A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou, nesta segunda-feira (6/2), a incorporação de quatro medicamentos ao rol de procedimentos a serem cobertos pelos planos de saúde no Brasil. Entre eles, está o onasemnogeno abeparvoveque, que é o remédio mais caro do mundo, vendido por cerca de R$ 6,4 milhões no mercado privado.
O medicamento é indicado para o tratamento de crianças com atrofia muscular espinhal (AME) do tipo 1, com até 6 meses de idade que estejam fora de ventilação invasiva por mais de 16 horas ao dia.
Com as mudanças, também entra nas listas de medicamentos cobertos:
Dupilumabe, para o tratamento de pacientes adultos com dermatite atópica grave com indicação de tratamento sistêmico e que apresentem falha, intolerância ou contraindicação à ciclosporina; Zanubrutinibe, para tratamento de pacientes adultos com linfoma de células do manto (LCM) que receberam pelo menos uma terapia anterior; Romosozumabe, para o tratamento de mulheres com osteoporose na pós-menopausa, a partir dos 70 anos, e que falharam ao tratamento medicamentoso.
Em dezembro, o medicamento passou a ser fornecido pelo Sistema Unificado de Saúde (SUS), depois de análise da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias ao Sistema Único de Saúde (Conitec) e consulta pública – mais de 1,2 mil participantes contribuíram com a decisão.
A cobertura pelo SUS indicava que o plano de saúde também deveria cobrir o medicamento quando fosse prescrito pelo médico assistente para administração em internação hospitalar, nos planos de segmentação hospitalar (com ou sem obstetrícia) e planos-referência. Com a mudança, no entanto, ele passa a ter cobertura também para prescrições feitas em âmbito ambulatorial.
Doença muito rara A AME é uma doença genética ultrarrara, que afeta o neurônio motor espinhal. O tipo 1 é o mais comum, ele corresponde a 60% dos casos. Os sintomas aparecem antes dos seis meses de vida e a criança pode perder a capacidade de se movimentar ainda no primeiro ano se não tratada adequadamente.
As quatro tecnologias passam a ser oferecidas aos usuários dos planos de saúde a partir da publicação no Diário Oficial da União da atualização da resolução normativa que trata do Rol, o que deve ocorrer nesta semana.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está analisando uma ação, movida pela campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro, em que a chapa do presidente Lula é acusada de abuso de poder econômico e de caixa dois por ter feito uma “Super Live” com artistas em setembro.
A campanha de Jair Bolsonaro acusa Lula de omitir a participação de artistas na “Super Live” da prestação de contas e de ter usado shows para atrair votos.
Para a defesa de Lula, os artistas não foram prestadores de serviços da campanha. Os advogados do presidente argumentam que se trata do exercício regular da liberdade de expressão dos envolvidos na “live”, e não de um “showmício”.
A campanha de Bolsonaro pede que seja apurado o cachê cobrado pelos artistas normalmente. O argumento é de que a participação gratuita no evento seria uma doação estimável em dinheiro, que deveria ter sido declarada.
Os advogados do ex-presidente acusam Lula de abuso de poder econômico e de ter, supostamente, omitido essas doações da declaração.
Em um relatório de 18 de janeiro, a assessoria do TSE constatou que a participação dos artistas de fato não foi declarada.
“Em relação à lista de artistas (…), não foi identificada declaração de doações estimáveis recebidas ou de despesas efetuadas na referida prestação de contas relacionada às pessoas citadas”, diz a manifestação da Assessoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias (Asepa) do TSE.
Miguel Novaes, advogado eleitoral de Lula, diz que a manifestação da Asepa só corrobora que não houve qualquer abuso de poder econômico. Segundo ele, não cabe declarar o serviço dos artistas, já eles que estavam apenas se manifestando politicamente.
A “Super Live” para promover Lula contou com artistas como Daniela Mercury, Juliano Maderada, Paulo Miklos, Johnny Hooker, Pabllo Vittar, entre outros. Na prestação de contas, o partido declarou um gasto de cerca de R$ 1 milhão com as produtoras que montaram o evento.
Ainda em setembro do ano passado, o Corregedor-Geral da Justiça Eleitoral, Benedito Gonçalves, disse, em uma decisão preliminar na ação, tratar-se de uma questão inédita, já que os artistas estavam executando jingles de campanha, e não canções de seus repertórios musicais.
Segundo ele, nunca foi analisado se uma campanha pode trazer artistas para executar jingles eleitorais neste formato. Artistas podem se expressar e se posicionar politicamente, mas não podem oferecer shows de graça.
Ele conclui dizendo que caberá ao TSE, após a investigação pertinente, “avaliar se, em caso de apresentação ao vivo, a execução de jingle adquire os mesmos contornos da execução de repertório comercial, sendo por isso vedada; ou se consiste em variável da manifestação de apoio político, abrangida pela liberdade de expressão”.
