Doria elogia Haddad na Fazenda: ‘mais positivo do que se esperava’

SP – POSSE/SP/JOÃO DORIA – CIDADES – O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB) (d), cumprimenta o ex-prefeito Fernando Haddad durante cerimônia de transferência de mandato, no Theatro Municipal de São Paulo, no centro da cidade, neste domingo. 01/01/2017 – Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO

O ex-governador de São Paulo João Doria (sem partido) elogiou a condução da economia pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, dizendo que há “mais resultados positivos do que se esperava”.

O que aconteceu
Doria e Haddad foram rivais na disputa pela prefeitura de São Paulo em 2016. Na eleição, Doria, então no PSDB, saiu vencedor. Durante a campanha, houve críticas trocadas pelos candidatos dos dois lados

Durante o evento do grupo Lide, em Londres, Doria disse que faz uma separação entre a época de campanha e hoje em dia.

Não estou em partido, não tenho vínculo político nem pretendo ter, tenho visão como empresário. E minha visão é que, nesses primeiros 100 dias, Fernando Haddad conseguiu mais resultados positivos do que se esperava.
João Doria

Eu separo campanha de governo. A campanha terminou, foi em 2016, disputai e venci a eleição, de forma respeitosa.
João Doria

Segundo ele, as visões sobre o arcabouço fiscal desenvolvido por Haddad foram positivas. Mas há pontos para serem ajustados. “De maneira geral, o arcabouço fiscal está bem construído. Talvez precisasse definir com mais clareza os limites do teto de gasto e os limites do governo em suas despesas definir”, disse.

Ele disse que os empresários esperavam que Haddad mais enraizado em “políticas estatizantes, sindicalistas”. Mas não é isso que Haddad tem feito, segundo sua avaliação

uol

Postado em 22 de abril de 2023

Tarcísio de Freitas: “Lula não tem plano para o Brasil”

Há quase um mês sofrendo com cólicas causadas por pedras nos rins, o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), de 47 anos, passou a intercalar a rotina no Palácio dos Bandeirantes com internações hospitalares. Em meio a despachos internos e reuniões, ele se prepara para uma terceira cirurgia, procedimento que fará em breve. O problema médico, no entanto, não alterou muito a rotina de trabalho e, como destaque próximo na agenda política, o ex-ministro receberá Jair Bolsonaroem um evento em Ribeirão Preto, no interior paulista, no início de maio. Dizendo-se grato ao ex-chefe, Tarcísio acredita que o nome do capitão continue forte no campo da direita, principalmente porque, em sua avaliação, o governo petista “não está sabendo aproveitar as janelas de oportunidade”. “ Lula não está entregando aquilo que o Brasil esperava”, afirma o governador, que recebeu uma reportagem de VEJA em seu gabinete. Além das críticas ao atual mandatário, Tarcísio falou de seus planos para o estado que comanda, com destaque para a grande agenda de privatizações. A seguir, os principais trechos.

Como está sua saúde? Tive esse susto das pedras no rim em Londres, no fim de março. É um problema que me atinge desde 1995. Sofro esporadicamente e estou fazendo um tratamento em algumas etapas para eliminar de vez o problema. Obviamente isso vai envolver mais cuidados com a saúde. Fiz um bombardeio nas pedras, mas elas não saíram. Agora passei por outro procedimento no sábado passado, 15, e devo encarar pelo menos mais um.

Após 100 dias de governo, o senhor foi bem avaliado pelo Datafolha, inclusive pelos consumidores de Fernando Haddad . Isso o surpreendeu? O caminho que estabelecemos, de buscar o desenvolvimento do estado de São Paulo, assim como aprender e dialogar, o que chamo de governo 3D, é um caminho certo. Isso traz a esperança nas pessoas de uma boa condução, independentemente da linha partidária, ideológica. As pessoas não votam em mim, mas acreditam que eu possa entregar resultados.

O senhor foi eleito com o apoio de Bolsonaro e dos apoiadores do ex-presidente. Ainda pode ser chamado de bolsonarista? Tenho relação de amizade e gratidão com o presidente Bolsonaro. Ele foi muito importante para mim. Me abriu uma porta que não era aberta para técnicos. Eu acredito muito no governo que ele fez. Sou liberal, acredito na busca pela iniciativa privada. E o fato de estar aqui eu devo exclusivamente ao Jair Bolsonaro.

Ainda se considera um bolsonarista? Sim claro.

A chegada de Bolsonaro dos Estados Unidos pareceu um pouco apagada. Como será o papel dele na oposição? Todos os presidentes que saíram do poder tiveram um período de reflexão e silêncio por um certo tempo. Mas a figura do Bolsonaro é muito forte. Vejo isso quando vou ao interior e estou na rua. Sempre aparece um para mandar um abraço para o capitão. Ele é um grande líder da direita brasileira. Vai continuar a ser relevante e também decisivo. Tenho certeza que ele terá papel muito importante na política nos próximos anos.

Avalia que decisões como a distribuição gratuita de canabidiol, também conhecida como maconha medicinal, representam uma espécie de traição ao eleitorado conservador que o apoia? Pessoalmente não sofri críticas, apenas alguns comentários isolados nas redes. Fui eleito com o público conservador, de centro-direita, e tenho uma pauta para São Paulo que estava muito clara. Quando sancionei o projeto do canabidiol, estava pensando em pessoas que têm esclerose múltipla, entre outras, que vão se beneficiar do fornecimento dos medicamentos que foram testados e aprovados, e que podem ser obtidos até sinteticamente. Não tem nada a ver com a questão das drogas.

