Na manhã desta quarta-feira (10), a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte realizou sua 3ª reunião extraordinária e aprovou três projetos de lei de grande relevância para o Estado.
O primeiro deles trata do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) do pessoal administrativo da Educação estadual. De iniciativa do Governo do Estado e relatado pela deputada Isolda Dantas (PT), o projeto busca valorizar os servidores, organizando a progressão funcional e as condições salariais da categoria.
A votação foi acompanhada por membros do sindicato da categoria e por servidores. A relatoria da deputada rejeitou emendas encartadas anteriormente na Comissão de Finanças e Fiscalização (CFF) e seu parecer foi acatado por maioria dos deputados membros da CCJ, mantendo a originalidade do projeto.
Na sequência, os deputados aprovaram o projeto de autoria do deputado Kleber Rodrigues (PSDB), relatado pelo deputado Neilton Diógenes (PP). O projeto institui a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (CIPTEA) no Rio Grande do Norte. O documento garantirá mais cidadania e acesso facilitado a direitos e serviços às pessoas com TEA e seus familiares.
Encerrando a pauta, também de autoria do Executivo, foi aprovado o projeto que autoriza a transferência temporária da sede do Governo para Mossoró. Relatado pela deputada Isolda Dantas (PT), o texto permite a instalação simbólica da estrutura administrativa no interior, em ocasiões específicas, aproximando o Governo da população local. No caso, a transferência aconteceria no dia 30 de setembro, quando é comemorado o aniversário de 122 anos da libertação dos escravos desta cidade do Rio Grande do Norte.
Com a aprovação pela CCJ, as matérias seguem agora para análise das demais comissões temáticas e posterior apreciação no plenário da Casa.
Em, audiência pública na Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, o secretário estadual da Saúde Pública, médico Alexandre Motta, estima em R$ 500 milhões a dívida atual da pasta com fornecedores de insumo e medicamentos e prestadores de serviços. “Nós temos um baixo financiamento, não fugimos desse debate”, disse o secretário, mas justificando que ao longo os 15 meses em que vigorou a alíquota de 18% do ICMS, a área de saúde perdeu R$ 135 milhões, “acentuando o problema de restos a pagar de dividas”.
Alexandre Motta alegou que “a questão do financiamento da saúde é insuficiente, é clássico e antigo”, tendo informado que na quarta-feira (10), a Sesap tinha a pagar R$ 21 milhões, mas recebeu R$ 17 milhões em repasses da Secretaria Estadual da Fazenda. Motta informou, ainda, que recebeu R$ 10 milhões em recursos federais para minimizar os efeitos do desabastecimento da rede pública de hospitais, sendo que R$ 4 milhões são destinados exclusivamente ao Hospital Walfredo Gurgel (HWG).
Segundo Motta, o HWG está hoje com 85% de suas necessidades de insumos supridas: “Os recursos não são para pagamentos pregressos, são para compras futuras”.
Outro agravante, segundo Motta, é “um fura-fila judicial” na demanda por UTIs: “Quando um juiz determina um fura-fila, que alguém que está no item 3, que não seria a prioridade para assumir aquela vaga de UTI, ele não só está criando uma injustiça com quem está na fila, mas ele também está criando um embaraço orçamentário e um embaraço financeiro”.
O secretário da Comissão de Saúde da OAB/RN, Yago Blohem, disse que o secretário de Saúde trouxe um dado relavante, que “há bloqueios judiciais mensais que giram em torno de R$ 30 milhões”, mas lamentou a postura dele em relação as decisões judiciais para se garantir assistência a pacientes especiais. “Honestamente, eu nunca vi um juiz de direito dar uma decisão quando uma pessoa não tivesse direito ou não tivesse necessidade, porque muitas vezes, em medidas liminares, está se tratando com pessoas que necessariamente precisam furar fila”.
A deputada Cristiane Dantas (SDD) presidiu a audiência pública e classificou como “urgente” o problema do desabastecimento hospitalar, que “afeta diretamente o atendimento à população e fragiliza o sistema público de saúde”.
