Uma motocicleta que havia sido furtada nas imediações da Rua Capitão Mor Galvão, na noite da última quinta-feira (04/09/2025), foi recuperada pela Rádio Patrulha da 1ª Companhia do 13° BPMRN.
Após o recebimento das informações sobre o furto, os policiais militares iniciaram buscas ininterruptas pela região. Na manhã desta sexta-feira (05/09/2025), as guarnições se depararam com suspeitos em posse do veículo e obtiveram êxito na recuperação do bem.
O Tenente-Coronel Moacir Galdino, comandante do 13° BPMRN, destacou a importância da ação, reforçando o compromisso da Polícia Militar em agir de forma rápida e eficiente, garantindo à população a sensação de segurança e confiança no trabalho policial.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lança, nesta quinta-feira (4), o programa Gás do Povo. O benefício é uma ampliação do atual Auxílio Gás e tem a expectativa de atender 15,5 milhões de famílias de baixa renda, contabilizando cerca de 60 milhões de pessoas. O lançamento será em Aglomerado da Serra, maior favela de Belo Horizonte.
A nova modalidade oferecerá gratuidade no botijão de gás de cozinha (GLP). As famílias receberão um voucher para buscar o botijão na revendedora. O programa é direcionado a famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), com renda per capita igual ou inferior a meio salário mínimo, o equivalente a R$ 759.
Segundo divulgado pelo Governo Federal, o Nordeste concentra o maior número de famílias contempladas pelo auxílio. Estima-se que mais de 7,1 milhões de famílias da região sejam beneficiadas. A distribuição dos novos vouchers está prevista para iniciar em novembro.
Em entrevista ao programa Voz do Brasil, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou:
Nós vamos deixar o Auxílio Gás, que hoje contempla apenas 5,4 milhões de famílias, para distribuir de forma desburocratizada, de forma simplificada, nos 58 mil postos de revenda pelo Brasil afora. Alexandre Silveira Ministro de Minas e Energia
O que muda? Antes, era ofertado um valor de R$ 108 a cada dois meses para os inscritos no programa. A partir de novembro, eles receberão um voucher e buscarão o botijão nas revendedoras.
Conforme técnicos envolvidos na discussão, essa frequência de dois meses pode ser alterada. Famílias mais numerosas poderão receber o benefício mais vezes.
Alexandre Silveira destacou que 15,5 milhões de famílias passarão a ser contemplados pelo Gás do Povo, cerca de 10 milhões a mais que no Auxílio Gás. Pessoas que recebem o Bolsa Família poderão receber também o novo benefício. Até março de 2026, espera-se que o novo auxílio esteja presente na residência desses beneficiados: “Nós queremos todos esses 50 milhões de brasileiros olhando para a sua cozinha, olhando para o seu fogão e vendo o gás do povo dando dignidade a essas famílias”.
A quantidade de botijões que cada família receberá varia, de acordo com o Governo:
Famílias com dois integrantes: Receberão até três botijões por ano. Validade de quatro meses, cada vale.
Famílias com três integrantes: Receberão até quatro botijões por ano. Validade de três meses, cada vale.
Famílias com quatro ou mais integrantes: Receberão até seis botijões por ano. Validade de quatro meses, cada vale.
O líder do Partido Liberal (PL) na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou na noite desta quinta-feira (4) que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), se comprometeu a pautar o projeto de lei da anistia para os condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Ainda não há, no entanto, um cronograma.
Sóstenes e Motta se reuniram por cerca de uma hora na residência oficial da Câmara, em Brasília. “Ele vai pautar a anistia, mas não vai ser na semana que vem. Deve ser depois do julgamento [no STF]”, disse.
No encontro, os dois discutiram nomes de possíveis relatores da matéria. O líder do PL não citou nomes, mas adiantou que ficou decidido que o relator será de um partido de centro, como União Brasil, PSD, PP ou Republicanos.
Os dois vão se reunir novamente na segunda-feira (8), quando o líder do PL vai apresentar um mapa de votos detalhado, indicando o tamanho do apoio que a anistia tem hoje entre os deputados.
Sóstenes reforçou que uma “anistia light” com redução de crimes e sem o perdão ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como a que pode ser proposta pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), não interessa.
Apesar disso, ele ponderou que a oposição estaria disposta a discutir pontos como a inelegibilidade do ex-presidente. E indicou que isso poderia “ser resolvido” no ano que vem, quando o ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), assumir a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Eduardo Bolsonaro afirmou, nesta quinta-feira (4), que a anistia aos condenados e réus por tentativa de golpe abrirá espaço para os Estados Unidos baixarem as tarifas impostas a produtos brasileiros.
