Anitta falou neste domingo (29/1) sobre a gravação de uma cena para um clipe em que ela aparece simulando sexo oral no modelo Yuri Meirelles em uma viela, em comunidade na zona oeste do Rio de Janeiro. O vídeo chocou os internautas e gerou grande repercussão nas redes sociais.
A cantora rebateu as críticas, em entrevista ao Splash, antes do ensaio de Carnaval. Ela falou que quando as pessoas veem uma cena do tipo em filme e sabem que é ficção ninguém julga ou coloca o ator e atriz nessa posição. “As pessoas nem sabendo o que é e me colocam em uma posição que não fazem a menor ideia.”
Ela disse que infelizmente está acostumada a receber críticas e que isso nunca a fez parar de trabalhar e seguir em frente na carreira. Segundo a cantora, quando dá burburinho é sinal que será um grande sucesso e os fãs vão adorar.
Apesar das críticas, Anitta afirmou que não há chance de retirar a cena do projeto porque sua ideia é uma e continua até o fim. Ela disse que todo mundo a conhece como uma artista que não se deixa levar pelo que as pessoas estão falando, pensando ou opinando. “Eu faço o que me dá vontade e as pessoas tem duas opções: curtir e seguir ou não assistir.”
Alunos da Escola Trindade Campelo, de Currais Novos, fizeram mais uma vez bonito na Feira Internacional de Artesanato, a Fiart. Eles fazem parte do TcMOV’ART que, com o Coco Seridó, alcançaram o terceiro lugar no Festival Parafolclórico do evento.
Essa foi a segunda vez consecutiva que a escola emplaca um prêmio no evento, um dos maiores da cultura potiguar que chegou a sua 28ª edição.
“Há exatos três anos sonhamos em criar uma identidade folclórica para o nosso grupo, na qual deixaria nossa cultura popular vista e valorizada. Com isso, nosso Seridó se elevou e nasceu o Coco do Seridó, novamente premiado na Fiart”, afirmou Alan Souza, professor da instituição e coordenador do projeto.
A competição da Fiart esse ano ela aconteceu no mesmo formato do ano passado. Os grupos que particiapram tiveram uma etapa eliminatória e classificatória no que diz respeito no período de inscrição. Dependendo do tempo, da documentação, o grupo é convocado a participar. Após isso, a segunda etapa foi de apresentações, nas quais os 14 grupos (de todo o RN e PB) se apresentaram e apenas cinco se classificaram pra fase final.
Nosso grupo se classificou e ficou em terceiro lugar. Pódio no segundo ano consecutivo. Ano passado ficamos em segundo.
Participaram do concurso grupos artístico da Paraíba e Rio Grande do Norte. O festival foi dividido em três etapas, sendo a última, no sábado, com os cinco melhores grupos, segundo avaliação da comissão.
O militante bolsonarista Oswaldo Eustáquio gravou um vídeo ao lado de Rodrigo Gasparin, outro apoiador de Jair Bolsonaro, para oferecer o pagamento de advogados a golpistas presos por terem participado dos ataques de 8 de janeiro.
Segundo Eustáquio, ele está pagando 180 advogados para defender os suspeitos. O extremista não informou a fonte do dinheiro.
Eustáquio tem contra si uma ordem de prisão emitida por Alexandre de Moraes em dezembro, mas permanece em liberdade. O pedido de prisão foi feito pela Polícia Federal, após Eustáquio descumprir medidas cautelares. Ele foi preso em junho de 2020 por participar de atos antidemocráticos.
No vídeo, Eustáquio diz que a coordenação do trabalho dos advogados é feita por Gasparin, que se identifica como integrante do grupo bolsonarista Aliança Pelo Brasil. Gasparin afirma viver em Curitiba.
O vídeo, divulgado em grupos bolsonaristas, foi gravado no último dia 23.
A oferta levantou suspeitas do ex-ministro Eugênio Aragão, advogado da campanha de Lula. Aragão, que foi procurador da República, vê aí um caminho para chegar aos financiadores.
Candidato à presidência do Senado, Rogério Marinho (PL-RN) tem reclamado, nos bastidores, do que classifica como “interferência” do ministro do STF Alexandre de Moraes na disputa pelo comando da Casa Legislativa, marcada para a quarta-feira (1º/2).
Segundo aliados de Marinho, chegou aos ouvidos do senador eleito que Moraes teria ligado para alguns parlamentares pedindo voto no atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que disputa a reeleição para o cargo.
