Os estudos e pesquisas mostram que o consumo de chocolates amargos é capaz de proporcionar inúmeros benefícios para a saúde. No entanto, um levantamento publicado na revista científica Consumer Reports, no fim de 2022, trouxe uma informação preocupante.
No estudo, especialistas apontaram a existência de fragmentos de metais pesados e tóxicos em chocolates de marcas famosas como Hershey’s e Lindt. Além disso, em 28 barras de chocolate amargo analisadas, cádmio e chumbo foram substâncias detectadas em todas elas.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, a presidente da Corte, ministra Rosa Weber, e a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), visitaram as mulheres que estão presas por suspeita de participação nos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro.
Moraes, Weber e Celina foram até o Presídio Feminino do DF, a Colmeia, na tarde desta segunda-feira (6/3). O ministro do STF, relator dos inquéritos sobre os atos terroristas, foi bem recebido pelas detentas, que reclamam da situação precária na Colmeia.
Segundo a coluna apurou com fontes que acompanharam a visita, Moraes prometeu “justiça sem revanchismo” às mulheres. Ele afirmou que o Supremo está fazendo todo possível para dar o máximo de celeridade na análise dos casos, com tipificação individualizada da conduta das suspeitas e de eventuais crimes que tenham sido cometidos por elas. Ou seja, elas não serão tratadas de forma generalizada.
Os casos das mulheres com comorbidades, filhos com deficiência e idosas devem ser analisados com prioridade, segundo o ministro.
As prisões determinadas por Moraes após a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes elevaram a lotação da Colmeia, que saiu de 500 para 1 mil presas. Com as recentes solturas, o número de presas em decorrência dos atos antidemocráticos caiu para 230.
A comitiva formada pelos ministros do STF e governadora deve visitar o Complexo Penitenciário da Papuda, onde estão presos os homens, ainda esta semana.
Cartas A coluna Na Mira, do Metrópoles, revelou uma série de cartas das presas por atos antidemocráticos, que revelam as condições precárias da Colmeia. Elas se queixam de depressão, ansiedade, síndrome do pânico, hipertensão e fome.
De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seape), dentro das unidades prisionais existem unidades básicas de saúde (UBS) e todas as recém ingressas passaram por triagem com profissionais da saúde para identificação de possíveis doenças infectocontagiosas, crônicas e organizar o uso de remédios contínuos. Caso identificado pelo médico da unidade prisional a necessidade de medicamentos, o fármaco é fornecido pela equipe de saúde.
Os senadores que integraram o G7 da CPI da Pandemia pediram à Advocacia do Senado para recorrer da decisão do ministro do STF Dias Toffoli de arquivar dois pedidos de investigações contra Jair Bolsonaro.
O primeiro pedido de inquérito apurava a possível prática do crime de infração de medida sanitária preventiva, tipificado no artigo 268, por Bolsonaro não usar máscara.
A segunda solicitação de investigação previa a apuração sobre a prática do crime de epidemia, qualificado pelo resultado morte (art. 267, §1 º, do Código Penal).
Além de Bolsonaro, outro integrante do primeiro escalão era alvo nos dois procedimentos: o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.
Apesar de ter minimizado o caso em declarações públicas, o ex-presidente Jair Bolsonaro está “assustado com a repercussão” do incidente envolvendo as joias avaliadas em R$ 16,5 milhões doadas pela Arábia Saudita. A informação é da coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, com base em relato de um antigo auxiliar do ex-mandatário.
Segundo a publicação, Bolsonaro demonstrou preocupação no domingo (5) à noite, ao retornar a Orlando, depois de passar dois dias em Washington. De acordo com a fonte, o ex-presidente se recusava a comentar o assunto ou gravar um vídeo para se explicar, mas acabou cedendo no sábado (4).
“Iriam para o acervo e seriam entregues à primeira-dama. E o que diz a legislação? Ela poderia usar, não poderia desfazer-se daquilo. Só isso, mais nada. Agora estou sendo crucificado no Brasil por um presente que não recebi”, alegou, em breve declaração.
Apesar da justificativa, a Receita Federal contesta versão de que joias iriam para acervo público. “A incorporação ao patrimônio da União exige pedido de autoridade competente, com justificativa da necessidade e adequação da medida, como por exemplo a destinação de joias de valor cultural e histórico relevante a ser destinadas a museu. Isso não aconteceu neste caso”, informou o órgão.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro acionou um advogado durante o final de semana para avaliar um requerimento formal para que as joias que vieram ilegalmente da Arábia Saudita durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) sejam enviadas de volta ao país do Oriente Médio. As informações são de Daniela Lima, âncora da CNN.
Michelle entende que essa é uma forma de deixar claro que ela não tem relação com o episódio, que alega ter tomado conhecimento apenas através da imprensa.
A consulta da ex-primeira-dama também busca entender que tipo de correlação poderia ser feita entre ela e os objetos.
Conhecimento pela imprensa A CNN obteve acesso a trechos de falas de Michelle Bolsonaro a aliados, em que afirma que soube do caso das joias trazidas ao Brasil de forma ilegal apenas através da imprensa.
