A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, antecipou que os números da inflação a serem divulgados nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) surpreenderão positivamente. O anúncio foi durante audiência pública no Senado Federal.
Logo no início de sua fala, quando detalhava o atual contexto econômico – com números recentes e projeções para o Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todas as riquezas produzidas no país) e para a inflação –, Tebet disse que a perspectiva de crescimento do PIB está em 1,6% este ano, subindo para 2,3% em 2024 e 2,8% em 2025.
“A taxa de inflação continua em trajetória de desaceleração. Amanhã [10] teremos uma surpresa, inclusive. Sairá o valor da inflação um pouquinho menor do que o que está na expectativa”, disse a ministra sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril.
Ela lembrou que o país registrou uma inflação de 10% em 2021; e de 5,8% em 2022. “A estimativa oficial é de 5,3% este ano; de 3,5% em 2024 e 3% ao ano a partir de 2025”, acrescentou na audiência pública conjunta das comissões de Infraestrutura e de Desenvolvimento Regional, no Senado.
PPA Participativo A ministra reiterou que foco de sua pasta está no “crescimento sustentável com inclusão social”, e que isso será levado em conta nas ações a serem desenvolvidas por meio do Plano Plurianual (PPA), o principal instrumento de planejamento orçamentário de médio prazo do governo federal.
Segundo Tebet, o PPA, que está sendo preparado, “será amplamente participativo, conforme determinação do presidente Lula e de organismos internacionais. Será o PPA mais participativo da história”, disse a ministra ao se referir ao PPA Participativo, iniciativa por meio da qual cidadãos, integrantes de conselhos nacionais e entidades da sociedade civil, como sindicatos, associações e organizações não governamentais (ONGs) colaboram para a elaboração do plano.
“E vamos ouvir estados e municípios, porque o planejamento é feito por diversas mãos”, complementou, ao lembrar que o PPA é “o pontapé inicial da LOA [Lei Orçamentária Anual] do ano que vem”.
Na segunda-feira (8), a secretária de Integridade Pública, Izabela Moreira Corrêa, disse que o governo pretende usar ferramentas de participação popular para definição de políticas públicas.
Ela, no entanto, acrescentou que tais iniciativas serão em vão caso a sociedade não contribua para a formulação de propostas.
Um levantamento feito pela Band, com informações disponibilizadas em boletins de ocorrência das delegacias do Centro de São Paulo, demonstrou que, nos três primeiros meses deste ano, 16 mil celulares foram roubados ou furtados na região. O número é equivalente a mais de 177 aparelhos subtraídos diariamente e representa 65% das infrações.
De acordo com as investigações da Polícia, os aparelhos, depois de terem uma nova identidade, são revendidos, desmanchados ou levados para outros países. Em 2023, mais de 450 dispositivos foram recuperados no aeroporto internacional de Guarulhos, segundo dados da Polícia Federal.
Em abril, 12 suspeitos foram presos em um prédio do bairro de Campos Elíseos, onde foi instalado um comércio ilegal com dezenas de aparelhos roubados.
O senador Romário, do PL de Jair Bolsonaro, vem numa ensaiada dança do acasalamento na direção do governo Lula.
Senadores governistas já contam o voto de Romário como um a menos da oposição em diversos temas.
A aproximação começou na eleição do Senado, quando Romário deu sinais de que votou em Rodrigo Pacheco, e não em Rogério Marinho. E a origem desse movimento é anterior, mais precisamente o primeiro turno de 2022, quando Romário viu o vídeo em que Jair Bolsonaro declarou voto em Daniel Silveira, seu adversário na corrida ao Senado. Até hoje, o ex-jogador está rompido com Bolsonaro.
Apesar de diversos anúncios do governo federal de que iria abrir a torneira das verbas federais para atender o Congresso Nacional e aplacar os ânimos, a realidade é que o ritmo de liberação de pagamentos está apenas engatinhando.
Entre restos a pagar e novos pagamentos de emendas individuais de senadores e deputados, o governo desembolsou R$ 2,5 bilhões até agora. Contando todas as modalidades de emenda, são R$ 3,9 bilhões.
Isso pouco resolve a sanha dos congressistas, que querem ver a cor do dinheiro do que costumava ser chamado de “orçamento secreto“, cerca de R$ 9,6 bilhões hoje devolvidos para o controle dos ministros do Executivo.