Em entrevista à correspondente do SBT em Washington, Patrícia Vasconcellos, o deputado federal disse que, se os parlamentares colocarem em votação o texto da anistia “haverá espaço para o resgate da harmonia entre os poderes, e isso sim vai fazer as tarifas serem reduzidas”.
“Inicialmente, o primeiro passo é votando uma lei de anistia para a gente virar essa página. Então de nada vale contratar o melhor escritório de advocacia ou de lobby norte-americano, porque isso não vai fazer mudar a vontade do presidente Trump”, reforçou. O deputado também apontou para a possibilidade de cancelamento de vistos não apenas de autoridades brasileiras, mas de cidadãos comuns, que estejam ligados de alguma maneira ao ministro Alexandre de Moraes, relator da ação contra Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).
“Está muito claro através das diversas manifestações pelo State Department, secretário Marco Rubio, e o Secretário do Tesouro, Scott Besset, e o próprio presidente Trump, de que todos aqueles que acompanharem Alexandre de Moraes nessa inquisição… correm o risco de sofrerem as mesmas punições”, afirmou, citando a Lei Magnitsky já aplicada o ministro do Supremo. “Eu não falo em nome da, das autoridades americanas, mas o meu sentimento é que seria muito possível a aplicação também de sanções contra pessoas que queiram insistir nessa perseguição política”, complementou Eduardo. O deputado brasileiro – que também responde a um inquérito sobre obstrução de Justiça por influenciar o governo Trump a aplicar medidas contra o Brasil em troca de uma anistia a Bolsonaro – afirma que tem levado reportagens do Brasil a reuniões com interlocutores da Casa Branca, “para atualizar” sobre o que ocorre no Brasil.
“Por exemplo, quando estivemos juntos ao secretário Scott Besset, do Tesouro Nacional, nós levamos a ele as matérias da imprensa, principalmente, dando conta de que a lei Magnitsky não estava sendo totalmente implementada. E agora, recentemente, a gente viu que os bancos brasileiros foram notificados sobre o cumprimento da lei Magnitsky. Até porque, se não estiver sendo bem cumprida a lei Magnitsky, isso demonstra uma fraqueza por parte dessa ferramenta norte-americana, e certamente isso não é desejável para eles”, disse o deputado. “Muito em breve os bancos terão que primeiro responder a essa indagação… a depender da resposta, isso pode se desencadear até uma sanção, como já ocorreu no passado com bancos estrangeiros”, complementou. Eduardo também acusou Moraes de montar um “aparato persecutório” usando agentes, delegados da Polícia Federal e pessoas do seu gabinete. Ele cita o depoimento do ex-assessor do ministro, Eduardo Tagliaferro, à Comissão de Segurança Pública do Senado Federal na terça-feira (2), em que afirma que o magistrado adulterou documentos para justificar operações da Polícia Federal.
O perito, que está foragido na Itália, apresentou denúncia por videoconferência no Senado.
Segundo Eduardo, todos os operadores ativos desse “ecossistema” estão na mira dos americanos para possíveis sanções.
“Eu acredito que a gente vai ter sim uma nova leva dessa punição através do cancelamento de vistos americanos. Eu não consigo aqui precisar, mas eu diria que existem muitos que estão no radar”, afirmou.
Outro lado Em nota, o gabinete do ministro Alexandre de Moraes disse que os procedimentos adotados nos inquéritos das Fake News e das Milícias Digitais foram regulares e estão devidamente documentados nas investigações em curso no STF, com participação da Procuradoria-geral da República.
O SBT News também pediu ao Supremo um posicionamento sobre as acusações de perseguição política e aguarda retorno.
Leia a nota de Alexandre de Moraes na íntegra:
“O gabinete do Ministro Alexandre de Moraes esclarece que, no curso das investigações dos inquéritos 4781 (Fake News) e 4878 (Milícias Digitais), nos termos regimentais, diversas determinações, requisições e solicitações foram feitas a inúmeros órgãos, inclusive ao Tribunal Superior Eleitoral, que, no exercício do poder de polícia, tem competência para a realização de relatórios sobre atividades ilícitas, como desinformação, discursos de ódio eleitoral, tentativa de golpe de Estado e atentado à Democracia e às Instituições.
Os relatórios simplesmente descreviam as postagens ilícitas realizadas nas redes sociais, de maneira objetiva, em virtude de estarem diretamente ligadas as investigações de milícias digitais.
Vários desses relatórios foram juntados nessas investigações e em outras conexas e enviadas à Polícia Federal para a continuidade das diligências necessárias, sempre com ciência à Procuradoria Geral da República. Todos os procedimentos foram oficiais, regulares e estão devidamente documentados nos inquéritos e investigações em curso no STF, com integral participação da Procuradoria Geral da República.