O bilionário Alberto Safra processou sua mãe e dois irmãos em meio a uma disputa sobre a fortuna do pai, Joseph Safra, morto em 2020, de acordo com uma ação aberta nesta segunda-feira (6) na Suprema Corte do Estado de Nova York.
No processo, Alberto acusa seus familiares de diluir de propósito a participação dele na holding do Safra National Bank, em um esforço para expulsá-lo do império da família.
Alberto diz na ação que sua mãe, Vicky Safra, e os irmãos Jacob e David Safra se envolveram em atos de improbidade corporativa para prejudicar os interesses dele na empresa.
“Em razão de atos ilegais e agressivos praticados por seus irmãos, Alberto Safra não teve alternativa senão ingressar com ação judicial na Suprema Corte de Nova York para proteger os seus direitos. É lamentável que David e Jacob Safra tenham tomado tais ações ilegais. Por meio da ação judicial, Alberto Safra busca a proteção dos seus direitos”, afirmou, em nota.
Alberto renunciou ao conselho de administração do Safra em novembro de 2019, após uma disputa com seu irmão mais novo, David. Em 2021, Alberto e a família chegaram a se aproximar de um acordo sobre o testamento de seu pai, para evitar litígios sobre uma fortuna de quase 15 bilhões de dólares, segundo publicou a Reuters.
Em nota, a família Safra afirmou que poucos meses após receber a doação dos pais como antecipação de sua herança, Alberto deixou o Banco Safra sem atender aos apelos feitos pelo seu pai e iniciou seu negócio.
A família Safra afirmou ainda que Joseph, na época, conversou com diversos executivos solicitando que não acompanhassem Alberto, já que se tratava de uma afronta a ele próprio. “Após diversas recusas de Alberto de mudar seus planos, Joseph o deserdou e tomou medidas naquele momento.”
“A família lamenta o caminho adotado por Alberto, que primeiro atentou contra o pai em vida e agora o faz contra sua memória, e refuta suas alegações”, conclui o comunicado.
O controle do espaço aéreo, a maior presença do Estado e a decisão anunciada – ainda que sem data – de retirada dos garimpeiros da Terra Indígena Yanomami levaram a uma mobilização de grupos de invasores do território. Eles passaram a deixar o lugar ou a tentar fugir de alguma forma.
O movimento é acompanhado por integrantes da Polícia Federal (PF), que confirmam a intensificação das fugas dos garimpos nos últimos dias. O quadro já foi detectado também pelo primeiro escalão do governo federal, que declarou estado de emergência em saúde pública na terra indígena no último dia 20.
Inflação clandestina
Os garimpeiros passaram a enfrentar uma inflação nos preços dos voos clandestinos de helicóptero para deixar o território, cobrados pelos próprios garimpeiros detentores de aeronaves. Um único voo passou a custar R$ 15 mil por pessoa, conforme relatos de invasores levados em conta no monitoramento feito pela PF.
Parte dos garimpeiros tenta chegar à Venezuela, segundo integrantes da PF, e há movimentos de fuga voltados até mesmo para a Guiana, distante da terra indígena. Parte do território yanomami está na fronteira com a Venezuela. Uma das regiões mais atingidas pela crise de saúde, com explosão de casos de malária e desnutrição grave, é Auaris, que fica próxima da fronteira.
Barcos
O garimpo ilegal de ouro avançou tanto, com a conivência e o estímulo do governo Jair Bolsonaro (PL), que chegou até comunidades de Auaris. Garimpeiros estão tentando deixar a terra indígena também em barcos. Outros dizem estar ilhados, sem condições de sair do território e com mantimentos se esgotando.
Passaram a ser mais frequentes caminhadas pela mata -chamadas de varadouros- até pistas clandestinas, na expectativa de voos que permitam a saída do lugar.
A presença de mais de 20 mil garimpeiros na terra yanomami, por tanto tempo, só foi possível em razão da grande quantidade de voos clandestinos que operam no território. Mesmo com a declaração de emergência, com a maior presença de equipes de saúde em Auaris e Surucucu e com a atenção voltada à crise dos yanomamis, o garimpo vinha executando mais de 40 voos por dia.
No último dia 1º, a FAB (Força Aérea Brasileira) deu início a um controle do espaço aéreo na terra indígena, a partir de um decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que ampliou o poder de atuação do Ministério da Defesa e permitiu a criação da Zida (Zona de Identificação de Defesa Aérea).
Em uma área ficaram proibidas aeronaves, a não ser militares ou relacionadas à operação de emergência. Foram especificadas ainda áreas reservadas ou restritas. Radares móveis passaram a dar suporte a esse controle do espaço aéreo.
