Wesley Safadão recusou, nesta sexta-feira (14), um convite do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) para ser candidato a Senador pelo Estado do Ceará.
“Wesley agradeceu o convite, mas não tem intenção de entrar na política. O foco dele é música e vaquejada“, confirmou a equipe do cantor por meio de uma nota oficial.
O partido, que já tem confirmados para o próximo pleito nomes como Pablo Marçal, está no meio de uma reformulação partidária, e desejava o nome de Wesley já para a corrida ao Senado Federal de 2026.
À CNN, o presidente nacional do partido, Leonardo Avalanche, disse que o cantor estava “empolgado” com a possibilidade da candidatura, e que “as conversas já estavam avançadas”. A filiação ocorreria até o mês de março.
Coração social
A sigla sonha com a filiação de Safadão devido ao seu espírito empresarial e coração “voltado ao social”. “Ele quer deixar um legado para as próximas gerações”, contou Leonardo Avalanche ao O Globo.
O PRTB também quer Gusttavo Lima, que, em janeiro, chegou a afirmar que pretende se candidatar à presidência do Brasil. O “embaixador” ganhou, inclusive, o apoio do amigo Wesley Safadão, que chegou a compartilhar, nas redes sociais, uma chamada de vídeo ao lado do sertanejo, com a legenda “meu presidente”.
E há histórico da família de Safadão na política do Ceará. Em 2024, o irmão do cantor, Edim Oliveira, venceu as eleições para prefeito na cidade de Aracoiaba, localizada a cerca de 75 quilômetros de Fortaleza.
A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta sexta-feira (14) manter a íntegra da decisão da Corte que descriminalizou o porte de maconha para uso pessoal e fixou a quantia de 40 gramas para diferenciar usuários de traficantes.
O Supremo julga, no plenário virtual, recursos protocolados pela Defensoria Pública e pelo Ministério Público de São Paulo para esclarecer o resultado do julgamento, que foi finalizado em julho do ano passado.
Até o momento, oito ministros seguiram o voto do relator, ministro Gilmar Mendes. Na semana passada, no início do julgamento virtual, o relator votou pela rejeição dos recursos.
Além de Mendes, os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Edson Fachin, André Mendonça, Luiz Fux e Cristiano Zanin votaram no mesmo sentido. A deliberação virtual será encerrada às 23h59.
Não legaliza
A decisão do Supremo não legaliza o porte de maconha. O porte para uso pessoal continua como comportamento ilícito, ou seja, permanece proibido fumar a droga em local público.
O Supremo julgou a constitucionalidade do Artigo 28 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006). Para diferenciar usuários e traficantes, a norma prevê penas alternativas de prestação de serviços à comunidade, advertência sobre os efeitos das drogas e comparecimento obrigatório a curso educativo.
A Corte manteve a validade da norma, mas entendeu que as consequências são administrativas, deixando de valer a possibilidade de cumprimento de prestação de serviços comunitários.
A advertência e presença obrigatória em curso educativo foram mantidas e deverão ser aplicadas pela Justiça em procedimentos administrativos, sem repercussão penal.
Marina Marinho é a nova seceretária de Turismo do Rio Grande do Norte. O anúncio foi feito pela governadora Fátima Bezerra na noite desta sexta-feira (14) por meio das redes sociais. Marina foi prefeita de Jandaíra, município do interior do RN, por dois mandatos.
A ex-prefeita vai substituir Solange Portela, que será secretária adjunta da pasta – ela estava no cargo principal desde 2023.
A aprovação do presidente Lula (PT) desabou em dois meses de 35% para 24%, chegando a um patamar inédito para o petista em suas três passagens pelo Palácio do Planalto. A reprovação também é recorde, passando de 34% a 41%. Acham o governo regular 32%, ante 29% em dezembro passado, quando o Datafolha havia feito sua mais recente pesquisa sobre o tema. Neste levantamento, foram ouvidos 2.007 eleitores em 113 cidades, na segunda (10) e na terça-feira (11), com margem de erro geral de dois pontos para mais ou menos.
O tombo demonstra o impacto de crises sucessivas pelas quais passa o governo, sendo a mais vistosa delas a do Pix. Ela ocorreu em janeiro, com a divulgação de que o governo iria começar a fiscalizar transações superiores a R$ 5.000 pela modalidade instantânea de transferência bancária.
Ato contínuo, houve uma cobrança da oposição, sugerindo controle indevido, e uma enxurrada de fake news dizendo que haveria uma taxação do Pix. O governo ficou atônito, e restou à Fazenda do ministro Fernando Haddad (PT) revogar a medida.