Na PET 10.543, o procedimento foi absolutamente idêntico. Após a decisão do Ministro relator, em 19 de agosto, foi solicitado relatório para o TSE, que foi juntado aos autos no dia 29 de agosto, tendo sido dada vista imediata às partes. O recurso da PGR não foi conhecido pelo STF, em 9 de setembro. Tudo regular e oficialmente nos autos”.
O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, foi condenado nesta quinta-feira (4) pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) a 12 jogos de suspensão e multa de R$ 60 mil, em julgamento por manipulação esportiva.
Bruno Henrique foi denunciado por ter forçado um cartão amarelo em partida contra o Santos, válida pela Série A do Campeonato Brasileiro de 2023.
O jogador foi absolvido da acusação de manipular e prejudicar uma equipe de forma deliberada, mas condenado por agir de forma contrária à ética desportiva.
egundo o STJD, a investigação apontou que Bruno Henrique recebeu o cartão de forma deliberada, com o objetivo de beneficiar apostadores.
“A conduta foi previamente comunicada a seu irmão, Wander, por meio de mensagens em aplicativo. O atleta teria repassado informação privilegiada visando fraudar evento vinculado ao Brasileirão 2023”, afirmou o STJD.
Ao SBT News, a defesa do jogador afirmou que “os votos de parte dos auditores pela absolvição de Bruno Henrique mostram que há séria dúvida no Tribunal contra a acusação, em favor da defesa”.
“A defesa do atleta pedirá efeito suspensivo e entrará com recurso para que o pleno do STJD possa definitivamente julgar o tema, confiando que a justiça será reestabelecida com a absolvição do atleta”, diz o comunicado.
O projeto de lei que propõe anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro avançou na Câmara dos Deputados e já preocupa o governo federal, que se prepara para uma disputa no Senado. A proposta ganhou impulso após o apoio do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e passou a dominar o debate político em Brasília.
Em agenda em Belo Horizonte, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou preocupação com o tema, que foi discutido durante sua viagem de Brasília a Minas Gerais. No Palácio do Planalto, a avaliação é de que há chances significativas de o projeto ser aprovado na Câmara.
Cálculos preliminares indicam que o União Brasil, partido do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (AP), pode entregar cerca de 50 votos favoráveis à proposta na Câmara. A oposição trabalha para ampliar esse número, ainda que o texto final não esteja fechado.
Mesmo contrário à anistia, Alcolumbre reconhece que, caso a matéria seja aprovada com larga margem entre os deputados, será difícil barrar sua tramitação no Senado. Diante desse cenário, o governo já admite que terá de atuar voto a voto para tentar frear o avanço da proposta.
A discussão sobre a anistia vem ofuscando outros assuntos da agenda política nacional e deve se consolidar como a principal disputa entre base governista e oposição nas próximas semanas.
Entenda A proposta de anistia em debate no Congresso propõe perdoar indivíduos que participaram ou deram apoio simbólico e logístico aos atos de 8 de janeiro de 2023, incluindo manifestações, financiamento e publicações favoráveis. Em algumas versões expandem-se os efeitos retroativamente até 2019, com o objetivo de também incluir o ex-presidente Jair Bolsonaro.
A iniciativa conta com o respaldo do PL — por meio de seu líder na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante — e tem forte apoio dos bolsonaristas e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), articula uma proposta alternativa que altera a contagem de penas para condenados nos atos de 8 de janeiro, mas exclui Bolsonaro dos beneficiados.
Ministros do STF indicam que a anistia pode ser considerada inconstitucional, já que os crimes envolvidos — tentativa de golpe, abolição violenta do Estado Democrático, terrorismo — não se enquadram em categorias passíveis de anistia.
A votação ainda não tem data definida. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos–PB), afirma que a proposta segue em negociação e dependerá de apoio no colégio de líderes.
O senador Rogério Marinho (PL-RN) reafirmou, nesta quinta-feira, que é pré-candidato a governador do Rio Grande do Norte. Frequentemente citado como opção da direita para a disputa presidencial de 2026, o líder da Oposição no Senado tem reiterado que sua intenção, na verdade, é concorrer à sucessão da governadora Fátima Bezerra (PT).
Nos últimos dias, o nome de Rogério passou a circular com mais intensidade como opção para a disputa nacional, especialmente diante da iminência da condenação e prisão definitiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de estado. Rogério tem sido lembrado como possível candidato a vice em uma eventual chapa liderada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (hoje no Republicanos).
Além disso, o próprio PL passou a testar o nome de Rogério em pesquisas para 2026 como possível cabeça de cabeça. Na mais recente, divulgada pela Paraná Pesquisas no fim de agosto, ele aparece apenas 5 pontos atrás do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Apesar disso, Rogério é taxativo: “Sou pré-candidato a governador do Rio Grande do Norte”, disse o senador ao AGORA RN nesta quinta-feira.
