O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mantém um índice de reprovação estável, de acordo com uma pesquisa Datafolha divulgada neste sábado.
Desde o levantamento realizado no mês passado, em julho, o nível daqueles que consideram a atuação do governo como “ruim” ou “péssima” é a mesma: 40%.
Enquanto isso, o nível de aprovação neste mês está na casa dos 29%, sendo que no mês passado eram 28% os que classificam como “bom” ou “ótimo” o trabalho desempenhado pelo governo federal.Play Video
Aqueles que consideram a gestão como “regular” passaram de 31% para 29%, enquanto 1% preferiu não responder.
O levantamento que ouviu 2.004 eleitores entre os dias 29 e 30 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Ao serem questionados especificamente sobre os trabalhos de Lula na cadeira da Presidência da República, 50% dos entrevistados reprovam a postura do mandatário, enquanto 46% aprovam.
O levantamento foi realizado em meio a crise do Brasil com os Estados Unidos, que teve início quando Donald Trump decidiu anunciar taxas de 50% sobre produtos importados do Brasil e ainda criticar o processo judicial enfrentado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Suprema Corte.
Desde o início do imbróglio, Lula tem adotado um discurso duro, defendendo a soberania nacional e criticando os que tentam interferir em processos do Judiciário brasileiro.
A Polícia Militar do 13º Batalhão, sediado em Currais Novos, registrou várias ocorrências no último dia. Confira abaixo os principais fatos:
Currais Novos:
Perturbação da tranquilidade: Uma ocorrência foi registrada, com a Polícia Militar sendo acionada para intervir em uma situação que perturbava a ordem pública.
Violência doméstica: Uma ocorrência de violência doméstica foi registrada, com a Polícia Militar sendo acionada para proteger a vítima e garantir a segurança.
Visitas em apoio à mulher em situação de violência doméstica e familiar: Uma mulher foi atendida pela Patrulha Maria da Penha em situação de violência doméstica e familiar, recebendo apoio e orientação.
Cerro Corá:
Apoio à mulher em situação de violência doméstica e familiar: Seis mulheres foram atendidas pela Patrulha Maria da Penha em situação de violência doméstica e familiar, recebendo apoio e orientação.
São Vicente:
Furto tentado: Uma tentativa de furto foi registrada, com a Polícia Militar sendo acionada para investigar e garantir a segurança da área.
Lagoa Nova:
Outros fatos atípicos: Uma ocorrência de natureza não especificada foi registrada, com a Polícia Militar sendo acionada para intervir.
Visita em apoio à mulher em situação de violência doméstica e familiar: Uma mulher foi atendida pela Polícia Militar em situação de violência doméstica e familiar, recebendo apoio e orientação.
A Polícia Militar do 13º BPM reforça a importância da colaboração da população para a segurança pública e solicita que qualquer suspeita ou ocorrência seja reportada imediatamente às autoridades competentes.
Divulgada na última quarta-feira (30), a mais recente pesquisa realizada pelo Instituto TSDois em parceria com a TCM Telecom revelou as intenções de voto para deputado estadual no Rio Grande do Norte com foco nas eleições de 2026.
O deputado Luiz Eduardo (Solidariedade) se destacou entre os nomes mais lembrados pelos eleitores potiguares na sondagem, que ouviu 1.847 pessoas entre os dias 23 e 26 de julho de 2025.
O levantamento abrangeu todas as regiões e microrregiões do estado, com entrevistas realizadas em 63 municípios, respeitando a densidade geográfica do eleitorado. A metodologia aplicada foi a pesquisa quantitativa, com abordagem presencial.
A pesquisa tem margem de erro de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos e nível de confiança de 95%, o que significa que os resultados refletem com alta precisão o atual cenário político do RN.
O deputado federal Sargento Gonçalves (PL-RN) encabeçou um chamamento para uma mega motocarreata intitulada “Reaja, Brasil”, que será realizada neste domingo em Natal.
A concentração será na Avenida das Fronteiras, próximo à Maternidade Leide Moraes, na Zona Norte da capital potiguar, a partir das 14h. A saída está prevista para as 15h, com destino ao Shopping Midway Mall, na Zona Sul.
A expectativa é de que centenas de veículos participem do ato, percorrendo diversas ruas da cidade até o destino final.
Em sentença proferida nesta sexta-feira (1º), o juiz eleitoral Wilson Neves de Medeiros Júnior cassou o mandato do prefeito de Equador/RN, Cletson Rivaldo de Oliveira, e do vice-prefeito Caio Ferreira, por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante o pleito de 2024. A decisão também tornou ambos inelegíveis por oito anos.
De acordo com a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), Cletson Oliveira teria operado, em conluio com Eldrin Wenceslau Diniz Falcão Silva, o perfil anônimo “O Sincerão” (@sincerao_o) na rede social Instagram. O perfil foi usado de forma sistemática para atacar e ridicularizar adversários políticos, divulgando conteúdo ofensivo, difamatório e inverídico contra nomes como Noeide Clemens, Cláudio Damião, José Frankiney (“Kiney”) e Camila Cantalice — esta última teria desistido da candidatura após os ataques.
