Conforme anunciado no começo de abril pela Caixa Econômica Federal, o reajuste nas apostas das Loterias passa a valer a partir deste domingo (30). A alteração inclui, inclusive, mudanças no valor de aposta simples da Mega-Sena, já válida a partir do concurso 2.588 da modalidade.
De R$ 4,50, a aposta simples da Mega-Sena passa a custar R$ 5. O mesmo acréscimo de R$ 0,50 vale para as demais modalidades de apostas. Sendo assim, os novos valores são: Quina, R$ 2,50; Lotofácil e Lotomania, R$ 3. A partir do dia 3 de maio, a Timemania e Dia de Sorte também entram no reajuste.
Vale relembrar que a Caixa justificou a necessidade da ação como uma forma de “recuperar o valor monetário das apostas, tendo por base a atualização de seus valores originais utilizando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)”,
Senadores foram avisados há mais de um mês para desocupar os apartamentos saudáveis que deveriam ser de deputados federais. Mas eles têm ignorado a ordem de despejo, que classificam como “picuinha” do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
O que aconteceu? Em 22 de março, a Quarta Secretaria da Câmara invejou um ofício à presidência do Senado em que pedia a devolução de 11 funcionais da Casa que ainda são apartamentos ocupados por senadores.
Em consideração, a Câmara devolveria três apartamentos ocupados por deputados que pertenciam ao Senado.
A ordem de despejo foi mais um atrito enquanto durou a disputa pelo rito das votações de MPs (Medidas Provisórias) no Congresso.
Enquanto o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu a volta de comissões erradas previstas na Constituição, Lira discordava e queria maior protagonismo para os deputados.
A queda de braço durou semanas e envolveu ex-presidentes e parlamentares influentes para tentar amenizar a situação.
Relatos de servidores ouvidos pelo UOL sob anonimato dão conta de que a história teria escalado principalmente porque afetava Alcolumbre. O senador do Amapá é um dos principais aliados de Pacheco, com forte ascendência no Senado.
O fato de o ofício ter sido endereçado especificamente à Presidência do Senado é classificado pelos congressistas como “picuinha” de Lira e um intuito de causar “constrangimento” entre os parlamentares.
Quem são os senadores alvos do despejo Davi Alcolumbre (União Brasil-AP )
Efraim Filho (União Brasil-PB )
Dr. Hiram ( PP-RR )
Tereza Cristina ( PP-MS )
Wellington Fagundes ( PL-MT )
Marcelo Castro ( MDB-PI )
Professora Dorinha (União Brasil-TO )
Romário ( PL-RJ )
Alan Rick (União Brasil-AC )
Eliziane Gama ( PSD-MA )
Wellington Dias (PT-PI)
O que dizem os envolvidos Como em um pacto firmado, os senadores alvos da ordem de despejo afirmam que não sairão dos apartamentos e não “se manifestarão” formalmente sobre o ocorrido. Com isso, dá o caso como “concluído”.
Nos bastidores dizem que o combinado teria tido o aval de Pacheco , que também não se pronunciou por meio de ofício sobre o caso.
Alguns senadores moram no mesmo apartamento há mais de oito anos e usam recursos próprios para reformá-los. Justificam que não querem deixar os imóveis também por “comodidade” da família.
Em nota, a Quarta Secretaria da Câmara informou que a iniciativa foi adotada “em razão do déficit de imóveis para atender à crescente demanda dos deputados por unidades residenciais”.
A pasta citou como argumento o Ato da Mesa 5/2011 e justificou que a “destinação de apartamento funcional da Câmara dos Deputados a senador é possível em caso de reciprocidade e compatível do quarto secretário” (leia mais abaixo ) .
Questionada pela reportagem, a assessoria de imprensa de Lira afirmou que ele não vai se pronunciar sobre o assunto.
Valor de auxílio é baixo, diz autor das ordens de despejo Em entrevista ao UOL , o deputado Lúcio Mosquini ( MDB-RO ) afirmou que deveria fazer uma nova cobrança à presidência do Senado, devido ao “silêncio” sobre o caso.
A ordem de despejo não foi um pedido de Lira, afirmou Mosquini . Mas o presidente da Câmara teria apoiado o pedido, na busca por acomodar os deputados.
Segundo Mosquini , há mais de 60 parlamentares na lista de espera para ocupar os imóveis funcionais. Eles preferem essa opção de ganhar o auxílio-moradia de R$ 4.253. Isso porque consideram o valor “baixo”. Mosquini é da mesma opinião.
O quarto secretário disse que, antes de enviar o ofício à presidência do Senado, notificou os senadores, mas teve o pedido ignorado.
Além dos 11 apartamentos funcionais com senadores, há outros seis ocupados por ministros do governo Lula (PT).
Quanto a esses, explicou Mosquini , há um acordo com a Secretaria do Patrimônio da União para ceder os imóveis à Câmara, uma vez que ministros e secretários, quando deixarem as cargas, voltam para o Legislativo. Um, inclusive, já foi entregue, informado o deputado.
O auxílio moradia de hoje é de cerca de R$ 4 mil. Não alugamos um apartamento aqui, no centro de Brasília, para a família. O deputado hoje não quer o auxílio moradia, ele quer o imóvel funcional.”
Em meio ao vai e vem de pessoas e uma atmosfera que reflete a busca pelo bem-estar, Rodrigo José de Morais Lima parece sentir-se à vontade. Sentado em frente a academia que administra, o educador físico de 36 anos transmite vitalidade ao falar sobre o cotidiano em movimento e a paixão pelo ciclismo. Foi em uma de suas ‘pedaladas’, no entanto, que começou a sentir os avisos que antecederam o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). A condição, caracterizada pela obstrução dos vasos sanguíneos do coração e popularmente conhecida como ‘ataque cardíaco’, chegou de surpresa.
