Enviado por Lula à Ucrânia, o ex-chanceler Celso Amorim ligou para o petista ainda de Kiev para relatar como foi a reunião com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, nessa quarta-feira (10/5).
A Lula, Amorim contou que a conversa durou cerca de 40 minutos e foi “boa”. Ele relatou ter sido bem tratado não só por Zelensky, como pelas outras autoridades da Ucrânia com as quais se reuniu na capital do país.
Atual chefe da assessoria especial de Lula no Palácio do Planalto, Amorim relatou ainda ter defendido a Zelensky que tanto a Rússia quanto a Ucrânia precisam fazer concessões para se chegar a um acordo.
O relato feito por Amorim deve embasar um comunicado oficial que o governo brasileiro pretende divulgar nesta quinta-feira (11/5) sobre a viagem do ex-chanceler à Ucrânia.
Como o espaço aéreo ucraniano está fechado, Amorim entrou em território ucraniano por meio de um trem que partiu da Polônia, mesmo trajeto que terá de fazer na volta. Da Europa, o ex-chanceler volta direto para o Brasil.
Militares da alta cúpula das Forças Armadas já temem, nos bastidores, que a Polícia Federal faça alguma operação contra o general da reserva Braga Netto, ex-ministro da Defesa do governo Bolsonaro.
O temor é baseado nas intercepções feitas pela PF de conversas de militares que trabalharam com Jair Bolsonaro e Braga Netto. Nas mensagens, esses ex-auxiliares discutem planos de um golpe para evitar a posse de Lula.
Um dos militares pegos pelas interceptações foi o coronel Antônio Elcio Franco Filho. Ele trabalhou com Braga Netto na Casa Civil e durante a campanha eleitoral de Bolsonaro, de quem o general foi candidato a vice.
Para integrantes do Exército, uma operação contra Braga Netto pode prejudicar ainda mais a imagem das Forças Armadas, já arranhada com a prisão do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Por ora, auxiliares de Braga Netto rechaçam a participação do general em qualquer irregularidade, seja de plano de golpe, seja na fraude do cartão de vacinação do ex-presidente da República.
Autor de uma série de decisões recentes contra big techs, o ministro do STF Alexandre de Moraes já defendia a regulamentação de redes sociais desde quando foi sabatinado pelo Senado, em 2017.
Há seis anos, Moraes defendeu a senadores que seria preciso encontrar uma solução para controlar “versões mentirosas” divulgadas na internet, em uma época em que o termo “fake news” ainda não havia se popularizado.
O então indicado ao STF falou sobre o assunto ao ser questionado por senadores sobre versões compartilhadas nas redes à epoica de que ele havia sido advogado da facção PCC.
“Infelizmente, tudo na vida, toda a criação tem os prós e os contras, tudo tem o lado bom e o lado ruim. É inegável que as redes sociais, a internet, foram, são e continuarão sendo um grande avanço de comunicação, de informação, mas é também inegável – isto é algo em que todos nós, em determinado momento, vamos ter de pensar, uma forma razoável de equilíbrio – que se proliferam calúnias, difamações e injúrias em relação a inúmeras pessoas. Quem, dentro desta comissão e fora dela, está nos ouvindo e vendo e já foi caluniado, difamado ou injuriado pela internet sabe a dificuldade ou mais, eu diria, a quase impossibilidade de você retirar totalmente essas versões mentirosas”, afirmou Moraes em sua sabatina no Senado, em 21 de fevereiro de 2017.
Favorável a bloqueios O então candidato ao STF também foi questionado sobre bloqueios de redes sociais que não colaborassem com a Justiça. Na ocasião, o principal alvo era o WhatsApp, que chegou a ser bloqueado em algumas ocasiões.
Moraes, então, defendeu aos senadores que o Congresso Nacional deveria se debruçar sobre o tema. Ele lembrou que, quando era ministro da Justiça, enviou um projeto que obrigava redes sociais a ter sede no Brasil.
