O ator Caio Castro preparou um grande jantar na casa em que está hospedado em Kissimmee, na Flórida, na noite de quinta-feira (2/2), uma cidade que fica perto de Orlando. Entre os cerca de 20 convidados, estava o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Castro está passando um tempo hospedado na cidade da Flórida a convite da própria cidade, e o jantar que decidiu preparar foi um verdadeiro banquete. Todo o bufê ficou a cargo da chef Camila Barquete, que compartilhou algumas fotos dos pratos — que foram dispostos para os convidados. Ela ainda brincou que Caio fazia questão de roubar um aperitivo ou outro antes da hora.
Poucos dias antes do fim de seu mandato no ano passado, Bolsonaro viajou para Orlando, onde tem vivido desde então. Este espaço foi informado que ele e Caio Castro chegaram a tirar fotos juntos, mas nada foi publicado até o momento. A namorada de Caio, Daia de Paula, também esteve presente no jantar. O casal, inclusive, viajou para Cuba na manhã desta sexta-feira (3/2).
Em suas redes sociais, Caio Castro não compartilhou nada sobre o jantar ou quem esteve nele.
O senador Marcos do Val (Podemos-ES) afirmou, nesta sexta-feira (3/2), que vai pedir o afastamento do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), da relatoria do inquérito que apura os atos antidemocráticos contra as sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro, em Brasília.
Em entrevista à CNN Brasil, o parlamentar negou ter recebido orientações do ministro para que formalizasse o depoimento sobre um suposto plano golpista para reverter o resultado das últimas eleições. O esquema teria sido arquitetado pelo ex-deputado federal Daniel Silveira e exposto a Do Val durante reunião em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava presente. Segundo o senador, após o encontro, ele relatou o teor do encontro para o ministro do STF.
Na manhã desta sexta, Moraes confirmou ter sido procurado, e afirmou que o parlamentar de fato falou sobre uma suposta reunião em que a trama golpista foi apresentada. Contudo, não tomou qualquer atitude, porque Marcos do Val não aceitou “colocar o relato no papel” e dar depoimento ao magistrado. “Eu agradeci, mas, para mim, o que não é oficial não existe”, frisou.
O senador, no entanto, negou a versão de Moraes. “Tenho como provar que, ao comunicar ao ministro Alexandre de Moraes sobre o que estava acontecendo por escrito e testemunhalmente via mensagem de WhatsApp, em nenhum momento recebi orientações do ministro para fazer a referida formalização”, assegurou o parlamentar.
“Não fui orientado a formalizar absolutamente nada, nem por respostas a mensagens que enviei, nem pessoalmente durante o encontro que tivemos.”
Do Val também afirmou ter concedido acesso à Polícia Federal a toda conversa que teve com Moraes e com o ex-deputado Daniel Silveira. O senador prestou depoimento à corporação na quinta-feira (2/2), após as informações sobre o suposto plano golpista virem à tona.
O senador disse que enviará à Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitação para que Moraes seja afastado da relatoria da investigação.
Paco Rabanne, o designer espanhol mais conhecido por seus conjuntos metálicos e designs da era espacial da década de 1960, morreu aos 88 anos.
A morte em Portsall, na Bretanha, de Francisco Rabaneda y Cuervo, nome de nascimento de Paco Rabanne, foi confirmada por um porta-voz do grupo espanhol Puig, que controla a gravadora Paco Rabanne, da qual saiu há duas décadas.
“Uma personalidade importante na moda, sua visão era ousada, revolucionária e provocativa, transmitida por meio de uma estética única”, disse Marc Puig, presidente e CEO da Puig.
Nascido em um vilarejo da região basca espanhola em 1934, Rabanne cresceu na França e estudou arquitetura na Ecole des Beaux Arts, em Paris.
Ele começou sua carreira desenhando bolsas e sapatos sofisticados, antes de se dedicar à moda, desenhando roupas e joias com materiais não convencionais, como metal e plástico.
