O vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro da Defesa, José Múcio, receberão um prêmio do Sindicato Nacional das Indústrias de Materiais de Defesa na quarta-feira (11/4). Em 2019, os agraciados com o prêmio General Joaquim de Souza Mursa foram Jair Bolsonaro e os generais Villas Bôas e Walter Braga Netto.
O prêmio homenageia personalidades governamentais ou não que contribuem para a Base Industrial de Defesa (BID). A cerimônia acontecerá no Rio de Janeiro, durante a maior feira de defesa e segurança da América Latina.
O sindicato considera que Múcio foi um importante ator para a pacificação do país após as eleições e que fez esforços para o relacionamento das Forças Armadas com a sociedade. Já Alckmin será homenageado por ter aceitado a vice-presidência de Lula, concretizando “um arco de alianças”.
Na última campanha à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva declarou que, frente ao desafio de montar a sua futura base em um Congresso que saiu das urnas mais inclinado à direita, daria cabo da tarefa por meio de muita conversa com todos os partidos . O esforço tentaria passar ao largo das estratégias adotadas em suas gestões anteriores, quando a busca de apoio no Legislativo acabou desembocando em escândalos como mensalão e petrolão. Passados quase 100 dias desde a posse e com os novos deputados e senadores já há dois meses nos seus postos, a situação, no entanto, se mostra bastante nebulosa, com muitas dúvidas sobre o tamanho real da tropa governista — o que cria algum pensamento sobre a capacidade de aprovar medidas cruciais para o mandatário, como o novo arcabouço fiscal e a reforma tributária.
O que já estava confuso ficou ainda mais embaçado nos últimos dias com uma movimentação de deputados que não estava no radar: a formação de um bloco na Câmara com 142 deputados e cinco partidos, que já nasceu com tamanho suficiente (mais de um quarto dos 513 parlamentares) para ser protagonista no jogo legislativo. Formado por MDB, PSD, Republicanos, Podemos e PSC, o grupo já é maior que o bloco de partidos de esquerda que deu sustentação a Lula na campanha e praticamente se iguala à soma da dupla PL-PP, as legendas que se comportaram como oposição ( veja o quadro). A nova frente surpreendeu também porque se apresentou com partidos que têm cargas no governo, como MDB e PSD, e outros longe da influência de Lula, como os Republicanos, que apoiaram Jair Bolsonaro na eleição e sempre comungou da cartilha do Centrão chefiado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
O “superbloco”, como tem sido chamado, tem, ao menos por ora, uma tendência a ajudar o governo. “No nosso bloco, hoje, 70% é governista”, afirma Fábio Macedo (Podemos-MA), o líder da frente. Parlamentar pouco conhecido, que tem proximidade com o ministro Flávio Dino (Justiça), ele já mostra disposição para apoiar projetos importantes de Lula que estão na Casa. “Tem duas MPs de grande importância, que são as do Bolsa Família e do Minha Casa, Minha Vida, e que com certeza, com muita boa vontade, vamos dar andamento”, diz.
Único bloco formalizado até agora na Câmara (o Centrão tem uma composição mais solta), a nova frente nasce, em tese, com muita bala na agulha. Com votações de grande porte ainda não iniciadas e em meio à queda de braço entre Lira e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pelo controle do rito das MPs, o grupo tem potencial para provocar alguma reconfiguração do jogo de forças no Legislativo. Um ponto importante é a formação das comissões erradas para analisar as MPs. Apesar de estar nas mãos de Lira esse poder, será preciso obedecer ao seguido da proporcionalidade, o que faria com que o grupo estivesse com três das doze vagas nesses colegiados. Outro aspecto é a maior influência que o quinteto de siglas terá na definição das votações. Se antes o jogo estava concentrado entre governador e presidência da Câmara, agora há um bloco que, apesar da tendência governista, pode se colocar como empregado de Lira, dependendo do caso. Assim, a turma precisará ser ouvida também nas maiores decisões.
