EstadaoEconomia Barco de R$ 54 milhões? Mercado de iates bomba e tem fila de espera de dois anos no Brasil
Comprador pode optar por jacuzzi em modelo com cinco suítes, área gourmet e garagem para motos aquáticas; segmento não foi afetado pela pandemia
Barcos maiores, destaca outra tendência. Além do crescimento de vendas em números absolutos, ele revela que os barcos mais procurados são os maiores. “O mercado está para barcos grandes”, afirma. Embora a linha da Armatti tenha modelos de 26 a 52 pés, Assinato diz que em 2021 fez mais de 20 barcos entre 39 e 42 pés, e apenas dois de 26 pés. “Antes, barco de 30 pés era barco de entrada. Hoje, começa no de 37 pés. O cliente já entra em um barco grande.”
O fortalecimento de uma base de apoio parlamentar está sendo levado tão a sério pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que ele está abrindo mão dos tradicionais recados nas entrelinhas da política e sendo explícito no apoio às reeleições de Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Câmara e de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a do Senado.
Na primeira reunião ministerial na nova gestão federal, na última sexta (6/1), Lula chamou a imprensa para registrar seu discurso inicial, citou nominalmente os presidentes das duas Casas do Congresso e cobrou de sua equipe que trate bem todos os parlamentares: “É preciso que a gente saiba que é o Congresso que nos ajuda. Nós não mandamos no Congresso, nós dependemos do Congresso e, por isso, cada ministro tem que ter a paciência e a grandeza de atender bem cada deputado, cada deputada, cada senador, cada senadora”, afirmou o petista.
Lula se preocupa porque, mesmo após ter acomodado em seus ministérios integrantes de partidos que não o apoiaram desde o início da campanha, como MDB, PSD e União Brasil, o governo ainda tem uma base insuficiente para lhe dar conforto, sobretudo em casos de Propostas de Emenda à Constituição (PECs) e eventuais ameaças de impeachment.
Por isso, o presidente não quer (nem pode) cometer um erro que já comprometeu os mandatos de antecessores dele, como Dilma Rousseff (PT) e Jair Bolsonaro (PL), além do próprio Lula em seu primeiro mandato: se envolver na disputa pela chefia de Câmara ou Senado e perder ou se arrepender de uma vitória de Pirro.
Em 2005, no início da segunda metade de seu primeiro mandato, Lula apostou na eleição do petista Luiz Eduardo Greenhalgh para a presidência da Câmara, mas quem levou o cargo foi o escolhido pelo grupo de deputados conhecido como “baixo clero”, Severino Cavalcanti (PP). Apesar do baque, o petista ainda conseguiu compor com os novos poderosos da Casa e não teve tantos problemas quanto aos seus sucessores que cometeram o mesmo erro.
Quem se deu pior foi Dilma, que, ao iniciar seu segundo mandato, estimulou o PT a se contrapor a uma vitória certa de Eduardo Cunha (MDB-RJ) com a candidatura de Arlindo Chinaglia (PT-SP), e viu o eleito virar um adversário que acabou sendo fundamental em seu impeachment.
Já Bolsonaro iniciou uma relação turbulenta com o Congresso ao apoiar, logo no início de seu mandato, em 2019, as eleições de Rodrigo Maia (então no DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (então no DEM-AP) para as presidências de Câmara e Senado. Sem habilidade para articular com o Parlamento, Bolsonaro e seus aliados logo transformaram os dois em adversários e os culparam por não conseguirem avançar com a agenda do Executivo, numa situação que só mudou na segunda metade do Congresso, com a eleição de pelo menos um presidente de Casa legislativa mais alinhado com o governo: Arthur Lira.
A ministra Daniela Carneiro (Turismo) usou a primeira reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os demais colegas nesta sexta-feira (6) para se defender das notícias que demonstram elo da deputada eleita pelo Rio de Janeiro com milicianos.