Em janeiro deste ano, durante uma quinta-feira, Rodrigo conta que sentiu pequenas pontadas no peito acompanhadas de calor. No sábado da mesma semana, quando estava andando de bicicleta pela manhã, o desconforto voltou somando-se ao formigamento nos braços. No domingo à noite, sofreu um infarto e precisou ser encaminhado ao hospital, onde passou dois dias na UTI e um na enfermaria. Depois, recebeu alta para o processo de reabilitação em casa.
“Foi difícil pra mim porque sou bem hiperativo, ficar parado me mata. Você precisa ficar de repouso absoluto”, compartilha Rodrigo. Atualmente, ele está tomando quatro medicamentos fortes para coração, colesterol e pressão que causam alguns efeitos como tontura e formigamento, mas comemora a recuperação gradual ao longo dos últimos meses: “o médico falou que estou me recuperando bem”.
Na contramão de muitos casos em que os fatores que levam a obstrução dos vasos do coração estão evidentes, o educador físico ainda não sabe porque infartou. Até houve uma desconfiança em torno da trombofilia – condição em que o indivíduo tem maior facilidade em formar coágulos no sangue -, mas uma bateria de exames sanguíneos que realizou descartaram a possibilidade.
Para quem conhece sua rotina e encara o semblante sempre enérgico, a impressão é de que não há brechas para agravos na saúde. “Eu sempre pratiquei esportes. Eu era atleta de basquete, joguei no Náutico, no ABC. Tive um problema no joelho e passei a pedalar. Adotei o ciclismo”, conta Rodrigo. Após o infarto, as aventuras com a bicicleta precisaram ser fracionadas e os cuidados com a saúde redobrados. A mudança chegou, também, na forma de pensar.
“Eu pensava que, assim, você mantendo uma boa rotina de atividade física poderia comer o que quisesse e não precisaria estar tão regrado, porque você está com a aptidão física em dia, mas já vi que não. É uma caixinha de surpresa e mudou muito. Hoje estou mais atento em relação à dieta. O exercício é sistematizado”, esclarece. Mas uma coisa ele deixa claro: o intuito é sempre progredir, inclusive, no ritmo das atividades físicas. “Eu não amoleço por qualquer coisa, não me entrego fácil”, diz com segurança.
Na rotina que reúne o trabalho na academia, cuidados com a saúde e alguns hobbies curiosos como montar bicicleta, Rodrigo demonstra a vontade de estar vivo. Quando questionado sobre o principal combustível para continuar o tratamento, responde sem pensar duas vezes: “O futuro. Todo mundo quer ter um futuro mais tranquilo e aproveitar enquanto é novo para construir o máximo e poder desfrutar lá na frente. Acho que isso é o principal”, finaliza.
Projeção de casos no RN
Embora o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) atinja com mais ênfase às pessoas idosas, não é incomum casos de jovens como Rodrigo acometidos pela doença. No Rio Grande do Norte, cerca de uma a cada 1.694 pessoas de 35 a 39 anos morrem por IAM.
O dado tem como base o número de óbitos de 2017 a 2021 no Estado, tabulados pelo Datasus, e a população local com 35 a 39 anos segundo o censo IBGE 2010. Devido a limitação de dados mais atuais referentes ao ano de 2022, vale reforçar que trata-se de uma estimativa aproximada.
O cardiologista Antonio Amorim, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia do Rio Grande do Norte (SBC-RN), explica que o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é desencadeado pela obstrução dos vasos sanguíneos do coração, as chamadas “coronárias”. Em geral, trata-se de um processo que ocorre ao longo do tempo e pode estar relacionado a outras doenças enfrentadas pelo paciente. Quando o vaso é obstruído por completo, ou quase totalmente (acima de 70%), ocorre o IAM.
“Isso ocorre porque nesse vaso o paciente leva sangue para levar nutrientes ao músculo do coração. Quando o vaso está obstruído, essa região do coração deixa de receber esses nutrientes da forma ideal. Então essa região pode chegar a ter morte dessa parte do coração”, completa. Ainda, segundo ele, as causas para essas obstrução em pessoas mais jovens são mais difíceis de serem identificadas, como é o caso do quadro de Rodrigo.
Entre os fatores de risco para o infarto do miocárdio, Antonio Amorim destaca a presença de uma alimentação irregular, sobrepeso, obesidade, sedentarismo e tabagismo. Aliado a isso, a obstrução total das coronárias pode ser fomentada pelo estresse e outras doenças como hipertensão e diabetes, tornando o público com essas comorbidades mais propenso ao infarto.
Em algumas situações, o infarto também pode ter total relação com os fatores genéticos. “Tem situações em que a história familiar do paciente que tem infarto, principalmente se eles tiverem o infarto com idade mais jovem, isso mostra uma característica genética. Então a genética é um fator de risco para o desenvolvimento do infarto agudo do miocárdio”, reforça.
Ainda que não existam dados que demonstrem que a adoção de hábitos saudáveis pode prevenir o IAM nos casos de pessoas com histórico familiar da urgência médica, Antonio Amorim lembra que a condição é multifatorial. Isso significa que ela pode ter várias causas como origem e priorizar uma rotina positiva à saúde tem papel significativo na prevenção das doenças cardiovasculares.