A nova frente surgiu no velho estilo de “fazer política”. As ocorreram simultaneamente a duas conversas frustradas para alianças — uma entre MDB e PSDB e outra entre PP e União Brasil. Essa última suscitou recepção entre os demais partidos, principalmente após a demonstração de força dada por Lira ao aprovar a PEC da Transição, muito cara ao governo Lula. A formalização do “superbloco” buscou neutralizar a influência de Lira e contorno com a atuação de três caciques importantes — Baleia Rossi (MDB), Gilberto Kassab (PSD) e Marcos Pereira (Republicanos), todos presidentes de suas siglas. Também pesou a necessidade de acomodar interesses regionais. Na Bahia, MDB e PSD são os principais aliados do PT, enquanto PP e União permaneceram do lado oposto na eleição. Já em São Paulo, MDB e PSD estão com o governador Tarcísio de Freitas, dos Republicanos, cuja direção há muito se levou do jogo de Lira e seu aliado Elmar Nascimento (União-BA). Nos bastidores, os caciques da frente dizem que eles querem se diferenciar da política “baseada no orçamento secreto” de Lira. É ver para acreditar. No horizonte, está até uma candidatura à Presidência da Câmara no ainda distante 2025.
Arthur Lira, um dos políticos mais poderosos no Congresso nos últimos anos, ensaia, claro, uma reação. Como o seu partido, PP, tem apenas 49 deputados, ele articula para construir outra frente, que teria o PL e a União Brasil, com quem voltou a negociar. Esse trio teria 207 deputados e não seria superado. No caso de uma eventual federação, a estimativa é que as processam avancem, sobretudo com a aproximação das eleições municipais. “A tendência é os partidos se afunilarem para ter mais tempo de televisão e mais acesso a recursos de campanha”, avalia Danilo Forte (União-CE), entusiasta de uma federação “programática” entre a sua legenda e o PP. Outra sigla cobiçada é o PSDB, que, apesar de ter se apresentado como terceira via em 2022, na Câmara sempre esteve mais ligada a Lira e a Bolsonaro.
Às vésperas do julgamento da primeira ação que pode declará-lo inelegível pelos próximos oito anos , o ex-presidente Jair Bolsonaro foi derrotado em seu primeiro teste no Tribunal Superior Eleitoral ( TSE ) desde que mudou ao Brasil – uma decisão do plenário virtual sobre um recurso do ex-presidente contra o ministro Alexandre de Moraes , que comanda a Corte.
Por 7 a 0, os ministros foram unânimes em recusar o pedido de Bolsonaro. Até mesmo Kassio Nunes Marques , indicado por Bolsonaro para o cargo, foi contra o recurso do ex-presidente. Por ser alvo do pedido do ex-ocupante do Palácio do Planalto, Alexandre de Moraes se declarou impedido.
Os advogados de Bolsonaro desejavam que o TSE declarasse Moraes suspeito para julgá-lo em um processo que o investigava por abuso de poder político ao usar os palácios do Planalto e da Alvorada para fazer lives durante o período eleitoral.
O julgamento de agora é o recurso contra a decisão tomada por Ricardo Lewandowski em setembro do ano passado, quando o ministro recusou o pedido.
O pedido pela suspeita de Moraes foi motivado por um gesto do ministro associado à degola numa sessão do tribunal ocorrida em 27 de setembro de 2022.
A cena foi flagrada pelas câmeras da TV Justiça e, posteriormente, reproduzida por aliados do então presidente. O vereador Carlos Bolsonaro ( PL -RJ) postou a imagem em suas redes sociais, com a pergunta: “O que será que o Ministro Alexandre de Moraes quis dizer com esse gesto?”
O próprio Moraes nunca veio a público esclarecer o sentido do gesto, tendo se manifestado a respeito do recurso de Bolsonaro.
Na época em que o caso ocorreu, o GLOBO apurou que o ministro se dirigia em tom de brincadeira a um assessor que estava no plenário do TSE, usando o gesto para reclamar da demora do funcionário para passar uma informação.
No vídeo, é possível ver que o presidente do TSE, ao fazer o gesto, olha para a frente do plenário, no espaço onde está localizado a plateia — onde ficam servidores, advogados e pessoas que vão assistir aos julgamentos.
Julgado, por 4 a 3, com o voto de desempate de Alexandre de Moraes, o TSE manteve a reserva a Bolsonaro para a realização de lives de cunho eleitoral nos palácio da Alvorada e do Planalto, ao concluir que o uso do espaço geraria de poder em relação aos demais candidatos.
Para a defesa de Bolsonaro, o gesto de Moraes, num julgamento em que o ministro deu o voto de desempate contra os interesses do então candidato à reeleição, “indicou uma conduta que reflete uma ausência de imparcialidade” e “é apto a revelar comportamento processual legalmente inadmissível”.
Lewandowski, porém, recusou a liminar, alegando que a acusação era “destituída de fundamentação jurídica”. O ex-presidente recorreu, mas acaba de ter o recurso negado pelo plenário do TSE.