Ela foi avisada na sexta-feira (3), por volta das 20h, por uma pessoa próxima. Ela recebeu prints pelo celular da reportagem do jornal “Estado de S. Paulo”.
Em um primeiro momento, a reação de Michelle foi parecida com a publicação que fez no Instagram, também na sexta-feira, ironizando a imprensa.
Em seguida, a ex-primeira-dama foi avisada que o conjunto de diamantes é real que estava retido. Então, ainda de acordo com as fontes, ela contatou o marido, Jair Bolsonaro (PL), para entender o caso.
Michelle foi informada por Bolsonaro que ele próprio só tomou conhecimento do conjunto de joias em dezembro de 2022 — que chegaram ao Brasil em outubro de 2021 –, por meio da Receita Federal.
Também disse que só depois disso teria tentado reaver os objetos, mas não conseguiu, explicando a situação para a esposa.
Assim, Michelle retornou o contato com os aliados irritada e utilizou o ditado popular de que teria sido, de novo, “a última a saber”. Michelle disse ainda que houve algum problema de comunicação, perguntando como as joias vieram ao Brasil e, se era um presente, por que seu gabinete, em nenhum momento, foi avisado.
A ex-primeira-dama tenta entender o que poderia fazer a partir da situação posta, buscando aconselhamento jurídico, primeiro para deixar claro que não agiu para se ligar às joias e se poderia reavê-las ou dar outro destino a elas.
O que se sabe até o momento sobre o caso:
Em outubro de 2021, a Receita Federal apreendeu, no aeroporto de Guarulhos (SP), joias supostamente enviadas pela Arábia Saudita à então primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL).
O colar, anel, relógio e par de brincos de diamantes estavam na mochila de um assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Na ocasião, a comitiva brasileira retornava de missão no Oriente Médio.
Integrantes do governo Bolsonaro tentaram retirar os itens retidos pela Receita. A gestão solicitou o envio das joias como entrega diplomática para a embaixada da Arábia Saudita.
O ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou que as joias iam para acervo da Presidência e negou ilegalidade.
Condenado injustamente por roubo, homicídio e agressão sexual em 1983, Maurice Hastings foi declarado inocente por um juiz da Califórnia, nos Estados Unidos.
O juiz do Tribunal Superior do Condado de Los Angeles, William C. Ryan, declarou formalmente que Hastings é inocente e cancelou sua prisão e o processo de seu registro criminal durante uma audiência na quarta-feira (1º), de acordo com um comunicado à imprensa da California State University em Los Angeles.
“Significa muito. Sou grato pela decisão do juiz e pelas desculpas – tudo foi maravilhoso hoje”, disse Hastings durante entrevista coletiva após a decisão. “Estou pronto para seguir em frente com minha vida. Eu sou um homem feliz agora.”
Hastings, de 69 anos, foi libertado da prisão em outubro, depois que um exame de DNA identificou outro suspeito para o ataque de 1983. Ele cumpria prisão perpétua pelo crime, apesar do fato de testemunhas apoiarem seu álibi durante o assassinato e nenhuma evidência física o ligar à cena, de acordo com um comunicado à imprensa do Los Angeles Innocence Project.
Uma amostra de DNA oral coletada logo após o ataque foi finalmente testada em junho de 2022, de acordo com a California State University, que hospeda o Los Angeles Innocence Project. A conclusão do teste de DNA descartou Hastings e apontou para Kenneth Packnett, que morreu em 2020 enquanto cumpria pena de prisão por sequestro e estupro.
Durante a audiência, a promotora distrital adjunta, Martha Carrillo, disse a Hastings um “pedido de desculpas há muito esperado” em nome da promotoria distrital de Los Angeles.
“Sinto muito, muito mesmo, pela injustiça, a grande injustiça, que meu escritório e o sistema de justiça criminal cometeram contra você. Há muito a ser aprendido com isso”, disse ela. “Sentimo-nos humildes com essa lição e vamos levá-la a sério. Sei que não basta dizer ‘sinto muito’ por 38 anos de prisão, percebo isso e sinto-me humilde”.
Carrillo também se desculpou por não atender aos pedidos anteriores de Hastings para testes de DNA nas evidências.
Hastings escreveu para a promotoria distrital do condado de Los Angeles em 2000, pedindo-lhes que fizessem um teste de DNA, que, segundo ele, “mostraria de forma conclusiva que eu não era a pessoa envolvida com a morte no momento do crime”.
Após a entrevista coletiva, Hastings disse que o “desespero” se instalou quando ele enfrentou a possibilidade de passar a vida na prisão por um crime que não cometeu.
“São muitos momentos de desesperança”, disse ele. “Muitos desafios. Mas você sabe, tudo vale a pena agora.”
“Agora me sinto justificado”, acrescentou.
Com seu registro limpo, Hastings quer se concentrar em “aproveitar a vida”, disse ele. Atualmente, ele está participando de um acampamento de empreendedorismo e realizando atividades com comunidades sem-teto.