A suposta postura de “cabo eleitoral” de Moraes irritou Marinho e integrantes de sua campanha. Aliados do senador eleito avaliam que esse não é o “papel” que cabe a um ministro do Supremo, que não deveria ter atuação política.
Independentemente da vitória na disputa pela presidência do Senado, aliados de Rogério Marinho defendem que será necessária uma “resposta” a Moraes.
Segundo eles, essa resposta não significaria defender o impeachment do ministro, mas “abrir a caixa de ferramentas” do Senado para deixar claro que o cargo de ministro STF não poderia ser usado como instrumento político.
Procurado pela coluna desde o domingo (29/1), o ministro Alexandre de Moraes não respondeu. O espaço segue aberto.
Um ônibus caiu de uma ponte de 10 metros de altura na madrugada desta segunda-feira (30) e deixou 4 mortos e 29 feridos na BR-116, em Além Paraíba. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o veículo levava o time de futebol Esporte Clube Vila Maria Helena de Ubaporanga (MG) para Duque de Caxias (RJ).
(ATUALIZAÇÃO: Inicialmente, a PRF informou que o acidente havia causado 5 mortes. Mais tarde, o Corpo de Bombeiros informou que foram confirmadas 4 mortes. O texto foi atualizado às 7h50).
Conforme o Corpo de Bombeiros, estavam no ônibus o motorista, comissão técnica e jogadores. Inicialmente, quatro corpos foram retirados em meios às ferragens. Vinte e quatro vítimas foram encaminhadas para o Hospital São Salvador, em Além Paraíba. Outras cinco foram levadas para a Casa de Caridade Leopoldinense, em Leopoldina. Não há detalhes do estado de saúde delas.
De acordo com a PRF, o veículo caiu de cabeça para baixo perto de um riacho após o motorista do ônibus perder o controle da direção. A viagem consta como registrada no sistema de Licenças de Viagem Nacional da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
O Corpo de Bombeiros de Leopoldina, Cataguases, Além Paraíba e Juiz de Fora atuaram no local na manhã desta segunda-feira. A PRF também auxiliou nos trabalhos. O g1 tenta contato com a empresa responsável pelo veículo e aguarda retorno.
Vítimas Conforme o Corpo de Bombeiros, quatro pessoas morreram. Ainda não há a identidade delas, mas são três adolescentes entre 14 e 17 anos e um adulto, de idade não informada.
Juscelino Filho, ministro das Comunicações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), utilizou R$ 5 milhões do orçamento secreto para levar asfalto até propriedades de sua família em Vitorino Freire (MA), incluindo uma fazenda da qual é dono. As informações foram reveladas pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta segunda-feira, 30.
De acordo com a reportagem, Juscelino direcionou recursos do orçamento para a cidade onde sua família tem influência. Sua irmã, Luanna Rezende (União Brasil), é prefeita do município. Para a obra, foram contratadas uma empresa de um amigo de longa data do ministro e um engenheiro cuja indicação veio de seu grupo político.
O esquema
A empresa em questão é a Construservice, que pertence a Eduardo José Barros Costa, conhecido como Eduardo Imperador, que já foi preso suspeito de pagar propina para conseguir obras na cidade. Eduardo ficou quatro dias preso, após ser detido pela Polícia Federal, mas foi liberado sob fiança. Juscelino já chegou a admitir que é amigo do empresário há mais de 20 anos.
Já Julimar Alves da Silva Filho, engenheiro da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) que assinou a autorização para a obra, foi indicado pelo partido de Juscelino, o União Brasil, e está afastado do cargo após suspeita de ser um dos destinatários de propinas de Eduardo Imperador.
Vitorino Freire
A família de Juscelino possui muitas propriedades em Vitorino Freire – uma cidade pobre em que 42% da população não tem asfalto na frente de casa.
Além da propriedade do ministro, oito de algumas fazendas do clã foram beneficiadas com as obras de asfaltamento.
Orçamento secreto
O chamado orçamento secreto ficou assim conhecido por se tratar de recursos públicos com pouca transparência e que tem sido utilizado para negociação política no Congresso. Em dezembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou que a prática é inconstitucional.
Os ministros da Corte determinaram, ainda, que parlamentares que fizeram uso do orçamento secreto declarassem o montante que solicitaram e a finalidade para qual os recursos foram direcionados.
