeitos protetivos às suas concedidas, de forma a impedir que os créditos dessas empresas recebam seus créditos “por caminhos transversos que não a recuperação judicial”.
“Dada a postura de parte de seus credores, não há dúvida de que qualquer oportunidade sem proteção legal de seu patrimônio será imediatamente aproveitada para a realização de medidas constritivas”, diz o documento assinado pelos escritórios Galdino & Coelho Advogados e Salomão, Kaiuca, Abrahão , Raposo e Cotta Advogados.
O grupo Light enfrenta um grave desequilíbrio financeiro em sua distribuidora de energia, responsável por atender consumidores de mais de 30 municípios do Rio de Janeiro, motivado por fatores como dificuldades no combate a furtos de energia e na devolução de valores bilionários em créditos tributários aos consumidores.
A situação piorou neste ano, com a proximidade de vencimentos de algumas obrigações financeiras e a dificuldade da companhia em rolar dívidas diante das manifestações sobre a transferência da concessão de distribuição, que expira em meados de 2026.
Pela lei 12.767/2012, distribuidoras de energia não podem acompanhar à recuperação judicial ou extrajudicial –por isso o pedido foi feito através da holding.
Esse foi o mesmo mecanismo utilizado em 2012 pelo Grupo Rede, que operava uma série de distribuidoras posteriormente assumidas por empresas como Energisa e Equatorial. Foi esse caso que levou à aprovação da lei que hoje impede as concessionárias do setor de pedirem recuperação judicial.
O arranjo encontrado permite preservar a cadeia de pagamentos do setor elétrico, o que era uma preocupação do governo e da agência reguladora Aneel. As distribuidoras de energia são como “caixas”, devendo repassar recursos arrecadados na conta de luz a geradores e transmissores, por exemplo.
Em nota divulgada nesta sexta-feira, a Aneel destacou que nenhuma obrigação intrassetorial teve seus pagamentos suspensos ou postergados, o que inclui contratos da distribuidora com geradoras, transmissoras e pagamento dos encargos setoriais.
“Também estão preservadas integralmente as obrigações com fornecedores de serviços, equipamentos, mão de obra e funcionários”, disse a agência.
REPERCUSSÃO
À Reuters, a secretária estadual da Casa Civil do Rio de Janeiro, Nicola Miccione, afirmou que o Estado confia na manutenção da prestação de serviços pela Light.
“A gente entende que momentaneamente as questões financeiras devem ser resolvidas no âmbito do processo, na mediação com os créditos financeiros, e que a prestação de serviços deve continuar regular para a população fluminense, indústria, serviço e comércio”, disse Miccione.
No âmbito jurídico, a discussão promete não ser tão simples. Para Renato Scardoa, do SDS Advogados, as relações econômicas e jurídicas que a receberam de serviços públicos continuaram com seus milhões de usuários e milhares de fornecedores vão se tornar “ainda mais desequilibradas” caso a Justiça aceite o pedido da holding.
“Esse caso da Light mostra como a vedação disposta na Lei 12.767/2012 se mostrou desarrazoada. A retenção legal tentou fechar uma porta, mas a realidade entrou pela janela… Novamente, caberá ao judiciário decidir se deve prevalecer a vontade pontual do legislador ou a realidade dos fatos, sem embasamento jurídico para tanto”, avaliou Scardoa, que assessora empresas em crise.
Uma alternativa, caso a Light falhe em obter a recuperação judicial ou acordo com credores, seria uma intervenção da Aneel. No entanto, isso poderia ser “traumático” para a empresa, segundo um ex-CEO da Light e interventor no caso do Grupo Rede.
Nesta semana, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que a Light não vem apresentando “respostas à altura” sobre sua eficiência administrativa e afirmou que o governo não vai admitir que empresas sem gestão eficiente participem do processo de receita contratual de distribuição –algo crucial para a viabilidade da empresa.
Embora tratadas como antagonistas ao longo do último século, a ciência médica e a espiritualidade têm pontes de contato e poderiam se desenvolver mutuamente se a parceria não fosse um tabu. Isso é o que defende o livro “Ciência da vida após a morte”, que será lançado dia 26/5 durante o 4º Conupes (Congresso Internacional de Ciência e Espiritualidade), em Juiz de Fora, Minas Gerais.
