Senado deve votar aumento de deputados federais nesta quarta (18); veja o que muda no RN

Postado em 17 de junho de 2025

O Senado Federal deve votar nesta quarta-feira (18) o projeto que aumenta de 513 para 531 o número de deputados federais.

A proposta, já aprovada pela Câmara dos Deputados, tem impacto direto no Rio Grande do Norte, que poderá ganhar duas novas cadeiras a partir das eleições de 2026, caso o projeto vire lei.

A ampliação do número de parlamentares atende a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a redistribuição das vagas de acordo com os dados do Censo de 2022. A atual composição da Câmara é baseada em critérios populacionais de 1993.

A proposta também altera a composição das Assembleias Legislativas, já que o número de deputados estaduais é proporcional à bancada federal. Com isso, o RN também passará a ter seis novos deputados estaduais, elevando o total atual de 24 para 30.

Impacto financeiro

Apesar da expectativa de aumento na representatividade do Estado, o projeto tem gerado debate devido ao impacto fiscal. Segundo levantamento divulgado pelo jornal O Estado de S. Paulo, o acréscimo de vagas pode custar mais de R$ 140 milhões por ano ao país, somando os novos deputados federais e estaduais.

Para o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), não haverá aumento de gastos na esfera federal. “Não terá aumento de despesa em lugar nenhum. Vai usar o próprio orçamento da Câmara dos Deputados”, afirmou.

No entanto, a estimativa é que os Estados arquem com mais de R$ 76 milhões por ano com as novas vagas nas Assembleias Legislativas.

Redistribuição nacional

Além do Rio Grande do Norte, outros oito Estados também ganharão vagas na Câmara:

– Santa Catarina (+4)

– Pará (+4)

– Amazonas (+2)

– Mato Grosso (+2)

– Ceará, Goiás, Minas Gerais e Paraná (+1 cada)

Com exceção de Santa Catarina, todos os Estados contemplados com novas vagas também aumentaram de forma significativa sua população nos últimos censos.

A expectativa é que o Congresso aprove a proposta até o prazo estabelecido pelo STF, dia 30 de junho de 2025.

96FM

Câmara aprova regime de urgência para derrubar alta do IOF

Postado em 17 de junho de 2025

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta segunda-feira (16), por 346 votos a 97, o regime de urgência para um projeto que derruba o novo decreto do governo sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A proposta em si, ou seja, o mérito do projeto, ainda não foi analisado pelos deputados.

O regime de urgência aprovado nesta segunda permite que o projeto seja analisado diretamente no plenário, sem passar pelas comissões da Casa. Na prática, a tramitação da proposta é acelerada.

Na votação, apenas o PSB e a federação formada por PT, PC do B e PV orientaram contra o requerimento. A liderança do governo e da maioria liberaram as bancadas.

Mérito

O projeto mira o decreto editado pelo Executivo na quinta-feira (11) com a “recalibragem” nas alíquotas do IOF – a terceira norma publicada sobre o tema desde maio.

A oposição pediu para que o mérito fosse analisado ainda nesta segunda. O acordo, no entanto, segundo a CNN apurou, envolve dar mais prazo para o governo analisar novas medidas de corte de despesas.

A decisão de pautar a urgência para esta segunda-feira foi acordada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), em reunião com líderes partidários.

Na véspera da votação, o Executivo se mobilizou para tentar barrar o avanço do texto. Os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) participaram de reunião com Motta, nesta tarde. Líderes de partidos aliados ao Palácio do Planalto e o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), também estavam presentes.

Após a reunião, na chegada à Câmara, Motta afirmou que o governo é “sabedor da insatisfação no Congresso” e tem o compromisso de apresentar uma agenda de cortes de despesas.

“Essa votação de hoje [da urgência sobre o IOF], na minha avaliação, será muito simbólica sobre o sentimento da Casa e vamos aguardar quais serão os próximos passos”, disse em entrevista a jornalistas.

Para o decreto do governo ser de fato derrubado, além da aprovação do mérito do projeto, a proposta também precisa do aval do Senado.

Oposição negocia

O líder da oposição, deputado Zucco (PL-RS), afirmou em entrevista a jornalistas que irá negociar com Motta a data para que o mérito do projeto seja analisado. A intenção é que entre na pauta já na terça-feira (17).

O grupo deve se reunir com o presidente da Câmara na manhã desta terça para debater o assunto. “A gente quer que haja sim uma clara e evidente ação de corte de gastos […] Vamos inclusive propor para que possamos avançar nesse mérito ainda antes do recesso do meio do ano. Se possível, votar amanhã”, disse Zucco.

Entenda

O aumento no IOF foi inicialmente anunciado em 22 de maio e, no mesmo dia, contou com um recuo parcial do Executivo.

Em meio à repercussão negativa no mercado financeiro, o Ministério da Fazenda decidiu revogar o aumento do imposto para investimentos de fundos nacionais no exterior. A insatisfação do empresariado e de parlamentares motivou a cúpula do Congresso a dar um prazo para o governo rever as medidas.

Na quarta da semana passada, o governo publicou um novo decreto, “recalibrando” as mudanças no IOF — a medida faz parte do pacote de propostas alternativas elaborado pela equipe econômica.

