Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, defendeu nesta terça-feira (11) o aumento do orçamento da área para 2% do Produto Interno Bruto (PIB), de forma gradativa. Segundo ele, atualmente o montante está em 1,3%.
José Múcio participou da cerimônia de abertura da Laad Defence & Security 2023, no Rio de Janeiro, a maior feira do setor de defesa da América Latina. Segundo o ministro, no entanto, neste momento em que a fome e o desemprego estão elevados, é difícil discutir o aumento.
“Temos necessidades de recursos em outras áreas”, disse o ministro. “Temos muitos desempregados, muita gente passando fome. É muito difícil discutir isso [aumento do orçamento da Defesa] quando a fome e o desemprego ainda são os nossos maiores adversários”.
Empregos Apesar de citar o desemprego como um desafio prioritário, Múcio afirmou que investimentos em defesa podem gerar empregos. “É uma indústria que gera muito emprego, que paga muito imposto”, afirmou.
Segundo ele, nesta terça-feira (11), estão previstas 20 reuniões bilaterais com representantes de outros países que têm interesse em comprar produtos brasileiros ou firmar parcerias com empresas brasileiras do setor de defesa.
Militares Em entrevista à imprensa, o ministro disse que a relação do governo federal com os militares está “absolutamente pacificada”. “Cada um sabendo qual é o seu papel e cada um tendo consciência de sua necessidade. O Brasil precisa de todo mundo”, afirmou.
Múcio destacou que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, tem prestigiado os militares, e ressaltou que oficiais foram recebidos recentemente no Palácio do Planalto em uma cerimônia de promoção.
O ministro falou também sobre estudos para fazer uma compra adicional de novos caças Grippen, além dos 36 já adquiridos pelo governo brasileiro. “A Força Aérea diz que há necessidade, mas evidentemente você tem que ver caixa, prioridade. Estamos estudando e ainda está em uma fase embrionária”, disse.
A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Currais Novos, no Rio Grande do Norte, completa 50 anos de fundação em 2023. Durante esse meio século de existência, a entidade se tornou uma referência para o comércio local e um importante parceiro da comunidade.
Desde sua criação em 1973, a CDL de Currais Novos tem se dedicado a representar e defender os interesses dos lojistas e empresários locais. Através de sua atuação no prol do desenvolvimento do comércio e da indústria da cidade, a CDL tem sido uma peça-chave para o fortalecimento da economia local e para a geração de emprego e renda.
Ao longo dos anos, a CDL de Currais Novos desenvolveu diversas ações em benefício dos seus associados e da população em geral. Entre as principais iniciativas estão campanhas promocionais para fomentar as vendas, cursos e treinamentos para capacitação dos empresários e funcionários, além de atividades de responsabilidade social, como a doação de alimentos e outros mantimentos para pessoas em situação de vulnerabilidade.
Diante disso, é possível afirmar que a CDL de Currais Novos tem uma importância indiscutível para a cidade. Ao longo de seus 50 anos de história, a entidade tem contribuído significativamente para o desenvolvimento socioeconômico de Currais Novos, sendo uma voz ativa na defesa dos interesses dos empresários e da população em geral. E com certeza, a CDL de Currais Novos ainda contribuirá muito para o futuro da cidade e da região.
A parceria entre a Prefeitura de Currais Novos e a Carreta OdontoSESC irá ofertar diversos serviços odontológicos à população durante 60 dias úteis, iniciando os atendimentos no início de maio. A confirmação da vinda da estrutura da unidade se deu em reunião na manhã desta terça-feira (11), entre o Prefeito Odon Jr, a Vice-Prefeita Ana Albuquerque, o Presidente do Sindvarejo Currais Novos, Helder Araújo, e a coordenadora da unidade OdontoSesc, Aparecida Andrade. Também participaram da reunião a Secretária Municipal de Saúde, Alana Moraes, a coordenadora de saúde bucal, Fátima Araújo, e a Assistente Social do OdontoSesc, Jessica Alexandre. A unidade do OdontoSesc conta com 04 consultórios odontológicos e atenderá uma demanda de em média 50 pessoas por dia, com atendimentos entre 07h e 13h e em dois dias da semana entre 14h e 20h. Além dos profissionais da carreta, dentistas e técnicos da rede básica do município irão reforçar a equipe. De acordo com Aparecida, a expectativa é que a carreta seja instalada no dia 10 de maio e realize diversas ações, principalmente na parte educativa, onde os profissionais deverão trabalhar além da saúde bucal, outros temas importantes para a saúde coletiva em escolas e centros sociais. Um dos diferenciais do OdontoSesc é que os pacientes recebem o tratamento completo e todos os agendamentos são realizados na própria estrutura. Além destas ações, o OdontoSesc deverá realizar capacitação com enfermeiros e dentistas sobre a Frenectomia, a cirurgia de remoção do freio lingual. “Este é um apoio muito forte que o SESC tem com o município, e a parceria com a Prefeitura será de grande importância para a realização destes serviços, e só temos que agradecer”, comentou o Prefeito Odon Jr.
O presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn), Luciano Santos, afirma que o piso dos professores não tem base legal e que os gestores, casos façam a implementação e não cumpram a Lei de Responsabilidade Fiscal, poderão ser penalizados futuramente. Em entrevista ao Tribuna Livre, da Jovem Pan News Natal (93,5 FM), nesta terça-feira (11), Luciano Santos, que é prefeito de Lagoa Nova, disse que o piso é impagável para boa parte dos municípios.
Assim como defende a Confederação Nacional dos Municípios, Luciano Santos afirma que não há embasamento legal para o piso do magistério. O entendimento adotado é que há um vácuo legislativo que coloca em risco a segurança jurídica de aplicação do reajuste do piso nacional, pois, no entendimento do presidente da Femurn, baseia a norma se baseia em critérios que remetem à Lei 11.494/2007, do antigo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), expressamente revogada pela Lei 14.113/2020, de regulamentação do novo Fundeb.
“O governo federal, através de uma portaria, fez menção a um valor, dando como piso salarial, que não tem base legal. A lei do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) revogou os critérios da lei anterior que ofereciam uma base salarial, um piso para os professores”, afirmou Luciano Santos.
No entendimento da CNM, os governos Bolsonaro e Lula têm a mesma posição em relação ao reajuste do piso do magistério, “preferindo não considerar o pacto federativo para não confrontar o movimento sindical dos professores”, já que o piso não impacta as contas do Governo Federal.
De acordo com Luciano Santos, os prefeitos do estado não tem condições financeiras de arcar com a porcentagem de aumento solicitada pelos profissionais da educação. Para ele, mesmo com o Fundeb, a maioria das prefeituras não tem condições de suportar uma folha de pagamento nos moldes apresentados. “A maioria dos municípios, especialmente os pequenos, que não tem receita própria, não podem arcar com isso (…) para suportar a sua folha, é preciso colocar (a mais) 20%, 30% do Fundeb arrecadado. Ou seja, a folha vai custar 120%, 110% do Fundeb”, explicou.
O presidente da Femurn aponta que, com base na Lei do Fundeb, os municípios aplicam, aproximadamente, 70% do valor em recursos humanos, e outros 30% em investimentos estrutural. Entretanto, caso o aumento seja concedido, será impossível fazer qualquer tipo de investimento. “Olha a escolha de Sofia: ou eu atendo os professores, ou eu coloco uma infraestrutura para os alunos estudarem”, disse.
Para além disso, o prefeito também apontou que devido à Lei de Responsabilidade Fiscal, os municípios não podem ultrapassar os 50% de gastos com pessoal, pois os prefeitos podem sofrer as sanções. “Tenho 49 anos de idade, sou advogado e estou prefeito. Preciso continuar minha vida pós-mandato, e como é que vai ficar a minha vida se o meu CPF estiver com um processo de improbidade administrativa?”, questionou.
Piso
A aplicação dos 14,95% de reajuste nesse ano tem sido questionada por boa parte dos gestores municipais. No Governo do Estado, a governadora Fátima Bezerra não se manifestou publicamente sobre a greve dos professores, em curso há mais de um mês. Porém, historicamente, a gestora é favorável ao piso e o Executivo tem tentado negociar com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), entidade que teve participação decisiva de Fátima Bezerra como filiada e comandante.
Alguns dos principais nomes da área econômica do Governo já se manifestaram sobre o piso. Aldemir Freire, secretário de Planejamento, disse que o Sinte tem sido intransigente e falou sobre a impossibilidade de pagamento por parte do Executivo,. Já o secretário de Tributação, Carlos Eduardo Xavier, já falou que, nos moldes atuais, o piso salarial é insustentável.