“As aeronaves que descumprirem as regras estabelecidas nas áreas determinadas pela Força Aérea estarão sujeitas às medidas de proteção do espaço aéreo”, disse a Aeronáutica, em nota.
Socorro ao governador
Garimpeiros que dizem estar ilhados e sem condições de deixar a terra indígena passaram a recorrer ao governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), que defende a atuação dos invasores. O governador passou a interceder pelos garimpeiros, inclusive junto ao governo federal.
Denarium afirmou no último dia 29 que os indígenas “têm que se aculturar, não podem mais ficar no meio da mata, parecendo bicho”. O Ministério Público Federal (MPF) abriu um inquérito para investigar a fala do governador, por ter identificado potencial discriminatório no que ele disse.
Garimpeiros têm usado os indígenas de aldeias próximas ou coladas aos garimpos para tentarem algum tipo de apoio na saída do território. Em vídeos, eles dizem que ajudam os yanomamis.
Governo estadual
Neste sábado (4), o Governo de Roraima divulgou vídeos que circulam pelo WhatsApp com registro dos movimentos feitos por garimpeiros, e encampou os pedidos. “São homens, mulheres e crianças que, tendo conhecimento das operações que deverão ocorrer nos próximos dias, resolveram se antecipar e evitar problemas com a Justiça”, diz nota divulgada pelo governo local.
Denarium, que é bolsonarista, fez contato com os ministros Rui Costa (Casa Civil) e José Múcio (Defesa) para comunicar o que estava ocorrendo na terra indígena e para pedir um apoio do governo federal no “recebimento e incentivo a esses trabalhadores que desejam sair de forma espontânea e pacífica”.
A nota do Governo de Roraima não faz menção a Sônia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas, que foi a Boa Vista no começo da manhã deste sábado (4) para acompanhar o andamento das ações de emergência em saúde. Ela e sua equipe permanecem no estado até este domingo (5).
Na tarde de sábado, a ministra confirmou que o governo tem conhecimento das tentativas de saída espontânea por grupos de garimpeiros. “É bom que saiam mesmo. Retirar 20 mil garimpeiros demora um tempinho”, disse Guajajara. “Se eles começam a sair, estão corretos. Melhor para todo mundo se saem sem precisar da ação da força de segurança.”
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse em entrevista na última sexta-feira que pretende retornar ao Brasil “nas próximas semanas” e fazer “oposição responsável ao atual governo” do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A declaração foi feita enquanto Bolsonaro participava do podcast ‘The Charlie Kirk Show’, fundador da organização conservadora TPUSA (Turning Point USA).
Perguntado se “voltará para a política”, o ex-presidente respondeu:
— Tenho que continuar na política. É aquilo [a atividade] na qual me descobri, um pouco tarde, talvez. Mas por ausência de lideranças de direita no Brasil, me vejo na obrigação de coordenar essas novas lideranças que têm surgido para que o Brasil não mergulhe de vez no socialismo ou no comunismo.
Antes de assumir o cargo de Presidente da República, Jair Bolsonaro atuou como deputado federal por quase 30 anos e já se declarou algumas vezes como um “deputado do baixo clero” na época. Segundo ele, sua eleição para comandar o Executivo em 2018 transformou o movimento conservador no país:
— O Brasil não tinha direita. Eu consegui juntar esse povo todo, falar dos valores e da importância deles para o futuro do Brasil. É uma massa muito grande que fará a diferença em eleições futuras — destacou o ex-presidente.
Durante a entrevista, Bolsonaro disse que está sendo bem recebido nos EUA, “em especial pela população brasileira”, e justificou sua ida ao país:
— A minha intenção de vir para cá é ficar afastado do início do governo que assumiu agora. Eu sabia que seria bastante conturbado e eu não queria ser acusado de colaborar com uma forma desastrada de começar aquele governo.
Enquanto os Estados Unidos enfrentam uma crise humanitária incessante nas fronteiras, ante números recordes de migrantes tentando entrar no país sem visto, a quantidades de cidadãos brasileiros apreendidos por fazer a travessia de forma irregular despencou entre 2021 e 2022.
Dados da agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP, na sigla em inglês) apontam que, de janeiro a dezembro do ano passado, mais de 3 milhões de migrantes foram interceptados tentando ingressar em território americano sem permissão legal, um aumento de 33% em relação aos 2,7 milhões registrados no ano anterior.
No recorte por origem das pessoas, porém, as de nacionalidade brasileira apresentam tendência inversa. Enquanto em 2021 foram flagrados nessa situação 80,6 mil brasileiros, ao longo de 2022 o número caiu para 37,4 mil –menos da metade.
Uma das hipóteses para isso, de acordo com analistas, é do que seria uma volta à normalidade no fluxo migratório depois de um ano fora da curva; 2021 teria assistido a um boom devido à reabertura das fronteiras, totalmente fechadas no ano anterior como medida de contenção da pandemia de Covid-19.