Embora a decisão desta segunda-feira seja relacionada a uma questão lateral, sem relação direta com as principais ações que Bolsonaro enfrenta no TSE, o resultado pode ser interpretado como um termômetro do humor do tribunal em relação a ele.
Mesmo Nunes Marques, considerado por aliados um voto potencialmente favorável ao ex-presidente no julgamento que deve ocorrer no final de abril — sobre a reunião que ele fez com embaixadores para lançar suspeitas contra as urnas eletrônicas — , votou contra ele desta vez.
Três grandes clubes de futebol do país que reclamaram da proposta do governo federal de taxar apostas esportivas somam dívidas de R$ 64 milhões à União. Os oito principais times do eixo Rio-São Paulo manifestaram “preocupação” com as negociações na última terça-feira (4/3).
Os clubes alegaram “risco de colapso da atividade” com a taxação das empresas de apostas. Entre eles estão Vasco, que deve R$ 51 milhões à União; Palmeiras, com R$ 10 milhões; e Botafogo, com R$ 3 milhões em dívidas.
Registros da dívida ativa da União, mantidos pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, apontam que o Vasco deve R$ 36 milhões em pagamentos do FGTS e outros R$ 15 milhões por impostos federais. O Palmeiras deve R$ 9,5 milhões em repasses atrasados do FGTS, além de R$ 400 mil em impostos federais. O Botafogo, por seu turno, deve R$ 3 milhões em impostos federais à União.
Uma fatia esmagadora dos grandes times de futebol brasileiros é patrocinada por sites de apostas esportivas, que ainda não são regulamentados no país. Isso acontece em 19 dos 20 clubes da primeira divisão.
O Ministério da Fazenda espera apresentar ainda neste mês uma medida provisória para fixar regras e taxar esse mercado. O ministro Fernando Haddad prevê um incremento na arrecadação pública entre R$ 12 bilhões e R$ 15 bilhões ao ano.
Três pessoas ficaram feridas durante um ataque a uma escola, na tarde desta segunda-feira (10), na zona sul de Manaus, no Amazonas. Com uma faca, um estudante de 12 anos feriu uma professora e dois colegas de turma.
A Polícia Militar (PM) foi acionada ao local. Segundo a conselheira tutelar Kiky Anjos, o adolescente afirmou que o adolescente planejou matar pessoas na escola. Ele foi encaminhado para a Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (Deaai).
Uma testemunha disse que o adolescente estava dentro de uma sala de aula quando em dado momento puxou a faca da bolsa e saiu correndo atrás da professora que tentou fugir. Ainda segundo a testemunha, a faca usada pelo adolescente estava cega (desamolada).
Segundo a mãe de um dos estudantes da escola, o adolescente que realizou o ataque sofria bullying por meio de grupos de WhatsApp da escola. “Eu até tirei meu filho de todos os grupos”, disse a mulher.
De acordo com a PM, o adolescente realizou o ataque com um cutelo (modelo de faca) ferindo as vítimas, mas logo foi contido. O adolescente relatou à polícia que em sua bolsa havia outros materiais que seriam usados para o ataque. Na mochila dele havia três coquetéis molotov.
Ainda segundo a polícia, o aluno já foi monitorado pela escola por apresentar comportamento suspeito. Quando ele começou o ataque, os alunos correram e os imobilizaram.
As vítimas tiveram lesões leves e logo foram socorridas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Uma marca dos levantamentos do tamanho de torcidas no Brasil é a disputa paulista, entre Palmeiras e São Paulo, pela terceira posição. E “O Maior Raio-X do Torcedor” mostra os palmeirenses à frente dos tricolores.
Mesmo que com uma diferença dentro da margem de erro, o Palmeiras é o terceiro colocado no ranking das torcidas brasileiras com 9%, contra 8% dos são-paulinos, segundo a Pesquisa CNN/Itatiaia/Quaest.
Numa análise das cinco regiões brasileiras, percebe-se que essa ultrapassagem palmeirense tem como ponto importante o fato de o clube hoje ter uma torcida mais nacional numa comparação com o São Paulo.
O alviverde tem 54% dos seus torcedores no Sudeste, contra 64% do São Paulo. “Fora de casa”, empata com o rival no Sul, com 12% para cada, mas vence no Nordeste (20% a 14%), no Norte (6% a 5%) e no Centro-Oeste (8% a 6%).