A Justiça concluiu que as postagens do perfil fake extrapolaram os limites da crítica política, sendo de alta gravidade e com forte repercussão no pequeno colégio eleitoral da cidade, que tem pouco mais de 5 mil habitantes. A quebra de sigilo telemático confirmou acessos ao perfil a partir de dispositivos ligados ao próprio prefeito.
Além disso, a decisão reconheceu abuso de poder político com uso da máquina pública para coagir e manipular eleitores. A prefeitura de Equador contratou centenas de cooperados via cooperativas de trabalho, com forte aumento de despesas no ano eleitoral. Testemunhas relataram que contratações e demissões estavam ligadas à adesão ou não à campanha de Cletson. O próprio prefeito, em discurso público, utilizava metáforas com frutas para ameaçar opositores (“melancia eu corto pelo talo”), deixando clara a retaliação a quem não o apoiasse.
A sentença aponta que a conduta dos investigados comprometeu a lisura do pleito e feriu a isonomia entre os candidatos. A decisão ainda cabe recurso ao Tribunal Regional Eleitoral. A decisão cabe recurso ao Tribunal Regional Eleitoral e os cassados podem continuar no cargo caso recorram da decisão.
O deputado estadual Francisco do PT participou, nesta quinta-feira (31), da primeira edição da Feira Nacional Boné Brasil, realizada no município de Serra Negra do Norte, no Seridó potiguar. Ao lado da governadora Fátima Bezerra e de outras autoridades estaduais e locais, o parlamentar prestigiou o evento que reuniu expositores, empreendedores, artesãos e representantes da cadeia produtiva do setor de bonelaria do Rio Grande do Norte e de outros estados.
A presença do deputado reafirma seu compromisso com o fortalecimento da economia regional e com os trabalhadores e trabalhadoras que movimentam a produção local. “A cadeia produtiva do boné é um importante vetor de desenvolvimento para Serra Negra do Norte e para o Seridó. É fundamental que iniciativas como essa sejam apoiadas, valorizadas e ampliadas”, destacou Francisco.
Durante a visita, o parlamentar conversou com expositores, dialogou com a população e reforçou a importância do incentivo a políticas públicas voltadas ao empreendedorismo e à geração de emprego e renda na região.
A Feira Boné Brasil se consolida como um espaço estratégico para divulgação de produtos, troca de experiências e articulação de parcerias para o setor, que emprega centenas de pessoas no município.
Policiais civis da 46ª Delegacia de Polícia (DP) de Caicó, em ação conjunta com a 48ª DP de Serra Negra do Norte, a Delegacia de Furtos e Roubos (DEFUR) e o 3º Núcleo de Investigação Qualificada (NIQ), prenderam, na manhã desta quarta-feira (31), três pessoas suspeitas de envolvimento com o tráfico de drogas no município de Caicó/RN. Entre os detidos estão um casal, de 26 e 22 anos, e uma mulher de 34 anos.
As investigações tiveram início após denúncias anônimas, que apontavam que o casal estaria comercializando entorpecentes na região. As informações também indicavam que a residência da terceira suspeita vinha sendo utilizada para armazenar drogas.
Com base nos indícios coletados, foram solicitados os mandados de busca e apreensão em três imóveis supostamente ligados à atividade criminosa. As ordens foram expedidas pela 3ª Vara da Comarca de Caicó.
Durante o cumprimento dos mandados, os agentes encontraram, na residência de uma das suspeitas, porções de substâncias análogas à maconha, cocaína e crack. Também foram apreendidos uma balança de precisão, dinheiro em espécie, embalagens para fracionamento das drogas e anotações típicas da contabilidade do tráfico.
Ainda durante a ação, uma das investigadas admitiu informalmente ser proprietária das drogas apreendidas, embora tenha negado o envolvimento do companheiro. O casal foi autuado em flagrante.
Na sequência, as equipes realizaram buscas em uma área nas imediações do Rio Barra Nova, onde localizaram baldes enterrados contendo grande quantidade de maconha e cocaína, munições de arma de fogo, balanças de precisão e embalagens plásticas do tipo zip-lock, utilizadas para a preparação e venda dos entorpecentes.
As investigações continuam com o objetivo de identificar outros envolvidos. Os suspeitos foram conduzidos à delegacia para os procedimentos legais e, em seguida, encaminhados ao sistema prisional, onde permanecerão à disposição da Justiça.
A Polícia Civil reforça a importância da colaboração da população, que pode repassar informações de forma anônima por meio do Disque Denúncia 181.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Polícia Civil do RN – SECOMS.