A intenção do governo com as alterações no IOF mirava elevar a arrecadação para equilibrar as contas públicas, com impacto de R$ 18 bilhões em 2025 e R$ 37 bilhões em 2026. Após as novas mudanças, a estimativa é de arrecadar cerca de até R$ 7 bilhões, mas um número oficial ainda não foi divulgado pelo Ministério da Fazenda.

CNN

Deputados aprovam urgência para projeto que atualiza tabela do IR

Postado em 17 de junho de 2025

A Câmara dos Deputados aprovou nesta segunda-feira (16), de forma simbólica, a urgência do projeto que atualiza a tabela do Imposto de Renda (IR) e garante a isenção para quem recebe até dois salários mínimos (atualmente, R$ 3.036).

O mérito da proposta ainda deve ser pautado e votado pelos deputados. Com a aprovação, o regime de urgência permite acelerar a tramitação da proposta, diretamente no plenário, sem passar pelas comissões da Casa.

Na prática, o projeto ajusta a primeira faixa da tabela conforme o novo valor do salário mínimo neste ano. A atualização foi definida em abril por meio de medida provisória.

A MP, no entanto, não avançou no Congresso e o projeto de lei de mesmo teor foi apresentado pelo líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), neste mês.

Para valer em definitivo, a matéria precisa ser aprovada na Câmara e no Senado até 25 de agosto, quando a MP perderá validade.

O relator do projeto é o deputado Arthur Lira (PP-AL). O ex-presidente da Casa também é relator do projeto que garante a isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil por mês, que ainda está em análise em uma comissão especial.

cnn

Diagnóstico precoce e tratamento de Endometriose pautam audiência na AL

Postado em 17 de junho de 2025

O Parlamento Potiguar reuniu especialistas e autoridades estaduais e municipais, na tarde desta segunda-feira (16), para discutir “Perspectivas de tratamento para mulheres com Endometriose no RN”. A audiência pública foi proposta pela deputada Cristiane Dantas (SDD), com o objetivo de ampliar os conhecimentos sobre a doença e encontrar soluções para o diagnóstico precoce e tratamento adequado.

“Hoje eu volto a falar sobre um tema de extrema importância, que afeta a qualidade de vida e a saúde reprodutiva das mulheres: a Endometriose. Uma doença crônica e inflamatória, caracterizada pelo crescimento anormal do endométrio para fora do útero, que muitas vezes é subdiagnosticada. A falta de conhecimento sobre a enfermidade e a normalização da dor menstrual intensa contribuem para um atraso significativo no diagnóstico. Em média, leva-se de sete a dez anos para um parecer preciso”, iniciou a deputada.

Segundo Cristiane Dantas, para diagnosticar a Endometriose, alguns exames especializados são necessários.
“E aqui no Estado essa uma das maiores dificuldades enfrentadas pelas mulheres. Além disso, o acesso às cirurgias e a falta de acompanhamento multidisciplinar também são obstáculos. Isso é particularmente preocupante, considerando que a doença é uma das principais causas de infertilidade feminina”, alertou.

A parlamentar reforçou que há um ano foi feito o mesmo tipo de debate, que gerou duas reuniões com a ex-secretária de Saúde, Dra. Lyane Ramalho, mas não houve muito avanço nas ações estaduais.

“No âmbito parlamentar, para continuar dando voz à realidade enfrentada pelas mulheres com essa condição, demos entrada em dois projetos de lei simbólicos, que ainda tramitam na Assembleia. Um pretende instituir o Selo Amarelo da Luta Contra a Endometriose; o outro projeto institui o Dia Estadual de Enfrentamento à Endometriose, no dia 13 de março, além da Semana Estadual de Conscientização Sobre a Endometriose”, concluiu a deputada, acrescentando que insiste na força do diálogo e espera que os debates gerem ações concretas.

Em seguida, a palavra foi passada para a secretária adjunta de Saúde do Estado, Leidiane Queiroz, que participou através de videochamada.
Ela disse que está à disposição para esclarecer qualquer dúvida e falou sobre o trabalho que a pasta vem fazendo ao longo do último ano.
“Desde que entramos na secretaria, estamos buscando avançar nesta pauta tão importante. E no dia a dia a gente acaba conhecendo o sofrimento de muitas mulheres que passam por esta dor, que não fica bem esclarecida, então é preciso que a gente una esforços para alcançar um resultado ainda melhor. São muitos os desafios, que vêm desde o Ministério da Saúde, em termos de reconhecimento e regulação, mas temos feito articulações para que avancemos no RN e em todo o País”, afirmou.

Na sequência, a coordenadora de Atenção à Saúde do RN, Renata Nascimento, apresentou os avanços e conquistas da mesma secretaria, do período de um ano para cá.
“Nós estamos em discussão com os diversos atores envolvidos, buscando superar os desafios no cuidado à mulher com Endometriose”, garantiu.

Ela explicou que a doença é um crescimento do tecido endometrial fora do útero, de forma desproporcional, levando a sintomas de dor pélvica crônica, infertilidade, alterações intestinais e urinárias, dentre outros. Em seguida, divulgou dados estatísticos sobre a enfermidade. 

“O tempo médio de diagnóstico, infelizmente, é de 7 a 10 anos. Nós tivemos mais de 57 mil casos no Brasil, entre 2019 e 2023. Foram 14.855 internações aqui no Nordeste, e o RN está entre os estados com mais registros”, informou.
Segundo Renata Nascimento, dentre os grandes problemas envolvendo a doença estão a subnotificação e o subdiagnóstico.  “A gente sabe que muitas mulheres não conseguem ter acesso aos exames necessários para receberem o diagnóstico e, quando conseguem, após muito tempo, já estão com o seu sofrimento prolongado”, detalhou.