Sua primeira coleção, que ele descreveu como “vestidos inúteis feitos de materiais contemporâneos”, foram peças feitas de tiras de plástico unidas por argolas de metal, usadas por modelos descalças em uma apresentação em um hotel de luxo em Paris.
“Paco Rabanne tornou a transgressão magnética. Quem mais poderia induzir as mulheres da moda parisiense a clamar por vestidos feitos de plástico e metal”, disse José Manuel Albesa, presidente da divisão de beleza e moda da Puig.
O estilista associou-se à família espanhola Puig no final dos anos 1960, lançando perfumes que serviram de trampolim para a expansão internacional da empresa.
A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (3), a 4ª fase da operação Lesa Pátria contra os atos praticados em 8 de janeiro. Na ocasião, extremistas invadiram as sedes dos três Poderes, em Brasília.
São cumpridos três mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão em cinco estados (Rondônia, Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso, São Paulo) e no Distrito Federal.
Em Goiás, a PF prendeu Lucimário Benedito Camargo, conhecido como “Mário Furacão”. A TV Globo apurou que o suspeito foi preso em Rio Verde, cidade a 230km de Goiânia.
“Brasileiro só subindo a rampa, entrando cada vez mais e os soldados tacando bomba no povo, covardes. O poder emana do povo, o povo não vai sair, o povo não vai deixar ladrão governar o país, narcotraficante e muito menos comunista”, declarou Lucimário em um vídeo gravado durante os atos golpistas.
Até as 8h, tinha sido cumprido também um mandado de busca e apreensão no Espírito Santo. Em São Paulo, há alvos em Hortolândia e Bebedouro.
A operação Lesa Pátria é tratada pela PF como permanente. Na última sexta, mandados foram cumpridos em cinco estados e no DF.
A PF afirma que os fatos investigados na operação, em tese, constituem os crimes de:
abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado; associação criminosa; incitação ao crime; destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
A qualificação dos crimes, no entanto, deve ser feita apenas ao fim das investigações, quando os suspeitos forem denunciados formalmente à Justiça pelo Ministério Público.
O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes disse que as falas do senador Marcos do Val (Podemos-ES) mostram que o país estava sendo governado “por uma gente do porão”.
Na quinta-feira (2), o senador declarou ter participado de uma reunião com o então deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) e o ex-presidente Jair Bolsonaro, em Brasília, na qual Silveira propôs um plano de golpe de Estado.
“Mostra que a gente estava sendo governado por uma gente do porão. Isto é um dado da realidade. Pessoas da milícia do Rio de Janeiro, com protagonismo na política nacional”, afirmou Gilmar Mendes durante evento Lide em Lisboa, em Portugal.
“Isso que resulta quando vemos a nominata desses personagens e que mostra que temos que ter preocupação até na preservação da nossa integridade física”, disse Mendes.
O ministro afirmou que “a democracia mostrou sua importância” e que é preciso aguardar desfecho das investigações para se levantar possíveis envolvidos nas conversas.
“Nós já vimos ali quatro versões pelo menos, segundo vocês [jornalistas]. Segundo um bem humorado colega de vocês, seriam 18 versões, entre elas é que essa reunião era para celebrar o aniversário de Alexandre de Moraes, portanto isso está muito confuso”, afirmou, sobre as diferentes versões contadas por Marcos do Val.
“Pessoas têm contato, estiveram em contato, se comunicaram, têm comunicação telefônica, tudo isso será certamente investigado”, diz.
Questionado especificamente sobre o fato de Marcos do Val ter afirmado que o ministro Alexandre de Moraes tinha conhecimento da reunião que tratava sobre a tentativa de golpe, novamente afirmou que é preciso aguardar as conclusões das investigações.
“Não vou emitir juízo sobre essa questão. É um imbróglio tão indecifrável ainda vamos aguardar os desfechos das investigações. Os depoimentos agora valem tão pouco porque a toda hora conta-se uma nova versão.”
A gestão do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem conversado com integrantes do Tribunal de Contas da União (TCU), da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Controladoria-Geral da União (CGU) para fazer com que ao menos 10% dos valores dos acordos de leniência firmados por empresas denunciadas por corrupção na Lava Jato sejam usados para concluir obras.