Vítima de violência doméstica dentro de um elevador em Natal com pelo menos 60 socos pelo então namorado, Juliana Soares, 35 anos, fará procedimento cirúrgico nesta sexta-feira (1º) às 8h no Hospital Universitário Onofre Lopes. A jovem apresenta múltiplas fraturas na face e será submetida a um procedimento chamado osteossíntese, com o objetivo final de restabelecer a estética e a funcionalidade do rosto. O agressor, Igor Eduardo Pereira Cabral, 29 anos, segue preso de maneira preventiva e aguarda transferência para o sistema prisional.
Segundo informações da unidade médica, o procedimento irá contemplar a redução e fixação das fraturas com o uso de miniplacas e miniparafusos, além de uma revisão nas estruturas nasais. “Trata-se de uma cirurgia necessária para reconstrução das áreas fraturadas, buscando o restabelecimento da estética e da função”, explica Kerlison Paulino de Oliveira, responsável pela cirurgia.
De acordo com informações do HUOL, Juliana passou por avaliação da equipe foi admitida ainda na tarde desta quinta-feira (31). A cirurgia está prevista para 8h da manhã e será realizada no centro cirúrgico da unidade, sob anestesia geral, por uma equipe multidisciplinar composta por cirurgiões-dentistas especialistas em cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial, além de anestesistas e profissionais de enfermagem.
“Ela está evoluindo de forma satisfatória, com hematoma e edema em regressão, ainda com algumas dores decorrentes das fraturas em terço médio e inferior da face, porém controladas com analgésicos comuns”, relata o cirurgião-dentista.
A cirurgia também busca prevenir possíveis sequelas decorrentes da violência física sofrida pela paciente. Após o procedimento, Juliana será acompanhada pela equipe do Huol-UFRN/Ebserh pelo tempo adequado para sua recuperação. A previsão inicial é de permanência de dois dias no hospital.
O cirurgião-dentista Kerlison Paulino destaca que o propósito é realizar todo o reparo em um único tempo cirúrgico. “Estamos planejando a resolução do caso em um único tempo cirúrgico, mas não podemos descartar a possibilidade de outra abordagem. A paciente está ciente”, afirma. Ele acrescenta que, em casos como esse, o tempo para a realização da cirurgia é fundamental. “Nessas condições, os ossos se encaixam perfeitamente, possibilitando o melhor reparo ósseo e evitando deformidades e sequelas”, esclarece o especialista.
O profissional ressalta, ainda, o compromisso da equipe da cirurgia buco-maxilo-facial com a ética e o cuidado integral da paciente. “Acompanhamos este caso desde o atendimento inicial e estamos conduzindo cada passo de uma forma cuidadosa, responsável e, acima de tudo, ética, sempre buscando minimizar os riscos e traumas decorrentes do evento inicial e mantendo a confiança e respeito mútuos na relação profissional-paciente”, finaliza Kerlison Paulino.
O caso aconteceu no último sábado (26), num condomínio da zona Sul de Natal. A vítima, Juliana Soares, 35 anos, foi agredida com pelo menos 60 socos pelo seu namorado, Igor Eduardo Pereira Cabral, 29 anos. A câmera do elevador registrou as agressões, sendo possível identificar ele desferindo socos no rosto da vítima. O crime teria sido motivado por ciúmes. À Polícia Civil, o homem alegou ter tido um “surto claustrofóbico”. Juliana Soares vai precisar passar por cirurgia de reconstrução do seu rosto, que chegou a ter o maxilar fraturado. Uma campanha de auxílio coletivo nas redes sociais chegou a ser criada, tendo atingido a cifra de R$ 70 mil na última visualização.
O número de casos de estelionatos virtuais no Rio Grande do Norte disparou. Foram 5.007 casos em 2024 contra 1.888 em 2023, segundo dados do Anuário Brasileiro da Segurança Pública. O aumento percentual é de 165%, o maior do país. No Brasil, o aumento nessa modalidade de crime foi de 26%. Para especialistas, o aumento do uso de plataformas e redes sociais e a falta de conhecimento para se proteger de crimes cibernéticos são fatores que podem explicar o aumento expressivo no Estado e no Brasil.Play Video
Segundo os dados do Anuário, a taxa por 100 mil habitantes ficou em 145,3 no RN, sendo a segunda maior do Nordeste e a 10ª maior do Brasil. Na região, o RN ficou atrás apenas de Alagoas, que registrou taxa de 230 por 100 mil habitantes. No Brasil, o estado com a maior taxa por 100 mil habitantes foi Santa Catarina, com taxa de 903,8. Estados como Ceará, Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco não possuem dados. O estelionato previsto no art. 171 do Código Penal passou a incluir, a partir de 2021, as modalidades de fraude eletrônica, tipificadas nos parágrafos 2º-A, 2º-B e 3º do mesmo artigo. As penas para este tipo de crime são de 4 a 8 anos de reclusão.
Na avaliação da advogada Beatriz Torquato, presidente da Comissão de Direito Digital da OAB-RN, o aumento expressivo se deve a uma questão multifatorial, sendo a primeira delas uma nítida migração do crime patrimonial físico para o digital.