Lula preferiu atribuir o fiasco à sua comunicação e trocou a chefia do setor, promovendo o marqueteiro baiano Sidônio Palmeira para a vaga do petista Paulo Pimenta. Os problemas, contudo, continuaram.
A inflação de alimentos é um foco constante de preocupação, e o presidente não contribuiu com frases como aquela na qual sugeriu que as pessoas parassem de comprar comida cara. Se na teoria parece lógico, soou como um lavar de mãos, devidamente aproveitado pela mais ágil oposição.
Resultado: Lula colheu a pior avaliação de sua vida como presidente. Antes, havia atingido 28% de ótimo e bom em outubro e dezembro de 2005, no auge da crise do mensalão, em seu primeiro mandato (2003-06). Já o maior índice de ruim e péssimo fora registrado em dezembro passado (34%).
Seu terceiro mandato, iniciado em 2023, vinha sendo marcado por uma certa estabilidade na avaliação. Na média entre nove levantamentos do Datafolha, sua aprovação era de 36% e a reprovação, de 31%. Os números atuais falam por si.
Seu antagonista principal na polarização brasileira, o antecessor Jair Bolsonaro (PL), tinha uma reprovação semelhante a essa altura de seu mandato, marcando 40% de ruim/péssimo. Sua aprovação, contudo, era algo melhor: 31%.
A pesquisa mostra a erosão da popularidade de Lula inclusive em grupos usualmente próximos do petista, o que deve tornar as luzes amarelas acesas no Planalto em vermelhas. São estratos com grande importância eleitoral pelo tamanho.
Na parcela dos que ganham até dois salários mínimos, por exemplo, a aprovação caiu de 44% para 29%. Eles representam 51% da amostra populacional do Datafolha, e a margem de erro no grupo é de três pontos percentuais apenas.
Nos 33% dos ouvidos que só têm ensino fundamental, o tombo foi também de 15 pontos: de 53% para 38%. Aqui, a margem de erro é de quatro pontos.
Mesmo na fortaleza Nordeste, reduto eleitoral por excelência do petismo apesar do avanço do bolsonarismo, houve grande prejuízo, com o ótimo/bom deslizando de 49% para 33%, numa região que concentra 26% do eleitorado, com margem também de quatro pontos.
Entre eleitores de Lula no segundo turno contra Bolsonaro em 2022, o recuo foi de 20 pontos, chegando a 46%. Aqui, a desaprovação quase dobrou (7% para 13%), mas a desconfiança fez a opinião migrar mais para o regular, que foi de 27% para 40%. A margem de erro é de quatro pontos.
Colocando os números de aprovação na forma de saldo, Lula só se sai no azul entre os menos escolarizados, com uma margem positiva de dez pontos, e numericamente entre os nordestinos, com magros três pontos.
Já os piores grupos, em termos de saldo, são as três faixas de renda acima dos 2 mínimos: de 2 até 5 e de 5 até 10 salários (33 pontos negativos em ambos) e acima de 10 (45 negativos), ressalvando que aí as margens de erro são respectivamente de 4, 8 e 12 pontos, para mais ou menos.
A pesquisa não fez especulações eleitorais, mas servirá de combustível para o debate surdo que se ouve nas hostes governistas acerca das chances de Lula em 2026.
Outros levantamentos publicados recentemente apontam que ele segue favorito, mas ainda é cedo e não se sabe o impacto de longo prazo de uma exposição à chuva da desaprovação.
O próprio presidente tem tentado sugerir cautela, dizendo que será candidato no ano que vem “se estiver legal de saúde”. Ele já escolheu uma linha argumentativa, repetida por seus ministros, para explicar a crise em que seu governo se encontra.
“Esse é o meu ano. Eu quero desmascarar essa quantidade de mentira que tem nas fake news, no celular, todo mundo mentindo para todo mundo”, disse em viagem à região Norte na semana passada, restando sabe se isso será suficiente para inverter a curva ora desfavorável de sua aprovação.
Enquanto isso, a oposição se mexe, com os presidenciáveis mais óbvios, como o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), e variantes do bolsonarismo das redes, como Pablo Marçal e Gusttavo Lima, testando as águas. Bolsonaro segue inelegível até 2030.
Três deputados do Rio Grande do Norte assinaram uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que institui o semipresidencialismo e o voto distrital misto no Brasil. Se aprovado ainda neste ano, o semipresidencialismo só passaria a valer a partir das eleições de 2030. Já o voto distrito misto entraria em vigor nas eleições de 2026. Dos oito deputados potiguares, assinam o texto: Benes Leocádio (União), General Girão (PL) e Robinson Faria (PL). Ao todo, a PEC já tem 179 assinaturas. O texto é de autoria do deputado Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR) e começou a ser discutido nas últimas semanas na Câmara dos Deputados.
