O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu na tarde desta quarta-feira, 20/9, com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. O encontro, em Nova York, aconteceu à margem da Assembleia Geral da ONU, onde ambos discursaram na véspera, e logo antes do lançamento de uma iniciativa criada pelos governos brasileiro e norte-americano para a defesa do trabalho digno.
A reunião foi a segunda bilateral entre os dois presidentes em 2023. A primeira ocorreu na Casa Branca, em fevereiro , durante viagem oficial do presidente Lula a Washington. Nesta quarta, os dois líderes conversaram sobre o programa voltado para gerar mais empregos de qualidade, mas também falaram sobre democracia, transição energética e proteção ao meio ambiente.
“É muito importante que os Estados Unidos vejam o que está acontecendo no Brasil nesse momento histórico de transição ecológica, de mudança de matriz energética, do que o país tem de investimento em energia solar, eólica, biomassa, biodiesel, etanol, hidrogênio verde, ou seja, há uma perspectiva de trabalho em conjunto excepcional entre Brasil e Estados Unidos. É um novo tempo na relação entre Estados Unidos e Brasil, uma relação de iguais, soberana e de interesses comuns”, afirmou Lula.
Para o presidente brasileiro, é importante que lideranças de perfil democrático se unam neste momento. “Quando olhamos a geopolítica do mundo, percebemos que as oportunidades estão se fechando e as democracias correm perigo porque a negação da política tem feito com que setores extremistas tentem ocupar o espaço em função da negação da política no mundo inteiro”.
O presidente norte-americano, por sua vez, destacou a necessidade de que os dois países trabalhem juntos para preservar o meio ambiente e promover a democracia não só no Brasil, mas em todo o continente.
“Trabalharemos juntos para resolver a crise do clima, mobilizando centenas de milhões de dólares para preservar a Amazônia e os ecossistemas cruciais da América Latina. Trabalharemos juntos na parceria da cooperação atlântica, promovendo crescimento econômico. As duas maiores democracias do hemisfério ocidental estão defendendo direitos humanos no mundo, incluindo os direitos dos trabalhadores”, declarou Biden.
COMÉRCIO BILATERAL – Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil no mundo, atrás apenas da China. Somente em 2022, o comércio entre os dois países movimentou um total de US$ 88,7 bilhões, dos quais US$ 37 bilhões foram em exportações brasileiras e US$ 51,3 bilhões em importações vindas dos EUA.
Na visita do presidente Lula a Washington no início do ano, ele e o presidente Biden ressaltaram que o fortalecimento da democracia, a promoção do respeito aos direitos humanos e o enfrentamento da crise do clima figuram no centro da agenda bilateral. Decidiram também retomar as atividades do Grupo de Trabalho de Alto Nível Brasil-EUA sobre Mudança do Clima (GTMC) e revitalizar o Plano de Ação Conjunta Brasil-EUA para a Eliminação da Discriminação Étnico-Racial e Promoção da Igualdade.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1 a cada 6 pessoas (17,5%) no mundo enfrentam dificuldades para engravidar. O diagnóstico de infertilidade é definido por não conseguir uma gravidez após ao menos 12 meses de tentativas e afeta o “bem-estar mental e psicossocial das pessoas”, defende o órgão.
Há muitos fatores que impactam essa tendência. A gravidez tardia é o principal e talvez o mais óbvio, dado que a fertilidade da mulher diminui consideravelmente a partir dos 30 anos. Mas a verdade é que um crescente número de estudos comprova o impacto do ambiente e do estilo de vida nessa tendência.
O mais recente deles mostra que até mesmo a estação do ano pode influenciar na chance de gravidez. O trabalho, realizado pelo Fertility Medical Group, em São Paulo, concluiu que a primavera é a estação com maior taxa de fecundação entre pacientes submetidas à fertilização in vitro (FIV). O outono, a pior.
— Vimos que na primavera a taxa de gravidez é 30% maior que no outono, que é a estação com menor taxa de sucesso. Também analisamos a taxa de abortamento, que foi 63% menor para embriões transferidos na primavera — diz Edson Borges, especialista em medicina reprodutiva e diretor científico do Fertility Medical Group.
A segunda “melhor estação” para engravidar, depois da primavera, é o verão, seguida do inverno. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram o desfecho de 3.725 tratamentos para fertilização in vitro, que totalizaram 4.952 embriões transferidos. Os resultados completos do estudo foram apresentados no XXVII Congresso Brasileiro de Reprodução Assistida, realizado recentemente em Aracaju (SE).
Borges explica que um estudo anterior, feito há cerca de 10 anos pela equipe, já havia indicado que a taxa de fecundação era mais alta para procedimentos de fertilização in vitro realizados na primavera. Entretanto, na época, não havia a prática de congelar embriões e fazer a implantação depois. Atualmente, o congelamento de embriões é quase uma regra na área. Na Fertility, por exemplo, 85% dos embriões são congelados antes de serem implantados.
— Descobrimos que a medicação usada para estimulação ovariana atrapalha a função do endométrio, fazendo com que a taxa de gravidez caia um pouco. Por isso, a maioria dos embriões é congelada para fazer a implantação depois — explica Borges.
Os pesquisadores decidiram, então, fazer um novo estudo para confirmar se a estação do ano realmente interferia nos resultados da gestação ou se era apenas uma característica do embrião fresco, por exemplo. O impacto da estação do ano se confirmou no novo estudo.
Embora o estudo tenha sido realizado entre pacientes submetidas a um tratamento de reprodução assistida, o especialista afirma que os resultados também valem para quem está tentando engravidar de forma natural.
A principal hipótese para explicar essa associação está nas modificações da luminosidade na produção de hormônios que favorecem a fertilidade feminina. Diversas evidências já demonstraram que a fecundidade em mamíferos depende da luz do dia e da temperatura, e que o aumento da duração do dia está associado a mudanças no cérebro que são responsáveis por mediar atividades reprodutivas.
— Na primavera tem mais luz. A hipófise trabalha melhor e isso aumenta os níveis de progesterona. Sabemos que isso ocorre em mamíferos e que a fertilidade dos animais fica melhor na primavera, mas até agora não tínhamos comprovado que isso acontece em humanos também — diz Borges.
Outro estudo recente, feito por pesquisadores da Pesquisadores na Austrália mostrou que a implantação de embriões formados a partir de óvulos coletados no verão resultou em uma probabilidade 30% maior de bebês nascerem vivos do que se os óvulos tivessem sido recuperados no outono, por exemplo. Os pesquisadores também descobriram um aumento de 28% nas chances de um nascido vivo entre as mulheres que tiveram os óvulos coletados durante os dias com mais sol em comparação com os dias com menos sol.