A coordenadora acrescentou que o Rio Grande do Norte realiza atendimentos nos laboratórios de atenção especializada da Maternidade Januário Cicco, sendo 40 por mês; e em Mossoró, no Hospital da Mulher, também com 40 atendimentos mensais. 
“Tudo isso para atender uma fila – subnotificada – de 119 pacientes na espera do atendimento ambulatorial e de 58 para atendimento cirúrgico da Endometriose”, complementou.

A respeito das ações realizadas pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap-RN) como um todo, a representante do órgão ressaltou que a equipe tem participado ativamente de audiências públicas, reuniões em que haja discussão sobre a Linha de Cuidado à enfermidade e tem dado apoio a projetos de lei que garantam diagnóstico precoce e tratamento integral.
“Só para destacar alguns dados, de março a dezembro de 2024, foram feitas 20 cirurgias aqui no RN; e de janeiro a 9 de junho de 2025 nós realizamos 42. Atualmente, temos 63 pacientes aptas para a cirurgia, com procedimentos agendados até 22 de dezembro deste ano”, informou.

A representante da Sesap-RN frisou ainda que os principais desafios do Estado são a regionalização (garantir que as pacientes sejam atendidas em suas regiões de Saúde); o acesso ao diagnóstico precoce; a construção da Linha de Cuidado; a Judicialização das cirurgias; e a carência de especialistas.
“E, para finalizar, como propostas de soluções, a nossa secretaria pretende fortalecer os ambulatórios no interior; implementar a linha de cuidado estadual; capacitar a Atenção Básica; realizar campanhas educativas; fortalecer o fluxo de regulações e dados epidemiológicos; e contribuir com os avanços nas regulamentações nacionais para fornecimento de medicamentos e procedimentos”, concluiu Renata Nascimento.

De acordo com a diretora técnica da Maternidade Escola Januário Cicco (MJEC), Dra. Maria da Guia, “nós gritamos por uma assistência obstétrica no RN. Enquanto temos 63 mulheres para fazer cirurgia de Endometriose, nós temos 1300 mulheres no ‘Regula Cirurgia’ só para fazer Histerectomia Abdominal. Fora a Obstetrícia, a mulher que precisa de cirurgia ginecológica também está gritando. Mulheres que têm tomado 10 concentrados de sangue, por conta de Miomatose Uterina, buscam a nossa maternidade quase todos os dias para atendimento. E aqui em Natal só se opera na Januário Cicco, no Hospital da Polícia e no Hospital Santa Catarina. Então, isso quer dizer que nós, mulheres, estamos à beira do colapso da nossa saúde ginecológica”, alertou, informando, na sequência, que “da última audiência para cá, a Januário Cicco abriu mais um ambulatório para atender Endometriose”.

Continuando os discursos, a médica Sônia Barreto, chefe da Divisão Médica da MJEC, a maternidade e o Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) estão preparados para realizar as cirurgias de Endometriose, mas estão aguardando os recursos do Estado.
“Nós estamos preparados, juntamente com o HUOL, para fazer essas cirurgias. Mas o acertado foi que a secretaria iria fornecer os recursos para os materiais, que custam em torno de R$ 20 mil, por cirurgia. Nós já temos um Ambulatório de Infertilidade,     que é o único do Norte-Nordeste, e é a própria maternidade que arca com toda a despesa. Por isso não conseguimos mais custear nada. Mas o Estado informou que já está em processo de licitação, e tão logo isso se resolva, nós teremos condição de juntar os nossos profissionais com os do HUOL, para dar assistência a essas mulheres que precisam ser atendidas”, enfatizou.

Já a ginecologista e especialista em Endometriose, Dra. Gleisse Aguiar, apresentou um panorama do que é vivenciado pelas mulheres portadoras de Endometriose até chegarem ao atendimento especializado.
“No início dos sintomas, a mulher sente dores no período menstrual, mas elas podem se tornar crônicas e incapacitantes. Muitas pacientes têm dificuldade para engravidar. Outras já possuem sintomas psicológicos, porque se queixam, mas não são ouvidas pelo profissional de saúde. Nesse atendimento, o generalista ou ginecologista pede uma ultra convencional, que não detecta a Endometriose. Assim, os diagnósticos equivocados são expostos. Quando, finalmente, algum profissional mais experiente decide pedir uma ressonância ou ultra com preparo intestinal, as pacientes esbarram no acesso a esses exames. Depois de muita luta, quando elas fazem o exame e são diagnosticadas, o profissional as encaminha para a MJEC. E a gente vê que as pacientes vêm a partir do RN inteiro. E sempre com a mesma história: de 7 a 10 anos se queixando, buscando ajuda e, quando recebem o diagnóstico, vêm até nós”, detalhou a médica.

A ginecologista explicou que quando a Endometriose é exclusivamente ginecológica, a cirurgia é feita na própria maternidade.
“Porém, quando é uma enfermidade multicompartimental, ou seja, envolvendo outros órgãos, como bexiga e intestinos, infelizmente nós não conseguimos realizar a operação, por falta de uma equipe multidisciplinar”, disse. 

