O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou, nesta terça-feira (21/3), um decreto que reserva pelo menos 30% das vagas dos cargos em comissão e função de confiança na administração pública federal sejam ocupados por negros. Segundo o ato, a admistração pública terá até 31 de dezembro de 2026 para alcançar os percentuais mínimos.
O decreto foi assinado durante cerimônia, no Palácio do Planalto, para comemorar os 20 anos da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Lula ainda anunciou pacote de medidas interministerial voltado à igualdade racial
“Em parceria com o Ministério da Gestão e Inovação, comandado por minha querida Esther Dweck, daremos esse passo inédito, que entrará para a história. Negros e negras na ponta e no topo da implementação de políticas públicas no governo federal”, disse a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
População quilombola Durante o evento desta terça, o governo também anunciou a criação do programa Aquilomba Brasil, voltado à promoção dos direitos da população quilombola. Segundo o Ministério da Igualdade Racial, a iniciativa, que será criada por um decreto assinado por Lula, terá três eixos. São eles:
acesso à terra e ao território quilombola;
infraestrutura e qualidade de vida quilombola;
inclusão produtiva e etnodesenvolvimento local, de direitos e cidadania.
De acordo com a ministra Anielle Franco, o governo vai organizar junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) uma “agenda nacional de titulação”.
O governo também quer garantir a permanência de quilombolas no ensino superior; por isso, pretende ampliar as cotas para a população por meio de uma parceria com o Ministério da Educação.
“A promoção de direitos para as comunidades quilombolas no Brasil é um ato de reparação à enorme dívida histórica que o Estado brasileiro tem com essas populações”, destacou Anielle.
Grupos de trabalho Durante a cerimônia, o governo também anunciou a criação de um grupo de trabalho interministerial focado na elaboração de políticas públicas voltadas ao “princípio de interseccionalidade” de raça, etnia e gênero.
De acordo com Anielle Franco, será colocado em prática o programa Juventude Negra Viva, voltado para a articulação de políticas intersetoriais e transversais a crianças e negros. Um terceiro grupo de trabalho será criado para anunciar ações de enfrentamento ao racismo religioso.
Nos últimos dias o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem sinalizado a pessoas próximas que não pretende ceder à pressão para manter a tradição de escolha do procurador-geral da República por meio da lista tríplice elaborada Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).
O presidente ainda não respondeu a pedido de reunião feito, no início de março, pelos procuradores.
Apesar de não ter previsão constitucional, a lista elaborada pela ANPR baseou a escolha do chefe do Ministério Público Federal (MPF) pelos presidentes Lula, Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB).
A relação é formada por meio da votação dos procuradores. Os três nomes são apresentados ao presidente, que, no entanto, é livre para escolher quem indica ao Senado, responsável pela aprovação.
Ubiratan Cazetta, presidente da ANPR, pediu no dia 3 de março uma audiência com Lula para defender a lista tríplice elaborada desde 2001 pela entidade como mecanismo de escolha do chefe da Procuradoria-Geral da República (PGR). Cazetta pretendia levar ao presidente a visão institucional da associação sobre o modelo de indicação do procurador-geral.
A ANPR ouviu do gabinete da Presidência da República a informação de que o ofício com a solicitação de audiência foi recebido, mas não houve desde então nenhum tipo de sinalização sobre uma eventual data para reunião com Lula.
Nas últimas semanas, integrantes da PGR procuraram interlocutores de Lula para reafirmar a defesa da lista tríplice, segundo relatos feitos à CNN. O presidente deixou claro, por meio desses auxiliares, que não vê mais sentido na manutenção da tradição iniciada por ele em 2003 e que não escolherá um nome apenas por ter o respaldo da categoria.
Aras encerra seu segundo mandato à frente da PGR no dia 26 de setembro. O prazo para que Lula escolha o sucessor de Aras está distante e a prioridade do presidente, neste primeiro semestre, é na escolha do sucessor de Ricardo Lewandowski, que deixa o Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 11 de maio.
Lula, no entanto, já decidiu que não irá reconduzir Aras, como Jair Bolsonaro (PL) fez em 2021.
O presidente também definiu que não escolherá um subprocurador-geral – nível mais alto da carreira do MPF – que atuou na extinta Lava Jato ou que defendeu a operação, que levou o petista à cadeia em 2018.
Apesar dos recados dados por Lula por meio de seus auxiliares mais próximos, a ANPR vai elaborar a lista como vem fazendo desde 2001.
Devem se colocar à disposição da carreira os subprocuradores-gerais Luiza Frischeisen, Mário Bonsaglia e José Adonis Callou de Araújo Sá. Luiza foi a mais votada em 2021 e Bonsaglia, em 2019.
Mas as atenções do Palácio do Planalto e do entorno de Lula estão direcionadas aos subprocuradores que vão buscar se viabilizar por fora da disputa por meio da lista tríplice.
Há ao menos três nomes que despontam hoje como cotados para o cargo: Antônio Carlos Bigonha, Paulo Gustavo Gonet Branco e Carlos Frederico Santos.
Bigonha foi o primeiro a se lançar candidato ao posto de sucessor de Aras e começou a se articular ainda em 2022, antes mesmo de Lula assumir a Presidência. Bigonha chegou ao topo da carreira do MPF em março de 2015.
Desde então, atuou, entre outras funções, como coordenador da Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais e como secretário de Relações Institucionais da PGR.
