A produção de veículos registrou alta de 7,8% no primeiro semestre de 2025, na comparação com o mesmo período do ano passado e alcançou 1,226 milhões de unidades. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (7) pela Associação nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).Play Video
De acordo com a associação, visto isoladamente o percentual é uma boa notícia, mas o contexto do mercado indica que o segundo semestre será bastante desafiador para o setor.
Segundos os dados divulgados, as vendas totalizaram 1,199 bilhão de unidades nos primeiros seis meses de 2025, elevação de 4,8% em relação ao mesmo período do ao passado.
O balanço mostrou ainda que as exportações aumentaram 59,8% (264,1 mil unidades) no primeiro semestre do ano, parte atribuídas à recuperação do mercado argentino.
O resultado coloca o Brasil em uma situação de maior dependência do país vizinho para manter os bons níveis de exportação, já que não houve altas relevantes no envio de veículos para outros países. No semestre, 60% dos embarques foram para a Argentina.
De acordo com a Anfavea, as importações acumuladas do primeiro semestre cresceram 15,6% e chegaram a 228,5 mil unidades.
O presidente da Anfavea, Igor Calvet, ressaltou que esse volume é equivalente ao que se produz anualmente em uma fábrica nacional de grande porte, com mais de seis mil funcionários diretos, sem levar em conta as vagas geradas na cadeia de fornecimento.
“É cada vez mais evidente que estamos recebendo um fluxo perigoso de veículos chineses para o nosso mercado, com um Imposto de Importação abaixo da média global. Não ficaremos passivos com a interrupção de um projeto de neoindustrialização do país e com o avanço de propostas, como essa de redução da alíquota para montagem de veículos semi-desmontados, que não geram valor agregado nacional e geram pouquíssimos empregos”, disse.
Junho de quedas
Em junho, a produção chegou a 200,8 mil unidades, o que representa queda de 6,5 % na comparação com maio (214,7 mil). Na comparação com junho de 2024 também houve queda, de 4,9%.
No mês passado, as vendas totalizaram 212,9 mil – 5,7% a menos do que em maio e 0,6% a menos do que em junho do ano passado. Já as exportações chegaram a 50,7 mil no sexto mês do ano, 1,7% a menos do que o comercializado no mercado externo em maio, porém 75 % a mais do que os números de junho de 2024.
“Os números de junho nos preocupam um bocado. O dia útil a menos em relação a maio não justifica as quedas que tivemos no mês, de 6,5% na produção, 5,7% nos emplacamentos e 2,7% nas exportações, além de uma alarmante redução de mais de 600 empregos diretos nos últimos meses”, afirmou Calvet.
Principal hospital público do Rio Grande do Norte, o Hospital Estadual Monsenhor Walfredo Gurgel (HEWG) voltou a registrar superlotação em seus corredores e alas da unidade nas últimas semanas, segundo denúncias de familiares de pacientes que estavam internados no hospital. Segundo informações do Sindicato dos Servidores em Saúde do RN (Sindsaúde-RN), a situação se agravou nesta segunda-feira (07) após quatro salas de cirurgia ficarem “presas” com pacientes que deveriam estar em leitos de UTI. A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) divulgou uma nota informando a abertura de cinco leitos de UTI de forma emergencial, podendo ampliar para mais cinco nos próximos dias, com o objetivo de desafogar as salas cirúrgicas e as UTIs do Walfredo.
“Minha irmã sofreu um acidente de moto, chegou por volta das 5h30 da manhã do domingo e até agora está no corredor com fratura exposta no joelho esquerdo e alguns arranhões. Até agora nada. Do jeito que ela chegou, na maca estava e na maca ficou”, relatou a irmã de uma mulher de 34 anos natural de Macaíba. Ela estava internada na tarde desta segunda-feira (07) desde a madrugada do último domingo (06) aguardando por regulação para fazer cirurgia.
Segundo o Sindsaúde, existem pacientes no pronto-socorro esperando por cirurgias que não foram realizadas porque quatro salas estão presas com pacientes que deveriam estar em UTI. “É uma situação muito séria, o corredor está cheio de pacientes, inclusive dos dois lados”, disse Rosália Fernandes, diretora do Sindsaúde/RN e assistente social do hospital.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos do RN (Sinmed-RN), Geraldo Ferreira, a barreira ortopédica instalada em Macaíba tem funcionado, mas não tem sido suficiente para dar vazão à demanda de cirurgias. Ele cita que a barreira possui apenas 10 leitos para casos de baixa e média complexidade.
“Nas últimas semanas o problema continua sério com repressão de macas, superlotação, filas para operar pacientes. Há um excesso de pacientes de moto, como sempre. Temos efetivamente solicitado aumento no número de leitos. Chegou-se a cogitar tanto a rede estadual quanto municipal de pegar leitos auxiliares, mas até agora nada. O problema é que: além do Walfredo, a superlotação, as UPAs cada uma em média tem 20 pacientes esperando leitos hospitalares”, acrescenta Ferreira.
Em nota enviada à TN, a Sesap disse que há cerca de 20 dias o Walfredo Gurgel vem sofrendo “pressão nos atendimentos de casos de alta complexidade”, tanto por pacientes vítimas de acidentes vasculares cerebrais como de traumas ortopédicos.