“Com o avanço de tecnologias de bloqueio e rastreamento de celulares, o roubo de aparelhos se tornou menos atrativo, levando muitos criminosos a apostar em golpes digitais, que oferecem maior lucratividade e menor risco de flagrante. Esse movimento também é refletido nas estatísticas de segurança pública do estado, que mostram uma redução consistente nos índices de furtos e roubos de celulares e veículos, enquanto os registros de estelionatos eletrônicos aumentam de forma acelerada”, analisa.
Ainda segundo a advogada, outro fator é o aumento da exposição nas redes sociais, com muitos casos sem qualquer proteção de privacidade, cujos perfis trazem informações como nome de familiares, profissão, localização, número de telefone e até mesmo rotina diária. “Isso fornece aos golpistas um conjunto de dados que facilita fraudes por engenharia social, como clonagem de contas, falsos boletos e cobranças indevidas”, aponta.
Segundo análise de Rodrigo Jorge, especialista e ativista em cybersegurança, uma das possíveis respostas para o aumento está no fato de que “possa haver uma impunidade maior”, isto é, um “sistema de segurança pública que acaba não sendo eficiente e com isso pode se operacionalizar o crime naquela região com mais certeza que sairá impune”, lembra. “Até poucos meses o RN não tinha uma delegacia especializada no combate aos crimes digitais, e talvez a que existe hoje não seja suficiente para a demanda”, acrescenta.
“Ao mesmo tempo, esse número pode trazer uma percepção inversa: se tem um número maior no RN, pode se dar a uma população mais consciente e que vai atrás das autoridades para comunicar. Pode ser que em outros locais a população não faça esse reporte e com isso o número seja menor do que o real. Portanto, para responder com uma precisão maior seria preciso estudar um pouco mais. Eu vejo que o RN tem uma peculiaridade: a imprensa está sempre publicando matérias de conscientização para ajudar a população a se precaver e isso pode ser um dos fatores”, aponta.
Em fevereiro deste ano, a Polícia Civil do RN inaugurou a Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC). A unidade foi criada para investigar delitos como fraudes eletrônicas, invasão de dispositivos informáticos, estelionato virtual, disseminação de conteúdos ilícitos e crimes contra a propriedade intelectual.
São vários os exemplos de casos de golpes registrados pela Polícia Civil nos últimos anos. São casos de sites falsos de leilão, compra e venda de apartamentos, motos, carros, eletrodomésticos. Há ainda os golpes mais famosos, mas que seguem fazendo muitas vítimas: o golpe do Pix, em que um familiar ou amigo se passa por uma pessoa utilizando fotos e até o jeito de escrever para pedir transferências bancárias; e o golpe do falso advogado, em que um número telefônico entra em contato alegando ter novidades sobre processos e alegando que a vítima tem direito a receber eventuais indenizações.
A TRIBUNA DO NORTE procurou a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesed) e a Polícia Civil do RN para repercutir os dados do Anuário, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.
O Governo do Estado vai apresentar, na manhã desta sexta-feira (1º), um pacote de medidas para mitigar os impactos da taxação de 50% estabelecida pelo governo de Donald Trump aos produtos brasileiros vendidos aos Estados Unidos. O chamado “tarifaço” começa a valer na próxima quarta-feira (6) e afeta oito dos dez produtos potiguares que mais foram exportados para o mercado americano no primeiro semestre de 2025. De acordo com a Federação das Indústrias do RN (Fiern), estimativas das indústrias exportadoras indicam que entre R$ 70 milhões e R$ 100 milhões em exportações podem deixar de ser comercializados por ano com o aumento das tarifas. Estima-se ainda que 4 mil postos de trabalho estejam em risco.
Uma Nota Técnica publicada pela Secretaria de Desenvolvimento do RN (Sedec) nesta quinta-feira (31) aponta que, de janeiro a junho de 2025, o valor total exportado pelo RN para os EUA foi de US$ 67,1 milhões. Os dez principais produtos exportados somaram, somente no 1º semestre, US$ 58,1 milhões. Ainda conforme o documento, aproximadamente 48,1% do volume financeiro das exportações potiguares para o mercado americano seria impactado pela tarifa adicional de 50%.
“Diante desse cenário, o Governo do RN informa que adotará todas as medidas cabíveis, em articulação com o Governo Federal, com o objetivo de dar continuidade às negociações diplomáticas e institucionais, buscando mitigar os efeitos da medida e preservar a competitividade das exportações do estado” diz trecho da nota.
O pacote de medidas para mitigar os impactos do tarifaço será apresentado aos setores afetados, segundo informou o secretário de Desenvolvimento Econômico do RN, Alan Silveira. Sem dar maiores detalhes, ele adiantou que o pacote integra um conjunto de ações que incluem benefícios fiscais, especialmente para as empresas que já fazem parte do o Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial (Proedi) e que poderão ter isenções ampliadas. O pacote também deve incluir mecanismos de antecipação de créditos vinculados à exportação, com a criação de linhas financeiras que permitam às empresas antecipar recebíveis a taxas mais vantajosas.