Cristiane Dantas citou notícias recentes sobre o desabastecimento da Unicat, a redução dos gastos em saúde em relação ao primeiro semestre de 2024, o déficit de R$ 141 milhões no Fundo Estadual de Saúde, além de problemas como bloqueio de UTIs, suspensão de cirurgias e falta de materiais básicos em hospitais como o Walfredo Gurgel, Maria Alice Fernandes, Dr. João Machado, Deoclécio Marques e Santa Catarina, além do Hemonorte. O objetivo do debate, segundo a parlamentar, foi ouvir gestores, profissionais da área, órgãos públicos, entidades de classe e sociedade civil para compreender as causas da escassez e buscar soluções conjuntas.
O deputado e médico Dr. Bernardo (PSDB) apontou a crise da saúde como problema nacional, lembrando que 93% da população está insatisfeita com os serviços públicos e privados, segundo pesquisas que apresentou. Ele chamou atenção para o desabastecimento crônico e lamentou a ausência da bancada federal no debate.
Dr. Bernardo destacou ainda a defasagem da tabela SUS, sem reajuste há 25 anos, o que compromete o fluxo de caixa dos hospitais e gera dificuldades na compra de insumos. A deputada Terezinha Maia (PL) relatou as frequentes queixas que recebe de moradores da região Seridó sobre a falta de medicamentos básicos, como soro, e afirmou que a situação “não é política, é grave”.
O procurador do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-RN), Glauter Sena, ressaltou que a crise também decorre da carência de profissionais de enfermagem, cuja atuação envolve gestão e organização.
Já o vice-presidente do Conselho Regional de Medicina, Hélio Barreto, destacou relatórios que apontam riscos à saúde dos pacientes e atribuiu os problemas à falta de planejamento e de recursos. Representando a Associação Médica, Almerinda Fernandes disse que o orçamento limitado compromete o setor: “temos um lençol curto para cobrir uma necessidade muito maior”.
Ao final do debate, a deputada Cristiane Dantas reforçou que a Comissão de Saúde continuará acompanhando as demandas e cobrando resolutividade do governo estadual: “sabemos das dificuldades, mas temos o dever de buscar soluções enquanto parlamentares”.
A deputada estadual Terezinha Maia (PL) disse que o objetivo da audiência pública “é resolver o problema, não é político, não é partidário, não é nada. Mas está muito grave, está um caos da saúde do nosso Estado”.
Empresários da indústria do Rio Grande do Norte se reuniram nesta quarta-feira 10 com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), que também é ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. A reunião foi articulada pela deputada federal Natália Bonavides (PT) e serviu para discutir os impactos no RN do tarifaço instituído pelo governo dos Estados Unidos.
Participaram do encontro: o presidente da Federação das Indústrias (Fiern), Roberto Serquiz, e os presidentes dos sindicatos da pesca, Arimar França, e do sal, Airton Torres. O deputado federal Fernando Mineiro (PT) e o secretário estadual de Fazenda, Cadu Xavier, também acompanharam a reunião.
“Tivemos nesta quarta, em Brasília, novas ações que buscam estratégias para superar os efeitos da elevação das tarifas de importação dos Estados Unidos. Esse trabalho busca, de forma objetiva, incluir os setores do RN atingidos na lista dos beneficiados pelo Projeto de Lei Complementar (PLP) 168”, afirmou Roberto Serquiz.
O PLP 168/2025, em tramitação no Congresso Nacional, tem como objetivo abrir espaço fiscal para compensar os prejuízos de exportadores afetados pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos. O projeto autoriza a União a não contabilizar determinadas despesas e renúncias fiscais no cálculo do Novo Arcabouço Fiscal, garantindo apoio aos exportadores e a manutenção de empregos. A proposta também prevê a expansão do Reintegra, programa que devolve parcialmente tributos pagos por empresas exportadoras na cadeia produtiva.
“Abordamos ainda na audiência com o vice-presidente medidas que podem abrir novos mercados para setores como o salineiro e o pesqueiro, que enfrentam as repercussões do aumento das tarifas”, destacou Serquiz, que levou ao vice-presidente um panorama completo das exportações do RN, dos setores mais atingidos e de possíveis ações para mitigar os danos.
Durante a reunião, Alckmin afirmou aos industriais que o governo está empenhado em encontrar soluções e citou articulação para destravar bloqueios à exportação de produtos potiguares. Citou, ainda, a busca de novos mercados.