Segundo o Estadão, Juscelino omitiu essas informações que foram solicitadas pelo STF.
Defesa
Em sua defesa, Juscelino Filho confirmou as obras de asfaltamento no município, mas chamou de “leviano” a alegação que apenas sua propriedade foi beneficiada.
“Considerar que a estrada de 19 km de extensão, que recebeu, sim, recursos de emenda do parlamentar, via convênio com a Codevasf, beneficiou apenas sua propriedade é no mínimo leviano, uma vez que a estrada liga os povoados de Estirão e Jatobá”, disse em nota.
“É natural e previsível que, na qualidade de parlamentar, Juscelino Filho tenha o compromisso de levar recursos para a região, sua base política”, acrescentou.
A Codevasf respondeu que a responsabilidade do trecho que foi asfaltado é da prefeitura e reforçou que Julimar Alves da Silva Filho foi afastado após suspeitas de receber proprina, mas que segue com salário de R$ 20 mil por mês.
A prefeita Luanna Rezende não respondeu à reportagem. A Construservice e Eduardo Imperador também foram procurados, mas não retornaram.
Mudanças no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) podem deixar os remédios mais caros a partir de fevereiro. Além de alteração na base de cálculo do imposto em São Paulo, outros 12 estados aumentaram as alíquotas sobre medicamentos para 19% a 22% (veja tabela abaixo).
As associações da indústria e dos laboratórios já se mobilizaram e mandaram ofícios aos estados para tentar reverter ou suspender essas medidas.
Além do impacto do ICMS, em abril também está previsto reajuste de 10 mil medicamentos que são regulamentados uma vez por ano. Quem define os valores é o CMED (Comitê Técnico-Executivo da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), que é o órgão interministerial responsável pela regulação do mercado de medicamentos, e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) exerce o papel de secretária-executiva.
Outros estados
Nos estados do Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima, Sergipe e Tocantins, o aumento das alíquotas estão previstos para vigorar entre março e abril.
O presidente executivo do Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos), Nelson Mussolini, afirmou que já enviou ofício aos 12 estados. “O Sindusfarma vem fazendo gestões junto aos estados, para tentar reverter este aumento do ICMS, um absurdo tributário, repito, que, por força de lei, é repassado automaticamente para o consumido”, afirma Mussolini.
em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo que a Alemanha planeja um “programa imediato” nos primeiros 100 dias do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para doar mais € 200 milhões (cerca de R$ 1,1 bilhão) ao Brasil.
A ministra, que também é responsável pelo Fundo Amazônia, disse que a doação será voltada para a conservação de florestas e para conter as mudanças climáticas. “Vamos também cooperar em outras áreas, para ajudar a resolver o fosso social, porque temos certeza que a proteção do clima não funciona sem resolver os problemas sociais”, disse.
Schulze disse ainda estar acompanhando a situação do território Yanomami e que deve procurar as ministras Marina Silva, do Meio Ambiente, e Sonia Guajajara, dos Povos Indígenas, para tratar de formas de cooperar com o caso. A área sofre com desassistência sanitária e enfrenta casos de desnutrição severa e de malária.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, registou uma ocorrência após ser chamado de “ladrão” neste domingo (29/1) em um prédio residencial, em Brasília, no Distrito Federal. Seguranças deles também foram ofendidos ao serem chamados de “cachorros do Dino”. As informações são do site Metrópoles.
Segundo a publicação, o autor das agressões verbais afirmou ainda que o ministro não tinha o direito de circular pelo prédio em que ele mora. A ocorrência foi registrada na 3ª Delegacia de Polícia, no bairro Cruzeiro.
A previsão é que a polícia ouça o suspeito nesta segunda-feira (30/1), e ele deverá responder por desacato, assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e ser liberado, já que se trata de um crime de menor potencial ofensivo.
A polícia tentou intimá-lo neste domingo, mas ele ainda não foi encontrado.
Deputados e senadores voltam aos trabalhos legislativos no Congresso Nacional em 1° de fevereiro para definir quem comandará das casas pelos próximos dois anos. As eleições para os cargos de presidente da Câmara e do Senado ocorrem logo após a abertura do ano legislativo e da cerimônia de posse dos parlamentares eleitos.
A poucos dias do pleito, o cenário final põe Câmara dos Deputados e Senado Federal em lados opostos. Isso porque, até o momento, tudo indica que o atual comandante dos deputados, Arthur Lira (PP-AL), deve ser reeleito. O único concorrente até o momento é Chico Alencar (RJ), que tem o apoio isolado do PSol e é o único a se opor ao alagoano.