Roberto Serquiz, presidente da Fiern, disse que as possíveis alternativas para reduzir os efeitos do tarifaço estão em fase de ‘gestação’ e comentou que ainda espera uma reversão da medida. “É um desafio buscar essa reversão em tão curto espaço de tempo, mas a gente acredita que isso possa acontecer. O que não podemos é deixar que o ambiente político interfira tanto na economia. Para além disso, uma das saídas de mitigação dos impactos é buscar a recomposição de custos e abrir mercados”, aponta Serquiz.
Ele ressaltou que a indústria não planeja demissões, pois está sempre voltada ao desenvolvimento e à geração de empregos. No entanto, caso as dificuldades persistam, adaptações poderão ser necessárias nos setores exportadores.
“Infelizmente, diante desse cenário, pode se tornar impossível manter [todos os empregos nos segmentos que exportam para os EUA]. Ninguém fica feliz com cortes. Quando há desligamentos, é porque há risco à sustentabilidade ou necessidade de redesenhar o próprio negócio”, pontuou Serquiz.
Medidas As medidas que serão apresentadas pelo Governo nesta sexta visam dar algum respiro às atividades afetadas. O setor de pesca, o mais atingido em quantidade de exportação, com cerca de 80% dos produtos enviados ao mercado norte-americano, irá pedir ao Governo do Estado a isenção total do ICMS que incide sobre o combustível das embarcações.
“Sobre a isenção, estamos protocolando um documento a pedido do Governo. Queremos que a medida vigore até o final do ano. E na segunda, vamos nos reunir com a DRT [Delegacia Regional do Trabalho] para ver questões de contratos de trabalho. Essa é a alternativa que a gente observa para manter a viabilidade da atividade pesqueira. No nosso caso, não adianta buscar novos mercados, porque na Ásia e na Oceania há competidores que estão bem mais próximos”, disse Arimar Filho, presidente do Sindipesca.
“Além do que, a logística para os dois continentes custa muito caro ao nosso mercado. E para a Europa, desde 2018 o Brasil é proibido de exportar por uma questão que envolve aspectos técnicos, mas também políticos. Então, a gente não tem saída quanto a novos destinos”, completou Arimar. As exportações da pesca potiguar aos EUA movimentam mais de R$ 250 milhões ao ano, com mais de 2,5 mil empregos.
Doces, sal e reciclagem também serão afetados
A indústria de doces e pirulitos será a segunda atividade no Rio Grande do Norte mais afetada pela taxação, uma vez que 70% das exportações desse setor têm como destino os Estados Unidos. Luiz Eduardo Simas, que integra o Sindicato de Doces do RN, disse que as empresas exportadoras estão em contato com o Governo do Estado, por meio da Fiern, para entender quais medidas serão oferecidas para aliviar os impactos. “O que o setor tem feito é negociar para que demissões e perdas no faturamento não se concretizem. Não temos falado expectativas de números nem sobre possíveis perdas, porque preferimos esperar a entrada em vigor da medida”, explicou Simas.
O setor de sal, que tem metade das exportações voltadas ao mercado americano, disse que a taxação vai representar perda de empregos e prejuízos às empresas, que não terão para onde direcionar os próprios produtos. “Não temos muitos outros mercados. Nós exportamos 550 mil toneladas aos EUA por ano. Por conta da logística e do fato de o sal ser um produto de baixo valor, ele não consegue ser competitivo quando se colocam distâncias muito maiores do que os Estados Unidos. Portanto, estamos fadados a esse mercado, em um primeiro momento”, explicou Aírton Torres, presidente do Siesal.
“De todo modo, junto com o Governo do Estado estamos vendo a possibilidade de abrir um pouco mais para a Europa”, frisou Aírton Torres. Ainda segundo ele, o setor gera cerca de 4 mil postos de trabalho no RN, volume que será atingido pela taxação. “Ainda não temos como quantificar esse impacto, mas sabe-se que, além dessas pessoas, aquelas outras ligadas à cadeia de distribuição sentirão os efeitos.
Estamos desenhando alternativas com o apoio da Fiern para encontrar algum tipo de incentivo junto ao Governo do Estado para compensar, ainda que parcialmente, os prejuízos”, disse.
O quarto setor que mais irá sentir o peso do tarifaço é o de reciclagem, que destina 30% dos produtos exportados aos Estados Unidos.
Etelvino Patrício, presidente do Sindirecicla-RN, disse que o real valor dos efeitos só será conhecido após a medida do governo americano passar a valer. O que o setor tem feito, segundo Etelvino, é procurar novos destinos para tentar compensar as perdas com a taxação.
“Nosso planejamento é tentar buscar novos mercados e novos clientes, para que a gente possa suprir as perdas que teremos, mesmo entendendo que, em casos de precificação, não conseguiremos mercado melhor do que o americano”, pontuou.