“Essa é uma questão que esta Casa, o Senado, a Câmara, o Congresso Nacional deve – eu tenho absoluta certeza, porque inclusive encaminhamos algumas propostas no Ministério – analisar porque é uma questão importantíssima, a questão do WhatsApp, da comunicação. Porque não se trata só de comunicação de mensagem do WhatsApp, se trata também da obtenção e da utilização por organizações criminosas da ligação por WhatsApp. E, obviamente, não há, por parte da empresa que cuida do WhatsApp, lamentavelmente, nenhum apoio às investigações criminais, o que faz com que alguns juízes tenham que tomar medidas, porque tanto o marco regulatório quanto a lei de 1996, a Lei de Interceptação Telefônica, autorizam, mas o bloqueio acaba sendo um bloqueio geral, a partir do momento em que não se fornecem as informações”, defendeu Moraes.
A decisão do ministro Alexandre de Moraes de conceder liberdade provisória a Anderson Torres, nesta quinta-feira (11/5), surpreendeu outros integrantes do STF.
Até a véspera, ministros do Supremo diziam que não havia qualquer previsão de Torres ser solto por decisão de Moraes, relator da investigação contra o ex-ministro de Jair Bolsonaro.
Em sua decisão desta quinta, Moraes afirmou que as razões para a manutenção da prisão preventiva de Torres já tinham acabado, na medida em que todas as diligências policiais já tinham sido realizadas.
Torres estava preso desde 14 de janeiro por suspeita de omissão durante as invasões golpistas de 8 de janeiro. Na época, ele chefiava a Segurança Pública do Distrito Federal.
Conhecido pelo hit “Fã de Eliane”, o compositor Chico Lopes morreu nesta quinta-feira (11). O “Astro de Mossoró”, como era chamado pelos fãs, ganhou notoriedade por uma música em homenagem ao trabalho da forrozeira cearense Eliane, considera na decáda de 1990 como rainha do forró.
A banda Aquarius, grupo o qual Chico Lopes fazia parte, publicou nota de falecimento do compositor. A causa da morte não foi revelada em publicação.
ASSISTA “FÃ DE ELIANE”:
“Mesmo sabendo que um dia a vida acaba, a gente nunca está preparado para perder alguém. Chico Lopes, o ‘Astro de Mossoró’ nos alegrou, e encantou com seu jeito único de ser e agora segue alegrando nos braços do pai!”, informou a banda em comunicado.
Na canção “Fã de Eliane”, o compositor dizia: “Alô, Eliane, ô me atenda pelo telefone. Quem tá falando é Chico Lopes, o novo astro lá de Mossoró. Sou louco pra te conhecer, sou apaixonado pela sua voz”.
ELIANE PRESTA HOMENAGEM EM REDE SOCIAL A cantora cearense Eliane postou texto no Instagram falando da partida sobre do compositor.
“Grande Chico! Querido Chico! Vim prestar essa singela homenagem com imensa gratidão pelo carinho e por ter declarado para todo o Brasil a admiração para comigo numa canção. Por esse motivo, eu faço questão de cantar sua música nos meus shows como gratidão. Espero que encontre um LP de Eiane aonde estiver. Descanse em paz”, declarou Eliane.
Em 2019, Eliane e Chico Lopes chegaram a participar juntos do programa “João Inácio Show” na TV Diário.
O Sindicato dos Auditores Fiscais do RN – SINDIFERN e a Associação dos Auditores Fiscais – ASFARN, manifestam profunda solidariedade ao colega Auditor Fiscal José Luiz da Silva Júnior, que foi, de forma injusta e covarde, agredido fisicamente na data de hoje (11), durante o exercício regular de sua função.
O lamentável episódio que repudiamos, ocorreu durante fiscalização de trânsito de rotina realizada pelos Auditores Fiscais da Secretaria de Tributação do Estado (SET/RN), na região da cidade de Monte Alegre.
As entidades representativas do fisco estadual pugnam para que o Governo do Estado adote as providências urgentes que o caso requer, com a identificação, prisão e punição dos infratores envolvidos, bem como assegure doravante segurança policial aos Auditores Fiscais em atividades de fiscalização de mercadorias em trânsito, itinerância fiscal e demais auditores fiscais que atuam nos demais setores.
A Administração Tributária do Fisco Estadual, exercida por meio de seus agentes públicos, dada a sua função essencial e estratégica para o funcionamento do Estado, necessita de estrutura de trabalho e segurança compatíveis para o desempenho regular das suas atividades, uma vez que os recursos públicos arrecadados pelo Fisco são destinados ao benefício de toda sociedade potiguar.