Como se define, ideologicamente falando? Eu governo para todos e sempre fui coerente com o que falei. Nunca neguei que eu era favorável à vacina e contra a sua obrigatoriedade, por exemplo. Ninguém pode dizer que foi enganado por mim. Mantenho uma linha coerente. Em tempo de descrença, o cumprimento de promessa e compromisso é uma ferramenta poderosa.

Como acha que o centro e a direita enfrentarão Lula ou seu candidato em 2026? Observe que estamos diante de uma grande oportunidade, uma nova divisão de cadeias globais de produção, mas o governo não conseguiu mostrar como vai o desenvolvimento, como vai buscar a redução da desigualdade, o crescimento econômico, a redução da herança. Estamos com uma janela de oportunidade, uma avenida, e não estamos sabendo aproveitar. E, se não der resultado, o governo vai chegar fragilizado em 2026. Então obviamente a gente espera para ver o que vai acontecer e, se o governo não der resposta, o outro campo se fortalecer.

Se o ex-presidente se tornar inelegível e pedir para o senhor ser candidato a presidente em 2026, aceitaria, como fez para o governo de São Paulo no ano passado? Confio no Judiciário e confio que no final das contas ele pode e deve concluir pela inocência dele. Fui homenageado pela população e tenho planos importantes para o estado. Estou focado na gestão. Muita coisa vai se consolidar no longo prazo.

Mas e se o governo Lula der essas respostas, como a direita e o centro devem fazer para derrotar o candidato de Lula? Se for bem, a esquerda se torna mais competitiva. Só não enxerguei esse caminho ainda.

Que tal os primeiros meses da gestão Lula? Lula e seus aliados não tinham um plano para o Brasil e não conheciam ainda o que veio. Vimos a reedição de programas antigos e outros que foram repaginados. Só que o cenário de hoje é totalmente diferente. O que a gente quer ver ainda não foi exibido. Como o governo vai capturar as oportunidades que estão sendo geradas lá fora? Como o Brasil pode emergir como um grande destino de investimentos e de novas tecnologias? Como a gente vai mostrar para o mundo o nosso compromisso com a solvência, o nosso compromisso fiscal, que mostra a linha de redução da despesa? Se você não reduzir a despesa, lá na frente vai ter que aumentar o tributo. Isso não está claro para ninguém e vejo grande insegurança nos investidores.

Até agora o governo não conseguiu formar uma base no Congresso. Como prevê a vida do presidente daqui para a frente? Eles distribuíram 37 ministérios e até agora não conseguiram formar uma base sólida. Vão ter dificuldade na aprovação de medidas. Também vejo dificuldades em propostas de emendas à constituição e propostas mais psicológicas. É claro que existe disposição do Parlamento em ajudar o Brasil. Mas entendo que esse é um governo que terá muita dificuldade política, com um Parlamento mais autônomo e que conquistou o seu espaço. O governo está preso ao passado.

Os governos dos maiores estados têm se empenhado para vender o maior número possível de empresas. Enquanto isso, Lula caminha no sentido contrário, e até barrou a privatização do Porto de Santos, inspirado pelo senhor no Ministério da Infraestrutura. Foi uma derrota?Está claro qual o caminho que mobiliza capital em menos tempo, proporcionando governança e eficiência. A desmobilização de ativos é fundamental. Eu ainda acredito na privatização do Porto de Santos. Para mim, o projeto é redentor para a Baixada Santista. Estamos falando de dezenas de milhares de empregos diretos e indiretos que trariam perspectivas para a região. Quando conversei com o presidente Lula, ele disse que não tinha dogma e encararia o projeto desde que fosse benéfico. Tive uma conversa com o ministro Márcio França, dos Portos e Aeroportos, e há uma resistência muito grande da parte dele.

Então o assunto não foi totalmente descartado pelo governo federal, na sua avaliação? O governo federal excluiu algumas empresas do programa de concessões e privatizações, e o Porto de Santos não está na lista. Interpreto que a porta ainda está aberta.

Há algumas privatizações com potencial para resistências no horizonte, como a da Sabesp, maior empresa de saneamento básico do país. Acha que vai conseguir levar adiante? Espero que o estudo sobre a Sabesp aponte que possamos mobilizar muito capital em menos tempo, levando saneamento onde ele não chega atualmente. Quando alguém pensa que seu município, hoje atendido pela Sabesp, poderá perder investimentos em caso de privatização, isso é falso. Os contratos ficarão mais bem amarrados. Vamos levar mais saneamento básico para a Baixada Santista e para a região de Guarulhos, entre outras, além de assumir metas de despoluição dos rios Tietê e Pinheiros.

A preocupação com a segurança nunca foi tão grande e hoje o problema chegou com força às escolas. O que pode ser feito para evitar que não se repitam episódios como o de uma professora assassinada dentro da sala de aula em São Paulo por um aluno de 13 anos? De forma estrutural, vamos cuidar da saúde mental, com a contratação de psicólogos para atender alunos e profissionais da educação. Vamos também contratar segurança privada, com vigilantes desarmados. Não queremos transformar uma escola especificamente que ela não é. A escola tem que ser local de alegria, de barulho de criança. Não será local do medo, com detector de metal, não. Mas terá mais segurança.

