Energético com álcool prejudica o cérebro a longo prazo, aponta estudo

Misturar bebida alcoólica com energético é um hábito bastante popular em festas para dar uma dose extra de energia e aguentar a balada até mais tarde. Contudo, pesquisadores italianos descobriram que a combinação pode prejudicar a função cognitiva a longo prazo.
Publicado nesta sexta-feira (5/7), na revista Neuropharmacology, o estudo foi realizado por cientistas das universidades de Cagliari e de Catania, ambas na Itália, com ratos.

Efeito de misturar bebida alcoólica com energético
No experimento, ratos com um tempo de vida equivalente à adolescência em humanos foram separados em três grupos. Os animais do primeiro grupo receberam doses de álcool, os do segundo tomaram bebidas energéticas e os do terceiro receberam uma mistura de ambos. A quantidade de álcool oferecida a todos era compatível com uma “bebedeira”.
Os animais passaram por testes de avaliação da função cognitiva nos 53 dias após o consumo das bebidas. Os testes incluíam exames cerebrais e testes comportamentais.

No primeiro momento, os ratos que consumiram álcool e bebidas energéticas mostraram aumento em algumas métricas das funções cerebrais, como o da proteína que impulsiona o crescimento dos neurônios. Mas os benefícios não duraram. Com o tempo, os pesquisadores observaram um declínio na capacidade cerebral dos animais.

Os ratos que beberam a combinação de bebida alcoólica com energético apresentaram mudanças persistentes na capacidade de aprender e lembrar. Exames confirmaram que eles sofreram mudanças no hipocampo do cérebro, área responsável pelo aprendizado e pela memória.

Os pesquisadores sugerem que a mistura pode afetar a plasticidade do hipocampo, prejudicando a capacidade do cérebro de se adaptar e mudar para responder a novas informações e demandas. É uma parte crucial do funcionamento normal do cérebro.

“Nossos resultados mostram que o consumo de álcool misturado a bebidas energéticas durante o período da adolescência produz alterações adaptativas no hipocampo nos níveis eletrofisiológico e molecular, associadas a alterações comportamentais, que já são detectáveis ​​durante a adolescência e persistem na idade adulta”, consideram os pesquisadores.

Os autores do estudo explicam que mais pesquisas precisam ser feitas para confirmar os efeitos em humanos. Eles também acreditam haver diferenças entre homens e mulheres devido às interações hormonais.

“No geral, a análise de todo o conjunto de dados obtidos sugere fortemente que o álcool misturado com bebidas energéticas, durante a adolescência, pode ter consequências que não são necessariamente a soma daquelas observadas com o álcool ou bebidas energéticas isoladamente, e afetar permanentemente a plasticidade do hipocampo”, sugerem os pesquisadores.

Metropoles

Postado em 6 de julho de 2024

Homem tenta vender filha de 2 anos e propõe abuso sexual por R$ 65

Um homem de 25 anos foi preso suspeito de tentar vender a filha, de 2, por R$ 65 para comprar crack. Ele estava em um bar com a criança e falou para uma pessoa que ela poderia abusar sexualmente da menina desde que passasse o valor. O caso foi registrado em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, nessa quarta-feira (3 de julho).
A Polícia Militar (PM) recebeu denúncias de que o homem praticava maus-tratos contra a criança. Os agentes encontraram o suspeito em um bar com sinais de embriaguez e uso de drogas: andar cambaleante, olhos vermelhos, hálito etílico e fala desconexa.

Durante a abordagem, o homem apresentou resistência e chegou a tirar uma faca da calça para ameaçar os PMs. Ele acabou sendo contido, algemado e colocado na viatura.

Testemunhas relataram que o homem tentava vender a filha no bar, pois alegava que precisava comprar crack. Conforme registrado na ocorrência, ele ofereceu a criança a um desconhecido dizendo que poderia violentá-la sexualmente.

Os clientes do bar ainda disseram que o suspeito xingava a filha a todo momento e jogava a comida dela no chão e que após pisar no alimento dava para ela comer. Em determinado momento, ele pegou um pirulito e jogou na rua. A menina foi buscá-lo e quase foi atropelada.

O homem recebeu voz de prisão e foi conduzido para a Delegacia de Polícia Civil de Uberlândia. O Conselho Tutelar acompanhou o registro da ocorrência e deixou a criança aos cuidados da avó materna. O caso será investigado.

O TEMPO

Postado em 5 de julho de 2024

Ricaços suspendem doações a Biden para pressioná-lo a desistir da candidatura

Importantes financiadores do Partido Democrata estão cortando doações à campanha de Joe Biden como forma de pressioná-lo a desistir de disputar a reeleição. O desempenho desastroso do presidente americano no debate com Donald Trump, na semana passada, tem preocupado os doadores.

Abigail Disney, herdeira da companhia que leva seu sobrenome, afirmou que reteria suas doações ao partido, a menos que Biden desistisse da campanha.