Era vitoriosa influencia “Esse resultado, com o Palmeiras numericamente à frente do São Paulo, dentro da margem de erro, tem a influência direta da era vitoriosa que o Palmeiras vem vivendo nos últimos anos”, analisa Felipe Nunes, diretor da Quaest Consultoria e Pesquisa, que comandou o trabalho.
De 2015 para cá, o clube venceu duas Libertadores (2020 e 2021), uma Recopa Sul-Americana (2021), duas Copa do Brasil (2015 e 2020), três Brasileirões (2016, 2018 e 2020) e em 2023 já faturou a Supercopa do Brasil e o Campeonato Paulista.
Já o São Paulo tem como última grande taça a Copa Sul-Americana de 2012, algo pequeno diante do período glorioso vivido pelo clube no início dos anos 1990, sob o comando de Telê Santana, e na primeira década deste século, quando decretou a maior sequência de títulos do Campeonato Brasileiro na Era dos Pontos Corridos com o tricampeonato de 2006, 2007 e 2008.
Metodologia A Pesquisa CNN/Itatiaia/Quaest fez 6.507 entrevistas com torcedores de 16 anos ou mais em 325 cidades brasileiras, no período entre 29 de março e 2 de abril de 2023. A margem de erro é de 1,4 ponto percentual para mais ou para menos. O nível de confiabilidade é de 95%.
O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, contratou com dinheiro público o “faz-tudo” de fazendas de sua família localizadas no interior do Maranhão. O motorista Waldenôr Alves Catarino passou quase uma década realizando serviços nas propriedades enquanto era pago pela Câmara dos Deputados. Em entrevista ao Estadão, o homem de 57 anos afirmou que foi contratado por Juscelino como assessor parlamentar, mas nunca trabalhou na função. Seu local de trabalho, disse, eram as terras do ex-senador e ex-prefeito de Santa Inês Roberth Bringel, tio do ministro.
“Era assim, ó: eu era lotado aí na Câmara Federal e trabalhava aqui para o tio dele (de Juscelino) na fazenda”, afirmou Catarino. “Eu fazia tudo, trabalhava num caminhão. Levava óleo para trator, instalando estaca na fazenda, fazia tudo ”, disse ele (mais informações nesta página).
Catarino foi nomeado como secretário parlamentar no gabinete de Juscelino logo no início de seu mandato como deputado, em outubro de 2015. A contratação irregular chegou ao fim em maio de 2022, um ano antes de Juscelino virar ministro do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, porque o funcionário quis mudar de emprego. “O serviço era muito puxado. Tinha que levantar todos os dias 5 da manhã, não tinha horário para parar”, relatou.
Sem contato
Durante os sete anos em que esteve nomeado na Câmara, o motorista disse que uma das únicas vezes em que fez algo para Juscelino foi buscá-lo certa vez no aeroporto. Afirmou ainda que nem sequer se comunicava com o então deputado, que, no papel, era seu chefe. “Se eu for dizer as vezes que eu falei com Juscelino, foi pouco.” O salário do motorista era de R$ 2,3 mil. Pelo período em que ficou na Casa, ganhou R$ 171,4 mil.
O caso de Catarino se junta a outros revelados pelo Estadão que indicam mau uso de dinheiro público por Juscelino, que hoje comanda uma pasta com orçamento de mais de R$ 3 bilhões. Na semana passada, reportagem mostrou que o piloto da aeronave e o gerente do haras de Juscelino são pagos até hoje com verba da Câmara. Eles estão lotados no gabinete do suplente do ministro, mas dão expediente nas propriedades de Juscelino.
Klennyo Ribeiro foi contratado em 2016 e recebe R$ 7,8 mil por mês. Lotado na Câmara, ele cuida do Parque & Haras Luanna, em Vitorino Freire (MA). Já Leumas Rendder Campos Figueiredo pilota o bimotor Piper PA-34-220T Seneca V, que Juscelino tem em parceria com um outro tio. Para isso, recebe R$ 10,2 mil. A Casa abriu uma apuração sobre a situação do piloto.
O Estadão revelou também que Juscelino, já como ministro de Lula, recebeu diárias e usou avião da FAB para cumprir agenda particular em São Paulo, onde participou de leilões de cavalos de raça. O caso é investigado pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República. O deputado licenciado também usou dados falsos para justificar 23 dos 77 voos declarados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última campanha.