A possibilidade de usar parte do valor dos termos de leniência é cogitada desde a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Neste ano, o chefe do Executivo escalou o ministro da Casa Civil, Rui Costa, para conduzir o processo. Ele defende a medida por entender que os recursos provenientes dos processos podem desafogar o orçamento público.
Caso a proposta avance, o governo federal pode conseguir pelo menos R$ 800 milhões. Segundo a CGU, algumas das principais empreiteiras que foram alvo da Lava Jato, como UTC, Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e OAS, celebraram acordos com o poder público que chegam aos R$ 8,1 bilhões.
Os acordos de leniência tem o objetivo de fazer com que as empresas colaborem efetivamente com as investigações e com o processo administrativo. Em troca, as instituições têm alguns benefícios, como redução do valor final da multa aplicável ou isenção/atenuação das sanções administrativas.
O governo já estuda a elaboração de alguma medida jurídica que permita o repasse desses valores. Atualmente, conforme as regras estabelecidas nos acordos de leniência, parte do dinheiro pago vai para os cofres de empresas e órgãos lesados e outra parcela é destinada aos orçamentos da CGU e do Ministério Público Federal (MPF). Uma das ideias cogitadas pelo Executivo é de usar uma porcentagem do valor que é repassado à CGU.
Ex-vice-presidente da República, o agora senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) disse à coluna, nesta quinta-feira (2/2), que a denúncia feita pelo colega Marcos do Val (Podemos-ES) sobre um possível golpe planejado por Jair Bolsonaro parece não ter fundamento.
Em conversa com a coluna ao deixar a sessão de abertura do ano legislativo, Mourão ressaltou as diferentes versões da história dadas por Do Val para desacreditar a denúncia. “Ele falou uma coisa de manhã, outra no final da manhã, outra no início da tarde. Então não achei nada”, disse Mourão.
Indagado, então, se via algum fundamento na história, o ex-vice-presidente respondeu: “Acho que não (tem nenhum fundamento)”.
As versões Em entrevista à imprensa na manhã desta quinta, Marcos do Val disse ter participado de uma reunião com Bolsonaro e com o ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), na qual o ex-parlamentar teria sugerido que o senador gravasse escondido uma conversa com o ministro do STF Alexandre de Moraes.
Segundo Do Val, o objetivo de Silveira seria incriminar e prender Moraes por uma possível parcialidade na condução do TSE. A gravação serveria como base para que as eleições presidenciais de 2022, na qual Bolsonaro foi derrotado por Lula, fossem anuladas.
A versão é diferente da dada pelo senador em live na madrugada da quarta-feira (1º/2) para quinta. Na transmissão, ele afirmou que Bolsonaro teria participado ativamente do plano. Pela manhã, porém, recuou e disse que o ex-presidente teria permanecido em silêncio.
O ex-presidente Jair Bolsonaro disse a aliados e interlocutores, nesta quinta-feira (2/2), ter prints de trocas de mensagens entre o senador Marcos do Val (Podemos-ES) e ele. A conversa provaria que o ex-mandatário não incentivou um plano golpista contra o ministro do STF Alexandre de Moraes.
A esses interlocutores Bolsonaro contou que Marcos do Val teria feito jogo duplo, ao encaminhar ao ex-presidente da República as mensagens que o senador trocou com Alexandre Moraes relatando a articulação para o suposto plano de gravar escondido o ministro do STF.
Em entrevista à imprensa na manhã desta quinta, o senador disse ter participado de uma reunião em 9 de dezembro com Bolsonaro e com o ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ). No encontro, Silveira teria sugerido que o senador gravasse escondido uma conversa com Moraes.
Segundo Marcos do Val, o objetivo de Silveira seria incriminar e prender Moraes por uma possível parcialidade na condução do TSE. A gravação serviria como base para que a eleição presidencial de 2022, na qual Bolsonaro foi derrotado por Lula, fosse anulada.