Na primeira função, Bigonha cobrou de Jair Bolsonaro e de seus aliados bom senso para que os indígenas não ficassem nas mãos do agronegócio e defendeu que o direito deles às suas terras é originário e se sobrepõe a qualquer outro interesse que exista sobre elas.
Para ele, a possibilidade de mineração em terras indígenas depende de lei específica, autorização expressa do Congresso Nacional e deve respeitar a consulta prévia, livre e informada às comunidades afetadas.
Como secretário de Relações Institucionais, foi responsável pela interlocução entre o gabinete de Aras, o Congresso Nacional, o STF e o Palácio do Planalto. Ele, no entanto, ficou menos de sete meses na função.
Bigonha também presidiu a ANPR de 2007 a 2011. Neste período, a associação entregou a Lula e Dilma Rousseff três listas tríplices. Nelas, foram escolhidos para o cargo de procurador-geral Antonio Fernando Barros e Silva de Souza, em 2007, e Roberto Gurgel, em 2009 e 2011.
Na área penal, Bigonha defendeu em 2019 a condenação do ex-ministro Geddel Vieira Lima, seu irmão, o ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima, e o empresário Luiz Fernando Machado Costa por lavagem de dinheiro e associação criminosa no caso do bunker de R$ 51 milhões em dinheiro vivo encontrado em um apartamento em Salvador (BA).
Mais recentemente, em um artigo publicado na revista “Carta Capital” no início de março, escreveu que o MPF se tornou uma polícia com poderes superlativos que vem realizando, ao longo dos últimos anos, operações persecutórias no Brasil e no exterior.
Na publicação, o subprocurador chama de arbitrária a prisão de Lula, nas palavras dele “um dos maiores líderes populares de todos os tempos”.
Elencando no artigo suas principais bandeiras para conquistar a confiança de Lula e de seus principais interlocutores, Bigonha defende que o MPF “concentre esforços na promoção de uma agenda social e ambiental que contemple os direitos humanos em todas as suas dimensões e que faça jus ao protagonismo do Brasil no concerto das nações” sem deixar de lado a “titularidade da ação penal pública”.
Bigonha foi o primeiro a se posicionar abertamente como candidato a sucessor de Augusto Aras, mas não é o único a almejar o cargo de procurador-geral da República.
Outros dois nomes da gestão e próximos a Aras estão no páreo, apesar de afirmarem a pessoas próximas que não pretendem se movimentar para conquistar Lula e seus auxiliares – seja por seus perfis ou em respeito a Aras.
Paulo Gustavo Gonet Branco é vice-procurador-geral Eleitoral e atua perante o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) designado por Aras.
Chegou ao topo da carreira em 2012. Antes de trabalhar com o atual procurador-geral, exerceu o cargo de secretário da Função Constitucional na gestão de Raquel Dodge.
Como vice-procurador-geral Eleitoral, apresentou ao TSE o pedido para que o ex-presidente Jair Bolsonaro fosse condenado pela reunião com os embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho do ano passado.
Ao longo do último ano, Gonet desmentiu em mais de uma ocasião as acusações sem provas de Bolsonaro contra o sistema eleitoral e saiu em defesa das urnas eletrônicas e do trabalho de ministros do TSE em meio aos ataques do então presidente.
Na área penal, defendeu, durante julgamento na Segunda Turma do STF em 2016, o recebimento de uma denúncia apresentada pela PGR contra Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Gleisi é hoje presidente do PT.
Na época, os ministros aceitaram a denúncia, mas dois anos depois o STF os absolveu. Os ministros consideraram não haver provas de que eles receberam propina.
Gonet é considerado, entre seus pares no MPF, um profissional técnico e de perfil discreto e equilibrado.
É cofundador do Instituto Brasiliense de Direito Público ao lado do ministro Gilmar Mendes, de quem é próximo.
Em 2019, foi apoiado pela deputada federal Bia Kicis (PL-DF) para o cargo de procurador-geral. Levado pela parlamentar, Gonet chegou a ser recebido por Bolsonaro para uma conversa um mês antes da escolha do nome de Aras.
Já Carlos Frederico Santos é responsável hoje no STF pelos inquéritos relacionados aos atos criminosos do 8 de janeiro e, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), pela extradição do ex-jogador Robinho e pelo caso do espião russo que fingia ser brasileiro.
No nível mais alto da carreira desde 2013, foi secretário-geral e coordenador da Câmara Criminal. Sua atuação passa ainda pela defesa dos direitos dos povos indígenas.
Ao lado de Luciano Mariz Maia e Franklin Rodrigues da Costa, Carlos Frederico conseguiu, em 1996, a condenação de cinco garimpeiros pelo que ficou conhecido como massacre de Haximu, comunidade yanomami na fronteira do Brasil com a Venezuela.
A decisão foi confirmada pelo STJ, em 2000, e pelo STF, em 2006. A condenação é considerada leading case da aplicação do crime de genocídio contra indígenas e representou uma mudança de paradigma sobre o tema.
Fred, como é conhecido no MPF, era presidente da ANPR quando a primeira lista foi elaborada, em 2001. Ela foi apresentada ao então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que a rejeitou.
Assim como Lula, Fred não acredita na efetividade do mecanismo na escolha do procurador-geral e hoje descarta sua continuidade. Antes disso, no entanto, tentou ser um dos três mais votados da lista em 2015 e 2017, mas não conseguiu.