Por outro lado, o Sinte também criticou a forma como o Executivo estadual tem tratado o tema. Segundo o sindicato, a postura do Governo é “decepcionante”.
Mais dois projetos culturais serão realizados em Currais Novos através da captação de recursos via Lei Câmara Cascudo, o II Festival Cultural de Sant’Ana e a Escola de Música do Centro Integrado de Ação Comunitária Dom Manoel Tavares – CIAC, foram enquadrados pela Comissão Especial de Cultura da Fundação José Augusto, aptos a receberem recursos de empresas, que deduzem o seu ICMS a pagar, apoiando eventos culturais.
Somando o valor dos dois projetos a ser captado foi de R$: 94.000,00 (noventa e quatro mil reais), sendo, R$: 50.000,00 (cinquenta mil reais) para o Festival Cultural e R$: 44.000,00 (quarenta e quatro mil reais) para a Escola de Música do CIAC. Nessa modalidade uma empresa situada no nosso estado, patrocina o evento e tem o valor creditado a ser descontado no pagamento do seu ICMS.
Estiveram presentes para receber os certificados de enquadramentos dos projetos, o Vereador Daniel Bezerra, que através de sua equipe de gabinete, elaborou os projetos, o Padre Cláudio Dantas, pároco da Paróquia de Sant’Ana, além dos assessores do parlamentar, Maria José, Gleyca e Madson Allan. Padre Cláudio agradeceu em nome da Igreja ao Diretor da Fundação José Augusto, Gilson Matias, pela aprovação dos projetos que serão fundamentais para viabilizar, tanto o Festival Cultural de Sant’Ana, quanto a Escola de Música do CIAC.
O Vereador Daniel Bezerra também comemorou mais esses dois projetos aprovados. “É uma satisfação poder contribuir com a nossa Cultura, fortalecendo a Festa de Sant’Ana e a nossas Filarmônicas, o Festival Cultural que já foi um grande sucesso ano passado, terá agora melhores condições e mais apoio para a sua realização. Já a Escola de Música do CIAC, será importante para que crianças e jovens aprendam a tocar instrumentos e quem sabe, poder fazer parte da nossas Filarmônicas”.
O vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro da Defesa, José Múcio, receberão um prêmio do Sindicato Nacional das Indústrias de Materiais de Defesa na quarta-feira (11/4). Em 2019, os agraciados com o prêmio General Joaquim de Souza Mursa foram Jair Bolsonaro e os generais Villas Bôas e Walter Braga Netto.
O prêmio homenageia personalidades governamentais ou não que contribuem para a Base Industrial de Defesa (BID). A cerimônia acontecerá no Rio de Janeiro, durante a maior feira de defesa e segurança da América Latina.
O sindicato considera que Múcio foi um importante ator para a pacificação do país após as eleições e que fez esforços para o relacionamento das Forças Armadas com a sociedade. Já Alckmin será homenageado por ter aceitado a vice-presidência de Lula, concretizando “um arco de alianças”.
Na última campanha à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva declarou que, frente ao desafio de montar a sua futura base em um Congresso que saiu das urnas mais inclinado à direita, daria cabo da tarefa por meio de muita conversa com todos os partidos . O esforço tentaria passar ao largo das estratégias adotadas em suas gestões anteriores, quando a busca de apoio no Legislativo acabou desembocando em escândalos como mensalão e petrolão. Passados quase 100 dias desde a posse e com os novos deputados e senadores já há dois meses nos seus postos, a situação, no entanto, se mostra bastante nebulosa, com muitas dúvidas sobre o tamanho real da tropa governista — o que cria algum pensamento sobre a capacidade de aprovar medidas cruciais para o mandatário, como o novo arcabouço fiscal e a reforma tributária.