Diagnóstico
O diagnóstico do infarto agudo do miocárdio (IAM), na maior parte dos casos, pode ser realizado pela identificação de sintomas como fortes dores no peito acompanhado do eletrocardiograma. A depender da condição do paciente, aponta Antonio Amorim, a confirmação também exige a realização de exames de sangue associado, também chamados de marcadores de necrose miocárdica.
Por ser considerada uma urgência médica, os pacientes com IAM são atendidos por meio das Unidades de Tratamento Intensivo (UTI’S). O tratamento é realizado com o objetivo de desobstruir o vaso corrompido e acompanha o uso de medicamentos orais e injetáveis. “Quando o vaso está totalmente obstruído – o que a gente vai saber depois da realização do exame que o paciente precisa fazer que é o cateterismo – esse paciente pode precisar da angioplastia ou medicação na veia que ajude na desobstrução desse vaso”, completa.
Mesmo após a passagem pela UTI e enfermaria, os cuidados tornam-se parte da rotina. Isso porque um paciente com infarto do miocárdio precisa fazer uso de medicações pelo resto da vida para manter os níveis baixos de colesterol, além de controlar eventuais doenças associadas que apresente.
Policiais militares que atuam em Areia Branca, no Oeste potiguar, encontraram 17 quilos de pasta base de cocaína enterrados na areia de uma praia do município.
A carga de entorpecente foi achada na madrugada deste domingo (30), durante patrulhamento na orla marítima entre as praias de São Cristóvão e Ponta do Mel.
Segundo o 12º Batalhão da PM essa é a maior apreensão de drogas já realizada pela corporação no município.
O material foi levado para a Delegacia de Plantão de Mossoró, também na região Oeste. Segundo a polícia, o prejuízo estimado ao tráfico de drogas é de aproximadamente R$ 2 milhões.
A investigação sobre o material ficará a cargo da 42ª Delegacia de Polícia Civil de Areia Branca.
A senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS) recebeu alta hospitalar neste domingo (30), após dias internada em unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, devido a uma crise alérgica na pele.
Segundo boletim médico, a parlamentar agora deve manter o tratamento clínico em domicílio.
No sábado (29), a equipe médica já havia informado que a senadora reagia bem ao tratamento, respirava sem aparelhos e se alimentava. Adiantava ainda que a alta deveria acontecer neste domingo.
O que pode causar um quadro alérgico A alergia é uma reação exagerada do sistema imunológico à exposição do organismo a uma série de substâncias. O quadro clínico pode ser causado por alimentos, medicamentos, insetos e animais.
De modo geral, as alergias podem manifestar sintomas na pele como urticária, inchaço e vermelhidão. No entanto, as alergias cutâneas também fazem parte de um grupo específico dessas reações.
Um exemplo é a dermatite atópica, uma alergia de pele que traz um impacto na qualidade de vida porque provoca coceira intensa e pode levar à formação de lesões. Pode ser causada tanto por ácaros ou alimentos como por infecções bacterianas locais. Outro tipo de alergia cutânea é a dermatite de contato, que pode ser causada por metais e produtos químicos em geral.
Na véspera do Dia dos Trabalhadores, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), fixou neste domingo (30) o salário mínimo do estado em R$ 1.550.
Atualmente, o salário mínimo na faixa mais baixa está em R$ 1.284, e na mais alta, R$ 1.306.
O projeto de lei vai ser apresentado à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) na terça-feira (2). Caso aprovado pelos deputados, o reajuste representará aumento de 20,7% para a primeira faixa e 18,7% para a segunda.
Os aumentos são maiores do que a inflação acumulada nos últimos 12 meses, de 4,65%.
Neste domingo (30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também anunciou um aumento de 8,9% do salário mínimo, menor do que o proposto em São Paulo, e passou dos R$ 1.302 atuais para R$ 1.320.
Em sua primeira viagem pelo país após retornar de um período de três meses nos Estados Unidos, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reviveu em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) neste domingo (30) o clima da campanha eleitoral de 2022.
Bolsonaro desembarcou no aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão, pouco antes das 14h deste domingo e foi recebido por apoiadores que horas antes já se aglomeravam no local.
Gritos como “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão”, “Deus, pátria, família e liberdade” e “Eu vim de graça” foram entoados a todo momento pelas pessoas presentes sob uma temperatura de 31 graus.
Um forte esquema de segurança foi montado. A região próxima à área de desembarque foi cercada, e policiais militares faziam revista em quem entrava no local. Havia ao menos 15 veículos de forças de segurança no aeroporto, inclusive dois ônibus da Polícia Militar.
No voo, Bolsonaro embarcou após todos os passageiros. Na chegada a Ribeirão, desembarcou antes dos demais, cercado por quatro seguranças.
No entorno, vendedores ambulantes comercializavam camisas alusivas ao ex-presidente por R$ 50, mesmo preço cobrado por bandeiras pequenas.
“O acompanho desde 2019, vendi muita camisa já, mas seria melhor se ele tivesse ganhado [em 2022]”, disse o vendedor Paulo Sérgio Alves, de São Paulo.
Próximo a ele, a bancária Patrícia Matos, de Franca, experimentava uma delas, para substituir a que usou no ano passado. “Estava gasta demais já”, disse.
Do aeroporto Bolsonaro saiu na caçamba de uma caminhonete e foi seguido por motos e carros até uma fazenda às margens da rodovia Abrão Assed que liga Ribeirão Preto à serrana. Políticos como o deputado Mário Frias acompanharam o desembarque do ex-presidente.
