Polícia indicia jovem suspeito de matar mãe a facadas em Caicó por homicídio qualificado

Após a conclusão de um minucioso inquérito pela Polícia Civil, um homem de 18 anos é acusado de homicídio qualificado pelo brutal assassinato da mãe, Gecinalda Dantas, de 52 anos, conhecida como “Naldinha”. O crime aconteceu em Caicó, cidade localizada no Seridó potiguar, no dia 11 de agosto.

De acordo com a polícia, o jovem será autuado por homicídio qualificado devido à presença de agravantes como o feminicídio, motivo torpe e uso de meio cruel. De acordo com a investigação, a motivação por trás do assassinato chocante foi identificada como questões financeiras.

Segundo as investigações, a vítima teria descoberto que o suspeito estava movimentando várias quantias de dinheiro das contas bancárias pertencentes a ela, sem seu conhecimento. Gecinalda foi atacada e morta a facadas, além de ter sofrido ferimentos com outros objetos cortantes, pelo próprio filho dentro de sua residência em Caicó.

No dia 2 de agosto, Gecinalda Dantas registrou um boletim de ocorrência na Delegacia Especializada em Furtos e Roubos (Defur) ao perceber que uma quantia substancial, aproximadamente R$ 31 mil, havia sido retirada de sua conta bancária sem sua autorização.

Durante as investigações, constatou-se que o filho negava qualquer envolvimento nos saques e alegava inocência. Contudo, após examinar os extratos bancários, a polícia identificou que ele estava transferindo ilegalmente fundos da conta de sua mãe para a própria conta por meio de transações PIX.

O delegado responsável pelo caso, André Oliveira, esclareceu que Gecinalda visitou a agência bancária no dia do assassinato, por volta das 12h, para relatar a falta de resposta do banco aos seus contatos. Durante a verificação, descobriu-se que o contato da agência estava bloqueado em seu celular e que outro número estava se passando por ela. Esse número pertencia ao filho da vítima, que continuava manipulando as finanças da mãe por meio de um aplicativo móvel.

A investigação também revelou que o suspeito, em seu círculo social, mantinha um comportamento enganoso sobre sua verdadeira fonte de renda, acrescentando mistério ao caso. O delegado observou que ele mentia sobre a origem de seus gastos para diferentes pessoas, informando aos amigos que trabalhava com a mãe na venda de redes e aos familiares que era aprendiz em um banco.

O corpo de Gecinalda Dantas, de 52 anos, foi encontrado dentro da casa da vítima, com múltiplos golpes de faca e ataques com dois troféus, um de acrílico e outro de madeira. Ela foi encontrada em um dos quartos da residência.
Ao chegarem ao local, os policiais encontraram o suspeito nu em um dos banheiros, como se tivesse acabado de tomar banho. Vestígios de sangue foram identificados em seus braços pela perícia.

A versão apresentada pelo jovem suspeito alegava que a casa fora invadida por três homens por volta das 17h e que ele foi atingido na cabeça, perdendo a consciência. Quando recobrou os sentidos, encontrou a mãe morta. No entanto, essa narrativa foi negada pela investigação, que não encontrou indícios de arrombamento ou invasão.

Um dia após o crime, um vizinho descobriu um saco contendo roupas molhadas e manchadas de sangue em seu terreno e alertou a polícia. O suspeito admitiu que as roupas eram suas, mas alegou nunca tê-las usado.

Na sequência, o suspeito foi interrogado novamente pela Polícia Civil, mas optou por permanecer em silêncio. O inquérito, já concluído, será encaminhado à Justiça para o devido prosseguimento legal. O acusado permanece detido na Penitenciária Estadual do Seridó, enquanto a comunidade local continua chocada com a brutalidade do crime que tirou a vida de uma mãe nas mãos de seu próprio filho.

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Postado em 21 de agosto de 2023

Messi nos EUA, Neymar na Arábia Saudita: o que indica as duas escolhas

O que é, o que é? É rosa, mas não é Barbie , o arrasa-quarteirão que fez mais de 1,8 bilhão de dólares em todo o mundo e no Brasil já foi visto por mais de 10 milhões de pessoas? A resposta: a cor do uniforme do Inter Miami, o time de futebol de Fort Lauderdale, na Flórida, de propriedade de David Beckham e alguns outros sócios, e que acaba de contratar o argentino Lionel Messi. Vive-se, aquele pedaço dos Estados Unidos, a messimania — ela não tem a dimensão da barbiemania, mas imenso alvoroço. O camisa 10 argentino, de 36 anos, receberá o equivalente a 315 milhões de reais para cada um dos dois anos de seu contrato. Terá, ainda, direito a participação de lucros do tempo depois da aposentadoria e percentual dos ganhos da Adidas, principal fornecedora da liga de futebol .

O que é, o que é? É azul na aparência, anda com os mangas de fora, quer aparecer, mas vem de um país autocrata em que o céu não está para brigadeiro? A resposta: o uniforme do Al-Hilal, equipe da Arábia Saudita, que levou Neymar. O brasileiro, de 31 anos, vendido pelo PSG, embolsará 850 milhões de reais por ano, em duas temporadas.

Os destinos de Messi e Neymar, ao decidirem, já perto do fim da carreira, calçar as chuteiras em dois novos centros do futebol, são apenas semelhantes na aparência. Iluminam, contudo, duas escolhas distintas. Mais do que isso, provou o modo inteligente e organizado com que o argentino desenvolveu sua carreira e a maneira torta e bagunçada com que o brasileiro trilhou a sua. Messi ganhou tudo o que quis — foi sete vezes o melhor do mundo, ergueu quatro vezes a taça da Liga dos Campeões e, gloriosa, levou a Argentina ao tricampeonato mundial no Catar. Neymar não ganhou nada do que imaginava — não foi o melhor do mundo, ganhou uma única Champions (mas tinha Messi ao lado no Barcelona) e, com um canarinho brasileiro, mais rolou no gramado do que jogou.