“Com o passar do tempo, procurarei fazer outras coisas que ajudem outras pessoas”, disse ele.
É mais provável que o estresse da vida moderna afete mais a vida sexual das mulheres de meia-idade do que a menopausa. É o que aponta um novo estudo publicado no Journal of Sex Research, feito por pesquisadores da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres (LSHTM), da Universidade de Glasgow e da Universidade College Londres.
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Realizado com mais de 2 mil mulheres, o trabalho descobriu que pouquíssimas delas vincularam sua menopausa a uma redução na frequência ou na qualidade de sua atividade sexual. Em vez disso, as mulheres de meia-idade alegaram que o peso da pressão exercida sobre elas as deixou tão ocupadas que sobrou pouco tempo ou energia para desfrutar de uma vida sexual regular e satisfatória.
Pesquisadores entrevistaram mulheres que observaram o fardo de suas agendas agitadas e os desafios de conciliar família, trabalho e vida social. Elas falaram das dificuldades financeiras e de relacionamento, das preocupações com os familiares e das demandas simultâneas dos filhos e dos pais idosos, ambos precisando de ajuda prática e apoio emocional e nenhum dos dois contribuindo muito para a redução da carga de trabalho ou do estresse.
A pesquisa concluiu que a idade e o status da menopausa foram menos significativos na determinação dos níveis de satisfação sexual e frequência do que fatores de relacionamento, estilo de vida e estado de saúde.
“Poucos estudos levaram em consideração as opiniões das mulheres ao tentar entender a gama de fatores que influenciam a experiência sexual na meia-idade. O declínio na frequência precisa ser definido no contexto da mudança social, bem como nas circunstâncias individuais”, disse Kaye Wellings, principal autora e professora de pesquisa em saúde sexual e reprodutiva da LSHTM, em comunicado.
Ela destacou o impacto dos “deveres duplos de cuidado” que as mulheres de meia-idade enfrentam, pois muitas vezes são responsáveis por cuidar dos filhos e dos pais.
seg., 6 de março de 2023 às 3:50 PM BRT
É mais provável que o estresse da vida moderna afete mais a vida sexual das mulheres de meia-idade do que a menopausa. É o que aponta um novo estudo publicado no Journal of Sex Research, feito por pesquisadores da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres (LSHTM), da Universidade de Glasgow e da Universidade College Londres.
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Realizado com mais de 2 mil mulheres, o trabalho descobriu que pouquíssimas delas vincularam sua menopausa a uma redução na frequência ou na qualidade de sua atividade sexual. Em vez disso, as mulheres de meia-idade alegaram que o peso da pressão exercida sobre elas as deixou tão ocupadas que sobrou pouco tempo ou energia para desfrutar de uma vida sexual regular e satisfatória.
Pesquisadores entrevistaram mulheres que observaram o fardo de suas agendas agitadas e os desafios de conciliar família, trabalho e vida social. Elas falaram das dificuldades financeiras e de relacionamento, das preocupações com os familiares e das demandas simultâneas dos filhos e dos pais idosos, ambos precisando de ajuda prática e apoio emocional e nenhum dos dois contribuindo muito para a redução da carga de trabalho ou do estresse.
A pesquisa concluiu que a idade e o status da menopausa foram menos significativos na determinação dos níveis de satisfação sexual e frequência do que fatores de relacionamento, estilo de vida e estado de saúde.
“Poucos estudos levaram em consideração as opiniões das mulheres ao tentar entender a gama de fatores que influenciam a experiência sexual na meia-idade. O declínio na frequência precisa ser definido no contexto da mudança social, bem como nas circunstâncias individuais”, disse Kaye Wellings, principal autora e professora de pesquisa em saúde sexual e reprodutiva da LSHTM, em comunicado.
Ela destacou o impacto dos “deveres duplos de cuidado” que as mulheres de meia-idade enfrentam, pois muitas vezes são responsáveis por cuidar dos filhos e dos pais.
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“As mulheres de meia-idade hoje são frequentemente apelidadas de ‘geração sanduíche’ — elas se casaram e tiveram filhos mais tarde do que as gerações anteriores, estão trabalhando e podem se ver sustentando filhos dependentes e pais idosos, enquanto possivelmente lidando com problemas de saúde emergentes”, acrescenta.
A pesquisa foi realizada com a esperança de que os resultados pudessem tranquilizar as mulheres durante esse período de suas vidas.
“A frequência do sexo tem pouca relação com a satisfação com a vida sexual. O estudo sugere que a intimidade pode ser um fator mais importante na determinação do bem-estar sexual. Esta é uma mensagem que os profissionais de saúde podem transmitir de forma benéfica às mulheres”, finaliza Wellings.
O atacante Neymar passará por uma cirurgia para reparação dos ligamentos do tornozelo direito, depois de sofrer mais uma lesão no local no mês passado. O PSG informou através de nota oficial nesta segunda-feira que o procedimento será realizado em Doha nos próximos dias, e que o jogador deve ficar de fora dos gramados por até quatro meses.