O objetivo da visita a Ribeirão foi o de participar da cerimônia de abertura da Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação) nesta segunda (1º), que no entanto foi cancelada pela organização devido a uma polêmica com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Principal feira de tecnologia agrícola da América Latina, a Agrishow entrou em rota de colisão com o governo federal na última terça-feira (25), quando o presidente da feira, Francisco Matturro, comunicou ao ministro Carlos Fávaro (Agricultura) que Bolsonaro participaria da cerimônia de abertura e sugeriu que o ministro visitasse o evento no dia seguinte, quando haverá uma reunião da FPA (Frente Parlamentar do Agronegócio).
Fávaro se sentiu “desconvidado”, cancelou a agenda em Ribeirão Preto e fez com que o governo Lula ameaçasse, na sexta-feira (28) cancelar o patrocínio do Banco do Brasil ao evento.
Na noite de sábado (29), pressionada por expositores, as associações organizadoras da Agrishow anunciaram num comunicado o cancelamento da cerimônia de abertura.
A não realização do ato de abertura não impedirá que Bolsonaro visite a feira. O ex-ministro Fabio Wajngarten publicou numa rede social que o ex-presidente permanecerá em Ribeirão até o final desta segunda-feira (1º).
Vídeos de Pontes e Salles foram compartilhados em aplicativos de mensagens nos últimos dias convocando “conservadores”, “patriotas” e “homens e mulheres de bem” para participar da recepção a Bolsonaro.
O convite para Bolsonaro visitar Ribeirão partiu do presidente do Sindicato Rural de Ribeirão Preto, Paulo Junqueira, que também preside a Associação Rural de Ribeirão e é vice-presidente da Assovale (Associação Rural Vale do Rio Pardo).
Junqueira já tinha recepcionado Bolsonaro quando o presidente participou da feira agrícola no ano passado, em seu último ano no cargo de presidente.
No ano passado, Bolsonaro já havia sido recebido num almoço na mesma propriedade.
Ao participar da Agrishow, iniciou seu discurso afirmando que “jamais esperava ser presidente da República”.
“Já que aconteceu, entendo que é uma missão de Deus […] E reforçar aqui: só Deus me tira daquela cadeira.”
Afirmou que, enquanto deputado federal, sempre assinou listas para participar da bancada do agronegócio em Brasília e que participava e colaborava conforme sua estatura, “que não era muito grande, para esse enorme setor que é o agronegócio”.
Se nada de novo acontecer nos próximos dias, o presidente da República deve indicar o advogado Cristiano Zanin para ocupar a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) deixado pelo ministro Ricardo Lewandowski, que se propôs no início do mês. Pode parecer estranho, mas tem gente na oposição torcendo muito para que isso se confirme. Zanin, como se sabe, ganhou notoriedade ao zagueiro Lulanos processos da Operação Lava-Jato. Ele não apenas conseguiu anular a imposta ao ex-presidente por corrupção como invalidou como inválido que existiam contra o petista, livrando-o prisão da prisão, resgatando os seus direitos políticos, que tinham sido suspensos, e abrindo o caminho para o terceiro mandato . Nas últimas semanas, um grupo de senadores ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro tem se reunido para traçar as linhas gerais da estratégia a ser adotada pela oposição quando o tema começar a ser discutido. O objetivo é fazer barulho para tentar impor o máximo de desgaste político ao governo.
O ritual de escolha de um ministro do STF começa com a indicação de um nome pelo presidente da República, prossegue com uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e, por último, precisa ser aprovado pela maioria no plenário. A última vez que o Congresso rejeitou uma indicação foi em 1894. Em sua maioria apoiadores do ex-presidente Bolsonaro, os parlamentares planejam tumultuar e constranger o indicado, especialmente se ele for mesmo o ex-advogado do presidente. Sob reserva, um senador envolvido conta que o grupo não tem votos suficientes para barrar a candidatura, mas pretenda aproveitar a oportunidade e a exposição que o caso terá para trazer de volta detalhes sobre a manifestação da Lava-Jato que envolveram o atual presidente e o PT. Os movimentos dos bolsonaristas já foram captados pelo Palácio do Planalto,
Na triagem final de candidatos, além de Zanin, o governo ainda analisa os nomes do presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas, e do diretor jurídico da Companhia Siderúrgica Nacional, Manoel Carlos de Almeida Neto. O advogado de Lula é o favorito, mas o páreo ainda não está 100% definido. De acordo com um ministro que acompanha o processo, ainda recebo algumas pequenas ressalvas sobre todos os candidatos. Zanin precisa mostrar que realmente será bem aceito pela maioria dos ministros do Supremo. Com amplo apoio político, Dantas, por sua vez, vem fazendo um ótimo papel no TCU e não seria um bom momento para tirá-lo dali. Manoel Carlos, que foi assessor de Lewandowski e tem o seu apoio, seria o indicado, caso Lula não estivesse tão empenhado em centralizar essa escolha.