O subprocurador, bem como Aras, é crítico da extinta Lava Jato, ponto considerado relevante por Lula e seus auxiliares.
Histórico da lista tríplice A lista tríplice foi elaborada pela ANPR pela primeira vez em 2001, quando Carlos Frederico Santos era presidente da associação.
Os nomes foram apresentados ao então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que decidiu por um nome de fora da lista. Na segunda consulta feita à carreira, em 2003, Lula escolheu o subprocurador-geral Cláudio Lemos Fonteles.
A decisão de Lula deu início à tradição da lista, que ao longo dos anos passou a ser criticada dentro e fora do MPF. Enquanto esteve na Presidência, Dilma acolheu os nomes apresentados pelos procuradores.
Michel Temer foi o primeiro presidente a, em 2017, não escolher o mais votado pela carreira. Naquele ano, o subprocurador Nicolao Dino, irmão do atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, foi o mais votado. Temer, no entanto, escolheu Raquel Dodge, a segunda mais votada na lista.
Em 2019, Jair Bolsonaro rejeitou a indicação dos procuradores e escolheu Augusto Aras para comandar a PGR. Aras foi reconduzido em 2021 para mais dois anos à frente do órgão, novamente sem ter o apoio da carreira.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro tomou posse nesta terça-feira (21) como presidente do PL Mulher. O evento, em Brasília, teve participação presencial de Michelle e remota do ex-presidente Jair Bolsonaro, que está nos Estados Unidos desde o fim do ano passado.
Durante o discurso, Michelle agradeceu o apoio do marido, da família e de amigos do meio político, como as senadoras Damares Alves (Republicanos-DF) e Tereza Cristina (PP-MS).
A ex-primeira-dama afirmou que as mulheres precisam “unir forças” e disse que o PL – partido pelo qual Bolsonaro disputou a reeleição em 2022 – é o “partido que mais valoriza a mulher”.
“Estamos numa crescente com cada vez mais mulheres ocupando espaços de liderança no Brasil e é lindo ver… Mas é claro, queremos que esses números aumentem cada vez mais. Precisamos unir forças e não podemos continuar assistindo nos jornais os nossos direitos sendo violados. Não vamos passar por essa vida sem ter deixado um país mais justo e inclusivo”, afirmou Michelle durante a cerimônia.
O ex-presidente Jair Bolsonaro também falou aos presentes por uma chamada de vídeo, exibida no telão do evento. Bolsonaro viajou aos EUA no fim do mandato, na última semana de dezembro, e ainda não anunciou data de retorno ao Brasil.
“Obviamente, eu gostaria de estar presencialmente nesse evento, ao lado da minha esposa, mas a vida é feita de momentos felizes e momentos tristes. E tudo passa a ser ensinamento para nós. Creio eu, que esse momento difícil para todos nós brasileiros, teria que ser dessa forma. Por vezes, precisamos sofrer para dar valor a aquilo que está do nosso lado”, disse.
O evento é visto como o “lançamento” da ex-primeira-dama na política. O papel dela no PL Mulher será tentar alcançar o público feminino, morando nas eleições de 2024.
A cerimônia foi prestigiada por políticos aliados da família Bolsonaro como o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; deputados como Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG); o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e a vice-governadora do Distrito Federal Celina Leão (PP).
Uma operação conjunta do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Polícia Militar (PM), da Secretaria Estadual da Administração Penitenciária (Seap) e da Força Nacional (FN) combate a atuação da organização criminosa que, desde a semana passada, vem promovendo atos criminosos em todo o Estado.
A operação Sentinela cumpriu 13 mandados de prisão e outros 26, de busca e apreensão, nas cidades de Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Macaíba, Canguaretama, Bom Jesus, Santo Antônio, Caiçara do Norte, Acari e Macau. Dois homens foram presos em flagrante na ação. Houve apreensão de armas, drogas, aparelhos de telefonia celular, documentos e dinheiro vivo. Cinco mandados de prisão não foram cumpridos porque os alvos não foram localizados, totalizando 18 prisões já decretadas na operação Sentinela. Essas pessoas já são consideradas foragidas de Justiça.
Todos os mandados foram direcionados a pessoas suspeitas de integrarem o Sindicato do Crime do RN (SDC), organização criminosa vinculada aos ataques à sociedade potiguar na última semana. Entre as 13 pessoas presas, uma é mulher. Dentro da facção, elas são conhecidas como “cunhadas” – mulheres de faccionados que acabam integrando a organização criminosa.
A operação Sentinela contou com a participação de três promotores de Justiça, 16 servidores do MPRN, 60 policiais federais, 31 policiais rodoviários federais, 96 policiais militares e 24 policiais penais. Dois helicópteros das forças de segurança do RN prestaram apoio à ação.
A maioria dos presos na operação Sentinela já tem condenação por envolvimento com organização criminosa, tráfico de drogas, roubos e homicídios, sendo que alguns deles cumpriam pena em regime semiaberto, com uso de tornozeleiras eletrônicas. Já foi apurado que alguns dos presos na ação desta quarta violaram o sistema de monitoramento eletrônico, coincidentemente antes e durante ataques registrados nos últimos dias.
Para os investigadores, não existem dúvidas sobre o poder de mobilização das centenas de membros da organização criminosa. A sensação de terror sentido e presenciado pelos potiguares nos últimos dias, decorrente dos ataques criminosos perpetrados contra instituições públicas e privadas e contra agentes de segurança pública, retrata bem tal panorama.