Um, o herdeiro de Maradona, até abriu mão de um convite saudoso, também do Al-Hilal (na casa de 1 bilhão de reais a cada doze meses), para apostar nos Estados Unidos, que em 2026 dividirá a Copa do Mundo com México e Canadá. O outro, que nasceu como filho de Pelé, mas decepcionou, nem escolheu teve — queria mesmo era retornar para o Barcelona, ​​pensava permanecer na Europa, mas foi esbanjado pelos dirigentes catalães e pelo treinador Xavi. Sentiu a cor do dinheiro, e não é pouco (são 26 reais por segundo, 1 600 reais por minuto…), e decidiu mergulhar no ostracismo da Arábia Saudita. Sim, há algum estardalhaço artificial com mais de 1 bilhão de dólares na mesa para atrair estrelas envelhecidas, como Cristiano Ronaldo, de 38 anos, no Al-Nassr, e Benzema, de 35, no Al-Ittihad, mas é mais fácil passar um camelo pelo buraco da agulha do que considera o Sauditão interessante. Não é. “Sempre quis ser um jogador global”, disse Neymar, com um tanto de desfaçatez.

Os Estados Unidos também representam acostamento — mas a história mostra que há, ali, espaço para novidades. E os americanos, convenhamos, sabemos como fazer do limão uma limonada. De algum modo, e não há aqui exagero, a chegada de Messi tem um quê do tom do desembarque de Pelé no Cosmos, em 1975. Mas há divergência, e elas precisam ser destacadas. A primeira delas: o charme e o poder amplificador de Nova York. Além disso, o Rei foi recebido pelo presidente Gerald Ford e, na partida de despedida — “e Pelé disse love, love, love”, como cantou Caetano Veloso —, atraiu ninguém menos do que Muhammad Ali. Messi faz a caixa registradora tilintar, o Inter Miami saltou de 1 milhão de seguidores no Instagram para 14 milhões de fiéis, mas talvez não produziu o efeito de Pelé, que praticamente inventou o futebol pelas bandas de lá.

E Neymar? Pode vir a se tornar um garoto-propaganda do xeque, e só. Talvez conseguisse melhor se seguir os passos de Messi, amigo de longa data, na Espanha e no PSG, com quem se sentiu celebrado sorrindo depois da derrota na Copa América de 2021. Mas ninguém, além dos sauditas, o quis. “Messi sempre passou a imagem pública de um homem de família, com uma vida estável, sem excessos”, diz Simon Chadwick, autor de The Geopolitical Economy of Sport: Power, Politics, Money and the State . “Não é o caso de Neymar.” Se tudo der errado, e não for possível pregar no deserto, ele terá o quadrúplex de pelo menos 20 milhões de reais em Camboriú, cujas chaves acaba de receber.

VEJA

Postado em 21 de agosto de 2023

Moraes decide que pai de Mauro Cid não pode visitar filho na prisão

O general Mauro Lourena Cid não pode mais visitar o filho, o tenente-coronel Mauro Cid, na prisão. Eles estão proibidos de manter contato porque passaram a ser investigados no esquema de venda e recompra de joias dadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro por autoridades estrangeiras.

A decisão que impede as visitas é do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do inquérito.

É comum que investigados sejam obrigados por ordem judicial a cortar contato para evitar uma eventual tentativa de combinar versões ou obstruir o trabalho de investigação.

Mauro Cid foi preso preventivamente em uma outra investigação, sobre a falsificação de dados de vacinação da covid-19, por isso não havia impedimento para as visitas do pai.

O cenário mudou quando o general foi implicado no novo inquérito, sobre a negociação ilegal de presentes diplomáticos. Os dois são investigados inclusive por organização criminosa.

A Polícia Federal (PF) afirma que o tenente-coronel negociou joias e relógios nos Estados Unidos com a ajuda do pai. As contas do general teriam sido usadas para repassar o dinheiro que entrou com a venda dos presentes.

“Tem vinte e cinco mil dólares com meu pai. Eu estava vendo o que era melhor fazer com esse dinheiro, levar em ‘cash’ aí. Meu pai estava querendo inclusive ir ai falar com o presidente. (…) E aí ele poderia levar. Entregaria em mãos. Mas também pode depositar na conta (…). Eu acho que quanto menos movimentação em conta, melhor, né?”, afirma Mauro Cid em uma das conversas obtidas pela PF.

O pai do ex-ajudante de ordens também aparece no reflexo da caixa de escultura enquanto fazia foto para anunciar o objeto.

Ele teria visitado pessoalmente lojas especializadas no comércio e leilão de artigos em luxo em Miami, indicadas por Mauro Cid. A nova linha de defesa do tenente-coronel deve ser tentar proteger tanto o ex-presidente Jair Bolsonaro quanto o pai.

CNN

Postado em 21 de agosto de 2023

Clientes da 123 Milhas podem ser ressarcidos em dinheiro, diz Senacon

Os clientes da 123 Milhas que tiveram pacotes e a emissão de passagens aéreas suspensos podem ter direito a ressarcimento em dinheiro e não apenas por meio de voucher, como prometeu a empresa. A informação foi dada no sábado (19/8) pelo secretário nacional do Consumidor, Wadih Damous.

De acordo com Damous, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) vai notificar a 123 Milhas para prestar esclarecimentos sobre o cancelamento dos serviços. “Caso sejam identificadas irregularidades no ressarcimento aos consumidores, abriremos processo administrativo que poderá resultar em sanções à empresa”, disse o secretário.

Na noite de sexta-feira (18/8), ao divulgar a suspensão dos pacotes e passagens da linha promocional, a companhia informou que devolverá integralmente os valores pagos pelos clientes por meio de vouchers, acrescidos de correção monetária de 150% do CDI, que serão usados apenas para o pagamento de passagens, hotéis e pacotes dentro da 123 Milhas.

Damous, contudo, afirmou que a empresa não pode oferecer somente a opção de voucher para os clientes lesados. “Eles têm o direito de optar pelo ressarcimento em dinheiro”, disse. De acordo com o responsável pela Senacon, órgão vinculado ao Ministério da Justiça, os consumidores que se sentirem lesados podem encaminhar reclamações pelo site consumidor.gov.br.

O Procon-SP também informou que solicitará esclarecimentos sobre o episódio à 123 Milhas. O órgão de defesa do consumidor também forneceu orientações básicas sobre o que os clientes da empresa devem fazer.

Metropoles

Postado em 21 de agosto de 2023

Lula afirma que gostaria de discutir a paz mundial com Putin no Brics

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) considera importante a presença do presidente da Rússia, Vladimir Putin, na Cúpica do Brics, que acontece na próxima semana na África do Sul. O mandatário afirmou ao jornal sul-africano Sunday Times que, pela reunião se tratar de assuntos essenciais, como a paz mundial, é necessária a presença de todos os representantes – incluindo Putin.