O livro foi escrito pelos psiquiatras Alexander Moreira-Almeida e Marianna Costa e pelo filósofo Humberto Schubert Coelho, todos eles do Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde da Faculdade de Medicina da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora).
Na obra, os pesquisadores reuniram centenas de trabalhos científicos feitos ao redor do mundo sobre temas que, usualmente, são considerados sobrenaturais. Os artigos tratam de estudos de caso de memórias de vidas passadas, mediunidade, vivências fora do corpo e experiências de quase morte.
Umas das evidências apresentadas sobre a possibilidade de uma consciência após a morte é um estudo realizado no Reino Unido em 2001 com pessoas que tiveram paradas cardíacas e, em seguida, foram “ressuscitadas”. De acordo com o trabalho, cerca de 11.1% delas relataram experiências de quase morte sobrenaturais. Alguns pacientes relataram essas experiências em detalhes mesmo tendo passado oito anos desses eventos.
Em entrevista ao Metrópoles, os autores do livro falaram sobre os principais temas da obra e a importância de as ciências também se debruçarem sobre aquilo que não tem explicação fora do campo do mistério.
Segundo os autores, as pesquisas reúnem evidências de que a mente humana pode existir para além da parte biológica e química do cérebro, existindo até uma consciência pós-morte.
Ciência e espiritualidade são temas divididos por um muro ou conectados por uma ponte? Moreira-Almeida: “O livro não trata de religiões, mas de como mais centenas de artigos acadêmicos entenderam o tema da espiritualidade. Se estamos diante de experiências humanas que sugerem uma independência da mente em relação ao cérebro, temos que nos perguntar se é fraude, se é o inconsciente, se é alucinação… E se não é nada disso, devemos estar abertos a outras respostas do que seria.”
Marianna: “A separação é fruto de uma visão moderna. Acho que, especialmente, a partir de Freud, quando ele faz uma contraposição forte à religiosidade, passa a haver uma confusão entre religião e espiritualidade, mas, nos últimos 200 anos, vários cientistas se dedicaram a estudar fenômenos espirituais com o rigor científico necessário.”
Coelho: “A espiritualidade no mundo contemporâneo é associada a um pensamento irracional, sem critério, e isso faz com que as pessoas pressuponham que a fé é uma antítese da ciência. O conceito de espiritualidade, porém, evoluiu muito com o tempo e acho que vamos ter mais abertura para discutir isso cientificamente nos próximos anos.”
Experiências mediúnicas deveriam ser consideradas pela ciência mais seriamente? Moreira-Almeida: ““Observamos que esse tipo de experiência já é estudada, nosso livro reúne e analisa dezenas de pesquisas no tema. O que falta é que parte dos cientistas abram os olhos para estes estudos sobre experiências espirituais, como tem sido feito nas mais prestigiosas universidades do mundo. Oxford, por exemplo, já tem núcleos que pesquisam estas temáticas do contato da espiritualidade e da ciência.”
Marianna:“Certamente. São fenômenos que existem e sempre existiram em diferentes épocas e civilizações. Como qualquer fenômeno da natureza, merece uma atenção por parte da ciência.”
Coelho: “Esse tipo de experiência deveria ter uma maior consideração da ciência, um tratamento respeitoso, protocolar. Os fenômenos devem ser estudados conforme são. Até o descarte de uma ideia só pode ser feito com base no exame científico.”
Como esta conexão com a espiritualidade pode ajudar o trabalho terapêutico? Moreira-Almeida: “Temos que entender do que é feita a mente, que ela pode ser mais do que simples química e biologia. Sou psiquiatra, uso medicações o tempo todo em meus pacientes, sei do aspecto químico e de sua importância, mas também tenho olhos atentos para entender que não são só as substâncias que alteram a mente, mas que o contrário também ocorre.”
Marianna: “Acho importante por que, do ponto de vista terapêutico, os profissionais da saúde tem de estar prontos para acolher as questões espirituais de seus pacientes. Além disso, estes estudos avançam em entendimentos da natureza da mente humana e essa inquietação não deve ser menosprezada.”
Coelho: “Toda ciência pode ajudar no trabalho terapêutico. A espiritualidade trata de questões muito fundamentais para os pacientes, do que é sagrado para eles, do que ultrapassa o valor do indivíduo. Seria presunçoso se ignorássemos o que o paciente diz que é determinante para ele.”