O que já estava confuso ficou ainda mais embaçado nos últimos dias com uma movimentação de deputados que não estava no radar: a formação de um bloco na Câmara com 142 deputados e cinco partidos, que já nasceu com tamanho suficiente (mais de um quarto dos 513 parlamentares) para ser protagonista no jogo legislativo. Formado por MDB, PSD, Republicanos, Podemos e PSC, o grupo já é maior que o bloco de partidos de esquerda que deu sustentação a Lula na campanha e praticamente se iguala à soma da dupla PL-PP, as legendas que se comportaram como oposição ( veja o quadro). A nova frente surpreendeu também porque se apresentou com partidos que têm cargas no governo, como MDB e PSD, e outros longe da influência de Lula, como os Republicanos, que apoiaram Jair Bolsonaro na eleição e sempre comungou da cartilha do Centrão chefiado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
O “superbloco”, como tem sido chamado, tem, ao menos por ora, uma tendência a ajudar o governo. “No nosso bloco, hoje, 70% é governista”, afirma Fábio Macedo (Podemos-MA), o líder da frente. Parlamentar pouco conhecido, que tem proximidade com o ministro Flávio Dino (Justiça), ele já mostra disposição para apoiar projetos importantes de Lula que estão na Casa. “Tem duas MPs de grande importância, que são as do Bolsa Família e do Minha Casa, Minha Vida, e que com certeza, com muita boa vontade, vamos dar andamento”, diz.
Único bloco formalizado até agora na Câmara (o Centrão tem uma composição mais solta), a nova frente nasce, em tese, com muita bala na agulha. Com votações de grande porte ainda não iniciadas e em meio à queda de braço entre Lira e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pelo controle do rito das MPs, o grupo tem potencial para provocar alguma reconfiguração do jogo de forças no Legislativo. Um ponto importante é a formação das comissões erradas para analisar as MPs. Apesar de estar nas mãos de Lira esse poder, será preciso obedecer ao seguido da proporcionalidade, o que faria com que o grupo estivesse com três das doze vagas nesses colegiados. Outro aspecto é a maior influência que o quinteto de siglas terá na definição das votações. Se antes o jogo estava concentrado entre governador e presidência da Câmara, agora há um bloco que, apesar da tendência governista, pode se colocar como empregado de Lira, dependendo do caso. Assim, a turma precisará ser ouvida também nas maiores decisões.
A nova frente surgiu no velho estilo de “fazer política”. As ocorreram simultaneamente a duas conversas frustradas para alianças — uma entre MDB e PSDB e outra entre PP e União Brasil. Essa última suscitou recepção entre os demais partidos, principalmente após a demonstração de força dada por Lira ao aprovar a PEC da Transição, muito cara ao governo Lula. A formalização do “superbloco” buscou neutralizar a influência de Lira e contorno com a atuação de três caciques importantes — Baleia Rossi (MDB), Gilberto Kassab (PSD) e Marcos Pereira (Republicanos), todos presidentes de suas siglas. Também pesou a necessidade de acomodar interesses regionais. Na Bahia, MDB e PSD são os principais aliados do PT, enquanto PP e União permaneceram do lado oposto na eleição. Já em São Paulo, MDB e PSD estão com o governador Tarcísio de Freitas, dos Republicanos, cuja direção há muito se levou do jogo de Lira e seu aliado Elmar Nascimento (União-BA). Nos bastidores, os caciques da frente dizem que eles querem se diferenciar da política “baseada no orçamento secreto” de Lira. É ver para acreditar. No horizonte, está até uma candidatura à Presidência da Câmara no ainda distante 2025.
Arthur Lira, um dos políticos mais poderosos no Congresso nos últimos anos, ensaia, claro, uma reação. Como o seu partido, PP, tem apenas 49 deputados, ele articula para construir outra frente, que teria o PL e a União Brasil, com quem voltou a negociar. Esse trio teria 207 deputados e não seria superado. No caso de uma eventual federação, a estimativa é que as processam avancem, sobretudo com a aproximação das eleições municipais. “A tendência é os partidos se afunilarem para ter mais tempo de televisão e mais acesso a recursos de campanha”, avalia Danilo Forte (União-CE), entusiasta de uma federação “programática” entre a sua legenda e o PP. Outra sigla cobiçada é o PSDB, que, apesar de ter se apresentado como terceira via em 2022, na Câmara sempre esteve mais ligada a Lira e a Bolsonaro.
Às vésperas do julgamento da primeira ação que pode declará-lo inelegível pelos próximos oito anos , o ex-presidente Jair Bolsonaro foi derrotado em seu primeiro teste no Tribunal Superior Eleitoral ( TSE ) desde que mudou ao Brasil – uma decisão do plenário virtual sobre um recurso do ex-presidente contra o ministro Alexandre de Moraes , que comanda a Corte.