No semipresidencialismo, o presidente eleito pelo voto popular direto divide o poder com um primeiro-ministro nomeado por ele, ouvido os partidos com maiores representações na Câmara. De acordo com a proposta, o primeiro-ministro será nomeado dentre os integrantes do Congresso Nacional maiores de 35 anos.
O presidente da República atua como chefe de Estado e comandante supremo das Forças. A ele cabe garantir a unidade e a independência da República, a defesa nacional e o livre exercício das instituições democráticas.
Por sua vez, o primeiro-ministro, juntamente com o conselho de ministros de Estado, chefia o governo. O primeiro-ministro elabora e apresenta ao presidente da República o programa de governo e, uma vez aprovado, comunica seu teor à Câmara dos Deputados.
O primeiro-ministro deve comparecer mensalmente ao Congresso, para explicar a execução do programa de governo ou expor assunto de relevância para o país.
A atuação do primeiro-ministro sustenta-se no apoio da Câmara dos Deputados.
A proposta de Luiz Carlos Hauly muda também o sistema eleitoral no Brasil, instituindo o voto distrital misto para a Câmara dos Deputados. Pelo sistema sugerido, o eleitor terá dois votos desvinculados: um para o candidato de seu distrito eleitoral e outro para o partido de sua preferência.
Um estudo da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) revela que as altas temperaturas no Rio de Janeiro estão diretamente relacionadas ao aumento da mortalidade, especialmente entre idosos e pessoas com doenças crônicas como diabetes, hipertensão, Alzheimer, insuficiência renal e infecções do trato urinário. A pesquisa analisou dados conforme os Níveis de Calor (NC) do protocolo da Prefeitura do Rio, que variam de 1 a 5. No NC 4, quando a temperatura ultrapassa 40°C por quatro horas ou mais, a mortalidade por doenças crônicas entre idosos aumenta 50%. No NC 5, com índice de calor igual ou superior a 44°C por duas horas, o risco é ainda maior e se agrava conforme a duração da exposição.
“O estudo confirma que, nesses níveis extremos, o risco à saúde é real”, afirma João Henrique de Araujo Morais, autor da pesquisa. Ele destaca que populações vulneráveis, como idosos, crianças, trabalhadores expostos ao sol e moradores de rua, são as mais afetadas.
A pesquisa propõe uma métrica inovadora, a Área de Exposição ao Calor (AEC), que considera o tempo de exposição ao calor intenso. Para idosos, uma AEC de 64°Ch aumenta o risco de morte por causas naturais em 50%, enquanto uma AEC de 91,2°Ch dobra o risco.
Calor excessivo O estudo compara dois dias: em 12 de janeiro de 2020, o índice de calor foi de 32,69°C, com AEC de 2,7°Ch. Já em 7 de outubro de 2023, o índice foi de 32,51°C, mas a AEC atingiu 55,3°Ch, 20 vezes maior, devido à duração prolongada do calor.
“Ao considerar apenas médias ou máximas, podemos subestimar dias anormalmente quentes. A métrica AEC identifica isso e pode ser usada para definir protocolos de adaptação ao calor”, explica Morais.
O estudo reforça a necessidade de medidas como pontos de hidratação, resfriamento e adaptação de atividades de trabalho, especialmente em níveis críticos de calor. “Ações como as do Protocolo de Calor do Rio devem ser difundidas para proteger a saúde da população, principalmente dos mais vulneráveis”, conclui o pesquisador.
Em busca de apoio para as eleições de 2026, o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União), se reuniu nesta sexta-feira com prefeitos e deputados em um almoço no Parque Aristófanes Fernandes, em Parnamirim. O encontro foi articulado pelo ex-senador José Agripino Maia, presidente estadual do União Brasil e entusiasta da candidatura de Allyson ao Governo do Estado em 2026.
O encontro teve a presença das prefeitas Nilda Cruz (Parnamirim) e Marianna Almeida (Pau dos Ferros) e dos prefeitos Paulinho Freire (Natal) e Judas Tadeu (Caicó). Além disso, participaram: a vice-prefeita de Parnamirim, Kátia Pires (União); a vereadora licenciada e secretária de Serviços Urbanos de Parnamirim, Carol Pires (União); e o vereador de Parnamirim Serginho (União).
Compareceram à reunião, ainda, os dois deputados federais do União Brasil no Rio Grande do Norte: Benes Leocádio e Carla Dickson. O marido de Carla, o ex-deputado estadual Albert Dickson, também participou. Além do ex-prefeito de Assú Ivan Júnior.