“A Sesap e a direção da unidade vem trabalhando intensamente, com apoio de outras unidades da rede estadual, para agilizar a transferência de pacientes, com o objetivo de aliviar a sobrecarga no Walfredo Gurgel, além de estar em análise a contratação emergencial de leitos em unidades privadas. O serviço de baixa e média complexidade instalado em Macaíba segue funcionando normalmente, atendendo dentro do perfil de pacientes para qual foi planejado, que não é o que está causando sobrecarga no Walfredo Gurgel”, apontou a Sesap.
A pasta disse ainda na nota que não procedia a informação de que há pacientes sem macas na unidade. “No caso da imagem que circulou nas redes sociais, de acordo com a direção do hospital, o paciente deixou sozinho a maca em que estava e foi recolhido posteriormente neste outro local tão logo a situação foi vista pelos servidores da unidade. Ele não se encontrava no chão por falta de leito ou de maca para abrigá-lo”, apontou a pasta.
Cirurgias vasculares são suspensas
A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) suspendeu cirurgias vasculares no Hospital Estadual José Pedro Bezerra, conhecido como Santa Catarina, na zona Norte de Natal. Segundo a Sesap, a empresa que presta serviço de cirurgia vascular na unidade suspendeu os procedimentos devido ao atraso no pagamento, causado pelas dificuldades financeiras que a Sesap vem passando desde meados de 2024.
“A Sesap, após repasse da Secretaria de Fazenda, está realizando os pagamentos ainda nesta segunda-feira (7) para abrir diálogo com a empresa com objetivo de retomar o serviço o quanto antes. Ressalte-se ainda que toda a linha de cuidado vascular, lançada pela Sesap em 2022 com mais de 10 hospitais integrantes, vem sendo custeada de forma exclusiva com recursos estaduais, sem participação de outros entes, com um investimento superior a R$ 30 milhões e tendo realizado mais de 6.500 procedimentos dentro deste período”, disse a Sesap em nota.
A unidade não é a única no Rio Grande do Norte que faz cirurgias vasculares, com procedimentos sendo feitos no Hospital da Polícia Militar e no Hospital João Machado. Relatos de familiares de pacientes apontam que há usuários aguardando há pelo menos 3 meses por cirurgias. Segundo a Sesap, a lista de espera conta atualmente com cerca de 200 pessoas.
Confira na íntegra a última nota divulgada pela Sesap:
“A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) informa que, diante da superlotação do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, viabilizou junto ao Hospital Memorial a abertura de cinco leitos de UTI de forma emergencial, podendo ampliar para mais cinco nos próximos dias, com o objetivo de desafogar as salas cirúrgicas e as UTIs do Walfredo.
Importante destacar ainda que até a abertura do Hospital Metropolitano, o Walfredo Gurgel segue sendo a maior referência de alta complexidade do estado, podendo eventualmente ocorrer momentos de superlotação mesmo com todo esforço da Sesap e sua rede de hospitais.”
Prestes a enfrentar mais um período de seca, o Rio Grande do Norte ainda precisa conviver com a utilização de carros-pipa para o abastecimento de 67 municípios, onde vivem 79 mil potiguares. Os dados são da Defesa Civil do Estado. A necessidade de carros-pipa persiste mesmo com o anúncio de projetos para diminuir os efeitos da seca durante os últimos anos. No Estado, os reservatórios de água operam atualmente com 48% da capacidade total, segundo o Instituto de Gestão das Águas (Igarn).
Uma perspectiva de melhoria para a situação de alguns municípios do Estado é a possibilidade de utilização das águas da transposição do Rio São Francisco, a partir do mês de agosto. Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, serão destinados ao Estado três metros cúbicos de água por segundo. Este volume será repassado sem custos ao Estado, por um período de três anos. O RN tem direito a 300 milhões de metros cúbicos de água.
Segundo dados da Semarh e da Companhia de Águas e Esgotos do RN (Caern), entre 2019 e 2025 os projetos de adutoras — que levam água de uma região para outra — somam 1.289 quilômetros. No entanto, apenas 159,3 quilômetros foram de fato finalizados e entregues. Além disso, 274 quilômetros de adutoras estão em processo de licitação e 856 quilômetros estão em obra. A finalização das adutoras é importante, pois há regiões onde os reservatórios de água estão em situação crítica.
Atualmente, 11 reservatórios potiguares estão com menos de 10% de sua capacidade total, como Passagem das Traíras (0,03%), Itans (0,43%) e Mundo Novo (2,39%), em razão da falta de chuvas. Na divisão por regiões do RN, o Médio Oeste se destaca com maior quantitativo acumulado de água nos reservatórios, com 68%. Na sequência está o Agreste (62%), o Oeste Assu-Mossoró (61%), a região Central (49%), o Alto Oeste (40%) e o Leste (40%). Por último, está o Seridó, com 17%. Grande parte dos municípios com reservatórios em situação crítica está no Seridó. Ao todo, a região tem a pior média hídrica do Estado, com apenas 17%.
Nesta região, o Projeto Seridó Norte está em andamento, com investimento de R$ 300 milhões garantidos via Novo PAC. A obra capta água na Armando Ribeiro Gonçalves, que poderá vir da Barragem de Oiticica, e distribuirá para diversas cidades seridoenses, com previsão de conclusão entre o fim deste ano e início de 2026.