Dentro desse montante, a conta do governo está zerada. Houve zero empenhos e zero pagamentos. A Secretaria de Relações Institucionais (SRI), comandada pelo ministro Alexandre Padilha, recebeu pedidos de congressistas nas últimas semanas, mas ainda não viabilizou nenhum pagamento junto aos ministérios.
Na semana passada, o governo autorizou o pagamento de R$ 3 bilhões no Ministério da Saúde. Também disse que pagaria R$ 1,6 bilhão em emendas parlamentares individuais, segundo reportagem de Raphael Di Cunto e Marcelo Ribeiro.
Neste ano, estão previstos mais de R$ 36 bilhões em emendas individuais, de bancada e de comissão. Parlamentares cadastram as propostas no sistema ao longo do ano, e a maioria dos pedidos ainda nem sequer foi feito.
Os empenhos no orçamento deste ano (R$ 194 milhões em emendas individuais, R$ 233 milhões nas de bancada e R$ 58 milhões nas de comissão) mostram que o governo está conseguindo dar vazão praticamente apenas a restos a pagar de anos anteriores, mesmo quando se trata de emendas parlamentares comuns.
Os restos a pagar se referem a projetos que, via de regra, já foram anunciados por deputados em suas bases eleitorais. A lógica no Congresso é de que o capital político por essas verbas já foi ganho. Novos empenhos, por outro lado, significam novos anúncios e novos favores para ganhar a lealdade de prefeitos.
Nessa lógica é que deputados e senadores estão de olho nos R$ 9,6 bilhões convertidos em verbas de ministérios, que o governo Lula concordou em repartir politicamente, em um acordo para aprovar a PEC da Transição no ano passado.
O pastor Paulo Marcelo Schallenberger, que ficou conhecido durante as eleições como o porta-voz de Lula no mundo evangélico, considera que o governo federal demorou a reconhecer a influência do segmento nas pautas do Congresso Nacional. Em entrevista à coluna nesta terça-feira (9/5), Schallenberger afirmou que o recuo na tramitação do PL das Fake News se deu pela pressão de pastores a deputados e senadores e defendeu que o governo tenha uma área específica para lidar com o público evangélico.
O pastor da Assembleia de Deus do Ministério de Belém disse que pastores de todos os lugares do Brasil pressionaram deputados e senadores de seus estados, que não necessariamente fazem parte da bancada evangélica, a votarem contra o PL das Fake News. O motivo seria o falso entendimento de que o projeto restringiria a liberdade religiosa dos cristãos, teoria amplamente espalhada por parlamentares da oposição.
“Eles usam tanto o versículo de João 8:32, que diz ‘conhecereis a verdade e a verdade vos libertará’, mas querem votar a favor da mentira, a favor de João 8:44, que fala sobre o pai da mentira. Eles sabem que o PL das Fake News não vai censurar a religião de ninguém que não use a bíblia para ofender e mentir. O que você vai fazer e falar sobre sua fé não precisa ser de forma agressiva como vem sendo agora”, disse.
Schallenberger considera que a maior preocupação de alguns deputados que endossam a teoria de que o PL das Fake News irá restringir a liberdade religiosa é o medo de “não poder mais espalhar mentiras na bolha”. O pastor pontua que a popularidade e poder desses políticos são alimentados pelo compartilhamento de conteúdos falsos e violentos aos seus apoiadores.
Schallenberger também afirmou que a oposição tem uma grande vantagem sobre Lula: pastores e líderes evangélicos como “porta-vozes” das pautas e vontades de Jair Bolsonaro. Para o pastor, é um erro o PT não reconhecer e investir no diálogo com a comunidade evangélica.
“Pastores estão ligando para deputados e senadores de seus estados e pedindo para eles não apoiarem a PL das Fake News. Deputados e senadores que são muito conhecidos na comunidade evangélica inflam a opinião da comunidade evangélica contra o projeto, que sai enfraquecido. O governo Lula não tem isso, mas precisava, porque são 44 milhões de evangélicos”, disse Schallenberger.
Na última semana, Lula fez a primeira reunião do Conselhão e deixou pastores e líderes evangélicos de fora. Dos 246 nomes, apenas o padre Júlio Lancelotti representava uma religião.