“Dedicamos o dia de hoje a levar ao Governo Federal nossa preocupação com as consequências do ‘tarifaço’ de Trump para o Rio Grande do Norte. Cerca de 80% do atum pescado por embarcações potiguares e 47% da produção salineira do estado têm os EUA como principal mercado. Iniciamos esse diálogo e sugerimos ao Governo Federal ações para minimizar os impactos, incluindo a busca por novos mercados”, afirmou Natália Bonavides, que articulou o encontro.
Durante a reunião, foram apresentados dados que evidenciam os efeitos negativos das tarifas sobre a economia local, que responde por 98% da produção nacional de sal marinho. A comitiva potiguar busca o apoio do Governo Federal para que sejam adotadas medidas diplomáticas e comerciais.
O setor salineiro é um dos pilares da economia do Rio Grande do Norte. Responsável por 98% da produção nacional de sal marinho, gera milhares de empregos diretos e indiretos em municípios como Mossoró, Areia Branca e Macau.
O MDB do Rio Grande do Norte anunciou nesta quarta-feira 10 a filiação do deputado estadual Ivanilson Oliveira. O parlamentar vai deixar o União Brasil. Em nota, o MDB informou que o parlamentar aceitou o convite do vice-governador e presidente estadual da legenda, Walter Alves, e vai oficializar sua entrada no partido.
Por ser deputado estadual, Ivanilson Oliveira precisa de autorização do seu atual partido, o União Brasil, para se filiar a outra sigla. A saída sem aval pode resultar na perda do mandato. Segundo o MDB, Ivanilson vai fazer a solicitação formal da carta de anuência ao presidente da sigla, José Agripino Maia. Caso não receba o aval, ele terá de aguardar até março de 2026, quando será aberta a janela partidária – quando parlamentares podem trocar de legenda sem receberem punição.
Com a filiação, Ivanilson confirma que disputará a reeleição em 2026 pela nominata do MDB.
O presidente estadual do MDB, Walter Alves, destacou a importância da chegada do parlamentar. “Ivanilson é um ótimo reforço para os quadros do MDB. Temos certeza de que sua atuação contribuirá ainda mais para o fortalecimento do nosso partido e para a defesa dos interesses do Rio Grande do Norte”, afirmou.
Ivanilson Oliveira foi eleito deputado estadual para o primeiro mandato nas Eleições 2022 quando obteve 27.426 votos, pelo União Brasil. “Estou feliz em fazer parte do MDB, um partido com história e força no Rio Grande do Norte. Chego para somar, contribuir com o projeto do partido e continuar trabalhando em defesa da população potiguar”, disse o deputado.
A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do RN (Fecomércio RN) assinaram nesta quarta-feira (10) termo de cooperação para a execução do projeto Mulheres que Constroem. Desenvolvida pela Procuradoria da Mulher da Casa, a iniciativa busca oferecer oportunidades de capacitação e inserção no mercado de trabalho para mulheres em situação de vulnerabilidade, especialmente vítimas de violência doméstica.
O projeto piloto será iniciado em outubro, no bairro de Felipe Camarão, em Natal, contemplando 80 participantes. As atividades terão como foco a qualificação profissional, o fortalecimento da autoestima e o apoio psicossocial, além de encaminhamentos para oportunidades de emprego e empreendedorismo.
O presidente da Assembleia Legislativa do RN, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB), ressaltou que a iniciativa é uma resposta concreta aos casos de violência contra a mulher que ainda marcam a realidade potiguar. Ele citou o caso de Juliana, que teve repercussão nacional, como exemplo da urgência de ações permanentes. “A Assembleia Legislativa sempre vai apoiar projetos que ofereçam dignidade e autonomia para as mulheres, rompendo ciclos de violência por meio da independência financeira”, disse.
A deputada Cristiane Dantas (SDD), procuradora especial da Mulher, destacou que a parceria amplia o trabalho já desenvolvido pelo órgão. “Além do atendimento psicológico e jurídico, vamos garantir a capacitação e o encaminhamento dessas mulheres para o mercado de trabalho. É um passo importante para transformar vidas”, afirmou.
O presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, enfatizou que a instituição dará suporte com cursos, oficinas e certificação. “Queremos proporcionar condições reais de qualificação, autonomia e empreendedorismo para que essas mulheres conquistem uma nova trajetória”, declarou.
A coordenadora-geral da ProMulher, Samya Bastos, explicou que a escolha de Felipe Camarão se deu pelo número expressivo de atendimentos realizados com mulheres que residem na comunidade. Segundo ela, o piloto terá dez encontros, realizados semanalmente, e contará também com atividades para crianças, garantindo às mães condições de participação integral.
O projeto Mulheres que Constroem em etapas
‘Mulheres que Constroem’ foi estruturado em módulos de desenvolvimento pessoal e profissional, com carga total de 60 horas. As atividades começam com um momento de acolhimento, marcado por palestra motivacional, entrega de cestas básicas em parceria com o Sesc e recreação para crianças. Em seguida, tem início a Jornada de Desenvolvimento, composta por dez encontros semanais que abordam autoestima, direitos das mulheres, empreendedorismo, educação financeira e práticas profissionais, incluindo oficinas de brigadeiros gourmet e salgados simples no Senac Barreira Roxa.
O programa prevê ainda plantão psicológico para atendimentos individuais, oferecendo escuta e fortalecimento emocional, e um Dia do Autocuidado, com serviços de saúde e bem-estar como maquiagem, manicure, corte de cabelo, massoterapia e orientações nutricionais. As participantes também terão acesso a atendimentos médicos voltados à saúde integral, por meio da Unidade de Saúde da Mulher. A jornada se encerra com solenidade de certificação, simbolizando conquistas e a abertura de novas perspectivas de vida.
O vice-governador Walter Alves assumiu nesta quarta-feira (10) a chefia do Executivo estadual. Ele fica no cargo de governador do Rio Grande do Norte até o próxima terça-feira (16), quando a governadora Fátima Bezerra retorna de viagem internacional.
Como governador do Rio Grande do Norte, pelos próximos dias, Walter Alves participará de todos os compromissos e reuniões de interesse do Estado, dando seguimento aos entendimentos já iniciados visando a continuidade da administração do Rio Grande do Norte.
Para o governador interino, o novo período na chefia do Executivo do RN é mais uma oportunidade na qual ele atuará no sentido de defender os interesses e o desenvolvimento do Rio Grande do Norte.
Walter Alves assume interinamente o Governo do RN em razão da viagem internacional da governadora. Fátima Bezerra está na França, onde participa do 1º Festival Internacional de Forró Raiz, que tem a participação de três artistas potiguares e servirá de palco para a formalização da candidatura do Forró como Patrimônio Imaterial da Humanidade pela UNESCO, em uma articulação do Consórcio Nordeste.
A delegação do RN é composta pelos músicos Jarbas do Acordeon, Deusa do Forró, e Cláudio Araújo. Os três artistas são ativos na defesa do forró de raiz no estado e atuarão para fortalecer a candidatura global.
A candidatura do Forró como patrimônio imaterial da humanidade é um processo que teve desde o início a participação de Fátima Bezerra. Ainda como senadora, ela defendeu o reconhecimento do forró como patrimônio imaterial, presidindo uma audiência pública sobre o tema.
Como governadora, sancionou, em 2023, a lei de autoria da deputada Divaneide Basílio que reconhece o projeto “Forró com Turista” como patrimônio cultural imaterial do Rio Grande do Norte. O tradicional evento acontece desde 1987 na noite natalense
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta quinta-feira (11), às 14h, o julgamento da trama golpista em que são réus o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete integrantes do chamado núcleo crucial do plano de golpe. O próximo voto será da ministra Cármen Lúcia, considerado decisivo.
Como cinco ministros compõem o colegiado, o resultado ocorre com três votos no mesmo sentido. Até o momento, o placar para condenação de Bolsonaro está 2 a 1, com os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino votando pela condenação, e Luiz Fux pela absolvição do ex-presidente.