Existem muitos fatores que influenciam a fertilidade. A idade, em especial da mulher, é apontada como principal. A mulher já com uma quantidade determinada de folículos, células que vão desenvolver os óvulos. É a chamada reserva ovariana. A partir dos 35 anos, essa reserva cai num ritmo gradativo.
Entretanto, outros fatores de estilo de vida como consumo de álcool, tabagismo, sedentarismo, obesidade e alimentação também têm um forte impacto nisso. Agora a ciência começa apontar também a importância dos fatores ambientais na saúde reprodutiva humana.
— Hoje sabemos que a epigenética tem tanta influência ou mais do que a própria genética. Cada um tem uma propensão, mas o que faz desenvolver ou não determinadas disfunções é o estilo de vida e o meio ambiente — pontua o ginecologista obstetra especialista em Reprodução Humana Rodrigo Rosa, diretor clínico da clínica Mater Prime, em São Paulo.
Além dos estudos citados acima, que mostram a influência das estações do ano, outros trabalhos se dedicam a entender a influência de substâncias químicas, poluentes e mudanças climáticas na saúde reprodutiva humana.
Por exemplo, sabe-se que a exposição a certos produtos químicos e poluentes pode afetar a fertilidade e a saúde geral ao longo da vida. Ftalatos e fenóis, substâncias comumente encontradas em produtos para a pele e para a casa que contém cheiro ou cor também prejudicam a saúde reprodutiva.
— Já existem estudos que associam dioxicina, que é um poluente ambiental, com endometriose e outros mostrando diversos poluentes quem aumentam a incidência da síndrome do ovário policístico. Ambos os problemas influenciam na fertilidade — diz Rosa.
Pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, investigam, por exemplo, como o ambiente social e o que se vivencia na infância pode afetar a saúde reprodutiva. Há também estudos sobre o impacto negativo das mudanças climáticas na capacidade evolutiva de reprodução.
A alimentação é outro fator associado tanto ao estilo de vida quanto ao ambiente que tem um impacto comprovado na fertilidade. Segundo Rosa, o consumo de açúcar em excesso reduz em 30% a chance de concepção. Agrotóxicos, pesticidas e herbicidas de forma geral e também diminuem a fertilidade como um todo.
— A alimentação é a base para qualquer casal que queira engravidar de uma forma mais saudável — afirma o diretor clínico da clínica Mater Prime.
Uma nutrição adequada é um dos pontos principais não só para uma vida mais saudável, mas para melhorar a saúde reprodutiva. A recomendação é optar por uma alimentação que segue os moldes da dieta mediterrânea: dar preferência ao consumo de frutas e vegetais frescos, alimentos ricos em ômega-3 e azeite de oliva e reduzir o consumo de carne vermelha, açúcar e alimentos processados e ultraprocessados. Sempre que possível, deve-se optar por alimentos orgânicos para reduzir a exposição a pesticidas nocivos.
Manter a prática regular de atividade física de intensidade moderada e ter um sono adequado também melhoram a fertilidade.
Elas são apresentadas na primeira refeição do dia, nos lanches e na preparação de alguns pratos da culinária brasileira. A manteiga, como opção de um amarelo mais forte, em embalagens transparentes ou em cubos, e a margarina, com um amarelo mais contido, junto a um pequeno pote. Mas afinal, qual delas é a opção mais saudável? Segundo especialistas da área, a resposta não é tão simples.
Quais são as diferenças entre elas? Segundo Annete Marum, nutricionista e doutora em Nutrição Genética pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), ambas têm seus prós e contras . A percepção de qual é mais saudável depende da quantidade consumida e da indicação profissional da dieta recomendada para cada pessoa.
— Essa polêmica se dá principalmente porque as pessoas não entendem que elas têm composições diferentes que precisam ser pensadas antes de serem utilizadas — afirma o especialista.
Mas vamos, primeiro, entender quais são esses pontos positivos e negativos a partir do que são feitos. A manteiga é um produto de origem animal , feito a partir da nata de leite batido. Já a margarina tem origem vegetal , produzida a partir do processo de hidrogenação de óleos, como o de girassol ou de milho. Como duas têm tipos de gorduras diferentes, o que delimita quando cada uma deve ser utilizada na alimentação.
A gordura presente na manteiga é saturada , facilmente digerida pelo corpo e utilizada para fornecer energia e produzir hormônios, o que tem um aspecto positivo. Mas, em grandes quantidades, pode apresentar riscos à saúde, como mostra um estudo publicado na revista JAMA Internal Medicine.
Já a margarina , na medida em que as gorduras presentes são as insaturadas , pode provocar um aumento no colesterol considerado “bom” (HDL) e diminuir o considerado “ruim” (LDL). No entanto, a presença de gordura trans no alimento de origem vegetal é considerada um ponto negativo.
Quimicamente alterada, ela não é facilmente digerida pelo organismo e por isso, pode se acumular tanto no sangue quanto em órgãos importantes. Versões atualizadas de margarina sem gordura trans, consideradas melhores, já podem ser encontradas no mercado.
Por isso, segundo um especialista entrevistado pela GLOBO, pessoas que estão tentando controlar o colesterol “ruim” devem evitar a manteiga. Mas as margarinas que contêm gordura trans não são boas alternativas a ela.
Então, qual escolher? O debate científico, a partir da publicação de estudos e análise dos pares, ainda não chegou a uma conclusão totalmente aceita sobre qual das duas é a mais “saudável”. Por isso, elas podem ser consumidas de acordo com as necessidades individuais, sempre com moderação.
Conforme mostra um artigo da Harvard Health Publishing, site da Escola de Medicina de Harvard, um concorrente potencial que pode substituí-los quando o assunto são benefícios é o azeite. Ele é rico em gorduras mono e poliinsaturadas, associadas à redução dos níveis de LDL (colesterol ruim), sem outros fatores negativos.
“Da próxima vez que você rasgar um pão ou pão quente, considere mergulhá-lo em azeite em vez de coberto-lo com manteiga ”, indica o site especializado.
A Polícia Rodoviária Federal prendeu, na noite desta terça-feira (19), no km 118 da BR 101, em São José de Mipibu/RN, duas mulheres por tráfico e apreendeu 28 quilos de droga.