Desta forma, caso o prazo se confirme, Neymar não deve atuar mais na atual temporada, que se encerrará em junho. Ele vinha se recuperando de uma lesão sofrida diante do Lille, no dia 19 de fevereiro, através de tratamento conservador, mas os médicos do clube optaram pela intervenção cirúrgica devido ao histórico recente do jogador de 31 anos.
Neymar Jr teve vários episódios de instabilidade do tornozelo direito nos últimos anos. Após sua última entorse, a equipe médica do Paris Saint-Germain recomendou uma operação de reparação ligamentar, a fim de evitar um grande risco de recorrência. Todos os especialistas consultados confirmaram essa necessidade. Esta cirurgia será realizada nos próximos dias no Hospital Aspetar, em Doha. Espera-se um período de três a quatro meses para seu retorno aos treinos coletivos – diz a nota oficial do clube francês.
As últimas notícias sobre a recuperação vieram na sexta-feira, quando o técnico Christophe Galtier informou que o brasileiro estaria fora, pelo menos, dos dois próximos jogos do PSG – incluindo o duelo decisivo contra o Bayern de Munique, na quarta-feira, pela Champions. Minutos depois, o médico da seleção brasileira, Rodrigo Lasmar, explicou que Neymar não foi convocado para o amistoso contra o Marrocos, no dia 25 de março, por uma questão clínica.
As duas declarações indicaram que o brasileiro seguiria em tratamento por pelo menos mais alguns dias. O PSG prometeu dar novas informações sobre o estado da recuperação do jogador nesta segunda-feira, quando foi informada a decisão de realizar a cirurgia.
A atual lesão no tornozelo direito ocorreu durante o jogo do PSG contra o Lille, pelo Campeonato Francês, no dia 19 de fevereiro. O jogador, que tinha marcado um gol e dado uma assistência na partida, se machucou no começo do segundo tempo e deixou o campo de maca e chorando.
O último problema do jogador na mesma região havia ocorrido em novembro, na estreia do Brasil na Copa do Mundo no Catar. Na ocasião, Neymar teve um edema ósseo detectado logo depois do confronto contra a Sérvia, na primeira rodada, e só voltou a atuar nas oitavas de final, diante da Coreia do Sul.
Ele participou normalmente daquele confronto e também das quartas de final do Mundial, quando a seleção brasileira caiu, e depois retornou para o PSG. Depois disso, participou de nove partidas do clube francês, marcando três gols e dando cinco assistências no período. Diante do Lille, entretanto, voltou a sentir dores depois de uma disputa com Benjamin Andre.
Neymar tem um histórico de lesões no tornozelo direito – citado pelo PSG na decisão de realizar a cirugia. A primeira vez que o jogador teve um problema na região foi em 2014, quando ficou fora de oito partidas do Barcelona por uma entorse nos tendões. Em 2019, Neymar rompeu um ligamento do local, e voltou a ter uma entorse na Copa do Mundo.
Sob pressão de integrantes do União Brasil, partido de Juscelino Filho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu dar sobrevida ao político maranhense no Ministério das Comunicações. Juscelino Filho foi mantido no cargo, apesar da série de acusações de uso indevido de recursos públicos. O ministro segue sendo um incômodo para o governo. A Comissão de Ética Pública informou hoje que vai analisar a situação do ministro e pode abrir um processo. O colegiado pode indicar ao presidente da demissão de Juscelino.
A manutenção do ministro no cargo quebra uma promessa de Lula de não manter no governo integrantes do primeiro escalão envolvidos em irregularidades. Como mostrou o Estadão, ele recebeu diárias e usou um jato da FAB para ir assistir leilões de cavalo em São Paulo no final em janeiro deste ano. Como deputado, destinou verbas do orçamento para asfaltar uma estrada que passa em fazendas de sua família no interior do Maranhão e sonegou informações sobre seu patrimônio à Justiça Eleitoral.
O ministro foi recebido por Lula no Palácio do Planalto na segunda-feira, 6, após uma viagem de dez dias para um congresso mundial de telecomunicações na Espanha. Foi a primeira vez que o presidente recebeu na sede do governo o ministro, da cota do União Brasil. Os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e das Relações Instituicionais, Alexandre Padilha, também participaram da conversa.
O presidente Lula orientou Juscelino a se expor publicamente e explicar as denúncias de irregularidades reveladas pelo Estadão. Interlocutores dos ministros que participaram da reunião disseram, sob reserva, que a orientação de Lula foi de que o titular das Comunicações “vá para a rua e se explique”.
Os fiadores da indicação de Juscelino Filho se opuseram à troca e deixaram claro ao governo que a demissão do ministro poderia trazer prejuízos à governabilidade. Também disseram que o PT teve vários de seus quadros envolvidos em escândalos. Embora o apoio a Lula não seja integral na bancada do União Brasil, a cúpula partidária considera a legenda decisiva para aprovação de matérias de interesse do Palácio.
“A conta é simples. Sem os votos do União o governo não teria nem aprovado a PEC da Transição, que é a que garante o fôlego necessário para iniciar o governo”, diz um aliado do ministro que atuou nos bastidores para manter o ministro.