Suplentes
O tio de Juscelino para quem Catarino disse ter trabalhado por sete anos é Roberth Bringel, irmão da mãe do ministro. Bringel é suplente do senador Weverton (PDT-MA), aliado do titular das Comunicações. Sua mulher, Maria Vianey Bringel, também foi prefeita de Santa Inês.
Catarino não é o único caso de funcionário que esteve lotado no gabinete de Juscelino e que, ao mesmo tempo, trabalhou para a família Bringel. O Estadão apurou que Vanuza Silva Mendes atua como secretária de Roberth Bringel. Ela paga contas para o político.
Após diversas ligações não atendidas, a reportagem entrou em contato com a mulher via aplicativo de mensagens, e perguntou se falava com “Vanuza, secretária do senhor Roberth Bringel”. Ela disse que “sim”. Em seguida, apagou o mensagem. Questionada novamente, informou que não trabalha com o político. “Não tenho como te ajudar”, declarou.
Vanuza foi nomeada no gabinete de Juscelino em fevereiro de 2015 no cargo de secretária parlamentar. Ela ganha R$ 6.181,07 por mês. A Câmara já desembolsou R$ 801,9 mil com a funcionária.
Procurado, o ministro não havia respondido aos questionamentos do Estadão até a noite desta segunda-feira, 10.
Um número recorde de noruegueses super-ricos está trocando a Noruega por países com impostos baixos, em uma reação à decisão do governo de centro-esquerda de aumentar os impostos sobre a riqueza para 1,1%.
Segundo a reportagem do jornal britânico The Guardian, mais de 30 bilionários e multimilionários noruegueses deixaram o país em 2022. O levantamento foi feito pelo jornal do país Dagens Naeringsliv, que explicou que esse número é maior do que o total dos super-ricos que deixaram o país nos últimos 13 anos.
O cenário tende a se agravar e mais indivíduos super-ricos devem deixar o país este ano por causa do aumento de impostos sobre a riqueza em novembro de 2022. O jornal norueguês estima que o governo sofrerá perdas de dezenas de milhões em receitas perdidas.
britânico Guardian explica que muitos se mudaram para a Suíça, onde os impostos são muito mais baixos. Entre eles está o pescador bilionários Kjell Inge Rokke. O magnata se mudou para a cidade de língua italiana de Lugano.
Aos 64 anos, Rokke é o quarto norueguês mais rico, com uma fortuna estimada em 19,6 bilhões de coroas norueguesas (cerca de R$ 9,44 bilhões). Ele justificou sua decisão em uma carta aberta: “Escolhi Lugano como minha nova residência – não é a mais barata, nem tem os impostos mais baixos – mas, em troca, é um ótimo lugar com uma localização central na Europa. Para aqueles próximos da empresa e para mim, estou a apenas um click de distância.”
Dalai Lama não é uma pessoa, e sim um título espiritual concedido a quem segue na linhagem de líder religioso do budismo tibetano. O indivíduo escolhido representaria a reencarnação de Buda na Terra. Entre o século 17 e 1959, os dalai-lamas atuaram também como dirigentes políticos e chefes oficiais do governo do Tibete, então considerado um Estado teocrático.
Atual titular do cargo, Tenzin Gyatso, de 87 anos, divulgou nesta segunda-feira (10) um pedido de desculpa depois que viralizou um vídeo no qual ele aparece puxando o rosto de um menino para beijá-lo na boca (veja mais abaixo).
Na função há 83 anos, Tenzin foi o 14º designado para o posto de Dalai Lama: em 1937, quando tinha 2 anos de idade, monges tibetanos reconheceram-no como a reencarnação do 13º Dalai Lama, Thubten Gyatso.
Em 1940, Tenzin assumiu o trono. Uma década mais tarde, quando tinha 15 anos de idade, viu a China invadir o Tibete. Finalmente, em 1959, após a Revolta Tibetana contra o Partido Comunista chinês, o Dalai Lama se exilou no norte da Índia, onde vive até hoje, no subúrbio de Dharamsala.
Em meio a essa disputa geopolítica, o Tibete jamais chegou a ser reconhecido internacionalmente como independente. A região é considerada uma província politicamente submissa à China.
Até 2011, o Dalai Lama, ainda que em exílio, era considerado chefe de Estado do Tibete. Em março daquele ano, no entanto, Tenzin anunciou que encerraria o papel político dos dalai-lamas, transferindo a função a uma liderança eleita por tibetanos.