As investigações que resultaram na deflagração da operação Sentinela apontam que as pessoas presas na ação desta quarta são lideranças da organização criminosa em liberdade que exercem ou exerceram funções relevantes para a facção.
As pessoas presas na operação Sentinela são investigadas por constituírem e integrarem organização criminosa, o que tem pena prevista de reclusão de 3 a 8 anos. As penas delas, caso condenadas, podem ser aumentadas até a metade por usarem arma de fogo; agravada para as pessoas que forem identificadas como líderes sobre os demais faccionados; e ainda ampliada pela conexão com outras organizações criminosas.
A operação Sentinela tem por objetivo retirar das ruas lideranças criminosas, o que pode levar, pelo menos neste momento, à descontinuidade dos ataques e à posterior responsabilização dos autores dos crimes.
O material apreendido será avaliado pelo MPRN. Os presos na operação já foram encaminhados ao sistema prisional potiguar. O MPRN ainda apura o envolvimento de outras pessoas com os crimes cometidos nos últimos dias.
A deputada federal Carla Zambelli (PL) comunicou nesta terça-feira (21) que se afastará da Câmara pelos próximos 20 dias para tratar uma úlcera gástrica causada pela bactéria H.pylori. Em nota divulgada pela assessoria da parlamentar, o afastamento ocorre devido ao “tratamento rigoroso” e que precisa se dedicar à recuperação.
“Esta nota vem para lhes pedir desculpas pela minha ausência nas atividades parlamentares pelos próximos 20 dias”, diz a nota.
A H.pylori é uma bactéria que se instala no trato gastrointestinal e costuma se alojar no estômago ou intestino. A infecção pode ser ocasionada pela ingestão de água e alimentos contaminados, ou então contato com vômito ou fezes de pessoas que têm a bactéria.
Em diversos casos a infecção não provoca sintomas, mas pode danificar a barreira protetora do trato gastrointestinal e manifestar dores abdominais, queimação e aumento do risco para úlceras gástricas, como a de Zambelli.
O tratamento adequado para a bactéria é do uso de antibióticos, medicamentos para reduzir a acidez do estômago e uma dieta restritiva para auxiliar no tratamento, evitando alimentos e bebidas que agridam a parede estomacal.
O deputado estadual Francisco do PT usou a tribuna da Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (21), para se defender de desinformações ligadas ao seu nome, após a prisão de uma sobrinha de 17 anos e do namorado.
Em pronunciamento, o parlamentar relatou sua trajetória de vida e reafirmou que o momento difícil pelo qual o Estado passa atualmente não justifica a utilização de episódios familiares em questões políticas.
“É um momento muito difícil e a governadora vem tomando as medidas necessárias para combater, mas este não é um momento para esse jogo político. Eu sei o que eu passei para chegar aqui, continuarei firme na minha trajetória de vida sem, em momento algum, negar minhas origens. Mais uma vez tentam associar a minha história de vida, a fatos cometidos por pessoas da minha família. Nunca concordei e nem concordo com fatos errados que membros da minha família venham a cometer. Acho desleal e desumano tentar fazer da disputa política um vale tudo”, pronunciou-se.
Em aparte, a deputada Isolda Dantas (PT) destacou o caráter do parlamentar. “O seu pronunciamento mostra a honradez e excelência do homem que você é”, destacou ela. Os deputados Hermano Morais (PV), Luiz Eduardo (SDD), e Coronel Azevedo (PL), também demonstraram apoio ao líder do governo na Casa. “Quero me solidarizar com o deputado Francisco do PT e dizer que muitas vezes tivemos debates políticos e ideológicos acalorados, mas não se pode desvirtuar dos fatos ocorridos e atribuir a quem não tem culpa, envolvimento com a situação. Receba meu abraço e vamos seguir em frente, lutando unidos para que nosso estado volte à normalidade”, disse Azevedo.
A deputada Divaneide (PT) e os deputados Dr. Bernardo (PSDB) e George Soares (PV) também se solidarizaram com Francisco.
Do Blog: Desde as primeiras postagens nas redes sociais acerca do ocorrido, fiquei impressionado como as pessoas estão politizando qualquer assunto. Até quando se refere a questão de família. De onde um tio pode responder por algo errado de uma sobrinha? Se ela cometeu algum crime, que pague com o rigor da lei.
Francisco é reconhecido no Seridó pelas excelentes gestões à frente da Prefeitura de Parelhas e como um brilhante educador. Política à parte é um ser humano de bem. Um político que até aqui exerce a função pública com ética e respeito.
De acordo com o último balanço divulgado pela Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed), já foram presos 142 suspeitos por participar dos ataques criminosos em várias cidades do Rio Grande do Norte.
Veja o balanço completo:
142 suspeitos presos* (sendo 6 adolescentes, 14 foragidos da Justiça recapturados, 1 tornozelado preso com arma de fogo, 1 tornozelado com galão de gasolina e 1 tornozelado com grande quantidade de drogas) 41 armas de fogo apreendidas 5 simulacros de arma de fogo apreendidos 139 artefatos explosivos apreendidos 29 galões de combustíveis apreendidos 14 motos apreendidas 2 carros apreendidos Dinheiro apreendido Drogas apreendidas Munições apreendidas Produtos de furto recuperados
*Dos 142 suspeitos presos, 18 foram na Operação Normandia
A Americanas entregou seu plano de recuperação judicial à 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (20). A etapa faz parte do processo iniciado em 19 de janeiro, em que a empresa admitiu ter R$ 43 bilhões em dívidas com 16,3 mil credores.