Desde que Lula convocou Juscelino a se explicar, aliados dele iniciaram uma articulação para dissuadir o presidente. O primeiro movimento foi feito na quinta-feira, 2, quando o ministro rompeu o silêncio sobre o tema e, em nota oficial, admitiu ter recebido diárias para agendas privadas nos eventos de cavalos e anunciou a devolução do dinheiro aos cofres públicos.
A versão do ministro, porém, não esclareceu as denúncias e ignorou fatos apresentados em uma série de reportagens publicadas pelo Estadão. Ele disse, por exemplo que, “diferentemente do que reiteradas vezes o jornal afirma, o ministro cumpriu agenda oficial nos dias 26 e 27 de janeiro”.
A reportagem não apenas mostrou que ele teve agendas públicas nesses dias como também revelou que elas duraram apenas duas horas e meia, ao todo. A maior parte do tempo, no entanto, ele dedicou a compromissos privados sobre cavalos, uma predileção pessoal. Um dos eventos aos quais ele compareceu estava marcado desde novembro.
Além disso, ele também alegou que seria “de total desconhecimento do ministério o suposto ‘caráter de urgência’ destacado pelo jornal” para receber diárias do governo. A informação está no Portal da Transparência, abastecido com informações da pasta.
A manutenção de Juscelino Filho no governo representa uma derrota para a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR). Em entrevista ao site Metrópoles, na sexta-feira, 3, Gleisi afirmou: “Olha, em situações como essa, eu acho que o ministro devia pedir um afastamento para poder explicar, justificar, se for justificável o que ele fez. Isso impede o constrangimento de parte a parte.”
Em outro movimento da articulação para salvar Juscelino Filho, o União Brasil soltou uma nota, neste domingo, 5. “Será que a presidente Gleisi fará a mesma declaração caso um integrante do seu partido seja alvo de ataques?”, afirma.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), comentou sobre o caso das joias sauditas supostamente dadas à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, nesta segunda-feira, 6, e indagou: “Ninguém ganha presente de R$ 16 milhões”.
Haddad ainda afirmou que os auditores da Receita Federal agirão com razão ao apreender as joias “para que elas não fossem apropriadas indevidamente para quem quer que seja”. “O valor estimado é uma coisa atípica. Ninguém ganha presente de R$ 16 milhões, e a Presidência da República não adotou os procedimentos cabíveis para incorporação ao patrimônio público, razão pela qual os auditores da Receita Federal, com muita razão, informaram o procedimento legal e mantiveram as joias no cofre da Receita Federal em São Paulo, para que elas não fossem apropriadas indevidamente para quem quer que seja”, destacou.
Segundo o ministro, “todo presente deste valor tem que ser incorporado ao patrimônio público”. “E, se um cidadão comum receber um presente como este e quiser trazê-lo ao Brasil, ele precisa declarar e pagar os impostos”, acrescentou Haddad. “Eles (auditores) agiram na forma da lei, suportando a uma enorme pressão e não se deixando levar por ela até que a população brasileira pudesse ter conhecimento do que estava acontecendo”, afirmou ainda elogiando as ações da Receita Federal. De acordo com as investigações, os itens foram encontrados na mochila do militar Marcos André dos Santos Soeiro, que era assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, quando retornavam de uma viagem oficial ao Oriente Médio. A reportagem do Estado de S. Paulo expôs o caso e divulgou que o ex-secretário da Receita Federal, Julio Cesar Vieira Gomes, teria pedido aos servidores da Receita que liberassem as joias. Porém, os fiscais não atenderam ao pedido, alegando que o ingresso no país com presentes oficiais de governantes estrangeiros ao governo brasileiro obedece a trâmite legal específico. Julio Cesar foi premiado por Bolsonaro com um cargo na Embaixada brasileira em Paris em dezembro de 2022, após pressionar para recuperar as joias apreendidas pelo órgão. Fernando Haddad criticou a criação de adidos “a toque caixa” pela antiga gestão por evidenciarem ilegalidade e disse que o caso deve ser apurado.
A Petrobras e a Equinor confirmaram que estudam a instalação de parques eólicos offshore (instalados no mar) nos litorais do Ceará, Espírito Santo, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. Somados, os projetos somam potencial de geração de 14,5 gigawatts. Em comunicado, as empresas informaram que assinaram uma carta de intenções “que amplia a cooperação entre as empresas para avaliar a viabilidade técnico-econômica e ambiental de sete projetos.”
Ibitucatu é o nome do parque em análise para o litoral cearense e é resultado de uma parceria firmada entre a Petrobras e a Equinor ainda em 2018, a qual previa apenas os dois parques Aracatu I e II (localizados na fronteira litorânea entre os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo).
Os demais parques são Mangara (na costa do Piauí); Colibri (fronteira litorânea entre o Rio Grande do Norte e Ceará), além de Atobá e Ibituassu (ambos na costa do Rio Grande do Sul). O total de sete projetos tem prazo de vigência até 2028.