Entre os supremos, a ofensiva da oposição é tratada com justificável descrédito. Formalmente, os partidos contrários ao governo somam apenas 23 dos 81 senadores. Com otimismo, as lideranças da oposição calculam que podem chegar a até 38 congressistas, contando com a adesão de políticos de partidos como a União Brasil e o PSD. Mesmo assim, o número não é suficiente para barrar a indicação, cuja aprovação depende de pelo menos 41 votos. O certo é que, se confirmado, Zanin vai enfrentar uma minoria disposta a fazer muito barulho. “Não tem como indicação do Zanin não relembrar todos os crimes pelos quais Lula foi acusado. Ele já tem um posicionamento político-ideológico que contamina qualquer futuro voto no Supremo que eventualmente desagrade o presidente”, diz o senador Jorge Seif (PL-SC). Embora a estratégia não coloque a aprovação em risco,
Mesmo com chances nulas de sucesso, o palco já está montado. Com quase 3 milhões de seguidores nas redes sociais, o senador Cleitinho (Republicanos-MG) diz que vai começar a mobilizar seus apoiadores. “Como meu voto contrário não é suficiente, vou alertar a população que essa indicação seria imoral”, afirma. A oportunidade dada pela sabatina deve jogar luz também na “turma dos dez”, senadores bolsonaristas bastante críticos ao STF. Dela fazem parte nomes como o ex-juiz Sergio Moro, que já venceu de frente com Zanin e Bruno Dantas ao longo da Lava-Jato, e os estridentes Damares Alves, Magno Malta, Eduardo Girão e Marcos do Val. “Independentemente de quem for, estarei preparado para fazer uma sabatina saborosa sobre o histórico jurídico e o conselho do indicado”, garantiu Moro a VEJA. Até aí, tudo bem. Esse é o debate que se espera.
A Igreja Pentecostal Deus é Amor é uma das maiores e mais tradicionais instituições evangélicas do Brasil. Fundada em São Paulo, em 1962, pelo missionário David Miranda (falecido em 2015), a IPDA tem hoje mais de 17 000 templos e filiais em 88 países ( veja o quadro). Todo esse crescimento foi possível mesmo tendo uma das mais rígidas doutrinas entre as denominações religiosas do país. As mulheres, por exemplo, não podem cortar o cabelo, fazer a sobrancelha ou se depilar. Aos homens não são permitidas barbas longas nem calças apertadas. Seus membros também não podem frequentar praias. A reafirmação das normas foi feita em julho do ano passado, durante uma apresentação que contou com a presença da cúpula, como a diretora, Ereni Miranda, viúva do fundador. Três meses depois, no entanto, um grande escândalo abalou a instituição e resultou no afastamento de Léia Miranda, filha de David Miranda, acusada de comportamento sexual impróprio. Na esteira do episódio, a igreja se viu em meio a uma saraivada de influência entre herdeiros do patriarca e o barraco já chegou à Justiça.
O episódio que detonou a guerra familiar foi a divulgação de um áudio de WhatsApp, cuja voz foi atribuída a Léia — nele, a pastora, cantora e missionária supostamente fazia inconfidências sexuais sobre o seu relacionamento com um pastor. O caso ganhou repercussão dentro e fora da igreja e Léia, mesmo dizendo ser vítima de armação, foi afastada pela mãe do comando de duas entidades: a Fundação Reviver e a Associação Beneficente Reviver Help.
O barraco gospel pegou fogo de vez no mesmo dia do anúncio da recompensa. Assim que foi comunicada de seu afastamento, Léia pegou um microfone — no momento ocorria um culto — e fez um discurso tentando o dedo para seus detratores. “Ninguém está acreditando naquele áudio, apenas a diretoria. Porque? Por causa da corrupção ali dentro, por causa do conchavo com a maçonaria, eles querem destruir a Igreja Pentecostal Deus é Amor e eu tenho sido o obstáculo para eles realizarem isso”, disse. Depois, citou nominalmente David Oliveira de Miranda Almeida (seu sobrinho, conhecido como David Neto) e a mãe dele, Débora Miranda (sua irmã). “Falsos, mentirosos, filhos do diabo, escravos de Satanás, agindo desta maneira, pior que ímpios, é como eles estão agindo.”
O incidente ganhou tração nas redes sociais, em especial em páginas de fofoca gospel (sim, elas existem), e chegou à Justiça. Em dois processos distintos, iniciados nas últimas semanas, Débora e David dizem que foram alvos de injúria e difamação e pedem a suspeita criminal da irmã/tia. “Se Léia possuía insatisfações quanto à condução dos assuntos da instituição pela diretoria, o que, curiosamente, só afloraram após ser comunicada da medida interna que lhe desagradou, ela certamente poderia tê-las endereçado de maneira não ofensiva, que não estivesse resumida a ataques pessoal”, disse Débora na ação.
Como parte de sua defesa no caso, Léia processa as redes sociais que continuam divulgando o tal áudio constrangedor. Ela nega que a voz seja sua e contratou um perito para avaliar o material. O profissional, no entanto, não conseguiu verificar a integridade do material, pois há montagens e supressões de vozes. “Léia não teve um caso amoroso com o rapaz. Ela é divorciada, mãe de dois filhos adultos, vive em meio evangélico e é necessário ter uma boa, ilibada, livre de quaisquer máculas”, afirma a defesa.
Essa não é a primeira vez que um membro alto de Deus é Amor é afastado depois de escândalo sexual e de brigas entre familiares. Irmão de Léia, David Miranda Filho saiu da congregação em 2015, após vazarem áudios com conteúdo sexual que ele teria enviado a uma jovem. Depois, ele acabou fundando a sua própria instituição, a Igreja Pentecostal Santificação no Senhor, em São Paulo. Agora, na nova briga familiar, ensaia se aproximar de Léia, com quem teve desavenças na divisão da herança do pai.