Por 7 a 0, os ministros foram unânimes em recusar o pedido de Bolsonaro. Até mesmo Kassio Nunes Marques , indicado por Bolsonaro para o cargo, foi contra o recurso do ex-presidente. Por ser alvo do pedido do ex-ocupante do Palácio do Planalto, Alexandre de Moraes se declarou impedido.
Os advogados de Bolsonaro desejavam que o TSE declarasse Moraes suspeito para julgá-lo em um processo que o investigava por abuso de poder político ao usar os palácios do Planalto e da Alvorada para fazer lives durante o período eleitoral.
O julgamento de agora é o recurso contra a decisão tomada por Ricardo Lewandowski em setembro do ano passado, quando o ministro recusou o pedido.
O pedido pela suspeita de Moraes foi motivado por um gesto do ministro associado à degola numa sessão do tribunal ocorrida em 27 de setembro de 2022.
A cena foi flagrada pelas câmeras da TV Justiça e, posteriormente, reproduzida por aliados do então presidente. O vereador Carlos Bolsonaro ( PL -RJ) postou a imagem em suas redes sociais, com a pergunta: “O que será que o Ministro Alexandre de Moraes quis dizer com esse gesto?”
O próprio Moraes nunca veio a público esclarecer o sentido do gesto, tendo se manifestado a respeito do recurso de Bolsonaro.
Na época em que o caso ocorreu, o GLOBO apurou que o ministro se dirigia em tom de brincadeira a um assessor que estava no plenário do TSE, usando o gesto para reclamar da demora do funcionário para passar uma informação.
No vídeo, é possível ver que o presidente do TSE, ao fazer o gesto, olha para a frente do plenário, no espaço onde está localizado a plateia — onde ficam servidores, advogados e pessoas que vão assistir aos julgamentos.
Julgado, por 4 a 3, com o voto de desempate de Alexandre de Moraes, o TSE manteve a reserva a Bolsonaro para a realização de lives de cunho eleitoral nos palácio da Alvorada e do Planalto, ao concluir que o uso do espaço geraria de poder em relação aos demais candidatos.
Para a defesa de Bolsonaro, o gesto de Moraes, num julgamento em que o ministro deu o voto de desempate contra os interesses do então candidato à reeleição, “indicou uma conduta que reflete uma ausência de imparcialidade” e “é apto a revelar comportamento processual legalmente inadmissível”.
Lewandowski, porém, recusou a liminar, alegando que a acusação era “destituída de fundamentação jurídica”. O ex-presidente recorreu, mas acaba de ter o recurso negado pelo plenário do TSE.
Embora a decisão desta segunda-feira seja relacionada a uma questão lateral, sem relação direta com as principais ações que Bolsonaro enfrenta no TSE, o resultado pode ser interpretado como um termômetro do humor do tribunal em relação a ele.
Mesmo Nunes Marques, considerado por aliados um voto potencialmente favorável ao ex-presidente no julgamento que deve ocorrer no final de abril — sobre a reunião que ele fez com embaixadores para lançar suspeitas contra as urnas eletrônicas — , votou contra ele desta vez.
Três grandes clubes de futebol do país que reclamaram da proposta do governo federal de taxar apostas esportivas somam dívidas de R$ 64 milhões à União. Os oito principais times do eixo Rio-São Paulo manifestaram “preocupação” com as negociações na última terça-feira (4/3).
Os clubes alegaram “risco de colapso da atividade” com a taxação das empresas de apostas. Entre eles estão Vasco, que deve R$ 51 milhões à União; Palmeiras, com R$ 10 milhões; e Botafogo, com R$ 3 milhões em dívidas.
Registros da dívida ativa da União, mantidos pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, apontam que o Vasco deve R$ 36 milhões em pagamentos do FGTS e outros R$ 15 milhões por impostos federais. O Palmeiras deve R$ 9,5 milhões em repasses atrasados do FGTS, além de R$ 400 mil em impostos federais. O Botafogo, por seu turno, deve R$ 3 milhões em impostos federais à União.
