Dois projetos de lei apresentados pelo deputado estadual Luiz Eduardo (Solidariedade) e recentemente sancionados pela governadora Fátima Bezerra miram, de formas distintas, o fortalecimento do turismo no Rio Grande do Norte. As leis tratam sobre isenção de parte de impostos e o reconhecimento da importância do Morro Careca. A expectativa do parlamentar é que gerem um impacto positivo na economia potiguar.
Por iniciativa do deputado, o Morro do Careca, principal cartão-postal de Natal, tornou-se em Patrimônio Natural, Paisagístico, Ambiental, Histórico e Turístico Material do Estado. A medida, segundo o parlamentar, busca reforçar a proteção legal da duna localizada na Praia de Ponta Negra e ampliar o reconhecimento sobre sua importância para o imaginário potiguar e para a atividade turística.
“É mais do que uma paisagem bonita. O Morro do Careca é símbolo da nossa identidade e um patrimônio que precisa estar resguardado em todas as dimensões possíveis. Esse reconhecimento fortalece políticas públicas de preservação e pode gerar mais investimentos em infraestrutura turística”, afirmou Luiz Eduardo.
Por outro lado, o parlamentar também mirou diretamente o aumento do consumo por parte dos turistas. O programa “Tax Free” foi estabelecido graças à iniciativa do deputado e estabelece um sistema de restituição do ICMS para turistas estrangeiros que fizerem compras no Rio Grande do Norte e levarem os produtos para fora do país. A proposta se baseia em convênio firmado no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e visa tornar o estado mais atrativo para o consumo de visitantes internacionais.
O programa permitirá a devolução do imposto estadual em compras presenciais feitas por pessoas físicas não residentes no Brasil, desde que a saída das mercadorias ocorra em até 30 dias. Para ter direito à restituição, o turista precisará informar a intenção no momento da compra e apresentar as notas fiscais, os produtos adquiridos e os bilhetes de viagem nos postos de atendimento que ainda serão criados nas zonas primárias de fiscalização.
“Com o Tax Free, o Rio Grande do Norte se alinha a uma tendência mundial. O turista estrangeiro se sente incentivado a gastar mais quando sabe que poderá receber de volta parte dos tributos pagos. Isso injeta dinheiro na economia local e movimenta o comércio, o setor de serviços e o turismo”, justificou o deputado.
A legislação determina ainda que apenas estabelecimentos varejistas credenciados e que operem fora do regime do Simples Nacional poderão participar do programa. As compras precisam ser feitas com cartão de crédito e ter valor mínimo de R$ 50. Não haverá restituição de impostos sobre serviços, como refeições e hospedagens.
No caso do Tax Free, o Governo deverá firmar convênios com a Receita Federal para instalar os postos de verificação e credenciar empresas especializadas na operacionalização do sistema. Já sobre o reconhecimento do Morro do Careca como patrimônio material terá efeito imediato, embora sua aplicação em ações de preservação dependerá de iniciativas complementares.
O deputado estadual Francisco do PT, líder do governo na Assembleia Legislativa, participou nesta segunda-feira (31) da assinatura de contratos para a construção de 165 unidades habitacionais do programa “Minha Casa, Minha Vida” em 4 cidades do Rio Grande do Norte. Neste momento as construções irão acontecer em João Câmara, Santa Cruz, São José de Mipibu e Parelhas, município onde inclusive Francisco foi prefeito.
O parlamentar celebrou o momento e destacou a importância do retorno do programa para garantir moradia digna às famílias que mais precisam. “Fiquei muito feliz em participar deste momento, porque vejo que o Minha Casa, Minha Vida voltou. Quando fui prefeito de Parelhas, conseguimos construir 200 residências pelo programa, nas zonas urbana e rural e sei o quanto isso transforma a vida das pessoas”, afirmou o deputado.
A governadora Fátima Bezerra destacou a importância da parceria com o governo federal, lembrando que no total o Rio Grande do Norte será contemplado com 10 mil residências pelo Minha Casa, Minha Vida.
A retomada das contratações do programa reforça o compromisso do governo com a redução do déficit habitacional no estado, garantindo mais qualidade de vida e segurança para milhares de famílias potiguares.