Na época, o parlamento local aprovou mudanças na Constituição que transferiram ao primeiro-ministro poderes anteriormente atribuídos ao Dalai Lama.
Em 2014, em entrevista à BBC, Tenzin defendeu a alteração.
“O budismo tibetano não depende de um indivíduo. Há uma organização, com monges muito capazes”, afirmou, na época. O futuro do título de Dalai Lama ainda está em aberto. O que se sabe é que, quando completar 90 anos, em 2025, Tenzin pretende avaliar e consultar lideranças do budismo tibetano sobre a continuidade da instituição.
Formação como monge Aos 4 anos, Tenzin Gyatso separou-se de sua família (seus pais eram agricultores), para começar sua preparação. Passou, então, a morar no Palácio de Potala, situado na montanha Hongsham, em Lhasa, capital do Tibete.
Aos 6, iniciou um rigoroso processo de educação, que previa aulas de filosofia budista, arte, cultura tibetana, gramática, inglês, astrologia, geografia, medicina, poesia, música, teatro e matemática, entre outras áreas.
Como líder espiritual e político, Dalai Lama Tenzin Gyatso:
visitou diversos países e esteve com outros líderes religiosos, como Papa Paulo VI e João Paulo II;
recebeu prêmios internacionais e deu palestras em diversas partes do mundo sobre paz e budismo;
recebeu o Prêmio Nobel da Paz de 1989, em reconhecimento à sua campanha pacifista para acabar com a dominação chinesa no Tibete;
recebeu da Universidade de Seattle o título de doutor honoris causa, em reconhecimento ao trabalho em difundir a filosofia budista e por seus esforços em busca dos direitos humanos e da paz mundial; e lançou mais de 100 livros.
Em cima do muro sobre ser ou não ser governista, o União Brasil tem sido palco de uma rebelião interna de seus integrantes que pode ter como consequência o esvaziamento da sigla. Além da divisão sobre a adesão à gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, o partido acumula conflitos regionais que têm como principais alvos o deputado Luciano Bivar (PE), presidente da legenda, e seu vice, o advogado Antonio Rueda.
No caso mais recente, os seis deputados do Rio prometem pedir a desfiliação caso não sejam atendidos em seus pedidos de cargas na estrutura partidária e no governo de Cláudio Castro. Reservadamente, os envolvidos relatam até mesmo ameaças de agressão contra os dirigentes partidários.
Segundo membros da sigla ouvidos pelo GLOBO, o desentendimento começou com a movimentação de Rueda para retirar o prefeito de Belford Roxo (RJ), Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho, da direção estadual do União. Ele é marido da ministra do Turismo, Daniela Carneiro, e fez campanha para Lula, enquanto o vice-presidente da União é da ala que resiste à adesão da sigla ao governo.
Parlamentares afirmam que Rueda trabalha para filiar o deputado estadual Rodrigo Bacellar (PL), presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), para assumir o partido no estado. Além disso, os deputados da legenda veemente tentativa do vice de emplacar o deputado estadual Márcio Canella (União), adversário político de Waguinho, como candidato do partido a prefeito de Belford Roxo.
A gota d’água da briga, porém, foi a negociação de Bivar e Rueda com o governador do Rio para preencher cargas no Rioprevidência e no Detran. Os parlamentares reclamam que nem sequer foram consultados sobre as indicações.
Waguinho chegou a levar as reclamações a Bivar, que reagiu cortando o acesso do presidente estadual da legenda ao sistema que permite movimentar o fundo partidário. Em resposta, o prefeito diz que pode ir à Justiça para que ele e deputados do seu grupo político possam deixar a legenda sem sofrer punição por infidelidade partidária.
Alegação de fraude A temperatura subiu ao ponto de os aliados de Rueda ameaçarem de agressão por parte das pessoas próximas aos parlamentares. A bancada fluminense do União na Câmara é formada por Chiquinho Brazão, Juninho do Pneu, Marcos Soares, Murillo Gouvea, Ricardo Abrão e Dani Cunha.
Procurados, Bivar, Rueda e Waguinho não se manifestaram. O líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA), também prefere não comentar as brigas. Segundo parlamentares ouvidos pela reportagem, ele tem atuado para evitar a debandada no partido, que tem 59 deputados, a terceira maior bancada.
As insatisfações com a cúpula do União não se restringem à ala Fluminense do partido. Fruto da fusão do PSL com o DEM, formalizada no ano passado, a sigla que surgiu como maior potência de direita no país acumulada desvenças entre os dois grupos políticos.