Uma fatia esmagadora dos grandes times de futebol brasileiros é patrocinada por sites de apostas esportivas, que ainda não são regulamentados no país. Isso acontece em 19 dos 20 clubes da primeira divisão.
O Ministério da Fazenda espera apresentar ainda neste mês uma medida provisória para fixar regras e taxar esse mercado. O ministro Fernando Haddad prevê um incremento na arrecadação pública entre R$ 12 bilhões e R$ 15 bilhões ao ano.
Três pessoas ficaram feridas durante um ataque a uma escola, na tarde desta segunda-feira (10), na zona sul de Manaus, no Amazonas. Com uma faca, um estudante de 12 anos feriu uma professora e dois colegas de turma.
A Polícia Militar (PM) foi acionada ao local. Segundo a conselheira tutelar Kiky Anjos, o adolescente afirmou que o adolescente planejou matar pessoas na escola. Ele foi encaminhado para a Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (Deaai).
Uma testemunha disse que o adolescente estava dentro de uma sala de aula quando em dado momento puxou a faca da bolsa e saiu correndo atrás da professora que tentou fugir. Ainda segundo a testemunha, a faca usada pelo adolescente estava cega (desamolada).
Segundo a mãe de um dos estudantes da escola, o adolescente que realizou o ataque sofria bullying por meio de grupos de WhatsApp da escola. “Eu até tirei meu filho de todos os grupos”, disse a mulher.
De acordo com a PM, o adolescente realizou o ataque com um cutelo (modelo de faca) ferindo as vítimas, mas logo foi contido. O adolescente relatou à polícia que em sua bolsa havia outros materiais que seriam usados para o ataque. Na mochila dele havia três coquetéis molotov.
Ainda segundo a polícia, o aluno já foi monitorado pela escola por apresentar comportamento suspeito. Quando ele começou o ataque, os alunos correram e os imobilizaram.
As vítimas tiveram lesões leves e logo foram socorridas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Uma marca dos levantamentos do tamanho de torcidas no Brasil é a disputa paulista, entre Palmeiras e São Paulo, pela terceira posição. E “O Maior Raio-X do Torcedor” mostra os palmeirenses à frente dos tricolores.
Mesmo que com uma diferença dentro da margem de erro, o Palmeiras é o terceiro colocado no ranking das torcidas brasileiras com 9%, contra 8% dos são-paulinos, segundo a Pesquisa CNN/Itatiaia/Quaest.
Numa análise das cinco regiões brasileiras, percebe-se que essa ultrapassagem palmeirense tem como ponto importante o fato de o clube hoje ter uma torcida mais nacional numa comparação com o São Paulo.
O alviverde tem 54% dos seus torcedores no Sudeste, contra 64% do São Paulo. “Fora de casa”, empata com o rival no Sul, com 12% para cada, mas vence no Nordeste (20% a 14%), no Norte (6% a 5%) e no Centro-Oeste (8% a 6%).
Era vitoriosa influencia “Esse resultado, com o Palmeiras numericamente à frente do São Paulo, dentro da margem de erro, tem a influência direta da era vitoriosa que o Palmeiras vem vivendo nos últimos anos”, analisa Felipe Nunes, diretor da Quaest Consultoria e Pesquisa, que comandou o trabalho.
De 2015 para cá, o clube venceu duas Libertadores (2020 e 2021), uma Recopa Sul-Americana (2021), duas Copa do Brasil (2015 e 2020), três Brasileirões (2016, 2018 e 2020) e em 2023 já faturou a Supercopa do Brasil e o Campeonato Paulista.
Já o São Paulo tem como última grande taça a Copa Sul-Americana de 2012, algo pequeno diante do período glorioso vivido pelo clube no início dos anos 1990, sob o comando de Telê Santana, e na primeira década deste século, quando decretou a maior sequência de títulos do Campeonato Brasileiro na Era dos Pontos Corridos com o tricampeonato de 2006, 2007 e 2008.
Metodologia A Pesquisa CNN/Itatiaia/Quaest fez 6.507 entrevistas com torcedores de 16 anos ou mais em 325 cidades brasileiras, no período entre 29 de março e 2 de abril de 2023. A margem de erro é de 1,4 ponto percentual para mais ou para menos. O nível de confiabilidade é de 95%.