Uma de suas prioridades de governo é combater a chaga da cracolândia do centro de São Paulo. Vários gestores tentaram fazer isso e fracassaram. O que o senhor fará de diferente? Queremos pegar essa pessoa que hoje sucumbe ao álcool e às drogas e primeiro tratá-la. Depois, ofereceremos oportunidades de trabalho. No estado, há falta de profissionais na indústria de celulose, na lavoura, na construção civil, por exemplo.

Sua imagem ficou marcada pela cena do senhor quase quebrando um martelo durante o pregão de um trecho do Rodoanel na B3. O vídeo viralizou nas redes. De onde saiu uma ideia? Surgiu de brincadeiras que fizeram durante os leilões nos tempos do ministério. Foram mais de 80, e em todos havia essa competição para quebrar o martelo do seu Osni Branco, que é o artesão que o fabrica. Mas o objeto foi muito reforçado, então eu vou pensar em desistir da ideia ( risos ).

VEJA

Postado em 22 de abril de 2023

Ex-ministro do GSI Gonçalves Dias diz que não tem responsabilidade por atos de 8 de janeiro

O general Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do presidente Lula (PT), afirmou nesta sexta-feira (21) que não tem qualquer responsabilidade sobre os atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília. O oficial prestou depoimento na Polícia Federal ao longo de 5 horas, após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

“O comparecimento na sede da Polícia Federal é, para mim, uma grande oportunidade de esclarecer os fatos que têm sido explorados na imprensa”, escreveu Dias, em mensagem enviada ao Estadão após a oitiva. “Confio na investigação e na Justiça, que apontarão que eu não tenho qualquer responsabilidade seja omissiva ou comissiva nos fatos do dia 8 de janeiro”, acrescentou o ex-ministro de Lula.

G Dias, como é conhecido, chegou na sede da Polícia Federal, na região central de Brasília, por volta de 8h50, e saiu às 13h30. Moraes determinou o depoimento do ex-ministro de Lula após a CNN Brasil divulgar na quarta-feira (19) imagens internas do Palácio do Planalto que mostram integrantes do GSI interagindo com os golpistas que invadiram o prédio em 8 de janeiro. O vídeo mostra G Dias circulando no andar do gabinete presidencial e indicando a saída do prédio aos invasores. Um dos servidores do órgão chega a distribuir garrafas de água aos extremistas.

Ao determinar pelo depoimento, Moraes apontou que as imagens revelam uma “atuação incompetente das autoridades responsáveis pela segurança interna do Palácio do Planalto, inclusive com a ilícita e conivente omissão de diversos agentes do GSI”.

Em nota, o GSI explicou que “as imagens divulgadas mostram a atuação dos agentes de segurança que foi, em um primeiro momento, no sentido de evacuar os quarto e terceiro pisos do Palácio do Planalto, concentrando os manifestantes no segundo andar, onde, após aguardar o reforço do pelotão de choque da PM/DF, foi possível realizar a prisão dos mesmos”.

O general pediu exoneração do governo no mesmo dia da divulgação das imagens. Na ocasião, G Dias conversou com Lula e outros ministros palacianos. O presidente atendeu o pedido.

De acordo com a colunista Vera Rosa, do Estadão, o governo foi surpreendido com a divulgação das imagens. Isso porque Lula chegou a pedir a G Dias, segundo relatos de ministros do Planalto, acesso à câmera do circuito interno posicionada para o corredor que dá no gabinete presidencial, no Planalto. O então chefe do GSI alegou, contudo, que a câmera estava quebrada e por esse motivo não havia imagens daquele local durante a depredação em 8 de janeiro.

O Estadão também mostrou que o governo Lula negou ao menos oito pedidos de acesso às imagens do circuito interno do Planalto no dia dos ataques. Essas solicitações foram protocoladas no âmbito da Lei de Acesso à Informação (LAI). A gestão petista tentou impor sigilo de cinco anos sobre o material.

Seu dinheiro

Postado em 22 de abril de 2023

Moraes determina quebra de sigilo de todas as imagens do circuito interno do Planalto em 8/1

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (21) a quebra de sigilo da divulgação das imagens do dia 8 de janeiro das câmeras de vigilância do Palácio do Planalto que estejam em poder do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Moraes determinou o envio ao STF, em até 48 horas, de “todo o material existente”.

O ministro também determinou que a Polícia Federal (PF) colha os depoimentos, em até 48 horas, de todos os servidores do GSI que são identificados nas imagens internas do Palácio do Planalto na data dos atos de 8 de janeiro. O objetivo da medida é avaliar “condutas individuais”.

“Como havia determinado anteriormente, em decisão de 8/01/2023, para elucidação das responsabilidades criminais dos envolvidos nos crimes objeto desta investigação, é necessária a vinda aos autos de todas as imagens que auxiliem na identificação dos responsáveis”, disse Moraes.

O GSI havia informado ao ministro que as imagens estavam sob sigilo devido a investigação interna sobre atuação de integrantes do órgão. O próprio GSI pediu que Moraes determinasse sobre a possibilidade de divulgação do material, diante de pedidos feitos via Lei de Acesso à Informação.