A reunião do Brics ocorre entre esta terça (22/8) e quinta-feira (24/8), e será a primeira edição presencial desde a guerra na Ucrânia. É por conta desse fator que o presidente russo, Putin, não irá comparecer ao evento, já que o Tribunal Penal Internacional (TPI) expediu um mandato de prisão contra ele. No lugar dele, entra o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov.

“Lavrov é um diplomata muito importante, mas seria essencial que a Rússia participasse desse encontro com o seu presidente. Nós vamos discutir temas globais como a paz e a luta contra a desigualdade e eu gostaria muito de discuti-los pessoalmente com o presidente Putin”, afirmou Lula ao Sunday Times.

O bloco do Brics recebeu cerca de 22 pedidos de admissão, segundo o embaixador da África do Sul para a Ásia e o Brics, Anil Sooklal. Além disso, países como Arábia Saudita, Argentina, Cuba, Venezuela e Irã já demonstraram interesse. Caso fossem aceitos, os pedidos beneficiariam a China, que tem como objetivo ampliar sua influência no mundo.

Lula ainda reforçou a ideia do bloco criar uma moeda única, para reduzir a dependência do dólar. No entanto, a Rússia considera que isso não seria possível a curto prazo.

Metrópoles

Postado em 21 de agosto de 2023

Mensagens de Mauro Cid indicam que Bolsonaro sabia do esquema das joias

Mensagens no celular do tenente-coronel Mauro Cid, preso desde maio deste ano, indicam que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) poderia saber da venda e do resgate das joias. O ex-ajudante de ordens é investigado por um suposto esquema de venda de presentes dados por delegações estrangeiras ao governo brasileiro.

A situação do ex-presidente também se complicou na semana passada, após declarações do hacker da Vaza Jato, como é conhecido Walter Delgatti. Durante depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga as ações criminosas de 8 de janeiro, Delgatti disse que Bolsonaro pediu que ele assumisse os grampos contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Agora, uma fonte da Polícia Federal (PF) afirmou ao programa Fantástico, no domingo (20/8), que o ex-presidente sabia que Mauro Cid tentava vender e, depois, resgatar as joias. Apesar da informação, as análises da PF ainda não estão prontas. Foi o próprio Alexandre de Moraes quem autorizou a quebra de sigilo de dados de Cid e bancário de Bolsonaro e Michelle Bolsonaro.

A análise das joias acontece dentro do Instituto Nacional de Criminalística, no complexo da PF, em Brasília. Ao menos quatro laboratórios também estão envolvidos na perícia.

De acordo com o Fantástico, os peritos elogiaram a qualidade dos diamantes encontrados nas joias femininas. E também identificaram 3 mil e 161 diamantes somente em um colar dado de presente ao governo brasileiro. Segundo o programa, o valor estimado é de aproximadamente R$ 4,15 milhões.

Veja quais objetos estão sendo analisados pela PF, no esquema das joias:

joias femininas;
escultura de cavalo, de liga metálica;
kits masculinos (ouro branco e rosé);
Só as joias femininas, que seriam destinadas à então primeira-dama, Michelle Bolsonaro, estão avaliadas em R$ 4,15 milhões. No valor incidem tanto a grife que agrega luxo quanto a quantidade e qualidade dos diamantes no conjunto. Dos outros kits, o relógio mais caro é o rosé, da marca Choppard, que está avaliado em R$ 695 mil.

De qualquer forma, a segunda-feira (21/8) promete ser agitada. Há, ainda, a expectativa de novas atualizações do caso do hacker da Vaza Jato, como é conhecido Walter Delgatti. Ele afirmou à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) de 8/1 que Bolsonaro teria solicitado a ele que assumisse os grampos contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Metrópoles

Postado em 21 de agosto de 2023

Conheça os fatores por trás da queda na taxa de fecundidade no Brasil

Nos últimos anos, o Brasil tem testemunhado uma transformação demográfica à medida que a taxa de fecundidade, número médio de filhos que uma mulher tem ao longo da vida, continua a declinar. Esse fenômeno, demonstrado por especialistas e pesquisas de intituições como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Banco Mundial, reflete mudanças nas preferências familiares, avanços na educação e acesso à saúde, assim como a evolução dos papéis de gênero na sociedade, e tem deixado uma marca significativa na estrutura populacional do país.

Há pouco mais de 60 anos, ser mãe de seis filhos significava estar dentro da média para o padrão reprodutivo no Brasil. Atualmente, quem está dentro da média é a mulher que tem entre um e dois filhos.

Segundo dados do Banco Mundial, em 1960 o Brasil tinha uma média de 6,06 nascimentos por mulher. Já em 2020, o número chegou a 1,65, representando uma queda de cerca de 72%.

Mudanças na sociedade

A crescente disponibilidade de métodos contraceptivos e informações sobre planejamento familiar tem permitido que os casais escolham o momento e o número de filhos que desejam ter. Isso contribui para o controle da natalidade e para a busca por uma paternidade/maternidade mais consciente.

A urbanização acelerada também traz mudanças no estilo de vida da sociedade. Nas áreas urbanas, as pessoas estão se deparando com desafios econômicos, como altos custos de moradia e criação dos filhos. Esses fatores podem desencorajar a formação de famílias maiores.

Helaine Albuquerque, de 35 anos, psicóloga clínica e hospitalar, vem de uma família grande. A avó teve dez filhos, a mãe teve três, e ela, somente um. Segundo Helaine, tomar a decisão sobre a quantidade de filhos é bem mais fácil hoje em dia.

“Temos muito acesso à informação e liberdade de expressar para o nosso companheiro aquilo que nos incomoda. Um dos motivos de tomar essa decisão foi a falta de liberdade. Ao ter filhos, temos que dedicar muita energia, tempo e dinheiro. A pandemia nos deu uma lição: não é só ter filhos. Temos que educar, alimentar e ainda garantir uma qualidade de vida que eu já tenho e não quero perder.”

O maior acesso à educação e as oportunidades profissionais para as mulheres têm influenciado diretamente nas escolhas reprodutivas. Elas estão optando por investir em suas carreiras e adiar a maternidade, levando a um menor número médio de filhos e uma redução na proporção de mulheres em idade fértil.