Durante fiscalização, policiais rodoviários federais abordaram um ônibus que realizava o transporte interestadual de passageiros entre os municípios de São Luiz, no Maranhão e Natal/RN. Na abordagem, duas passageiras passageiras foram detidas. Com elas, os agentes encontraram bagagens, que continham 22 quilos de cloridrato de cocaína e seis de pasta base.
A droga apreendida possui valor estimado em mais de 4,5 milhões de reais. As duas mulheres foram presas em flagrante por tráfico de drogas e a ocorrência foi encaminhada à Delegacia de Plantão de Polícia Civil em Parnamirim/RN.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) decidiu, nesta quarta-feira (20), fazer um novo corte de 0,50 ponto percentual (p.p) na taxa básica de juros. O movimento passa a Selic de 13,25% para 12,75% ao ano, o mesmo patamar de maio de 2022, quando os juros estavam em ritmo de alta.
O grau do corte veio em linha ao esperado pelo mercado, que já previa a manutenção da estratégia de alívio da política monetária iniciada no último encontro do Copom, em agosto.
À época, o colegiado também reduziu os juros em 0,50 p.p, o primeiro movimento para baixo na taxa básica em três anos.
Novos cortes à vista O Copom ainda possui duas reuniões neste ano: entre 31 de outubro e 1º de novembro, e 12 e 13 de dezembro. Os agentes do mercado apostam na manutenção do ciclo de baixa com a redução de 0,50 p.p em cada encontro.
Segundo dados do boletim Focus, pesquisa do BC que reúne a mediana de mais de uma centena de agentes do mercado e instituições para os principais indicadores econômicos, divulgados nesta segunda-feira (18), a Selic deve chegar em 12,25% em novembro e em 11,75% ao fim de 2023.
O ritmo de queda deve ser mantida ao longo do ano que vem. Segundo o levantamento do BC, as estimativas apontam para a Selic em 9% ao ano no encerramento de 2024.
Lula mantém críticas O ciclo de baixa mantido pelo BC nesta semana ocorre após intensas críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), além de outros membros do governo e representantes de atividades econômicas, sobre a estratégia de política monetária adotada pela autarquia nos últimos meses.
Antes de baixar os juros na reunião de agosto, a autoridade presidida por Roberto Campos Neto havia segurado a Selic em 13,75% — o maior patamar desde novembro de 2016 — por cerca de um ano.
Mesmo após deflagrar a estratégia de corte, Lula manteve o tom crítico ao presidente do BC. No início deste mês, o petista voltou a defender a queda dos juros e afirmou que Campos Neto “não conversa” com ele.
Lula também disse que era importante todos saberem que “o presidente do Banco Central não foi indicado por nós, foi indicado pelo governo anterior”.
“Esse cidadão, se ele conversa com alguém, não é comigo. Ele deve conversar com quem o indicou, e quem o indicou não fez coisas boas nesse país. A sociedade brasileira vai descobrir com o tempo”, disse.
Lula ainda afirmou que iria continuar “brigando” pela queda dos juros e pontuou os efeitos que as taxas elevadas infligem nas atividades.
“Não pensem que eu acho que o juro tá baixo. O juro ainda tá alto”, afirmou. “E precisa abaixar os juros. Não é possível. Como que o empresário vai investir? Como que vai fazer uma fábrica? Como vai fazer um investimento qualquer, se ele vai pegar a taxa de juros muito alta? Então nós vamos continuar brigando”.
Campos Neto fala em “pouso suave” da inflação Também no começo de setembro, Campos Neto pontuou que o Brasil está fazendo um “pouso suave” no combate à inflação, sem trazer grandes consequências para o crescimento econômico ou ao mercado de trabalho.
“O Brasil tem conseguido realizar um pouso suave, diminuindo a inflação com impacto atenuado sobre o PIB, desemprego e crédito”, disse.
Os últimos dados do Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) mostram que a inflação foi de 0,23% em agosto — abaixo do esperado pelos analistas —, com acúmulo de 4,61% nos últimos 12 meses.
O BC persegue neste ano a meta de inflação de 3,25% — com limites entre 1,75% e 4,75%, ou seja, o acumulado até agosto mantém o IPCA abaixo do teto.
O mercado, porém, vê que o índice fechará 2023 acima do limite máximo, em 4,86%, segundo dados do Focus desta semana.
Já para o ano que vem, os analistas consultados pelo BC acreditam no retorno da inflação à banda estabelecida, com IPCA encerrando a 3,86%. Em 2024, o BC segue a meta de 3%, podendo entregar um resultado entre 1,50% e 4,50%.
Não é novidade que o áudio – seja por meio do rádio, músicas, streamings ou podcasts – tem feito parte da jornada diária dos brasileiros. Dados da Inside Audio 2023, pesquisa divulgada pela Kantar IBOPE Media nesta quarta-feira, 20, apontam que 9 em cada 10 pessoas consomem alguns desses formatos sonoros no dia a dia.
Nesse contexto, segundo a Kantar, o rádio demonstra constante evolução para 76% dos ouvintes, que acreditam que o meio se moderniza em conteúdos e formatos. Além disso, 38% deles consideram que ter a possibilidade de escutar online melhorou o consumo, que estende por todo o dia.
Nas 13 regiões metropolitanas pesquisadas no levantamento, o rádio é ouvido por 80% da população, por uma média de 3h55 por dia. As cidades analisadas foram Fortaleza, Salvador, Recife, Belo Horizonte Rio de Janeiro, Vitória, Campinas, São Paulo, Goiânia, Distrito Federal, Porto Alegre, Florianópolis e Curitiba.
Publicidade no rádio
Em relação à publicidade, o estudo mostrou que 53% dos ouvintes de rádio prestam atenção em anúncios veiculados pelas emissoras. No top 3 de formatos publicitários mais lembrados, os comerciais entre programas e músicas alcança 50% das pessoas. Outros 27% lembram mais de ações publicitárias feitas por locutores e 25% de promoções na programação.
No mercado de mídia, a Kantar mostrou que o meio também mantém alta relevância nas estratégias de comunicação dos anunciantes. Dessa forma, houve um aumento de 7% nas inserções das marcas no primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado.
“Unindo credibilidade à inovação tecnológica para se aproximar de seus ouvintes, o áudio – especialmente o rádio – é percebido como uma oportunidade para que as marcas se comuniquem de maneira efetiva com a sua audiência. Com isso, ele mantém a sua relevância no cenário de mídia”, salienta Giovana Alcantara, diretora de desenvolvimento de negócios regionais da Kantar.