Por sua vez, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apesar de favorito, enfrenta resistência entre os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que inclusive lançaram uma candidatura própria para concorrer com o mineiro. Rogério Marinho é o nome do Partido Liberal para a presidência da Casa Alta. Na última semana, o PL cravou o apoio do PP e do Republicanos. Há, ainda, o candidato do Podemos, Eduardo Girão (CE), que promete tirar votos dos demais concorrentes.
No Senado, para ganhar em primeiro turno a presidência da casa, o candidato precisa de pelo menos 41 votos. Se ninguém chegar a esse número, os nomes vão para o segundo turno. O escolhido toma posse em seguida.
Cientistas do Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociência (IoPPN) do King’s College London, no Reino Unido, criaram um novo teste de sangue capaz de prever o risco de Alzheimer em até três anos e meio antes do diagnóstico clínico. A pesquisa, publicada na revista Brain, investiga de que forma o sangue afeta as células cerebrais e já está sendo considerada um avanço para a detecção antecipada da enfermidade.
O Alzheimer afeta a formação de novas células cerebrais no hipocampo, importante parte do cérebro envolvida no aprendizado e memória, principalmente durante os estágios iniciais da doença. Os cientistas britânicos mostraram no estudo que os componentes do sangue humano podem modular essas formações de novas células cerebrais, chamado de neurogênese.
Eles concluíram que essas mudanças ocorrem cerca de 3,5 anos antes de um diagnóstico clínico para a doença do Alzheimer. Estudos anteriores só conseguiram analisar a neurogênese em estágios posteriores por meio de autópsias.
Nossas descobertas são extremamente importantes, permitindo-nos prever o início da doença de Alzheimer precocemente de maneira não invasiva. Isso pode complementar outros biomarcadores sanguíneos que refletem os sinais clássicos da doença, como o acúmulo de amiloide e tau (as proteínas ‘carro-chefe’ da doença de Alzheimer)”, diz Edina Silajdi, do King’s College.
Para realizar a pesquisa, os cientistas coletaram amostras de sangue de 56 indivíduos com Comprometimento Cognitivo Leve (MCI, em inglês), uma condição em que os pacientes vivenciam uma piora de sua memória ou capacidade cognitiva.
Os autores do estudo ressaltam que, apesar de nem todos que sofrem da condição cognitiva desenvolverem Alzheimer, a taxa de pessoas que progridem para um diagnóstico é muito maior do que a população geral. Do total de voluntários, 36 foram diagnosticados com a doença.
Os autores agora planejam testar as descobertas em um grupo maior e mais diversificado de pessoas.
“Estamos entusiasmados com as possíveis aplicações do teste de sangue que usamos. Por exemplo, pode ajudar a estratificar indivíduos com problemas de memória para um ensaio clínico de medicamentos modificadores da doença de Alzheimer”, destacam os especialistas do King’s College.
Os sinais da doença costumam aparecer apenas vinte anos depois do início da enfermidade. Ou seja, a destruição cerebral já está acentuada e acontecem em silêncio. Há anos, cientistas do mundo tentam entender e encontrar uma solução para um diagnóstico mais rápido e precoce do Alzheimer. Quanto antes os médicos e o próprio paciente descobrir que está com a enfermidade melhor para começar o tratamento.
Embora seja uma certeza irrefutável, a morte permanece como um dos maiores mistérios da humanidade.
De um lado, construções culturais, religiosas ou mesmo filosóficas estimam o que podemos encontrar do outro lado.
De outro, a ciência pode explicar o breve momento entre a vida e a morte.
A morte do ponto de vista neurológico Do ponto de vista neurológico, no momento da morte, o sistema nervoso central deixa de funcionar de uma forma permanente e definitiva. Os mecanismos disparados no organismo podem ser diferentes de acordo com a forma como cada indivíduo morre.
Quando uma pessoa morre lentamente, como em casos de falência de múltiplos órgãos, o corpo humano tende a priorizar o cérebro, o coração e os rins.