Querendo viabilizar seu nome para a disputa do Governo do Estado, Allyson tem intensificado sua agenda política. Nesta semana, ele foi a um outro encontro com prefeitos em Brasília, desta vez organizado pela senadora Zenaide Maia, líder do PSD no RN. Ainda na capital federal, Allyson se encontrou com os dirigentes nacionais do União Brasil Antônio Rueda (presidente) e ACM Neto (vice-presidente).
Além disso, o prefeito de Mossoró tem recebido políticos de todo o Estado, conversando sobre as próximas eleições.
As investigações apontam que o entorpecente seguiria por via marítima e tinha como destino a Europa
A Polícia Federal, com apoio da Receita Federal do Brasil, efetuou na noite da última quinta-feira, 13/02, em um imóvel comercial em Parnamirim, na Região Metropolitana de Natal, uma apreensão de 360 kg de cocaína, com alto grau de pureza.
O entorpecente estava engenhosamente camuflado na estrutura metálica de paletes, exigindo um minucioso trabalho de busca, sendo necessário o uso de esmerilhadeira para o corte da estrutura a fim de revelar a droga escondida. Os paletes davam suporte a tanques plásticos que iriam ser abastecidos com polpa concentrada de manga. As investigações preliminares apontam que o produto seria enviado para a Europa por via marítima.
A partir de novas investigações, a Polícia Federal empreenderá ações para tentar identificar todo o grupo criminoso.
Encerrando a semana de agenda administrativa e de intensa programação de reuniões em Brasília (DF), o Prefeito de Currais Novos, Lucas Galvão, protocolou em todos os gabinetes dos 08 Deputados Federais e 03 Senadores do Rio Grande do Norte, projetos de infraestrutura e solicitação de recursos para viabilizar diversas obras, projetos e ações para o desenvolvimento de Currais Novos. O Prefeito também visitou alguns ministérios para solicitar a liberação de recursos para educação, saúde e infraestrutura.
Entre os projetos apresentados, o da construção do “Parque da Cidade” orçado em pouco mais de R$8 milhões, que será um espaço de lazer, convivência, lazer e saúde para a população, e a construção do “Centro de Inicialização Esportiva” e do Ginásio Poliesportivo com medidas oficiais para receber grandes eventos esportivos a nível nacional.
“Bati as portas dos gabinetes de todos os nossos Deputados e Senadores, e eu tenho o compromisso de buscar recursos com todos, independente de partido. Quem ajudar Currais Novos, eu faço questão de divulgar e de agradecer. Política se faz com a união de esforços de todos”, comentou o Prefeito Lucas.
(Foto: Lucas Galvão e Ilario Gonçalves/Assessor Especial da Secretaria de Assuntos Federativos do Ministério de Relações Institucionais)
De certa maneira, a nimesulida é vítima de seu próprio sucesso: a capacidade que ela tem de aliviar dor, febre e inflamação faz com que muita gente exagere na dose, na frequência ou no tempo de uso.
E isso pode trazer sérias consequências para o fígado, os rins e até o coração.
Para ter ideia, esse anti-inflamatório aparece na terceira posição entre os remédios mais vendidos nas farmácias, atrás apenas de losartana e metformina, que são prescritas para tratar hipertensão e diabetes, respectivamente.
Os dados, compilados pela consultoria Close-Up International, calculam que mais de 102 milhões de caixas de nimesulida foram vendidas no país durante o ano passado.
A alta popularidade dela em terras brasileiras contrasta com a situação no exterior: a nimesulida sequer foi aprovada em lugares como o Reino Unido — e foi retirada do mercado em países como Estados Unidos, Canadá, Japão, Espanha e Irlanda.
Mas como a nimesulida funciona e para que casos ela é realmente indicada? E quais eventos adversos ela pode causar?
A BBC News Brasil conversou com especialistas no assunto e traz as respostas para essas e outras perguntas relacionadas à medicação.
Como a nimesulida funciona? Pule Novo podcast investigativo: A Raposa e continue lendo Novo podcast investigativo: A Raposa Uma tonelada de cocaína, três brasileiros inocentes e a busca por um suspeito inglês
Episódios Fim do Novo podcast investigativo: A Raposa A farmacêutica bioquímica Laura Marise, doutora em Biociências e Biotecnologia pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), explica que a nimesulida faz parte da classe dos anti-inflamatórios não esteroidais.
“De forma geral, esses medicamentos diminuem a síntese, ou a fabricação, de moléculas inflamatórias”, detalha ela.