Daniela iniciou sua fala durante o encontro dizendo ser vítima de ataques por conhecer uma pessoa que tem problemas com a Justiça, segundo relatos de participantes. Afirmou que não pode se responsabilizar pelos atos de um apoiador e que está de consciência tranquila.
Em seguida, tratou de temas ligados ao Turismo. De acordo com pessoas presentes à reunião, a ministra estava com a aparência tranquila. Ninguém respondeu ao discurso, mas a avaliação de integrantes do governo é a de que havia clima de solidariedade.
Como revelou a Folha de S.Paulo, Daniela mantém elo político com ao menos três acusados de chefiar milícias no Rio.
As denúncias geram desgaste para o governo, mas integrantes do governo, sobretudo os do Palácio do Planalto, têm saído em defesa da ministra.
Daniela foi reeleita deputada federal como a mais votada no Rio de Janeiro. Como a Folha de S.Paulo mostrou em outubro, a campanha dela foi marcada pelo apoio irregular de oficiais da Polícia Militar e pelo ambiente hostil e armado contra adversários políticos de sua base eleitoral.
Ela tornou-se ministra como forma de contemplar espaço para a União Brasil –que tem outros dois ministérios– e também a uma ala do Rio de Janeiro.
Daniela e seu marido, Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho (União Brasil), prefeito de Belford Roxo, foram uma dos poucos líderes locais a apoiar publicamente apoio ao petista na Baixada Fluminense.
Nesta sexta, Lula afirmou que “quem fizer errado será convidado a deixar o governo”. Mas, ao mesmo tempo, o presidente também prometeu uma relação de lealdade.
“Estejam certos que eu estarei apoiando cada um de vocês nos momentos bons e nos momentos ruins. Não deixarei nenhum de vocês no meio da estrada. Não deixarei nenhum de vocês.”
O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), anunciou, nesta sexta-feira (6), que determinou que sejam tomadas medidas de indenização no caso de Genivaldo de Jesus, morto no ano passado durante uma abordagem policial em Sergipe.
“Genivaldo morreu, em 2022, em face de uma ação de policiais rodoviários federais, em Sergipe. É clara a responsabilidade civil, à luz da Constituição. Determinei ao nosso Secretário de Acesso à Justiça, Marivaldo Pereira, providências visando à indenização legalmente cabível”, escreveu Dino, no Twitter.
No início de dezembro, a Justiça Federal retomou as audiências do processo criminal contra os três policiais rodoviários federais envolvidos na abordagem que resultou na morte de Genivaldo.
No dia 6 de dezembro, os agentes William de Barros Noia, Kleber Nascimento Freitas e Paulo Rodolpho Nascimento foram ouvidos no Fórum Ministro Geraldo Barreto Sobral, em Aracaju.
Os advogados dos réus não falaram com a imprensa.
O processo está na etapa final das audiências de instrução, com o interrogatório dos réus. Após esta etapa, a justiça decidirá se os réus irão ou não a júri popular. Segundo a Justiça Federal, 34 testemunhas de acusação e defesa foram interrogadas.
O Caso Genivaldo de Jesus Santos tinha 38 anos e morreu após abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em maio deste ano. Durante a ação, Genivaldo, que estava de moto e sem capacete, foi parado pelos agentes, na BR-101, em Umbaúba (SE). Os policiais alegam que ele reagiu à abordagem.
A vítima foi imobilizada e colocada no porta-malas da viatura, quando os policiais utilizaram spray de pimenta e gás lacrimogêneo por 11 minutos e 27 segundos, segundo perícia. A população gravou o momento em que Genivaldo estava dentro do veículo. Ele sofria de esquizofrenia e fazia tratamento há 18 anos.
O Instituto Médico Legal (IML) apontou que a morte de Genivaldo foi causada por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda. A Polícia Federal concluiu o inquérito e indiciou os policiais envolvidos na abordagem.