O movimento de queda foi observado também para cidadãos de países como Guatemala, Honduras, El Salvador e Equador. O recorde de flagrantes pelos agentes de fronteira americanos, por sua vez, se deu pelo aumento expressivo no fluxo de migrantes de nações como México, Cuba, Nicarágua e Venezuela –além da Ucrânia, onde a guerra iniciada pela invasão da Rússia está prestes a completar um ano.
Os dados do CBP incluem apreensões que envolvem, além de casos de expulsão, o encaminhamento para centros de custódia, nos quais os estrangeiros aguardam uma avaliação ou julgamento para a obtenção de asilo para permanecer no país.
Para entrar nos EUA de forma irregular, migrantes em geral enfrentam situações de alto risco ao longo de meses –seja por terra, na fronteira com o México, ou pelo mar. Júnior, 27, que pede para não ter o nome completo publicado por receios quanto à situação nos EUA, ainda irregular, optou por este último caminho, navegando até a costa da Flórida.
Ele deixou Matutina (MG), a cerca de 320 km de Belo Horizonte, em maio de 2021 e só conseguiu entrar em território americano em 31 de dezembro daquele ano. Júnior conta que contratou uma mulher que atuava como “coiote” em Minas, a quem pagou US$ 6.000 (R$ 30,8 mil em valores atuais) antes de sair do Brasil e se comprometeu a repassar US$ 15 mil (R$ 77 mil) ao se instalar nos EUA e conseguir trabalho.
A rota começou com um voo para a República Dominicana, onde o brasileiro esperou quatro meses pelo que agentes definiram como uma boa oportunidade para tentar a entrada clandestina. Na travessia, em um veleiro com capacidade para dez pessoas, mas no qual foram embarcadas 22, o motor da embarcação pifou. “Ali eu vi a morte”, diz Júnior, em referência ao período pelo qual ficou cinco dias à deriva, sem água nem comida.
Um cruzeiro que passava pela região avistou e ajudou o grupo, que mais tarde acabou apreendido pela polícia ao se aproximar das Ilhas Virgens Britânicas. “Foi sorte, porque salvou nossas vidas, mas também o começou do pesadelo.”
Ele diz que foi levado com os demais migrantes a um centro de detenção, onde passaram 45 dias em um quarto sem janelas, sem conseguir avisar a família. “Ficava 24 horas por dia olhando para a cama. No final, nem passava mais nada pela minha cabeça”, conta. “Aí um dias eles nos soltaram e mandaram a gente sair do país [na verdade um território britânico].”
Júnior então deu um jeito de voltar à República Dominicana, mas, por ter perdido a confiança na “coiote” que contratara, decidiu viajar a Nassau, nas Bahamas –onde “é fácil achar quem faça a travessia”, por US$ 8.000 (R$ 41 mil). Lá, depois de algumas tentativas frustradas, conseguiu cruzar de Freeport a Fort Lauderdale, na Flórida, em um trajeto de quatro horas de barco que terminou em um píer de mansões.
Já nos EUA, o destino final foi a Filadélfia, na casa de um tio. “Estava sem tomar banho havia um mês, com as roupas sujas e molhadas, mas consegui pegar um avião –a sorte é que os outros passageiros estavam de máscara”, diz, lembrando que a condição não melhorou quando encontrou os familiares. “Estava nevando na Filadélfia, mas eu só tinha um chinelo de dedo.”
O brasileiro conta que pensou em desistir e se entregar para a polícia algumas vezes, mas hoje acha que o processo valeu a pena. “Foi triste, sofri muito, mas foi um aprendizado. Hoje ganho meu dinheiro e não penso em voltar [ao Brasil]”, diz ele, que trabalha no setor da construção civil.
Naquele 2021, outro fator que intensificou o fluxo de apreensões nas fronteiras foi a mudança de governo, com Joe Biden assumindo a Presidência em janeiro, em substituição a Donald Trump. Mas, como destaca o advogado Felipe Alexandre, especialista nessa área no escritório AG Immigration, a política de fronteiras abertas que se esperava na gestão do democrata acabou não ocorrendo.
Sob a justificativa de conter a circulação do coronavírus, Trump, que já tinha um forte discurso anti-imigração, implementou uma política que ficou conhecida como Título 42, para expulsar migrantes que tentavam entrar na fronteira com o México, sem que eles pudessem pedir asilo no país. Biden tentou derrubar a medida, mas a Suprema Corte a manteve em vigor até a análise final de recursos –o que deve ocorrer até meados deste ano.
Pressionada pela crise humanitária, a gestão democrata anunciou no mês passado uma política de cotas, que aceitará mensalmente 30 mil migrantes de Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela, e o endurecimento da Título 42, ao permitir a expulsão de cidadãos desses países que tentarem entrar de forma irregular e não comprovarem que têm condições de viver nos EUA.