A especialista afirmou que “quando há necessidade de cirurgia de alta complexidade, a paciente é encaminhada para a Defensoria Pública. 
“E nós temos observado que parte dessas mulheres é enviada para o Hospital de Currais Novos, que possui os materiais adequados, mas não tem a equipe multidisciplinar. Além disso, não há um código específico para essa cirurgia, então nós não sabemos o que realmente foi feito na paciente, e ela também não recebe um cuidado pós-cirúrgico adequado”, apontou a profissional. 

Por isso, de acordo com a Dra. Gleisse Aguiar, “a solução que nós encontramos é a linha de cuidado integrada, com um fluxograma claro e eficiente, que integre todos os níveis de atenção à saúde (primaria, secundaria e terciaria), a fim de garantir um cuidado contínuo e integrado a essas mulheres. Além disso, é preciso realizar a capacitação de profissionais, parar de normalizar a dor e encontrar cada vez mais formas de realizar o diagnóstico precoce”, concluiu a ginecologista. 

Na sequência, a Dra. Ana Lígia Dantas, também especialista em Endometriose, iniciou sua fala citando a importância do cumprimento da Lei Orgânica da Saúde do Brasil, em vigor desde 1990.
“Nós devemos construir uma Saúde mais justa e igualitária. A Endometriose é um problema de Saúde Pública, sim, e ela acomete uma a cada 10 mulheres em idade fértil, totalizando 7 milhões de brasileiras”, destacou.

A médica citou também o impacto da doença na qualidade de vida das pacientes.
“Os efeitos são devastadores e multifacetados. Elas sofrem com cólicas intensas, dor pélvica, dor na relação sexual, dor ao urinar e evacuar. Muitas são forçadas a faltar o trabalho, abandonar os estudos e se isolar socialmente. E a doença não afeta apenas sua saúde física, mas também a mental. Não é raro vermos algumas mulheres com problemas psiquiátricos (ansiedade, depressão, perda de autoestima), além da infertilidade, que destrói seus planos e sonhos”, frisou a ginecologista. 
Resumindo seu discurso, a Dra. Ana Lígia reforçou que a doença representa “um ciclo vicioso de dor, sofrimento e recursos mal aplicados pelo Poder Público”. 
“É urgente, portanto, que o Estado garanta as condições indispensáveis para o pleno exercício do direto a Saúde dessas mulheres. Precisamos principalmente de uma Linha de Cuidado estruturada e eficaz”, finalizou. 

Letícia Silva, representante da Associação Endomulheres Potiguar, falou de maneira emocionada sobre os impactos da enfermidade na vida das pacientes com Endometriose.
“Eu sou uma mulher com Endometriose, e eu posso dizer que os impactos que ela causa, não só na minha vida, mas na de quem convive comigo, são imensos. A doença é sua e do seu dia a dia. Mas, graças a Deus, esses momentos que temos aqui para debater já vêm surtindo efeito. Eu já vejo uma mudança de consciência por parte da sociedade”, disse, esperançosa. 
Falando a respeito da sua dor, Letícia a caracterizou como “uma dor que nos tira a vontade de viver”. 
“Eu estou aqui sofrendo ainda com os efeitos inflamatórios. Meu último ciclo foi terrível. Eu fui desmaiada para o hospital. E olhe que eu já passei por duas cirurgias. E elas ajudam, mas não são resolutivas. Por isso é importante o acompanhamento pós-cirúrgico. Existe todo um tratamento de retaguarda que a gente precisa”, enfatizou a paciente. 

Por fim, Letícia Silva abordou o tema da infertilidade, associada à maioria dos casos de Endometriose.
“A infertilidade é um problema, claro. Mas nós temos que pensar não só na questão reprodutiva, mas também na questão produtiva dessa mulher, na sua qualidade de vida. Quando falamos em saúde da mulher, nós estamos nos referindo de uma maneira geral e integral ao cuidado da saúde de todas as mulheres. Portanto, é preciso que o Poder Público e a sociedade se preocupem cada vez mais com a saúde geral da mulher”, finalizou.     

Ao final da audiência, a deputada Cristiane Dantas agradeceu a presença de todos e garantiu que continuará acompanhando e cobrando ações do Poder Executivo em relação à temática.

Israel diz que matou o chefe do Estado-Maior do Irã em ataques noturnos

Postado em 17 de junho de 2025

Israel afirmou que seus ataques noturnos mataram o chefe do Estado-Maior do Irã “em tempo de guerra”, Ali Shadmani, poucos dias após ele ter sido nomeado para substituir um comandante morto em ataques anteriores.

Após “informações precisas” recebidas pelas Forças de Defesa de Israel (IDF) e “uma oportunidade repentina nesta terça-feira (17), a Força Aérea Israelense (IAF) atacou um centro de comando com efetivo no coração de Teerã e eliminou Ali Shadmani”, afirmou a IDF em um comunicado.

O Irã ainda não se pronunciou sobre as alegações de Israel sobre a morte de Shadmani.

Ele assumiu o cargo na sexta-feira (13), após os ataques iniciais de Israel ao Irã terem matado vários comandantes de alto escalão, incluindo seu antecessor, o Tenente-General Gholam Ali Rashid.

Rashid e Shadmani lideravam o Quartel-General Central Khatam al-Anbiya, uma entidade que coordena o exército regular e a Guarda Revolucionária do Irã.