Dois terremotos de magnitude superior a 6 na escala Richter foram registrados no Oceano Atlântico, a menos de 1.000 km do litoral potiguar, na quinta (27) e na sexta-feira (28) da semana passada, segundo o Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
O primeiro tremor, de magnitude 6.1 foi registrado às 21h34 da quinta-feira, a aproximadamente 42 km do arquipélago São Pedro e São Paulo e a 952 km de Natal.
Já o segundo tremor ocorreu por volta das 14h17 da sexta (28) a menos de 3 km do epicentro do primeiro evento.
Segundo o professor Aderson Farias do Nascimento, coordenador do Labsis, por causa da distância, os fortes tremores não foram sentidos em terra, no litoral potiguar, mas podem ter sido sentidos no arquipélago.
Ainda de acordo com o coordenador, os tremores ocorreram na dorsal meso-oceânica – na separação entre placas tectônicas e não causam risco de tsunamis ou ondas mais elevadas no litoral potiguar.
“Naquela região, as placas tectônicas africanas e sul-americanas estão se separando. Então isso provoca tensões que são liberadas através de terremotos. É um fenômeno natural”, afirma.
O último evento sísmico registrado no oceano Atlântico ocorreu no mesmo dia em que um terremoto de magnitude 7.7 atingiu o Mianmar, na Ásia, deixando mais de 2 mil pessoas mortas.
O senador Rogério Marinho (PL) anunciou oficialmente sua pré-candidatura ao governo do Rio Grande do Norte nas eleições de 2026, destacando a importância de manter a união da oposição para a disputa estadual. Ele afirmou que a aliança política formada nas eleições municipais de 2024, que conta com o apoio de nomes como o prefeito de Natal, Paulinho Freire (União), o ex-prefeito Álvaro Dias (Republicanos), o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União), e o senador Styvenson Valentim (PSDB), seguirá firme na busca pela vitória.
Em suas declarações, Marinho ressaltou que, embora tenha se colocado como pré-candidato, outros nomes também estão sendo considerados dentro do grupo. “Vamos trabalhar para que o grupo esteja unido em 2026. Já me coloquei como pré-candidato, mas outros nomes também estão na mesa. Esse processo vai passar por uma depuração natural”, afirmou o senador.
A partir desta terça-feira (1º), a 11ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Currais Novos passa a operar em regime de plantão, garantindo atendimento ininterrupto à população. O novo sistema de funcionamento prevê plantões de segunda a sexta-feira, das 18h às 8h do dia seguinte. Nos finais de semana e feriados, os plantões serão 24 horas.
A medida busca reforçar a segurança pública na região, agilizando o atendimento a ocorrências e garantindo que flagrantes e investigações possam ser conduzidos de forma mais eficiente. Com a implementação dos plantões, a Polícia Civil espera reduzir o tempo de resposta em situações emergenciais, além de proporcionar maior suporte às forças policiais que atuam no município.
A população poderá registrar ocorrências e buscar atendimento diretamente na delegacia, mesmo fora do horário comercial.
A iniciativa vem ao encontro das necessidades da comunidade e reforça o compromisso das autoridades em melhorar o serviço prestado à sociedade. A 11ª DRPC está localizada a rua Lula Gomes em Currais Novos e seguirá atendendo as demandas da região com uma equipe preparada para atuar nos plantões.
Para denúncias e emergências, os cidadãos podem acionar a Polícia Civil pelos canais oficiais ou se dirigir à delegacia dentro do novo horário de funcionamento.
Além do preço do ovo ter disparado desde fevereiro, por conta da pressão no mercado internacional, os consumidores cearenses têm se deparado com ovos menores. Mesmo comprando bandejas com a mesma nomenclatura de antes, o produto parece ter diminuído na proporção e pesado mais no bolso.
Muitos sãos os motivos para este feito, mas o principal deles é a mudança das regras que definem a classificação dos ovos. Além disso, mesmo nestes casos em que o produto não é feito de forma industrial, já que vem naturalmente da galinha, é possível o consumidor reivindicar por seus direitos, caso se sinta lesado.
Sabrina Melo, funcionária pública, afirma que comprou uma bandeja de ovos grandes, mas que se assustou com o tamanho ao comparar em casa com aqueles que já tinha na geladeira.