A disputa em torno do comando da igreja Deus é Amor (cujo nome David Miranda diz ter sido revelado pelo próprio Deus durante uma madrugada de oração) contrasta com o comportamento rigoroso que o patriarca sempre instruiu de uma família — para ele, o casamento, por por exemplo, é uma “instituição divina” e “uma aliança entre o homem e a mulher até a morte”. Para uma instituição construída sobre rígidos alicerces morais, o barraco gospel em curso parece obra do demônio.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) condenou por unanimidade o magistrado Eduardo Luiz Rocha Cubas à pena de aposentadoria compulsória. O juiz federal do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) foi penalizado em função de sua participação ativa em atos político-partidários no período eleitoral de 2018. A decisão sobre o Processo Administrativo Disciplinar (PAD) 0000197-18.2019.2.00.0000 ocorreu na manhã da terça-feira (25/4), durante a 6ª Sessão Ordinária do CNJ em 2023.
O relator, conselheiro Mauro Martins, afirmou durante o julgamento que, em uma das situações investigadas, o magistrado, como Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), gravou um vídeo em frente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), acompanhado do então deputado federal Eduardo Bolsonaro. Durante todo o vídeo o juiz questionava a segurança das urnas e lisura do processo eleitoral. “Ele não pode se manifestar sobre política partidária. A magistratura ou o papel dele como líder de uma associação não dá a ele o direito de se manifestar sobre todo e qualquer assunto, sobretudo sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas, um tema que à época gerava intensos debates. Colocou em risco as instituições democráticas, aí incluídas a Justiça eleitoral e a normalidade das eleições”, ponderou o conselheiro.
Para a conselheira Salise Sanchotene, o vídeo pode ter influenciado uma parcela considerável da população brasileira a desacreditar das instituições eleitorais. “Por todo o conjunto do que aconteceu e pelo estado do que vivíamos à época entendo que não há outra resposta que não a aposentadoria compulsória”, defendeu.
O corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, fez um apelo para que o Plenário pensasse melhor em reformular a chamada “quarentena” e declarou que um juiz não pode usar sua jurisdição para praticar atos políticos, como pendurar a toga em um dia e, logo em seguida, se candidatar a um cargo político. “Tem que haver alguma vedação.”.
Em concordância, o conselheiro Vieira de Mello Filho, que apresentou um voto complementar, sugeriu que a quarentena citada pelo ministro Salomão seja de pelo menos cinco anos, para “que magistrados não usem suas togas para uso pessoal”. Para Vieira de Mello, o caso do juiz Cubas difere de tudo o que vem sendo apreciado pelo Conselho. “Ele não atinge meros desvios de conduta, ele ataca o cerne da Constituição da República, conduta absolutamente reprovável. E não vemos um magistrado pronto a rever seus atos”, pontuou.
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do CNJ, ministra Rosa Weber, destacou que sem um Poder Judiciário independente, não há democracia; e sem juízes isentos, responsáveis e serenos não há como sustentar o Estado Democrático de Direito. “Quando vejo um caso como esse me vem à mente o ministro Cezar Peluso, que me deu posse no STF. Na ocasião julgávamos um processo criminal. Ele dizia que juiz algum tem prazer em condenar. Aqui não estamos num processo criminal, mas sim num PAD. Sempre penso sobre o que leva uma pessoa a fazer concurso para juiz. E esse tipo de conduta incompatível só pode ensejar que endossemos essa perda de cargo, repito, com enorme tristeza”, afirmou. A pedido da ministra, o Plenário vai examinar em breve a questão da quarentena levantada pelos ministros Luis Felipe Salomão e Vieira de Mello Filho.
O número de brasileiros querendo morar e trabalhar nos Estados Unidos não para de crescer. É o que aponta um levantamento do escritório de advocacia AG Immigration, com informações obtidas no Departamento de Segurança Interna do país. Os números revelam que 23.596 cidadãos do Brasil receberam o documento americano de residência permanente – o chamado green card – em 2022: alta de 28,5% sobre o ano anterior e o maior volume da série histórica.
Com isso, o Brasil foi o nono país que mais recebeu o documento. O ranking é liderado por México (138 mil), Índia (125 mil), China (68 mil), República Dominicana (39 mil) e Filipinas (36 mil).
De acordo com o CEO da AG Immigration, Rodrigo Costa, os dados reforçam o movimento de fuga de cérebros que já vinha sendo observado no Brasil nos últimos anos. “Os três maiores volumes anuais de emissão de green cards foram registrados justamente de 2019 para cá”, explicou. “E não é improvável que um novo recorde seja atingido agora em 2023”.
Na avaliação do executivo, o fenômeno de fuga de cérebros é explicado por dois motivos principais: a escassez de mão de obra nos EUA, que inflaciona salários e estimula a contratação de imigrantes, e a deterioração político-econômica do Brasil na última década, “que muitas vezes provoca um sentimento de desesperança na população”. O maior número de green cards emitidos para brasileiros havia sido em 2019 (19,8 mil).
Naturalização O levantamento revelou ainda que a quantidade de brasileiros que obtiveram a cidadania americana também bateu recorde em 2022. Ao todo, foram 12.983 naturalizações, leve aumento de 5,7% sobre as 12.448 de 2021 – até então, a máxima histórica. O Brasil foi o 19º país que mais teve nacionais obtendo a cidadania dos EUA, atrás de México (127 mil), Índia (64 mil), Colômbia (17 mil), Irã (14 mil) e Bangladesh (13 mil), por exemplo.
Em geral, um estrangeiro pode naturalizar-se cidadão americano após cinco anos com o green card, desde que a maior parte deste tempo tenha sido passada em solo americano. “Quando a pessoa recebe a residência permanente, ela tem que, de fato, morar no país. Caso contrário, o benefício pode ser revogado”, explica o CEO da AG Immigration. Ele destaca também que, embora haja dificuldades na adaptação de alguns brasileiros à cultura americana, a grande maioria opta por ficar nos EUA, dadas as melhores condições de trabalho, renda e segurança. “Além disso, com a cidadania, o brasileiro ainda pode patrocinar a vinda de familiares, que apenas como residente permanente ele não conseguiria trazer para cá”, diz Costa, que desde 2008 vive na Flórida.