Outra obra é a Adutora do Agreste, que inicia sua execução física em agosto e tem orçamento de R$ 468 milhões para as duas primeiras etapas. O governo busca adiantar a conclusão da primeira fase para junho de 2026. O projeto completo, dividido em três etapas, beneficiará 38 municípios e 510 mil habitantes, reforçando o abastecimento em regiões como Nova Cruz, Santo Antônio e Tangará. A instalação da estrutura acontecerá na divisa do RN com a Paraíba.
O governo também afirma que tem intensificado a perfuração de poços, com a previsão de 500 poços perfurados até abril de 2026, dos quais 53 já foram concluídos. A ação acontece ao mesmo tempo do desenvolvimento de dessalinizadores, garantindo água potável para populações em regiões onde a água subterrânea apresenta alto índice de salinidade.
“Nós temos duas metas a serem atendidas: que não falte água para nenhuma pessoa; dois, que a gente possa levar água para outra dimensão, do desenvolvimento e da produção. Portanto, manter o rebanho funcionando, já que a parte agrícola em si é mais difícil de manter”, explicou Paulo Varella. Como última instância, quando adutoras, barragens ou poços não conseguem suprir o abastecimento, a operação carro-pipa é utilizada para garantir água à população. Atualmente, 212 veículos foram contratados para abastecer mais de 79 mil pessoas, de acordo com a Defesa Civil Estadual.
Dados da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) apontam que, entre março e maio, choveu em todas as regiões do estado, mas bem abaixo do esperado. A estimativa para este ano era de cerca de 382 mm no acumulado do trimestre, mas foram registrados apenas 252 mm. Isso significa uma queda de 42% entre o que choveu em 2025 e o que choveu no ano passado. No mesmo período de 2024, foram 440 mm.
Transposição
A Barragem de Oiticica, localizada no Seridó potiguar, começará a receber água da transposição do Rio São Francisco a partir do dia 1º de agosto deste ano, segundo confirmou Paulo Varella, secretário da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), em entrevista à TRIBUNA DO NORTE. A medida, que prevê a entrada de três metros cúbicos por segundo, é considerada fundamental para garantir o abastecimento durante o período de seca em uma das regiões mais afetadas pela estiagem no Rio Grande do Norte.
De acordo com Paulo, essa ação acontece após uma articulação com o Governo Federal para mitigar os impactos da seca. “A trilha do desenvolvimento, ela passa pelo caminho das águas. As ações que nós estamos tomando agora, elas são absolutamente fundamentais para que a vida lá no nosso interior continue fluindo de forma livre. Então, são ações absolutamente estruturantes, necessárias, fundamentais. Agora, só vai estar funcionando porque a gente está se articulando internamente”, explica.
Em valores, a construção do reservatório recebeu R$ 893 milhões, sendo R$ 161 milhões provenientes do PAC. Inaugurada em março, a Barragem de Oiticica é o segundo maior reservatório do Rio Grande do Norte, com capacidade para abastecer até 2 milhões de pessoas. Atualmente, ela acumula um volume de água de aproximadamente 103,3 milhões de metros cúbicos, o equivalente a 13,92% da capacidade total, que é de 742,6 milhões de metros cúbicos, em razão da falta de chuvas.
Além da transposição, o Governo do Estado executa um programa de recuperação de barragens, com investimento de R$ 18,2 milhões. Das 68 estruturas sob responsabilidade do RN, 28 já estão contratadas. Quinze dessas barragens estão em execução e, segundo o secretário, todas devem estar prontas até o fim de julho. “É feito o barramento, as partes esburacadas que inclusive são risco de segurança, além de deixar as paredes novinhas e ajeitar as comportas”, detalha o secretário.
A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) publicou um relatório classificando 254 reservatórios hídricos no Rio Grande do Norte com classificação alta em Categoria de Risco (CRI), o que representa 34% dos 727 açudes e barragens existentes no estado. A informação consta no Relatório de Segurança de Barragens (RSB) 2024/2025, divulgado nesta semana. O documento integra a Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB) e analisa critérios como estado de conservação e cumprimento de planos de segurança.
De acordo com o relatório, a classificação de uma barragem em uma categoria de risco não indica necessariamente um perigo iminente de rompimento. Neste cenário, o Relatório de Segurança de Barragens (RSB) 2024/2025 aprimora o monitoramento ao padronizar o conceito de “barragens prioritárias” e o registro de acidentes. O objetivo é tornar a análise mais objetiva para orientar ações preventivas, além de simplificar termos técnicos e construir um banco de dados para apoiar políticas públicas.
No estado, o Instituto de Gestão das Águas (IGARN) gerencia os 727 reservatórios cadastradas. No entanto, 37% delas, o que corresponde a 271 estruturas, ainda não tiveram seu enquadramento na PNSB verificado. Esta é uma etapa crucial para a aplicação de medidas de segurança.