Para o pastor, os próximos quatro anos, assim como as eleições, vão ser marcados pela disputa de narrativas ideológicas entre o governo e a oposição. Na visão de Schallenberger, parlamentares bolsonaristas vão tentar impedir que as pautas governistas sejam aprovadas no Congresso Nacional, usando a igreja como arma política, para minar a popularidade de Lula durante o mandato.
“É preciso que as pessoas de dentro do PT, de dentro do governo, deem espaço para lideranças evangélicas dialogarem com evangélicos e comunicarem as pautas do governo. Existem sete milhões de evangélicos que votaram no Lula, segundo as pesquisas, e eles não têm uma referência no governo. Não estou dizendo que tem que ser eu, mas isso precisa ser feito”, pontuou.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu por unanimidade cassar a chapa de vereador do PSDB nas eleições de 2020 em Mossoró por fraude na cota de gênero.
Com isso, a única vereadora eleita pelo partido, Larissa Rosado, hoje no União Brasil, perde o mandato.
O relator Carlos Horbach entendeu existir fraude por causa da inexistência de movimentação financeira de duas candidatas, outra que não votou nela mesma e a inexistência de atos de campanha.
Foi decretada a nulidade de todos os votos do PSDB com recálculo do quociente partidário. A decisão também considerou inelegíveis as candidatas Francisca das Chagas Costa da Silva e Maria Gilda Barreto da Silva por terem fraudado a cota de gênero.
A vaga PSDB vai para a chapa do Democracia Cristã e com isso Marrom Lanches se torna vereador no lugar de Larissa.
pela primeira vez em 77 anos os Rosados ficarão sem nenhum mandato.
O Partido dos trabalhadores de Currais Novos. entrou com uma ação judicial alegando que o partido democrata (DEM) teria realizado fraude à cota de gênero nas últimas eleições municipais. O processo foi julgado procedente em primeiro grau, junto à 20ª zona, e após essa procedência, obteve recurso para o Tribunal Regional Eleitoral.
O Tribunal Regional Eleitoral desconstituiu a decisão e houve recurso para o TSE. que por sua vez, reconheceu a existência da fraude à cota de gênero e determinou a anulação de todos os votos dos candidatos do Partido Democrata de Currais Novos no ano de 2020.
Determinou ainda a cassação do vereador eleito, Marquinhos Xavier, e ainda a cassação dos direitos políticos por oito anos da candidata Aretuza, que não obteve nenhum voto nas últimas eleições.
O cumprimento dessa decisão é imediato e dentro dos próximos dias o Vereador Marcos Xavier deve ser afastado e quem deverá assumir é Rayssa Aline do PT.
Acontecerá no dia 20 de maio de 2023, no Karcará Cross em Currais Novos a I edição do Seridó Games, evento de Crossfit que promete revelar o homem mais condicionado da região. Contando com mais de 60 atletas inscritos em duas modalidades, representando 23 box de Crosstrainning dos estados do Rio Grande do Norte e Paraíba. O evento se consolida entre um dos maiores do Rio Grande do Norte, e promete parar a região e os praticantes do esporte. Contará com cerca de 200 expectadores no local das provas e terá transmissão ao vivo no canal oficial do Seridó Games no Youtube. Logo após o campeonato, haverá o After Game para os atletas e torcida se confraternizarem ao som de muito pagode com o Grupo +Pagode. O evento ficará registrado anualmente no calendário de eventos da cidade de Currais Novos/RN.
Um júri condenou nesta terça-feira, 9, o ex-presidente americano Donald Trump a pagar uma multa de quase US$ 5 milhões (quase R$25 milhões) em um processo por agressão sexual e difamação movido na esfera civil da Justiça civil pela jornalista E. Jean Carroll, ex-colunista de 79 anos da revista Elle.
Carroll acusa o ex-presidente de estuprá-la em um camarim da loja de departamentos Bergdorf Goodman em meados da década de 1990 nos Estados Unidos. Pelo fato de não ter havido uma investigação criminal sobre o caso na época dos fatos, a denúncia não pode ser levada à Justiça criminal e a vítima optou por processar Trump na esfera civil. Por isso, o ex-presidente não pode ser preso. Ele ainda pode recorrer da multa.