Ela disse à emissora de TV americana CNBC que estava sendo realista. “Se Biden não renunciar, os democratas perderão. Disso tenho absoluta certeza. As consequências da perda serão genuinamente terríveis.”

O roteirista Damon Lindelof também faz parte do time que deixou de enviar dinheiro aos democratas. Ele propôs nesta semana um “DEMbargo”, um embargo de recursos para a legenda até que Biden anuncie sua desistência.

“Quando um país não se comporta como queremos, aplicamos duras sanções econômicas. É um dar e receber – dano de curto prazo para cura de longo prazo”, disse.

Outro nome que se juntou ao movimento foi o filantropo Gideon Stein, que suspendeu repasses de US$ 3 milhões (R$ 16,4 milhões) previstos para o Partido Democrata.

O cofundador da Netflix, Reed Hastings, um apoiador de peso do partido, juntou-se ao grupo que vocaliza a necessidade de Biden desistir da candidatura. Hastings e a mulher dele, Patty Quillin, doaram mais de US$ 20 milhões (R$ 109,6 milhões) aos democratas nos últimos anos.

Biden, por outro lado, admitiu ter passado por um debate ruim, mas não deu qualquer sinalização de que planeje encerrar a campanha neste momento. O Partido Democrata formalizará em agosto o nome do candidato à presidência. As eleições ocorrem em novembro.

A campanha de reeleição tem US$ 240 milhões (R$ 1,3 bilhão) nos cofres, dinheiro que não poderia ser transferido a outro candidato que não fosse a vice na chapa, a atual vice-presidente Kamala Harris.

r7

Postado em 5 de julho de 2024

PF indicia deputado Zé Trovão e cantor Sérgio Reis por ato antidemocrático

A Polícia Federal indiciou o deputado federal Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão (PL-SC), o cantor Sérgio Reis e outras onze pessoas pela organização de atos antidemocráticos no 7 de setembro do ano de 2021. Aliados de Jair Bolsonaro , os alvos indiciados defenderiam naquela ocasião o fechamento de rodovias e o impeachment de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).

Ao finalizar o inquérito sobre o caso, a PF indiciou Zé Trovão, Sérgio Reis e outros nos delitos de incitação ao crime (pena de detenção de três a seis meses), associação criminosa (reclusão de um a três anos) e de tentar impedi-lo. livre exercício dos Poderes. No caso deste último crime, a PF os enquadrou na antiga Lei de Segurança Nacional, porque era a lei vigente na época dos fatos, com pena prevista de dois a seis anos de prisão.

Essa investigação foi aberta em 2021 a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República), que detectou convocações nas redes sociais para manifestações antidemocráticas no 7 de setembro. Zé Trovão foi alvo de prisão na ocasião e ficou um mês foragido. No ano seguinte, ele foi eleito para o cargo de deputado federal. Atualmente, ele ainda usa tornozeleira eletrônica.

A PF ordenou que os investigados se articulassem para realizar atos contra o Estado democrático. O inquérito foi enviado no mês passado para o procurador-geral da República, Paulo Gonet. Ele irá decidir se apresenta denúncia contra os acusados. O caso é sob sigilo.

Entre os indicados estão também o ex-presidente da Aprosoja (Associação Brasileira dos Produtores de Soja e Milho), Antônio Galvan, e o jornalista bolsonarista Oswaldo Eustáquio. No caso deles, foram acusados ​​apenas dos delitos de incitação ao crime e associação criminosa.

Outro lado
O cantor Sérgio Reis afirmou que não iria se manifestar porque não foi notificado oficialmente do indiciamento. A defesa de Zé Trovão disse que não tinha conhecimento do inquérito e não respondeu.

O empresário Antonio Galvan também não quis se manifestar.

Oswaldo Eustáquio classificou de “perseguição política” o indiciamento da Polícia Federal. “Isso se acentua porque se de fato a gente deveria ter dado um golpe de estado, a gente teria dado em 2021. Havia um número muito maior do que no 8 de janeiro. Mas o objetivo nunca foi esse, e o 7 de setembro de 2021 é uma prova que nós nunca avaliamos nenhum tipo de ruptura institucional. Agora, deixa claro também que nós nunca avaliamos uma ruptura com um golpe, mas avaliamos em 2021 e avaliamos hoje um impeachment do ministro Alexandre de Moraes. A base do meu indiciamento é a entrevista que fiz com o Zé Trovão, então estou sendo indiciado pelo exercício do jornalismo”, afirmou Eustáquio.

uol

Postado em 5 de julho de 2024

Não é o MST que está tomando terra hoje no Brasil, são os banqueiros, afirma Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira (4) que hoje em dia quem está tomando as terras dos produtores rurais no Brasil não é o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra), e sim os banqueiros.