A ANA também apontou que quatro reservatórios no Rio Grande do Norte são considerados prioritários para gestão de segurança. As estruturas estão localizadas em diferentes regiões do estado. Entre os açudes fiscalizados, todos de pequeno porte, três são utilizados para dessedentação (fornecer água potável aos animais para consumo animal): 3 Corações da Serra/Cacimba Nova (Serra Caiada), Açude Pedra Branca (Caiçara do Rio do Vento) e Algodoão São Miguel (Angicos). A quarta estrutura, Calabouço (Passa e Fica), destina-se à aquicultura.
Desses quatro, o Calabouço já passou por melhorias. A estrutura foi recuperada pelo Governo do Rio Grande do Norte em abril deste ano. A recuperação envolveu uma série de melhorias no açude, incluindo revestimento da crista do reservatório, recuperação das canaletas, meio-fio e do vertedouro. O investimento total foi de R$ 324.259,63.
Em nota, o IGARN informou que a classificação de alto risco reflete, em grande parte, a falta de manutenção adequada por parte dos empreendedores. Muitos deles não dispõem de capacidade técnica ou financeira para executar as ações exigidas.
Como órgão fiscalizador, o IGARN realiza inspeções periódicas e orienta os responsáveis sobre as medidas necessárias Sobre as 271 barragens ainda não enquadradas, o instituto afirma que este é um desafio nacional. O enquadramento depende de informações técnicas a serem fornecidas pelos próprios empreendedores. O IGARN informou que segue promovendo ações para acelerar o procedimento.
O Governo do Estado, por sua vez, está investindo R$ 18,2 milhões na recuperação de 28 barragens sob sua responsabilidade, como parte dos esforços para assegurar a segurança hídrica e estrutural no Rio Grande do Norte.
Mais uma marca de azeite foi proibida pelo governo. Desta vez, todos os lotes do extravirgem da marca Vale dos Vinhedos tiveram a venda suspensa por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), conforme publicação no Diário Oficial da União desta segunda-feira (7).
Com essa nova interdição, já são 20 marcas de azeite alvo de restrições em 2025. Metade foi banida pela Anvisa e outras 10 tiveram lotes proibidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Segundo a Anvisa, o azeite Vale dos Vinhedos tem origem desconhecida, rótulo irregular e é importado pela Intralogística Distribuidora Concept LTDA, que está com o CNPJ suspenso, segundo apuração do órgão.
Em nota, a Aprovale, associação que administra a região demarcada do Vale dos Vinhedos, afirmou não ter qualquer relação com o azeite interditado e que, por isso, não deve se manifestar sobre o caso. A entidade informou ainda que seu setor jurídico está analisando a situação, já que a denominação “Vale dos Vinhedos” é uma indicação geográfica exclusiva para vinhos finos produzidos na região. O uso do nome em outros produtos, como azeite, não é autorizado, o que pode configurar infração legal.
O SBT não conseguiu contatar a importadora Intralogística.
A agência de vigilância sanitária também determinou a retirada do molho de alho Qualitá (lote 29, validade até janeiro de 2026), que apresentou a presença de dióxido de enxofre, aditivo proibido para esse tipo de alimento. Além disso, a polpa de morango De Marchi (lote 09437-181) foi suspensa por conter matéria estranha, e o champignon Imperador (lote 241023CHI) excedeu o limite permitido da mesma substância conservante que o molho de alho da Qualitá.
Nenhuma das empresas mencionadas retornou o contato do SBT até a publicação do texto. A reportagem será atualizada assim que elas se manifestarem.
Para combater irregularidades, os órgãos federais têm aumentado a fiscalização sobre alimentos vendidos no país. A Anvisa atua nas questões sanitárias, como irregularidades na composição e rotulagem dos produtos. Já o Ministério da Agricultura foca em fraudes, como a mistura de azeite com outros óleos. As ações incluem coletas, análises laboratoriais e, quando necessário, apoio da polícia. Produtos adulterados são recolhidos do mercado e o consumidor pode ser ressarcido.
O presidente Luiz Inacio Lula da Silva (PT) disse, nesta segunda-feira (7), para o presidente dos EUA, Donald Trump, dar “palpite na sua vida e não na nossa”. O chefe do Executivo afirmou que o Brasil tem leis, regras e o povo brasileiro como dono. Mais cedo, Trump defendeu Jair Bolsonaro (PL) e declarou que o ex-presidente é alvo de “caça às bruxas”.
“Esse país tem lei, esse país tem regra e esse país tem um dono chamado povo brasileiro. Portanto, dê palpite na sua vida e não na nossa”, afirmou o presidente durante uma coletiva depois da Cúpula do Brics no Rio de Janeiro.
Mais cedo, o presidente já havia se pronunciado por postagem no X, sem mencionar nominalmente Trump. Lula afirmou que o Brasil é um “país soberano” que não aceita “interferência ou tutela de quem quer que seja”.
Entenda a discussão
O presidente dos EUA disse nesta segunda-feira (7) que “único julgamento que deveria estar acontecendo é pelos eleitores do Brasil – é chamado de eleição”. Também pediu que Bolsonaro seja deixado “em paz” e acrescentou que vai acompanhar “muito de perto” o que vem acontecendo contra o ex-presidente e seus familiares e apoiadores.
Bolsonaro é réu na ação penal do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura tentativa de golpe de Estado no país após as eleições de 2022. Por decisão do Tribunal Superior Eleitoral, o ex-chefe do Executivo segue inelegível até 2030.