“Existe um processo lento e progressivo que pode acontecer em algumas situações, como por exemplo um indivíduo que entra em falência de múltiplos órgãos. O que ocorre lenta e progressivamente é que os órgãos principais são priorizados, como por exemplo o cérebro, o coração e os rins. Os outros órgãos vão sofrendo. No decorrer do tempo, tudo para, como se fosse um ônibus que colide com um poste. Quem está dentro, aos poucos também vai sofrer uma desaceleração e para de ter o movimento em ação”, explica o médico neurocirurgião Fernando Gomes, professor livre-docente do Hospital das Clínicas de São Paulo.
O médico neurologista Felipe Chaves Duarte, do hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, explica o que acontece em casos de mortes que não envolvem o cérebro inicialmente.
Quando um paciente morre por causas não neurológicas, lentamente há uma perda da regulação da pressão arterial dos vasos da cabeça, com redução do aporte de oxigênio e glicose. Com isso os neurônios entram em morte celular por hipóxia, que é a falta de oxigênio, e ocorre uma isquemia das células neuronais. Elas extravasam seu conteúdo para o meio ao redor das célula e param de funcionar
Felipe Chaves Duarte, médico neurologista Após a morte neuronal, dependendo do tipo de cuidados médicos que o paciente recebe, como por exemplo aqueles oferecidos em unidade de terapia intensiva (UTI), outros órgãos do corpo podem permanecer funcionando com o uso de medicamentos e suporte de aparelhos de ventilação mecânica.
“Esse estado é diagnosticado por especialistas e chamado de morte encefálica. Quando ocorre a morte encefálica, não existe mais a consciência do paciente. Ele não consegue mais pensar ou perceber o meio ao redor. Ele deixa de existir como pessoa e seus órgãos fora do sistema nervoso continuam funcionando de forma artificial”, afirma Duarte.
Morte das células Os especialistas explicam que a morte das células acontece de maneira progressiva. A ordem com a qual o processo acontece depende da causa da morte.
“Se um corpo que sofreu morte encefálica continuar sendo mantido de forma artificial, os órgãos fora do sistema nervoso podem continuar funcionando por semanas. Caso o coração pare de bater, como uma parada cardíaca, órgãos como o pulmão podem se manter viáveis para transplante por até 4 horas e órgãos como o rim por até 36 horas desde que armazenados em recipientes adequados”, aponta Duarte.
Dentro do cérebro, algumas células que sozinhas não consegue manter a atividade cerebral podem sobreviver por horas após a declaração da morte.
Quando um paciente tem morte cerebral, as primeiras células que morrem são os neurônios, como explica o neurocientista Fernando Gomes.
“Esse tipo de célula consegue permanecer em situações normais de temperatura e pressão até cinco minutos sem o aporte de oxigênio. Depois disso, lesões irreversíveis acontecem nessas células e, em um contexto geral, isso pode provocar o que nós chamamos de morte cerebral. É questão de tempo até que todo o corpo deixe de funcionar principalmente se não tiver um suporte de terapia intensiva”, afirma.
Segundo o especialista, as células que duram mais sem o aporte de oxigênio são as epiteliais da córnea, que recebem o elemento químico de outra forma, e podem durar cerca de 6 horas após a morte, permanecendo viáveis para transplantes nesse prazo, por exemplo. Outros órgãos, quando são utilizados para transplante, precisam de suporte especial para a sua manutenção como, por exemplo, resfriamento ou soluções químicas específicas.
O que podemos sentir no momento da morte? Um trabalhou chamado Aware, publicado em 2014 na revista Ressuscitation, entrevistou 101 pacientes que tiveram uma parada cardíaca e foram salvos por tratamento médico. Quase a metade relata não lembrar de nada. Pouco mais de 40% relatam memórias detalhadas, como ver plantas ou pessoas ou sentir um medo intenso. Cerca de 9% relatou fenômenos compatíveis com experiências de quase morte.
Em um outro estudo, publicado no periódico científico Frontiers in Aging Neuroscience, pesquisadores conseguiram analisar, pela primeira vez, imagens de um cérebro exatamente na hora da morte. O paciente, de 87 anos, tinha epilepsia e estava realizando um exame de eletroencefalografia quando teve um ataque cardíaco fulminante.
“No estudo, foi possível captar instantes antes e depois do momento da morte desse paciente. O que se notou é que 15 segundos antes e depois houve oscilações gama. Então acaba sendo um ritmo de funcionamento eletroencefalográfico bastante alto, com mais de 32 hertz de frequência”, afirma Gomes.