A estudante de psicologia Tais Oliveira, de 22 anos, explica que a futura carreira faz com que ela opte por não querer viver a maternidade. “Atualmente estou em uma relação heterossexual. Se eu viesse a ter filhos, mesmo que o pai dividisse as obrigações socialmente, o maior peso ainda seria voltado para mim. Não quero carregar esse julgamento durante toda a minha vida, quero viver para mim. Quero ter liberdade para reinventar o meu futuro.”

Desafio para a economia

A queda da taxa de fecundidade no Brasil traz consigo implicações econômicas que podem impactar diversos setores da sociedade. Uma das primeiras consequências é o potencial desequilíbrio na relação entre a população em idade ativa e a população idosa.

Ciro de Avelar, mestre em economia pela Universidade de Brasília (UnB), explica que, com uma base demográfica menor de jovens, a força de trabalho diminui, e, consequentemente, acarreta a escassez de mão de obra em determinados setores. Isso, por sua vez, pode influenciar negativamente o crescimento econômico, a produtividade e a capacidade de competir globalmente.

Com menos nascimentos, a população idosa tende a aumentar em relação à população em idade ativa, resultando em desequilíbrios nos sistemas de seguridade social. Menos contribuintes para o sistema previdenciário podem sobrecarregar os recursos disponíveis, tornando a sustentabilidade das aposentadorias e benefícios mais desafiadora.

“A conta começa a ficar mais deficitária. É uma perspectiva muito perigosa, não se sabe se a previdência social conseguirá ser custeada a médio e a longo prazo”, diz Avelar.

Projeções futuras

Segundo Marcio Minamiguchi, gerente de Estimativas e Projeções da População do IBGE, projetar o futuro é “desafiador”, visto que a fecundidade nacional fica abaixo de 2,1 filhos por mulher, sinalizando que o país não se encontra no patamar essencial para garantir que a população siga crescendo a longo prazo.

O Brasil, atualmente, possui uma taxa de fecundidade em torno de 1,6 filho por mulher, e as projeção da ONU e do IBGE preveem uma estabilidade para as próximas décadas. Mas o número de nascimentos tende a continuar em queda. O efeito será uma população envelhecida e diminuindo de tamanho ano a ano.

Como pessoas de idades diferentes possuem demandas diferentes em termos de políticas públicas, o balanço dessas demandas muda também, tendo as áreas de saúde, cuidados e previdência social com maior peso no futuro.

“O envelhecimento está ocorrendo de forma rápida, no prazo de poucas décadas teremos uma sociedade bastante diferente, assim como a sociedade de poucas décadas atrás é diferente dessa”, explica Minamiguchi.

Metrópoles

Postado em 21 de agosto de 2023

Faustão precisará de transplante cardíaco e aguarda na fila, diz hospital

O apresentador Fausto Silva precisará de um transplante cardíaco e aguarda por um doador na fila administrada pelo sistema público de saúde, informou neste domingo (20) o Hospital Albert Einstein, onde ele está internado desde o dia 5 de agosto.

Segundo o boletim médico, o quadro de insuficiência de cardíaca de Faustão se agravou. O apresentador está realizando diálise e necessita de medicamentos para ajudar no bombeamento do coração.

Leia o comunicado divulgado pelo hospital, assinado pelos médicos Fernando Bacal, cardiologista, e Miguel Cendoroglo Neto, Diretor Médico e de Serviços Hospitalares do Einstein:

“Em 05 de agosto, Fausto Silva deu entrada no Hospital Israelita Albert Einstein para tratamento de insuficiência cardíaca, condição que vem sendo acompanhada desde 2020. Ele encontra-se sob cuidados intensivos e, em virtude do agravamento do quadro, há indicação para transplante cardíaco. O paciente está em diálise e necessitando de medicamentos para ajudar na força de bombeamento do coração. Fausto Silva já foi incluído na fila única de transplantes, regida pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, que leva em consideração, para definição da priorização, o tempo de espera, a tipagem sanguínea e a gravidade do caso”.

Na sexta (18), o apresentador divulgou um vídeo gravado no hospital em que contava estar em tratamento. O vídeo foi compartilhado por João Guilherme, seu filho, em uma rede social.

No vídeo, Faustão citou a necessidade de cirurgia, pediu orações e citou a equipe médica que o acompanha.

“Eles vão decidir que tipo de cirurgia podem fazer. Eu peço que, para quem goste de mim, reze por mim.”

Último programa
Em junho deste ano, Fausto Silva deixou o comando de seu programa na Band, após um ano e meio. Desde então, a atração vinha sendo apresentada por seu filho e pela jornalista Anne Lottermann.

O programa foi encerrado na última sexta, com um episódio gravado e inédito que reuniu Fausto e os três filhos no palco.

G1

Postado em 21 de agosto de 2023

Esquerda volta a mostrar força no Equador e disputa 2º turno com ‘outsider’ liberal

Após a corrida eleitoral mais sangrenta de sua história, o Equador levou ao segundo turno dois ex-deputados: a esquerdista Luisa González, ligada a Rafael Correa, presidente de 2007 a 2017, e o empresário liberal Daniel Noboa, um “outsider” de centro- direita, que disputarão o cargo em 15 de outubro.

Com quase 80% das urnas apuradas, ela aparece com 33%, enquanto ele soma 24%. Pelas regras do país sul-americano, para ser eleito já no primeiro turno, um candidato precisa levar mais de 40% dos votos e ainda ter dez pontos percentuais de vantagem em relação ao segundo colocado.

Em terceiro lugar ficou Christian Zurita (16%), que substituiu Fernando Villavicencio , assassinado a tiros 11 dias antes do pleito. Em seguida, vêm o direitista Jan Topic (15%), o centrista Otto Sonnenholzner (7%) e o líder indígena Yaku Pérez (4%). Bolívar Armijos e Xavier Hervas não chegaram a 1% cada um.

O resultado ensaia uma volta da força de esquerda correísta ao Equador, que também somou vitórias nas eleições regionais em fevereiro. Do outro lado, será um candidato que representa a elite econômica e empresarial, como ocorreu em 2021, quando venceu o banqueiro Guillermo Lasso, atual presidente.

Os equatorianos foram às urnas neste domingo (20) antecipadamente porque, em maio, Lasso dissolveu a Assembleia Nacional e convocou novas eleições para escapar de um impeachment, sob pressão de corrupção. Assim, o novo líder eleito só exercerá seu mandato por um ano e meio, até maio de 2025.