Logo após postagem de Trump, a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, reagiu nas redes sociais, declarando que o presidente dos EUA “está muito equivocado se pensa que pode interferir no processo judicial brasileiro”.
“O tempo em que o Brasil foi subserviente aos EUA foi o tempo de Bolsonaro, que batia continência para sua bandeira e não defendia os interesses nacionais. Hoje, ele responde pelos crimes que cometeu contra a democracia e o processo eleitoral no Brasil”, escreveu.
A Prefeitura de Currais Novos por meio da Secretaria Municipal de Saúde tem realizado semanalmente a reposição de diversos itens da Farmácia Central do Município, localizada na Unidade de Pronto Atendimento Municipal, ação esta que tem como objetivo assegurar a continuidade da assistência farmacêutica à população. De acordo com a SEMSA, os medicamentos disponibilizados seguem a Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (REMUME), que contempla os itens prioritários para as demandas do SUS no município, conforme critérios técnicos e protocolos clínicos. “Caso não tenha uma medicação no item, nós solicitamos e tentamos manter esse hábito do abastecimento na Farmácia Central”, comentou a secretária Alana Moraes.
Inaugurada em março deste ano sob a promessa de garantir segurança hídrica para milhares de potiguares, a Barragem de Oiticica acumula um volume de água de apenas 103,3 milhões de metros cúbicos, o equivalente a 13,92% da capacidade total, que é de 742,6 milhões de metros cúbicos. O baixo volume é registrado justamente no primeiro ano com perspectiva de seca desde que a construção do reservatório foi concluída. O Instituto de Gestão das Águas do Rio Grande do Norte (Igarn) atribui o baixo volume à ocorrência de chuvas abaixo da média em 2025 e à inconclusão de um trecho da barragem durante a quadra chuvosa de 2024, que registrou bons índices. Oiticica começou a ser construída em 2013 e enfrentou inúmeros atrasos até ser concluída.
O RN tem atualmente 74 municípios em estado de emergência, sendo 56 por conta da seca e 17 por estiagem. A expectativa é que o número de municípios aumente, especialmente no Seridó, onde se espera que o reservatório sirva para mitigar os efeitos da seca. Esse papel, designado para Oiticica, ainda não será cumprido em 2025. Por um lado, porque, inconclusa no ano passado, quando houve um bom volume de chuvas, a barragem não conseguiu armazenar um grande volume de água. Por outro lado, a infraestrutura necessária para levar a água armazenada às regiões atendidas ainda não foi concluída.
A conclusão das obras no ano passado foi travada, segundo o Igarn, por um acordo extrajudicial que previa a alocação de famílias das proximidades da barragem para as agrovilas. Ainda segundo o órgão, para que Oiticica consiga tender todo o Seridó, o volume ideal estimado é de 50%. O reservatório, de acordo com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) tem capacidade para abastecer até 2 milhões de pessoas.
O processo de construção da Barragem de Oiticica teve início em 26 de junho de 2013 e, ao longo dos anos, passaram por ajustes para atender às demandas da população local, como o assentamento de moradores em agrovilas. Entre elas, destacam-se o assentamento da comunidade Nova Barra de Santana, e a criação das Agrovilas de Jucurutu, Jardim de Piranhas e de São Fernando.
“O volume da barragem está baixo porque, durante a quadra chuvosa de 2024 — apesar do bom volume de chuvas naquele período — um trecho de 200 metros da parede ainda não havia sido concluído. Isso ocorreu devido a um acordo extrajudicial entre o Movimento dos Atingidos pela Barragem e o Governo, que previa a realocação de famílias do entorno para as Agrovilas. Já neste ano, embora a obra esteja finalizada, as chuvas não foram suficientes para garantir uma boa recarga do manancial. Então foi necessário concluir essas desapropriações, além da retirada da rede elétrica para somente então fechar a parede”, explicou o Igarn.
Apesar de baixo, segundo o Instituto de Gestão de Águas, o volume de Oiticica é superior ao de muitos outros reservatórios do RN, como o açude Itans, em Caicó, que está com 325.111 m³ de água, ou a barragem de Pau dos Ferros, que está com 20.758.118 m³. Segundo o Igarn, uma parcela da população do município de Jucurutu, região onde está localizada a barragem, é atendida pelo volume atual.
“É feito o atendimento ao abastecimento da cidade de Jucurutu [perímetro urbano], à piscicultura, ao abastecimento de Nova Barra de Santana [distrito de Jucurutu], com cerca de 800 pessoas, e todo o entorno da bacia hidráulica da barragem, para as produções e dessedentação (fornecimento de água) animal. Mas é importante que na quadra chuvosa de 2026 nós possamos ter um volume muito maior de água, e quem sabe a barragem com pelo menos 50% do volume, para atender plenamente toda a região”, aponta o Igarn.
Ausência de projetos
De acordo com especialistas ouvidos pela TRIBUNA DO NORTE, a Barragem de Oiticica tem função estratégica para o suporte hídrico na região e também para a prevenção de inundações em casos de períodos com chuvas acima da média. Esse controle é permitido porque Oiticica, que está no leito do Rio Piranhas-Açu, recebe as águas deste manancial, ao mesmo tempo em que está conectada à Barragem Armando Ribeiro Gonçalves. Mas a falta de projetos que garantam o abastecimento de água para as populações da região ainda representa um gargalo.