“Vamos fazer um levantamento para ver o seguinte. Quem é que está tomando terra de fazendeiro hoje neste país? Sabe quem são? Os banqueiros. Todos os proprietários de terra que tem dívida agrária os bancos estão tirando a terra deles”, afirmou durante cerimônia de entrega de obras de transporte em Campinas (SP).

“Não é mais o João Pedro Stédile [líder do MST], são os presidentes dos bancos que estão tomando terra”, completou.

A fala aconteceu um dia após o governo federal lançar o Plano Safra para 2024 e 2025 com a cifra recorde de R$ 400,5 bilhões.

O lançamento do programa aconteceu em uma cerimônia com parlamentares e empresários do agronegócio, em um movimento para tentar se aproximar do setor, que é uma das principais bases eleitorais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Nesta quinta-feira, Lula chamou o plano de “programa do agronegócio”. O presidente disse que o lançamento contou com os maiores representantes do setor, e afirmou que na ocasião reconheceu que os empresários do agro não gostam do PT por conta do MST.

Lula então afirmou que, mesmo com essa pecha, não houve presidente no Brasil, “desde D. Pedro”, que tenha feito um Plano Safra do tamanho que seu governo fez enquanto governou o país.

Na véspera, durante o lançamento do programa, Lula fez diversos gestos à plateia em seu discurso. Ele disse que não governa ideologicamente e vai morrer sem perguntar em quem um empresário votou.

“Não precisa gostar de mim. Eu certamente vou gostar de vocês, porque não desprezo possíveis eleitores”, disse, arrancando risadas.

Stéfanie Rigamonti/Folhapress

Postado em 5 de julho de 2024

Pressionado até por herdeira da Disney, Biden volta a descartar desistência

O presidente norte-americano, Joe Biden, procurou falar alto e com paixão nas breves declarações públicas que fez com um teleprompter na Casa Branca nesta quinta-feira (4). Ao mesmo tempo que indicou que não vai desistir, continua recebendo pressão de apoiadores e doadores de campanha para abandonar a disputa presidencial.
Nesta quinta-feira, a herdeira da Disney, Abigail Disney, anunciou que vai cortar as doações ao Partido Democrata até que o presidente desista da disputa. Já entre os democratas, cresce o apoio em torno da ideia de que a vice-presidente Kamala Harris assuma o lugar de Biden na eleição de novembro.

O presidente foi o anfitrião das festividades anuais do Dia da Independência, na Casa Branca, nesta quinta-feira — incluindo um churrasco para militares da ativa e suas famílias.

Biden, usando um terno sem gravata, começou seus comentários com um vigoroso “Feliz Dia da Independência!”

Lendo a partir de um teleprompter, o presidente não cometeu erros graves em suas breves declarações. Por outro lado, pareceu sair do roteiro para fazer referência a um cemitério de guerra que Trump se recusou a visitar enquanto estava no cargo.

Enquanto Biden se misturava e tirava selfies com os convidados, alguém gritou para que ele não desistisse. “Não vou a lugar nenhum”, respondeu Biden.
Na sexta-feira (5), o presidente dará uma entrevista à ABC News e viajará para Wisconsin no mesmo dia para um comício de campanha.

Dezenas de deputados democratas estão preparados para pedir a Biden que se afaste se ele não tiver uma boa performance na entrevista à ABC, disse uma fonte à Reuters. Inclusive, os democratas veem a conquista do controle da Câmara em novembro como algo crítico.

Biden enfrenta uma nova realidade desde o debate da semana passada — mesmo que ele não vacile verbal ou fisicamente, é provável que persistam sérias preocupações sobre sua viabilidade como candidato. Se ele distorcer as palavras ou parecer desconcentrado ou confuso, enfrentará uma pressão renovada para desistir.

As pesquisas de opinião mostraram um leve revés para Biden após o debate da semana passada em Atlanta. Ainda assim, um novo levantamento Reuters/Ipsos apontou Biden empatado com Trump, um sinal de que a disputa continua acirrada.

Trump e Biden tiveram, cada um, 40% de apoio entre os eleitores registrados na pesquisa de dois dias concluída na terça-feira (2). Levantamento anterior da Reuters/Ipsos, realizada em 11 e 12 de junho, mostrou Trump com uma vantagem marginal de 2 pontos percentuais: 41% a 39%.

Em uma entrevista com Earl Ingram, do programa de rádio “The Earl Ingram Show”, na quarta-feira (3), Biden disse que continuará lutando.