Quando eu abri, era quase um ovo de codorna e o preço ainda subiu”. Sabrina Melo funcionária pública Complicando receitas Ela ainda lembra que o tamanho dos ovos influencia no sucesso das receitas de bolo. “Se é muito pequeno, fica difícil de seguir as medidas. Na receita diz ali, “X” ovos, mas esse ovo é 2/3 do que era um ovo quando escreviam as receitas. Aí, estraga”.
Já Rose Ferreira, vendedora de lanches no bairro Dionísio Torres, destaca que atualmente o tamanho do ovo está “um pouco melhor”.
Agora a gente tá conseguindo encontrar um pouco maior porque estiveram muito pequenos, mesmo.
Era difícil, porque a gente comprava uma bandeja com 30 ovos e acabava tendo que colocar dois ovos no lanche por conta do tamanho”. Rose Ferreira vendedora de lanches
O local onde Rose trabalha também chegou a vender bandejas de ovos por muito tempo. “Com o aumento do preço dos ovos, nós paramos de vender na bandeja. Porém, ainda vendemos na unidade, que sai a R$ 1″.
Preços estão subindo, segundo analista do mercado O analista de Mercado das Centrais de Abastecimento do Estado do Ceará (Ceasa S/A), Odálio Girão, comenta que “os ovos têm apresentado, realmente, uma redução no tamanho e o preço tem ficado mais elástico”. No caso do ovo vermelho, por exemplo, ele diz que a bandeja de 30 unidades, subiu 6,38%, e está sendo vendido a R$ 25 a bandeja com 30 unidades.
“Mesmo assim, a quantidade colocada no mercado para os ovos tem sido reduzida devido ao alto consumo. A demanda está grande por ovos, devido à questão da carne e do pescado estarem caros. Tanto o ovo branco como o vermelho, estão muito procurados”, explica.
Tamanhos seguem tendência mundial O diretor da Associação Cearense de Avicultura (Aceav) e da Avine, Airton Carneiro Júnior, afirma que a possível redução no tamanho notada pelos consumidores não é uma tentativa de compensar os valores para manter mais baixo. “O que aconteceu foi uma mudança na apresentação dos ovos, por conta da mudança de legislação que alterou o peso dos ovos”.
Ele ainda explica que antes da Portaria SDA/MAPA No 1.179, de 5 de setembro de 2024, que tinha prazo para entrar em vigor até 5 de março de 2025, o Brasil possuia seis tamanhos de ovos, com intervalos próximos de 5 gramas entre um tamanho e outro.
“A mudança seguiu uma tendência que existe no mundo de ajustar a classificação dos ovos para menos faixas e com intervalo de peso de 10 gramas. Isso torna mais perceptível as diferenças e causa menos erros por imprecisão. Por isso o consumidor começou a encontrar uma diferença no peso dos ovos no supermercado, explica”.
Conforme a Iniciativa Mira (Mapping, Informing and Raising Awareness), criada para conectar empresas e produtores, impulsionando a transição para sistemas mais sustentáveis na produção animal, em alguns casos, pode haver uma leve variação sazonal, no tamanho do ovo, especialmente devido ao impacto do calor excessivo sobre as galinhas.
No verão, por exemplo, o estresse térmico pode reduzir o tamanho dos ovos. No entanto, eles afirmam que os produtores ajustam o manejo e a nutrição para minimizar essas oscilações.
Entenda o que pode influenciar a produção dos ovos Idade das galinhas: as mais jovens tendem a produzir ovos menores, enquanto as mais velhas botam ovos maiores. Genética: algumas linhagens de poedeiras são selecionadas para produzir ovos maiores ou menores. Nutrição: a alimentação das aves impacta diretamente o peso e tamanho dos ovos. Dietas inadequadas, com deficiência de proteínas ou minerais como cálcio, podem resultar em ovos menores. Ambiente e manejo: condições como temperatura elevada, estresse térmico e densidade populacional podem afetar a produção e o tamanho dos ovos. Mas geralmente os produtores estão preparados para essas mudanças e tomam as medidas para não afetar a produção. Padrões são definidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária Independentemente da estação, os ovos devem seguir os padrões de classificação estabelecidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), conforme a Portaria SDA/MAPA nº 1.179/2024, de setembro de 2024, que define os tamanhos com base no peso (Veja tabela abaixo).