Christian Atsu, ex-atacante do Chelsea, foi encontrado com vida depois de desaparecer nos escombros deixados pelo terremoto que atingiu a Turquia nesta segunda-feira. O atleta ganês foi levado a um hospital e está internado com ferimentos no pé direito e dificuldades respiratórias. As informações são do jornal português “A Bola”.
Atsu é jogador do Hatayspor e marcou o gol da vitória do clube turco, no último domingo, nos acréscimos da partida contra o Kasımpaşa pelo campeonato nacional. A cidade de Hatay foi uma das mais atingidas pelo terremoto magnitude de 7,8 na escala de Richter que abalou o sul da Turquia e o norte da Síria.
Aos 31 anos, Atsu está no futebol turco desde o meio do ano passado. Além do Chelsea, o ganês teve passagens por outros clubes importantes do futebol europeu como os também ingleses Everton e Newcastle e o Porto, de Portugal.
Gigantes da Espanha, Real Madrid e Barcelona se solidarizaram com a tragédia na Turquia. Ídolo no país, o ex-meia Alex, atual treinador do Avaí, lamentou a tragédia. O Galatasaray, um dos grandes clubes da Turquia, ofereceu a sua arena, o Nef Stadyumu, para ser utilizado como um ponto de apoio às vítimas.
O advogado Leandro Mathias, que foi atingido por um disparo da própria pistola enquanto acompanhava a mãe em uma ressonância magnética em São Paulo, em janeiro, não resistiu ao ferimento e morreu nesta segunda-feira (6). A informação foi confirmada pela OAB-SP 108ª Subseção de Cotia, na Grande São Paulo.
“É com profundo pesar que a OAB Cotia comunica a todos os colegas advogados a perda inesperada do nosso querido amigo e advogado. Lamentamos a perda e nos solidarizamos com a família neste momento de dor”, escreveu nas redes sociais.
O advogado que defende a família foi procurado pelo g1 e confirmou que o paciente não resistiu.
A morte do advogado causou comoção entre os conhecidos e advogados, que publicaram mensagens de apoio à família.
“Arrasado com esta notícia. Infelizmente, meu amigo partiu para o reino dos céus. A terra ficou pequena com a sua ausência, mas o céu está em festa com a sua chegada, vou sentir saudades das nossas conversas, meu amigo, um dia vamos nos encontrar novamente”, disse nas redes sociais um amigo.
Leandro tinha 40 anos e foi baleado no dia 16 de janeiro, quando acompanhava a mãe no laboratório Cura, na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, nos Jardins, região central da capital paulista.
Favorável a políticas armamentistas, Leandro costumava usar seu perfil no TikTok com mais de 7 mil seguidores para tirar dúvidas de internautas sobre arma e também registro de colecionador, atirador desportivo e caçador (CAC).
Em quatro anos de mandato, o governo de Jair Bolsonaro concedeu em média 691 registros de novas armas por dia para CACs (grupo formado por caçadores, atiradores e colecionadores). Foram ao todo 904.858 registros para aquisição de armas entre 2019 e 2022, indicam dados do Exército obtidos pelo g1 via Lei de Acesso à Informação.
Pistola e 30 munições
De acordo com a polícia, ele entrou na sala do exame com uma pistola 9 milímetros, pente extra e 30 munições. Logo que a máquina começou a funcionar, ela puxou a arma como se fosse um imã. Assim que ela bateu no aparelho, houve o disparo. Por pouco, o tiro não atingiu funcionários.
Em nota, anteriormente, o laboratório lamentou o que chamou de incidente e informou que não sabia que o acompanhante estava armado.
Ressaltou também que todos os protocolos de prevenção de acidentes foram seguidos e informou que a paciente e o acompanhante foram devidamente orientados quanto aos procedimentos da ressonância.
O laboratório disse ainda que eles foram alertados sobre a retirada de todo e qualquer objeto metálico para entrarem na sala de exame e que ambos assinaram termo de ciência com relação a essa orientação.
Desde então, Leandro permanecia internado no Hospital São Luiz, também na cidade de São Paulo.
A Polícia Civil investiga o caso como disparo de arma de fogo. Leandro possuía autorização para portar a arma. O 14º Distrito Policial (DP), em Pinheiros pediu que o Instituto de Criminalística (IC) periciasse a arma e o local onde ocorreu o disparo.
O suposto plano de gravar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revelado pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES) na última semana, pode ter sido orquestrado inicialmente em setembro de 2022. Além disso, inicialmente teria a ajuda de um hacker.