No veredicto, o júri considerou haver provas de que o ex-presidente abusou sexualmente da vítima, apesar de não haver evidências de estupro. Mesmo assim, o júri acatou a alegação da acusação de que havia bases para condenar Trump por agressão e difamação.
Entenda o caso
O júri começou a deliberar sobre o caso pouco depois do meio-dia. Trump nega todas as acusações e diz que o caso é uma farsa. Ele não compareceu ao julgamento e seus advogados não convocaram testemunhas em seu nome.
O julgamento forçou os participantes a reviver eventos de décadas atrás, e ocorre em meio a uma enxurrada de ações legais contra Trump, de 76 anos, enquanto o ex-presidente tenta retomar o cargo.
Trump já responde criminalmente por fraude contábil, ao tentar ocultar pagamentos para silenciar a atriz pornô Stormy Daniels para ocultar um caso extraconjugal dos dois antes da eleição de 2016.
O presidente e vice-presidente da Associação dos Praças da Polícia e Bombeiros Militares do Seridó (APBMS), os Sargentos M. Sousa e Antoniony, estão com agenda em Brasília, participando do evento promovido pela ANERMB (Associação Nacional de Entidades Representativas de Militares e Bombeiros).
O intuito é promover discussões com as Associações representativas dos policiais de todo o Brasil que se fazem presente, sobre o regime de pencionistas, ações que visam a melhoria de assistência a saúde dos policiais e suas famílias e do piso salarial das Policiais Militares no Brasil.
Além da presença dos diretores das entidades, participaram na abertura e durante os trabalhos parlamentares que fazem parte da Frente Parlamentar da Segurança Pública, que ressaltaram o apoio às causas para dar mais dignidade à função Policial Militar.
Após votarem contra o requerimento de urgência para acelar o trâmite do PL das Fake News, o partido do Podemos decidiu apoiar o projeto, mas com “ressalvas”. A proposta torna obrigatória a moderação de conteúdo na internet, para que postagens criminosas sejam identificadas e excluídas. Plataformas como Facebook, Instagram, WhatsApp, Twitter, Google e TikTok devem ter o conteúdo afetado.
Segundo a deputada Renata Abreu (SP), presidente nacional do Podemos, a legenda estuda “cada detalhe” do PL para de garantir que seja debatido e aprovado de acordo com “os anseios dos brasileiros”. “Nós, do Podemos, estamos avaliando ponto a ponto o relatório, com independência ideológica, como sempre fazemos. Não se trata da briga entre direita e esquerda, mas sim da criação de uma lei que envolver todos os lares brasileiros”, explica a deputada.
A mudança na posição do partido acontece após uma série de reuniões com o relator do projeto, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP). Retirada do projeto Na última terça-feira (2/5), o deputado decidiu recuar e pedir a retirada do projeto de pauta por não conseguir o apoio necessário para a aprovação. Por incerteza, o relator pediu mais tempo para alterar o parecer em busca de mais consenso com quem discorda da regulação da mídias sociais, entre eles, conversar com demais partidos como o Podemos.
Com Silva, Renata Abreu defendeu a necessidade de regras transparentes, principalmente sobre conteúdo pago e impulsionado. “Defendo regras claras para conteúdo impulsionado por interesse comercial. Se é pago, é propaganda, não é opinião”, disse. O projeto O PL das Fake News cria a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet. Em linhas gerais, o texto torna obrigatória a moderação de conteúdo na internet, para que postagens criminosas sejam identificadas e excluídas.
O projeto deve afetar conteúdos publicados em plataformas como Facebook, Instagram, WhatsApp, Twitter, Google e TikTok.
Apesar de ser apoiado pela ala governista do Congresso, o projeto encontra rejeição entre siglas bolsonaristas e conservadoras. As frentes parlamentares Evangélica; Católica; Em Defesa da Vida e da Família; Contra o Aborto; e Contra a Sexualização de Crianças e Adolescente já se posicionaram contra o projeto. Os grupos argumentam que o texto promoverá “censura” no ambiente digital. Além dos religiosos, partidos como Republicanos, Novo e PL já orientaram seus parlamentares a votarem contra o projeto.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, se emocionou ao receber a notícia sobre morte da cantora Rita Lee, confirmada nesta terça-feira (9/5). Margareth participava de uma audiência na Comissão de Educação do Senado Federal quando soube do falecimento.