O plano da varejista foi apresentado no limite do prazo estabelecido pela Justiça e inclui aporte de R$ 10 bilhões, além de vendas de ativos, leilão reverso e conversão de dívidas em ações. Entre os bens a serem vendidos estão aeronave avaliada em mais de R$ 40 milhões e uma rede de hortifruti
O aporte bilionário, diz o documento, será feito pelo trio de acionistas de referência da empresa: Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira.
O plano aprovado pelo Conselho de Administração da Companhia estabelece medidas para que a Americanas supere os problemas financeiros e continue suas atividades.
Venda de aeronave e de rede de hortifruti Entre as propostas expostas no plano de recuperação judicial está a venda de bens, incluindo uma aeronave da empresa avaliada em mais de R$ 40 milhões.
A companhia também sugere a venda da unidade de negócios Hortifruti Natural da Terra e da participação no Grupo Uni.Co, que inclui empresas como a Imaginarium.
A Americanas informou que espera utilizar até R$ 2 bilhões dos recursos obtidos com bens que serão vendidos para reduzir sua dívida.
Outra proposta presente no plano da empresa para o pagamento de credores é a emissão de debêntures simples, que são títulos de dívida, no valor de até R$ 5,9 bilhões. A empresa também pretende emitir debêntures conversíveis em ações.
Pagamentos em até 30 dias e até 2043 Com a reestruturação, a Americanas pretende pagar credores trabalhistas, microempresas e pequenas empresas em até 30 dias após a homologação do plano de recuperação judicial.
Já para os demais credores, como fornecedores e financeiros, os prazos variam de acordo com o saldo a pagar, podendo chegar a março de 2043 para aqueles que não optarem pelas alternativas expostas pelo plano de recuperação judicial.
A empresa disse que o plano segue em discussão e está sujeito a revisões e ajustes.
Relembre o caso Balanço com ‘inconsistências’ No dia 11 de janeiro, a Americanas divulgou em comunicado ter identificado “inconsistências em lançamentos contábeis” nos balanços corporativos, em um valor que chegaria a R$ 20 bilhões.
O rombo, causado principalmente por dívidas com bancos em operações de risco sacado, aumentava o grau de endividamento e diminuía capital de giro. Em resumo, as operações não foram lançadas adequadamente, subestimando a dívida da empresa.
Diante disso, as ações da Americanas passaram a cair. As principais instituições financeiras colocaram as ações sob revisão, e a B3, bolsa de valores de São Paulo, colocou os papéis ordinários (com direito a voto) da empresa em leilão.
O leilão é um “mecanismo de defesa” que interrompe as negociações comuns para tranquilizar momentos de muita variação na bolsa. Ainda assim, as ações caíram quase 80% – maior queda de uma empresa na bolsa brasileira desde 2008.
O novo presidente do Superior Tribunal Militar (STM), tenente-brigadeiro Joseli Parente Camelo, afirmou, durante entrevista à rádio O POVO CBN, na manhã desta segunda-feira, 20, que o golpe militar de 1964 foi uma “revolução” e “necessária naquele momento”. O oficial comentava sobre o próximo dia 31 de março, data que marca o início do regime no Brasil.
Segundo as declarações de Joseli, o País viveu momentos duros no século XX, com a “ameaça do comunismo”. “Nós vivemos momentos do século passado do país realmente muito duros. Agora, era um outro momento. (…) Então, naquele momento foi necessário. Eu acredito que foi necessário, foi uma revolução e temos muito orgulho do que nós fizemos para realmente nós não vermos o comunismo no Brasil.
O tenente brigadeiro repetiu que o momento do golpe militar foi um momento importante para o momento e que foi “uma revolução dentro dos limites necessários daquele momento”.
“Nós tínhamos a ameaça do comunismo, porque isso acabou com a Guerra Fria. Isso não existe mais na nossa cabeça, não existe mais movimento, essa preocupação com o comunismo, porque não temos mais isso”, ressaltou. “Foi muito importante aquele momento, né? Então o senhor pergunta se eu considero que foi a revolução, foi uma revolução”. Continuando a resposta, Joseli Parente Camelo acrescentou ter orgulho da história das Forças Armadas no Brasil. “Tenho muito orgulho de tudo, de toda a história das nossas Forças Armadas ao lado da população em busca de atender a necessidade. Tenho muito orgulho de nossa tradição”, disse. Apesar de tratar as ações de 1964 de forma positiva, o tenente brigadeiro afirma que, mesmo com orgulho, a data de 31 de março não será um momento de celebração. “Não é momento para celebrar esses momentos, vamos celebrar os momentos felizes. Vamos ser positivos e trabalhar nesse sentido”, finalizou. O ministro Joseli Parente Camelo tomou posse como presidente do Superior Tribunal Militar (STM) na tarde desta quinta-feira, 16, o para o biênio 2023-2025. Também tomou posse, no cargo de vice-presidente, o ministro José Coêlho Ferreira.