“Eu fiz besteira, cometi um erro. Foram 90 minutos no palco. Veja o que eu fiz nos últimos três anos e meio”, disse ele.
Biden se reuniu com um grupo de governadores democratas na quarta-feira na Casa Branca para defender sua permanência na disputa. Alguns disseram aos repórteres que estão ao lado do presidente.

g1

Postado em 5 de julho de 2024

Calote em hospital e boleto atrasado: Neymar e família acumulam dívidas

Boletos atrasados, nome protestado em cartório, calote. A realidade de muitos brasileiros bateu às portas da família de Neymar. Mesmo com uma fortuna estimada em R$ 4,8 bilhões, ele e seus parentes contraíram dívidas que vão de calote em hospital a atraso no pagamento de prestações de aparelhos eletrodomésticos.
Neymar da Silva Santos (o “Neymar Pai”), empresário e sócio do filho em dezenas de empreendimentos, teve o nome protestado por algumas dívidas no Rio e em Santos, como consta nos serviços de proteção ao crédito. Mas é a que contraiu em Balneário Camboriú a que mais chama atenção.

Nesse caso, Neypai deixou de pagar uma empresa que vendeu o sistema de ar-condicionado dos quatro andares da cobertura que Neymar adquiriu na cidade catarinense. São várias duplicatas em atraso, e a maior delas, de pouco mais de quase R$ 5 mil, vem sendo cobrada desde abril.

Rafaella Santos, a Neyrmã, também contraiu dívidas, estando em dívidas com um hospital e um laboratório de análises clínicas em São Paulo. Parcelas no valor de R$ 250 e exames que custaram cerca de R$ 6,5 mil não foram pagos entre 2020 e 2022.

Nem mesmo Nadine Gonçalves (mãe do jogador) ficou de fora do feirão do boleto em atraso. A Neymãe está devendo R$ 2,6 mil, que seriam referentes a duas faturas de condomínio, dos meses de fevereiro e março deste ano. Assim como o ex e a filha, Neymãe teve o nome levado ao cartório.

Além do registro público da inadimplência, quem tem o nome sob protesto pode ter seu nome incluído em órgãos de proteção ao crédito, como o Serasa, e ter o CPF negativado, o que pode dificultar a obtenção de crédito no futuro e impedir novos parcelamentos.

Juntos, os três devem na praça algo em torno de R$ 21 mil. Para se ter uma ideia, Neymar recebe do Al-Hilal, seu atual clube, cerca de R$ 40 milhões por mês, o que dá, em média, cerca de R$ 55 mil em ganhos por hora, somente em salários.

Folha de Pernambuco

Postado em 5 de julho de 2024

Sérgio Reis passa por cateterismo e precisa cancelar shows

Sérgio Reis, de 84 anos de idade, precisou passar por um cateterismo após comparecer ao Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, para um check-up, na última quarta-feira, dia 3. Com isso, o cantor anunciou que precisou cancelar alguns procedimentos.

Informamos que no último dia 3, o cantor SÉRGIO REIS compareceu ao Hospital Sírio Libanês para um check-up e exames de rotina. Foi constatado um problema em um Stent, razão pela qual, haverá a necessidade da realização de um cateterismo para solucionar o problema. Por este motivo, o cantor deverá ficar em repouso absoluto por 05 dias.

Os shows que o cantor faria nas cidades de Bálsamo e São José da Barra serão remarcados. O comunicado continua:

Sendo assim, os shows dos dias 06/07 na cidade de Bálsamo – SP e 07/07 na cidade de São José da Barra – MG foram cancelados e, nova data será reagendada assim que o cantor receber alta.

Folha Vitoria

Postado em 5 de julho de 2024

IVP VAI GANHAR REFORMA COM INVESTIMENTO DE MAIS DE R$ 1 MILHÃO

A educação pública de Currais Novos celebra uma grande conquista! O Instituto Vivaldo Pereira, uma das instituições mais tradicionais da cidade, será reformado com um investimento superior a R$ 1 milhão. A ordem de serviço foi assinada, marcando o início de uma nova era para a escola.

A comunidade escolar de Currais Novos está repleta de esperança e gratidão. Embora ainda não haja previsão para a conclusão da obra, o importante passo já dado enche de entusiasmo todos os envolvidos.

Parabéns a todos que contribuíram para esta conquista histórica! A 9ª Direc e toda a comunidade aguardam ansiosamente a transformação do Instituto Vivaldo Pereira.

9DIREC

Postado em 5 de julho de 2024

PROFESSOR ZEQUINHA E CANINDÉ MORENO SÃO PRÉ-CANDIDATOS A PREFEITO E VICE PELO GRUPO DA OPOSIÇÃO EM PARELHAS

O grupo de oposição da cidade de Parelhas/RN, se reuniu na última sexta-feira (28/06), e bateu o martelo para as eleições de 2024.

O grupo anunciou nas redes sociais as pré-candidaturas do professor Zequinha a prefeito e do ex-vereador Canindé Moreno como pré-candidato a vice-prefeito.

Canindé Moreno é filiado ao Partido dos Trabalhadores, conta com o apoio do Deputado Estadual Francisco do PT e da governadora Fátima Bezerra.