Fux votou na quarta-feira (10) e levou mais de 11 horas para concluir o voto. O parecer do ministro, que absolveu Bolsonaro por todos os cinco crimes pelos quais foi acusado, foi considerado inesperado pela plateia de advogados e deputados que compareceram à Primeira Turma para acompanhar a sessão.
“Não há provas suficientes para imputar ao réu Jair Messias Bolsonaro os crimes de tentativa abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima, e deterioração de patrimônio tombado”, afirmou.
Além de votar para absolver Bolsonaro, Fux também defendeu o indulto do ex-comandante da Marinha Almir Garnier. No caso de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, e Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil, o ministro votou para condená-los por um dos crimes: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Com isso, o STF formou maioria.
Fux disse ainda que o Supremo Tribunal Federal (STF) não tem competência para avaliar o caso e votou pela “nulidade absoluta” da ação. Para ele, o grande volume de dados anexado ao proceso e o pouco tempo concedido para a análise do material configurou um “cerceamento de defesa”, uma vez que os advogados dos réus não tiveram tempo hábil para verificar as provas. O argumento foi apresentado inicialmente pela defesa de Bolsonaro.
A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte realizou nesta quarta-feira (10) audiência pública para discutir a atual situação da rede hospitalar do Estado, marcada por registros constantes de falta de medicamentos e insumos. A deputada Cristiane Dantas (SDD), presidente do colegiado, classificou o tema como “urgente” e destacou que o problema “afeta diretamente o atendimento à população e fragiliza o sistema público de saúde”.
Cristiane Dantas citou notícias recentes sobre o desabastecimento da Unicat, a redução dos gastos em saúde em relação ao primeiro semestre de 2024, o déficit de R$ 141 milhões no Fundo Estadual de Saúde, além de problemas como bloqueio de UTIs, suspensão de cirurgias e falta de materiais básicos em hospitais como o Walfredo Gurgel, Maria Alice Fernandes, Dr. João Machado, Deoclécio Marques e Santa Catarina, além do Hemonorte. O objetivo do debate, segundo a parlamentar, foi ouvir gestores, profissionais da área, órgãos públicos, entidades de classe e sociedade civil para compreender as causas da escassez e buscar soluções conjuntas.
O deputado e médico Dr. Bernardo (PSDB) apontou a crise da saúde como problema nacional, lembrando que 93% da população está insatisfeita com os serviços públicos e privados, segundo pesquisas que apresentou. Ele chamou atenção para o desabastecimento crônico e lamentou a ausência da bancada federal no debate. Destacou ainda a defasagem da tabela SUS, sem reajuste há 25 anos, o que compromete o fluxo de caixa dos hospitais e gera dificuldades na compra de insumos. A deputada Terezinha Maia (PL) relatou as frequentes queixas que recebe de moradores da região Seridó sobre a falta de medicamentos básicos, como soro, e afirmou que a situação “não é política, é grave”.
Entre os representantes de entidades, o secretário da Comissão de Saúde da OAB/RN, Yago Blohem, explicou que a Ordem atua em parceria com o Cremern, Ministério Público, Defensoria Pública e MPF para buscar soluções. O procurador do Coren, Glauter Sena, ressaltou que a crise também decorre da carência de profissionais de enfermagem, cuja atuação envolve gestão e organização. Já o vice-presidente do Conselho Regional de Medicina, Hélio Barreto, destacou relatórios que apontam riscos à saúde dos pacientes e atribuiu os problemas à falta de planejamento e de recursos. Representando a Associação Médica, Almerinda Fernandes disse que o orçamento limitado compromete o setor: “temos um lençol curto para cobrir uma necessidade muito maior”.
O secretário estadual de Saúde, Alexandre Motta, rebateu o tom de crise. Segundo ele, não há caos nem colapso, mas dificuldades diárias que vêm sendo enfrentadas. Ele informou que o orçamento da saúde corresponde a 12,4% das despesas líquidas do Estado, com desafios relacionados a restos a pagar e decisões judiciais que determinam pagamentos fora do planejamento, as quais classificou como “fura-fila judicial”.