O ministro Alexandre de Moraes concedeu, na tarde desta quinta-feira (11/5), liberdade provisória ao ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres. Moraes tomou a decisão após o advogado de defesa de Torres, Eumar Novacki, em 2 e 4 de maio, reiterar o pedido de “revogação da prisão preventiva” ou, “ao menos, substituí-la por uma das cautelares elencadas no art. 319 do CPP ou pela prisão domiciliar”.
A prisão será substituída por monitoração eletrônica, com proibição de ausentar-se do Distrito Federal; proibição de manter contato com os demais investigados; proibição de usar redes sociais; e afastamento do cargo da Polícia Federal. O descumprimento de qualquer uma das medidas alternativas implicará revogação e decretação da prisão.
“As razões para a manutenção da medida cautelar extrema em relação a Anderson Gustavo Torres cessaram, pois a necessária compatibilização entre a Justiça Penal e o direito de liberdade demonstra que a eficácia da prisão preventiva já alcançou sua finalidade, com a efetiva realização de novas diligências policiais, que se encontravam pendentes em 20/4/2023”, escreveu Moraes na decisão.
Torres está preso desde 14 de janeiro em função das investigações sobre possíveis omissões de autoridades durante os atos golpistas ocorridos em Brasília, no dia 8 de janeiro. Ele chefiava a Segurança Pública do DF quando ocorreram as invasões nas sedes do Congresso, STF e Palácio do Planalto.
O ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL) cumpre a prisão no 4º Batalhão da Polícia Militar, no Guará (DF), desde que voltou ao Brasil.
Torres viajou aos Estados Unidos antes dos atentados contra o resultado das urnas, o que levantou suspeitas de conivência ou omissão.
O projeto Famílias Acolhedoras, que consiste no acolhimento temporário de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, é uma realidade em alguns municípios brasileiros. No Rio Grande do Norte, o município de Currais Novos é considerado um case de sucesso desta iniciativa que resguarda a vida de crianças e adolescentes. Sabendo disso, a vereadora natalense Júlia Arruda, autora do mesmo projeto na capital, participará de um momento de intercâmbio com a equipe da Secretaria Municipal de Trabalho, Habitação e Assistência Social, oportunidade em que serão apresentadas informações e depoimentos do projeto que existe em Currais Novos desde 2015. A visita técnica a Casa dos Conselhos será nesta sexta-feira (12), às 10h.
A governança do Ecossistema Local de Inovação de Currais Novos recebeu a imprensa nesta terça-feira (9) para divulgar os resultados da missão em Fortaleza, no Ceará, realizada na última semana. Na coletiva, estiveram presentes representações dos atores que fizeram parte da comitiva que destacaram a importância de dar segmento aos próximos passos que serão dados.
“Vamos atuar em ampliar as capacitações voltadas ao desenvolvimento de lideranças de gestão estratégica, com objetivos bem definidos. Alem disso, queremos instituir um calendário de eventos com foco na formação e retenção de talentos através de uma cultura da inovação”, explicou Edinete Nascimento, consultora técnica do Sebrae/RN.
A missão contou com uma comitiva de 22 atores do ELI de Currais Novos. A comitiva esteve presente na BS Innovation Hub e Ninna Hub, espaços corporativos de aceleração de startups, e nas Universidades Estadual e Federal do Ceará, também com momentos de imersão nos espaços de inovação dessas instituições. O hub de inovação do Banco do Nordeste e a Fundação de Ciência, Tecnologia e Inovação de Fortaleza (Citinova) também foram visitados.
“Ainda estamos no primeiro ano de atuação do nosso ecossistema e já começamos a visualizar frutos importantes para a mudança de mentalidade entre os atores, enquanto governança temos o objetivo de integrar essas ferramentas e acelerar as ações para que cheguem os resultados, visitar um ecossistema maduro foi um passo fundamental para buscar referências e parcerias”, afirma o vereador Mattson Ranier, que integra a governança do ELI de Currais Novos.