Em diversas doenças e condições de saúde, como uma infecção ou uma dor mais intensa, nosso organismo desengata uma cascata de reações químicas cujo resultado é justamente um quadro inflamatório.
A nimesulida atua nesse processo, ao inibir uma enzima chamada ciclooxigenase, ou COX.
Essa ação, por sua vez, atrapalha a produção de outra substância, cujo nome é prostaglandina, que está relacionada à dor e à inflamação.
A tal da prostaglandina também pode mexer no “centro de temperatura” do corpo e ocasionar um quadro de febre.
Ao “atrapalhar” esse processo, portanto, o remédio alivia os sintomas com alta eficácia e tem uma ação tripla: anti-inflamatória, analgésica (contra a dor) e antipirética (contra a febre).
Na bula aprovada no Brasil, a nimesulida é indicada como “tratamento de uma variedade de condições” que apresentam as características descritas acima.
Mas, como você vai entender a seguir, essas recomendações são um pouco mais restritas em outros lugares onde ela também está liberada para prescrição e venda.
Quais são os riscos da nimesulida? O hepatologista Raymundo Paraná entende que há um exagero no uso de anti-inflamatórios no Brasil.
“Eles são vendidos livremente, sem muito controle, e muitas vezes usados para situações em que outros analgésicos mais simples e seguros seriam suficientes”, observa o médico, que é professor titular da Universidade Federal da Bahia.
Segundo o especialista, essa classe de moléculas pode ter uma série de eventos indesejados no organismo.
“A prostaglandina, bloqueada pelos anti-inflamatórios, é importante para manter as células do estômago coesas. Sem ela, há um maior probabilidade de desenvolver gastrite, hemorragia e úlceras”, exemplifica Paraná.
“Essas medicações também aumentam o risco de doenças cardiovasculares, especialmente em pacientes com hipertensão.”
O hepatologista também cita o caso de indivíduos com insuficiência renal, para os quais a nimesulida é contra-indicada na maioria das situações.
“Já no fígado, o remédio pode causar dano quando ocorre um uso mais prolongado, por mais de 15 dias. Mas uma parcela considerável de pacientes pode sofrer com doenças nesse órgão nos primeiros dias de tratamento”, acrescenta ele.
Paraná, inclusive, faz parte de um grupo de pesquisadores da América Latina que analisa complicações hepáticas relacionadas ao uso de diversas substâncias.
Num artigo publicado em janeiro de 2025, o time de especialistas compilou casos registrados nos últimos dez anos na região.
Eles identificaram 468 episódios de lesões no fígado induzidas pelo uso de drogas.
Entre os compostos que provocaram os piores prognósticos em situações como essa, os autores destacam os remédios anti-tuberculose, a nimesulida e os suplementos fitoterápicos e dietéticos.
Na conclusão do artigo, os cientistas sugerem a criação de “políticas de saúde pública” para “aumentar a conscientização sobre os potenciais efeitos adversos desses compostos”.
De fato, a bula da nimesulida detalha uma série de contra-indicações e possíveis complicações do uso dela.
Esse remédio não deve ser utilizado em menores de 12 anos e precisa ser prescrito com um cuidado especial para gestantes, mulheres que tentam engravidar, idosos e pacientes com doenças renais, hepáticas, cardiovasculares, entre outros.
Já na seara dos efeitos colaterais, as reações muito comuns (que ocorrem em mais de 10% das pessoas que usam nimesulida) são diarreia, náusea e vômito.
Os eventos incomuns (acometem entre 0,1% e 1% dos usuários) incluem coceira, vermelhidão na pele, suor, constipação, gases, gastrite, tonturas, vertigens, inchaço e aumento da pressão.
Já os efeitos raros (observados em 0,01% a 0,1% das pessoas) são eritema (pele avermelhada), dermatite, ansiedade, nervosismo, pesadelos, visão borrada, hemorragia, fogachos, flutuação da pressão arterial, dor para urinar, anemia, aumento do potássio no sangue, entre outros.
Há ainda uma lista extensa de efeitos ainda menos comuns, cuja frequência não foi estimada nas pesquisas.
Uma das principais recomendações para diminuir os riscos de sofrer com esses eventos adversos é seguir à risca a recomendação de profissionais de saúde.
“A gente nunca deve utilizar anti-inflamatórios por um período prolongado”, orienta Marise.
Em linhas gerais, os médicos indicam uma dose máxima de 100 miligramas de nimesulida duas vezes ao dia.
A recomendação é sempre limitar o uso pelo menor tempo possível — na maioria dos casos, é comum a prescrição do tratamento por, no máximo, cinco dias.