A declaração da IDF disse que “em suas várias funções, [Shadmani] influenciou diretamente os planos operacionais do Irã visando o Estado de Israel”.

cnn

Governo pede mais tempo para negociar derrubada de decreto sobre trabalho aos feriados

Postado em 17 de junho de 2025

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, pediu nesta segunda-feira (16) ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), 24 horas para negociar com representantes das partes ligadas a empresários e trabalhadores uma alternativa ao decreto do governo federal que restringe a abertura de comércio aos domingos e em feriados nacionais.

Um projeto de decreto legislativo para derrubar a norma consta na pauta desta segunda da Casa. Por isso, o Palácio do Planalto entrou em campo para evitar a votação. Segundo o relator do projeto, deputado Joaquim Passarinho (PL-PA), contudo, caso o governo não apresente uma alternativa até a terça-feira (17), o texto será votado em plenário.

Ao R7, Passarinho explicou que o ministro pode revogar o decreto ou adiar a validade da norma, o que já foi feito anteriormente por três vezes. O texto atual do decreto passa a valer em 1° de julho. Atualmente, vale o acordo entre patrões e empregados.

O decreto exige que aconteça uma convenção coletiva a fim de permitir que alguns setores, a exemplo de supermercados e concessionárias, funcionem em datas comemorativas.

De acordo com o projeto, o decreto do governo é um “retrocesso significativo”, que inviabiliza o funcionamento de atividades importantes, como:

Varejistas de peixe;
Varejistas de carnes frescas e caça;
Varejistas de frutas e verduras;
Varejistas de aves e ovos; e
Varejistas de produtos farmacêuticos (incluindo farmácias de manipulação).

Autor da proposta, o deputado federal Luiz Gastão (PSD-CE) alega que a norma “compromete a manutenção de milhares de empregos em diversas atividades que vinham operando com sucesso desde 2019 em todo o Brasil”. Gastão disse que vai ter uma reunião nesta terça com o ministro do Trabalho para discutir o assunto.

“Restringir o funcionamento do comércio em dias estratégicos reduz significativamente a receita das empresas, afetando não só os negócios em si, mas também a arrecadação de impostos que são essenciais para o financiamento de políticas públicas e investimentos em infraestrutura”, defendeu o deputado na proposta.

Gastão também afirma que a norma limita a acessibilidade dos consumidores aos produtos e serviços essenciais, afetando a qualidade de vida da população. Além disso, que o decreto pode desestimular o empreendedorismo e a inovação no setor do comércio.

R7

Decisão Corajosa e Acertada: Prefeitura de Currais Novos Acerta ao Mudar Local do Forronovos 2025

Postado em 16 de junho de 2025

O Portal Juninho Brito parabeniza a Prefeitura de Currais Novos pela decisão acertada de mudar o local do tradicional Forronovos 2025. Neste ano, o evento foi transferido do centro da cidade para o Espaço Monsenhor Ausônio, em uma ação planejada e muito bem executada pela gestão do prefeito Lucas Galvão e da vice-prefeita Milena Galvão.

Trata-se de uma atitude corajosa, moderna e sensata, que agradou tanto quem ama o São João quanto quem, por diversos motivos, prefere o sossego durante os festejos. Moradores do centro da cidade, que historicamente conviviam com o barulho, a interdição de ruas e o movimento intenso até altas horas da madrugada, agora puderam ter mais tranquilidade — sem abrir mão de ver o evento acontecer com grandeza e organização.

Além disso, o novo espaço proporcionou mais segurança, conforto, mobilidade e estrutura para o público, expositores e artistas. Uma decisão que mostra o quanto a gestão atual tem se esforçado para planejar eventos com responsabilidade e respeito à coletividade.

Nota 10! Para o prefeito Lucas Galvão, para a vice-prefeita Milena Galvão e para toda a equipe envolvida.

E você, o que acha dessa mudança?
Na sua opinião, o Forronovos deve continuar fora do centro da cidade?
Foi uma decisão acertada ou não foi?
Comente, participe, a sua voz também constrói o futuro de Currais Novos.

fotos: Carlos Jr – DroneK

Após disputa acirrada, FORRONOVOS premia campeãs do 31º Festival de Quadrilhas Juninas

Postado em 16 de junho de 2025

A 31ª edição do Festival de Quadrilhas Juninas de Currais Novos que faz parte da programação do FORRONOVOS premiou nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira (16) as Quadrilhas Campeãs das categorias “Tradicional” e “Estilizada”, na competição que ocorreu durante este final de semana. Com mais de 20 grupos inscritos do RN e da Paraíba, a competição que é uma das mais tradicionais do Rio Grande do Norte, premiou os grupos que se destacaram em suas categorias.

Em um novo formato do evento, a “Arena do Forró” montada em grande estrutura no “Espaço Cultural Monsenhor Ausônio de Araújo Filho”, reuniu um dos maiores públicos de todas as edições do evento. Após avaliação criteriosa dos jurados, que julgaram quesitos como figurino, animação, tema e coreografia, chegou-se ao resultado final:

🪗 Quadrilhas Tradicionais:
1º Junina Sertão (Barcelona/RN)
2º Associação Cultural Brilho Matuto (Natal/RN)
3º Associação Cultural Arraiá Zé Matuto (Natal/RN)

Quadrilhas Estilizadas:
1º Arraiá Coração Nordestino (São Gonçalo do Amarante/RN)
2º Junina São João (Natal/RN)
3º Arraiá 100% Ferroviário (Lajes/RN)

A Prefeitura Municipal de Currais Novos agradece a presença de todos os grupos juninos que abrilhantaram o FORRONOVOS 2025 e reforça a importância do Festival de Quadrilhas para a cultura do município e de nosso Estado. Até o FORRONOVOS 2026!