A fala do senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), que afirmou que a proposta de integrantes do partido do presidente Lula (PT) de não permitir que militares da ativa assumam cargos políticos busca tratá-los como “cidadãos de 2ª categoria”, foi abordada na entrevista com o presidente do STM. Ele destacou que “as Forças Armadas não podem estar atuando dentro da política”. “Força Armada tem que cuidar dos quartéis, da sua missão de defesa da pátria, de garantia dos poderes constitucionais. Esse é o nosso papel. Traz muita fragilidade essa oportunidade de estarmos entrando na política sendo das Forças Armadas”, afirmou. Joseli diz que vem tentando evitar que os militares que se candidatem a cargos políticos se mantenham na ativa, pois, de acordo com a Constituição Federal, “o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos”. “Nós estamos tentando evitar é que o elemento seja candidato e continue na Força, a volte para a Força após uma derrota das eleições. É isso que nós queremos. E também ter a possibilidade daqueles militares que vão para uma função política, que isso naturalmente será debatido no Congresso Nacional que funções serão essas”, afirmou. O senador Mourão classificou ainda como “tacar fogo no parquinho” a ideia de utilizar as operações de garantia de lei da ordem, a GLO, em situações tensas do País, como os ataques de 8 de janeiro. O presidente do STM foi na mesma linha: “Sobre a garantia da lei e da ordem, eu comungo integralmente com o pensamento do general Mourão. A garantia da lei é uma ferramenta que o presidente tem para casos extremos, para ser usado em uma excepcionalidade”. A Garantia da Lei e da Ordem é regulada pela Constituição Federal, em seu artigo 142, pela Lei Complementar 97, de 1999, e pelo Decreto 3897, de 2001. As operações de GLO concedem provisoriamente aos militares a faculdade de atuar com poder de polícia até o restabelecimento da normalidade. Segundo o Ministério da Defesa, a GLO é realizada por ordem expressa da Presidência da República e ocorre nos casos em que há o esgotamento das forças tradicionais de segurança pública, em graves situações de perturbação da ordem. Em fevereiro, deputados do PT elaboram uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para abolir as operações de GLO, além de obrigar a transferência de militares para a reserva quando assumirem cargos públicos, mesmo que temporários. Já em março, o STF voltou a deliberar a competência da Justiça Militar para julgar militares por crimes cometidos durante as operações.
Ao ser perguntado sobre sua gestão no Supremo Tribunal Militar, Joseli afirmou que sua prioridade é “trabalhar com os demais poderes pela harmonia”. O brigadeiro cita a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, ao dizer que o STM, o Congresso Nacional e o STF devem lutar pela harmonia. “Sobre a orientação da nossa ministra Rosa Werber, a presidente do STF, nós estaremos trabalhando firmes para que nós possamos pacificar esse país naturalmente ajudando muito ao Governo Federal, ao presidente Lula, juntamente com o Congresso Nações e com o Supremo Tribunal Federal. Estaremos lutando para essa harmonia”, disse.
O ex-deputado Daniel Silveira teme nova condenação agora que não terá Jair Bolsonaro para lhe conceder perdão presidencial. Preso em Bangu 8, o ex-deputado se mostra bem mais abatido do que quando esteve detido no Batalhão Especial Prisional (BEP).
Isso por conta da diferença entre as realidades do cárcere no BEP, destinado a policiais e onde Silveira ficou preso em 2021, e em Bangu 8, onde está agora.
Detido preventivamente por determinação de Alexandre de Moraes, Silveira teme ser condenado novamente à prisão. Em 2022, quando o STF determinou pena de reclusão, Bolsonaro lhe concedeu o perdão presidencial.
Na cadeia, Daniel Silveira tem dito que ele e Anderson Torres foram escolhidos como símbolos dos atos de 8 de janeiro. O receio do ex-deputado é que a investigação em curso sobre tentativa de golpe culmine com uma pesada sentença. Silveira insiste que sua prisão é ilegal, mas reconheceu a pessoas próximas que “perdeu a batalha”.
Em Bangu 8, Silveira tem feito flexões e outros exercícios de musculação.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação do governo Bolsonaro, Paulo César Rezende de Carvalho Alvim, recebeu, em 2022, R$ 76.120,08 em diárias por viagens pelo Brasil.
O valor é quase duas vezes maior do que o salário mensal recebido por Alvim no cargo de ministro, R$ 39.293,32.
Alvim foi o servidor com o maior número de viagens nacionais no governo Bolsonaro em 2022. Foram 209 deslocamentos durante o ano.
O ex-ministro foi empossado no cargo em 31 de março de 2022. A partir daquele dia, o ano de 2022 teve 162 dias úteis. Significa que o ex-ministro alcançou a média de 1,29 viagens por dia.
Os deslocamentos frequentes não permitiam a Alvim permanecer por muito tempo em Brasília. De acordo com os dados do Portal da Transparência, em novembro de 2022, ele ficou 21 dias longe da capital.
Em nota enviada à coluna, o Ministério da Ciência e Tecnologia informou que o cargo de ministro da pasta requer alta quantidade de viagens.
“Os deslocamentos do ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim, foram realizados, estritamente, para o cumprimento de agendas relacionadas às atividades e aos compromissos da pasta ministerial”, diz a nota. Nela, a pasta ressalta que, desde que foi empossada em 1º de janeiro, a nova ministra, Luciana Santos, já fez nove viagens.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, enviou hoje (20/3) documento ao ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do inquérito 4.781, afirmando ter sido alvo de crime em virtude do “cometimento de ilícitos penais” por parte dos deputados federais Eduardo Bolsonaro, Carlos Jordy, Paulo Bilynsky, Otoni Moura Júnior, Cabo Gilberto e dos senadores Flávio Bolsonaro e Marcos do Val.