“A construção da barragem é um marco para o Rio Grande do Norte, porque ela tem uma função muito importante na proteção de inundações, segurando as águas que iriam para a Armando Ribeiro em caso de cheias ou reforçando o volume dela [da Armando Ribeiro] em períodos de seca. Por isso, Oiticica não pode ficar completamente cheia, já que também exerce um papel de proteger a região de inundações. O ponto é que, enquanto não houver projetos de utilização da água para as populações, ela não será considerada uma reserva hídrica para o Seridó” , fala João Abner, especialista em Recursos Hídricos.
A professora Adelana Gonçalves Maia, dos cursos de Engenharia Civil e Engenharia Ambiental da UFRN, explica que a construção de Oiticica tem a ver com a situação de colapso que costuma afetar os municípios da região em períodos de seca prolongada, mesmo essas cidades já tendo um sistema de abastecimento. “Então, é como se a barragem fosse um plano ‘B’. Para medir o impacto de Oiticica na autonomia hídrica da região é preciso levar em conta quais reservatórios ela está atendendo. Mas para projetos futuros, como o Seridó, certamente, será necessário um volume maior do que o atual”, analisa.
O Projeto Seridó está dividido em dois eixos (Norte e Sul), desenvolvido pelo MIDR, com previsão de beneficiar cerca de 300 mil pessoas em 22 municípios da região. O Seridó Norte, de acordo com a Semarh, irá levar infraestrutura hídrica a cidades como Florânia, São Vicente, Currais Novos, Cruzeta e Acari. A previsão de entrega de grande parte do projeto é o primeiro semestre de 2026. “Por intervenção do Governo do Estado, as obras desse trecho foram aceleradas e estão em fase de conclusão”, disse a pasta.
O Seridó Norte está dividido em cinco trechos (1N, 2N, 3N, 4N e 5N). Segundo a Semarh, quatro deles já foram licitados e estão com obras em execução. São esses trechos que têm previsão de conclusão para o próximo ano. A Secretaria informou que ainda falta ao Governo Federal licitar o terceiro trecho, que vai levar água para Serra de Santana. Além disso, o Seridó Sul está com o projeto executivo concluído, mas sem previsão de licitação.
O Projeto Seridó consiste na implantação de sistemas adutores para captação de água em reservatórios já existentes no sul da região, atendendo a pequenas demandas, e também na retirada e transferências de água armazenada nas barragens de Oiticica e Armando Ribeiro Gonçalves, no caso de demandas mais significativas previstas até o ano de 2070.
Uma das agrovilas ainda não foi concluída
A barragem de Oiticica faz parte do Complexo Hidrossocial inaugurado no dia 19 de março deste ano sem que todas as indenizações referentes a desapropriações fossem quitadas e sem a conclusão de duas agrovilas. Segundo a Semarh, a Procuradoria Geral do Estado (PGE-RN) ainda faz alinhamentos para proceder com o processo de seis indenizações pendentes. Em relação às agrovilas, uma delas foi concluída (a de São Fernando), mas a segunda (de Jardim de Piranhas), ainda está em fase de conclusão.
Federações ligadas a setores beneficiados pela barragem disseram à reportagem que a situação atual de Oiticica deve ser avaliada levando em consideração as diversas especificidades do processo de construção. A expectativa de que a tão sonhada segurança hídrica chegue, de fato, à região, está sempre em alta. “A barragem foi oficialmente inaugurada em março passado e, seu enchimento completo é naturalmente gradual, especialmente devido à dependência das chuvas típicas do semiárido potiguar (que normalmente se concentram entre fevereiro e maio)”, disse José Vieira, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do RN (Faern). “Apesar de causar preocupação, a Oiticica ainda se encontra em ciclo inicial de operação, num processo de estabilização e não figura entre os reservatórios em situação crítica, segundo o Igarn”, acrescentou.
Erivam do Carmo, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetarn), afirma que o volume da Oiticica irá conseguir suprir a demanda atendida pelo manancial atualmente [Jucurutu e áreas vizinhas], mas ele avalia que, se tivesse ficado pronta antes, o cenário poderia ser bem mais favorável.
“O volume que a barragem tem é suficiente para o uso atual desde que feito com racionalidade. Mas se a conclusão tivesse ocorrido antes, teríamos outro cenário, sem dúvida, porque no ano passado, por exemplo, choveu bastante na região”, comenta Erivam.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste domingo 6 que vai impor uma tarifa adicional de 10% a todos os países que, segundo ele, “se alinharem às políticas antiamericanas do BRICS”. A medida foi comunicada por meio de uma publicação na rede social Truth Social.
“Não haverá exceções a essa política”, declarou Trump, sem apresentar detalhes sobre quais países serão afetados nem sobre o que considera como “políticas antiamericanas”.
O presidente informou ainda que os acordos tarifários com os países envolvidos começarão a ser enviados às 12h desta segunda-feira 7, no horário de Washington (13h em Brasília).
O anúncio ocorre no mesmo dia em que o bloco BRICS — composto por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, além de novos membros — divulgou a “Declaração do Rio de Janeiro”, reforçando posições multilaterais e condenando ações unilaterais que distorcem o comércio internacional.