Contextos
A pesquisa apontou também que 58% dos ouvintes consomem rádio em casa, durante atividades cotidianas. Já 27% das pessoas costumam ouvir no carro/moto particular e 12% no trabalho presencial. Além desses, existem 7% e 5% que escutam mais em home office e no transporte público, respectivamente.
Das preferências de programação, música lidera o top 5, com o percentual de 94%. Em seguida, aparecem noticiários locais, com 32%, e noticiários nacionais, 26%. No ramo das informações, as preferências são as notícias de trânsito (25%) e de conteúdo sobre futebol (24%).
Entre os novos destaques no consumo, o podcast confirmou a própria relevância no dia dos ouvintes, tendo em vista que 50% deles afirmaram que ouviram o formato nos últimos três meses. Conforme a Kantar, houve um aumento de 23% em relação ao ano passado.
Com boa lábia e forte apelo nas redes sociais, o pastor Osório José Lopes Júnior (foto em destaque) conseguia ludibriar fiéis a investirem suas economias em falsas operações financeiras ou falsos projetos de ações humanitárias, com promessa de retorno financeiro imediato e rentabilidade estratosférica.
Invocando uma teoria conspiratória apelidada de “Nesara Gesara”, os estelionatários diziam, por exemplo, que com um depósito de apenas R$ 25 as pessoas poderiam receber de volta nas “operações” o valor de R$ 1 octilhão (ou 1 seguido de 27 zeros: R$ 1.000.000.000.000.000.000.000.000.000). Para se ter ideia da quantia prometida, ela é bilhões de vezes superior à do PIB mundial (em 2022, a soma de todas as riquezas produzidas no mundo foi de US$ 101,6 trilhões).
A investigação aponta que os suspeitos formavam uma rede criminosa muito bem organizada, com estrutura ordenada e divisão de tarefas, especializada no cometimento de diversos crimes, como falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, e estelionatos por meio de redes sociais. Osório Júnior é considerado foragido.
A ação é coordenada pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária (Dot), vinculada ao Departamento de Combate a Corrupção e ao Crime Organizado (Decor).
O golpe pode ser considerado um dos maiores já investigados no Brasil, uma vez que foram constatadas, como vítimas, pessoas de diversas camadas sociais e localizadas em quase todas as unidades da Federação, estimando-se mais de 50 mil vítimas.
De acordo com a investigação, iniciada há cerca de um ano, o grupo é composto por cerca de 200 integrantes, incluindo dezenas de lideranças evangélicas intituladas pastores, que induzem e mantêm em erro as vítimas, normalmente fiéis que frequentam suas igrejas, para acreditar no discurso de que são pessoas escolhidas por Deus para receber a “bênção”, ou seja, as quantias bilionárias.
Os investigados mantinham empresas “fantasmas” e de fachada, simulando ser instituições financeiras digitais com alto capital social declarado.
Para dar aparência de veracidade e legalidade às operações financeiras, os investigados celebravam contratos com as vítimas, ideologicamente falsos, com promessas de liberação de quantias surreais provenientes de inexistentes títulos de investimento, que estariam registrados no Banco Central do Brasil (Bacen) e no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
A investigação também apontou movimentação superior a R$ 156 milhões, nos últimos cinco anos, bem como foram identificadas cerca de 40 empresas “fantasmas” e de fachada, e mais de 800 contas bancárias suspeitas.
Prisão em dezembro Em dezembro do ano passado, a Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, em Brasília, um suspeito de envolvimento no esquema, após ele ter feito uso de documento falso em uma agência bancária localizada na Asa Sul, simulando possuir um crédito de aproximadamente R$ 17 bilhões.
Porém, mesmo após a prisão em flagrante desse indivíduo, à época o principal digital influencer da organização criminosa, o grupo continuou a aplicar golpes.
Operação Falso Profeta Nesta nova etapa da investigação, em que participaram cerca de 100 policiais civis, foi realizado o cumprimento de mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em quatro estados: Goiás, Mato Grosso, Paraná e São Paulo.
Também são cumpridas medidas cautelares de bloqueio de valores, bloqueio de redes sociais e decisão judicial de proibição de utilização de redes sociais e mídias digitais.
Além do Decor, participaram da operação policiais do Departamento de Polícia Especializada, e das Polícias Civis dos estados de Goiás, Mato Grosso, Santa Catarina, Paraná e São Paulo.
Os alvos poderão responder, a depender de sua participação no esquema, pelo cometimento dos delitos de estelionato, falsificação de documentos, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, crimes contra a ordem tributária e organização criminosa.
O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), elogiou o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a abertura da 78ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira (19/9). Em seu pronunciamento, Lula pediu que a desigualdade e a fome provoquem “indignação” para que tais problemas sejam superados.
Pacheco classificou esses temas como as “maiores e mais nobres obsessões” do petista.
“O pronunciamento do presidente Lula na ONU, nesta terça-feira, além de abordar temas mundiais relevantes, como a paz e o clima, expressou a sua maior e mais nobre obsessão: a erradicação da fome e o combate às desigualdades. Esse deve ser o objetivo da política, cujo caminho exige compromisso com leis modernas, que permitam o desenvolvimento econômico sustentável, a geração de emprego, a atração de investimentos, o equilíbrio fiscal e a educação para todos. Meus cumprimentos ao presidente Lula pelo discurso”, escreveu.
autoridades o acompanharam como integrantes da delegação. Além de Pacheco, estão: o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL); a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva; e a primeira-dama, Janja da Silva.
Discurso elogiado por Pacheco Lula fez o tradicional discurso de abertura da 78ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, nesta terça-feira (19/9). O Brasil é o responsável por abrir os debates no organismo multilateral que reúne 193 países, sediado em Nova York, nos Estados Unidos.
Esta foi a oitava vez que Lula discursou no palco da ONU como presidente do Brasil, em seu retorno após 14 anos. Nas gestões anteriores, o petista só não viajou para Nova York em 2010, quando preferiu se dedicar à campanha da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
“A fome, tema central da minha fala neste Parlamento Mundial 20 anos atrás, atinge hoje 735 milhões de seres humanos, que vão dormir esta noite sem saber se terão o que comer amanhã”, disse, relembrando a sua fala no Parlamento da ONU em 2003.
Para o presidente brasileiro, o combate à desigualdade não avançou nas últimas décadas, o que afeta diretamente a tentativa global de erradicar a fome.
Segundo o petista, a desigualdade “está na raiz” dos principais desafios globais. O mandatário ainda afirmou que falta “vontade política daqueles que governam o mundo” para encontrar soluções que possam transformá-lo em um ambiente mais justo. Por isso, Lula prometeu utilizar a presidência brasileira no G20 para enfrentar tal cenário.