(Foto: DroneKCN)

Dr. Paulo, do Laboratório PLENNO, está em Campinas/SP participando do 50º CBAC – Congresso Brasileiro de Análises Clínicas

Postado em 16 de junho de 2025

O empresário Paulo Melo está na Campinas/SP na 50ª edição do Congresso Brasileiro de Análises Clínicas (CBAC), considerado o maior evento de análises clínicas do país.

O proprietário do Laboratório Plenno disse que trará novidades para suas unidades, modernizando o serviço já apresentado.

“Estou feliz por estar em mais essa edição. Vamos trazer várias novidades para nossas unidades”, destaca. O evento chega em 2025 aos 50 anos de atividades. A agenda se estende até o próximo dia 18.

Secretário Wagner Araújo deixa Israel juntamente com outros brasileiros; eles saíram pela Jordânia

Postado em 16 de junho de 2025

Grupo com prefeitos brasileiros cruza fronteira de Israel e chega em segurança à Jordânia

Após um percurso de 1h40 até a fronteira com a Jordânia e mais 1h30 de trâmites na saída de Israel, um grupo de 12 brasileiros, entre eles prefeitos e autoridades públicas, conseguiu atravessar em segurança para o país vizinho.

A informação foi confirmada pelo secretário de Planejamento de Natal, Vagner Araújo, que integra o grupo. Ele relatou que a travessia foi tranquila, com movimento normal nas estradas e sem registro de incidentes.

Entre os que conseguiram sair estão os prefeitos Cícero, Álvaro Damião, Werberth (Macaé), Jonhy Michael (Nova Friburgo) e Francisco Nélio (ex-prefeito de Santarém e atual secretário do Pará).

Seis brasileiros optaram por permanecer em Israel, como a vice-prefeita de Florianópolis, Maryanne Mattos, por receio de riscos durante o trajeto.

Na chegada à Jordânia, o grupo foi recebido por diplomatas brasileiros e agora aguarda os trâmites de entrada no país.

Sidney Silva

Violência contra idosos cresce no RN, mas maioria dos casos ainda é subnotificada

Postado em 16 de junho de 2025

O Rio Grande do Norte registrou 142 denúncias de violência contra idosos entre janeiro e julho de 2024 – um aumento de 36% em relação ao mesmo período de 2023, quando o Disque 100 contabilizou 104 ocorrências. Os dados da Secretaria de Segurança Pública (Sesed) mostram que 174 vítimas foram atendidas neste ano durante a “Operação Virtude”, ante 119 no ano passado. Em 90% dos casos, as agressões ocorreram dentro das residências das vítimas.

A operação policial deste ano já resultou em 108 Boletins de Ocorrência e 16 Medidas Protetivas de Urgência – números próximos aos de todo o ano de 2023, quando a ação gerou 108 BOs e 16 MPUs. “Os casos de violência patrimonial, como roubo de aposentadorias, são os que mais crescem, mas ainda são subnotificados por medo das vítimas”, afirmou a delegada responsável pela Delegacia do Idoso, Ana Lúcia Freire.

Dados do Centro de Referência em Direitos Humanos Marcos Dionísio (CRDHMD/UFRN) indicam que a negligência responde por 60% das denúncias, seguida por violência psicológica (25%) e física (15%). “Muitos idosos não reconhecem agressões verbais ou controle financeiro como violência. E quando reconhecem, temem denunciar familiares”, explicou a coordenação.

A campanha Junho Violeta, cujo dia mundial é 15 de junho, intensificou as ações de fiscalização este ano. Em 2023, a Operação Virtude prendeu dois suspeitos – neste ano, quatro prisões já foram realizadas. A negligência continua sendo a principal forma de violência, mas há subnotificação de casos financeiros e psicológicos por medo ou dependência do agressor.

Como denunciar:

Disque 100 (Direitos Humanos)
Delegacias do Idoso (em Natal, Mossoró e Pau dos Ferros)
190 (emergências policiais)

agora rn

Comitiva de Natal busca saída de Israel pela Jordânia após tensões com Irã

Postado em 16 de junho de 2025

A comitiva de brasileiros em Israel, incluindo o secretário de Planejamento de Natal, Vagner Araújo, e outros prefeitos e secretários de outros estados, participa de uma reunião neste domingo 15, para definir a saída do país. O encontro, organizado por representantes do Ministério das Relações Exteriores de Israel, discute a travessia pela fronteira com a Jordânia como principal opção. O grupo aguarda a reabertura do espaço aéreo ou um voo alternativo pela Arábia Saudita.

“O caminho pela Jordânia é o mais viável no momento, mas estamos avaliando todas as rotas seguras”, disse Araújo. A saída foi planejada após o fechamento do espaço aéreo israelense, que suspendeu voos devido aos ataques ao Irã na madrugada de sexta-feira 13.