PL unido com Rogério governador Lideranças do PL no Rio Grande do Norte também defendem que Rogério seja candidato a governador em vez de se aventurar num projeto nacional. Um deles é o deputado estadual Coronel Azevedo. Em entrevista ao AGORA RN nesta quinta-feira, o parlamentar reconheceu que o senador tem projeção nacional atualmente, mas lembrou que o próprio senador tem dito que deve isso ao Rio Grande do Norte.
“Ele tem dito e reafirmado que é senador graças ao voto do povo do Rio Grande do Norte. O Estado vive uma situação difícil em vários indicadores e ele botou o nome para contribuir com o Estado. O desejo dele, o coração dele, é ser governador, contribuir com o Estado”, enfatizou Azevedo.
O deputado estadual assinalou que, além de Rogério, todo o PL está unido na defesa de que o senador seja candidato a governador. “Nosso desejo é ver Rogério governador. Estamos trabalhando na pré-campanha e estamos vendo, inclusive, uma boa aceitação. Ele já começou num patamar bastante elevado”, pontuou Azevedo, lembrando que os números das pesquisas são animadores.
Sobre a chapa da oposição para 2026, Azevedo afirmou que a construção do palanque depende de conversas, mas cogitou a possibilidade de Rogério Marinho ser candidato a governador tendo como candidatos ao Senado o atual senador Styvenson Valentim (PSDB) e o ex-prefeito de Natal Álvaro Dias (Republicanos). Nessa costura, segundo ele, o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União), poderia contribuir com a indicação do candidato a vice-governador e tendo participação na futura gestão.
“Ouço nas ruas o desejo de ver Álvaro Dias senador ao lado de Styvenson. Eu vejo uma boa aceitação. Havendo entendimento com Rogério Marinho, pode haver a composição. Vamos seguir a liderança de Rogério Marinho. Ele é o timoneiro do barco. Allyson também pode participar, seja na composição do governo, tem também a vaga de vice. Tem muitas possibilidades, e Rogério nunca descartou uma aproximação com Allyson, mas desde que ele viesse integralmente para o segmento conversador. Ele está associado à senadora Zenaide Maia. Não sei se essa associação seria conveniente ao nosso projeto de mudança para um RN mais conservador”, enfatizou o deputado Azevedo.
Coronel Hélio: ‘Rogério é o nome para tirar RN da rota do atraso’ Presidente do PL em Natal e pré-candidato a senador, Coronel Hélio também defende que Rogério Marinho seja candidato a governador. “Se você me perguntar o tamanho de Rogério Marinho, ele é do tamanho do País. Só que ele demonstra o tempo inteiro, e já anunciou, que está se colocando à disposição do eleitor do Estado para concorrer ao Governo do Estado”, declarou Hélio, ao AGORA RN.
Coronel Hélio reforça que Rogério Marinho é qualificado para qualquer disputa, mas que seria essencial para recuperar o Estado. “Ele é técnico. Já foi parlamentar municipal e federal e ministro. Eu tenho que reconhecer que o senador tem uma envergadura nacional, mas ele seria o nome para o estado do Rio Grande do Norte poder sair da rota do atraso em que se encontra”, declarou.
Sobre os demais nomes da oposição que se colocam na disputa, ele afirma que, no momento, “cada um está medindo seu tamanho”. Ele considera natural movimentos paralelos de nomes como Álvaro Dias e Allyson Bezerra. No entanto, ele acredita numa união de todos no mesmo palanque. “E para mim, Rogério Marinho é candidatíssimo”, pontuou.
Presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn), o ex-prefeito de São Tomé Babá Pereira também defende que Rogério Marinho seja candidato a governador. “O Rio Grande do Norte precisa muito mais dele do que o Brasil. Aqui ele seria mais útil para a gente ajudar o Rio Grande do Norte”, declarou Babá.
Sobre a disputa presidencial, Babá afirmou que a escolha do nome do PL caberá a Jair Bolsonaro, caso o ex-presidente siga inelegível. Ele citou que isso tem sido reafirmado pelo presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto. “O que eu tenho escutado tanto de Rogério quanto de Valdemar é que o próprio Bolsonaro é quem vai escolher o candidato da direita”, pontuou.
Babá também defendeu a união da oposição, embora aponte que haja uma dificuldade provocada pela aproximação entre Allyson Bezerra e Zenaide Maia. Ele diz torcer, no entanto, pela união em torno de Rogério. “Ele é mais importante para o estado do que para o Brasil”, finalizou.
“Povo do RN precisa mais dele aqui”, diz Valdemar Em visita a Natal em 16 de agosto, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, destacou o papel do senador Rogério Marinho no cenário político nacional e, principalmente, no Rio Grande do Norte. O dirigente ressaltou que o ex-ministro do Desenvolvimento Regional é um dos quadros mais citados dentro do partido para 2026.