“Ao assumir a presidência do G20 em dezembro próximo, não mediremos esforços para colocar, no centro da agenda internacional, o combate às desigualdades em todas as suas dimensões. Sob o lema ‘Construindo um Mundo Justo e um Planeta Sustentável’, a presidência brasileira vai articular inclusão social e combate à fome; desenvolvimento sustentável e reforma das instituições de governança global”, disse no fim de seu discurso na ONU.
O Ibama reabriu um auto de infração contra o ex-presidente Jair Bolsonaro referente a uma infração cometida em 2012, em Angra dos Reis. O procedimento, no valor de R$ 10 mil, foi reaberto no último sábado por um despacho do coordenador-geral do Centro Nacional do Processo Sancionador Ambiental. A revalidação da multa foi revelada pela Agência Pública e confirmada pelo Globo.
O Globo apurou que a medida faz parte de uma atuação geral do Ibama para rever decisões que anularam multas ambientais no governo anterior. A mudança de interpretação se baseia com base em um parecer da Advocacia-Geral da União.
Durante o governo Bolsonaro, a AGU opinou pela nulidade do processo, considerando que ele já estava prescrito, isto é, o prazo para a aplicação da punição já havia passado. Bolsonaro foi autuado por pesca irregular em 2012, em Angra dos Reis e, na avaliação dos técnicos do Ibama e da AGU à época, o prazo de prescrição era de 5 anos e, portanto, havia se encerrado em 2017.
Agora, um novo parecer da Advocacia-Geral da União reavaliou o caso e considerou que o prazo para a aplicação da multa é de 12, não cinco anos.
“O Ibama reabriu processo relativo à apuração da infração cometida pelo autuado (Jair Bolsonaro), tendo em vista que o prazo prescricional, quando da decisão proferida à época, não corresponde com o prazo legal aplicável. O despacho baseia-se em parecer da Advocacia Geral da União, que apoia a tese de que o prazo para a aplicação da multa não é de 5, mas de 12 anos”, afirmou o Ibama.
Nesta terça-feira, o ex-presidente criticou a decisão e disse ser perseguido. Bolsonaro afirmou que o Ibama desconsiderou que o inquérito já teria sido arquivado pela 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal. Além disso, segundo o antigo mandatário, ele foi autuado ás 11h em Angra dos Reis mas comprovou um embarque para Brasília, no aeroporto Santos Dumont, às 13h07 do mesmo dia.
“Fato: nesse dia e hora, Bolsonaro não estava no local da autuação”, escreveu Bolsonaro, que completou com a frase “A perseguição continua”.
O presidente foi flagrado por fiscais em 25 de janeiro de 2012 em um bote dentro da Estação Ecológica de Tamoios, em Angra — a presença é proibida no local. Ele foi fotografado por um agente do Ibama com uma vara de pescar. Na defesa apresentada, o presidente alegou que estava no aeroporto Santos Dumont na hora da multa — Bolsonaro, no entanto, cita a data em que o auto de infração foi lavrado, em março, não o dia em que a conduta foi flagrada, em janeiro. A demora entre o flagra e o registro formal aconteceu porque o presidente se recusou a apresentar os documentos, o que foi comunicado pelos agentes no processo.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manteve a multa individual de R$ 30 mil do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), da deputada federal Bia Kicis (PL-DF) e do ex-deputado federal Fábio Faria. A decisão foi tomada nesta terça-feira (19) após a maioria do plenário acompanhar o voto do relator, o ministro Alexandre de Moraes.
A punição foi aplicada por eles divulgarem nas redes sociais um vídeo que distorce uma fala do então candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva durante um debate político em outubro de 2022.
De acordo com o TSE, ao julgar procedente a representação ajuizada pela coligação Brasil da Esperança, o relator, além de aplicar a multa, determinou a retirada definitiva do ar do conteúdo impugnado.
“Para Moraes, tratou-se de propaganda irregular veiculando desinformação, tendo o conteúdo inverídico assumido substancial alcance, potencializado o efeito nocivo da propagação da fake news e evidenciado a gravidade da conduta, cabendo, assim, a fixação da multa no patamar máximo previsto na legislação”, informou a corte eleitoral.
O entendimento de Moraes foi acompanhando pelos ministros Cármen Lúcia, Ramos Tavares, Benedito Gonçalves e Floriano de Azevedo Marques. O ministro Raul Araújo divergiu, e foi seguido por Nunes Marques.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um discurso nesta terça-feira (19) na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nos Estados Unidos.
As Nações Unidas definiram como tema da assembleia deste ano os esforços para avançar na chamada Agenda 2030, que define 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) a serem alcançados pelos 193 países membros da ONU até 2030.
A equipe do Fato ou Fake checou as principais declarações de Lula. Leia:
“Os 10% mais ricos da população mundial são responsáveis por quase metade de todo carbono lançado na atmosfera.” (FATO)
A declaração é #FATO. Veja por quê: Um estudo do World Inequality Lab (WIL) de 2021, realizado pelo economista francês Lucas Chancel, calculou a desigualdade nas emissões de gases de efeito estufa entre 1990 e 2019 e concluiu que os países mais ricos são os principais responsáveis pelas emissões globais. De acordo com a pesquisa, os 10% mais ricos da população global geraram quase 48% das emissões globais em 2019.
Outro estudo da Oxfam publicado em setembro de 2020 apontou que os 10% mais ricos da população mundial foram responsáveis por mais da metade (52%) das emissões de carbono entre 1990 e 2015.
“A fome, tema central da minha fala neste parlamento mundial 20 anos atrás, atinge hoje 735 milhões de seres humanos.” (FATO)
A declaração é #FATO. Veja por quê: Cerca de 735 milhões de pessoas em todo o mundo enfrentaram a fome em 2022, de acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) publicado em julho de 2023.
Também é verdade que Lula falou sobre fome na ONU há 20 anos. Em 2003, discursando frente à Assembleia Geral da ONU como presidente do Brasil pela primeira vez, Lula disse que erradicar a fome era uma prioridade.
“Precisamos engajar-nos política e materialmente na única guerra da qual sairemos todos vencedores: a guerra contra a fome e à miséria”, ele afirmou na ocasião.