O tempo é considerado curto para resolver uma crise de segurança vivida pela nação, que viu uma guerra entre gangues de narcotraficantes explodir nas ruas e nas prisões nos últimos dois anos. A taxa de homicídios triplicou nesse período, de 7,8 para 25,9 por 100 mil habitantes, resvalando até na corrida presidencial.

A explosão da violência ocorreu num contexto de aumento da produção global de cocaína , que fez os portos estratégicos do país ganharem santuário na rota aos EUA , à Europa e à Ásia . Assim, grupos locais cresceram, armados e financiados por cartéis colombianos e mexicanos, sem qualquer preparo do Estado .

Luisa González é uma das únicas que propõe “reafirmar o monopólio do Estado sobre as armas” para reduzir a criminalidade – em abril, Lasso autorizou o porte de armas a civis ao decretar estado de emergência parcial no país. Ela também promete reduzir a impunidade, aperfeiçoar a capacidade de investigação e implementar programas educativos, sem detalhar como fará isso.

A ex-deputada já vinha se destacando nas pesquisas, mas havia dúvidas se o assassinato de Villavicencio lhe tiraria votos, já que ele era um grande opositor de Correa. González concorreu pelo Movimento Revolução Cidadã, sigla fundada pelo ex-presidente, que se exilou na Bélgica após ser condenado por corrupção.

Já Daniel Noboa é filho do milionário Álvaro Noboa, que já tentou chegar à Presidência cinco vezes sem sucesso, inclusive contra Correa. Entre suas propostas para a segurança pública estão a militarização dos portos e das fronteiras do país para combater o tráfico de drogas. Ele também fala em criar empregos para jovens e atrair investimento estrangeiro.

Noboa foi uma surpresa, já que todos os outros candidatos estavam embolados atrás de González nas sondagens. Formado em administração pública na Universidade de Harvard, nos EUA, ele teve um perfil mais comedido como congressista, mas começou a se soltar desde que se candidatou à Presidência e cresceu a partir do debate eleitoral do dia 12, pelo jeito direto e firme de falar .

Os dois adversários que agora vão ao segundo turno perderam seus mandantes quando Lasso fechou a Assembleia, há três meses. Agora, também foram eleitos 137 novos legisladores, que assumirão em 26 de outubro —o partido de Luisa González sai na frente até agora. Sem maioria na Casa, Lasso não conseguiu governar.

Contrariando o clima de medo e tensão que dominou a reta final da campanha, com a morte de um presidente e diversos outros episódios de violência armada envolvendo candidatos, o Equador atravessou este domingo de eleição sem registrar maiores incidentes.

A segurança dos locais de votação foi atendida com efetivos maiores de militares na porta das salas e aguardadas nas entradas das escolas, revistando mochilas e bolsas. Em algumas cidades, os candidatos tiveram que passar inclusive por revistas corporais e detectores de metais.

Já os candidatos votam sob um forte aparato de segurança. “Nas eleições passadas usei o TikTok, desta vez venha com colete à prova de balas”, disse o postulante Xavier Hervas, a proteção por baixo da camisa. Chamou atenção o caso de Christian Zurita, substituto de Villavicencio, que usava um capacete e foi coberto por uma manta à prova de balas na hora de devoto, após relatar ameaças .

Esse contexto não suportou a participação nas urnas, como se temia: 83% dos equatorianos compareceram, índice levemente superior ao dos últimos primeiros turnos. A soma de votos nulos e em branco também foi a mais baixa dos últimos dez anos (8,7%), apesar da grande indecisão que rondou o pleito “expresso”.

Além da crise na segurança, o novo presidente terá que lidar com outras questões. Mesmo com taxas de emprego estáveis, 52% dos postos de trabalho ocupados no país são informais — cifra que gira em torno de 40% no Brasil. Já a pobreza atingiu 27% da população em dezembro, nível mais alto que na pré-pandemia, período em que o Equador sofreu bastante economicamente.

Esses fatores, somados à piora da violência, levaram a um aumento das tentativas de migração legal e ilegal para outros países, principalmente para os EUA. Recentemente, os equatorianos se tornaram, atrás dos venezuelanos, a segunda nacionalidade que mais se arriscou a atravessar a perigosa selva de Darién .

Folha de SP

Postado em 21 de agosto de 2023

Casos de sífilis aumentam na população adulta e em bebês no pós-pandemia

Os casos de sífilis tiveram aumento no Brasil em todas as faixas etárias e sexos no período pós-pandemia.

Enquanto os novos casos diagnosticados estavam em ascensão até 2018, houve uma estabilização dos casos, em 2019, seguida de uma queda em 2020, o primeiro ano da pandemia. Agora, os novos diagnósticos voltaram a crescer.

Em 2021, foram registrados 167.523 casos de sífilis adquirida (em adultos) e 74.095 em gestantes. Os dados representam uma taxa de 78,5 casos a cada cem mil habitantes, na sífilis adquirida, e 27,1 casos a cada 1.000 nascidos vivos, na sífilis em gestantes.

No ano anterior, a taxa de sífilis adquirida havia sido de 59,1 casos para cada cem mil habitantes, e a taxa de sífilis em gestantes, 24,1 a cada 1.000 nascidos vivos.

Houve ainda o registro de 27.019 casos de sífilis congênita, que ocorre pela transmissão da mãe para o bebê durante a gestação, equivalente a uma taxa de 9,9 casos a cada 1.000 nascidos vivos, com 192 óbitos no mesmo ano. Em 2020, a taxa era de 8,5.

Já no primeiro semestre de 2022, foram mais de 122 mil novos casos da doença, sendo 79,5 mil casos de sífilis adquirida, 31 mil em gestantes e 12 mil casos de sífilis congênita.

Os dados são do boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, que compilou as notificações de sífilis no Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) até 30 de junho de 2022.

O aumento dos casos da doença preocupa principalmente em relação aos novos registros de sífilis congênita e em grávidas. Em 2021, houve uma queda na adesão ao tratamento de gestantes em comparação ao ano anterior, passando de 88,7% para 81,1%.

“O aumento de casos de sífilis é preocupante, pois é um problema de saúde pública no país, e o acesso adequado aos serviços de saúde, à testagem e ao tratamento no pré-natal refletem no aumento de diagnósticos”, afirma Angélica Espinosa, diretora do programa de IST da SVSA (Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente) do Ministério da Saúde.