A versão difere da dada pelo senador em live na madrugada da quarta-feira (1º/2) para quinta. Na transmissão, ele afirmou que Bolsonaro teria participado ativamente do plano. Pela manhã, porém, recuou e disse que o ex-presidente teria permanecido em silêncio.
“Coisa de maluco” Bolsonaro confirmou o encontro a interlocutores, mas disse que permaneceu em silêncio durante a conversa, por temor de ser gravado. O ex-presidente afirmou ainda a aliados que, em uma das mensagens que mandou ao senador, chamou o plano de Silveira de “coisa de maluco”.
Procurada pela coluna, a assessoria de Marcos do Val disse que não comentará o assunto.
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) atuou como uma das principais pontes entre políticos bolsonaristas e o governo Lula em janeiro, primeiro mês da gestão petista.
Levantamento feito pela coluna com base na agenda oficial de Alckmin revela encontros do vice com diversos governadores e parlamentares que eram alinhados a Jair Bolsonaro.
Na lista, está, por exemplo, uma reunião com Ricardo Barros (PP-PR), ex-líder do governo Bolsonaro na Câmara e atual secretário de Indústria e Comércio da gestão Ratinho Júnior (PSD) no Paraná.
O encontro aconteceu em 17 de janeiro, no gabinete de Alckmin na Vice-Presidência, no Palácio do Planalto. Segundo Barros, a conversa girou em torno de temas da área econômica.
“Falamos sobre o PADIS (Programa do governo federal de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores). Demanda da ABINEE (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica)”, afirmou.
O ex-líder do governo Bolsonaro nega que tenha falado sobre política com o vice-presidente, que também é ministro da Indústria e Comércio. “Estava com representantes setoriais”, afirmou.
Governadores bolsonaristas Outro bolsonarista recebido por Alckmin foi o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL). O encontro aconteceu em 26 de janeiro. Diferentemente de Barros, o governador não postou fotos da reunião nas redes sociais.
Um dia depois, Alckmin recebeu outro governador bolsonarista: Marcos Rocha (União Brasil), de Rondônia. A ex-deputada Mariana Carvalho (Republicanos-RO), que apoiou Bolsonaro na eleição, também participou da conversa.
Outro representante de governo estadual recebido por Alckmin foi o secretário da Casa Civil do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), Arthur Lima. A audiência aconteceu em 4 de janeiro no gabinete do vice, em Brasília.
O ex-prefeito de Currais Novos, Zé Lins, passou um período ausente da cidade pra cuidar da saúde e se submeter a uma bateria de exames . Zé Lins, que agora em março completará 69 anos de idade, voltou a ter residência fixa em Currais, depois de ter passado uma temporada na capital. Ele teve uma votação surpreendente nas eleições de 2020 para prefeito, obtendo 8.958 votos e, em 2022, na disputa pela Câmara Federal, obteve 6.944 sufrágios. Ao ser procurado pela reportagem do Portal, Juninho Brito, Zé disse que voltaria agora em fevereiro e garantiu que a saúde está 100%. É considerado o maior nome da oposição na cidade Princesa do Seridó, se puder disputar a próxima eleição, será um adversário e tanto para a turma situacionista. O ex-prefeito será entrevistado pelo Jornal do Meio Dia, ainda em Fevereiro.
“Uma história impressionante regada de muito apoio familiar e dedicação resultou na aprovação de um menino de apenas 12 anos em um dos tão almejados concursos públicos do Tocantins. Fillipe Emmanuel Fernandes Mendes é quem realizou esse feito inédito, ele é morador da Capital e o Jornal Sou de Palmas conversou com seu pai.
Como tudo começou O pai de Fillipe, Jonatam Mendes, conta que morava no interior e após ter dificuldades para arranjar emprego com uma família humilde, voltou seu foco para concursos até ser aprovado em um. O que acabou inspirando seus irmãos, que seguiram o mesmo rumo.
Dessa forma, Fillipe cresceu em um ambiente que valorizava os estudos e a estabilidade que um concurso público pode trazer. Além disso, desde pequeno observou o pai concurseiro mudar de vida: ”Percebendo que ele é muito crítico e questionador, sugeri que fizesse a prova, pois ele já tinha realizado algumas comigo em casa e apresentou um grande desempenho”, contou Jonatam.