Fruticultura Para a fruticultura potiguar, cujo impacto deverá ser de R$ 100 milhões ao ano, a Federação da Agricultura e Pecuária do RN (Faern) esclareceu que também tem buscado alternativas para o tarifaço. “Está sendo elaborada uma proposta de crédito emergencial voltada a produtores que precisam manter contratos de trabalho, mesmo diante de uma redução temporária de produção. Além disso, a Faern defende que prefeituras atuem de forma proativa, ativando redes locais de proteção social e ampliando compras públicas de frutas para merenda escolar, como forma de sustentar o escoamento da produção e proteger os empregos”, afirmou José Vieira, presidente da Federação.
“A Faern também defende a criação de uma frente interestadual da fruticultura irrigada, reunindo RN, PE, BA e CE. Essa articulação permitirá uma resposta coordenada, fortalecerá a defesa dos interesses do semiárido fruticultor e ampliará o poder de negociação do setor em âmbito nacional e internacional”, completou Vieira.
O Comitê Executivo de Fruticultura do RN (Coex), projeta um fechamento de 1,5 mil postos de trabalho com a taxação, o que, de acordo com José Vieira, representa cerca de 25% da força de trabalho do setor na alta temporada. “Isso impacta diretamente municípios como Mossoró, Baraúna e Apodi, onde a fruticultura representa até 40% da economia local”, explicou.
BALANÇO Principais produtos exportados pelo RN aos EUA (1º semestre de 2025)
Óleo combustível: US$ 23,9 milhões
Outros produtos de origem animal: US$ 10,3 milhões
Albacoras-bandolim frescos: US$ 4,7 milhões
Caramelos e confeitos: US$ 4,1 milhões
Sal marinho: US$ 3,3 milhões
Albacoras/atuns: US$ 3,2 milhões
Outros granitos: US$ 2,6 milhões
Outros açúcares de cana: US$ 2,1 milhões
Outros peixes congelados: US$ 2 milhões
Castanha de caju: US$ 1,9 milhão
Total: US$ 58,1 milhões
Produtos excluídos do tarifaço Óleo combustível: US$ 23,9 milhões Castanha de caju: US$ 1,9 milhões Total: US$ 25,8 milhões
O Rio Grande do Norte tornou-se o primeiro estado brasileiro a regulamentar normas específicas para produção e investimentos em hidrogênio verde. A governadora Fátima Bezerra sancionou nesta quinta-feira 31 o Marco Legal do Hidrogênio Verde e da Indústria Verde, durante ato com a presença de secretários de estado, parlamentares, representantes da UFRN, da indústria e da sociedade civil.
A lei estabelece diretrizes, princípios e instrumentos para incentivar cadeias produtivas baseadas no hidrogênio verde, incluindo inovação tecnológica, qualificação profissional, descarbonização e articulação com o setor produtivo e organismos internacionais.
“Dia emblemático para o RN, que é o estado mais verde do planeta e que tem o maior número de parques eólicos do Brasil. Esta lei significa ação concreta para fomentar novo ciclo de desenvolvimento tendo como base o hidrogênio verde e passo decisivo para um novo modelo desenvolvimento sustentável”, afirmou Fátima Bezerra.
A legislação também viabiliza o projeto do Porto-Indústria Verde, voltado para escoamento de energia limpa e produtos relacionados às energias renováveis. Com orçamento de R$ 5,6 bilhões, o porto terá foco na energia eólica offshore.
De acordo com a governadora, o marco legal foi construído com participação de entidades como a Federação das Indústrias, o Cerne e universidades. “A regulamentação viabiliza o Porto Indústria Verde, via Parceria Público-Privada que está sendo estruturada pelo BNDES. Ao dispor desta lei, o RN se reafirma com ação pioneira e de vanguarda na transição energética no Brasil e no mundo”, disse.
O texto define hidrogênio verde como o combustível obtido por eletrólise da água a partir de fontes renováveis (solar, eólica ou hidrelétrica). Também regulamenta os termos “indústria verde” e “e-produtos”, como aço verde, e-metanol, combustíveis sintéticos e fertilizantes de baixa emissão de carbono.
A gestão da política pública ficará a cargo do Comitê Gestor do Hidrogênio Verde do RN (COGEHRN), presidido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e formado por 21 órgãos e entidades, como universidades, Fiern, Sebrae e Assembleia Legislativa. O comitê terá seis câmaras temáticas voltadas a áreas como mercado, infraestrutura e pesquisa. As reuniões serão públicas.
O secretário estadual da Fazenda, Carlos Eduardo Xavier, afirmou que o Marco permite também o consumo local da energia produzida. “O Marco também nos dá condições para consumirmos no estado essa energia, viabilizando projetos de hidrogênio e baterias para armazenamento.”
O deputado estadual Hermano Morais destacou que o texto está adequado à legislação nacional e que “o Marco é também contribuição para consolidar o parque industrial no RN”.