O que é o ELI? Os ecossistemas de inovação são polos que reúnem e integram a infraestrutura ao capital humano e financeiro para favorecer ambientes de pesquisa e desenvolvimento que buscam solucionar dores latentes de mercado, criando novos produtos, serviços e projetos que atendam à tais necessidades.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu nesta quinta-feira aplicar multa individual de R$ 30 mil aos deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Carla Zambelli (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG) e ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) por divulgar um vídeo com desinformação sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições do ano passado.
O vídeo foi produzido por Nikolas Ferreira e afirmava que Lula estaria associado à criminalidade, incentivaria o uso de drogas por crianças e adolescentes e seria favorável ao aborto, entre outras acusações falsas. Os demais parlamentares compartilharam a gravação. A gravação tinha como legenda “Faz o L” e foi publicado nos perfis do vereador, alcançando em poucos dias mais de 670 mil visualizações à época.
A decisão foi tomada por cinco votos a dois. O relator, ministro Raul Araújo, foi contrário ao pedido. Entretanto, o ministro Sérgio Banhos abriu divergência e foi seguida pela maioria dos integrantes: Alexandre de Moraes, Benedito Gonçalves, Carlos Horbach e Cármen Lúcia. Apenas Nunes Marques acompanhou o relator.
— As manifestações aqui analisadas transbordam os limites da liberdade de expressão, exatamente porque acabam por descontextualizar uma série de afirmações de um candidato, explorando essa descontextualização em detrimento de sua candidatura — afirmou o ministro Carlos Horbach.
Araújo, por sua vez, considerou que o vídeo fazia parte de uma “narrativa política” própria da disputa eleitoral.
— A manifestação questionada objetivou salientar o posicionamento de um dos candidatos à Presidência da República sobre importantes de políticas públicas. Nesse contexto, admite-se ser legítimo o teor do vídeo impugnado, construído com base em uma narrativa política e que pode e deve ser enfrentada e replicada.
No ano passado, durante o segundo turno da eleição, o então ministro do TSE Paulo de Tarso Sanseverino já havia determinado a suspensão do vídeo das redes sociais. A decisão foi referendada pelos demais ministros dias depois.
VITÓRIA: “Justiça determina que Odon dê seguimento ao Processo Seletivo com a nomeação dos aprovados” Essa poderia ser o título da notícia dessa Decisão da Justiça de Currais Novos. Ao invés do gestor e sua defesa querer cantar vitória para a população. disse o Vereador Daniel Bezerra.
Bom esclarecer algumas coisas na decisão do Juiz, no que se refere ao Processo de Improbidade Administrativa contra o Prefeito Odon Jr. Primeiro que houve um acordo entre o MP e as partes envolvidas. Por o gestor ter mostrado que existia um Processo Seletivo realizado, fruto de um Termo de Ajustamento de Gestão provocado pelo Tribunal de Contas do Estado e firmado com a Administração Municipal.
Nesse sentido o juiz e o Ministério Público entenderam que o Prefeito não contratava os servidores de forma precária e irregular, porquê queria. Até aquele momento ele estaria impedido de chamar os aprovados no Processo Seletivo por determinação do Ministério Público de Contas, que forçou o próprio TCE recomendar a divulgação do resultado do Processo Seletivo. Algo que podemos contestar, o Prefeito está no seu sétimo ano de governo, e só realizou o Processo Seletivo devido essa TAG, que o obrigou. Ou alguém acredita que era intensão dele fazer a Seleção ou um Concurso Público? Estaria ele disposto a perder o seu maior capital político que é exatamente os contratados? Contestou Daniel.
A decisão do Juiz de Currais Novos, Dr. Marcus Vinicius, vai além da negação do ato doloso de Improbidade Administrativa contra o Prefeito Odon Jr, ele deixa claro que; autoriza a dar SEGUIMENTO DO PROCESSO SELETIVO e determina que seja realizada A HOMOLOGAÇÃO DO SEU RESULTADO, a imediata NOMEAÇÃO DOS APROVADOS para substituir os CONTRATOS existentes.