Essa classificação visa uniformizar a nomenclatura dos ovos in natura e dos produtos de ovos não submetidos a tratamento térmico. A Portaria nº 1.179/2024 revogou três portarias anteriores, que tratavam dos requisitos para granjas avícolas e unidades de beneficiamento de ovos.
Classificação do ovo: (por peso unitário, em gramas)
Jumbo: mínimo de 68g Extra: mínimo de 58g – máximo 67,99g Grande: mínimo de 48g – máximo 57,99g Médio: mínimo de 38g – máximo de 47,99g De acordo com Cirliane Freitas, assessora da iniciativa Mira no Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, “como a padronização se baseia no peso médio da dúzia, pode haver variações dentro da mesma embalagem”.
“Se os consumidores estão percebendo ovos menores do que o esperado, para entender melhor, uma opção seria comparar o peso real dos ovos adquiridos com a faixa indicada na categoria”.
Consumidor precisa saber os seus direitos Advogado e presidente da Associação Cearense de Defesa do Consumidor (Acedecon), Leonardo Leal, reforça que no caso do ovo não é possível que o consumidor se atenha somente ao visual do produto, mas sim que busque saber a gramatura, caso tenha desconfiança de que está sendo lesado.
“Nesse ponto há uma grande vulnerabilidade do consumidor. É provável até que por essas mudanças regulamentadoras recentes, tenha ocorrido alguma percepção alterada do consumidor em relação aos tamanhos”.
Ele explica que o mais importante neste caso é que exista uma fiscalização efetiva e uma atenção do consumidor.
“Para o consumidor é muito difícil constatar um vício dessa natureza, um chamado vício de quantidade, porque normalmente o consumidor não vai andar por aí com uma balança que ele possa aferir o peso do ovo e verificar se está conforme a regulamentação”, diz Leal, lembrando que a forma com que o ovo é embalado para a venda pode inviabilizar esse tipo de pesagem por parte do consumidor.
Contudo, constatando o vício de quantidade, há o artigo 19 do Código de Defesa do Consumidor que estabelece o direito à troca do produto por outro da mesma espécie, com a gramatura correta, ou até mesmo a restituição da quantidade paga monetariamente atualizada.
“É importante que o consumidor esteja atento à rotulagem, esteja atento as gramaturas das classificações existentes e caso desconfie, que busque formas de confirmar se o produto tem o peso correto para ter aquela classificação descrita na embalagem”, reforça Leal.
Na casa de Veronica, a carne deu lugar à mortadela e o azeite à gordura vegetal. Também está mais difícil comprar frutas e verduras. A moradora do bairro Serviluz, em Fortaleza, conta que manter uma alimentação saudável para ela e seus três netos está mais difícil desde meados de 2024, devido à alta do preço dos alimentos.
O café, um dos itens do supermercado que mais subiu de preço nos últimos meses, também deixou de estar presente na feira da família e deu lugar ao chá. Já o leite das crianças foi substituído pelo suco industrializado.
“Eu tive de substituir várias frutas, tenho comprado só a banana. Tomate eu não tenho comprado porque está muito caro. O arroz eu também tive que substituir pelo cuscuz. É muito difícil porque as crianças são muito seletivas”, conta Veronica.
Beneficiária do BPC e impossibilitada de trabalhar devido a uma deficiência, ela precisa fazer um malabarismo no orçamento para conseguir comprar os itens básicos de alimentação.
“Se os preços continuarem altos, cada dia a gente vai ter que abrir mão de alguma coisa. Fica difícil se alimentar de forma saudável, as crianças gostam muito de frutas e nem sempre eu posso comprar. Eu compro o que eu posso”, aponta.
Em meio às substituições no carrinho de compras, as famílias podem aumentando o consumo de alimentos ultraprocessados – aqueles que passam diversas etapas de produção, contêm muitos aditivos químicos e têm o consumo associado a doenças crônicas.