Segundo Alan Silveira, secretário de Desenvolvimento Econômico, “o estado avança para consolidar o aproveitamento do seu potencial com desenvolvimento sustentável”. Hugo Fonseca, adjunto da pasta, declarou que “temos agora um arcabouço legal que dá segurança jurídica para os investidores e garantias para o Estado, que hoje tem duas plantas em instalação, uma pela Petrobras e outra pelo Cimento Mizu, em Baraúna, e mais seis com previsão de instalação”.
A legislação também traz diretrizes ambientais. Os projetos deverão priorizar o uso de água dessalinizada, de chuva ou de reuso. Empreendimentos dependentes de recursos hídricos terão que seguir a legislação federal e estadual. O estado também apoiará projetos de carbono vinculados ao hidrogênio verde, com possibilidade de adesão a mecanismos previstos no Acordo de Paris.
Foi criado o Regime Especial de Incentivos RNVerde, que concede benefícios fiscais por dez anos a empresas habilitadas que utilizem ao menos 90% de eletricidade renovável. Empresas localizadas em Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs) também poderão participar.
Participaram do ato a pró-reitora de pesquisa da UFRN, Silvana Zucolotto; o diretor regional do Senai, Rodrigo Melo; e representantes da Sedec, Cerne, Potigás, Idema, Arsep e Assembleia Legislativa. “Temos trabalhado muito no setor de energias renováveis e temos pessoal qualificado para colaborar no processo da transição energética”, afirmou Zucolotto. Segundo Rodrigo Melo, “o hidrogênio mais barato do mundo será o do Brasil e, no Brasil, será o do RN. Esta lei literalmente é um marco para captarmos investimentos”.
A medida provisória do governo federal que garantirá gás de cozinha gratuito a 17 milhões de famílias já se encontra em “fase final de elaboração.” Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), a iniciativa deverá ser oficializada em breve, no âmbito do programa Gás para Todos.
Recentemente, durante a inauguração da Usina Termelétrica GNA II, no Porto do Açu, em São João da Barra, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou a intenção do governo em oferecer gás gratuito às famílias mais pobres.
“Vamos anunciar, e tem que ser logo, que as pessoas mais humildes deste país vão parar de pagar o gás a R$ 140. Não é possível que a Petrobras consiga tirar o botijão de 13 quilos por R$ 37, e a pessoa, na sua casa, compre a R$ 130 ou R$ 140. Tem pouca gente ganhando dinheiro às custas do sofrimento de muitos. Então, nós vamos garantir que 17 milhões de famílias mais pobres tenham o gás de graça para poder cozinhar seu feijão e o seu arroz”, disse o presidente.
Em agosto de 2024, quando o Brasil ainda se encontrava no Mapa da Fome, segundo as Nações Unidas, o governo chegou a projetar que mais de 20 milhões de famílias poderiam ser beneficiadas até dezembro de 2025.
Foco social e energético Contatado pela Agência Brasil, o MME disse que o programa representa uma política pública com foco social e energético.
“Pelo lado social, trata de melhorar as condições de vida da população mais carente, além de contribuir para a saúde pública, ao substituir o uso da lenha por uma fonte de energia mais limpa, protegendo principalmente mulheres e crianças da exposição à fumaça tóxica”, informou a pasta.
“Pelo lado energético, busca reduzir a pobreza energética por meio do acesso direto ao botijão pelas famílias beneficiadas, ajudando a reduzir o impacto do preço do botijão no orçamento familiar”, acrescentou.
O Tribunal Regional Eleitoral de Roraima decidiu suspender a investigação contra o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud.
A decisão foi tomada nesta quinta-feira (31), um dia após o dirigente ser alvo de uma operação da Polícia Federal que apura possíveis crimes eleitorais no estado.
Segundo o vice-presidente da Corte, Jésus Rodrigues do Nascimento, não há indícios que justifiquem a continuidade da investigação. Ele também considerou “ilegal” a medida de busca e apreensão realizada contra Xaud, classificando-a como desproporcional.
A investigação conduzida pela Polícia Federal teve início após a apreensão de R$ 500 mil em espécie às vésperas do primeiro turno das eleições municipais de 2024.
Em nota, Samir Xaud afirmou estar tranquilo diante do episódio. “Sei de onde eu vim, sei quem eu sou e mantive a tranquilidade nos últimos dias, apesar da injustiça cometida e da grave exposição negativa da minha imagem”, disse. O dirigente também reforçou seu compromisso com a integridade na condução da entidade máxima do futebol nacional.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (31) que a Advocacia-Geral da União (AGU) acompanhe e adote as providências necessárias no processo de extradição da deputada Carla Zambelli (PL-SP), presa na Itália.
“Considerando a comunicação da prisão da ré condenada Carla Zambelli Salgado de Oliveira na República Italiana, oficie-se à Advocacia-Geral da União para que acompanhe e adote as providências cabíveis e necessárias relacionadas ao processo de extradição da ré”, escreveu Moraes no despacho.
Em nota, a AGU afirmou que tomou ciência do despacho de Moraes e que adotará as providências necessárias para a extradição de Zambelli assim que for oficialmente comunicada da decisão.