O presidente do Corinthians, Duilio Monteiro Alves, afirmou nesta sexta-feira que o clube fez uma proposta para contratar Cristiano Ronaldo. O dirigente também deu detalhes sobre o interesse do Timão por Philippe Coutinho, do Aston Villa-ING.
– A gente fez uma proposta do salário igual ao do Machester United, dois anos de contrato, que é muito, mas é viável dentro da posição dos patrocinadores. Mas a proposta que veio de lá (Al-Nassr) é 20 vezes maior – afirmou Duilio, em entrevista à TV Bandeirantes.
No início da semana, na apresentação ao clube saudita, Cristiano Ronaldo revelou que recebeu muitas ofertas assim que ficou livre no mercado e citou o Brasil.
– Foi a proposta do Corinthians. Fizemos uma proposta há muito tempo, desde que começou a confusão no Manchester. Lógico que é muito difícil. É o Corinthians, por que não tentar? Conversei com Jorge Mendes algumas vezes e agora por outra pessoa enviamos uma proposta. Fiz a proposta e torci até para não aceitar (risos). Brincadeira, a gente tinha muitas empresas, nossos patrocinadores… Um jogador desse tamanho se paga.
Cristiano Ronaldo vai receber US$ 200 milhões (R$ 1,07 bilhão) pelo contrato até 2025.
Coutinho? Difícil… O dirigente trata como bastante difícil a tentativa de contratar o meia Philippe Coutinho. Segundo Duilio, o Aston Villa quer vender o jogador, mas o Timão só tem interesse no empréstimo.
– Existe a conversa, existiu e existe a conversa, mas longe de se tornar realidade. Ele tem contrato, foi vendido agora para o Aston Villa, mas a gente tem que tentar. É um negócio muito difícil. Eles querem vender, e o Corinthians quer emprestar. Enquanto existe a janela aberta na Europa, dificilmente você vai conseguir qualquer sucesso de empréstimo porque eles querem vender. Mas é algo prematuro. É difícil, mas estou tentando.
O delegado Andrei Augusto Passos Rodrigues, escolhido por Lula como novo diretor-geral da Polícia Federal (PF), elencou a prisão de sete bolsonaristas radicais como a prioridade do início de sua gestão na corporação.
Os extremistas são alvos da Operação Nero, deflagrada na última semana de dezembro para prender os bolsonaristas suspeitos de participação em atos de vandalismo e de terrorismo em Brasília.
Quatro bolsonaristas foragidos foram capturados nesta semana. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, decretou nesta sexta-feira (6/1) a prisão preventiva de todos os radicais alvos da operação.
Ao empossar os 37 ministros de seu terceiro mandato à frente da Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deixou de fora do primeiro escalão aliados de primeira hora. Preterido por Lula na composição ministerial, o deputado federal e presidente do Solidariedade, Paulinho da Força (SP), deixou até mesmo de prestigiar, pela primeira vez, a posse de um presidente petista.
Aliado de longa data do atual presidente, o parlamentar apoiou Lula durante a campanha do ano passado. Sem conseguir a reeleição como deputado, estava confiante que seria indicado pelo petista para comandar o Ministério do Trabalho, uma vez que teve grande influência sobre a pasta em gestões petistas. Lula, porém, escolheu Luiz Marinho para conduzir a pasta trabalhista.
Outro aliado que acabou escanteado por Lula foi o deputado Reginaldo Lopes (MG), líder do PT na Câmara. Ele, no entanto, marcou presença na posse de Lula e mantém laços com o Palácio do Planalto.
A ideia inicial era que o parlamentar ficasse com o Ministério da Educação ou do Planejamento. Após negociações, foi definido que Lopes comandaria o Ministério do Desenvolvimento Agrário, mas ele foi rifado para que Lula acomodasse outros aliados. Paulo Teixeira, então, assumiu a pasta.