Portanto, segundo os especialistas ouvidos pela BBC News Brasil e as cartilhas de instituições de saúde, usar a nimesulida (ou qualquer outro anti-inflamatório) por conta própria, para lidar com um quadro de dor ou febre, pode representar um risco desnecessário.
Nesses casos, o melhor é apelar para analgésicos simples (como dipirona ou paracetamol) e buscar uma avaliação médica se os sintomas persistirem ou piorarem depois de alguns dias.
E esse perigo fica ainda maior quando o uso da nimesulida se repete de tempos em tempos ou se prolonga por vários dias.
“Os anti-inflamatórios são usados de forma muito leviana, por uma falsa percepção de segurança e pela ação mais rápida no controle da dor”, lamenta Paraná.
“Precisamos tomar cuidado com o uso excessivo dessas medicações, que acontece sempre quando alguém as toma desnecessariamente ou se há uma opção terapêutica menos tóxica à disposição.”
“O risco de sofrer uma doença hepática é elevada para praticamente todas as pessoas que usam esses medicamentos por mais de 15 dias”, complementa ele.
Aqui vale uma atenção especial também com as interações entre remédios.
“A associação de diferentes medicamentos também pode potencializar eventos adversos que danificam o fígado e outros órgãos”, alerta Marise.
Portanto, se você já faz algum tratamento e precisa tomar um remédio para aliviar sintomas como dor e febre, é importante antes conversar com um profissional de saúde para evitar “misturas” potencialmente perigosas.
O mesmo cuidado vale para o consumo de álcool, que deve ser suspenso durante o uso da nimesulida para não sobrecarregar ainda mais o fígado.
Por que a nimesulida está proibida em outros países? Como citado no início da reportagem, a nimesulida nunca foi aprovada para venda em locais como o Reino Unido e a Alemanha.
Além disso, ela foi retirada de circulação em diversos países, como Estados Unidos, Canadá, Japão, Suécia, Holanda, Dinamarca, Bélgica, Irlanda, Espanha e Finlândia.
Desses, o caso da Irlanda foi talvez o que ganhou mais notoriedade.
Em 2007, o Conselho Irlandês de Medicamentos anunciou a suspensão imediata da venda de nimesulida após ter acesso a informações sobre casos de falência hepática fulminante, com necessidade de transplante, entre pessoas que usaram esse fármaco.
Um documento disponível no site da Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que, entre 1995 (quando a nimesulida foi aprovada na Irlanda) e 2007 (quando foi suspensa), esse país notificou 53 casos de danos graves ao fígado.
A decisão das autoridades irlandesas motivou a abertura de uma investigação mais ampla na Agência Europeia de Medicamentos (EMA), o órgão responsável pela vigilância sanitária na União Europeia.
Um relatório produzido no comitê responsável pelo inquérito concluiu que “os benefícios da nimesulida continuam a superar os riscos”.
No entanto, a EMA decidiu restringir o uso dela a alguns casos específicos.
Atualmente, na União Europeia, essa medicação segue disponível, a depender do critério de cada país, mas só está indicada para o tratamento de dor aguda e dismenorreia (a popular cólica menstrual).
E, mesmo nesses casos, ela entra apenas como a segunda linha terapêutica, quando outras opções não funcionaram.
Mas e no Brasil? Por que esse fármaco está amplamente disponível?
Marise pondera que nem sempre o que acontece num determinado país se repete em outros.
“Precisamos levar em conta um fator importante, que é a genética populacional. Alguns genes específicos fazem nosso corpo responder de formas diferentes ao mesmo medicamento”, explica ela.
“Então pode ser que, para algumas pessoas, esse perfil genético favoreça a toxicidade, enquanto para outras gere um efeito terapêutico mais potente.”
Ou seja, antes de lançar uma proibição generalizada, é preciso conhecer as particularidades de cada região — e entender como cada população reage a uma certa substância.
Algo similar acontece com a dipirona, que é livremente usada no Brasil, mas está proibida em outras partes do mundo.
Mesmo diante de possíveis variabilidades populacionais, Paraná entende que órgãos como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) precisam fazer uma revisão das normas sobre o uso de anti-inflamatórios no país.
“É necessário ter protocolos mais rígidos, com uma venda limitada de caixas e sempre mediante a apresentação de receita médica”, sugere o hepatologista.
“Precisamos também de programas de educação dos profissionais de saúde para conscientizar sobre o uso desses remédios”, complementa ele.
Procurada pela BBC News Brasil, a Anvisa reforçou que a nimesulida “é um medicamento sujeito à prescrição médica”.