De acordo com outro levantamento, com base em números oficiais do Departamento de Trabalho americano, o Brasil ocupa a sétima posição entre os países que mais tiveram cidadãos indo trabalhar nos EUA. Ao todo, 865 brasileiros foram contratados por empresas americanas no ano fiscal passado. Lideraram o ranking Índia (22.967), China (4.039), México (1.779), Filipinas (1.039), Canadá (1.001) e Coreia do Sul (945). Em média, os brasileiros contratados nos Estados Unidos receberam um salário anual de US$ 72 mil – o equivalente a R$ 30 mil por mês, na cotação atual de cinco reais para cada dólar.
Os menores salários identificados pela pesquisa foram para o cargo de babá (R$ 7.314 por mês), auxiliar de limpeza (R$ 7.384) e preparador de comida (R$ 7.800). A maior remuneração foi para um cardiologista contratado por uma clínica médica, com R$ 208.333 mensais. Em geral, os maiores salários entre os brasileiros foram para profissionais da medicina, administração, engenharia e economia.
A coroação de Charles III e de sua esposa Camilla acontecerá no próximo sábado na Abadia de Westminster, em Londres. A de sua mãe, Elizabeth II , em 1953, contornou com uma pomposa cerimônia e enorme fervor popular. Mas poucos traços restaram desse ímpeto nacional. Uma pesquisa realizada em meados de abril mostrou que dois terços dos britânicos não estão interessados no evento.
Em um mercado londrino está tudo pronto para a coroação de Charles III: chaveiros, colheres e dedais de costura com a imagem do novo rei. No entanto, faltam os clientes, que parecem pouco entusiasmados com o evento.
– As pessoas compram menos do que no Jubileu do reinado de 70 anos de Elizabeth II no ano passado – lamentou Kirtesh Patel, que vende objetos dedicados ao novo monarca no mercado de Walthamstow, no nordeste da capital britânica.
Canecas com o retrato de Charles e a frase “A Coroação de Sua Majestade” são vendidas por 6 libras (o equivalente a R$ 37,50) e chaveiros por 3 (cerca de R$ 18,75). – As pessoas estão menos interessadas neste rei – disse o comerciante indiano de 44 anos. Como justificativa, o vendedor também mencionou a margem superior a 10%, que afetou milhões de britânicos.
A soberana que faleceu em setembro, aos 96 anos, era extremamente popular. Mas seu herdeiro é um rei idoso, de 74 anos, e seu casamento com Camilla está longe do glamour de William, seu filho, com Catherine.
“Custa muito” Perto de sua loja, Carole McNeil, uma professora aposentada de 82 anos, decidiu desde o início que não é “antimonarquia” e que acompanhará a coroação. Ela relata, no entanto, que se sente “incomodada” porque a cerimônia “custa muito” ao país, ainda que seja muito mais modesta do que a cerimônia de 1953. Para Carole, a família real deveria fazer mais:
– Quando você ouve falar em todo o dinheiro que eles têm, eles mesmos deveriam pagá-la – opinou.
Rose Vetich se declara “republicana” e exclui a possibilidade de assistir à coroação. – Se o tempo estiver bom, vou passear pelo campo para tentar não pensar na monarquia – afirmou esta professora e pesquisadora de 49 anos.
A opinião de Rose é minoritária: 58% dos britânicos mantinham seu apoio à monarquia e apenas 26% gostariam de um chefe de Estado eleito, de acordo com uma pesquisa recente. Por isso, há também aqueles que, como Peter Haseldine, aguardam com ansiedade pelas comemorações do fim de semana.
Contadora aposentada, Haseldine esteve presente em 1953, com apenas cinco anos de idade, ao Mall, uma avenida que faz parte do Palácio de Buckingham, para celebrar a ascensão ao trono de Elizabeth II. – Que multidão! – lembrou ele.
– Viva o rei! – proclamou sua esposa Lynn Jones, uma funcionária pública aposentada, patrocinada de se apresentar como uma “grande defensora da monarquia”. A casa deles está decorada com bandeiras com a imagem de Charles III. – A geração mais antiga é mais favorável à Coroa – admite Lynn.
A várias gerações de distância, Louisa Keight, de 25 anos, “ainda não teve tempo” para pensar sobre tudo isso. – Pode ser que acompanhe a cerimônia porque pode ser interessante do ponto de vista acadêmica ou histórica – afirmou um jovem. Como muitos britânicos, ela não é a favor nem contra a monarquia. – É uma situação complicada – disse.
A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, anunciou pelas redes sociais o envio de uma comitiva interministerial à comunidade Uxiú, na Terra Indígena Yanomami, que foi invadida por garimpeiros na tarde desse sábado. No ataque, um yanomami morreu após ser atingido por um tiro e dois baleados foram transportados para a capital de Roraima, Boa Vista, onde estão internados no Hospital Geral de Roraima (HGR).
Segundo a ministra, foi solicitado apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública para que a Polícia Federal (PF) investigue o caso.
Sônia também destacou que, embora tenha se agravado nos últimos anos, a invasão criminosa da Terra Indígena Yanomami é um problema histórico. “A situação de invasores na TI Yanomami vem de muitos anos e, mesmo com todos os esforços [que estão] sendo realizados pelo governo federal, ainda faltam muitas ações coordenadas até a retirada de todos os invasores do território”, escreveu a ministra.