Janones, Juca Ferreira e Celso Amorim
O deputado federal André Janones (Avante-MG), um dos principais aliados de Lula na guerra digital contra Jair Bolsonaro (PL), abriu mão de ter um cargo na Esplanada para focar em seu mandato como parlamentar.
O seu partido, porém, avalia que se dedicou muito à campanha de Lula para ficar sem cargo no primeiro escalão do petista. A legenda mirava ao menos três pastas: Turismo, Pesca e a Secretaria de Comunicação da Presidência. Ficou sem nenhuma. Agora, dirigentes do partido lutam por cargos no segundo escalão e nas estatais (leia mais abaixo).
Tido como um dos maiores nomes do setor cultural e cotado para chefiar a pasta, Juca Ferreira também foi preterido por Lula na composição ministerial e designou o posto de ministra da Cultura para Margareth Menezes.
Ex-ministro das Relações Exteriores de Lula, Celso Amorim era cotado para retornar ao Itamaraty. Depois, porém, foi designado para assumir a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência, mas na nova estrutura do governo Lula, o cargo foi extinto.
Na última semana, Amorim foi nomeado assessor especial do presidente Lula. No cargo, ele será um dos principais conselheiros do chefe do Executivo federal e deve acompanhar o presidente em agendas internacionais.
Mesmo com a MP (Medida Provisória), publicada na segunda-feira (2), em que o novo governo prorroga, por dois meses, a desoneração dos tributos Pis/Pasep e Cofins sobre a gasolina, etanol, querosene de aviação e GNV (gás natural veicular), os combustíveis já estão saindo das distribuidoras com preços mais altos desde o primeiro dia de 2023.
Isso se deve a uma mudança no cálculo das alíquotas do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), um tributo estadual. A medida que prorrogou a desoneração também reduz a zero as alíquotas da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) das operações com gasolina e derivados.
Nos postos, segundo levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Biocombustíveis e Gás Natural), na primeira semana de 2023, entre os dias 1º e 6 de janeiro, o valor médio da gasolina aumentou 3,2%, passando de R$ 4,96 para R$ 5,12 o litro.
Já o etanol teve alta de 3,6%, de R$ 3,87 para R$ 4,01, na primeira semana do ano. O diesel registrou um aumento um pouco menos, de 2,56%. O valor médio passou de R$ 6,25 a R$ 6,41 o litro.
O Ibovespa fechou nesta sexta-feira (6) em alta de 1,23%, aos 108.963,7 pontos, marcando terceiro pregão seguido de ganhos, com a trégua nos ruídos políticos abrindo espaço para o mercado brasileiro acompanhar o desempenho positivo de Wall Street após dados de emprego. Contudo, no acumulado de semana, o principal índice da B3 registra perdas de 0,73% pressionado pelas queda das duas primeiras sessões do ano, quando prevaleceram receios com a estratégia a ser adotada pelo novo governo, em meio a decisões e declarações contraditórias.
Já o dólar fechou em forte queda de 2,17%, cotado a R$ 5,236 na venda, após dados de emprego norte-americanos amplamente em linha com o esperado e tom conciliador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua primeira reunião ministerial, o que levou a moeda norte-americana a reverter completamente os ganhos que acumulava na primeira semana do novo governo.
Essa foi a maior desvalorização percentual diária desde 31 de outubro (-2,57%) e o patamar de encerramento mais baixo desde 26 de dezembro (R$ 5,21). No acumulado da semana, a moeda norte-americana registra desvalorização de 0,79%.
Com temperatura mais baixa em Brasília, a bolsa já se recuperou das perdas do início da semana, mas o saldo continua negativo em cerca de 0,88%, conforme dados preliminares.
O preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) no Rio Grande do Norte, reajustado neste mês de janeiro, será o mais alto desde setembro, quando o valor médio era R$ 110. Esse preço médio foi igual em dezembro, passando a R$ 114 em janeiro deste ano, segundo informações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O mais recente aumento, que será de pelo menos R$ 1,97, foi anunciado na última terça-feira (3) pelo Sindicato dos Revendedores de GLP do RN (Singás-RN) e deverá entrar em vigor em todo o Estado a partir desta quinta-feira (5).