Isso porque esses produtos são menos afetados pela inflação. Um levantamento da coalizão Pacto Contra a Fome aponta que as pressões inflacionárias impactam de forma desigual os alimentos, dificultando o acesso à comida saudável para os mais pobres.
Em fevereiro, os alimentos in natura e minimamente processados tiveram alta de 2,35% nos preços. Já para os processados, a inflação foi de 0,16%, enquanto para os ultraprocessados foi de 0,80%.
A discrepância se confirma ao longo dos anos. A inflação acumulada de 2020 a de 2025 para os alimentos naturais e pouco processados é de 49%, enquanto para os ultraprocessados foi de 38%.
PRODUÇÃO DE ULTRAPROCESSADOS É MAIS BARATA A produção dos alimentos ultraprocessados é mais barata, já que os produtos têm maior vida útil e utilizam ingredientes substituíveis, como açúcar, amigo e óleos vegetais processados, explica Vitor Hugo Miro, pesquisador do FGV IBRE e da Universidade Federal do Ceará (UFC).
Mantendo o mesmo preço, os industrializados podem conter alimentos com menor valor nutricional ou ter a quantidade reduzida, fenômeno chamado de reduflação. Já os alimentos in natura e minimamente processados são mais expostos à variação de preços sazonais, por mudanças na produção e fenômenos climáticos.
Com promessa de obstrução, que deu os primeiros sinais e atrapalhou votações na última semana no plenário da Câmara dos Deputados, o PL aposta em uma reunião com o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), nesta terça-feira (1º) para tentar destravar o projeto que concede anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro.
A proposta enfrenta resistência para avançar na Câmara e depende de acordo com os demais líderes partidários. Como estratégia para conseguir apoio à proposta, o PL promete atrapalhar o cronograma de votações da Casa e quer pautar o projeto da anistia ainda em abril.
A principal estratégia do partido é conseguir aprovar regime de urgência ao projeto da anistia, o que permitiria uma análise com mais rapidez e diretamente no plenário da Câmara. Esse formato de votação, no entanto, tem sido afastado por Motta desde que ele assumiu a presidência, em fevereiro.
O PL trata o perdão aos envolvidos no 8/1 como prioridade desde o início do ano legislativo. O partido tem aumentado a pressão para a proposta ser discutida após o ex-presidente Jair Bolsonaro virar réu no STF (Supremo Tribunal Federal) por tentativa de golpe de Estado.
Promessa de obstrução O anúncio de que o PL entraria em obstrução para deixar de contribuir com o funcionamento dos trabalhos da Câmara foi feito pelo líder do partido, Sóstenes Cavalcante (RJ), no plenário da Casa. O PL tem a maior bancada na Casa, com 92 deputados.
A obstrução é um recurso utilizado por parlamentares para impedir o prosseguimento dos trabalhos legislativos no plenário. Os mecanismos mais utilizados para isso são pronunciamentos, pedidos de adiamento da discussão e da votação de propostas e saída do plenário para evitar o quórum mínimo para deliberação de projetos.
Na última quinta-feira, um dia após a decisão do STF contra Bolsonaro, parlamentares do partido e outros apoiadores se recusaram a analisar propostas e acabaram cancelando as votações previstas para aquele dia.
Na agenda, estavam o projeto que reverte multas para arcar com o pagamento de CNH (Carteira Nacional de Habilitação) para pessoas de baixa renda e o de preservação do ecossistema marinho, chamado de Lei do Mar. As propostas passaram para a previsão desta semana.
A Justiça francesa declarou nesta segunda-feira (31) a líder de extrema-direita Marine Le Pen e outros oito membros de seu partido culpados por pagarem funcionários da sigla com dinheiro do Parlamento Europeu.
O tribunal correcional de Paris, que ainda deve pronunciar as penas, calculou um prejuízo total em 2,9 milhões de euros (3,13 milhões de dólares, 18 milhões de reais).
Segundo a investigação, o partido criou “de forma concentrada e deliberada” um “sistema de desvio” dos 21 mil euros mensais que cada eurodeputado recebe para pagar assistentes parlamentares. Mas, na realidade, o dinheiro teria sido empregado parcial ou totalmente para o Reunião Nacional (RN) em 2018.