“O Rogério é citado sempre, não é eventualmente. Muitos deputados e senadores da nossa bancada falam do Rogério. Ele foi um exemplo no governo federal. É preparado, equilibrado e ele tem tudo para ser tudo”, elogiou.
Apesar disso, Valdemar defendeu que o futuro de Marinho seja voltado à política potiguar, e não a uma disputa nacional. Para ele, o Estado precisa mais da liderança do senador do que o País. “Acho que o povo do RN precisa mais dele aqui, porque os dados do Estado são muito ruins. Tenho certeza que ele levanta esse estado se for governador”, declarou.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou, nesta quinta-feira (4), a apreensão de um lote falsificado do medicamento Mounjaro e um outro lote de Opdivo, remédio usado no tratamento de câncer.
De acordo com a agência reguladora, está proibida a venda, distribuição e uso do lote 082024 do Mounjaro.
Este lote foi produzido por uma empresa desconhecida após a Eli Lilly, fabricante do medicamento, ter comunicado a Anvisa que não produziu o lote citado.
O lote ACS1603 da marca Opdivo também foi fabricado por empresa desconhecida, por isso foi apreendido e a comercialização, distribuição e uso estão proibidos. A Anvisa foi informada do caso pela Bristol-Myers Squibb, fabricante do remédio.
A Anvisa informa que, por serem produtos falsificados, “não há nenhuma garantia sobre o seu conteúdo, origem ou qualidade”.
“Por isso, não devem ser usados em nenhuma hipótese”, alerta.
Quem identificar os lotes falsos pode informar a Anvisa pelos canais de atendimento.
O mandato da vereadora Brisa Bracchi (PT) protocolou, nesta quinta-feira (4), a petição de defesa no processo de cassação que tramita na Câmara Municipal de Natal. A denúncia foi apresentada pelo vereador Matheus Faustino (União Brasil), e a defesa foi entregue à comissão especial criada exclusivamente para análise do caso.
A acusação gira em torno da destinação de uma emenda parlamentar para o apoio ao evento cultural “Rolê Vermelho”, sob a alegação de que a iniciativa teria caráter “político-partidário”, o que é categoricamente refutado pela equipe jurídica da vereadora. A denúncia também tenta caracterizar o evento como uma forma de promoção pessoal, embora não haja qualquer fala, menção ou ação no evento que enalteça ou destaque a figura da parlamentar, o que reforça a inconsistência e fragilidade dos argumentos apresentados.
Ainda segundo a defesa, a iniciativa — que contou com artistas renomados da cidade — foi realizada de forma legal e transparente, com todos os trâmites conduzidos pela Fundação Capitania das Artes (FUNCARTE), órgão responsável pela execução da política cultural do município. Após análise técnica e parecer jurídico, a FUNCARTE oficializou a contratação dos artistas por meio de inexigibilidade de licitação, conforme determina a legislação vigente.
A vereadora também enfatiza que o pedido de apoio partiu de produtores culturais independentes, como ocorre frequentemente em seu mandato com diversos artistas da cidade. Sua única ação no processo foi o encaminhamento de ofícios à FUNCARTE, solicitando o apoio institucional. “Não há promoção pessoal, não há ato ilícito, e não há improbidade. O que existe é uma tentativa de silenciar um mandato popular e atuante, que tem lado, tem luta e tem compromisso com a cultura da nossa cidade”, completou Brisa. A defesa reforça que a denúncia é mal instruída, desproporcional e carente de provas, baseando-se unicamente em interpretações ideológicas e não em fatos concretos.
Desde a abertura do processo de cassação, um amplo movimento de solidariedade vem se consolidando em defesa do mandato. As manifestações de apoio partiram não apenas do setor cultural, mas também de movimentos sociais, sindicatos, organizações da sociedade civil e lideranças políticas. O respaldo ultrapassou as fronteiras do Rio Grande do Norte, ganhando repercussão nacional. Entre os nomes que se manifestaram estão Erika Hilton, Anielle Franco, Guilherme Boulos, Glauber Braga, Jones Manoel e o presidente recém-eleito do Partido dos Trabalhadores, Edinho Silva. Essas manifestações denunciam o que classificam como mais um caso de perseguição política contra um mandato de esquerda, popular e com trajetória reconhecida de atuação ética e democrática.
Além do desdobramento político-institucional, a Justiça determinou, na última segunda-feira (1º), que o vereador Matheus Faustino retire de suas redes sociais vídeos com informações falsas sobre o mandato da vereadora. Faustino havia alegado que Brisa destinou uma emenda de R$ 50 mil para aluguel de mesas e cadeiras na Casa Vermelha, informação já desmentida pela parlamentar. Em caso de descumprimento, a decisão judicial prevê multa diária de R$ 500, podendo chegar a R$ 60 mil. Até o fechamento desta matéria, os vídeos permaneciam no ar.