De acordo com o pré-candidato a prefeito Zequinha, a chapa foi formada em comum acordo e a aliança de quase 20 anos entre MDB e PT continua firme e forte.

jcn

Postado em 4 de julho de 2024

Polícia Federal indicia Jair Bolsonaro em inquérito das joias sauditas

A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 11 no caso em que é apurada a venda ilegal de joias no exterior. O pedido de indiciamento do ex-mandatário foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em seu relatório final, a PF concluiu que houve crime de peculato, associação criminosa, lavagem de dinheiro e advocacia criminosa.
A coluna Igor Gadelha antecipou, nesta quinta-feira (4/7), que o relatório estava concluído e que seria enviado em breve pro STF.

Bolsonaro, o então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque; José Roberto Bueno Jr.; Júlio Cesar Vieira Gomes; Marcelo da Silva Vieira, Marcos Soeiro e Mauro Cesar Cid, foram indiciados por peculato, que significa “apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio”.

Os advogados Fabio Wajngarten e Frederick Wassef; Bolsonaro; Mauro Cesar Cid e o pai dele, Lourena Cid, e outros estão na lista dos indiciados por lavagem de dinheiro e pela prática do crime de associação criminosa. O ex-chefe da Receita Federal Julio Cesar Vieira Gomes está na lista de indiciados por ter cometido, no entendimento da PF, advocacia administrativa.

O documento com o indiciamento foi encaminhado ao STF, para que seja analisado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. Assim que recebê-los, deve remeter o relatório à apreciação da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Segundo a assessoria do Supremo, até as 18h, os autos físicos e sigilosos da PET 11.645 ainda estavam na Polícia Federal, não tendo sido encaminhados ao STF qualquer pedido ou relatório.

Inquérito
A Polícia Federal abriu inquérito, em 2023, para investigar as tentativas do governo Bolsonaro (PL) de entrar ilegalmente com joias da Arábia Saudita no Brasil. Os objetos foram avaliados em R$ 5 milhões.

O estojo de joias – com anel, colar, relógio e brincos de diamante, oriundos da Arábia Saudita – estava retido na Receita Federal, em São Paulo, e foi entregue à PF, em 5 de abril.

O estojo foi apreendido no Aeroporto de Guarulhos, ainda em 2021, quando as peças chegaram ao Brasil na mochila do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

Depois, descobriu-se que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ganhou outros dois presentes da Arábia: o primeiro, o próprio mandátario recebeu em 2019; o segundo presente veio com o estojo apreendido, mas passou incólume pela fiscalização da Receita.

Metrópoles

Postado em 4 de julho de 2024

Chapa definida: PT e PSDB Lucas e Milena

Milena Galvão aceitou o desafio e volta ao cenário político de Currais Novos de forma mais efetiva, compondo a chapa junto com o pré-candidato a prefeito Lucas, indicado pelo prefeito Odon Jr. para a sua sucessão.

Dona de uma carisma inigualável, querida pelo povo, respeitada pela classe empresarial e médica e reconhecida pela competência de seu trabalho como advogada previdenciarista, Milena Galvão deverá movimentar o tabuleiro político municipal, trazendo em sua bagagem o apoio político do Presidente da Assembleia Legislativa, seu irmão Dep. Ezequiel Ferreira.

Postado em 4 de julho de 2024

Esposa de Bruce Willis, diagnosticado com demência, indica que o ator não consegue mais falar

Em fevereiro do ano passado, Bruce Willis foi diagnosticado com demência frontotemporal, uma doença neurodegenerativa que o afastou das telas e o levou a ser cuidado por sua esposa e filhas.

Nesse sentido, sua esposa, Emma Heming, usa as redes sociais para conscientizar sobre esta rara doença de Bruce Willis; em sua última postagem, incluiu a mensagem que o próprio ator teria gostado de dar e gerou dúvidas se ele realmente pode falar ou não.

O diagnóstico que Bruce Willis recebeu no início do ano passado foi o impulso para que Emma Heming iniciasse uma campanha fornecendo informações e aconselhamento sobre demência frontotemporal. Atualmente, ela está arrecadando fundos e realizando ações para aumentar a conscientização sobre a doença.

No vídeo publicado esta semana, Heming falou para seus mais de 945 mil seguidores no Instagram e compartilhou as últimas atualizações sobre o estado de saúde; ela mencionou duas pessoas que estão pedalando pelos Estados Unidos para incentivar uma mudança no tratamento da FTD. E nesse contexto, imaginou o que Bruce Willis teria dito a respeito.

“Eu imagino o que Bruce teria dito: ‘Espero que lembrem de se manter hidratados’. Eu apoio. Mantenham-se fortes e seguros! Estou muito orgulhosa de vocês”, disse ela. A postagem recebeu milhares de curtidas e mensagens para o ator, que está sob os cuidados de seus familiares. No entanto, suas palavras não passaram despercebidas e geraram todo tipo de dúvidas sobre se o ator de Duro de Matar ainda pode falar ou não.