Os promotores responsáveis pelo caso afirmam que, desde 2004, deputados da Frente Nacional, incluindo Le Pen e seu pai Jean-Marie Le Pen, cofundador da legenda, se beneficiavam do esquema de empregos fictícios.
O governo federal implementará, até sexta-feira 4, notificações via WhatsApp para aparelhos celulares roubados ou furtados que forem habilitados em novas linhas telefônicas. A ação faz parte da expansão do programa Celular Seguro, criado para reduzir roubos e furtos de dispositivos móveis no país.
As mensagens informarão os usuários sobre a necessidade de devolução do aparelho na delegacia da Polícia Civil mais próxima de sua residência, além da prestação de esclarecimentos. Quem não cumprir a determinação poderá ser investigado por crimes como furto, roubo, receptação ou associação criminosa. As informações foram apuradas pela CNN Brasil.
O Celular Seguro disponibiliza duas funcionalidades principais para proteção dos dispositivos. O Bloqueio Total desativa a linha telefônica, contas vinculadas a instituições parceiras e o IMEI (número de identificação único do aparelho), tornando o celular inutilizável.
A segunda opção, chamada Modo Recuperação, bloqueia a linha e as contas vinculadas, mas mantém o IMEI ativo. Esse mecanismo permite que o aparelho volte a operar na rede de telefonia quando um novo chip for instalado, facilitando a localização e apreensão pelas autoridades policiais.
A medida surge como reforço no combate ao mercado ilegal de celulares roubados, que movimenta cerca de 1,5 milhão de aparelhos por ano no Brasil segundo estimativas do setor. A notificação direta pelo aplicativo de mensagens busca agilizar a recuperação de dispositivos e inibir a receptação de produtos de origem criminosa.
O aumento de casos de sarampo no continente americano acende um alerta para o Brasil, mas, por enquanto, os três casos confirmados aqui não comprometem o certificado de país livre da doença, reconquistado no ano passado.ebcebc
“Para a gente perder essa recertificação, a gente tem que ter durante um ano, a partir do primeiro caso, cadeias de transmissão com o mesmo genótipo do vírus circulando”, explica a chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais da Fundação Oswaldo Cruz (Tiocruz), Marilda Siqueira, O laboratório é credenciado como unidade de referência regional para sarampo pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Por enquanto, o Ministério da Saúde confirmou apenas casos esporádicos: dois no Rio de Janeiro, em bebês gêmeos que ainda não tinham idade para se vacinar, e um no Distrito Federal, em uma mulher adulta que provavelmente foi infectada em uma viagem ao exterior.
Das 110 suspeitas notificadas até o dia 12 de março, 22 ainda estavam em investigação nessa data, de acordo com a última atualização do painel epidemiológico da pasta.
Os casos suspeitos de sarampo são de notificação compulsória, ou seja, devem ser comunicados imediatamente às autoridades de saúde. Há um protocolo rígido para quando são confirmados, que inclui a identificação e o monitoramento de todas as pessoas que podem ter sido infectadas pelo doente, e o bloqueio vacinal, que é o reforço da vacinação nos locais que essa pessoa frequentou, como escola e local de trabalho.
“O sarampo é causado por um dos vírus mais infecciosos que existem. Se alguém com sarampo chega em um ambiente com baixa cobertura vacinal, o vírus é transmitido para 17 pessoas, mais ou menos. Já o SARS-CoV, por exemplo, é transmitido para duas pessoas, apesar de ser um vírus que também é muito transmissível”, complementa a chefe do laboratório da Fiocruz.
Casos nas Américas O risco se intensifica quando há surtos em outros países. Relatório da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), divulgado em 24 de março, aponta que, este ano, 507 casos foram confirmados em outros países do continente, superando a contagem de todo o ano passado. São 301 nos Estados Unidos, com duas mortes; 173 no Canadá; 22 no México e 11 na Argentina. A Opas avalia que o risco de disseminação da doença, com ameaça à saúde, é alto.
O último grande surto vivido no Brasil comprova como os vírus não conhecem fronteiras. Em 2017, o Brasil estava recebendo muitos cidadãos da Venezuela, onde os casos de sarampo estavam altos. No ano seguinte, os registros explodiram nos estados próximos à fronteira, e começaram a surgir também em outros locais.