“Expressamos sérias preocupações com o aumento de medidas tarifárias e não tarifárias unilaterais que distorcem o comércio e são inconsistentes com as regras da Organização Mundial do Comércio”, afirma o documento, sem mencionar diretamente os Estados Unidos.
A declaração conjunta também abordou temas de segurança global, como a condenação a ataques recentes ao Irã e à Rússia — ambos membros do bloco ou aliados —, além da defesa da criação de um Estado palestino com base nas fronteiras de 1967 e com capital em Jerusalém Oriental.
Os líderes dos países do BRICS estão reunidos no Rio de Janeiro até esta segunda-feira 7, e o documento final foi divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
O empresário Elon Musk, fundador da SpaceX, da Tesla e proprietário da rede social X, anunciou neste sábado 5 a criação de um novo partido político nos Estados Unidos, batizado de “Partido da América”. Em uma série de publicações em sua plataforma, Musk declarou que o novo movimento político surge como alternativa à predominância dos partidos Republicano e Democrata, e afirmou que “não será difícil” competir com essas legendas tradicionais.
Segundo informações do portal G1, Musk fundamentou a decisão com base em uma enquete realizada entre seus seguidores no X, durante o feriado de 4 de julho, Dia da Independência dos EUA. Ele argumentou que o atual sistema político representa uma espécie de “partido único”, acusando ambas as siglas de atuarem de forma semelhante em relação ao desperdício de recursos públicos e à corrupção. “Hoje, o Partido da América é formado para devolver sua liberdade”, escreveu.
O anúncio ocorre em meio à crescente tensão entre Musk e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Após anos de proximidade política, a relação entre os dois se deteriorou em maio, quando Musk se afastou oficialmente do governo. A criação do novo partido surge após a aprovação de um pacote orçamentário e tributário defendido por Trump, medida duramente criticada por Musk.
O bilionário indicou que o partido deverá concentrar seus esforços nas eleições legislativas e estaduais de 2026, conhecidas como “midterms”, quando serão renovadas cadeiras no Congresso e governos estaduais. Musk sugeriu uma estratégia de foco em distritos específicos, citando como inspiração o general grego Epaminondas, que derrotou o exército espartano com táticas de concentração de forças.
Trump ainda não comentou publicamente o anúncio até o momento da última atualização. Em declarações anteriores, no entanto, o presidente republicano ameaçou cortar subsídios federais às empresas de Musk e chegou a sugerir uma possível deportação do bilionário, que nasceu na África do Sul.
Musk não deu uma data oficial para o lançamento do Partido da América, mas pediu sugestões do público sobre como estruturar o evento. “Vai ser muito divertido”, comentou.
A taxa de desmatamento na Amazônia Legal caiu 6% em maio deste ano. Segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), foram registrados 295 km² de derrubada (o equivalente a 951 campos de futebol por dia), ante 314 km² observados no mesmo período do ano passado.
Entre os nove estados da Amazônia brasileira, os que mais contribuíram para o desmatamento no mês foram Amazonas (31%), Mato Grosso (30%) e Pará (25%). Juntos, os estados concentram 86% de toda a perda vegetal detectada no período.
Além do crescimento na área desmatada em toda a Amazônia Legal, houve um aumento na derrubada de árvores em áreas protegidas. Das 10 Terras Indígenas (TI) mais afetadas no mês, quatro estão no território amazonense. Já entre as 10 Unidades de Conservação mais afetadas, quatro estão no Pará.
“O Amazonas e o Pará tem grandes extensões territoriais de florestas e historicamente suas matas são ameaçadas. É fundamental que os governos estaduais juntamente com o governo federal intensifiquem as ações de combate a esse crime ambiental, especialmente nas áreas protegidas”, pontuou Manoela Athaide, pesquisadora do Imazon.
Degradação cresce em maio
No quinto mês de 2025, a degradação florestal, resultante das queimadas e da exploração madeireira, atingiu 679 km² — valor 113 vezes maior que em maio de 2024, quando a área afetada foi de 6 km². A derrubada, que ficou atrás apenas de maio de 2016, equivale aproximadamente ao tamanho da cidade de Florianópolis.
Conforme os dados, o Pará foi o estado que mais concentrou a degradação em maio, sendo responsável por 56% da atividade em todo território amazônico. Esse número representa a perda de 379 km² de floresta. É também no território paraense que estão seis dos 10 municípios que mais degradaram o bioma. Os outros quatro ficam nos estados de Rondônia, Maranhão e Mato Grosso.
No acumulado do calendário de desmatamento, que vai de agosto de 2024 a maio de 2025, a degradação florestal apresentou o maior número da série histórica. O crescimento foi de 302%, com a área afetada passando de 8.627 km² no calendário anterior (de agosto de 2023 a maio de 2024), para 34.717 km².
O número de brasileiros com dívidas a pagar voltou a subir em junho. É o que mostra um novo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que contabilizou 78,4% de endividados no mês – patamar superior ao registrado em maio (78,2%).
Segundo os dados, a alta do endividamento foi puxada pelas famílias cuja renda é de três até cinco salários mínimos: o índice passou de 80,3% para 80,9% no intervalo de um mês. Já as famílias com renda entre cinco e 10 salários mostraram leve queda do percentual de endividados, ficando em 78,7%.