Em nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que tomou conhecimento dos crimes ocorridos no território Yanomami e enviará uma comitiva ao local nesta segunda-feira (1°). “Irão a Roraima o secretário Nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar, o diretor da Força Nacional, coronel Fernando Alencar e o Diretor de Amazônia e Meio Ambiente da Polícia Federal, Humberto Freire”, diz a nota.
O ministério informa ainda que duas equipes da Polícia Federal já estão na comunidade indígena, onde ouviram testemunhas e realizaram perícias. “Outras diligências seguem em andamento para identificar e prender os autores de crimes, enquanto as ações de desintrusão [desocupação] dos invasores das terras indígenas continuam no âmbito da Operação Libertação”, acrescentou o ministério.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou, no domingo, 30, que vai enviar ao Congresso Nacional, nos próximos dias, um projeto de lei (PL) que, se aprovado, tornará obrigatório o reajuste do salário mínimo acima da inflação. Lula também se comprometeu a, até o fim de seu atual mandato, em 2026, aprovar a isenção do pagamento do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais.
“Nos próximos dias, encaminharei ao Congresso Nacional um projeto de lei para que esta conquista seja permanente e o salário mínimo volte a ser reajustado todos os anos acima da inflação”, antecipou Lula ao fazer um pronunciamento em rede nacional de rádio e TV, por ocasião do Dia do Trabalhador, nesta segunda-feira, 1º.
Segundo o presidente, a “valorização do salário mínimo” é parte do projeto de governo, que busca “recompor as conquistas perdidas pelos trabalhadores e trabalhadoras” ao longo dos últimos anos. “A partir de amanhã, o salário mínimo passa a valer R$ 1.320,00 para trabalhadores da ativa, aposentados e pensionistas. É um aumento pequeno, mas real”, reconheceu Lula ao ponderar que, nos últimos seis anos, o reajuste do valor salário mínimo sempre ficou abaixo da inflação acumulada.
Fim do congelamento
Lula também comentou a medida que eleva, a partir de maio, a faixa de isenção do Imposto de Renda cobrado de trabalhadores formais – uma promessa de campanha do presidente. A correção da tabela já tinha sido anunciada pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.
“Estamos mudando a faixa de isenção do Imposto de Renda, que há oito anos estava congelada em R$ 1.903,98. A partir de agora, até R$ 2.640,00 por mês não pagará mais nenhum centavo de imposto”, pontuou Lula ao classificar esta como “outra medida muito importante”.
“E até o final do meu mandato, a isenção valerá para até R$ 5 mil por mês”, acrescentou Lula, voltando a se comprometer com a elevação gradual da faixa de isenção que, segundo o governo federal, passará a vigorar já a partir de maio por meio da combinação de duas medidas.
Além de, na prática, elevar a faixa de isenção dos atuais R$ 1.903,98 para R$ 2.112, o governo concederá um desconto de R$ 528 sobre o imposto pago na fonte, que é retido automaticamente, todos os meses. A soma dos dois valores totaliza os R$ 2.640,00 anunciados – cifra que equivale a dois salários mínimos de R$ 1.320.
Trabalhadores
“Não haverá reconstrução do Brasil sem a valorização dos trabalhadores e das trabalhadoras. O Brasil vai voltar a crescer com inclusão social e com novos empregos sendo criados. Podem estar certos de que o esforço de seu trabalho vai ser cada vez mais reconhecido e recompensado. E o 1º de Maio, que sempre foi um dia de luta, voltará a ser um dia de conquista para o povo trabalhador”, disse Lula, ao defender a política de valorização do salário mínimo como um “grande instrumento de transformação social”.
“Foi graças a isso que [nos governos petistas, entre 2003 e 2016], milhões de brasileiros e brasileiras saíram da extrema pobreza, abrindo caminho para uma vida melhor. É preciso lembrar que a valorização do salário mínimo não é essencial apenas para quem o ganha. Com mais dinheiro em circulação, as vendas do comércio aumentam. A indústria produz mais. A roda da economia volta a girar e novos empregos são criados.”
O economista Santiago Peña, de 44 anos, do Partido Colorado, foi eleito presidente do Paraguai neste domingo, 30. Ele assumirá o cargo no dia 15 de agosto, e o mandato é de cinco anos.
Com 99,89% das urnas apuradas, o resultado é o seguinte:
. Santiago Peña: 42,74 %
. Efraín Alegre: 27,48 %
. Payo Cubas: 22,92 %
As informações são da Justiça Eleitoral do país. Mesmo antes da definição, quando a apuração apontava a liderança do vencedor, o atual presidente, Mario Abdo Benitez, do mesmo Partido Colorado de Peña, afirmou em uma rede social que seu colega tinha sido eleito.
O jornal “ABC Color” afirma que a eleição está decidida. O próprio Peña também já afirmou que é o vencedor, de acordo com a agência Reuters.
Esperava-se que a disputa fosse concorrida, pois o candidato da esquerda, Efraín Alegre, havia conseguido formar uma coalizão ampla e aparecia bem nas pesquisas.
O Partido Colorado domina a política paraguaia desde a década de 1950, mas, recentemente, acreditava-se que a popularidade do partido estaria em baixa por uma economia em desaceleração e acusações de corrupção.
Cerca de 4,8 milhões de paraguaios foram convocados às urnas neste domingo, em eleições nas quais também foram eleitos senadores, deputados, governadores e vereadores.