Investimento sob viabilidade “Vale destacar, porém, que a fase é de estudos e a alocação de investimentos depende de análises aprofundadas para avaliar sua viabilidade, além de avanços regulatórios que permitirão os processos de autorização para as atividades, a ser feita pela União”, observou o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. No mesmo comunicado, a Petrobras considera que a diversificação da atuação para mais mercados deve colaborar e acelerar a transição energética brasileira. A “ambição” de neutralizar as emissões nas atividades sob seu controle até 2050 foi reiterada. “No Plano Estratégico da Petrobras para o período de 2023 a 2027, a eólica offshore é um dos segmentos priorizados para estudos aprofundados”, acrescenta o texto. A companhia informa ainda que “segue mapeando oportunidades e desenvolvendo projetos de desenvolvimento tecnológico nesse segmento, como os testes da Boia Remota de Avaliação de Ventos Offshore (conhecida como Bravo), em parceria com os SENAIs do Rio Grande do Norte (RN) e Santa Catarina (SC).” Parceria No Brasil desde 2001, a subsidiária brasileira da norueguesa Equinor atua com petróleo e gás com licenças em desenvolvimento e em produção como Bacalhau, na Bacia de Santos, e Peregrino, na Bacia de Campos. Já em renováveis, a empresas tem a Apodi (162 MW), operada pela Scatec, e foram iniciadas as obras do projeto solar Mendubim (531 MW), realizado em parceria com a Scatec e a Hydro Rein e previsto para entrar em produção em 2024. Com a Petrobras, a Equinor inicia os primeiros estudos para geração de energia eólica em torres instaladas no litoral brasileiro, onde “as principais vantagens são a elevada velocidade e estabilidade dos ventos em alto-mar, livres de interferência de barreiras como rugosidade do solo, florestas, montanhas e construções, por exemplo.”
Valéria Veras, médica veterinária e tesoureira do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Norte, fez parte da equipe de pesquisadores que idealizaram aplicativo gratuito para ajudar a calcular o nível de dor e mal-estar dos animais.
Desenvolvido na cidade de Botucatu (SP), o VetPain, como foi batizado, trabalha com escalas para avaliar o sofrimento de pets e de animais de produção, como bovinos, equinos, ovinos e suínos.
De acordo com dra. Valéria, o aplicativo pode ser utilizado tanto por profissionais da área, como por tutores que estarão aptos para avaliar a condição geral do bicho e fazer um encaminhamento mais correto. “Ao calcular a pontuação, o tutor também saberá identificar se existe a necessidade de tratamento com analgésico ou se o caso exige uma consulta médica”, afirma.
A tesoureira do CRMV-RN ressalta ainda que a dor aguda são os veterinários que avaliam pela gravidade, porém a dor crônica quem avalia é o tutor por conviver com o animal e pelas alterações serem sutis.
O aplicativo possui uma série de vídeos, que ajudam o usuário a classificar as reações e o comportamento dos bichos. Com base nesses dados, é possível entender, por exemplo, se um cachorro está agitado, com dor ou medo.
De acordo com os pesquisadores, o programa acerta 80% dos casos, taxa ainda inferior aos mais de 90% alcançados com algumas escalas. A meta nos próximos anos é ampliar a precisão aumentando o banco de dados.
O app está disponível para sistema Android no Play Store.
A base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem intensificado as articulações na busca por postos-chave em superintendências e companhias no Nordeste com orçamentos anuais que chegam a superar R$ 2 bilhões.
Mais de dois meses após a posse de Lula, o Palácio do Planalto não efetivou os novos indicados para os comandos da Codevasf (de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) e da Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste). A situação está mais encaminhada para o Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas).
Os três órgãos contam, juntos, com R$ 3,2 bilhões no Orçamento anual de 2023 e são mais disputados do que parte dos ministérios da Esplanada. Além disso, têm alcance expressivo em redutos eleitorais do Nordeste, sob influência de deputados federais e senadores.
Impulsionada por emendas parlamentares, a Codevasf terá um orçamento de R$ 2.266.788.098 em 2023. O órgão é responsável por operacionalizar estruturas prontas na região dos rios São Francisco e Parnaíba, como saneamento, recursos hídricos, irrigação e promoção da agropecuária.
Sob o governo Bolsonaro, a companhia recebeu aportes de recursos das emendas de relator, mecanismo do Congresso Nacional que foi declarado inconstitucional pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
O grupo que controla atualmente a companhia é ligado ao deputado federal Elmar Nascimento (União Brasil-BA), um dos principais aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Esse grupo tem o favoritismo, no momento, para seguir à frente da companhia. Inicialmente, Elmar Nascimento era cotado para assumir o Ministério do Desenvolvimento Regional, mas, em dezembro, teve o nome vetado após virem à tona vídeos no qual o parlamentar xingava Lula no período da campanha eleitoral.
A União Brasil possui três ministérios no governo Lula, mas o grupo de Elmar e de parte da bancada do partido na Câmara não foi contemplado. O Palácio do Planalto espera acenar a essa ala com a manutenção do posto de chefe da Codevasf.