“Naquela época [há 20 anos], o mundo ainda não havia se dado conta da gravidade da crise climática” (NÃO É ASSIM BEM)
NÃOÉBEMASSIM. Veja por quê: A crise climática já é discutida há muitas décadas no mundo. Há 31 anos, em 1992, por exemplo, a ONU realizou a ECO-92, no Rio de Janeiro. O evento marcou a criação da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) e a criação do Secretariado de Mudanças Climáticas da ONU. As 197 nações concordaram em estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera para evitar interferências perigosas da atividade humana no sistema climático.
A Convenção do Clima abriu caminho para todas as negociações que vêm acontecendo há três décadas para reduzir as emissões de gases que aquecem o planeta. Na prática, os países reconheceram pela primeira vez, na Rio-92, que precisavam buscar uma solução para o problema.
Além disso, foi assinado em 1997 o primeiro tratado para frear o aquecimento global: o Protocolo de Kyoto. Na ocasião, países industrializados e economias em transição se comprometeram a reduzir as emissões de gases de efeito estufa de acordo com metas individuais. O protocolo entrou em vigor em fevereiro de 2005.
“O mundo está cada vez mais desigual. Os dez maiores bilionários possuem mais riqueza que os 40% mais pobres da humanidade.” (FATO)
A declaração é #FATO. Veja por quê: O relatório “Lucrando com a dor”, da Oxfam, apontou no ano passado que os dez mais ricos do mundo têm mais riqueza que os 40% da população pobre, conforme indicou Lula no discurso na ONU. Esse percentual equivale a 3,1 bilhões de pessoas.
Também segundo o documento, existem no mundo cerca de 2,6 mil bilionários, com fortuna estimada de mais de 12,7 trilhões de dólares – 14% do PIB global. No relatório, a Oxfam mostra como as desigualdades atingiram patamares históricos depois da pandemia.
“Um trabalhador médio que está entre os 50% mais pobres da população mundial teria que trabalhar 112 anos para ganhar o que o topo da pirâmide recebe em apenas 1 ano”, constata a pesquisa.
“Ao longo dos últimos 8 meses, o desmatamento da Amazônia brasileira já foi reduzido em 48%.” (FATO)
A declaração é #FATO. Veja por quê: De janeiro a agosto de 2023, as áreas sob alertas de desmatamento na Amazônia diminuíram 48% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados do sistema de monitoramento por satélite Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
“87% da nossa energia elétrica provém de fontes limpas e renováveis. A geração de energia solar, eólica, biomassa, etanol e biodiesel cresce a cada ano.” (NÃO É BEM ASSIM)
NÃOÉBEMASSIM. Veja por quê: De fato, cerca de 87% da energia elétrica do Brasil é de fontes renováveis. Além disso, os últimos dados disponíveis mostram que a geração de energia solar, eólica, de biomassa e de etanol cresceu no país. Mas, diferente do que Lula disse, a produção de biodiesel caiu no ano passado.
Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), 87,5% da energia elétrica produzida no Brasil em 2022 veio de fontes renováveis, sendo 72,1% de hidrelétricas, 13,4% de energia eólica e 2% de energia solar. De janeiro a abril deste ano, a geração hidráulica, eólica e solar somadas responderam por 91,4%, na média, da energia elétrica distribuída pelo Sistema Interligado Nacional (SIN) à população.
Veja abaixo mais detalhes sobre a geração de cada tipo de energia citado pelo presidente:
Solar: No primeiro semestre de 2023, o Brasil superou a marca de 10 GW de capacidade de energia por fonte solar fotovoltaica nas usinas de grande porte, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Se somados os sistemas de geração própria (telhados de casa, por exemplo), o valor chega a 33 GW, um aumento de 30% em relação ao ano de 2022. Os números crescem desde o início da série histórica da Absolar, iniciada em 2012. Eólica: A capacidade de produção de energia eólica aumentou mais de seis vezes em dez anos, de 4 GW em 2013 para 29 GW em 2023, segundo medição da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica). Todos os anos da série histórica iniciada em 2005 apresentaram crescimento em relação ao ano anterior. Biomassa: Dados divulgados pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) apontam que houve um crescimento de 0,5% entre 2021 e 2022 na produção de biomassa. A expectativa do setor é que, até 2026, ocorra um acréscimo de 3%. Etanol: Ainda segundo a Unica, a produção de etanol na safra 23/24 alcançou 210,64 milhões de litros, contra 156,79 milhões de litros no mesmo período do ciclo 22/23. Isso representa um aumento de 34,35%. Biodiesel: O setor de Biodiesel, no entanto, não cresceu em 2022. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a produção em 2022 foi 7,6% inferior à de 2021. No total, foram produzidos 6,27 milhões de m³. Em 2021, este valor foi de 6,27 milhões de m³. Apesar do encolhimento, a expectativa é que o setor cresça 15% neste ano.
“Estamos na metade do período de implantação [da agenda 2030] e ainda muito distantes das metas definidas. A maior parte dos objetivos de desenvolvimento sustentável caminha em ritmo lento.” (FATO)
A declaração é #FATO. Veja por quê: De acordo com relatório publicado pela própria Nações Unidas em fevereiro deste ano, apenas um terço das 169 metas estabelecidas para atingir os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) está no caminho certo para ser alcançado até 2030.
A organização aponta que a pandemia da Covid-19 e as alterações climáticas foram atenuantes neste processo. Neste contexto, ações políticas são necessárias para atingir os dois terços restantes.
A ONU afirma que os ODS com mais risco de não serem alcançados são: acabar com a pobreza; reduzir desigualdades; cidades e comunidades sustentáveis; modificar a ação climática; e obter paz, justiça e instituições fortes.
No Brasil, o último Relatório Luz, promovido pela Fiocruz em Brasília, é de 2021 e aponta que houve retrocesso em ao menos 9 das 17 metas. O país retornou ao Mapa da Fome, teve crescimento da pobreza e regrediu em políticas de igualdade de gênero.
A alimentação equilibrada não envolve apenas grandes refeições saudáveis. Muitas pessoas acreditam que enquanto o café da manhã, o almoço e a janta forem baseados em alimentos bons para a saúde a escolha de lanches não precisa seguir a mesma regra. Um novo estudo mostra que essa não é a verdade.
Segundo pesquisadores do King’s College London, da Inglaterra, cerca de 1 a cada 4 adultos dos Estados Unidos consomem um ou mais lanches ao longo do dia. Já na Inglaterra, país onde o estudo foi realizado, 47% dos entrevistados afirmaram comer dois lanches por dia, enquanto 29% deles comiam com uma frequência maior.