Uma das ISTs (infecções sexualmente transmissíveis, antes chamadas DSTs) mais antigas, a sífilis é causada pela infecção da bactéria Treponema pallidum e só ocorre no ser humano. Seu tratamento é por meio da penicilina.

No caso da sífilis congênita, o tratamento indicado é a penicilina benzatina (benzetacil), amplamente distribuído no SUS (Sistema Único de Saúde). “O benzetacil é o único medicamento que consegue atravessar a barreira transplacentária”, explica Espinosa. “Quando a sífilis é detectada na gestante, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível para evitar a chamada transmissão vertical [da mãe para o bebê]”, lembra.

Ainda segundo o boletim do Ministério da Saúde, a incidência de sífilis congênita no país apresentou um crescimento médio de 17,6%, entre 2011 e 2017, seguida de estabilidade nos anos subsequentes e aumento de 16,7% em 2021. Uma das possíveis explicações para essa subida é o comprometimento de ações preventivas na assistência pré-natal.

“De modo geral, acho que ainda não conseguimos no Brasil evoluir para tratar a saúde sexual, e os últimos anos contribuíram muito para prejudicar o acesso [aos serviços de saúde] e a comunicação”, explica a epidemiologista Maria Amélia Veras, professora de saúde coletiva da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

Em relação à média nacional, nove estados têm taxas de sífilis em gestantes acima da média do país, de 27,1 casos a cada 1.000 nascidos vivos, e dez apresentam taxa de sífilis congênita maior que 9,9. O estado que apresentou a maior incidência de sífilis congênita e de detecção de sífilis em gestantes foi o Rio de Janeiro, com 26 casos a cada 1.000 nascidos vivos em bebês e 62,6 casos a cada 1.000 em gestantes.

Segundo ela, no caso da sífilis em gestantes existe um agravante que é o receio da mulher em notificar, já que ela pode sofrer violência doméstica e agressões do marido se ele julgar que ela foi infiel. “Os parceiros sexuais como um todo precisam ser testados e, embora haja recomendações muito claras sobre isso, os serviços não conseguem fazer”, afirma.

Porém, a sífilis é uma doença que atinge a todos os grupos indiscriminadamente. “Não existe isso de grupos de risco porque a sífilis adquirida qualquer pessoa pode pegar, ela envolve todos os grupos e orientações sexuais. O que temos são aquelas determinantes sociais que vão provocar iniquidades no acesso, por exemplo de populações mais vulnerabilizadas”, explica a médica.

Nos últimos anos, houve uma diminuição, principalmente no público mais jovem, da adesão aos métodos contraceptivos, o que vem sendo refletido também em um aumento de outras ISTs. “O uso correto de preservativos é a medida mais importante de prevenção não só da sífilis mas de outras ISTs”, afirma Espinosa, da pasta da Saúde.

CASOS AUMENTAM TAMBÉM NA POPULAÇÃO GERAL
Dentre a população como um todo, os casos de sífilis adquirida tiveram um aumento de 336% na última década, e a maior prevalência ainda é no público masculino (60,6%) e na faixa etária de 20 a 29 anos (35,6%) e 30 a 39 anos (22,3%) na série histórica.

Como historicamente as notificações de sífilis em adultos não eram compulsórias, há uma subnotificação dos registros, segundo Veras. “Como toda IST, há uma subnotificação, e nós temos observado um claro aumento de sífilis no Brasil. Os registros oficiais têm um aumento geralmente quando o Ministério [da Saúde] faz um esforço para capacitação e rastreamento”, diz.

Por isso, são importantes campanhas de conscientização e rastreamento de populações vulneráveis. “A [pasta da] Saúde estimula e enfatiza a prevenção de sífilis, com campanhas voltadas especificamente para o combate às ISTs, durante o Carnaval, e em outubro, no dia nacional de combate à sífilis congênita e adquirida”, completa Espinosa.

Folha SP

Postado em 21 de agosto de 2023

Ônibus com torcedores do Corinthians tomba na Fernão Dias e oito morrem

Um ônibus que transportava 43 torcedores do Corinthians tombou por volta das 3h deste domingo (20/8) na BR-381, altura do Km 526, em Brumadinho, na Grande BH, matando ao menos oito pessoas e deixando 35 feridos feridos, de acordo com informações do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG).

Inicialmente, foi divulgada a informação de que, no local, sete pessoas morreram. No entanto, por volta das 9h30, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) emitiu um comunicado dando conta de oito mortos ao todo. A oitava vítima pode ter morrido a caminho do hospital.

O transporte particular retornava depois da partida ocorrida em Belo Horizonte, a 60 quilômetros do local do acidente, ocorrida no dia anterior, no Mineirão. Cerca de dez torcedores ficaram presos às ferragens do ônibus tombado.

O local é uma forte descida, com curvas fechadas. Ainda não foi divulgada a causa do acidente, mas o ônibus bateu na encosta da serra e tombou, deslizando tombado pelo asfalto e espalhando destroços.

O segmento é conhecido como a Alto da Conquista e é um dos trechos mais perigosos da Rodovia Fernão Dias, por se tratar de um trecho sinuoso e de serras, com curvas fechadas e declives fortes, apesar de duplicado, dotado de separação de pistas por barreira de concreto e contar com acostamento.

Nesse mesmo trecho, três quilômetros adiante, se encontra o local que foi considerado o mais mortal da Fernão Dias e o segundo pior de Minas Gerais, entre 2020 e 2022, quando sete pessoas morreram e quatro pessoas ficaram feridas, como mostrou a reportagem do Estado de minas.

O acidente com os torcedores agravou a situação do Km 525. O pior techo de Minas Gerais fica no Km 509 da BR-251, que registrou nove mortes e 12 feridos no mesmo período.

A concessionária que administra a rodovia, a Arteris Fernão Dias, informou que “está atuando no atendimento com o envio de viaturas e mais de 20 colaboradores mobilizados no local”, sendo que a prioridade seria o atendimento às vítimas e liberação do fluxo.

Estado de Minas

Postado em 20 de agosto de 2023

Espanha derrota Inglaterra e conquista primeiro título da Copa do Mundo Feminina

A Espanha venceu a Inglaterra na final da Copa do Mundo Feminina, realizada no Estádio Olímpico de Sidney, na Austrália, e conquistou seu primeiro título na história da competição. A lateral esquerda e capitã Olga Carmona, aos 28 minutos da etapa inicial, fez o gol que garantiu a taça ao time espanhol. Jenni Hermoso ainda perdeu um pênalti no segundo tempo, mas nada que atrapalhasse a festa das campeãs.