O desafio dentro do partido é a construção da unidade partidária em torno de um nome após a indicação. O presidente nacional da União Brasil, deputado federal Luciano Bivar (PE), tem dito a interlocutores que acredita que o partido ficará com a Codevasf, mas que precisa ter um consenso na indicação, a fim de não perder força junto ao governo Lula na hora do pleito.
Governadores do Nordeste esperam que as chefias estaduais possam ficar com indicados de aliados mais próximos, pois a União Brasil é oposição ao PT em estados como Ceará, Piauí e Bahia. A Codevasf possui 14 superintendências estaduais.
Entre outros argumentos, o núcleo político do governo alega a deputados que a falta de celeridade nas nomeações se deve ao mapeamento dos ocupantes de cargos federais a fim de realizar uma “desbolsonarização”.
A lentidão nas nomeações tem desagradado as bancadas do PT na Câmara e no Senado. Os parlamentares petistas apontam risco de demora na execução de ações, o que poderia afetar o desempenho do governo numa região que é reduto eleitoral de Lula.
Uma exceção é o caso do Dnocs, no qual o atual superintendente Fernando Marcondes Leão deve seguir na função. Indicado pelo Avante no governo Bolsonaro, ele também tem o aval de Arthur Lira, um dos fiadores da sua indicação na gestão anterior.
A relação com o Avante, entretanto, ainda não está pacificada porque o partido tem exigido outros cargos, argumentando que, como sigla do deputado federal André Janones (MG), teve papel central na campanha de Lula.
Apesar de ter tido aceno do Planalto, a bancada do Avante acredita que o governo usará votações nas próximas semanas no Congresso para testar a lealdade de deputados federais.
As nove superintendências estaduais do departamento de obras contra a seca também estão na mira. Parlamentares afirmam, sob reserva, que o governo orientou os deputados e senadores da base aliada a se reunirem em conjunto e alinhar indicações para parte do terceiro escalão.
O Dnocs tem um orçamento de R$ 905 milhões em 2023 e é responsável por executar políticas de amenização dos efeitos da seca, desde fornecimento e construção de caixas d’água a irrigação e assistência à população.
Para a Sudene, o favoritismo é para a indicação do PT de Pernambuco. O senador Humberto Costa (PE) indicou ao Planalto o seu ex-assessor Diego Pessoa, atualmente coordenador do Consórcio Nordeste.
A superintendência tem R$ 78 milhões no Orçamento de 2023. Seu conselho deliberativo define prioridades para destinação dos recursos do FNE (Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste), que, para este ano, beiram R$ 35 bilhões.
A ex-deputada federal Marília Arraes (Solidariedade), derrotada no segundo turno para o Governo de Pernambuco, também pleiteou o posto. Por causa do estágio avançado da gravidez, ela deixou de ir a Brasília com frequência para tentar se articular.
Uma ala do PSB tentou emplacar o nome do ex-deputado federal Danilo Cabral (PSB) para a Sudene, mas o PT de Pernambuco não cedeu. O ex-parlamentar está insatisfeito com o seu partido após as eleições. A legenda acredita que é em razão de não ter tido espaço no governo federal.
Já o Banco do Nordeste tem uma disputa menos tensa. O ex-governador de Pernambuco Paulo Câmara, que deixou o PSB, foi convidado por Lula, a despeito do desejo do PT do Ceará.
Paulo Câmara, no entanto, não pode ser nomeado. Ele aguarda uma mudança na Lei das Estatais que poderá ser feita em votação no Senado, reduzindo a quarentena, atualmente em 36 meses, para ex-dirigentes partidários.
O PT do Ceará acredita que, caso não avance a articulação do Senado, possa ficar com a função. Entretanto, os petistas defendem que parte das diretorias fique com o grupo político, que tem três deputados federais no estado, além do senador e ministro da Educação, Camilo Santana, e do governador Elmano de Freitas.
Assim como nos ministérios, o governo não deve entregar de porteira fechada uma estatal do segundo escalão ao mesmo partido ou grupo político. As bancadas nem sempre chegam a consenso para apresentação de seus indicados.
Em Minas, por exemplo, senadores e deputados defendem a permanência do comando da Codevasf. Mas a bancada petista rejeita a proposta. Em casos assim, a Presidência da República é chamada a arbitrar, o que tem atrasado o processo de nomeações.
Segundo aliados, essa demora está levando à inquietação na base, também à espera de liberação de recursos para atendimento de suas emendas. Integrantes do governo temem que parlamentes apresentem suas faturas em votações de interesse do Palácio do Planalto.
RAIO-X CODEVASF
É responsável por operacionalizar estruturas prontas na região dos rios São Francisco e Parnaíba, como saneamento, recursos hídricos, irrigação e promoção da agropecuária.
Orçamento de 2023: R$ 2,27 bilhões
2.450 servidores em exercício, sendo 790 comissionados entre efetivos e sem vínculo com a administração pública.
DNOCS
Tem como função executar políticas de amenização dos efeitos da seca, desde fornecimento e construção de caixas dágua a irrigação e assistência à população.