Como surgiu em vocês o desejo de investigar o tema? Moreira-Almeida: “Quisemos fazer um levantamento sistemático de fontes para entender como estes fenômenos foram tratados pela ciência. Trabalho com essas temáticas há mais de 25 anos e sempre me aproximei delas de forma respeitosa. Temos que ter o rigor científico tanto para analisar um objeto como para refutá-lo.”
Marianna: “Muitas pessoas já viveram experiências anômalas na população em geral. Uma pesquisa com 256 mil pessoas de 52 países, por exemplo, encontrou que pelo menos 12,5% das pessoas afirmou já ter vivido algo anômalo. Isso é algo que desperta nossa curiosidade para entender esses fenômenos.”
Coelho: “Nunca tive uma experiência espiritual no sentido que o livro analisa, mas tenho uma vivência espiritualizada. Acho que justamente por isso, estou em uma posição de alguém que pode manter o interesse pelo tema, mas o afastamento necessário para entendê-lo como pesquisa.”
Serviço: “Ciência da Vida após a Morte”, de Alexander Moreira-Almeida, Marianna Costa e Humberto Schubert Coelho. R$ 55, à venda na loja da Editora Ampla.
O homem acusado de divulgar fotos dos corpos de Marília Mendonça e Gabriel Diniz, André Felipe de Souza Alves Pereira, tornou-se réu. Isso significa que a Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) contra ele que, agora, passa a responder judicialmente por cinco crimes.
Veja abaixo os delitos e as penas previstas para cada um:
Artigo 212 do Código Penal: Vilipêndio a cadáver.
Pena: detenção de 1 a 3 anos e multa.
Artigo 265 do Código Penal: Atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública.
Pena: reclusão de 1 a 5 anos e multa.
Artigo 286 do Código Penal: Incitação ao crime.
Pena: detenção de 3 a 6 meses ou multa.
Artigo 304 do Código Penal: Uso de documento falso.
Pena: reclusão de até 6 anos de reclusão.
Artigo 20, §1º e §2º da Lei 7.716/1989: Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo. Pena: reclusão de 2 a 5 anos e multa.
A denúncia contra André Felipe foi recebida pela 2ª Vara Criminal de Santa Maria, do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT), no último 27 de abril.
Como mostrou a coluna, nesta sexta-feira (12/5), a 2ª Vara determinou que o Twitter faça imediatamente a exclusão do conteúdo divulgado por André Felipe.
Segundo o MPDFT, além de ter divulgado as fotos dos corpos de Marília Mendonça e Gabriel Diniz, o réu também disseminou informações sobre nazismo, racismo e xenofobia. Ele publicou, entre junho de 2022 e abril de 2023, símbolos, emblemas, ornamentos e distintivos com utilização da cruz suástica vinculada ao regime de Adolf Hitler.
André Felipe é acusado de ter induzido e incitado discriminação e preconceito de raça e etnia contra nordestinos por chamá-los de “escória” e defender que eles fossem colocados em campos de concentração.
De acordo com o MPDFT, ele usou documento de identidade falso e atentou contra a segurança e funcionamento das atividades escolares por ter divulgado publicações exaltando e incentivando novos atentos em 20 de abril, data do Massacre de Columbine.
“Em perfil no Twitter, o denunciado faz postagens de cunho violento, incentivo a mortes e com armas. A data de criação do perfil, o nome utilizado e as publicações realizadas indicam que o acusado tinha o escopo de disseminar e ampliar o terror e o pânico já instaurado”, disse o MPDFT.
O tenente-coronel Mauro Cid, que atuou como ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), teria tentado mudar a data de um ofício para tentar recuperar as joias recebidas da Arábia Saudita.
A informação é da CNN Brasil. Em 27 de dezembro de 2022, Cid entrou em contato com Marcelo da Silva Vieira, à época chefe do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH) da Presidência. O tenente-coronel encaminhou, por mensagem, a minuta do ofício que seria enviado à Receita Federal, na tentativa de recuperar os presentes.
A data do documento, porém, era 23 de dezembro. Marcelo, então, responde dizendo que o assunto deve ser tratado com a secretaria de Administração, “por ser destinado ao Estado brasileiro”, e pergunta se Cid conseguiu resolver a questão. O ex-ajudante de ordens responde positivamente.