Dino denuncia na notícia-crime que teve o nome envolvido em fakenews por ter, no exercício do cargo de Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública, participado, no dia 13 de março, de evento no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro.
No documento, elenca uma série de postagens, de autoria dos parlamentares citados, que insinuam o possível envolvimento do Ministro de Estado da Justiça com organizações criminosas que atuam no complexo da Maré, no RJ.
Uma das postagens de Eduardo Bolsonaro diz: “Flávio Dino, o ministro que entra na Maré, complexo de favelas mais armado do Rio, com apenas 2 carros e sem trocar ros. Vamos convocá-lo na Com. Segurança Pública para explicar o nível de envolvimento dele e seu chefe, Lula, com o crime organizado carioca. Isto é um absurdo!”
Em outra, o deputado Carlos Jordy publica imagem montada em que PMs estão com a cara de Dino, dizendo que os policiais agora usam máscara com rosto de ministro para poderem entrar na Maré sem sofrerem violência.
STF
O ministro, na comunicação de crime contra ele, solicita apuração ao STF.
“Por todo o exposto e considerando precedente do Supremo Tribunal Federal acerca de parlamentares federais, solicita-se a inclusão no Inquérito Policial e a apuração da responsabilidade “, pede Dino.
Dino relata que foi alvo das insinuações por ter participado do lançamento do Boletim “Direito à segurança pública na Maré”, publicação que a Redes da Maré faz anualmente desde 2016 e que apresenta a sistematização dos dados sobre os impactos da violência armada na região, composta por 16 localidades e com população de cerca de 140 mil pessoas.
A Redes da Maré é uma organização da sociedade civil que nasceu a partir da mobilização comunitária e atua para articular soluções para os problemas da população local. A partir do referido Boletim, a entidade objetivava expor urgências de intervenção do Estado na Comunidade, bem como sugerir e reivindicar políticas públicas.
Governo Federal anuncia nesta segunda-feira, 20/3, a retomada do Mais Médicos para o Brasil, com a abertura de 15 mil novas vagas no programa. O evento de lançamento será no Palácio do Planalto, a partir das 11h, com participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A intenção é que até o fim do ano cerca de 28 mil profissionais estejam fixados em todo o país, principalmente em áreas de extrema pobreza. Com isso, 96 milhões de brasileiros terão garantia de atendimento médico na atenção primária, porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS). Com atuação nas unidades básicas de saúde, esse primeiro atendimento faz o acompanhamento da situação de saúde da população, prevenção e redução de agravos.
Do total de novas vagas para 2023, cinco mil serão abertas por meio de edital já neste mês de março. As outras 10 mil vagas serão oferecidas em um formato que prevê contrapartida dos municípios. Essa forma de contratação garante às prefeituras menor custo, maior agilidade na reposição do profissional e condições de permanência nessas localidades. O investimento por parte do Governo Federal é de R$ 712 milhões neste ano.
Podem participar dos editais do Mais Médicos para o Brasil profissionais brasileiros e intercambistas, brasileiros formados no exterior ou estrangeiros, que continuarão atuando com Registro do Ministério da Saúde (RMS). Os médicos brasileiros formados no Brasil têm preferência na seleção.
INCENTIVOS – Um dos desafios no atendimento às regiões de difícil acesso é a permanência dos profissionais. Levantamento feito pelo Ministério da Saúde indica que 41% dos participantes do programa desistem em busca de capacitação e qualificação.
Para reduzir essa rotatividade e garantir a continuidade da assistência, o Mais Médicos para o Brasil traz mais oportunidades educacionais e de formação. O médico que participa do programa poderá fazer especialização e mestrado em até quatro anos. Os profissionais também passarão a receber benefícios, proporcional ao valor mensal da bolsa, para atuarem nas periferias e regiões remotas.
Para apoiar a continuidade das médicas mulheres, também será feita uma compensação para atingir o mesmo valor da bolsa durante o período de seis meses de licença maternidade, complementando o auxílio do INSS. Para os participantes do programa que se tornarem pais, será garantida licença com manutenção de 20 dias.
O Mais Médicos também quer atrair os profissionais formados com apoio do Governo Federal. Os beneficiados pelo Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES) que participarem do programa poderão receber incentivos, o que ajudará no pagamento da dívida.
Outro desafio é a ampliação da formação de médicos de família e comunidade, que são aqueles direcionados para o atendimento nas unidades básicas de saúde. Os médicos aprovados e que cumprirem o programa de residência em áreas remotas também receberão incentivos do Ministério da Saúde – incluindo profissionais do FIES.
HISTÓRICO – Criado em 2013 durante o governo da presidenta Dilma Rousseff, o Mais Médicos representou uma importante e inédita iniciativa no provimento de médicos. Nos últimos quatro anos, o programa sofreu com falta de incentivos. O ano de 2022 foi o período de maior desassistência profissional nos municípios desde o começo da série histórica.
Segundo funcionários do ex-presidente Jair Bolsonaro, as joias sauditas ilegais requisitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) estão em Brasília e sob os cuidados da defesa do ex-chefe do Executivo. A Corte havia fixado um prazo de cinco dias para que o estojo com joias masculinas fosse devolvido.