Para o magistrado, não há no caso “qualquer excepcionalidade” sobre a necessidade de publicidade e transparência. O ministro disse não ser possível, com base na Lei de Acesso à Informação, a “manutenção da vedação de divulgação de todas – absolutamente todas – as imagens verificadas na ocasião do nefasto e criminoso atentado à Democracia e ao Estado de Direito, ocorrido em 08/01/2023, especialmente àquelas decorrentes de veiculação pela imprensa no interior do Palácio do Planalto com a presença de autoridade e servidores do GSI”.

Imagens divulgadas pela CNN mostram o então ministro do GSI Gonçalves Dias no Planalto durante ataque aos Três Poderes. O ministro aparece caminhando pelo mesmo corredor com alguns invasores. Em seguida, surgem nas imagens outros integrantes do GSI, que parecem indicar também o caminho de saída para os invasores que estavam no terceiro andar do Palácio do Planalto.

As imagens levaram Dias a pedir demissão em 19 de abril. Em seu lugar, assumiu de forma interina o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli.

Moraes mandou Cappelli enviar cópia da sindicância instaurada no órgão para apuração das condutas dos agentes públicos civis e militares envolvidos nos fatos.

Conforme o GSI informou a Moraes, a sindicância foi instaurada em 26 de janeiro e tem previsão de conclusão até 31 de maio.

CNN

Postado em 22 de abril de 2023

SP tem menor temperatura do ano e frio segue no Sul e Sudeste no fim de semana; veja previsão

O feriado de Tiradentes, celebrado nesta sexta-feira, 21, deu a largada oficial para o outono, marcando os dias mais gelados registrados em diversas regiões do País em 2023. Na madrugada desta sexta-feira, São Paulo registrou a menor temperatura mínima do ano, com 11,3°C, sendo a segunda menor marcação para o mês de abril, perdendo apenas para a madrugada do de 27 de abril de 2004, de acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura de São Paulo.

A razão para a queda nas temperaturas é a atuação de uma forte massa de ar polar que se espalhou pelo centro-sul, afetando principalmente São Paulo e os Estados do Sul. De acordo com a Climatempo, a baixa nebulosidade na madrugada também colaborou para o esfriamento.

Antes do amanhecer, as estações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em São José dos Ausentes (RS) e Bom Jardim da Serra (SC) registraram temperaturas de 5,1°C e 4,3°C, respectivamente. Além disso, termômetros da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) marcaram 0,1°C às 3h em Urupema, na serra catarinense.

Segundo a Climatempo, essa massa de ar frio de origem polar também afeta Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio De Janeiro e, mesmo que de forma mais suavizada, até mesmo no sul de Rondônia.

Mesmo com o predomínio do sol no Sul, a manhã desta sexta-feira começou fria. Em Curitiba, os termômetros estavam na casa dos 9°C às 8h. Já em Porto Alegre (RS), no mesmo horário, o registro era de 11ºC, de acordo com a Climatempo.

Em São Paulo, a manhã iniciou com céu nublado, com os termômetros das estações meteorológicas do CGE da Prefeitura de São Paulo em torno dos 11ºC. Com a chegada do sol, as temperaturas subiram durante à tarde, mas ainda de forma amena. De acordo com o Inmet, a máxima prevista para hoje na capital paulista não deve ultrapassar a marca dos 22ºC.

Próximos dias

Embora o dia mais frio do feriado prolongado seja a sexta-feira, o ar frio de origem polar seguirá atuando no fim de semana, provocando temperaturas baixas especialmente entre a noite e o início da manhã.

Em São Paulo, durante o fim de semana, a presença do sol seguirá constante, mantendo temperaturas amenas. Os termômetros devem marcar entre 12°C na madrugada e 24°C à tarde, no sábado, e mínima de 13°C ao amanhecer e máxima de 23°C à tarde no domingo, segundo o CGE da Prefeitura de São Paulo.

No Sul, uma frente fria pode deixar o céu nublado no sábado, mas sem previsão de chuva. As temperaturas seguem baixas no início da manhã, mas são elevadas à tarde, variando entre 12ºC e 25ºC nas capitais. No domingo, há possibilidade de garoa, com exceção de Porto Alegre, que terá tempo firme e uma breve sensação de calor, com termômetros que chegam a 25ºC à tarde.

Veja a previsão de temperatura para os próximos dias em algumas capitais, de acordo com a Climatempo:

SÁBADO

São Paulo: variação entre 13º e 24ºC

Rio de Janeiro: variação entre 16º e 29ºC

Vitória: variação entre 16º e 29ºC

Porto Alegre: variação entre 13º e 26ºC

Curitiba: variação entre 12º e 22ºC

Florianópolis: variação entre 16º e 25ºC

Salvador: variação entre 24º e 29ºC

Cuiabá: variação entre 20º e 32ºC

Belo Horizonte: variação entre 15º e 25ºC

Natal: variação entre 25º e 31ºC

Porto Velho: variação entre 22º e 29ºC

DOMINGO

São Paulo: variação entre 15º e 24ºC

Rio de Janeiro: variação entre 18º e 28ºC

Vitória: variação entre 18º e 28ºC

Porto Alegre: variação entre 14º e 26ºC

Curitiba: variação entre 13º e 21ºC

Florianópolis: variação entre 17º e 25ºC

Salvador: variação entre 24º e 28ºC

Cuiabá: variação entre 21º e 32ºC

Belo Horizonte: variação entre 16º e 26ºC

Natal: variação entre 24º e 31ºC

Porto Velho: variação entre 23º e 28ºC

GZH

Postado em 22 de abril de 2023

RN arrecadou R$ 667 milhões em março, mesmo com ataques

O Governo do Estado recolheu R$ 667 milhões em receitas próprias no mês de março, mesmo com a crise na segurança pública provocada por ataques criminosos durante dez dias e que afetaram a economia do estado, especialmente da capital. O valor representa um crescimento de 5,4% no comparativo com o mesmo mês do ano passado. O principal responsável por essa alta foi o recolhimento de ICMS, que registrou aumento nominal de 4,1% no mês, chegando a 615 milhões arrecadados. Considerando a inflação do período, a arrecadação teve alta real inferior a 1%.

Os dados foram divulgados pela Secretaria Estadual de Tributação (SET-RN), nesta quinta-feira (20), quando foi publicada a 41ª edição do Boletim Mensal de Atividades Econômicas, estudo que é feito mensalmente pela Secretaria e cujas edições estão disponíveis para consulta no site www.set.rn.gov.br/.

Segundo o IBGE, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPVA), indicador que mede a inflação oficial no Brasil, registrou uma variação, acumulada nos últimos 12 meses, de 4,65%. Por isso, o crescimento dos valores recolhidos não ultrapassou 0,75%. Já a arrecadação de ICMS, descontando o impacto da inflação, acabou em queda de 0,55% ao invés de crescimento.

O secretário estadual de Tributação, Carlos Eduardo Xavier, explica que o resultado no recolhimento do principal tributo do Rio Grande do Norte foi impactado positivamente por ações de monitoramento setorial, realizadas pela Subcoordenadoria de Fiscalizações Estratégicas, Substituição Tributária e Comércio Exterior (SUSCOMEX) da SET.

A equipe de auditores e técnicos do setor fizeram uma varredura na área de combustíveis utilizando ferramentas de Business Intelligence (BI) e identificaram irregularidades. Esse trabalho resultou na recuperação de volumes de recursos que seriam sonegados dos cofres públicos do estado.
O comércio varejista do Rio Grande do Norte vem apresentando bons resultados de vendas desde o início do ano. O setor lidera em termos de volume de negociações realizadas ao encerrar março com um crescimento de 9,3% em relação ao mês anterior. No total, foram mais de 31,7 milhões de operações efetuadas no mês passado. Isso equivale a um faturamento da ordem de R$ 3,4 bilhões para as empresas do segmento. No comparativo com o ano passado, o volume é ainda maior, 14% a mais do montante que entrou no caixa desses estabelecimentos.

De acordo com o informativo da SET, o volume total movimentado pelos setores em atividade no estado chegou a mais de R$ 13 bilhões no terceiro mês do ano. Além do varejo, o segmento com a segunda maior contribuição para esse resultado foi o atacado que faturou R$ 2,2 bilhões, seguido da indústria de transformação, que obteve um volume movimentado da ordem de R$ 1,9 bilhão. Já o setor de comercialização e distribuição de combustíveis aparece na quarta posição com um faturamento mais de R$ 1,7 bilhão em março.

Geralmente, os combustíveis ocupam a terceira posição no ranking de faturamento mensal, porém, no mês passado, as vendas totais caíram 9,8% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em relação ao consumo desses produtos, etanol foi o único a manter estabilidade, enquanto a gasolina e o diesel tiveram elevação no consumo, subindo de 45 milhões para 50 milhões de litros vendidos, no caso da gasolina, entre março de 2022 e março deste ano. No mesmo intervalo, o volume consumido de diesel passou de 37 milhões para 40 milhões de litros.

Tribuna do Norte

Postado em 22 de abril de 2023

Governo Lula sinaliza ao MST novo programa de reforma agrária em maio

O governo Lula sinalizou nesta quarta-feira (19/4) ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que lançará um programa nacional de reforma agrária no próximo mês. A promessa, feita em uma reunião mais cedo no Planalto, abre caminho para que o MST desocupe uma área controlada pela Embrapa, em Pernambuco, e pela empresa Suzano, no Espírito Santo.

Cerca de 20 integrantes do MST conversaram com Márcio Macedo, ministro da Secretaria-Geral da Presidência, e Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário. Entre as lideranças do MST presentes estavam João Paulo Rodrigues, Ceres Hadich e Jaime Amorim.

O encontro no Planalto foi uma inflexão na postura do governo Lula, vocalizada até então por Teixeira, que havia endurecido as negociações.

Segundo relatos da reunião, o Planalto lançará o programa nacional de reforma agrária em maio. Terá o desenho de uma política pública completa, como orçamento, medidas e cronogramas. Para o MST, essa perspectiva levará à desocupação dos acampamentos em Pernambuco e no Espírito Santo, que vinha sendo atacada por integrantes do governo e a bancada ruralista.

O MST avalia que teve um “Abril de lutas” vitorioso. Segundo lideranças, o grupo conseguiu recuperar o debate da reforma agrária, fazer atos pacíficos em 18 estados e reafirmar o apoio a Lula.