“Entre as contraindicações, a bula traz restrição para ‘histórico de reações de hipersensibilidade ao ácido acetilsalicílico ou a outros antiinflamatórios não esteroidais; histórico de reações hepáticas (do fígado) ao produto; pacientes com úlcera péptica (úlceras no estômago ou intestino) em fase ativa, ulcerações recorrentes (úlceras que vão e voltam) ou tenham hemorragia no trato gastrintestinal (sangramento no estômago e/ou intestinos); pacientes com distúrbios de coagulação graves; pacientes com insuficiência cardíaca grave (mau funcionamento grave do coração); pacientes com mau funcionamento dos rins grave e pacientes com mau funcionamento do fígado'”, diz a agência em nota enviada à reportagem.
O texto também lembra que o uso desse remédio requer “cuidados que devem ser observados em pacientes com problemas de fígado”.
“Reações adversas hepáticas (do fígado) relacionadas à droga foram relatadas após períodos de tratamento menores de um mês. Dano ao fígado, reversível na maioria dos casos, foi verificado após curta exposição ao medicamento”, conclui a nota.
Já o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) informou que não tem nenhum comentário específico a fazer sobre o tema, mas reforçou que “todos os medicamentos tarjados [como é o caso da nimesulida] devem ser usados com orientação dos profissionais de saúde e só devem ser vendidos e dispensados mediante a apresentação da receita médica”.
Para Marise, é preciso também exercitar o autoconhecimento e observar o corpo.
“O mais importante de tudo é a pessoa entender por que está tomando um medicamento, seja por conta própria ou não. Ela está com uma dor recorrente, que não passa? Será que não é melhor investigar o que está acontecendo e as causas disso?”, questiona a farmacêutica.
“Anti-inflamatórios podem até aliviar os sintomas, mas não tratam a causa do problema”, conclui a especialista.
A taxa média de desemprego recuou ao piso da série histórica em 14 das 27 unidades da Federação em 2024, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa anual de desocupação do Brasil recuou 1,2 ponto porcentual em um ano, passando de 7,8% em 2023 para 6,6% em 2024. A tendência de queda foi acompanhada por 25 Unidades da Federação.
As 14 unidades da federação com taxa anual de desocupação no piso histórico foram:
Rio Grande do Norte: 8,5% Amazonas: 8,4% Amapá: 8,3% Alagoas: 7,6% Maranhão: 7,1% Ceará: 7,0% Acre: 6,4% São Paulo: 6,2% Tocantins: 5,5% Minas Gerais: 5,0% Espírito Santo: 3,9% Mato Grosso do Sul: 3,9% Santa Catarina: 2,9% Mato Grosso: 2,6% As maiores taxas médias de 2024 foram registradas na Bahia (10,8%), Pernambuco (10,8%) e Distrito Federal (9,6%). Já as menores ficaram com Mato Grosso (2,6%), Santa Catarina (2,9%) e Rondônia (3,3%).
Recuo no quarto trimestre A taxa de desemprego recuou de forma estatisticamente significativa em apenas três das 27 unidades da Federação na passagem do terceiro trimestre de 2024 para o quarto trimestre.
Em 12 Unidades da Federação, houve aumento na taxa de desemprego no período, porém, com variação considerada estatisticamente estável, ou seja, no intervalo da margem de erro da pesquisa. Nenhuma Unidade da Federação teve elevação estatisticamente significativa na taxa de desemprego, segundo o IBGE.
Os recuos na taxa de desocupação para além da margem de erro ocorreram no Paraná (0,7 ponto porcentual), Minas Gerais (0,7 ponto porcentual) e Rio Grande do Sul (0,6 ponto porcentual).
Na média nacional, a taxa de desemprego caiu de 6,4% no terceiro trimestre de 2024 para 6,2% no quarto trimestre de 2024. Em São Paulo, a taxa de desemprego passou de 6,0% para 5,9% no período.
No quarto trimestre de 2024, as maiores taxas de desocupação foram as de Pernambuco (10,2%), Bahia (9,9%) e Distrito Federal (9,1%), enquanto as menores ocorreram em Mato Grosso (2,5%), Santa Catarina (2,7%) e Rondônia (2,8%).
Desemprego de longo prazo No quarto trimestre de 2024, o País tinha 1,371 milhão de pessoas em situação de desemprego de mais longo prazo, ou seja, em busca de um trabalho há pelo menos dois anos. Se considerados todos os que procuram emprego há pelo menos um ano, esse contingente em situação de desemprego de longa duração sobe a 2,083 milhões.
Apesar do contingente ainda elevado, o total de pessoas que tentavam uma oportunidade de trabalho havia dois anos ou mais encolheu 24,1% em relação ao quarto trimestre de 2023.