Em 2022, o preço do botijão do gás de cozinha (GLP) chegou a um preço médio de R$ 120,49, segundo informações da ANP, com os preços caindo a partir de julho após redução nas taxas de ICMS para os estados definidas pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). O menor preço em 2022 após mudanças de alíquotas chegou a R$ 109,38, segundo a ANP.
“Fomos informados pela distribuidora que a Secretaria de Tributação fez um cálculo matemático em que aumentou o PMPF (Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF), e temos que repassar esse valor para a população. O preço teve quedas no ano passado com medidas do Governo Federal e, em 2022, praticamente só tivemos quedas no preço, o gás baixou mais de R$ 10”, explica o presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás LP do Estado do RN (Singás-RN), Francisco Correia.
O presidente do Singás-RN informou que o aumento foi comunicado no dia 27 de dezembro pelas distribuidoras e passou a valer a partir do dia 1º de janeiro, já tendo impactado no valor final do produto nas revendedoras. “Houve aumento de salário mínimo, que eleva custo da mão de obra, aumento do PMPF, por isso, deveremos ter alta de 2,50 a R$ 3 no preço do botijão de gás”, disse. No Estado, os revendedores cobram preços distintos pelo botijão de 13 kg.
Em nota, a Secretaria de Estado da Tributação (SET-RN), disse que não houve reajuste de ICMS para o gás de cozinha, mantendo-se a alíquota de 18%. Após acordo homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 14 de dezembro, os Estados e o Distrito Federal ficaram autorizados a atualizar, a partir de 1º de janeiro, a base de cálculo para incidência do tributo a ser recolhido da indústria, tendo como referência à média de preços praticadas pelas revendedoras nos últimos 60 meses anteriores à fixação de uma taxa única nacional.
“O Governo do RN optou por fazer a atualização da base de cálculo do ICMS do GLP a partir da média dos últimos 36 meses, e não 60 meses como recomendado, para evitar onerar o produto na base da cadeia. Por isso, o valor do Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF), medido pela tabela de pesquisas da Agência Nacional de Petróleo e Energia (ANP), passou de R$ 6,2433 para R$ 7,0846 por quilo do GLP, com vigência desde primeiro de janeiro de 2023”, diz o governo em nota enviada à TN.
A SET-RN diz ainda que “o regime de cobrança do ICMS do GLP, assim como dos demais combustíveis, é a substituição tributária, em que o imposto é recolhido no início da cadeia, ou seja, na indústria, e não na ponta, onde estão as revendedoras, apenas 30 dias após as vendas. E, por isso, essa sistemática requer uma base de cálculo capaz de refletir o valor real que está sendo cobrado do consumidor final para calcular o imposto devido, sendo o PMPF um reflexo direto da variação de preços imposta pelas distribuidoras e revendedoras. Não podendo, dessa forma, atribuir-se qualquer alta ou baixa ao poder público, e sim ao próprio mercado”.
Na última segunda-feira (02), o Governo Federal publicou uma Medida Provisória que prorroga a desoneração de tributos federais sobre combustíveis. A MP mantém até 31 de dezembro o PIS/Pasep e a Cofins zerados sobre diesel, biodiesel e gás de cozinha, enquanto os tributos para gasolina, álcool ficarão zerados até 28 de fevereiro. A MP foi assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Potiguares reclamam de reajuste
O reajuste do preço do gás de cozinha já está sendo sentido por potiguares que utilizam o item essencial com frequência em suas residências ou estabelecimentos.
A cozinheira Líria Jeane da Silva, de 40 anos, que possui um restaurante na zona Leste de Natal, tratou de comprar o seu botijão reserva com o preço antigo já prevendo o reajuste.