Metropoles

Postado em 22 de abril de 2023

Governo demite coronel que chamou Lula de “hipócrita”

O governo Lula anunciou nesta quinta-feira (20/4) que demitirá da estatal Infra S.A. o coronel Sergio de Souza Alves, que nas redes sociais chamou o presidente de “hipócrita”, endossou atos golpistas e compartilhou mentiras sobre o governo. Mais cedo, a coluna havia publicado os ataques do coronel nas redes sociais.

O Ministério dos Transportes afirmou que determinou a demissão de Alves assim que soube das manifestações do coronel. Segundo a pasta, a Infra também foi surpreendida.

No início da tarde, a coluna mostrou que o governo Lula havia dado nesta semana um cargo de confiança na Infra ao coronel, que chamou o presidente de “hipócrita” e “molusco”. Nas redes, o militar celebrou bolsonaristas que pediam um golpe de Estado em frente a um quartel e teve três posts marcados como falsos pelo Facebook. Todos mentiam sobre Lula.

Alves trabalhava como gerente no gabinete do presidente da Infra, Jorge Luiz Macedo, que assumiu o posto no mês passado. A firma resultou da junção da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), conhecida como estatal do trem-bala, e a Valec. A Infra cuida de obras de transporte.

Metropoles

Postado em 22 de abril de 2023

Governo quer Renan Calheiros ou Omar Aziz no comando da CPMI do 8 de janeiro

O governo entrou em campo para articular o senador Renan Calheiros, do MDB de Alagoas, ou o senador Omar Aziz, do PSD do Amazonas, na presidência da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro.

Também existe a possibilidade de um dos senadores ficar com a relatoria da CPMI, caso a presidência fique com a Câmara dos Deputados.

O Palácio do Planalto conta com a experiência de ambos em CPIs para o cargo-chave que cabe ao Senado. Em CPMIs, eles são divididos entre as duas Casas.

Muitas das parcerias da CPI da Pandemia devem se repetir na CPMI do 8 de janeiro, e é provável que a maioria dos integrantes do antigo G7, que comandava a CPMI, estejam indicados pelo governo na nova comissão.

Metropoles

Postado em 22 de abril de 2023

Fundador da Natura diz que governo Lula está “bastante decepcionante”

O empresário Pedro Passos, fundador e conselheiro da Natura, afirmou que o início do governo Lula foi “bastante decepcionante”. Passos votou em Lula no segundo turno da eleição, mas mostrou contrariedade com as falas do petista sobre a guerra na Ucrânia e com a lentidão na área ambiental.

“O capital político do Brasil pode ser erodido se o governo não adotar postura mais pragmática, mais neutra, nas relações comerciais entre Estados Unidos e China e no conflito entre Rússia e Ucrânia”, disse Passos.

As declarações foram dadas na terça-feira (18/4), em evento organizado pelo movimento Livres, em São Paulo. Passos também criticou a falta de projetos concretos do governo para a área ambiental.

“Tinha a expectativa de que esse governo sinalizaria mais na área ambiental. Está demorando muito. Como vamos direcionar os esforços da economia brasileira para a descarbonização, por exemplo? Tenho a impressão que o acordo [de livre comércio] com a União Europeia também está demorando por questões ambientais. Hoje, a parte ambiental tem um papel muito relevante, e o Brasil tem condições de se apropriar dessa agenda”, declarou Passos.

Metropoles

Postado em 22 de abril de 2023

Lula está decidido a tirar GSI da mão de militares

Lula está decidido a tirar de vez o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da mão de militares, tornando o ministério definitivamente comandado por um civil.

Atualmente, o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, está interinamente à frente do GSI. Lula não tem pressa em fazer a substituição, mas tem dito que não pensa em nenhum militar para a função.

Na maioria das democracias do mundo, estruturas semelhantes ao GSI são comandadas por civis, inclusive para se ter uma separação das Forças Armadas.

Caso Lula mantenha esse desejo, nenhum dos 37 ministérios terá um militar à frente.

Metropoles

Postado em 22 de abril de 2023

Concurso público para servidor do TJRN tem quase 55 mil inscritos

Quase 55 mil pessoas estão inscritas no concurso público do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte para provimento de 229 vagas de servidor e formação de cadastro de reserva. Ao todo, foram registradas 54.842 inscrições, sendo 10.690 candidatos isentos e 44.152 pagantes. A expectativa é que a Fundação Getúlio Vargas (FGV), banca organizadora do certame, divulgue a concorrência final na data provável de 27 de abril.

Ao todo, o concurso do TJRN oferta 229 vagas, além de cadastro de reserva, e os salários iniciais variam de R$ 3.974,08 a R$ 7.301,18. Foram lançados três editais, contemplando níveis médio e superior.

No primeiro edital estão sendo ofertadas 32 vagas para o cargo de Analista Judiciário – Apoio especializado e duas vagas para o cargo de Oficial de Justiça – com remuneração inicial de R$ 6.637,44. Já no segundo edital estão sendo ofertadas 35 vagas para o cargo de Analista Judiciário – Apoio Especializado em Tecnologia de Informação. A remuneração inicial é de R$ 7.301,18. E no terceiro edital estão sendo ofertadas 160 vagas para o cargo de Técnico Judiciário – Área Judiciária. A remuneração inicial é de R$ 3.974,08.