Alguns dias atrás, sua filha mais velha, Rumer Willis, esteve no programa Today para falar sobre os próximos projetos de sua mãe e mencionou o estado geral de Bruce.

“Ele está muito bem”, ela assegurou, e também compartilhou um lado afetuoso de seu pai, que passa tempo com sua filha mais velha, Lauetta. “Na verdade, eu o vi pouco antes de vir para Nova York. Lou está começando a dar seus primeiros passos e caminhou até ele. Foi muito doce”, ela disse.

É importante destacar que seu círculo mais íntimo, composto por sua esposa atual, sua ex-esposa (Demi Moore) e suas filhas, é responsável por fornecer detalhes sobre a saúde do reconhecido ator, que possui milhares de fãs ao redor do mundo. No entanto, no final do ano passado, o roteirista e amigo de Willis, Glenn Gordon Caron, afirmou que visita Bruce todos os meses e mantém contato direto com sua família. Naquela ocasião, ele revelou que o ator enfrenta certas dificuldades na fala, mas não afirmou que ele a perdeu completamente.

Em uma entrevista ao New York Post, o roteirista de Luz de Lua disse: “Eu tento visitá-lo todos os meses, embora nem sempre consiga… O que torna sua doença tão assustadora é que, se você já passou algum tempo com Bruce, sabe que ninguém tem mais alegria de viver do que ele… Ele amava a vida e adorava acordar todas as manhãs e viver ao máximo.”

“A minha sensação é que entre um e três minutos ele sabe quem eu sou. Ele não é totalmente verbal. Costumava ser um leitor voraz, uma característica que ele não queria que as pessoas soubessem sobre ele, e agora não lê mais. Todas essas habilidades linguísticas já não estão disponíveis para ele, mas ele ainda é Bruce. Quando você está com ele, sabe que é o Bruce e está grato por ele estar lá; mas a alegria de viver se foi”, ele disse naquela ocasião.

Folha de Pernambuco

Postado em 4 de julho de 2024

Lula manda cumprir arcabouço fiscal e determina corte de R$ 25,9 bi

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, na noite desta quarta-feira (3/7), que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) autorizou um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias. Lula ainda determinou o cumprimento do arcabouço fiscal.

O corte, conforme anunciou o ministro, ocorrerá por meio de um “pente-fino” em benefícios sociais. “Isso foi feito com as equipe dos ministérios. Não é um número arbitrário, é o número que foi levantado, linha a linha, do orçamento daquilo que não se coaduna com o espírito dos programas sociais que foram criados”, destacou.

Embora o corte esteja programado para o orçamento de 2025, Haddad afirmou que as medidas podem ser antecipadas, a depender do relatório de despesas e receitas do governo que será apresentado neste mês.

“O presidente autorizou levar à frente R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias que vão ser cortadas depois que os ministérios afetados forem comunicados do limite estipulado para elaboração do orçamento 2025”, disse.

Haddad ainda frisou que há discussão com relação ao arcabouço fiscal e que o Executivo está comprometido com o cumprimento das leis complementares de finanças públicas. “O presidente determinou: ‘Cumpra-se o arcabouço fiscal’”, afirmou o ministro.

Turbulência cambial
Nos últimos dias, o governo enfrentou uma onda de reações e críticas diante dos sucessivos aumentos na cotação do dólar. A questão cambial é reflexo da incerteza do mercado em relação à política fiscal implementada pelo governo federal.

Além disso, o presidente Lula reforçou, nos últimos dias, as críticas ao mercado e à atuação de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC).

O mandatário da República endureceu as críticas à atuação de Campos Neto após a taxa básica de juros, a Selic, ser mantida a 10,5% ao ano na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nesta quarta-feira (3/7), depois de Lula suavizar o discurso e reforçar o compromisso com a responsabilidade fiscal, o dólar fechou em queda de 1,71%, cotado em R$ 5,56.

Metrópoles

Postado em 4 de julho de 2024

Alta do dólar deve pressionar inflação e impactar consumo das famílias no 2º semestre, dizem especialistas

O forte avanço do dólar visto ao longo do ano pode ser mais um fator relevante a pressionar a inflação e impactar o consumo das famílias ao longo dos próximos meses, dizem especialistas ouvidos pelo g1.

Ainda que os preços continuem controlados por ora, a tendência é que a somatória entre três fatores pese nos preços ao consumidor neste segundo semestre:

A valorização da moeda americana contra o real, que chega a 14,75% em 2024;
A piora na safra agrícola deste ano em relação a 2023; e
Os efeitos econômicos da tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul (RS).
Veja a seguir o que explica o aumento do dólar, e seus impactos na inflação brasileira e no consumo das famílias.

O que está acontecendo com o dólar?
Há uma série de fatores que, juntos, ajudam a explicar a forte valorização do dólar nos últimos meses. Desde o final de maio, a moeda americana acumula alta de mais de 6% em relação ao real, refletindo tanto fatores internos quanto o quadro internacional.