O secretário destacou avanços, como o fato de o RN ter proporcionalmente em relação a população do país, maior índice de realização de cirurgias eletivas do país e 5º nas cirurgias especializadas, além do funcionamento de 20 leitos de UTI no Hospital Maria Alice Fernandes, diferente de quando a governadora Fátima Bezerra assumiu o cargo, quando não tinha nenhum desses leitos em funcionamento. “E com previsão de abertura de mais 10 leitos”, completou. Sobre o Walfredo Gurgel, afirmou que atualmente 85% dos insumos estão abastecidos e 15% em falta.
Ao final do debate, a deputada Cristiane Dantas reforçou que a Comissão de Saúde continuará acompanhando as demandas e cobrando resolutividade do governo estadual: “sabemos das dificuldades, mas temos o dever de buscar soluções enquanto parlamentares”.
A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) ouvirá nesta quinta-feira (11) o ex-ministro José Carlos Oliveira — que alterou o nome para Ahmed Mohamad Oliveira Andrade. Também deve votar requerimentos de quebra de sigilo.
Oliveira foi presidente do INSS entre novembro de 2021 e março de 2022 e depois comandou a pasta do Trabalho e Previdência de março a dezembro de 2022 durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
A primeira parte da reunião da CPMI, antes da oitiva, está reservada para a análise de 406 requerimentos. Entre eles, a quebra de sigilo bancário e fiscal de Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS; do empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “careca do INSS”; do empresário investigado Maurício Camisotti; e do ex-ministro Carlos Lupi.
Os requerimentos de quebra de sigilo e pedidos ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) também miram ex-diretores do INSS, além de sócios e dirigentes de associações, entidades e consultorias empresariais.
O próprio depoente desta quinta é alvo de pedidos de quebra de sigilo bancário e fiscal; requerimento de registros de visitas na Câmara dos Deputados; além de solicitações de RIFs (Relatórios de Inteligência Financeira) do ex-ministro e da sua filha Yasmin Ahmed Hatheyer Oliveira.
Depoimento Esse será o segundo depoimento de um ex-ministro no colegiado. Na segunda-feira (8), a CPMI realizou a oitiva de Carlos Lupi, que comandou a Previdência de 2023 até maio deste ano. O depoimento se estendeu até de madrugada.
Por acordo, a participação de ministros e ex-ministros ocorrerá por meio de convites aprovados e não por pedidos de convocação – de presença obrigatória.
A CPMI tem como recorte temporal das investigações fatos ocorridos a partir de 2015. Oliveira é servidor de carreira do INSS. Antes de comandar o instituto, foi diretor de Benefícios do INSS. Também foi superintendente do INSS em São Paulo, de agosto de 2016 a maio de 2021.
Como ministro, ele assumiu a vaga até então ocupada por Onyx Lorenzoni, que também deve ser ouvido pela comissão.
Em 2022, quando Onyx e outros oito ministros de Bolsonaro deixaram os cargos para disputar as eleições, Oliveira chegou ao cargo de ministro.
Oliveira ingressou no INSS por meio de concurso público, em julho de 1985. Ele iniciou a carreira no então chamado INPS (Instituto Nacional de Previdência Social), que deu origem ao INSS, em 1990. Na política, durante licença temporária do INSS, foi suplente e depois vereador por São Paulo, entre 2008 e 2012.
Outros requerimentos
A pauta de pedidos pendentes de votação inclui ainda requerimentos de informações a órgãos públicos e diversas solicitações de registros de visitas de Maurício Camisotti na Câmara e do “careca do INSS” em vários órgãos, como o Banco Central, a Secretaria-Geral da Presidência, o TCU (Tribunal de Contas da União).
A Innova Segurança, referência em recuperação de veículos roubados no Rio Grande do Norte, inaugurou uma nova unidade em Currais Novos, localizada no Posto BR JM. A expansão leva mais proteção e tecnologia para motoristas da região.
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Chegaram a Currais Novos na manhã desta quarta-feira (10) duas novas retroescavadeiras para reforçar o trabalho das equipes das secretarias de Infraestrutura e Agricultura. Um investimento que contou com o apoio de emenda parlamentar da Senadora Zenaide Maia
A população de Florânia, no Seridó potiguar, ficou surpresa e, em alguns casos, assustada com o aumento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) em 2025. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra uma moradora, em tom de brincadeira, dizendo que antes pagava R$ 30,00 e agora a cobrança ultrapassou R$ 500,00.