A Justiça estadual do Rio Grande do Norte julgou improcedente a ação de improbidade administrativa apresentada pelo ministério público estadual, a ação versava sobre denúncia pela contratação irregular de pessoas para trabalhar no município, no entanto a justiça entendeu que, muito ao contrário do narrado pelo MP, o prefeito de Currais Novos, agiu dentro da legalidade constitucional, ou seja, buscou as vias legais para contratar os servidores públicos da forma disponível para a atual situação econômica do município, impondo-se, portanto, o julgamento de improcedência dos pleitos iniciais. Quem defendeu o prefeito foi o advogado Marcelo Xavier.
A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira, 11, a 11ª fase da Operação Lesa Pátria, que visa identificar financiadores, participantes e fomentadores dos atos de 8 de Janeiro. Ao todo, estão sendo cumpridos 22 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná. Os mandados foram cumpridos nas cidades de Maracaju (MS), Missal (PR), Londrina (PR), Cornélio Procópio (PR), Castro (PR), Bauru (SP) e Sorocaba (SP). Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A Justiça determinou o bloqueio de bens, ativos e valores dos investigados até o limite de R$ 40 milhões para ressarcimento dos danos causados ao patrimônio público. Os envolvidos serão investigados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido. Na ocasião, centenas de manifestantes invadiram as sedes do Congresso Nacional, do STF e o Palácio do Planalto, promovendo violência e dano generalizado contra objetos e os imóveis das instituições. Segundo a PF. as investigações continuam em curso e a Operação seguirá com atualizações periódicas sobre o número de mandados expedidos, pessoas detidas e foragidos da Justiça.
Em 2022, os bancos tiveram lucro líquido de R$ 139 bilhões, alta de 2% em relação a 2021. Entretanto, após a recuperação a níveis pré-pandemia em 2021 e um crescimento no primeiro semestre de 2022, a rentabilidade no segundo semestre do ano passado teve redução.
De acordo com o Banco Central (BC), a razão principal para o recuo foi o aumento das despesas com provisões (reserva sobre riscos de crédito), acentuada devido ao caso das Lojas Americanas. As informações são do Relatório de Estabilidade Financeira do BC, referente ao segundo semestre de 2022, que foi divulgado hoje (10).
Em recuperação judicial desde janeiro, as Lojas Americanas enfrentam uma crise desde a revelação de “inconsistências contábeis” de R$ 20 bilhões. Posteriormente, o próprio grupo admitiu que os débitos com os credores podem chegar a R$ 43 bilhões.
“Embora o forte aumento das despesas de provisão no último semestre de 2022 esteja relacionado a esse evento [das Americanas], a materialização do risco tem resultado no elevado aumento dessas despesas de forma geral. Também contribuíram para a redução da rentabilidade o declínio do ritmo de crescimento das rendas de serviços e a pressão da inflação sobre as despesas administrativas”, diz o documento, citando ainda leve piora da eficiência operacional das instituições.
De acordo com o BC, a rentabilidade do sistema deve continuar sob pressão no médio prazo, considerando a perspectiva de atividade econômica mais fraca em 2023, de menor crescimento do crédito e de inadimplência e inflação elevadas.
O relatório destaca que, embora o mercado de crédito continue crescendo em ritmo elevado, a desaceleração foi mais acentuada nas operações de maior risco do Sistema Financeiro Nacional (SFN) com pessoas físicas, como as ligadas a cartões de crédito.
“No geral, o crédito às pessoas físicas arrefeceu, exceto o crédito rural e o crédito imobiliário, cujas taxas de crescimento mantiveram-se estáveis. O crédito às empresas desacelerou em ritmo mais suave. Isso porque o crédito seguiu elevado devido aos programas emergenciais para microempresas, ao financiamento de capital de giro e investimento para pequenas empresas e ao financiamento de bens e operações de ‘risco sacado’ para empresas médias”, diz o BC, acrescentando que o mercado de capitais manteve-se como fonte relevante de financiamento, sobretudo para as grandes empresas.
Ainda assim, as instituições financeiras permaneceram apostando em carteiras mais arriscadas. “Apesar do recuo no ritmo de crescimento, o crédito ainda cresceu forte em modalidades mais arriscadas às famílias, como cartão de crédito e crédito não consignado”, diz o documento.