A Espanha se torna o primeiro país a conquistar títulos de Copa tanto no masculino quanto no feminino.

A La Roja, privada de alguns de seus melhores talentos por um motim contra o técnico Jorge Vilda apenas alguns meses atrás e goleada por 4 a 0 para o Japão na fase de grupos, derrotou a Inglaterra para conquistar merecidamente seu primeiro título importante em apenas sua terceira Copa do Mundo.

Aitana Bonmati e Teresa Abelleira comandaram o jogo no meio-campo espanhol e a margem de vitória teria sido maior se a goleira inglesa Mary Earps não tivesse defendido um pênalti no segundo tempo.

A segunda derrota da Inglaterra em 39 partidas desde que Sarina Wiegman assumiu o cargo de treinadora negou ao time inglês a chance de somar o primeiro título mundial ao título do Campeonato Europeu conquistado no ano passado.

A primeira final da Copa do Mundo Feminina a não contar com os Estados Unidos ou a Alemanha começou em um ritmo bastante acelerado, com a Inglaterra quase aproveitando a vantagem na batalha de duas estreantes finalistas.

A atacante Lauren Hemp continuou de onde parou na semifinal contra a Austrália e desviou a bola para o gol aos cinco minutos, antes de acertar um chute na trave 12 minutos depois.

A Espanha respondeu imediatamente, com Carmona atravessando o flanco esquerdo e cruzando o gol, mas a ala Salma Paralluelo não conseguiu fazer contato e o chute de Alba Redondo da trave mais distante foi bem defendido por Earps.

A Espanha assumiu a liderança do placar pouco antes da marca de meia hora, depois que a Inglaterra foi despojada no meio-campo e Abelleira fez um passe sublime para Mariona Caldentey, que deslizou a bola para Carmona.

A lateral-esquerdo entrou na área e disparou com um chute angular que passou pela ponta dos dedos de Earps e foi para o canto oposto da rede.

O gol pareceu derrubar a Inglaterra, e a Espanha levou a melhor no resto do tempo, com Paralluelo acertando a trave pouco antes do intervalo.

A Inglaterra mostrou sua adaptabilidade ao longo do torneio e Wiegman mudou de três para quatro na defesa após o intervalo, enquanto colocava Lauren James no lugar de Alessia Russo na frente.

O jogo da Espanha, por outro lado, não mudou e eles continuaram avançando com Caldentey fazendo uma bela defesa de Earps com um chute da entrada da área aos 50 minutos.

Bonmati acertou a barra com um chute de longa distância logo após a marca de uma hora e a espanhol apelou veementemente por um toque de mã contra Keira Walsh durante sua próxima visita à área da Inglaterra.

A marcação do pênalti pareceu uma formalidade desde o momento em que a árbitra Tori Penso foi instruída pelo VAR a revisar a filmagem, mas Earps mergulhou rasteiro para a esquerda para impedir a cobrança de pênalti de Jennifer Hermoso.

James teve um chute desviado por cima da barra pela goleira espanhola Cata Coll aos 75 minutos, mas a Espanha não se contentou em ficar na liderança e Earps teve que estar ao seu melhor para barrar Ona Batlle quando o relógio atingiu a marca dos 90 minutos.

A Inglaterra lançou todos os 11 jogadores para a frente para um escanteio nos acréscimos, mas Coll, jogando apenas sua quarta internacional, saiu com confiança para pegar a bola.

CNN

Postado em 20 de agosto de 2023

Esquenta crise entre militares e PF, e FAB proíbe policiais em voos de viagens de Lula

A crise entre as Forças Armadas e a Polícia Federal ganhou um novo capítulo. Segundo integrantes da Polícia Federal, a Força Aérea Brasileira passou a proibir policiais em seus voos que levam a equipe de Lula na missão precursora a uma viagem do presidente ao exterior.

As precursoras são viagens em que uma equipe do staff presidencial chega dias ou até semanas antes do presidente no destino, para reservar hotel, fazer inspeções de segurança e tomar outras decisões logísticas. Nos voos operados pela FAB, os PFs estão sendo vetados e obrigados a viajar em voos de carreira.

Segundo relatos de policiais, não é o único problema criado para eles. O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) também estaria cortando os PFs das reservas de hotel que são feitas.

Metropoles

Postado em 20 de agosto de 2023

Nação pertence a Jesus, não a Alexandre de Moraes, diz Malafaia na Marcha para Jesus Rio

A Marcha para Jesus do Rio de Janeiro começou neste sábado (19) com um ataque do pastor Silas Malafaia a um velho inimigo seu.

“Esta nação pertence a Jesus, não pertence a Alexandre de Moraes, não pertence a governante nenhum”, disse aos milhares de fiéis que prestigiam a edição carioca do maior evento evangélico do Brasil.

Moraes é ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), atual presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e rival declarado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus fieis seguidores.

“Eu não tenho medo desse cara”, Malafaia discursou, agora na praça da Apoteose, palco no Carnaval dos desfiles das escolas de samba do Rio. É a parada final da Marcha.

A massa evangélica reagiu entusiasmada à nova provocação contra o ministro do STF que, segundo o pastor, é um “ditador” que lidera a “ditadura da toga”.

Moraes, continua o líder religioso, cerceia redes sociais e “bota gente na cadeia” enquanto “estamos vendo uma imprensa covarde e omissa, uma grande parte de senadores covardes e omissos, um STF calado e omisso”.

Malafaia ainda saiu em defesa da turma encarcerada sob acusação de participar da depredação vista em Brasília no antidemocrático 8 de janeiro.

“Tem irmãos nossos a meses presos sem ter uma prova que estavam na baderna.”

A investida contra o ministro ocupou a maior parte de sua fala.

“Senhor Alexandre de Moraes, ditador da toga, a sua casa ainda vai cair. Dou duas hipóteses: ou vai cair pelas mãos de Deus, ou porque o Senado vai tomar vergonha na cara [e tocar um impeachment], ou porque o povo é o supremo poder da nação.”

Malafaia apostou na expansão do seu campo religioso para que as bandeiras conservadoras se fortaleçam. “Estão muito preocupados com o crescimento da igreja porque ela saiu das quatro paredes e está se posicionando como cidadão deste país.”