Em Pernambuco, por exemplo, Bivar, fundador do PSL, trava uma disputa com o deputado federal Mendonça Filho, que foi ministro da Educação e era um dos principais nomes do DEM. Na terça-feira passada, Mendonça se lançou na disputa para presidir o diretório estadual do União, mas perdeu para o indicado por Bivar, Marcos Amaral.
O resultado da eleição interna, contudo, foi anulado pela Justiça após provocação do grupo de Mendonça. Entre as alegações está uma acusação de fraude com inscrição de diretórios municipais irregulares na disputa.
As rusgas entre Bivar e Mendonça Filho, porém, são anteriores à disputa pelo comando regional. Já durante a campanha eleitoral de 2022, Mendonça acusou o presidente da sigla de atrasar transferências de recursos para a sua candidatura. Ambos disputavam a eleição de deputado e, posteriormente, eram eleitos.
As divergências entre as origens do DEM e do PSL persistem em outros estados, como em São Paulo, onde os grupos do vereador Milton Leite e de Rueda disputam o controle do diretório. Na Bahia, o ex-prefeito ACM Neto é um dos principais opositores à atual cúpula da legenda.
Um decreto publicado nesta segunda-feira, 10, no Diário Oficial da União (DOU) prevê mudanças nos campos nome social e sexo da Carteira de Identidade Nacional (CNI), documento padronizado que pretende substituir outras formas de identificação do cidadão, como o RG, que é emitido por secretarias estaduais. O texto diz que uma minuta para fazer as alterações deve ser apresentada em, no máximo, 60 dias. Para isso, a Câmara Executiva Federal de Identificação do Cidadão criou um grupo de trabalho composto por representantes de cinco ministérios, além de Receita Federal e do Conselho Nacional dos Diretores de Órgãos de Identificação, para propor alterações nas atuais regras, que foram estabelecidas em fevereiro de 2022, no governo Bolsonaro. Em novembro, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), órgão do Ministério Público Federal (MPF), emitiu uma nota técnica com críticas ao decreto que estabeleceu as regras atuais. O texto prevê, por exemplo, a inclusão do nome de registro ao lado do campo nome social. O PFDC informou que a previsão para a inclusão do nome de registro na carteira de identidade “não apenas configura flagrante violação do direito à autoidentificação da pessoa trans, como invalida a sua própria necessidade de uso, além de abrir perigoso precedente para a exposição vexatória de um nome que não representa a pessoa que se deseja identificar”. O órgão também afirmou que “a exigência de inclusão do sexo biológico, além de não conter qualquer necessidade administrativa ou burocrática que a justifique, estimula violações dos direitos humanos das pessoas que apresentam um sexo registral diferente da sua identidade e expressão de gênero”.
A Caixa Econômica Federal anunciou nesta segunda-feira (10) reajuste nos valores de apostas em seis modalidades, são elas: Lotofácil, Mega-Sena, Quina, Lotomania, Timemania e Dia de Sorte. Com o reajuste, os preços das loterias aumentam R$ 0,50.
Em nota, a Caixa informou que a mudança dos preços foi necessário “para recuperar o valor monetário das apostas, tendo por base a atualização de seus valores originais utilizando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)”.
Os aumentos entrarão em vigor a partir de 30 de abril para Lotofácil, Mega-Sena, Quina e Lotomania. A partir de 3 de maio, o reajuste passa a valer também para a Timemania e Dia de Sorte.
Segundo o comunicado, ao fazer as apostas, “os brasileiros também contribuem com áreas essenciais ao desenvolvimento do país, como esporte, educação, cultura, segurança e seguridade social”. “Do valor arrecadado pelas Loterias da Caixa, quase metade é destinado a repasses sociais, conforme determinado pela legislação vigente”, finaliza o banco.
O comediante Ceará teve a casa invadida e roubada por pelo menos três bandidos durante o feriado de Páscoa. O artista contou com exclusividade ao ‘Brasil Urgente’ que os criminosos levaram relógios, joias e outros itens de valor da casa, além de revirarem toda a residência.
Segundo Ceará, os bandidos aproveitaram que a família estava fora de casa para invadir a residência. “Estava no interior de São Paulo, com a minha família, para aproveitar a Páscoa, só no sábado de manhã que recebi a ligação do jardineiro de casa dizendo que haviam entrado em casa”, contou.