A APROVAÇÃO
Após estudar alguns dias, conforme seu pai, o garoto foi aprovado em 19° lugar entre 127 pessoas inscritas no concurso público da prefeitura de Cariri do Tocantins: ”Espero que seja a primeira de muitas aprovações”, comemorou. Por conta da idade Fillipe não poderá tomar posse e realizou a prova como teste, mas para o mesmo e seus familiares foi uma grande conquista.
”Tenho investido nele para poder ir mais longe do que eu, uma vez que é jovem, tem a acesso à informação, recursos, escola e conhecimentos que não tivemos. Então, deve aproveitar todas as oportunidades e seu potencial”, completou o pai”
Pessoas acometidas pela depressão costumam se sentir – e parecer – mais velhas do que informa a certidão de nascimento. Não se trata de apenas de sensação. A depressão pode, de fato, tornar uma pessoa mais velha do que a idade cronológica, pois causa envelhecimento acelerado.
Um novo estudo de cientistas brasileiros, franceses e canadenses não apenas demonstra esse envelhecimento, como indica caminhos para melhorar o diagnóstico e o tratamento da mais comum das doenças mentais. Ela afeta cerca de 4% da população mundial – ou 320 milhões de pessoas – pelas estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Além de abrir novas vias para o desenvolvimento de medicamentos, o trabalho mostra que jejum e exercícios ajudam no tratamento e na prevenção.
_ A depressão está associada a um envelhecimento acelerado e evidências desse processo são encontrados mesmo em pacientes jovens _ destaca um dos autores do estudo Flávio Kapczinski, professor titular de psiquiatria da Universidade Federal de Porto Alegre (UFRGS), em Porto Alegre.
A chave está numa proteína chamada GDF11 (sigla em inglês para fator de diferenciação de crescimento 11), revela a pesquisa, publicada no periódico Nature Aging. A GDF11 é um fator de rejuvenescimento. É produzida pelo organismo para dizer às células quando é a hora do detox, de se limpar e jogar fora estruturas celulares danificadas. A ciência chama isso de autofagia.
A depressão está ligada a falhas na autofagia, afirmam os pesquisadores. Há mais de duas décadas Kapczinski e seu grupo investigam os mecanismos biológicos da depressão e outras doenças psiquiátricas, como o transtorno bipolar. Em 2014, quando o papel antienvelhecimento da GDF11 foi descoberto, eles imaginaram que ele poderia ter relação com a depressão. O artigo é a prova de que estavam certos.
_ Identificamos fatores tóxicos na depressão e fechamos uma parceria com o Instituto Pasteur, na França, que investigava o papel da GDF11 no rejuvenescimento de neurônios no hipocampo. Mostramos que em animais deprimidos e idosos, a GDF11 promove autofagia nos neurônios e isso tem efeitos que melhoram a memória e a depressão _ destaca Kapczinski, considerado um dos pesquisadores mais influentes do mundo em psiquiatria, também diretor do Programa de Neurociência da Universidade McMaster, no Canadá, e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Translacional em Medicina (INCT-TM).
Participaram do estudo cientistas do Pasteur, da McMaster e do Brasil, do grupo do INCT-TM. Os pesquisadores também descobriram que em pacientes deprimidos os níveis de GDF11 são mais baixos. Inclusive nos jovens _ a média de idade dos 120 participantes do estudo era 26 anos.
_ Uma das coisas que chama atenção nos pacientes com depressão é que parecem mais velhos. Nossa linha de estudo mostra uma razão biológica. O nível de GDF11 está baixo mesmo nos jovens com depressão e indica que eles estão envelhecendo de forma acelerada. Esses níveis baixos de GDF11 podem ser um biomarcador de depressão _ explica o cientista.
Nos animais usados como modelos de depressão foram identificados os sinais de envelhecimento: aumento da inflamação e de oxidantes, diminuição dos telômeros (extremidade dos cromossomos que encurta à medida que se envelhece) e de fatores de crescimento celular.