Diante da repercussão, a Prefeitura de Florânia, por meio do Setor de Finanças, divulgou um esclarecimento explicando os motivos do reajuste. Segundo a gestão municipal, o aumento ocorreu devido à atualização da Planta Genérica de Valores, medida necessária para adequar os valores venais dos imóveis à realidade do mercado. Ainda segundo o setor, o reajuste também segue orientações legais e fiscais para aumentar a arrecadação e garantir investimentos em áreas essenciais, como saúde, educação e infraestrutura.
O assunto gerou debates na cidade, e muitos moradores têm questionado a proporcionalidade dos novos valores. A Prefeitura, por sua vez, afirma que está à disposição para esclarecimentos e revisão de eventuais erros nos cálculos.
No próximo dia 24 de setembro de 2025 (quarta-feira), a partir das 9h, o vereador G Charles realizará uma Audiência Pública no Auditório da Câmara Municipal de Currais Novos com o tema “Impactos da Exploração de Ouro em Currais Novos: Desafios e Consequências”.
A iniciativa tem como objetivo promover um espaço de diálogo democrático e transparente entre representantes do poder público, empresas mineradoras, especialistas, comunidades rurais e a sociedade civil. A proposta é discutir de forma ampla os impactos socioambientais, econômicos e estruturais que a exploração de ouro tem gerado — ou pode vir a gerar — no município, especialmente em áreas da zona rural.
De acordo com o vereador G Charles, a audiência é uma resposta à crescente preocupação de moradores e entidades locais quanto às consequências da atividade mineradora na região. “Estamos lidando com um tema de grande complexidade e relevância para o futuro de Currais Novos. A audiência será um momento para escutar, esclarecer dúvidas e buscar soluções sustentáveis que respeitem os direitos das comunidades afetadas”, afirmou.
A expectativa é que a audiência conte com a presença de moradores diretamente impactados, representantes de empresas de mineração, órgãos ambientais, universidades, ONGs, e demais interessados na pauta. Durante o encontro, serão apresentados dados técnicos, relatos da população, e debatidas possíveis medidas de mitigação e fiscalização, com foco na preservação ambiental, na justiça social e na responsabilidade econômica.
A população está convidada a participar e contribuir com suas opiniões, experiências e questionamentos. O momento é decisivo para o fortalecimento da cidadania e da construção de políticas públicas responsáveis no município.
A Polícia Militar de Currais Novos foi acionada por policiais da cidade de Frei Martinho, na Paraíba, para dar apoio nas buscas a dois suspeitos que tomaram de assalto uma moto modelo
Yamaha Factorde cor preta na estrada que liga os dois municípios. Durante a ação, ao se depararem com uma viatura do Grupo Tático Operacional (GTO) do 13º Batalhão, os indivíduos abandonaram o veículo e fugiram em direção ao matagal. A motocicleta foi recuperada e apresentada no plantão da 11ª Delegacia Regional de Polícia Civil, em Currais Novos.
O ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PSD), quebrou o silêncio e se posicionou no cenário político potiguar após aparecer com força na pesquisa DataVero/Diário do RN, divulgada nesta terça-feira (09). O levantamento inseriu seu nome na disputa majoritária para o Governo do Estado e para o Senado, registrando 16,24% das intenções de voto na corrida para governador e 11,66% na disputa pela vaga de senador.
Em conversa com o Diário do RN, Carlos Eduardo afirmou que o resultado o motivou a retomar a agenda política e a solicitar oficialmente que os institutos de pesquisa passem a incluir seu nome nos cenários futuros.
“Eu fico muito feliz em ver esse resultado da pesquisa. Até porque agora em outubro vai fazer um ano que eu estou calado. Estou em silêncio profundo. E nesse tempo eu passei seis meses morando em São Paulo. Então, eu fico feliz com a lembrança do meu nome. A partir desse resultado, eu quero solicitar a todos os institutos de pesquisa que a partir de agora considerem, incluam o meu nome, tanto para governador quanto para senador”, declarou.