Entre as principais modalidades de dívidas, o cartão de crédito segue liderando o ranking, sendo utilizado por 83,8% do total de devedores. Em seguida, estão os carnês (17%), que voltaram a crescer, o crédito pessoal (10,5%) e os financiamentos de casa (9,4%) e de carro (9,3%), e crédito consignado (4,8%).
Apesar da alta no índice, o tempo de endividamento tem diminuído. O comprometimento com dívidas de prazo de mais de um ano caiu pelo sexto mês seguido, chegando a 32,2% — menor nível desde março do ano passado (31,7%). Atualmente, a maior concentração de dívidas está em até seis meses.
“Os consumidores estão preocupados com os custos de prolongar dívidas. Esse comportamento revela uma postura mais consciente diante do crédito mais caro, em meio a um cenário em que a inflação permanece pressionando o orçamento doméstico. Esses fatores podem limitar a recuperação do consumo nos próximos meses”, pontuou o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.
Durante a cúpula do Brics no Rio de Janeiro neste domingo (6), a ministra do Meio Ambiente e da Mudança Climática, Marina Silva, destacou que o Brasil planeja movimentar US$ 150 bilhões em um fundo operacional antes do início da COP30 em novembro.
A ministra afirmou: “O financiamento pode ser um misto de recursos públicos e privados. O Brasil está oferecendo uma proposta de como mobilizar, além de recursos públicos necessários, que os países desenvolvidos se comprometeram em aportar e que ainda não aportaram”.
Silva também ressaltou o sucesso do Brasil em conciliar a redução do desmatamento com o crescimento da agricultura. Segundo ela, o país conseguiu reduzir o desmatamento em 46% na Amazônia e 32% no país inteiro, evitando o lançamento de mais de 400 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera, enquanto a agricultura cresceu 15% e a renda per capita aumentou mais de 11%.
A ministra concluiu: “É possível enfrentar a mudança do clima desde que nos planejemos para ela”. Com essas iniciativas, o Brasil busca se posicionar como líder nas discussões sobre mudanças climáticas, especialmente com a aproximação da COP30, que será realizada no país em novembro deste ano.
Em nota conjunta, os líderes do Brics enfatizaram que a ação climática deve ser baseada em “responsabilidades comuns, porém diferenciadas”. Essa posição reflete a percepção de que os países mais ricos poluem mais e, consequentemente, geram impactos climáticos mais graves para os países emergentes.
A declaração também ressaltou a importância da transição energética como um motor de desenvolvimento. Além disso, o grupo apoiou a proposta brasileira do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), que visa investir recursos na conservação ambiental de florestas. O fundo é visto como uma das principais ferramentas de financiamento climático.
Bruna Maria, 27 anos, perdeu a vida de forma brutal durante tentativa de assalto na estrada que liga o distrito de Gravatá, em Ceará-Mirim.
O carro em que ela estava foi abordado por criminosos em um trecho esburacado da estrada. Ao tentar escapar e acelerar, o marido foi surpreendido por disparos. Bruna foi alvejada e, infelizmente, não resistiu.
A tragédia escancara o abandono de uma estrada que há anos está em péssimo estado, servindo de armadilha para quem precisa passar por ali. O governo estadual promete a recuperação do trecho há anos, mas nada foi feito até hoje.
Enquanto isso, motoristas são obrigados a reduzir a velocidade, facilitando a ação de bandidos e colocando vidas em risco, como a de Bruna, que agora se soma a uma estatística marcada por negligência e insegurança.
Os gastos com renúncias pela Lei Rouanet (nº 8.313, de 1991) atingiram R$ 6,5 bilhões de janeiro de 2023 a 4 de julho de 2025, ao considerar os valores corrigidos pela inflação.
A cifra durante o 3º mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é 42,9% maior que o gasto no mesmo período durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Em 2 anos e meio da gestão do ex-presidente, o montante foi de R$ 4,5 bilhões.
A maioria dos recursos desembolsados no Lula 3 foi em 2024, quando a captação de projetos culturais bateu recorde de R$ 3,1 bilhões.
Ao considerar só as renúncias no 1º semestre de cada ano, houve recorde em 2025.
O valor atingiu R$ 769 milhões –expansão de 33,7% ante o mesmo período do ano anterior.
A Rouanet estabelece regras para o programa federal de incentivo fiscal à cultura. O Ministério da Cultura aprova parte dos projetos apresentados.
Empresas e pessoas podem descontar do pagamento do Imposto de Renda doações às obras autorizadas. Os recursos deixam de ser arrecadados pela União.
Funciona assim:
– proponente cadastra projeto – artista ou empresa produtora inscreve proposta cultural no sistema do Ministério da Cultura;
– governo aprova captação – se aprovado, o projeto pode buscar patrocínio via incentivos fiscais;
– empresas ou pessoas físicas investem – patrocinadores doam e descontam o valor do Imposto de Renda;
– realização do projeto e prestação de contas – proponente executa e comprova os gastos ao governo.
A lei é conhecida por esse nome por causa de Sérgio Paulo Rouanet, que a idealizou quando era secretário de Cultura em 1991. Ele morreu em 2022 aos 88 anos.