Um assessor da ministra mostrou a notícia em um telefone celular. Margareth começou a chorar e pediu desculpas aos parlamentares presentes. Em seguida, o senador Flávio Arns (PSB-PR), que presidia a sessão, pediu suspensão da audiência por alguns minutos.
“Vamos fazer uma pequena interrupção. Acabamos de tomar conhecimento do falecimento da Rita Lee”, disse o senador.
A cantora e ícone do rock brasileiro Rita Lee morreu, aos 75 anos, nessa segunda-feira (8/5). Em solidariedade à ministra, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) indicou a suspensão da sessão da Comissão de Cultura: “Dado ao carinho que a nossa ministra tem pela Rita Lee, o Brasil inteiro, se entenderem que temos que suspender, nós, senadores, não teríamos problemas com isso. Nós sabemos da ligação e do carinho entre as duas”, afirmou Damares.
Margareth agradeceu, endossou a relevância de Lee para o Brasil e dispensou a possibilidade de suspensão. “Quero agradecer a senadora, mas a Rita Lee não é nem uma questão direta de amizade. Eu tive alguns poucos momentos com ela, mas o que ela simboliza para o Brasil, para a música popular brasileira, como uma mulher revolucionária… É duro porque hoje já tivemos o falecimento do deputado David Miranda. É um momento duro receber essa notícia”, destacou a ministra.
Em seguida, o colegiado fez um minuto de silêncio pela morte da cantora brasileira. A informação foi confirmada pela família nas redes sociais. “Comunicamos o falecimento de Rita Lee, em sua residência, em São Paulo, capital, no fim da noite de ontem, cercada de todo o amor de sua família, como sempre desejou”, iniciou a nota.
Nos últimos anos, Rita enfrentou uma grande batalha contra o câncer. Entre cura, remissão e internação, a cantora deixou os hospitais mais uma vez em fevereiro de 2023. Em seguida, anunciou o lançamento de uma nova autobiografia.
A manhã desta terça-feira (09) começou de forma diferente na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. O presidente da Casa, Ezequiel Ferreira (PSDB) recebeu a visita ilustre da padroeira de Currais Novos, Sant´Ana, trazida pelo Pároco padre Cláudio Dantas.
“Uma alegria muito grande receber a imagem da padroeira da minha terra aqui na Assembleia Legislativa. É através Dela que renovo a minha fé e busco forças para seguir a missão de trabalhar incansavelmente pelo povo do meu Estado”, disse Ezequiel Ferreira.
Na ocasião também foi solicitado o apoio do parlamento potiguar para a 215ª edição da Festa de Sant’Ana, que terá sua abertura oficial no dia 16 de julho.
Senhora Sant’Ana é considerada a mãe de Maria e a avó de Jesus Cristo. No RN, é tida como padroeira oficial em pelo menos sete municípios, de acordo com a Arquidiocese de Natal e a Diocese de Mossoró: Caicó, Campo Grande, Currais Novos, Luís Gomes, Santana do Matos, Santana do Seridó e São José de Mipibu. Todos os anos são realizados diversos festejos em homenagem a Sant’Ana, que tem seu dia celebrado sempre em 26 de julho.
Rita Lee, uma das maiores cantoras e compositoras da história da música brasileira, morreu nesta segunda-feira (8), aos 75 anos. Ela foi diagnosticada com câncer de pulmão em 2021 e vinha fazendo tratamentos contra a doença.
A família da cantora divulgou um comunicado nas redes sociais dela: “Comunicamos o falecimento de Rita Lee, em sua residência, em São Paulo, capital, no final da noite de ontem, cercada de todo o amor de sua família, como sempre desejou”. O velório será aberto ao público, no Planetário do Parque Ibirapuera, na quarta-feira (10), das 10h às 17h.
Rita, a padroeira da liberdade
Rita ajudou a incorporar a revolução do rock à explosão criativa do tropicalismo, formou a banda brasileira de rock mais cultuada no mundo, os Mutantes, e criou canções na carreira solo com enorme apelo popular sem perder a liberdade e a irreverência.