No dia 10 de agosto de 2022, Bolsonaro recebeu uma visita – fora da agenda oficial – de Walter Delgatti Neto, conhecido como ‘hacker de Araraquara’. O nome do hacker ficou conhecido na Operação Lava-Jato. Ele foi preso por acessar contas de aplicativos de mensagens de autoridades responsáveis pela operação.
De acordo com a revista Veja, responsável por expor o suposto plano do ex-deputado Daniel Silveira e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a aproximação de Delgatti e Bolsonaro foi intermediada pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Na época, os três conversaram sobre supostas “fragilidades técnicas das urnas eletrônicas”.
Plano Já na primeira quinzena de setembro, Zambelli chamou Delgatti para uma nova conversa, com o então presidente Jair Bolsonaro. “Eu encontrei a outra (Zambelli) e ela levou um celular, abriu o celular novo, colocou um chip, aí ela cadastrou o chip e ele (Bolsonaro) telefonou no chip. Foi por chamada normal”, disse Delgatti.
De acordo com o hacker, o objetivo era que ele grampeasse o ministro – assim como fez na ‘Vaza-Jato’. “Ele (Bolsonaro) falou: ‘A sua missão é assumir isso daqui. Só, porque depois o resto é com nós’. Eu falei beleza. Aí ele falou: ‘E depois disso você tem o céu'” relatou.
Segundo os relatos de Delgatti, na suposta conversa, Bolsonaro disse que já havia interceptado mensagens em que o ministro e servidores da Justiça questionavam a confiabilidade das urnas e uma preferência pelo presidente Lula (PT).
Conforme o plano revelado por Marcos do Val, o intuito era gravar uma fala “comprometedora” do ministro de que ele teria interferido nas eleições. Com isso, Bolsonaro conseguiria, supostamente, anular o resultado das eleições.
Enquanto aguardava novos direcionamentos sobre o plano, Delgatti tentou convencer um funcionário da operadora TIM a ajudar a grampear o telefone de Moraes.
Na ocasião, o funcionário teria que fornecer um chip com o mesmo número usado por Moraes. O funcionário da operadora não aceitou participar do plano.
De acordo com a revista, no dia 26 de setembro eles tentaram registrar no 1º Ofício de Notas e Protesto de Brasília um documento que denunciava o suposto plano, mas, de acordo com a Veja, eles não tinham provas suficientes para tornar o caso público.
Plano contra Moraes
Na semana passada, o senador Marcos do Val fez uma live afirmando que Bolsonaro o coagiu a participar de um golpe de estado. Depois,ele alegou que o ex-deputado Daniel Silveira instigou o plano e que o ex-presidente simplesmente acatou a ideia.
De acordo com Marcos do Val, Moraes sabia do plano desde dezembro, quando foi orquestrado, supostamente, pelo Silveira e pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
Quando o caso veio a público, Delgatti disse que o relato do senador era uma “continuação” do plano iniciado em setembro.
Ainda na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes abriu um inquérito contra o senador Marcos do Val para apurar crimes de falso testemunho, declaração caluniosa e coação.
Amiga da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, Rosimary Cardoso foi nomeada nesta segunda-feira (6/2) como assessora parlamentar no gabinete da senadora Damares Alves (Republicanos-DF). Rosi também é amiga da senadora. As três se conheceram na época em que trabalhavam como assessoras na Câmara dos Deputados.
A coluna do Rodrigo Rangel mostrou, na semana passada, indícios de que Michelle Bolsonaro se beneficiava de “rachadinha”, prática em que o servidor entrega parte do seu salário ao parlamentar que o empregou ou a um padrinho político. Rosi – ou Chuchu, como é chamada por amigos – atuava no gabinete do senador Roberto Rocha (PTB-MA) desde 2015.
Até o início de 2019, ela ganhava um salário de pouco mais de R$ 6 mil. A mulher viu a remuneração aumentar de forma significativa nos primeiros meses do governo Bolsonaro, indo para R$ 17 mil.
Conforme apurado pela coluna, Rosi passou a enviar para a então primeira-dama “encomendas” regulares – muitas vezes, envelopes cujo conteúdo era possível identificar no tato: dinheiro em espécie. Os pacotes eram buscados por funcionários do Palácio da Alvorada, em carros oficiais da Presidência. Pelas redes sociais, Michelle negou. Procurada pela coluna, Rosi também negou.
Na semana passada, Damares já havia confirmado que Rosi trabalharia em seu gabinete, mas que não seria com o mesmo salário que recebeu até janeiro deste ano.
“O salário que ela tinha lá eu não vou manter, não tenho condições. Vai ser menos. (…) Mas, entre ela ficar desempregada e ficar lá comigo, neste momento ela vai ficar comigo. Pelo menos o básico é garantido”, disse a senadora na sexta-feira (3/2), ressaltando que Chuchu foi uma das primeiras pessoas convidadas por ela para atuar no gabinete após a eleição.