No entanto, a descoberta que levantou uma preocupação nos cientistas é de que mais de 25% dos participantes fazem escolhas saudáveis para as refeições principais, mas preferem lanchar rotineiramente alimentos ultra processados e guloseimas açucaradas.
As escolhas “ruins” no momento de apenas beliscar antes das refeições está “ligado a um IMC (índice de massa corporal) mais elevado, maior massa de gordura visceral e maiores concentrações pós-prandiais – o período após a ingestão de uma refeição – de triglicerídeos, todos associados a doenças metabólicas, como acidente vascular cerebral, doenças cardiovasculares e obesidade”, escrevem os autores do estudo.
O horário em que se come também importa. Fazer “lanchinhos” após as 21h está associado à escolha por alimentos mais ricos em calorias, em gordura e açúcar. De acordo com os pesquisadores, os resultados dos biomarcadores (presentes no sangue) eram piores comparados às pessoas que comiam mais cedo, o que pode facilitar o aparecimento de doenças crônicas.
“Considerando que 95% de nós comem lanches e que quase um quarto de nossas calorias vêm de lanches, trocar lanches não saudáveis, como biscoitos, salgadinhos e bolos, por lanches saudáveis, como frutas e nozes, é uma maneira muito simples de melhorar sua saúde”, disse o sênior. autora Sarah Berry, pesquisadora do King’s College London, em comunicado.
Opções saudáveis
Ainda, segundo a pesquisa, nem todos os lanches devem ser evitados. Opções leves e saudáveis são a melhor escolha para investir na rotina quando já se preparam alimentações maiores de boa qualidade. É possível preparar em casa para sempre ter consigo na bolsa: nozes, frutas frescas, chips de legumes, sanduíches integrais, contendo frango e verduras, e iogurte grego, por exemplo.
“Como parte da dieta dos adultos, os lanches fornecem energia e ajudam a aumentar o consumo de nutrientes essenciais. A seleção estratégica de frutas, vegetais e laticínios com baixo teor de gordura como lanches pode ajudar a melhorar a qualidade da dieta”, escrevem os pesquisadores no estudo.
A Câmara Federal de Cassação Penal reabriu nesta semana dois processos contra a ex-presidente e atual vice da Argentina, Cristina Kirchner. Ela é acusada de lavagem de dinheiro, associação ilícita e de acobertar os responsáveis pelo atentado que deixou 85 mortos em 1994 em uma associação judaica.
O órgão ordenou a realização de julgamentos contra Kirchner pelos caos, mas os advogados da vice-presidente podem recorrer para a Corte Suprema de Justiça, segundo o jornal Clarín.
Sobre a acusação de lavagem de dinheiro, o tribunal revogou a decisão em favor de Kirchner e dos dois filhos, no caso conhecido como ‘Hotesur-Los Sauces’. Segundo a acusação, duas empresas da família Kirchner foram usadas para lavar milhões de dólares supostamente provenientes de recursos públicos.
A decisão da Câmara Federal de Cassação Penal excluiu a filha da ex-presidente na reabertura do processo.
Já a anulação da decisão sobre o acobertamento dos responsáveis do atentado de 1994, revoga a sentença de inocência de Kirchner, que, enquanto presidente, teria impulsionado a aprovação no Congresso de um acordo com o Irã de interrogar fora da Argentina os acusados pelo ataque.
Mais de 282 mil cirurgias de amputação de membros inferiores (pernas ou pés) foram realizadas no Sistema Único de Saúde (SUS) de janeiro de 2012 a maio de 2023.
Apenas no ano passado, os registros alcançaram a marca de 31.190 procedimentos realizados, o que significa que, a cada dia, pelo menos 85 brasileiros tiveram pés ou pernas amputados na rede pública.
Os dados fazem parte de um levantamento produzido pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), que alerta para o aumento desse tipo de procedimento em todo o país. De acordo com a entidade, há estados onde o volume de amputações aumentou mais do que 200% de 2012 para 2013.
“Os dados sugerem uma alta progressiva no número de amputações e desarticulações de membros inferiores no Brasil. O levantamento revela que os dados acumulados em 2023 projetam este ano como o pior da série histórica iniciada em 2012”, destacou a entidade.
“A probabilidade desses números serem superados em 2023 já é desenhada a partir dos dados dos 5 primeiros meses do ano. O levantamento aponta que pelo menos 12.753 cirurgias foram realizadas entre janeiro e maio deste ano, número superior aos 12.350 registros para o mesmo período de 2022”, alerta a entidade.
Diabetes O estudo também acende um alerta para os cuidados voltados às doenças vasculares, como a síndrome do pé diabético. Dados da SBACV mostram que mais da metade dos casos de amputações envolvem pessoas com diabetes.
No entanto, esse tipo de cirurgia em membros inferiores pode também estar relacionado a outros fatores de risco, como tabagismo, hipertensão arterial, dislipidemia, idade avançada, insuficiência renal crônica, estados de hipercoagubilidade e histórico familiar.
Outro dado preocupante apontado pela entidade envolve o desconhecimento por parte de pacientes sobre seu estado de saúde. No mundo, a estimativa é que uma em cada cinco pessoas não sabe que tem a doença. Com isso, muitos pacientes chegam ao consultório ou aos serviços de urgência já com complicações do quadro.
“Pacientes com diabetes e úlceras nos pés apresentam taxa de mortalidade duas vezes maior em comparação com pacientes diabéticos sem úlceras nos pés. Os submetidos à amputação maior de um membro inferior apresentam baixas taxas de sobrevida”, explica a entidade.
Dados mostram que cerca de 10% dos pacientes que amputam um membro inferior morrem no período perioperatório, que inclui a fase pré-operatória, a fase operatória e o pós-operatório.
Além disso, 30% morrem no primeiro ano após a amputação; 50% no terceiro ano; e 70%, no quinto. “Esse percentual pode ser maior em países em desenvolvimento, já que a procura por assistência médica costuma ocorrer quando a infecção da úlcera está avançada”.
Cenário nacional O acúmulo de procedimentos realizados de janeiro de 2012 a maio de 2023, em números absolutos, tem maior expressão nas regiões Sudeste e Nordeste. A primeira é responsável por mais de 42% de todas as cirurgias realizadas no Brasil, com um montante de 118.962 procedimentos. Já no Nordeste, 92.265 amputações ou desmobilizações de membros inferiores foram realizados nesse período. Na sequência, vêm o Sul, com 39.952 registros; o Norte, com 15.848; e o Centro-Oeste, com 15.546 registros.