Responsáveis pela atividade sincronizada dos neurônios, as ondas gama também são associadas a fatores como a memória, meditação e aos sonhos humanos. O neurocirurgião explica que durante a fase de sono REM (rapid eye movement, em inglês), em que há um relaxamento do corpo e alta atividade cerebral, essas ondas de alta frequência podem ser captadas.
“Isso mostra uma possibilidade para aquela ideia que a gente tem de que no instante da morte, antes de fato da consciência ir embora, a gente passa por um momento de superconsciência, em que memórias de muita relevância, principalmente emocional, são acionadas, como se passasse um filme da sua vida mesmo. Não dá para provar isso, mas do ponto de vista elétrico isso faz sentido”, diz Gomes.
O neurocientista afirma que, em alguns contextos, torna-se difícil vivenciar qualquer tipo de sensação, como em mortes súbitas ou com extrema dor.
Em casos de morte súbita, é muito difícil interpretar no plano consciente o que está ocorrendo por que o sistema nervoso central simplesmente deixa de funcionar e a consciência se apaga. Por outro lado, em situações onde existe sofrimento envolvido, o indivíduo acaba perdendo a consciência e desmaiando por dor. Existe a liberação de neurotransmissores que podem provocar uma certa sensação de conforto, de analgesia e de bem estar. Talvez isso represente um mecanismo para que a experiência não seja totalmente dolorosamédico neurocirurgião Fernando Gomes, professor livre-docente do Hospital das Clínicas de São Paulo
O senador Flávio Bolsonaro (PL) afirmou, neste sábado (28), que não há previsão para o retorno de seu pai ao Brasil.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) viajou para os Estados Unidos dois dias antes de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumir o cargo da Presidência da República. Ele está em Orlando, no estado americano da Flórida, hospedado na casa do lutador José Aldo.
Neste sábado (28), falando à imprensa durante o evento do PL que lançou a candidatura do senador eleito Rogério Marinho (PL-RN) à presidência do Senado, Flávio Bolsonaro comentou que não sabe quando o pai voltará ao país.
“Não tem previsão. Pode ser amanhã, pode ser daqui uns seis meses, pode não voltar nunca. Não sei”, afirmou.
O senador afirmou que seu pai “está desopilando”. “Ele estava com a família, e a família voltou agora. Não sei com quem ele está lá, mas obviamente está com pessoas próximas a ele”, acrescentou.
Visto de Bolsonaro De acordo com Flávio Bolsonaro, seu pai desembarcou nos Estados Unidos no dia 30 de dezembro do ano passado utilizando o passaporte diplomático garantido pelo cargo da Presidência.
No início de janeiro, o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, afirmou que pessoas que entram nos Estados Unidos com o visto “A”, reservado a diplomatas e chefes de estado, devem deixar o país em até 30 dias ou solicitar a mudança de situação imigratória caso não esteja mais exercendo atividades oficiais.
O filho de Bolsonaro afirmou que não sabe se o visto do ex-presidente foi convertido para o visto de turista.
“Não sei informar se houve a renovação, mas a conversão tem que haver. Não sei se já houve ou se ainda vai ter”, declarou a repórteres.
Os carros voadores sempre fizeram parte do imaginário popular e já marcaram presença em filmes e desenhos animados. Na vida real, essa tecnologia está cada vez mais próxima de ocupar os céus do planeta.
A empresa de tecnologia chinesa “EHang” já realizou testes com o “eVTOL”, sigla em inglês para aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical, em cidades da China, Canadá, Estados Unidos e Espanha. O equipamento é uma espécie de drone para voos autonomos, sem necessidade de um piloto. Movido a bateria, o eVTOL pode transportar duas pessoas em uma altitude de quase 3 mil metros. Cada veículo pode chegar a custar de 3 a 4 milhões de reais.
O ex-presidente Jair Bolsonaro usou o Twitter para afirmar que “nunca um Governo dispensou tanta atenção e meios aos indígenas” como no dele. Na mesma postagem, ele compartilha a foto de uma criança indígena desnutrida retirada do relatório final da CPI que investigou as mortes por subdesnutrição de crianças indígenas entre 2005 e 2007, durante o segundo mandato de presidente de Luiz Inácio Lula da Silva.