“Os culpados, por assim dizer, não foram os cidadãos da Venezuela. É porque naquela época nós já estávamos com deficiência na nossa cobertura vacinal. Hoje em dia, com todas as conexões que nós temos, principalmente através da aviação, naturalmente nós esperamos, não só no Brasil, um número de casos importados todos os anos. O que a gente não deve ter é essa grande batalha para que não tenha cadeias de transmissão. A gente tem uma ferramenta poderosa na nossa mão que é a vacina”, lembra Marilda Siqueira.
Vacinação A vacina contra o Morbilivirus, causador do sarampo, foi desenvolvida na década de 1960, mas a imunização só foi intensificada no Brasil a partir dos anos 1990, quando autoridades de todo o mundo decidiram concentrar esforços no controle da doença, já que a maior preocupação anterior, a poliomielite, havia sido erradicada. Antes disso, o sarampo matava cerca de 2,5 milhões de crianças no mundo por ano.
Atualmente, ela é aplicada no Sistema Único de Saúde (SUS) como parte do imunizante Tríplice Viral, que também protege contra a caxumba e a rubéola. A primeira dose deve ser aplicada aos 12 meses de idade, e a segunda, aos 15. Em 2024, o Brasil atingiu a meta de cobertura de 95% na primeira dose, mas menos de 80% dos bebês tomaram a segunda.
“A eficácia dessa vacina é de 93% a 95%, o que significa que 5% a 7% das pessoas não vão responder de forma adequada. Então a gente faz a segunda dose por dois motivos: para evitar essa falha primária e porque, com o passar do tempo, a proteção diminui naturalmente, e o reforço prolonga essa proteção”, explica o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Juarez Cunha.
Cunha complementa que o Brasil ainda está superando outro agravante: “Durante a pandemia, caiu muito a cobertura vacinal, então, vamos dizer, se a gente teve 70% de cobertura, significa que 30% daquelas crianças não foram vacinadas no tempo correto. Se elas não foram vacinadas até agora, elas vão engrossar um grupo de suscetíveis.”
Por isso, pessoas de até 59 anos, que não se vacinaram ou não sabem se foram imunizadas também devem procurar as unidades de saúde. Os dados das infecções registradas este ano nas Américas mostram que o sarampo não é uma doença exclusiva de crianças pequenas: quase metade dos infectados tem de 10 a 29 anos.
Ainda que os adultos tenham menos chances de adoecer com gravidade, eles transmitem a doença normalmente, inclusive para bebês menores de 1 ano e pessoas com alguma imunodeficiência que não podem se vacinar. Mas, se a cobertura de 95% for atingida para toda a população, nas duas doses, todos ficam protegidos pela imunidade coletiva, já que a vacinação em altas taxas quebra a cadeia de transmissão do vírus.
“O sarampo é frequentemente descrito como o melhor sinal de que a vacinação não vai bem em algum lugar, porque como ele é muito facilmente transmissível, qualquer perda na imunidade coletiva já permite que pessoas suscetíveis adoeçam, em especial, as crianças mais novas”, complementa a chefe de Saúde do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Brasil, Luciana Phebo.
Ela reforça que a queda na cobertura das vacinas de rotina, observada globalmente durante a pandemia de covid-19, é uma causa fundamental para esse aumento de casos de sarampo, mas também responsabiliza a hesitação vacinal, “que chegou a ser considerada uma das principais ameaças à saúde pública global”.
O termo significa o atraso ou a recusa em se vacinar, mesmo quando as vacinas estão disponíveis. A principal causa da hesitação é a perda do medo da doença, mas ela também pode acontecer quando as pessoas não estão bem informadas, e têm medo ou dúvidas sobre a vacina, ou quando acreditam em discursos falsos.
O preço dos remédios em todo o Brasil poderá ser reajustado em até 5,06% a partir desta segunda-feira (31). O aumento anual, que funciona como um teto (valor máximo), foi definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e publicado no Diário Oficial da União.