Sempre moderna, Rita foi referência de criatividade e independência feminina durante os quase 60 anos de carreira. O título de “rainha do rock brasileiro” veio quase naturalmente, mas ela achava “cafona” – preferia “padroeira da liberdade”.
Rita Lee Jones nasceu em São Paulo, em 31 de dezembro de 1947. O pai, Charles Jones, era dentista e filho de imigrantes dos EUA. A mãe, a italiana Romilda Padula, era pianista, e incentivou a filha a estudar o instrumento e a cantar com as irmãs.
Aos 16 anos, Rita integrou um trio vocal feminino, as Teenage Singers, e fez apresentações amadoras em festas de escolas. O cantor e produtor Tony Campello descobriu as cantoras e as chamou para participar de gravações como backing vocals.
Os Mutantes
Em 1964 ela entrou em um grupo de rock chamado Six Sided Rockers que, depois de algumas mudanças de formações e de nomes, deu origem aos Mutantes em 1966.O grupo foi formado inicialmente por Rita Lee, Arnaldo Baptista e Sérgio Dias.
Eles foram fundamentais no tropicalismo, ao unir a psicodelia aos ritmos locais, e se tornaram o grupo brasileiro com maior reconhecimento entre músicos de rock do mundo, idolatrados por Kurt Cobain, David Byrne, Jack White, Beck e outros.
O trio acompanhou Gilberto Gil em “Domingo no parque” no 3º Festival de Música Popular Brasileira da Record, em 1967, e Caetano Veloso em “É proibido proibir” no 3º Festival Internacional da Canção, da Globo em 1968, dois marcos da tropicália.
Os Mutantes também participaram do álbum “Tropicália ou Panis et Circensis”, de 1968, a gravação fundamental do movimento.
Ela fez parte dos Mutantes no período mais relevante e criativo da banda, de 1966 a 1972. Gravou “Os Mutantes” (68), “Mutantes” (69), “A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado” (70), “Jardim Elétrico” (71) e “Mutantes e Seus Cometas no País dos Bauretz” (72).
O fim do relacionamento com Arnaldo Baptista coincidiu com a saída dela dos Mutantes. O primeiro álbum solo foi “Build up”, ainda antes de deixar a banda, em 1970. Ela também lançou “Hoje é o Primeiro Dia do Resto da Sua Vida”, em 1972, ainda gravado com o grupo.
A carreira solo
A carreira pós-Mutantes tomou forma com o grupo Tutti Frutti, no qual ela gravou cinco álbuns, com destaque para “Fruto proibido”, de 1975, que tinha a música “Agora só falta você”.
A partir de 1979, ela começou a trabalhar em parceria com o marido Roberto de Carvalho, e se firmou de vez na carreira solo. Ela escreveu e gravou canções de pop-rock com grande sucesso.
Um dos álbuns mais bem sucedidos foi “Rita Lee”, de 1979, com “Mania de Você”, “Chega mais” e “Doce Vampiro”. No disco de mesmo título do ano seguinte, ela segue na direção mais pop e faz ainda mais sucesso com “Lança perfume” e “Baila comigo”.
Ela era uma roqueira popular antes e depois de o gênero se tornar um fenômeno comercial no Brasil em meados dos anos 80. Entre os álbuns de destaque estiveram “Saúde” (1981) e “Rita e Roberto” (1985), com o qual os dois subiram ao palco do primeiro Rock in Rio.
Adeus a Rita Lee: relembre parcerias inesquecíveis da rainha do rock brasileiro
Entre 1991 ela começou um período de quatro anos separada de Roberto de Carvalho. O retorno foi em 1995, na turnê do álbum “A marca da Zorra”, quando ela também abriu os shows dos Rolling Stones no Brasil. No ano seguinte, eles se casaram no civil após 20 anos juntos.
Em 1996, ela caiu da varanda do seu sítio, sob efeito de remédios, e quebrou o recôndito maxilar. Rita começou a tentar largar o álcool e as drogas, mas disse ao “Fantástico” que só conseguiu fazer isso em janeiro de 2006.
Em 2001, RIta Lee ganhou o Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock em Língua Portuguesa com “3001”. Ela ainda teria mais cinco indicações ao prêmio, e receberia em 2022 o prêmio de Excelência Musical pelo conjunto da obra.