Provas

As provas objetiva de múltipla escolha e a de escrita discursiva, ambas de caráter eliminatório e classificatório, para os cargos de Analista Judiciário – Apoio especializado, Oficial de Justiça e Analista Judiciário – Apoio Especializado em Tecnologia de Informação serão realizadas em Natal, Mossoró e Caicó, no dia 4 de junho de 2023, das 8h às 13h, segundo o horário oficial de Brasília.

Já a prova objetiva de múltipla escolha e a escrita discursiva, ambas de caráter eliminatório e classificatório, para o cargo de Técnico Judiciário – Área Judiciária serão realizadas em Natal, Mossoró e Caicó, no dia 11 de junho de 2023, das 8h às 12h30, segundo o horário oficial de Brasília.

Os locais para realização da Prova Objetiva e da Prova Escrita Discursiva serão divulgados no endereço eletrônico https://conhecimento.fgv.br/concursos/tjrn2023.

Reforço no quadro de profissionais

O concurso será realizado duas décadas após o último certame de acesso à carreira do serviço público da instituição judiciária. A visão institucional predominante é reforçar o quadro profissional da instituição na área da Tecnologia da Informação; suprir a falta de pessoal em unidades de primeira instância no interior; e a necessidade de implantação de uma nova política de gestão de pessoas, para garantir a excelência na prestação de serviço aos cidadãos.

Os novos servidores ingressarão sob a égide do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), aprovado em lei pela Assembleia Legislativa em 21 de junho de 2022. O plano substituiu a Lei Complementar Estadual nº 242/2002.

Tribuna do Norte

Postado em 21 de abril de 2023

Jogo do ABC X América é adiado por problemas elétricos em torre de iluminação do Frasqueirão

O clássico América X ABC, marcado para ocorrer às 20h desta quinta-feira, foi adiado por problemas elétricos em uma torre de iluminação do estádio Maria Lamas Farache (Frasqueirão). A partida seria válida pela última rodada do quadrangular.A nova data ainda será anunciada pela FNF ou até mesmo pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD).

O anúncio do cancelamento da partida só foi anunciado às 21h45, horário que deveria está sendo encerrado o segundo tempo. Frustração para o torcedor, que sofreu durante quase 90 minutos, sem nenhuma expectativa de começo da partida.

Em nota enviada à imprensa, o ABC explicou a situação e falou o motivo da partida não ter sido realizada e pediu desculpas.

“O ABC Futebol Clube vem por meio desta, esclarecer os fatos que impossibilitaram a realização da partida entre ABC e América, válida pela 6ª rodada da segunda fase do Campeonato Potiguar 2023.

Como de costume, a equipe de manutenção do Estádio Frasqueirão realizou testes nas quatro torres de iluminação duas horas antes da abertura dos portões e nenhum defeito foi encontrado.

Acontece que, momentos antes do início do aquecimento das duas equipes, a torre de iluminação localizada entre os módulos 2 e 4 apresentou defeito e, após a avaliação do técnico, foi constatado um problema no disjuntor.

O clube tentou de todas as maneiras solucionar o problema, mas existia a necessidade de utilização de equipamentos específicos e que demandaria mais tempo.

Desta forma, a equipe de manutenção do estádio informou à arbitragem sobre a real situação. Provido desta informação, o quadro de arbitragem se reuniu com os representantes da FNF e dos clubes, e decidiu pela não realização da partida.

Agora, aguardamos a decisão do corpo técnico da FNF.

Informamos ainda que, a diretoria já está tomando todas as providências para realizar o reparo do defeito apresentado e garante que tudo estará normalizado para os próximos jogos.

Aos torcedores abecedistas que adquiriram o ingresso para a partida, poderão realizar a troca do mesmo por ingresso para qualquer outro jogo do ABC, no Frasqueirão, em 2023.

Pedimos desculpas e contamos com a compreensão de todos.”

Tribuna do Norte

Postado em 21 de abril de 2023

PF marca depoimento de Bolsonaro sobre atos antidemocráticos de 8/1

A Polícia Federal marcou para a próxima quarta-feira (26/4) a oitiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a participação dele nos ataques aos prédios dos Três Poderes da República em 8 de janeiro.

Bolsonaro é investigado no âmbito do inquérito que apura os instigadores e autores intelectuais dos atos antidemocráticos. A informação sobre a audiência do ex-mandatário foi dada pelo colunista Lauro Jardim, de O Globo.

Foi a Procuradoria-Geral da República (PGR) que pediu a oitiva de Bolsonaro, na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes determinou que fosse marcada uma data dentro de 10 dias.

Essa será a segunda vez neste mês que Bolsonaro presta depoimento à PF. Em 5 de abril, o mandatário foi à sede da corporação para explicar sobre as joias que ganhou de presente da Arábia Saudita.