“Fica ruim demais, mas fazer o quê? Tem que comprar. Por mês aqui eu gasto dois botijões de gás”, explica. Jeane disse ainda que aumentou o preço do almoço em seu restaurante de R$ 10 a R$ 12 recentemente.
Quem lamentou o aumento do gás de cozinha foi José de Arimateia dos Santos Santiago, 60 anos, dono de uma lanchonete/restaurante em Natal, reajustou os preços do seus almoços já prevendo alterações nos insumos.
“Semanalmente uso de dois a três botijões de gás, sendo um fogão para fazer a comida e outro para esquentar a refeição aqui fora. É ruim porque temos que aumentar tudo. Fazíamos almoço aqui a R$ 13, agora é R$ 15. O rapaz do salgado também já vai aumentar o preço, vou ver como faço com o pessoal”, explica.
O aumento nos preços do GLP também é sentido nas camadas mais carentes de Natal. Algumas famílias, sem condições de comprar o botijão de gás, tem utilizado alternativas para cozinhar. Itens como lenha, madeira e até baterias são utilizados para fazer as necessidades diárias.
Na Ocupação Palmares, nas Rocas, a potiguar Joseane Fidélis e o esposo Adriano Pontes, 40 anos, utilizam de uma bateria movida a energia elétrica para cozinhar. Ambos estão desempregados há mais de um ano e sobrevivem com bicos e recursos de programas sociais.
“É um fogão que funciona à energia, com uma resistência que gera calor. Cozinha feijão, faz tudo. Só demora um pouco. Por uma parte é melhor do que o botijão, porque não temos condições de comprar”, explica.
Um vazamento de grande proporção na zona urbana da BR-226 provocou a parada do abastecimento da cidade de Currais Novos, na tarde desta sexta-feira (6). A Caern já está providenciando o conserto, que deve ser concluído na manhã deste sábado (7), com a imediata retomada do fornecimento.
Para que o abastecimento esteja completamente normalizado, será necessário aguardar um prazo de até 72 horas.
Antes do início da primeira reunião ministerial de seu governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou aos ministros que “quem fizer errado” será convidado a deixar o governo.
O presidente também falou que “não tem vergonha de dizer” que seu governo será composto por “gente da política muito competente e gente técnica muito competente”. “Não faço distinção e não quero criminalizar a política”, disse.
“Todo mundo sabe de nossa responsabilidade e que nossa obrigação é fazer as coisas corretas, da melhor forma possível”, disse.
“Quem fizer errado sabe que tem só um jeito, a pessoa será, da forma mais educada possível, convidada a deixar o governo e, se cometeu algo grave, terá que se colocar diante das investigações e da própria Justiça.”
Durante a primeira semana de gestão, o governo de Lula já enfrenta uma polêmica envolvendo a ministra do Turismo, Daniela Carneiro. Circularam nas redes sociais fotos da ex-deputada ao lado de Juracy Alves Prudêncio, denunciado pelo relatório final da CPI das Milícias, em 2008, por comandar uma milícia na Baixada Fluminense.
Na quinta-feira (5), a ministra também apagou de suas redes sociais um vídeo em que recebe o apoio eleitoral de outro acusado de chefiar uma milícia na Baixada Fluminense. Márcio Pagniez, que aparece no vídeo, foi preso preventivamente em 2019, acusado de homicídio e de liderar uma milícia na região.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse em entrevista a jornalistas na quarta-feira (4) que “não há nenhuma materialidade concreta [sobre o caso] que crie nenhum tipo de desconforto [no governo] até o momento”.
A vereadora Camila Isabele, foi reconduzida a presidência da Câmara Municipal de Bodó/RN, em sessão solene na sede do legislativo bodoense nesta última sexta-feira (06) de janeiro. A presidente foi reeleita para assumir a gestão da Casa Legislativa do Biênio 2023/2024, juntos com os vereadores Cicinho(vice-presidente), Tontonho(1° secretário), e Lupércio (2° secretário).