Cartão adicional Em outra reportagem publicada no último dia 20, a coluna mostrou que Michelle Bolsonaro usava um cartão adicional no nome de Rosimary, situação que consta em investigações que correm no Supremo Tribunal Federal (STF), sob o comando do ministro Alexandre de Moraes.
Faturas do cartão eram pagas por pessoas da equipe do tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa Cid, o “coronel Cid”, ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e suspeito de gerenciar um “caixa paralelo” no Planalto. Questionada na ocasião, a servidora do Senado não quis comentar e disse que falará sobre o assunto quando for informada sobre a investigação.
Já o ex-presidente Bolsonaro afirmou que a ex-primeira-dama usou o cartão de Rosimary porque “não possuía limites de créditos disponíveis”. “A última utilização foi em julho de 2021, cuja fatura resultou em quatrocentos e oito reais e três centavos”, disse em nota.
O governo federal vai repassar R$ 200 milhões a estados e municípios para que seja apresentado à União um diagnóstico das filas do Sistema Único de Saúde (SUS) pelo país. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (6/2), durante a inauguração do Super Centro Carioca de Saúde, no Rio de Janeiro, que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); da ministra da Saúde, Nísia Trindade; do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL); e do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD).
Os recursos fazem parte de um pacote federal de R$ 600 milhões para reduzir filas pelo país. Os outros R$ 400 milhões serão repassados à medida que forem realizadas as cirurgias, principalmente abdominais, ortopédicas e oftalmológicas.
A ideia do Palácio do Planalto é que esse levantamento seja finalizado até junho deste ano. Os critérios e detalhes para o repasse dos valores da Política Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas devem ser divulgados em portaria a ser publicada pelo governo ainda nesta semana.
Segundo o Ministério da Saúde, a análise de cada unidade federativa terá de mostrar a real demanda local por cirurgias, além de um planejamento para executar o programa de redução das filas, para que seja estipulada a liberação de mais recursos.
Governadores e prefeitos também deverão apresentar ao governo federal o quantitativo de procedimentos realizados e dimensionar a redução das filas do SUS.
A transferência de R$ 200 milhões será feita a partir deste mês. De acordo com o governo, os recursos vão “incentivar a organização de mutirões em todo o país para desafogar a demanda represada”.
“O programa representa um esforço interfederativo – da União, de estados e de municípios – na reconstrução do SUS e nas ações prioritárias e urgentes para garantir atendimento à população brasileira. Uma outra dimensão do programa é estruturante, voltada para a melhoria de processos de gestão das filas e do fluxo de atendimentos dos usuários e qualificação de atenção básica”, disse o governo em comunicado à imprensa.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama Rosângela Silva, a Janja, se mudaram para o Palácio da Alvorada na noite desta segunda-feira (6/2).
Desde que tomou posse, em 1º de janeiro, o presidente, a esposa e as duas cachorras de estimação, Resistência e Paris, estavam morando em um hotel no centro de Brasília.
Ao longo do último mês, Lula vinha se queixando sobre a demora para ocupar a residência oficial da Presidência da República, que estava passando por reforma (leia mais abaixo). Em uma das ocasiões, durante cerimônia no Palácio do Planalto, ele disse que era um “sem-casa”.
“Eu, na verdade, sou um sem-casa, um sem-palácio. Vocês precisam ajudar a reivindicar o direito de eu morar. Porque já faz mais de 45 dias que eu estou no hotel, e não é brincadeira”, afirmou.
Danos no Alvorada No início de janeiro, Janja fez um passeio pela residência oficial e expôs, durante entrevista à GloboNews, os danos no Palácio da Alvorada encontrados pela equipe do presidente Lula, assim que a família de Jair Bolsonaro (PL) desocupou o local.
Janja apontou vidros de janelas rachados, sofás e tapetes rasgados e sujos, tetos com infiltração, tábuas soltas e quebras no piso. Uma série de móveis e obras de arte precisaram ser restaurados, por danos ou exposição indevida ao sol.
A revista Time, considerada uma das maiores do mundo, julgou a estadia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nos Estados Unidos, como “um espetáculo bizarro”.
Bolsonaro está hospedado na Flórida, estado onde o ex-presidente americano Donald Trump acumula apoiadores. Para a revista, o ex-presidente brasileiro agora é apelidado de “Trump dos Trópicos”.
“Enquanto Trump está acampado em sua própria propriedade à beira-mar planejando os movimentos de abertura de sua próxima campanha presidencial, ainda não está claro o que Bolsonaro está planejando durante sua passagem pelo Estado da Flórida”.
Bolsonaro está com o visto expirado. No artigo, publicado nesse fim de semana, a revista questiona o porquê da sua permanência no país. “O que o ex-presidente do Brasil está fazendo na Flórida em vez do Brasil? Onde seu próprio futuro jurídico está em turbulência?.”