Apesar da reaproximação com a política, Carlos Eduardo ressaltou que não teve movimentações públicas no período. Chegou a cogitar e conversar sobre possibilidade de candidatura a deputado, ao lado de Kelps Lima, Rafael Motta e Abraão Lincoln há alguns meses, com o objetivo de montar uma nominata capaz de enfrentar o poderio eleitoral dos parlamentares com mandato.
Entretanto, com os resultados de intenções de votos à majoritária, deve começar movimentação eleitoral.
“Houve um trabalho coordenado por Kelps querendo montar uma nominata para deputado federal, e eu tive algumas conversas com ele e com outros pré-candidatos. Mas foi a única iniciativa que eu tive nesse tempo todo. Não dei entrevista, não viajei para o interior, não fui aos bairros de Natal. Agora, quero que meu nome esteja em todas as pesquisas e, simultaneamente a isso, vou começar a visitar os bairros de Natal e o interior do Estado”, ressaltou.
Carlos Eduardo é filiado ao PSD de Zenaide Maia, senadora pré-candidata à reeleição, que vem sinalizando e reafirmando parceria política com Allyson Bezerra (UB), caso ele se candidate ao Governo do RN. O ex-prefeito de Natal disse que pretende conversar com a cúpula para alinhar os próximos passos da sua intenção de se candidatar. O fato novo deve obrigar a senadora a articular novos cenários.
“Eu recebi o resultado e devo conversar com Jaime e Zenaide dentro desse novo cenário. É importante porque cresce a importância do PSD para as eleições de 2026, já que tem um posicionamento muito bom com a senadora Zenaide, que tem honrado o Rio Grande do Norte no Senado, e um partido que tem em torno de 25 prefeitos. Então, eu acho que com essa performance, cresce o partido”, avaliou.
Questionado sobre a possibilidade de alianças, inclusive com composição com o prefeito de Mossoró, Carlos Eduardo evitou se alongar e ponderou que este é o momento de diálogo. Ao ser provocado sobre uma eventual chapa com Allyson, respondeu que ainda é cedo para tratar do assunto. “Olha, eu não vou entrar nisso agora. O que eu quero é que meu nome seja testado para governador e para senador. A questão de coligação e de candidaturas, de alianças, fica para o ano que vem”, garantiu.
A partir dos números, Carlos Eduardo concluiu a entrevista com um agradecimento direto aos eleitores que citaram seu nome: “Eu quero apenas aproveitar a oportunidade para agradecer aos natalenses e aos norte-rio-grandenses por me colocar, apesar de eu estar um ano fora de tudo, numa situação realmente muito boa sob o ponto de vista eleitoral, tanto para o governo quanto para o Senado”.
De acordo com a pesquisa DataVero/ Diário do RN, no cenário estimulado geral a governador do Rio Grande do Norte, Allyson Bezerra tem 19,65% das intenções de voto, seguido de Carlos Eduardo (16,24%), Rogério Marinho (13,49%) e Álvaro Dias (11,49%). A vereadora Thabatta Pimenta (PSol) tem 8,16%, enquanto Cadu Xavier (PT) registra 1,83%. Mais de 20% dos entrevistados afirmaram que não votariam em nenhum dos nomes apresentados e outros 8,99% não souberam responder.
Já ao Senado, na pergunta estimulada sobre o primeiro voto, Styvenson aparece com 33,47% das intenções. Em seguida aparecem Carlos Eduardo Alves (PDT), com 11,66%, a governadora Fátima Bezerra (PT), com 11,41%, e a senadora Zenaide Maia (PSD), com 10,32%, seguidos de Álvaro Dias (Republicanos), Coronel Hélio (PL), Babá Pereira (PL) e Luizinho Cavalcante (PSB). Eleitores que não souberam ou não responderam somam 5,91%, e os que declararam não votar em nenhum dos nomes, 15,32%.
No segundo voto, Styvenson tem 21,40%, Álvaro Dias (11,41%) e Carlos Eduardo (11,32%) empatados. Zenaide Maia tem 9,58% e Fátima Bezerra 6,99%. A pesquisa foi realizada em Natal, Parnamirim, Macaíba, Ceará-Mirim, Extremoz e São Gonçalo do Amarante, entrevistando 1.200 eleitores, nos dias 03 e 04 de setembro. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro 3%.