Estados De acordo com o levantamento, o Alagoas foi a unidade federativa que mais sofreu alta no número de amputações, com crescimento de 214% na comparação entre o início e o fim da série histórica — um salto de 182 para 571 procedimentos.
Outros estados que registraram alterações expressivas no mesmo intervalo foram Ceará, com variação de 175%; Amazonas, com alta de 120%; e Bahia e Rondônia, com crescimento de 83% na comparação entre 2012 e 2022.
Em contrapartida, Roraima e Pernambuco foram os estados onde se observa a menor alta no mesmo método de análise, com crescimento de 12% e 18%, respectivamente.
Em números absolutos, os estados que mais executaram procedimentos de amputações de membros inferiores no SUS em 2022 foram São Paulo (59.114), Minas Gerais (29.851), Rio de Janeiro (24.465), Bahia (24.395), Pernambuco (18.523) e Rio Grande do Sul (16.269).
Já os estados com o menor número de registros são Amapá (376), Roraima (398), Acre (688), Tocantins (1.356) e Rondônia (1.606).
Despesas O estudo destaca que, além de representar um grave problema de saúde pública, o aumento no número de amputações traz fortes impactos aos cofres públicos, consumindo parte das verbas em saúde destinadas aos estados. Em 2022, foram gastos R$ 78,7 milhões em procedimentos desse tipo e, em toda a série histórica, foram gastos R$ 799 milhões, uma média nacional de R$ 2.962,28 por procedimento.
Prevenção “No caso do diabetes, cujos pacientes são as maiores vítimas das amputações, descuido que para algumas pessoas são pequenos podem levar a grandes problemas. Um pequeno ferimento pode resultar em infecção, que evolui para um caso grave de gangrena, levantando ao risco de amputação”, alerta a entidade.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular, o diabetes impacta a circulação sanguínea e gera o estreitamento das artérias, causando redução dos índices de oxigenação e nutrição dos tecidos. Além disso, deformações nos pés e alterações de sensibilidade aumentam a chance do surgimento de pequenos ferimentos e potencializam sua evolução para casos mais graves.
Estudos apontam que 85% das amputações que têm relação com o diabetes têm início com uma lesão nos pés, que poderia ser prevenida ou tratada corretamente, evitando complicações.
Diagnóstico A entidade considera que o atraso no diagnóstico da síndrome do pé diabético faz com que o paciente seja encaminhado ao especialista apenas quando o problema já está em estágio avançado.
Pessoas com diabetes devem estar atentas aos cuidados relacionados ao controle do nível glicêmico no sangue e aos sintomas que podem ser observados em autoexames realizados diariamente.
“Grande parte dessas amputações poderiam ter sido evitadas a partir de práticas de auto-observação. O paciente bem informado, que se examina com frequência, pode reconhecer a necessidade de uma intervenção precoce já nos primeiros sintomas. Identificar sinais de alerta precoces é imprescindível para reduzir a incidência de complicações”, recomenda.
Cuidados Algumas medidas, segundo a entidade, podem diminuir os riscos de complicações nos pés de pessoas diabéticas. Alimentar-se de forma equilibrada, praticar atividade física e manter o controle da glicemia, por exemplo, contribuem para uma melhora do sistema vascular como um todo.
O paciente com esse fator de risco também deve estar atento aos perigos de acidentes e adotar mudanças de comportamento, como evitar andar de pés descalços.
Confira outras medidas citadas pela entidade para a prevenção do pé diabético:
Não fazer compressas frias, mornas, quentes ou geladas nem escalda pés. Por causa da falta de sensibilidade acarretada pela neuropatia, o paciente pode não perceber lesões nos pés; Usar meias sem costuras ou com as costuras para fora. Assim, o paciente evita o atrito da parte áspera do tecido com a pele; Não remover cutículas das unhas dos pés. Qualquer machucado, por menor que seja, pode ser uma porta de entrada para infecções; Não usar sandálias com tiras entre os dedos; Cortar as unhas retas e acertar os cantos com lixa de unha, com o devido cuidado; Hidratar os pés, já que a pele ressecada favorece o surgimento de rachaduras e ferimentos; Nunca andar descalço. O paciente pode não sentir que o chão está quente ou que cortou o pé; Olhar sempre as plantas dos pés e tratar logo qualquer arranhão, rachadura ou ferimento. Se não conseguir fazer isso sozinho, pedir ajuda a um familiar ou amigo; Não usar sapatos apertados ou de bico fino; Tratar calosidades com profissionais de saúde; Olhar sempre o interior dos calçados antes de usá-los; Enxugar bem entre os dedos após o banho, a piscina ou praia.
A Shein anunciou que vai bancar o ICMS para os clientes nas compras internacionais de até US$ 50.
O que aconteceu A empresa recebeu a certificação do programa Remessa Conforme na última quinta-feira (14). Com a adesão ao programa do governo federal, as compras até US$ 50 ficam isentas de imposto de importação, mas pagam 17% de ICMS. As compras acima desse valor pagam 60% de imposto de importação, além do ICMS. O subsídio da Shein vale apenas para compras até US$ 50.
O Remessa Conforme começou a funcionar hoje no site da Shein, já com o subsídio do imposto. A compra também funciona pelo aplicativo, mas a recomendação da empresa é para que os consumidores atualizem o aplicativo para ter uma melhor experiência.
Para compensar o gasto com o imposto, a empresa está revendo seus processos logísticos a fim de economizar custos. Marcelo Claure, CEO da Shein na América Latina, diz que ainda não sabe até quando a empresa vai bancar o ICMS e que isso vai depender de quanto ela vai conseguir economizar em custos. “Vamos tentar manter isso pelo maior tempo possível”, disse.
A expectativa da Shein é que as compras cheguem mais rápido ao consumidor brasileiro. Isso porque o programa prevê tratamento aduaneiro mais ágil para as empresas que aderirem. “O tempo de entrega às vezes demorou muito. Agora a Shein vai ficar ainda mais competitiva”, diz Claure.
Para nós é muito importante poder regularizar os impostos. Mas o mais importante é não causar nenhum dano ao consumidor. Marcelo Claure, CEO da Shein para a América Latina
Entenda o Remessa Conforme A Shein é a terceira empresa de e-commerce a ser incluída no programa. Também já foram certificadas pelo governo no AliExpress e Sinerlog, que oferecem serviços para empresas como a Amazon. Segundo a Receita Federal, a Shopee e a Amazon fizeram pedido formal para entrar no programa. Elas serão comprovadas e a adesão será publicada no Diário Oficial da União.