Para a revista, tanto apoiadores como oponentes acreditam que o autoexílio de Bolsonaro “é uma manobra para evitar problemas legais”. Assim como Trump, o ex-presidente brasileiro “culpou conspirações infundadas de fraude eleitoral por sua derrota”.
“Bolsonaro, que, como Trump, culpou conspirações infundadas de fraude eleitoral por sua derrota, enfrenta pelo menos meia dúzia de investigações que podem desqualificá-lo para cargos políticos ou resultar em uma sentença criminal. Isso inclui alegações de que Bolsonaro – que no ano passado jurou ‘Por Deus no céu, nunca irei para a prisão!’ – vazou informações classificadas, usou ‘milícias digitais’ para coordenar campanhas de desinformação política e atacou o sistema eleitoral do Brasil”, diz a revista.
Viajando pelos Estados Unidos, o ex-presidente Jair Bolsonaro está hospedado na casa do ex-lutador de MMA José Aldo na Flórida.
O imóvel está localizado em um condomínio na região turística de Kissimmee, onde estão os parques temáticos da Disney e Universal.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar o Banco Central (BC) nesta segunda-feira (6/2), durante a posse do novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante.
Lula disse que não há justificativa para que a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, esteja no patamar atual de 13,75% ao ano.
“Não existe justificativa nenhuma para que a taxa de juros esteja em 13,5% (sic). É só ver a carta do Copom (Comitê de Política Monetária do BC) para a gente saber que é uma vergonha esse aumento de juro e a explicação que deram para a sociedade brasileira”, afirmou o chefe do Executivo.
“O problema não é a independência do Banco Central. É que este país tem uma cultura de viver com o juro alto que não combina com a necessidade de crescimento que temos”, prosseguiu Lula.
Na semana passada, em entrevista à RedeTV!, Lula já havia deixado clara sua insatisfação com a atual gestão do BC, presidido por Roberto Campos Neto. Na ocasião, ele voltou a colocar em xeque a autonomia da instituição, deixando em aberto a possibilidade de rever o modelo quando terminar o mandato de Campos Neto.
“Quero saber do que serviu a independência do Banco Central. Eu vou esperar esse cidadão [Campos Neto] terminar o mandato dele para fazermos uma avaliação do que significou o BC independente”, disse Lula, na entrevista.
Questionado se poderia rever a autonomia do BC após o fim do mandato de Campos Neto, Lula respondeu: “Eu acho que pode, mas quero dizer que isso é irrelevante para mim. Isso é irrelevante, não está na minha pauta. O que está na pauta é a questão da taxa de juros”.
Em fevereiro de 2021, o então presidente Jair Bolsonaro sancionou o projeto que deu autonomia ao BC e, assim, limitou a influência do Executivo sobre as decisões relacionadas à política monetária.
Pela regra vigente desde então, os mandatos do chefe do BC e do titular do Palácio do Planalto não são mais coincidentes. O presidente do banco assume sempre no primeiro dia útil do terceiro ano de cada governo. Assim, o mandatário do país só pode efetuar troca no comando do BC a partir do segundo ano de gestão. No caso de Lula, isso só acontecerá em 2024.
Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama da República, afirmou nesta segunda-feira (6/2) que não tem a intenção de se candidatar a nenhum cargo eletivo no futuro. “Oposição, fiquem tranquilos”, escreveu em uma publicação no Instagram.
“Eu não tenho nenhuma intenção de vir candidata a nenhum cargo eletivo”, diz o post da ex-prmeira-dama.
A declaração de Michelle vem na esteira das especulações sobre o futuro dela após a derrota do marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Informações veiculadas pela imprensa afirmam que ela é uma aposta do Partido Liberal para 2026 à Presidência da República.
Estratégias ventiladas
Michelle chegou a ser cotada como candidata ao Governo do Distrito Federal. Ela é brasiliense, de Ceilândia, e no ano passado demonstrou ser uma cabo eleitoral poderosa ao eleger Damares Alves ao Senado contra Flávia Arruda – considerada a favorita até então.
Chegou a ser especulado também que ela seria candidata ao Senado Federal por São Paulo com o apoio da máquina do estado sob o comando de Tarcísio de Freitas (Republicanos). Outro destino eleitoral cogitado foi o Senado fluminense.
Mais sobre o assunto No estado, ela teria o suporte de igrejas que se alinham ao seu marido.
Apesar da busca do bolsonarismo pela reconstrução da direita, o Metrópoles antecipou que a aposta dos caciques do Centrão não seria Michelle. O nome favorito na visão de Ciro Nogueira, ex-ministro da Casa Civil, é o atual governador de São Paulo, Tarcísio.
Tarcísio de Freitas venceu Fernando Haddad, atual ministro da Fazenda, no segundo turno das eleições de 2022.