Neste sábado 14, o secretário já havia descartado parcialmente as rotas pelo Chipre ou Egito. “A Jordânia oferece maior segurança logística, e de lá podemos seguir para a Arábia Saudita, se necessário”, explicou. A comitiva brasileira tem 18 integrantes e divide espaço com outros 15 estrangeiros convidados pelo governo israelense.

A viagem de Araújo e dos demais integrantes começou em 10 de junho, com foco em projetos de inovação urbana e cidades inteligentes. Desde sexta-feira, no entanto, as atividades não essenciais foram suspensas em Israel, e as autoridades locais recomendam que civis permaneçam em casa.

O governo israelense ainda não confirmou quando o espaço aéreo será reaberto. Em nota, o Itamaraty afirmou que tenta uma viagem das autoridades estaduais e municipais por terra até a fronteira com a Jordânia, assim que as condições de segurança em Israel permitirem.

agoa rn

Susto? Mais de 1 milhão de potiguares recebem teste do sistema de alerta da Defesa Civil

Postado em 16 de junho de 2025

Mais de 1 milhão de potiguares receberam neste sábado (14) o alerta-teste do novo sistema da Defesa Civil. A ação, que aconteceu em 36 cidades dos nove estados do Nordeste, foi coordenada pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional. No Rio Grande do Norte, a mensagem foi disparada para celulares de moradores de Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante e Extremoz.

Para quem recebeu a mensagem, seguida de sinal sonoro de cerca de 10 segundos, o texto dizia: “ALERTA EXTREMO – Defesa Civil: DEMONSTRAÇÃO do novo sistema de alerta de emergência no NORDESTE. Para mais informações, consulte o site DEFESA CIVIL ALERTA.”

Em Brasília, o envio das mensagens foi feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes. A ação foi gerida pelo Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad).

No Rio Grande do Norte, o disparo foi monitorado, em tempo real, pela Defesa Civil do Estado. Integrantes do órgão acompanharam a atividade a partir do Gabinete de Gestão Integrada (GGI), em Natal.

O secretário estadual de Segurança, coronel Francisco Araújo, disse que a ferramenta é um importante mecanismo para a atuação da defesa civil em todo o Rio Grande do Norte. O envio das mensagens, segundo ele, permite uma ação mais célere diante de potenciais situações de risco. “É um mecanismo que alerta todos os celulares das cidades onde há possibilidades de haver algum desastre, alguma catástrofe, e no dia de hoje é apenas um treinamento, é uma apresentação desse software que vai preservar a vida, vai garantir a segurança da população caso aconteça qualquer sinistro ou desastre em algum município do Rio Grande do Norte”, disse.

Segundo a Defesa Civil Estadual, não houve necessidade de cadastro prévio dos usuários. O tenente Francisco de Assis Adelino explicou que o sistema Defesa Civil Alerta utiliza a rede de telefonia celular para enviar mensagens de texto sobrepostas ao conteúdo que o usuário estiver acessando, acompanhadas de alertas sonoros — mesmo que o aparelho esteja no modo silencioso.

Após o teste, as defesas civis estaduais terão autonomia para operar a ferramenta: “Nós temos acesso ao sistema de envio de alertas. No momento que identificamos o local do desastre, nós criamos um polígono sobre aquela área, identificamos a torre da antena do celular que dá cobertura para aquela área, e aí temos autonomia de já disparar para a população daquela área”, disse.

O sistema funciona em celulares fabricados a partir de 2020 com tecnologia 4G ou 5G. Outros municípios, como Ceará-Mirim, Macaíba e São José de Mipibu, também podem ter recebido o alerta devido à cobertura das torres de telefonia.

Na prática, o sistema “Defesa Civil Alerta” envia mensagens e avisos sonoros para localidades com risco iminente. Entre os riscos estão alagamentos, enxurradas, deslizamentos de terra, vendavais e chuvas de granizo.

Ainda de acordo com o tenente Adelino, a ferramenta já é utilizada nos estados do Sul e Sudeste. Após esta etapa no Nordeste, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional vai dar início às capacitações no Norte e no Centro-Oeste, com a meta de disponibilizar a tecnologia para todo o país até o final de 2025.

A operação plena do sistema em toda a região Nordeste terá início em 18 de junho. A partir dessa data, os alertas serão enviados em situações reais de risco.

A coordenadora-geral de Articulação da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), Loiane Souza, que acompanhou o envio do alerta no Rio Grande do Norte, disse que a nova ferramenta é um “marco histórico no enfrentamento aos desastres”, ressaltando sua importância fundamental para salvar vidas e proteger a população.

Para a implantação no Rio Grande do Norte, agentes do estado foram capacitados e, a partir do dia 18 de junho, o estado estará apto a enviar os alertas. Este avanço faz parte da expansão do projeto, que começou como piloto no Sudeste — onde já emitiu 250 alertas — e agora chega à região Nordeste, seguindo o modelo de implementação primeiro nos estados para depois alcançar os municípios.

Tipos de alerta

A tecnologia prevê dois tipos de mensagens: o Alerta Extremo e o Alerta Severo.

Alerta Extremo – aciona um som de sirene, mesmo com o celular no modo silencioso.

Alerta Severo – emite um som similar ao de SMS e não soa se o aparelho estiver silenciado.