O coronel Marcelo da Silva Vieira foi alvo de operação da Polícia Federal (PF) deflagrada nesta sexta-feira (12/5). Marcelo é capitão-de-corveta aposentado da Marinha. Enquanto esteve no governo, a responsabilidade dele era avaliar o que se tratava de presente pessoal, ou seja, o que poderia ser listado como artigo privado do presidente, ou o que deveria ser encaminhado ao acervo do Estado brasileiro.
Exonerado Ele começou a trabalhar no gabinete em 2017, durante o governo de Michel Temer, e permaneceu na função até janeiro de 2023, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu a Presidência e exonerou centenas de militares.
Assim como Bolsonaro e Mauro Cid, Marcelo Vieira prestou depoimento à PF. Aos investigadores ele relatou que o então presidente participou de uma ligação com seu ex-ajudante de ordens, na qual pedia que Cid e Vieira assinassem um ofício para a liberação das joias sauditas. Os objetos foram avaliados em R$ 16,5 milhões, mas estavam retidos na Receita Federal.
Vieira acrescentou ter explicado a Cid e a Bolsonaro, em ligação telefônica no viva-voz, que o gabinete que chefiava não tem a função de solicitar bens, mas é responsável apenas pela classificação e registro dos presentes.
Chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República , o ministro Alexandre Padilha gabou-se nesta sexta-feira (12) de o governador ter empenhado R$ 1,6 bilhão para emendas individuais de deputados e senadores . Segundo ele, esse valor representa “três vezes mais do que o governo [Jair] Bolsonaro se esforçou no mesmo período”. Além disso, afirmou Padilha, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva já liberou cerca de R$ 4 bilhões para pagar emendas de anos anteriores que estavam represadas. Segundo suas palavras, trata-se de “honrar compromissos” que foram objeto de “calote do governo anterior” contra Estados e municípios.
Ao falar sobre a liberação de recursos conforme as indicações dos congressistas, Padilha afirmou que os procedimentos do governo atual diferem dos do governo Bolsonaro nesse campo “como a água para o vinho”. A diferença, segundo ele, é que hoje é possível saber exatamente quem são os parlamentares responsáveis por cada emenda, algo que não ocorria na vigência do chamado orçamento secreto . “Estamos fazendo à luz do dia.” Em entrevista coletiva, o ministro afirmou ainda que tem visto um “ambiente extremamente positivo, tanto na Câmara como no Senado, para aprovar a nova regra fiscal”. Sem dar detalhes, ele afirmou que iria aproveitar sua presença em São Paulo para “continuar o diálogo com parlamentares de todos os partidos” para dar andamento à tramitação do arcabouço fiscal. Na manhã desta sexta-feira, Padilha participa de solenidade na Assembleia Legislativa paulista para celebrar a sanção da norma que coloca R$ 7,3 bilhões no Ministério da Saúde para Estados e municípios conseguirem pagar o piso nacional da enfermagem a partir deste mês.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira (12) à CNN que irá processar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após declarações dadas pelo petista na quinta-feira (11), em Salvador, na Bahia.
Lula afirmou, em um evento sobre a Lei Paulo Gustavo, que o ex-presidente teria uma mansão nos Estados Unidos no valor de US$ 8 milhões, em nome do seu ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid.
À CNN, Bolsonaro negou que tenha uma casa nos Estados Unidos em nome de Cid. “Vou processar [Lula] com duas ações: civil e criminal. Uma, ele diz que, das 700 milhões (sic) de pessoas [mortas pela Covid-19], eu matei 300 milhões (sic), e a outra, eu teria uma mansão nos Estados Unidos em nome do coronel Cid”, afirmou Bolsonaro.
Durante o evento em Salvador, Lula disse: “Acabaram de descobrir uma casa de US$ 8 milhões do ajudante de ordem do Bolsonaro. Certamente, uma casa de US$ 8 milhões não é para o ajudante de ordem. Certamente, é para o paladino da discórdia, para o paladino da ignorância, para o paladino do negacionismo”.
Em outro momento, o presidente disse que Jair Bolsonaro foi responsável por “300 milhões de mortes” (sic) de brasileiros durante a pandemia. Foi um deslize, já que no dia 28 de março de 2023, o Ministério da Saúde contabilizou 700 mil mortes causadas pela Covid-19.
“Dos 700 milhões (sic) de brasileiros que morreram da Covid, 300 milhões (sic) morreram por culpa de um governo negacionista que não tem a menor sensibilidade de respeitar a ciência, a medicina”, afirmou Lula.