Em 2012, ela anunciou que deixaria de fazer shows por causa da fragilidade física. “Me aposento dos shows, mas da música nunca”, ela escreveu no Twitter.
Em 28 de janeiro daquele ano, no Festival de Verão de Sergipe, ela fez o show anunciado como último da carreira, quando ela discutiu com um policial. Ela foi acusada de desacato à autoridade, levada à delegacia e liberada em seguida.
Rita Lee realmente nunca mais fez uma turnê. Mas ainda fez um show no Distrito Federal no fim de 2012, em que abaixou a calça para o público, e cantou no aniversário de São Paulo em 2013, ovacionada pelo público de sua cidade.
Seu último álbum de canções inéditas em estúdio saiu em abril de 2012. “Reza” era, então, seu primeiro trabalho de inéditas em nove anos. A faixa-título foi a música de trabalho, definida por ela como “reza de proteção de invejas, raivas e pragas”.
Ao todo foram 40 álbuns, sendo 6 dos Mutantes, 34 na carreira solo.
As autobiografias
Em 2016, ela lançou “Rita Lee: uma autobiografia”. Uma das revelações do livro foi que ela foi abusada sexualmente aos seis anos de idade por um técnico que foi consertar uma máquina de costura de sua mãe em casa.
No livro, um sucesso de vendas, ela também falou com sinceridade sobre episódios da carreira, como quando foi expulsa dos Mutantes em 1972, e da vida pessoal, como a luta contra o alcoolismo.
Além da autobiografia, Rita Lee tem uma longa trajetória como escritora. A série “Dr. Alex” é de 1983, mas foi relançada em 2019 e 2020 e tem foco na luta pela causa animal e ambiental da cantora.
Ela também escreveu “Amiga Ursa: Uma história triste, mas com final feliz” na literatura infantil. “FavoRita”, “Dropz”, “Storynhas” e “Rita Lírica” são outros livros escritos pela cantora.
Na TV, Rita participou das novelas “Top Model”, “Malu Mulher”, “Vamp” e “Celebridade” em participações especiais.
Diagnóstico de câncer Em maio de 2021, Rita Lee foi diagnosticada com câncer de pulmão. Ela seguiu tratamentos de imunoterapia e radioterapia.
Quatro meses depois, ela lançou o último single da carreira, “Changes”, em parceria com o marido Roberto de Carvalho e o produtor Gui Boratto.
Em abril de 2022, seu filho Beto Lee escreveu que ela estava curada do câncer.
Nos últimos anos, ela viveu em um sítio no interior de São Paulo com a família. Ela deixa três filhos: Roberto, João e Antônio.
O ex-deputado federal David Miranda morreu no Rio na manhã desta terça-feira, aos 37 anos. Ele faria 38 anos nesta quarta (10) e deixa o marido, o jornalista Glenn Greenwald, e três filhos. A morte foi confirmada por Glenn nas redes sociais.
“É com a mais profunda tristeza que eu comunico a morte do meu marido, David Miranda. Ele iria fazer 38 amanhã. Sua morte, no início desta manhã, ocorreu após uma batalha de 9 meses na UTI. Ele morreu em paz, cercado por nossos filhos, pela família e por amigos”, escreveu.
Miranda foi internado no dia 6 de agosto de 2022 para tratar uma infecção gastrointestinal e foi alvo de infecções sucessivas, em um quadro de septicemia.
Em março, Glenn fez um relato longo e emocionante sobre os meses de internação do marido.
“Desde a primeira semana, houve três ocasiões em que seus médicos me ligaram e nos disseram para nos prepararmos para o pior, que suas chances de sobrevivência nas próximas 48 a 72 horas eram muito baixas, quase impossíveis. Nem vou me dar ao trabalho de tentar explicar como é ter que dizer a seus filhos, à família e aos melhores amigos de seu marido que é hora de ir para o hospital pelo que provavelmente será a última vez”, disse Glenn na época.
Na ocasião, Glenn disse que o marido se mantinha “a maior parte do tempo acordado” e conseguia conversar, “apesar da traqueostomia que teve que fazer”. Miranda, no entanto, já dependia de um ventilador para assistência respiratória.