A vereadora segue com sua atuação parlamentar, com a confiança de que os fatos e a legalidade prevalecerão. “Estamos aqui para reafirmar nossa posição de que fazemos, a muitas mãos, um mandato muito importante para Natal. Nossa defesa é robusta e demonstra que todos os nossos atos foram conduzidos dentro da legalidade, com toda lisura e transparência. Por isso mesmo acreditamos em uma avaliação justa do processo”, afirmou Brisa.
Conforme determina o rito regimental, a comissão especial tem o prazo de cinco dias úteis para apreciar e deliberar sobre a defesa, decidindo se acata ou não os argumentos apresentados
As exportações do Brasil para os Estados Unidos tiveram uma queda de 18,5% em agosto, no primeiro mês de vigência do tarifaço de 50% imposto pelo presidente Donald Trump sobre produtos brasileiros exportados para aquele país, segundo dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e Serviços (Mdic) nesta quinta-feira.
Houve uma diminuição de US$ 600 milhões em relação aos ganhos obtidos pelas exportações em comparação com o mesmo período do ano passado. As importações de produtos americanos pelos brasileiros, por outro lado, aumentaram 4,6% em agosto, um ganho de US$ 200 milhões.
Com isso, o Brasil registrou um déficit nas transações comerciais com os EUA pelo oitavo mês seguido neste ano, ou seja, importou mais produtos americanos do que exportou para aquele país. O saldo deficitário para o Brasil ficou em US$ 1,23 bilhão em agosto.
Segundo os dados da balança comercial, apesar da queda nas compras de produtos brasileiros pelos EUA, houve um crescimento de 3,9% das exportações do Brasil como um todo em agosto.
O país fechou o mês passado com um superávit de US$ 6,13 bilhões, resultado da diferença entre US$ 29,86 bilhões em exportações e US$ 23,73 bilhões em importações. Isso representa um crescimento de 35,8% em relação ao resultado registrado no mesmo mês do ano passado.
A agropecuária e a indústria extrativa foram os setores que puxaram o desempenho para cima, com alta de 8,3% e 11,3%, respectivamente.
As vendas para China (aumento de 31%), Argentina (aumento de 40,37%), México (aumento de 43,82%) foram as que registraram maior crescimento em agosto e puxaram a alta das exportações brasileiras no mês.
Segundo os dados do MDIC, o aumento das exportações para China aconteceu principalmente devido a um salto na venda de óleos e produtos de petróleo (+75%), soja (28,45%), carne bovina (+84%), minério de ferro (+4,9%), e açúcar (20%).
“Tem uma questão de oferta, na China cresceu a soja, por exemplo, que tivemos uma safra recorde neste ano e um escoamento mais lento de soja nos primeiros meses do ano, o que faz com que o Brasil tenha volumes e estoques maiores para escoar nesse segundo semestre.”, exemplifica o diretor do Mdic, Herlon Alves.
Tarifa adicional
Este foi o primeiro mês de vigência do tarifaço imposto pelo presidente Donald Trump aos produtos do Brasil. Os 50% são uma soma de uma tarifa adicional de 40% (sob pretextos políticos, como o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, e suspeitas de práticas desleais de comércio) aos 10% anunciados em abril a título de “tarifas recíprocas”.
A medida afeta diretamente 35,9% das exportações do Brasil para os Estados Unidos, segundo cálculos do governo brasileiro. Em 2024, estes itens corresponderam a US$ 14,5 bilhões das exportações brasileiras. Com o imposto de importação de 50%, produtos brasileiros ficam mais caros para os americanos, o que desestimula encomendas e compras.
Quase 700 produtos — entre os 4 mil itens que o Brasil exporta para os EUA — foram listados como exceções a essa tarifa adicional de 40%.
Insegurança afetou números
No entanto, mesmo os bens que encabeçam a lista de exceções foram afetados. Apesar de terem ficado de fora da sobretaxa aeronaves, óleos e combustíveis, minério de ferro e celulose, entre outros produtos, estiveram entre os que registraram maior queda de exportação aos EUA neste mês.
Na madrugada desta sexta-feira (05), por volta das 2h15, a Polícia Militar de Currais Novos foi acionada para atender a ocorrência de furto de uma motocicleta Honda CG 160 Titan, de cor laranja e placa TSQ9E05. O crime aconteceu em frente a um prédio localizado na Rua Capitão Mor Galvão, nas proximidades do mercado público.
De acordo com as informações repassadas, a PM realizou diversas diligências na tentativa de localizar o veículo, porém até o momento não obteve êxito. O caso segue em investigação.