Ele diz que a esposa, Mirella Santos, está abalada com o caso. “Destruíam nossa casa, levaram as joias, anos e anos de trabalho meu, da Mirella, eu trabalho há 34 anos como comediante, bem antes de morar em São Paulo. Levaram relógios, joias, itens com valor sentimental, não só financeiro, anéis de presente de aniversário de casamento, coisas da família, enfim”, lamentou.
O comediante citou que os bandidos invadiram a casa dele utilizando um controle remoto da garagem da casa dele. “É revoltante, porque eu me senti impossibilitado, né? Impedido de tudo, saí para descansar, tem segurança em casa, câmeras, pago empresa, tem o vigia da rua, que não entendi como não viu os caras entrando na garagem de casa, com a chave do portão da garagem”, conta.
Segundo Ceará, os bandidos chegaram a pegar um cofre pesado e levaram o cofre. “Eles entraram e estavam escondendo o rosto, tatuagens com luvas e foi furto, né?”, pontua.
Esposa de Ceará desabafou nas redes sociais Mirella Santos fez uma série de publicações nos stories do Instagram listando parte dos itens furtados pelos criminosos. “Não é só o valor, é o valor afetivo. Eram presentes da infância da minha filha, eram alianças do meu avô que já faleceu, são coisas afetivas e que marcam a gente, que eu guardava com muito carinho. Eu perdi tudo, levaram tudo”, disse, chorando.
“Eu vim de família simples, eu ralei muito para conquistar as minhas coisas, e eu sei como é difícil. Nada foi fácil para a gente. Eu estou muito triste, muito nervosa, eu não paro de tremer. É revoltante ver entrarem na sua casa”, disse.
Em entrevista ao programa Voz do Brasil sobre os primeiros 100 dias de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que os primeiros meses da gestão foram focados em retomar programas interrompidos e que o foco agora será a geração de empregos. “Se fazer política social nos primeiros três meses era importante, agora a obsessão é gerar empregos, e gerar empregos significa fazer a economia crescer”, declarou Lula, na noite desta segunda-feira (10/4).
“Para que a economia cresça, nós precisamos ter ou dinheiro do orçamento ou financiamento. Nós temos que usar a capacidade de arrecadação do estado, a capacidade de financiamento dos bancos públicos e a capacidade da construção de PPPs (Parceria público-privadas) para que empresários e governo possam juntos construir as grandes obras que faltam para o Brasil”, acrescentou o presidente.
A retomada de grandes obras de infraestrutura está no radar do governo no programa de geração de empregos. De acordo com Lula, são aproximadamente 14 mil obras paradas por todo o país: “Nós vamos começar das obras que faltam pouco para acabar, até as que vamos começar do zero.”
O presidente contou também que recebeu demandas de governadores sobre obras essenciais que devem ser respondidas já no próximo mês. “Nós fizemos uma reunião com os 27 governadores e pedimos a eles que elaborassem projetos de obras que considerassem vitais para o estado. Eles apresentaram, agora estamos no Ministério da Casa Civil trabalhando nessas obras e em maio vamos chamá-los outra vez para dizer quais obras vamos tocar em cada estado”, afirmou Lula, que disse estar otimista com a retomada do setor de infraestrutura.
Na última semana, o Banco Central registrou novo recorde diário de operações via Pix. Na quinta-feira (6), 122,4 milhões de operações de transferências e pagamentos foram realizados em todo o país. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (10) pela autoridade monetária.
Ao todo, foram transferidos R$ 62,8 bilhões via a modalidade. O recorde anterior tinha sido registrado em 20 de dezembro, quando 104,1 milhões de operações foram realizadas em um único dia.
Com o Pix, os usuários podem fazer transações financeiras de forma instantânea a qualquer hora, sete dias por semana, utilizando um celular, um tablet ou um computador, com os recursos disponíveis para o recebedor em tempo real. Ou seja, é um jeito mais fácil de receber, pagar ou transferir o dinheiro.
Conforme o Banco Central, a ferramenta é segura, já que todas as transações ocorrem por meio de mensagens assinadas digitalmente e que trafegam de forma criptografada, em uma rede protegida.
O Ministério da Fazenda e o Banco Central já anunciaram que deve entrar em vigor neste ano o Pix parcelado, mas a modalidade ainda não está em operação. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, e o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, trataram do tema na semana passada.
Desde o lançamento do Pix são 591 milhões de chaves cadastradas no Diretório de Identificadores de Contas Transacionais do Banco Central.