ENÁRIO DOMÉSTICO

Por aqui, há questões antigas e novas. Analistas reforçam uma preocupação que vem desde o início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com os cofres do governo. Há dúvidas sobre o quanto a equipe econômica deverá conseguir controlar as contas públicas.

Os últimos dados divulgados pelo Banco Central (BC), por exemplo, indicam que as contas do setor público consolidado apresentaram um déficit primário de R$ 63,9 bilhões em maio deste ano, no segundo pior resultado para o mês da história.

O déficit primário acontece quando as receitas com impostos ficam abaixo das despesas, desconsiderando os juros da dívida pública.

A arrecadação começou o ano em alta, depois de medidas implementadas pelo governo para perseguir um equilíbrio das contas, mas voltaram para o vermelho no acumulado dos cinco primeiros meses de 2024. Agora, há um déficit de R$ 2,6 bilhões, ou 0,06% do PIB, contra um resultado positivo de R$ 28,5 bilhões (0,65% do PIB) no mesmo período do ano passado.

A preocupação crescente com as contas públicas tem mexido com os mercados e colocado o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em uma corrida contra o tempo para tentar achar espaço no orçamento para um corte de gastos.

Na última quarta-feira (3), Lula chegou a afirmar que “responsabilidade fiscal é compromisso” e que o governo “não joga dinheiro fora”. A declaração, no entanto, vai na contramão com o que o próprio presidente já falou em momentos anteriores, quando afirmou que é necessário avaliar “se a saída é o corte de gastos ou um aumento na arrecadação”.

Além disso, também há um incômodo recente vindo da escalada de estresse causada pelas críticas que Lula tem feito ao BC.

Depois de um início de ano conturbado, Lula voltou a criticar o patamar de juros do país e a condução da política monetária pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto. O mercado financeiro acendeu o sinal amarelo, pela preocupação sobre como deve ser a transição para a nova gestão da instituição.

Com o mandato de Campos Neto se encerrando no final deste ano, o governo deve indicar um novo nome para substituí-lo. O temor dos investidores é que a nova diretoria opte por uma condução mais frouxa da política monetária — ou até com interferência política.

No pior cenário, os diretores seriam forçados a trabalhar com juros menores na economia brasileira, o que poderia implicar em uma inflação média mais alta.

Todo esse cenário reduz o apetite dos investidores aos ativos de risco brasileiros. Isso faz com “fujam” para investimentos em dólar como forma de proteção da carteira — fazendo com que a moeda norte-americana se valorize cada vez mais em relação ao real.

▶️ QUADRO INTERNACIONAL

No ambiente externo, ainda pesam as incertezas em relação aos próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) na condução dos juros da maior economia do mundo.

Isso porque, nos últimos meses, o nível de atividade econômica norte-americana continua com um bom ritmo de crescimento. Isso faz com que os números de emprego e de salários continuem fortes, e deixa mais difícil a missão do Fed de controlar a inflação, que está acima da meta de 2%.

O cenário frustrou as expectativas do mercado financeiro, que esperava uma redução dos juros americanos ainda no primeiro semestre de 2024. O início do ciclo de cortes de juros por lá ainda não tem data para começar.

Atualmente, a taxa básica dos EUA está no intervalo entre 5,25% e 5,50% ao ano, no maior patamar desde 2001. Segundo a ferramenta Fedwatch do CME Group, que reúne as apostas dos analistas para a redução, aponta que a maior parte do mercado (66,5%) projeta que o Fed só comece a cortar os juros na reunião de setembro.

Mas é apenas uma previsão. Nessa semana, por exemplo, a diretora do Fed, Michelle Bowman, reiterou sua opinião de que manter a taxa de juros nos Estados Unidos estável “por algum tempo” provavelmente será suficiente para deixar a inflação sob controle. Na prática, isso significa que o BC norte-americano deve deixar os juros elevados por mais tempo.

Nessa situação, o dólar ganha força. Quando os juros dos EUA estão elevados, a rentabilidade dos Treasuries (títulos públicos norte-americanos), os mais seguros do mundo, é maior. Assim, quem busca segurança e boa remuneração prioriza o investimento no país, e se afasta de emergentes, como o Brasil.

Por que o aumento do dólar pode impactar os preços?
A valorização da moeda norte-americana já ultrapassa a marca dos 14% no ano até agora. Um dólar mais caro traz impacto em várias cadeias produtoras brasileiras, e a estimativa dos especialistas é que os impactos nos preços já comecem a surgir.