O Ministério Público Eleitoral do Rio Grande do Norte recomendou nesta quinta-feira 4 que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RN) confirme a cassação do prefeito de Equador, Professor Cletson (MDB), e do vice, Caio Sabino (Podemos). O parecer pedindo a cassação é assinado pela procuradora regional eleitoral, Clarisier Azevedo.
O prefeito e o vice de Equador já foram cassados na primeira instância, em decisão da 24ª Zona Eleitoral proferida no início do mês passado. Agora, o caso é discutido no TRE-RN, após recurso protocolado pelo prefeito e o vice. Caso a sentença seja confirmada, eles deixarão os cargos, e o município terá novas eleições.
Equador fica na região Seridó do Rio Grande do Norte. A distância do município para a capital do Estado, Natal, é de aproximadamente 280 quilômetros.
O parecer do MPE também pede que Eldrin Wenceslau Diniz Falcão Silva seja declarado inelegível. Ele teria sido o responsável por criar um perfil falso para atacar opositores.
O documento aponta que os gestores usaram o perfil falso “O Sincerão” para atacar adversários com ofensas e informações falsas, configurando abuso dos meios de comunicação. Além disso, os gastos com cooperativas municipais ultrapassaram milhões de reais em 2024, caracterizando uso indevido da máquina pública, segundo o MPE.
Com base nessas provas, o Ministério Público recomenda que o TRE-RN rejeite os recursos apresentados pelos envolvidos e execute a decisão imediatamente. Caso seja acatada, novas eleições poderão ser convocadas no município
A tradicional família Salustino estará reunida em um grande encontro familiar nos dias 5, 6 e 7 de setembro, em Currais Novos. O evento promete movimentar a cidade, reunindo cerca de 350 familiares para três dias de celebrações, homenagens e momentos de confraternização.
A programação tem início nesta sexta-feira (05), às 18h, na Fazenda Brejuí, local que carrega forte simbolismo para a família e para a história regional.
Homenagem a Tomaz Salustino
No sábado, 6 de setembro, data em que se recorda o aniversário natalício do Desembargador Tomaz Salustino, será celebrada uma missa especial às 10h, na Capela Santa Teresa D’Ávila, localizada na Mina Brejuí em Currais Novos.
A celebração religiosa marcará também o aniversário da Rádio Currais Novos, importante veículo de comunicação da nossa cidade, e deverá reunir familiares, amigos, autoridades e a comunidade em geral.
O legado de Tomaz Salustino
Nascido em 1880, Tomaz Salustino deixou um legado que ultrapassou fronteiras. Em 1943, fundou a Mina Brejuí, tornando-se um dos principais nomes da produção de scheelita, minério essencial na indústria bélica durante a Segunda Guerra Mundial.
Sua projeção internacional foi reconhecida em 1954, quando a revista Time, de Nova York, destacou sua fortuna como a quarta maior em potencial no mundo. Registros históricos ainda apontam que ele foi recebido pelo prefeito de Nova York, atestando o prestígio alcançado por sua trajetória empresarial.
Tradição e memória
O encontro da família Salustino reforça não apenas os laços familiares, mas também a importância de preservar a história e a memória de um dos maiores empreendedores que marcaram a economia do Seridó e do Brasil.
Durante todo o fim de semana, fotos e registros do evento serão divulgados em tempo real diretamente da Fazenda Brejuí, possibilitando que a comunidade acompanhe os momentos de união e celebração.
A Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia, Desenvolvimento Socioeconômico, Meio Ambiente e Turismo (CECTDSMAT) da Assembleia Legislativa do RN recebeu, nesta quinta-feira (4), a secretária de Estado da Educação, do Esporte e do Lazer, Maria do Socorro da Silva Batista. Atendendo a convite de autoria do deputado Coronel Azevedo (PL), a gestora apresentou e debateu com os parlamentares a Portaria-SEI nº 6452/2025, que estabelece diretrizes para o regime de aprovação em progressão parcial dos estudantes do ensino fundamental e médio da rede pública estadual.
Ao abrir a reunião, a secretária destacou que o tema precisa ser compreendido a partir do contexto da pandemia. “Não podemos falar em avaliação sem falar em recomposição de aprendizagens. Os estudantes passaram cerca de um ano e meio sem desenvolver sua aprendizagem de forma regular, e foi necessário adotar medidas para recompor o conhecimento perdido”, disse. Segundo ela, o programa de recomposição das aprendizagens é considerado um dos mais importantes pelo Ministério da Educação e tem como objetivo criar ambientes pedagógicos que permitam que os estudantes avancem, mas compreendem a individualidade de cada um.