Guardiões da floresta: Terra Indígena Yanomami sofre com segunda investida do garimpo ilegal
Êxodo dos indígenas: Ianomâmis vão a Boa Vista, em cinco dias de viagem a pé, para socorro médico
A postagem é uma tentativa de se defender de críticas feitas por lideranças indígenas, representantes de ONGs, servidores e ex-servidores que relacionam a crise que se instalou na Terra Indígena Yanomami com a forma como o governo Bolsonaro conduziu as ações de preservação da Amazônia durante seu mandato. O ex-presidente, por exemplo, se posicionou várias vezes a favor do garimpo.
Atualmente, a atividade mineradora é uma das principais causadoras de doenças nos indígenas, e tem crescido desde 2016, com explosão no último quadriênio. Ela cria lagoas de água parada que servem de criadouros de mosquito, provocando uma explosão dos casos de malária. Sem atendimento ou medicamento, os indígenas vão adoecendo, numa curva exponencial típica de epidemia.
Além de contaminar a água com substâncias químicas, o garimpo provoca o assoreamento dos rios. Assim, crescem também os casos de diarreia.
O garimpo ilegal afeta não apenas a saúde, mas também a alimentação dos indígenas. Com a caça afugentada pelas máquinas e com os rios contaminados por mercúrio, usado na separação do ouro, faltam comida e água. O garimpo ilegal, de outubro de 2018 a dezembro de 2022, contribuiu para aumentar o desmatamento em 309% dentro da reserva, de acordo com o Instituto Socioambiental (ISA).
Crise dos ianomâmis: Ministério dos Direitos Humanos envia comitiva a RR e firma parceria com entidades para doar comida e medicamentos
CPI da subdesnutrição de crianças indígenas
O documento postado por Bolsonaro em sua publicação é o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) cujo relator foi o deputado Vicentinho Alves (PR-TO). A apuração ocorreu entre 19 de dezembro de 2007 e 06 de junho de 2008 — ou seja, dentro do segundo mandato de presidente de Lula. Na época, foram realizadas 18 reuniões e diligências aos Estados do Mato Grosso do Sul, Maranhão, Acre e Tocantins para investigar as causas, conseqüências e responsáveis pelas mortes de crianças índias por subnutrição de 2005 a 2007.
Dentre as principais conclusões do relatório final da CPI destacam-se:
“a) o entendimento de que o problema da desnutrição entre crianças indígenas não se resume ao que ocorre no Mato Grosso do Sul;”
“d) as comunidades indígenas do Mato Grosso do Sul, devido à persistência de problemas socioeconômicos não resolvidos, como a escassez de terra, enfrentam recrudescimento de outros agravos à saúde, como o alcoolismo e a violência, que terminam por influir na situação nutricional das crianças; “
“e) os órgãos responsáveis pela atenção aos indígenas — Funasa e Funai — apresentam grave restrição de recursos humanos estáveis, o que tem prejudicado a abrangência e a qualidade da atenção oferecida;”
“f) a integração operacional entre esses dois órgãos é deficiente;”
O documento também cita a questão ianomâmi à época. “Em Roraima, entre os Yanomami, os índices de malária voltam com intensidade, em função do abandono nas ações preventivas em saúde, especificamente nos serviços para o combate ao mosquito transmissor da doença.”
O relatório também cita que a falta de pagamento de salário fez funcionários do Distrito Sanitário Yanomami serem obrigados a “cruzar os braços”, situação que também ocorria em outras localidades indígenas. “A situação é de uma gravidade sem precedentes e exige do poder público providências enérgicas e ações contundentes para combater a fome, a desnutrição e as doenças causadas por parasitoses, por mosquitos e a intensificação das endemias e epidemias.”
O relatório final da CPI pontuou algumas recomendações para tentar solucionar a situação de fome e subdesnutrição das crianças indígenas brasileiras, tais como:
Aumento das medidas para fortalecimento da Funasa e da Funai, por meio da realização de concursos públicos, da elaboração de planos de cargos e salários e de reorganização administrativa
Nos locais onde a desnutrição é mais grave, como no Maranhão, recomendou-se “a criação de comitês gestores, a exemplo do que foi implantado com sucesso pelo Governo Federal em 2005 no Mato Grosso do Sul, mas, dessa vez, por meio de instrumento formal”.
No campo específico da segurança nutricional, destacam-se as recomendações para: acelerar a implementação do Sisvan (Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional) Indígena em todos os Dsei (Distrito Sanitário Especial Indígena); uma melhor previsão orçamentária do Ministério de Desenvolvimento Social para uma adequada distribuição de cestas básicas e uma atuação mais incisiva da Funai para promover a produção de alimentos pela própria comunidade indígena.