Entre os fatores analisados para o reajuste, o CMED citou a inflação acumulada nos últimos 12 meses, a produtividade das indústrias farmacêuticas e a concorrência de mercado. Segundo a entidade, a definição de um teto para os preços visa “proteger os consumidores de aumentos abusivos, garantir o acesso aos medicamentos e preservar o poder aquisitivo da população”.
Apesar de ser anual, o reajuste não é aplicado de imediato ou automaticamente. Isso porque as farmácias e empresas detentoras de registro de medicamentos podem escolher entre aplicar o aumento de uma vez ou gradualmente ao longo do ano. A mudança, contudo, deve ser feita até março de 2026, quando a CMED deve divulgar uma nova definição de teto para o reajuste dos valores.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para manter a condenação de Jair Bolsonaro (PL) por propaganda irregular nas eleições de 2022. A decisão veio após análise de recurso apresentado pela defesa do ex-presidente, que visava recorrer da condenação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O caso refere-se aos 10 anúncios divulgados em site de busca que levavam internautas a um site com conteúdo negativo sobre o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Bolsonaro e a coligação Pelo Bem do Brasil foram condenadas pelo impulsionamento de propaganda negativa – que é proibido por lei.
A decisão foi unânime entre os ministros do TSE, que atenderam a uma representação proposta pela Federação Brasil da Esperança – da qual o PT faz parte. Como punição, a Corte aplicou multa de R$ 40 mil aos condenados, sendo R$ 10 mil a Bolsonaro e R$ 30 a coligação Pelo Bem do Brasil.
No recurso, a defesa de Bolsonaro alegou que a decisão do TSE tolhe a liberdade de expressão e de informação dos envolvidos. A afirmação foi rejeitada pelo ministro Flávio Dino, relator do caso, que disse que a estratégia violou as regras eleitorais e burlou o propósito permitido de impulsionamento nas campanhas.
“Os representados lançaram mão de propaganda eleitoral a princípio regular, mas que, ao fim e ao cabo, direcionava os usuários a sítio eletrônico no qual estampada de forma ostensiva publicidade em desfavor de concorrente político”, disse.
O voto de Dino foi acompanhado pelos ministros Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia. Luiz Fux, por sua vez, ainda não protocolou o voto na sessão virtual, que ocorre o dia 4 de abril. Caso o magistrado peça vista (mais tempo para analisar o caso), o julgamento será suspenso por até 90 dias.
A partir desta segunda-feira (31) a cidade de Currais Novos e a região do Seridó contarão novamente com um jornal impresso. O Informe RN, sob a responsabilidade da jornalista Denise Santos, chega às ruas com a missão de manter viva a tradição da imprensa local e dar voz à comunidade.
O novo periódico surge como uma homenagem ao legado de R. Alves, pai de Denise, que por muitos anos registrou a história do povo seridoense através das páginas do saudoso Jornal A Notícia. Agora, o Informe RN assume esse compromisso, levando informação de qualidade e fortalecendo o jornalismo regional.
A circulação do jornal será semanal, sempre às segundas-feiras, em Currais Novos e nas principais cidades da região. A expectativa é que o Informe RN se torne um veículo essencial para os moradores, cobrindo temas de interesse local, cultura, economia e o cotidiano do Seridó.
Com esse lançamento, a tradição do jornalismo impresso ganha um novo capítulo, reafirmando seu papel na valorização da identidade e das histórias do povo seridoense.
Policiais da 1ª Companhia do 13º Batalhão de Polícia Militar (BPM) foram acionados para atender duas ocorrências no final da tarde deste domingo (30), ambas no bairro Santa Maria Goretti, em Currais Novos.
A primeira chamada foi para um furto em uma residência, onde um idoso teve seu botijão de gás levado por criminosos. O proprietário do imóvel percebeu o crime e acionou a PM, que realizou buscas na região, mas até o momento, nenhum suspeito foi localizado.
Pouco tempo depois, a equipe policial foi acionada para uma ocorrência de violência doméstica. No local, os agentes constataram que um homem havia agredido a nora. Diante da situação, ele recebeu voz de prisão e foi conduzido à delegacia para os procedimentos legais.
A Polícia Militar reforça a importância da colaboração da população e orienta que qualquer atividade suspeita seja denunciada pelo 190.