Maria do Socorro apresentou dados sobre a aplicação da portaria. Atualmente, 1.460 alunos estão em regime de progressão parcial no estado, sendo 38% em Natal, 11% em Mossoró, 10% em Nova Cruz e 8% em Pau dos Ferros. Entre as disciplinas, 55% das reprovações se concentram em áreas de exatas, como matemática, física e química. A secretária também informou que a taxa de aprovação no RN é de 77,79%, enquanto a distorção idade-série chega a 34%. “A possibilidade de abandono escolar entre reprovados é quase cinco vezes maior que a de aprovados. A progressão parcial busca justamente diminuir esse risco”, explicou.
O tema dividiu opiniões entre os parlamentares. Autor da convocação, o deputado Coronel Azevedo (PL) criticou e chegou a sugerir a suspensão da medida. “Essa portaria representa a normatização do fracasso. Ao nosso ver, ela fere a qualidade da educação. O mérito é esquecido e o demérito é premiado”, disse, comparando a proposta a modelos de escolas cívico-militares, que, segundo ele, reduziram a evasão e violência escolar em outros estados, além de registrarem números positivos entre as comunidades onde estão instaladas.
Já o deputado Francisco do PT defendeu a medida. “Como professor, sei da dificuldade de lidar com estudantes fora de faixa. O regime de progressão parcial não é invenção deste governo, está previsto na LDB desde 1996. A intenção é boa: garantir que os jovens permaneçam na escola e tenham a chance de mudar suas vidas com a educação”, declarou.
Outros parlamentares apontaram preocupações e sugestões. Hermano Morais (PV) destacou o risco de sobrecarga para os alunos do ensino médio e pediu informações sobre a formação de tutores que acompanharão os estudantes. Luiz Eduardo (SDD) afirmou ser favorável à meritocracia, defendendo acompanhamento diferenciado aos alunos em progressão parcial. Divaneide Basílio (PT) reforçou a necessidade de avaliação e controle constantes dos resultados.
Participaram ainda da reunião os deputados Ubaldo Fernandes (PSDB) e Adjuto Dias (MDB). A secretária concluiu sua exposição reafirmando que os resultados da política serão acompanhados e poderão ser revisados. “Temos a humildade de reconhecer que, passados dois anos, será necessário reavaliar. O mais importante é oferecer condições reais para que esses alunos recuperem as aprendizagens e sigam sua trajetória escolar”, disse.
Votação secreta Após a participação da secretária de Educação, os deputados prosseguiram a reunião em sessão secreta para deliberar sobre a concessão de títulos honoríficos de cidadão norte-rio-grandense a seis personalidades.
A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem) lançou esta semana campanha nacional pela inclusão no Sistema Único de Saúde (SUS) de fármacos que combatem a obesidade.
O movimento conta com apoio da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade (Abeso), da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), entre outras.
Em nota, a Sbem informou que a proposta é mobilizar a sociedade, sensibilizar autoridades e pressionar por políticas públicas que garantam acesso a tratamento adequado, sobretudo medicamentoso, na rede pública.
O comunicado cita que a obesidade, embora reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como doença crônica multifatorial, permanece como uma das únicas sem tratamento medicamentoso incorporado ao SUS.
“Enquanto pacientes com hipertensão, diabetes, asma ou dislipidemia têm acesso gratuito a medicamentos, aqueles que vivem com obesidade permanecem sem qualquer alternativa terapêutica na rede pública”, destacou a Sbem.
A entidade ressalta que, até o momento, nenhum fármaco para perda de peso foi incorporado ao SUS – nem mesmo medicamentos agonistas GLP-1, popularmente conhecidos como canetas emagrecedoras.
“Nos últimos cinco anos, quatro medicamentos para o tratamento da obesidade foram submetidos à análise da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) e tiveram sua incorporação negada: orlistate, sibutramina, liraglutida e semaglutida.”
Números
Dados do Atlas Mundial da Obesidade 2025, da Federação Mundial da Obesidade (WOF, na sigla em inglês), indicam que 31% dos adultos brasileiros têm obesidade, enquanto 68% têm sobrepeso – o que significa que quase sete em cada 10 vivem com excesso de peso.
As projeções indicam que, se nada for feito, até 2044 quase metade da população adulta brasileira (48%) estará obesa.
O relatório revela ainda que mais de 60 mil mortes prematuras no Brasil são atribuíveis ao sobrepeso e à obesidade por sua associação a doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes tipo 2 e acidente vascular cerebral (AVC).
“Além do impacto humano, o problema traz custos expressivos para o sistema de saúde”, destacou a Sbem, ao citar estimativas de estudo feito pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) que apontam que, entre 2021 e 2030, os custos diretos ao SUS com doenças associadas à obesidade podem atingir US$ 1,8 bilhão.
Já as perdas indiretas, como anos de vida produtiva, segundo o estudo, podem chegar a US$ 20 bilhões.