Zambelli foi detida na terça-feira (29) em Roma e está no presídio feminino de Rebibbia. A deputada, que tem cidadania italiana, será submetida a uma audiência de custódia na sexta-feira (1º) com as autoridades locais que decidirão se ela vai para a prisão domiciliar ou se aceita o pedido de extradição do Brasil.
A Primeira Turma do STF decidiu, em 14 de maio, por unanimidade, condenar Zambelli a 10 anos de prisão por invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de documentos falsos. Além da prisão, ela precisará pagar uma indenização de R$ 2 milhões.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recalibrou dezenas tarifas a parceiros comerciais antes do prazo final para acordos comerciais, que vence nesta sexta-feira (1º), incluindo 35% sobre produtos do Canadá, 25% para a Índia, 20% para Taiwan e 39% para a Suíça.
Trump divulgou na noite desta quinta (31) um decreto listando taxas de importação mais altas, de 10% a 41%, a partir de sete dias, para 69 parceiros comerciais. Alguns desse países haviam fechado acordos de redução de tarifas e outros não tiveram oportunidade de negociar com seu governo. É o caso do Brasil que terá produtos sobretaxados em mais 40% além dos 10% que já haviam sido informados, totalizando 50%. A data para que a tarifa comece a valer é 7 de agosto.
O decreto informa que os produtos de todos os outros países não listados em um anexo estariam sujeitos a uma tarifa de 10% dos EUA.
“Apesar de terem se engajado em negociações, ofereceram termos que, a meu ver, não abordam suficientemente os desequilíbrios em nossa relação comercial ou não se alinharam suficientemente com os Estados Unidos em questões econômicas e de segurança nacional”, informou Trump na ordem executiva sobre alguns parceiros comerciais.
O republicano emitiu outra ordem em separado, focada no Canadá, aumentando a tarifa para fentanil (35% em vez dos 25% anteriores), e afirmando que o país vizinho “não cooperou” na redução dos fluxos do produto para os EUA.
As tarifas mais altas sobre os produtos canadenses contrastam fortemente com a decisão de Trump de conceder ao México um adiamento de 90 dias das tarifas mais altas de 30% sobre diversos produtos, dando mais tempo para negociar um pacto comercial mais amplo. A notícia rendeu memes nas redes sociais com a palavra TACO – Trump Always Chickens Out (“Trump sempre amarela”, em tradução livre).
Uma autoridade dos EUA disse a repórteres que mais acordos comerciais ainda estavam para ser anunciados, uma vez que as tarifas “recíprocas” mais altas de Trump estavam prestes a entrar em vigor.
“Temos alguns acordos”, disse a autoridade. “E eu não quero me antecipar ao presidente dos Estados Unidos para anunciar esses acordos.”
A prorrogação para o México evita uma tarifa de 30% sobre a maioria dos produtos não automotivos e não metálicos, em conformidade com o Acordo de Comércio EUA-México-Canadá (USMCA), e veio após uma ligação na manhã desta quinta (31) entre Trump e a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum.
“Evitamos o aumento de tarifas anunciado para amanhã”, escreveu Sheinbaum em uma publicação na mídia social X, acrescentando que a ligação de Trump foi “muito boa”.
Aproximadamente 85% das importações dos EUA provenientes do México estão em conformidade com as regras de origem descritas no USMCA, protegendo-as das tarifas de 25% relacionadas ao fentanil, de acordo com o Ministério da Economia do México.
Trump disse que os EUA continuariam a cobrar uma tarifa de 50% sobre o aço, o alumínio e o cobre mexicanos e uma tarifa de 25% sobre os automóveis do país, e sobre os produtos não compatíveis com o USMCA, relacionadas à crise do fentanil nos EUA.
“Além disso, o México concordou em encerrar imediatamente suas barreiras comerciais não tarifárias, que eram muitas”, disse Trump em um post no Truth Social, sem fornecer detalhes.
Acordo com a Coreia e discórdia com a Índia
A Coreia do Sul concordou, na quarta-feira (30), em aceitar uma tarifa de 15% sobre suas exportações para os EUA, incluindo automóveis – abaixo da ameaça de 25% – como parte de um acordo que inclui a promessa de investir US$350 bilhões em projetos norte-americanos a serem escolhidos por Trump.
No entanto, as negociações com a Índia, que pareciam estar sendo direcionadas para uma tarifa de 25%, fracassaram. O presidente norte-americano ameaça uma taxa mais alta, além de incluir uma penalidade não especificada para as compras de petróleo russo.
Dados do Departamento de Comércio dos Estados Unidos, divulgados nesta quinta (31) mostraram que os preços de móveis e equipamentos domésticos duráveis aumentaram 1,3% em junho, o maior ganho desde março de 2022, depois de um aumento de 0,6% em maio.
Os preços de bens recreativos e veículos subiram 0,9%, a maior alta desde fevereiro de 2024, depois de permanecerem inalterados em maio. Os preços de vestuário e calçados aumentaram 0,4%.