Os objetos, incorporadas ao acervo pessoal de Bolsonaro, serão entregues pelos advogados do ex-presidente à União. Um outro pacote com presentes, contendo um colar e um par de brincos avaliados em R$ 16,5 milhões, ficou retido na Receita Federal.
A defesa do ex-presidente defende que as joias sejam devolvidas em uma agência da Caixa Econômica, mesmo que o TCU tenha ordenado que fossem devolvidos à Secretaria-Geral da Presidência. Acesso aos autos No dia 13 deste mês, Bolsonaro requereu o acesso à investigação do caso das joias, que foram presentes de um príncipe da Arábia Saudita, mas teve o pedido negado pela Polícia Federal, sob o argumento de que ele ainda não era formalmente investigado. Porém na última quinta-feira (16/3), o ex-chefe do Executivo fez um novo pedido e a corporação voltou atrás na decisão, concedendo a Bolsonaro informações sobre a investigação dos objetos trazidos ilegalmente. Na petição, os advogados argumentaram que o ex-presidente já era tratado como investigado em reportagens.
O presidente da China, Xi Jinping, chegou nesta segunda-feira (20) à Rússia, em uma viagem que acirra as tensões com o Ocidente, que acusa Pequim de fornecer armas ao Exército russo.
Esta é a primeira visita do presidente chinês à Rússia desde o início da guerra na Ucrânia.
Xi chegou pela manhã no aeroporto de Moscou e se encontrou com o presidente russo, Vladimir Putin, no início da tarde no Kremlin. Putin, que chamou Xi de “velho amigo”, disse ter uma “pequena inveja” do crescimento da economia chinesa da última década. Sobre Ucrânia, o líder russo disse que os dois debaterão a proposta de paz que Pequim fez para a guerra na Ucrânia.
Na terça-feira (21), os dois discutirão uma “parceria estratégica” entre os dois países, de acordo com o governo russo. Xi volta a Pequim no dia seguinte.
Desde o início deste ano, Putin tem falado frequentemente sobre uma parceria “estratégica” com Pequim. Serviços de Inteligência do Reino Unido e dos Estados Unidos apontam que a Rússia começou a comprar armas da China para tentar fazer frente ao apoio do Ocidente à Ucrânia. Mas Pequim afirma que a viagem é o primeiro passo na tentativa da China de liderar uma nova rodada de negociação de paz entre Rússia e Ucrânia.
Em um artigo publicado na edição desta segunda de um jornal estatal russo, Xi Jinping disse que sua proposta de paz servirá para “neutralizar as consequências do conflito e promover um acordo político”. Mas ele disse saber que não é uma tarefa fácil. “Problemas complexos não têm soluções simples”, afirmou.
Já Putin disse que a visita do líder chinês confirma a parceria “especial” entre Rússia e China.
O serviço de inteligência do Reino Unido afirma que China deve fornecer equipamentos militares para a Rússia ao longo deste ano. Pequim negou.
Xi e Putin já haviam se encontrado em setembro do ano passado, no Uzbequistão, durante um encontro de líderes regionais.
Mandado de prisão a Putin A visita de Xi acontece quatro dias depois de o Tribunal Penal Internacional, baseado de Haia, na Holanda, emitir um mandado de prisão contra Vladimir Putin pelo crime de “deportação ilegal” de crianças da Ucrânia à Rússia.
Moscou já vinha sendo acusada por organizações não-governamentais, por Kiev e até por uma investigação da Organização das Nações Unidas (ONU) de sequestrar crianças em regiões ucranianas tomadas pelo Exército do país e de levá-las para centros de “reeducação” em território russo. O próprio Kremlin já admitiu o envio dos jovens ucranianos à Rússia, mas alega tratar-se de órfãos.
O Kremlin chamou a decisao de “sem sentido”. A Rússia não reconhece a Corte Internacional de Haia – criada em 1998 e que se reporta apenas aos países que ratificaram (ou seja, adotaram internamente como lei), o que não é o caso do governo russo.
No sábado (18), Putin desafiou esse mandado de prisão e fez uma visita surpresa à Mariupol, a cidade no sul da Ucrânia fortemente bombardeada por tropas russas e atualmente controlada por Moscou.
A cidade foi arrasada por ataques russos logo no começo da guerra. Mariupol era considerada estratégica para Putin, por ter saída para o Mar Negro e estar próximo à Crimeia, a península ucraniana invadida e ocupada pela Rússia em 2014.
Em 9 de março de 2022, apenas 15 dias após o início da guerra, uma maternidade da cidade foi atingida por bombardeios russos, de acordo com a Câmara Municipal do município. O Ministério da Defesa da Rússia negou que ordenou o ataque aéreo e acusou a Ucrânia de forjar o bombardeio.
Mas imagens registraram a destruição e grávidas tendo de deixar o lugar às pressas em pleno trabalho de parto e carregadas em maca.
A guerra da Ucrânia completou um ano no fim de fevereiro, com a perspectiva de seguir se arrastando ao longo de 2023 e ameaças de Moscou de uma retomada de territórios. O governo russo também tem dado indícios de uma possível parceria com a China.
Kiev, por outro lado, tem se apoiado no envio de armas e equipamentos militares por países do Ocidente, com os tanques alemães Leopard 2, para conseguir expulsar as tropas russas, que controlam atualmente cerca de 20% do território ucraniano, no leste do país.