Segundo o economista-chefe da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Felipe Queiroz, a alta do dólar só não teve efeitos significativos nos preços domésticos por enquanto por dois motivos:

Primeiro, porque o setor costuma trabalhar com estoques. Até que acabe o excedente de produtos e os supermercados precisem reabastecer, dificilmente o consumidor sentirá oscilações nos preços.
Segundo, porque o segmento costuma fazer operações com hedge (instrumento voltado para proteger o valor de um ativo contra possíveis oscilações de mercado), o que também acaba limitando impactos instantâneos e mais agressivos nos preços.
“Mas a tendência é que a gente venha a sentir esses impactos [do câmbio] a partir de julho em diante. Por isso a expectativa é que haja aceleração inflacionária neste segundo semestre”, afirmou Queiroz.
De maneira geral, a taxa de câmbio pode ter influência nos preços domésticos em diferentes frentes, como por meio da importação de produtos e insumos ou mesmo pela equiparação dos preços praticados no Brasil com o mercado internacional.

Ou seja, para que não faltem produtos por aqui (principalmente os essenciais), o preço de itens produzidos no Brasil e exportados sobe internamente para acompanhar a variação do dólar.

Um bom exemplo desse quadro é a soja. Apesar de o Brasil ser um enorme produtor do grão, os produtores priorizam a exportação do produto quando o dólar sobe.

Para abastecer o mercado interno, é preciso pagar mais caro. O preço da soja faz subir junto o da ração animal, que traz impactos indiretos a produtores de carne, leite e derivados, por exemplo.

Como isso tudo pode afetar o consumo (e o consumidor)?
Segundo especialistas consultados pelo g1, o consumo das famílias tem vindo em uma trajetória positiva desde o começo do ano, em meio aos estímulos feitos pelo governo. É o caso do reajuste do salário mínimo, o aumento do Bolsa Família e o pagamento de precatórios, por exemplo.

“Tudo isso acabou dando um gás para o consumo. Além disso, também temos uma massa salarial crescendo muito, com a população ocupada subindo e queda do desemprego. Com mais gente empregada e ganhando mais, é natural que o consumo aumente”, explica a economista-chefe do C6 Bank, Claudia Moreno.
Para os meses à frente, no entanto, a leitura já não é tão positiva. Além do impacto do dólar nos preços, que deve ser visto principalmente nos bens de consumo, há também uma pressão inflacionária vinda dos efeitos climáticos e da tragédia vista no Rio Grande do Sul (RS) na primeira metade do ano.

Os indicadores já começam a mostrar essa pressão. O último dado da inflação oficial do país, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mostra que os preços subiram 0,39% na prévia de junho, puxados pela alta no grupo de Alimentação e bebidas (0,62%).

Alimentos comuns na mesa do brasileiro contribuíram para a alta, com destaque para a batata inglesa, que disparou 20,61% e a cebola, por exemplo. O arroz também teve aumento (1,47%) — nesse caso refletindo a tragédia no Sul, uma vez que o RS é o maior produtor do grão no Brasil.

A perspectiva de reajustes mais severos em itens essenciais disparou um antigo gatilho do consumidor contra a inflação: as chamadas “compras de pânico”. Elas acontecem quando consumidores temem a falta de um produto nos mercados e acabam comprando mais unidades do que o habitual.

A empresa Neogrid possui um indicador específico que mede a ausência de produtos nas gôndolas dos supermercados brasileiros, o Índice de Ruptura. No mês de maio, por exemplo, ele registrou um aumento ao patamar de 13,4%. Esse é o percentual de produtos em falta em relação ao total de itens do catálogo de uma loja.

Dentre itens específicos, destaque foi justamente o arroz, que passou de 7,6% para 9,7%. Para entender esse número, fica o exemplo: se o mercado vende cinco marcas de arroz e uma delas está faltando em estoque, a ruptura desse produto seria de 20%.

“Parte da população comprou mais e estocou em casa. A atitude provocou aumento da ruptura do produto devido tanto à demanda ter crescido quanto à demora para o reabastecimento”, afirmou em nota o diretor da Neogrid Robson Munhoz.
Outros destaques, segundo a Neogrid, foram o detergente (de 7,9% para 8,8%), o café (de 8,1% para 8,8%) e a manteiga (de 5,6% para 6,8%).

Diante do aumento do Índice de Ruptura e das estimativas de que a inflação aumente até o final do ano, a leitura dos especialistas é que o consumo deve arrefecer no segundo semestre.

Para Queiroz, da Apas, a estimativa é a de que os supermercados acabem reagindo às variáveis que interferem no consumo, trazendo promoções quando possível e até promovendo os produtos de marca própria — que também são chamados de “marcas exclusivas”.

Segundo o vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Marcio Milan, a preferência dos consumidores pelos produtos de marca própria já vinha crescendo ao longo do tempo, mesmo antes dessa expectativa de choque de preços.

Essa é uma alternativa frequentemente usada pelos consumidores e que ganhou força após a pandemia, em meio aos fortes aumentos de preços.

“O consumidor passa a procurar alternativas e os produtos de marca própria têm, em média, um preço de 20% a 30% menor do que o [produto] líder, mas com uma qualidade semelhante”, afirmou.

g1

Postado em 4 de julho de 2024