Metrópoles

Postado em 21 de abril de 2023

Índia reduz disparidades sociais e coleciona triunfos – em ritmo chinês

Dona de uma impressionante coleção de títulos vistosos, a China acaba de perder um deles — a de nação mais populosa do planeta, que manteve séculos. Segundo cálculos da ONU, na sexta-feira 14 a Índia, maior rival dos chineses na Ásia, conquistaria o topo do pódio, contabilizando exatos 1 425 775 850 habitantes. A nova mudança vai muito além da cifra de dez dígitos. Dando mostras de que está sabendo aproveitar as benesses do bônus demográfico — a janela de oportunidades em que a fatia populacional apta a trabalhar é maior do que a não produtiva —, a Índia reduz suas disparidades sociais e coleciona estatísticas positivas em ritmo, digamos, chinês . Ao longo da última década, a economia indiana se expandiu 40% e o PIB atingiu 3,5 trilhões de dólares anuais, o quinto maior do planeta, desbancando inclusive o do Reino Unido, de quem foi colônia. Estima-se que até o fim da década o país chegará ao terceiro lugar, atrás apenas de EUA e China, como resultado da injeção de 30 bilhões de dólares em áreas prioritárias, como as de semicondutores e tecnologias de baixo carbono.

A mudança demográfica tem origem na forma com que indianos e chineses lidaram com a superpopulação nos anos 1970. Enquanto o Partido Comunista Chinês baixava a desastrosa obrigatoriedade do filho único, os indianos optam por políticas democráticas de planejamento familiar, com vasta campanha de esclarecimento e distribuição gratuita de preservativos e anticoncepcionais. A fertilidade baixou gradativamente até chegar ao nível atual de 2% ao ano, alto para os padrões ocidentais, mas longe de provocar uma explosão populacional temida no passado. Quando atingir o pico de habitantes, provavelmente em 2064, a Índia terá 1,7 bilhão de pessoas, 50% a mais do que a China — onde o estímulo a famílias maiores chegou tarde demais e, no ano passado, foi registrado a primeira queda na população em sessenta anos. “As políticas indianas foram muito mais engenhosas porque vão permitir um longo período de transição demográfica. Isso é muito benéfico à economia”, diz Tim Dyson, demógrafo da London School of Economics.

No mundo, hoje, uma em cada cinco pessoas com menos de 25 anos está na Índia. Mais promissor ainda, trata-se de uma força de trabalho instruída — só os cursos de engenharia formam meio milhão de novos profissionais engajados — e capacitada para irrigar setores estratégicos. Na área de infraestrutura, a péssima conexão entre as cidades vem sendo superada com a construção de 10 000 milhas de novas rodovias todo ano, enquanto a malha elétrica, notoriamente decrépita e superlotada, ganha o reforço de locomotivas de alta velocidade, incluindo trens-bala japoneses. No meio digital crucial, a Índia é responsável por 15% de todos os serviços de tecnologia da informação prestados no mundo e soma 108 unicórnios, como são chamadas as startups que atingem o valor de 1 bilhão de dólares, antes de abrirem capital.

Não bastasse o turbilhão desenvolvimentista interno, a Índia, historicamente equidistante das duas potências atuais mas atolada em uma eterna disputa com Pequim em torno da região da Caxemira, encontra-se em posição particularmente promissora para atrair investimentos internacionais e vem facilitar a instalação de empresas e fábricas ocidentais interessadas em fugir da rixa entre americanos e chineses. Muito a propósito, a Apple, com a presença do CEO Tim Cook em pessoa — que cogita transferir para lá etapas da fabricação de seus produtos —, inaugura neste mês, com dois dias de intervalo, suas primeiras compras na Índia, em Mumbai e Nova Délhi.

A pujança econômica contrasta com o retrocesso político comandado pelo primeiro-ministro Narendra Modi, populista de direita à moda antiga que desfrutava de grande popularidade graças à farta distribuição de agrados e à incitação do nacionalismo na maioria hindu. Modi manipular a Justiça com a promoção e o ostracismo de juízes e assim, por meio de mandados e buscas supostamente legais, consegue controlar a imprensa e prisões civis. Rahul Gandhi, líder do Congresso Nacional, que governou o país por décadas e está à frente do principal partido de oposição, foi condenado neste mês a dois anos de prisão por ter insinuado, na campanha de 2019, que Modi é sinônimo de ladrão; ele aguarda o julgamento de recurso em liberdade, mas pode ser impedido de disputar a eleição de 2024. Uma Lei de Segurança Pública autoriza a prisão preventiva de suspeitos de atos contra o governo por até dois anos. A minoria muçulmana — 15% da população, ou 200 milhões de pessoas — é perseguida e atacada, em um clima de tensão religiosa permanente. Livros escolares foram reescritos, para extirpar a herança islâmica na história. Recentemente, um deputado do BJP, o partido de Modi, defendeu a demolição do Taj Mahal, extraordinariamente mausoléu que é patrimônio da humanidade e foi erguido no período de dominação muçulmana da região. Equilibrando-se entre o avanço e o retrocesso, a Índia vai desbravando o seu futuro. para extirpar a herança islâmica na história. Recentemente, um deputado do BJP, o partido de Modi, defendeu a demolição do Taj Mahal, extraordinariamente mausoléu que é patrimônio da humanidade e foi erguido no período de dominação muçulmana da região. Equilibrando-se entre o avanço e o retrocesso, a Índia vai desbravando o seu futuro. para extirpar a herança islâmica na história. Recentemente, um deputado do BJP, o partido de Modi, defendeu a demolição do Taj Mahal, extraordinariamente mausoléu que é patrimônio da humanidade e foi erguido no período de dominação muçulmana da região. Equilibrando-se entre o avanço e o retrocesso, a Índia vai desbravando o seu futuro.

VEJA

Postado em 21 de abril de 2023