Orçamento de 2023: R$ 905,01 milhões
910 servidores em exercício, sendo 210 comissionados entre efetivos e sem vínculo com a administração pública.
SUDENE
Tem como objetivo promover o desenvolvimento e integração por meio de planos de investimentos públicos e privados nas áreas de infraestrutura econômica e social, capacitação de recursos humanos, inovação e difusão tecnológica, além da proteção do semiárido.
Orçamento de 2023: R$ 78,01 milhões
260 servidores em exercício, sendo 85 comissionados entre efetivos e sem vínculo com a administração pública.
Fontes: Portal da Transparência e Lei Orçamentária Anual de 2023 e Agora RN
O sócio do haras onde o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, cria seus cavalos, é funcionário fantasma no Senado. O próprio ministro seria o verdadeiro dono desse haras. As informações foram reveladas por uma reportagem do Estadão publicada nesta segunda-feira (6/3).
Gustavo Gaspar é sócio do Parque & Haras Luanna, em Vitorino Freire (MA). A irmã de Juscelino, Luanna Rezende, também é sócia desse haras e prefeita da cidade. Gaspar é funcionário lotado na liderança do PDT no Senado há dois anos, com salário de R$ 17,1 mil.
Acontece que nenhum funcionário da liderança do PDT sabia quem era Gustavo Gaspar. Além disso, dois dias depois da reportagem procurar o funcionário, ele foi realocado para a segunda secretaria do Senado, comandada pelo senador Weverton Rocha (PDT-MA), compadre de Juscelino.
Segundo a reportagem do Estadão, Gustavo Gaspar foi dispensado de assinar o ponto de frequência. Assim, era a chefia que atestava o trabalho dele.
Família Outros integrantes da família Gaspar já foram empregados por Juscelino. Tatiana Gaspar, irmã de Gustavo, é assessora especial do Ministério das Comunicações com salário de R$ 13,2 mil. O pai de Gaspar, de 80 anos, foi empregado com salário de R$ 15,7 mil na Câmara, quando Juscelino era deputado.
O caso de Gustavo Gaspar se junta a outros escândalos envolvendo Juscelino Filho. Outra matéria do Estadão mostrou que Juscelino usou avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para viajar até um leilão de cavalos.
A coluna do Rodrigo Rangel, do Metrópoles, revelou que Juscelino fez viagem ao Maranhão com o objetivo de defender a contratação de uma empresa específica para receber milhões de emendas que ele próprio destinou ao estado.
Juscelino Filho deve se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na tarde desta segunda-feira (6/3). Na semana passada, Lula comentou sobre o caso e disse que se Juscelino “não conseguir provar a sua inocência, ele não pode ficar no governo”.
Geraldo Melo morreu em Natal, aos 86 anos de idade. Ele lutava há alguns anos contra um câncer e havia se submetido e cirurgias para retirada de tumores na cabeça.
Ele nasceu no município de Campo Grande, em 1935, mas construiu boa parte de sua vida empresarial e pública no município de Ceará-Mirim, onde sua esposa Edinólia Melo, foi prefeita por duas vezes(2001-2008). Colaborou com o governo de Aluísio Alves (1961-1966), tendo trabalhado na SUDENE.
Em 1978 foi indicado vice-governador do Rio Grande do Norte na chapa de Lavoisier Maia.
Em 1986 foi eleito governador pelo PMDB, com o célebre slogan ´Novos Tempos, Novos Ventos. Geraldo venceu com 464.559 votos (50,11%), derrotando o então deputado federal João Faustino, candidato ao Governo pelo PDS. Nesta época Geraldo ganhou o apelido de ´Tamborete que lhe acompanhou pela vida pública. Ocupou o cargo de governador de março de 1987 a março de 1991.
Em 1994 se elegeu senador da República, pelo PSDB, sendo o mais votado com 441.707 votos numa eleição com duas vagas. Foi vice-presidente do Senado Federal de 1997 a 2001.
Em 2002 numa disputa com Garibaldi Alves Filho(PMDB) e José Agripino(DEM) acabou ficando em terceiro lugar e não conseguiu se reeleger. Na época, ele obteve 479.723 votos.
Geraldo voltou a disputar o Senado em 2006, e termina o pleito novamente em 3°lugar, com 155.608 votos, atrás da eleita Rosalba Ciarlini (na época no DEM) e do 2° colocado Fernando Bezerra(PTB).
Geraldo só voltaria a disputar eleições em 2018. Ele ficou em terceiro lugar para o Senado recebendo 382.249 votos,atrás dos eleitos Styvenson Valentim(Rede) e Zenaide Maia(PHS).
Depois de disputar a última eleição Geraldo se dedicou a literatura escrevendo “Luzes e sombras do Casarão”, durante a pandemia, em 2020. Seu último ato na vida pública foi ser para a Academia Norte-rio-grandense de Letras(ANL) para a cadeira 32 que era ocupada pelo jornalista João Batista Machado.
Geraldo era irmão da ex-prefeita de Ceará-Mirim Terezinha Melo(gestão 1993-1996); e do ex-deputado estadual Pedro Melo(eleito em 98).