Tratados como GDF11, os roedores melhoraram dos sintomas de depressão e também de demência. Kapczinski diz que na demência há acúmulo indesejável de proteínas por falhas na autofagia. Também é sabido que doenças mentais como a depressão e mesmo o estresse crônico aumentam o risco de demência. Assim, normalizar a autofagia seria uma forma de tratar a demência.
_ Por isso, acreditamos que, além de ser um marcador biológico da depressão, a GDF11 possa abrir portas para um novo antidepressivo ou medicação para a demência _ enfatiza o cientista.
A GDF11 faz parte de uma complexa rede de interações químicas dentro das células. Ela inibe outra substância chamada mTOR. O papel desta última é bloquear a autofagia no neurônio. Na depressão esse processo de faxina celular está desregulado. Por isso, quando se administra GDF11, os neurônios voltam a realizar a autofagia e a funcionar com normalidade.
Os resultados encontrados em animais precisam ser confirmados em seres humanos, mas Kapczinski está convencido que o caminho rumo a tratamentos mais eficientes para a depressão e a demência é promissor.
A Marinha da Espanha apreendeu 4,5 toneladas de cocaína que estavam em meio a mais de 1,7 mil animais. O caso foi registrado no sábado 28, em um navio que saiu da Colômbia com destino ao Líbano, porém, a embarcação foi abordada na Europa. O caso chamou a atenção da imprensa do continente que batizou como “narcovacas”.
A história revela um novo método de carga e descarga de drogas em alto-mar. Já para a Espanha, o caso escancara a forma como “organizações criminosas se reinventam na hora de transportar drogas da América Latina para a Espanha utilizando gado vivo para dificultar o seu controle e localização”.
Segundo a Marinha colombiana, o embarque era conhecido desde o início de janeiro, quase um mês antes de o navio ser detido nas Ilhas Canárias, na Espanha. No início do ano, as autoridades marítimas receberam informações sobre um possível navio de gado saindo de Cartagena, na Colômbia, carregado de drogas com destino ao Líbano e realizaram um processo de vigilância.
Conforme as autoridades, o navio saiu do país latino apenas com os animais e sem as vacas. “Conseguimos verificar que a contaminação não ocorreu na Colômbia”, disse o vice-almirante Hernando Mattos Dager em entrevista ao jornal El País.
A Marinha informou que alertou diversos países sobre a rota do navio e a possibilidade de escala para embarca da droga. Segundo o vice-almirante, a cocaína foi introduzida nas Antilhas. A Frontera Vacana, a empresa proprietária do gado, informou que não tinha conhecimento sobre o carregamento clandestino e que o crime foi cometido em Barbados.
O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) ficará cercado de petistas no plenário do Senado. Ele tomou posse nesta quarta-feira, dia 1º, após comandar a Operação Lava Jato – que prendeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele também comandou o Ministério da Justiça no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Os lugares são divididos de acordo com o Estado do parlamentar – ele não pode escolher onde sentar, diferentemente da Câmara. As cadeiras são organizadas em ordem alfabética do Estado. O Acre, por exemplo, é o primeiro, enquanto o Tocantins fica no fundão.
Ao lado de Moro estarão Tereza Leitão (PT-PE) e Humberto Costa (PT-PE). À frente, o senador Wellington Dias (PT-PI), que assumiu o Ministério do Desenvolvimento Social e dará lugar à suplente Jussara Lima, que vai sair do PSD para se filiar ao PT.
“Eu já me coloquei muito claramente, estarei na oposição”, disse Moro ao chegar para tomar posse como senador e comentar a relação com o governo Lula.
O senador tende a ficar isolado na Casa, sem assumir cargos de lideranças e comando de comissões, pois enfrenta resistência de políticos de partidos que foram alvo da Lava Jato.
Ele também queimou pontes com os lavajatistas após ser acusado de “traição” por ter enfrentado o ex-senador Alvaro Dias (Podemos-PR) na disputa pela vaga do Senado no Paraná.