Então presidente, Bolsonaro esteve no ato de 2022, mas declinou o convite para este ano. Achou que seria uma provocação desnecessária em meio a reveses judiciais e policiais que sofre.

Antes de Malafaia falou o pastor Cláudio Duarte, que lidera com ele o ranking de líderes evangélicos mais influentes das redes sociais brasileiras, segundo pesquisa Datafolha. Duarte falou em “mostrar a força de um país” e instigou a multidão a repetir que “a nação pertence ao Senhor”.

O mote deste ano é liberdade de expressão, tema que agita a base bolsonarista, ainda forte nas igrejas evangélicas. Antes da caminhada, fiéis davam interpretações diversas para o tema. Diziam que, sob a Presidência de Lula (PT), o funcionamento dos templos está a perigo, algo que não encontra lastro na realidade.

Também citaram empecilhos judiciais e digitais para expressar opiniões conservadoras comuns no meio, como a ideia de que ser LGBTQIA+ é pecado aos olhos de Deus.

“Tenho dois vizinhos que dizem que meu Deus é horrível porque Ele não quer homem com homem. Mas a Bíblia diz isso. E se eu disser que eles são a escória, a errada sou eu”, afirma a esteticista Clara Maria, 39, evocando a tradução de um versículo de Levítico que define como abominação o sexo homoafetivo.

Para o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), da igreja de Malafaia, o recado do seu pastor foi claro. O tema da Marcha seria oportuno nesse sentido.

“Lamentavelmente, com o advento das redes sociais, estamos vendo que a Justiça brasileira, em especial o STF, está com dificuldade de entender o significado pleno de liberdade de expressão.”

Segundo Sóstenes, que em 2022 presidiu a bancada evangélica no Congresso, censurar conteúdos que não estejam alinhados “ao politicamente correto” incomoda muitos brasileiros.

Exemplifica: David Eldridge, pastor dos EUA, virou alvo do Ministério Público ao dizer “à luz da sua fé”, num culto em Brasília, que pessoas LGBTQIA+ não merecem o céu.

“Todo homossexual tem uma reserva no inferno, toda lésbica tem uma reserva no inferno, todo transgênero tem uma reserva no inferno, todo bissexual tem uma reserva no inferno”, afirmou em fevereiro.

O parlamentar diz que sua própria equipe de mídia adotou a prática de trocar algumas letras de palavras-chave por números, para escapar do algoritmo que impediria a propagação de alguns discursos considerados nocivos por big techs. Seria o caso de “assassinato” e “homossexualidade”, diz.

O evento começou com proporções mais modestas do que as da Marcha para Jesus original, de São Paulo. Elas só compartilham o nome, mas a organização é outra —do Comerj (Conselho de Ministros Evangélicos do Rio de Janeiro), hoje sob liderança de Cláudio Duarte.

Ainda assim, a mancha fiel superlotou uma faixa da avenida Presidente Vargas, uma das principais do centro carioca. Segundo Malafaia, sua igreja sozinha, a Assembleia de Deus Vitória em Cristo, levou 250 ônibus para o ato.

O trio elétrico líder, alguns reparavam a ironia, chama-se Padilhão, superlativo do ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), um dos interlocutores do governo escalado para quebrar a resistência de boa parte do segmento com Lula.

Folha de SP

Postado em 20 de agosto de 2023

Tebet defende apreensão do passaporte de Bolsonaro e diz que o “cerco fechou” contra ele

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, defendeu que a Polícia Federal apreenda o passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como forma de evitar que ele saia do país durante as investigações da corporação em curso.

“Não se enganem, busquem o mais rápido possível apreender o passaporte, porque quem fugiu para não passar a faixa para um presidente que foi legitimamente eleito pelo povo, com certeza vai querer abandonar o Brasil para poder salvar a própria pele”, disse na cerimônia de posse do novo presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Marcio Pochmann, nesta sexta-feira (18).

A ministra afirmou ainda que “o cerco fechou” em torno do ex-presidente, ao citar as investigações policiais sobre as joias sauditas e as acusações da CPMI que colocam Bolsonaro como um dos responsáveis pelos ataques criminosos de 8 de janeiro.

“Podemos dizer que o cerco se fechou contra o ex-presidente da República. Está claro, está apontando como autor, como mandante da tentativa de fraude às urnas eletrônicas, tentativa de fraude à decisão sempre legítima do povo brasileiro, de escolher o seu sucessor. A tentativa de violar, de atentar com a democracia brasileira”, disse.

Tebet também citou Ulysses Guimarães, um dos principais opositores à ditadura, ao dizer que “traidor da Constituição é traidor da pátria”. “Temos ódio e nojo à ditadura. Digo eu que, a eles, o rigor da lei. Não se enganem.”

As declarações da ministra vêm um dia depois que o hacker Walter Delgatti Neto disse na CPMI do 8 de janeiro que o ex-presidente pediu para que ele assumisse a autoria de um grampo que teria sido realizado contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Há ainda a expectativa de que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid confesse que o ex-presidente mandou que ele vendesse as joias dadas de presente pela Arábia Saudita ao governo brasileiro.

A informação foi inicialmente publicada pela revista “Veja” e confirmada pela CNN com o advogado Cezar Bitencourt. “Eu só digo uma coisa: Mauro Cid é inocente”, afirmou. “É evidente que Bolsonaro é quem deu a ordem. Cid, como um militar disciplinado, seguiu ordens”, adicionou o advogado.

“Não há nada contra mim”, diz Bolsonaro
Na quinta (17), em entrevista à CNN, Bolsonaro disse que nunca pegou dinheiro de ninguém e lamenta o que está acontecendo com o seu ex-ajudante de ordens.

“Eu não peguei dinheiro de ninguém. Minha marca é a honestidade e sempre será. Contra mim, não tem absolutamente nada. Não há nada de concreto contra mim. O tempo vai mostrar tudo”, afirmou Bolsonaro.

Questionado sobre a possibilidade de o ex-auxiliar confessar que foi orientado por ele a vender as joias, Jair Bolsonaro lamentou o episódio.

“Acredito que o Cid esteja preocupado com o pai dele. Soube que tanto o pai como a mãe estão deprimidos. Ele já está preso há mais de 100 dias. Quem não fica abalado? É triste isso. Eu lamento tudo o que está acontecendo”, explicou.

CNN

Postado em 19 de agosto de 2023