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Mais de 200 pessoas morrem no Irã e 13 em Israel após terceiro dia de bombardeios

Postado em 16 de junho de 2025

O fim deste domingo (15) marcou o terceiro dia consecutivo de trocas de ataques aéreos entre Israel e Irã, iniciadas por forças israelenses sob a justificativa de conter um possível avanço do programa nuclear iraniano.

Com uma chuva de mísseis atingindo diversas regiões do Irã, o Ministério da Saúde do país informou que, até o momento, 224 pessoas morreram e cerca de 1.200 ficaram feridas. Há relatos de desaparecidos na capital, Teerã.

Do lado israelense, apesar do forte sistema de defesa, os ataques iranianos atingiram algumas áreas. Moradores de Tel Aviv, Jerusalém e Haifa foram orientados a buscar abrigo. Até agora, 13 mortes foram confirmadas em território israelense, enquanto as autoridades seguem em busca de sobreviventes.

Neste domingo (15), o chefe de Inteligência da Guarda Revolucionária do Irã e outros dois oficiais da organização morreram.

Eles se juntam a outros oito militares de patente alta que também foram abatidos nos primeiros dias de conflito, além de outros dois cientistas nucleares, de acordo com a Guarda Revolucionária do Irã.

Perspectivas do conflito

A União Europeia convocou para terça-feira (17) uma reunião de emergência com os ministros das Relações Exteriores dos 27 países do bloco, para debater o conflito.

Mesmo com tentativas de cessar-fogo, a região se prepara para um confronto prolongado após o bombardeio surpresa de Israel na sexta-feira (13), que atingiu instalações militares e nucleares no Irã.

Duas refinarias de petróleo foram danificadas, o que amplia os temores de uma crise na indústria energética global.

Israel, a única potência nuclear — ainda que não oficialmente reconhecida — do Oriente Médio, afirma que sua ofensiva visa impedir o Irã de fabricar armas atômicas.

governo iraniano nega e diz que seu programa nuclear tem fins pacíficos. No entanto, agências de inteligência estimam que o Irã possa produzir armas nucleares em poucos meses, caso deseje.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou apoio total às ações de Israel e advertiu que o Irã poderá evitar uma destruição maior apenas se aceitar negociar um novo acordo nuclear.

Trump, no entanto, vetou um plano israelense para matar o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei. Segundo uma autoridade americana, Israel havia informado os EUA sobre o desenvolvimento de um plano considerado “confiável” para executar o ataque.

Entenda a origem dos ataques

Os bombardeios começaram na sexta (13), após o fracasso das negociações nucleares entre Teerã e os Estados Unidos. Diante do impasse, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ordenou o primeiro ataque aéreo contra alvos iranianos, com o objetivo de conter o avanço do programa nuclear do país.

Israel voltou a acusar o Irã de desenvolver armas nucleares em instalações subterrâneas e alertou que Teerã está prestes a concluir seu primeiro artefato nuclear.

As ofensivas israelenses tiveram como alvo estruturas estratégicas, como a instalação de Natanz, um dos principais centros de enriquecimento de urânio do Irã.

Inicialmente, os EUA negaram envolvimento na ação israelense, mas depois reconheceram que a ofensiva foi um ato de autodefesa. Também confirmaram que sistemas de defesa americanos foram usados para interceptar mísseis iranianos.

Durante reunião de emergência na ONU, o enviado de Donald Trump afirmou que qualquer ataque a bases militares dos EUA resultará em retaliação ao Irã.

O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo iraniano, acusou Israel de iniciar uma guerra e afirmou: “A nação iraniana não permitirá que o sangue de seus mártires fique sem vingança, nem ignorará a violação de seu espaço aéreo.”

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Novo ataque iraniano danifica rede elétrica no centro de Israel

Postado em 16 de junho de 2025

As forças iranianas lançaram uma nova série de mísseis contra Israel na madrugada desta segunda-feira (16). O ataque, em resposta aos bombardeios israelenses do dia anterior, danificou a rede elétrica no centro de Israel, impactando o fornecimento de energia. Ao menos oito pessoas foram mortas.

“Estamos trabalhando em campo para neutralizar os riscos à segurança, especialmente o risco de choque elétrico devido a fios elétricos rompidos. Ao mesmo tempo, estamos realizando trabalhos para reparar a infraestrutura e restaurar o fornecimento de energia”, disse a Corporação Elétrica israelense.

O conflito entre Israel e Irã começou na noite da última quinta-feira (12), quando o exército israelense lançou mísseis contra bases militares iranianas. Tel Aviv acusa Teerã de manter um programa secreto para desenvolver armas nucleares, estando “próximo” de conquistar seu primeiro equipamento nuclear.

Os ataques israelense tiveram como alvos infraestruturas nucleares, como a de Natanz, um dos centros mais importantes de enriquecimento de urânio do país. Os bombardeios também miraram esconderijos de altos líderes iranianos. Na sexta-feira (13), o exército israelense confirmou a morte de três militares.

Ao todo, os bombardeios já somam 224 mortes no Irã e 22 em Israel. Em meio ao aumento das hostilidades, que ameaçam comprometer a segurança no Oriente Médio, a União Europeia convocou para terça-feira (17) uma reunião de emergência com os ministros das Relações Exteriores dos 27 países do bloco. No Canadá, o G7 – grupo formado pelos sete países mais industrializados do mundo – também debate o conflito.

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