Testes de estresse O relatório do BC apresenta ainda os resultados de diversas análises de risco e dos testes de estresse do sistema bancário, que “continuam indicando não haver risco relevante para a estabilidade financeira”.
“Os testes de estresse de capital indicam que não há ocorrência de desenquadramentos em montante relevante nos cenários macroeconômicos adversos. Os resultados obtidos nas análises de sensibilidade também indicam boa resistência aos fatores de risco, simulados isoladamente, além de estabilidade de resultados em comparação com testes feitos anteriormente. O teste de estresse de liquidez indica quantidade confortável de ativos líquidos em caso de saídas de caixa em condições adversas ou choque nos parâmetros de mercado no curto prazo”, explicou o BC.
No teste de estresse, o BC simula o quanto uma situação de severa inadimplência e de corrida aos bancos impacta o cumprimento dos limites regulatórios mínimos pelas instituições financeiras e quanto a autoridade monetária precisaria aportar ao sistema financeiro. Entre esses limites estão a manutenção de uma reserva em caixa para garantir que os bancos paguem todos os clientes que forem sacar dinheiro em momentos de crise. São testados também os riscos de crédito, juros, câmbio e desvalorização de imóveis.
O BC considerou dois cenários, o primeiro de queda na atividade econômica e no consumo das famílias, aumento do desemprego, queda da inflação e das taxas de juros; e o segundo cenário de um aumento de incerteza na economia, com deterioração fiscal, alta do câmbio, elevação da taxa de juros e pressão da inflação.
Eventos climáticos
O Banco Central pesquisou também questões relacionadas a riscos climáticos e seus efeitos na estabilidade financeira dos bancos. As secas e as inundações são os eventos climáticos físicos de maior impacto nos ativos das instituições financeiras, sobretudo em horizontes acima de cinco anos.
“Os riscos climáticos de transição são classificados como de baixo impacto nos ativos. A inadimplência é a principal forma pela qual os riscos climáticos podem ameaçar a estabilidade financeira. Em 2022, cerca de 16% das instituições financeiras identificaram impactos de risco climático nas suas operações de crédito. O sistema financeiro tem procurado reduzir tanto a exposição a riscos climáticos quanto o seu próprio impacto ambiental”, diz o BC.
De acordo com o relatório, a inadimplência pode resultar de crise financeira nos setores que dependem de maneira intensiva dos recursos naturais, que podem sofrer um efeito climático severo. Entre os exemplos estão quebra de safras, prejuízo nos transportes, diminuição na prestação de serviços e interrupção das cadeias produtivas.
O deputado americano George Santos, que é filho de brasileiros, foi detido na manhã desta quarta-feira (10) no momento em que se apresentou ao tribunal federal de Long Island, em Nova York. O parlamentar será levado a um juiz no período da tarde e ouvirá 13 acusações diferentes de crimes federais, segundo o Departamento de Justiça.
O republicano foi eleito em 2021 e desde então é alvo de diferentes denúncias, como fraude fiscal, estelionato e de mentir no currículo. Ele foi detido após ter sete acusações em fraudes eletrônicas, três de lavagem de dinheiro, uma de roubo de fundos públicos e duas de mentiras em formulários da Câmara dos Deputados.
A imprensa americana calcula que a pena do deputado pode chegar a 20 anos de prisão. Ele não deve ser preso nesta quarta. A detenção é um processo normal no Judiciário americano quando da apresentação do indiciamento.
Em março, o Comitê de Ética dos Estados Unidos abriu uma investigação contra Santos, após ele ter confessado mentiras no currículo dele no período eleitoral. A apuração também incluía uma denúncia de assédio feita por um assessor que trabalhou no gabinete do parlamentar.
De origem brasileira, George Santos venceu o democrata Robert Zimmerman na disputa pela vaga deixada pelo democrata Tom Suozzi, no 3º Distrito de Nova York. Na ocasião, ele afirmava ter diplomas da Universidade de Nova York e do Baruch College, mesmo nenhuma das instituições terem o registro da matrícula.
Apesar da pressão de eleitores e políticos para que George renuncie, ele continuará atuando no Congresso enquanto responde pelas acusações. “Nos EUA, você é inocente até que se prove o contrário”, afirmou o presidente da Câmara, Kevin McCarthy.