Outras 712 mil pessoas buscavam emprego havia pelo menos um ano, porém menos de dois anos, 21,8% menos indivíduos nessa situação ante o quarto trimestre de 2023.
No quarto trimestre de 2024, 3,271 milhões de brasileiros procuravam trabalho havia mais de um mês, mas menos de um ano, 13,0% menos desempregados nessa situação do que no mesmo período do ano anterior, e 1,468 milhão tentavam uma vaga havia menos de um mês, um recuo de 8,6% nessa categoria de desemprego do que no quarto trimestre de 2023.
A colunista Mônica Bergamo, da BandNews FM, informou durante a manhã desta sexta-feira (14) que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, sinalizou a pessoas próximas que a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está finalizada e deve ser apresentada nos próximos dias. Há a expectativa de que o ato ocorra antes do Carnaval. De acordo com a jornalista, a Procuradoria-geral da República (PGR) deve dividir as denúncias e apresentar, num primeiro momento, apenas a acusação de que Bolsonaro teria sido o líder de uma organização criminosa que tentou dar um golpe de Estado.
Interlocutores também afirmaram que a denúncia deve ser dura e enquadrar Bolsonaro com documentos e depoimentos para sustentar a denúncia.
Indiciado pela Polícia Federal (PF) em três artigos de diferentes leis, Bolsonaro pode ser punido de três a oito anos de prisão por “promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa”, outros quatro a oito anos de prisão por “tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais”, e adicionais quatro a 12 anos de prisão por “tentar depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído”.
Com isso, Bolsonaro pode ser denunciado com uma pena máxima de 28 anos de prisão. Caso Gonet peça punição mínima, o ex-presidente pode ser alvo de um pedido de 11 anos de prisão. No entanto, há poucas esperanças de que isso ocorra, uma vez que envolvidos no 8 de Janeiro foram condenados a 17 anos de prisão.
O deputado estadual Luiz Eduardo, em sessão, indica alternativas para o estado do Rio Grande do Norte reduzir os gastos, dentre elas a possibilidade da privatização da CAERN, para que o Estado faça caixa e volte a ter poder de investimento.
O cineasta Cacá Diegues faleceu, aos 84 anos, nesta sexta-feira (14/2). Carlos José Fontes Diegues foi um dos fundadores do Cinema Novo. Ele morreu devido complicações de uma cirurgia. Nascido em Maceió, Alagoas, em 1940, Cacá Diegues foi diretor de cinema, ensaísta, roteirista e produtor. Sua carreira como cineasta se destacou principalmente por sua contribuição à criação do Cinema Novo, consolidando-se como um dos mais atuantes cineastas brasileiros das últimas décadas.
Cacá Diegues era pai de quatro filhos, sendo dois deles do casamento com a cantora Nara Leão. Ele era casado, desde 1981, com a produtora de cinema Renata Almeida Magalhães. Ele tinha três netos.
Autor de diversos títulos, Cacá Diegues produziu longas-metragens, curtas e documentários, incluindo clássicos como A Grande Cidade (1966), Xica da Silva (1976), Bye Bye Brasil (1980) e Deus é Brasileiro (2003).
Com seis anos, o cineasta mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, sendo filho do antropólogo Manuel Diegues Júnior (Manelito) e de Zairinha.
Ele se formou em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, onde também presidiu o Diretório Estudantil. Durante seu tempo na universidade, Cacá fundou um cineclube ao lado dos futuros cineastas David Neves e Arnaldo Jabor.
Cacá Diegues foi eleito como ocupante da cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras (ABL) em 2018. Ele ocupou o lugar deixado pelo também cineasta Nelson Pereira dos Santos, de quem era amigo.
⛪️PAPA FRANCISCO NOMEIA MONS. ANTÔNIO RANIS COMO BISPO DA DIOCESE DE CAICÓ/RN
A Nunciatura Apostólica comunicou nesta sexta-feira, 14 de fevereiro, a decisão do Papa Francisco em nomear o Mons. Antônio Ranis Rosendo dos Santos,CSsR, como bispo da vacante diocese de Caicó/RN.
Atualmente, monsenhor Ranis é pároco da Paróquia do Santíssimo Redentor, em Arapiraca/AL, formador do Seminário Pe. Antonino (aspirantado) e membro do Conselho Presbiteral da Diocese de Penedo/AL.
A Província de Brasília se alegra com a nomeação de mais um dos seus membros para o episcopado brasileiro.
Nossas saudações e orações por esse nosso irmão chamado ao episcopado. Que Santo Afonso, nosso Pai Fundador, cuide, zele e ampare esse nosso confrade em sua desafiadora e bela missão.