O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, contratou com dinheiro público o “faz-tudo” de fazendas de sua família localizadas no interior do Maranhão. O motorista Waldenôr Alves Catarino passou quase uma década realizando serviços nas propriedades enquanto era pago pela Câmara dos Deputados. Em entrevista ao Estadão, o homem de 57 anos afirmou que foi contratado por Juscelino como assessor parlamentar, mas nunca trabalhou na função. Seu local de trabalho, disse, eram as terras do ex-senador e ex-prefeito de Santa Inês Roberth Bringel, tio do ministro.
“Era assim, ó: eu era lotado aí na Câmara Federal e trabalhava aqui para o tio dele (de Juscelino) na fazenda”, afirmou Catarino. “Eu fazia tudo, trabalhava num caminhão. Levava óleo para trator, instalando estaca na fazenda, fazia tudo ”, disse ele (mais informações nesta página).
Catarino foi nomeado como secretário parlamentar no gabinete de Juscelino logo no início de seu mandato como deputado, em outubro de 2015. A contratação irregular chegou ao fim em maio de 2022, um ano antes de Juscelino virar ministro do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, porque o funcionário quis mudar de emprego. “O serviço era muito puxado. Tinha que levantar todos os dias 5 da manhã, não tinha horário para parar”, relatou.
Sem contato
Durante os sete anos em que esteve nomeado na Câmara, o motorista disse que uma das únicas vezes em que fez algo para Juscelino foi buscá-lo certa vez no aeroporto. Afirmou ainda que nem sequer se comunicava com o então deputado, que, no papel, era seu chefe. “Se eu for dizer as vezes que eu falei com Juscelino, foi pouco.” O salário do motorista era de R$ 2,3 mil. Pelo período em que ficou na Casa, ganhou R$ 171,4 mil.
O caso de Catarino se junta a outros revelados pelo Estadão que indicam mau uso de dinheiro público por Juscelino, que hoje comanda uma pasta com orçamento de mais de R$ 3 bilhões. Na semana passada, reportagem mostrou que o piloto da aeronave e o gerente do haras de Juscelino são pagos até hoje com verba da Câmara. Eles estão lotados no gabinete do suplente do ministro, mas dão expediente nas propriedades de Juscelino.
Klennyo Ribeiro foi contratado em 2016 e recebe R$ 7,8 mil por mês. Lotado na Câmara, ele cuida do Parque & Haras Luanna, em Vitorino Freire (MA). Já Leumas Rendder Campos Figueiredo pilota o bimotor Piper PA-34-220T Seneca V, que Juscelino tem em parceria com um outro tio. Para isso, recebe R$ 10,2 mil. A Casa abriu uma apuração sobre a situação do piloto.
O Estadão revelou também que Juscelino, já como ministro de Lula, recebeu diárias e usou avião da FAB para cumprir agenda particular em São Paulo, onde participou de leilões de cavalos de raça. O caso é investigado pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República. O deputado licenciado também usou dados falsos para justificar 23 dos 77 voos declarados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última campanha.
Suplentes
O tio de Juscelino para quem Catarino disse ter trabalhado por sete anos é Roberth Bringel, irmão da mãe do ministro. Bringel é suplente do senador Weverton (PDT-MA), aliado do titular das Comunicações. Sua mulher, Maria Vianey Bringel, também foi prefeita de Santa Inês.
Catarino não é o único caso de funcionário que esteve lotado no gabinete de Juscelino e que, ao mesmo tempo, trabalhou para a família Bringel. O Estadão apurou que Vanuza Silva Mendes atua como secretária de Roberth Bringel. Ela paga contas para o político.
Após diversas ligações não atendidas, a reportagem entrou em contato com a mulher via aplicativo de mensagens, e perguntou se falava com “Vanuza, secretária do senhor Roberth Bringel”. Ela disse que “sim”. Em seguida, apagou o mensagem. Questionada novamente, informou que não trabalha com o político. “Não tenho como te ajudar”, declarou.
Vanuza foi nomeada no gabinete de Juscelino em fevereiro de 2015 no cargo de secretária parlamentar. Ela ganha R$ 6.181,07 por mês. A Câmara já desembolsou R$ 801,9 mil com a funcionária.
Procurado, o ministro não havia respondido aos questionamentos do Estadão até a noite desta segunda-feira, 10.
Um número recorde de noruegueses super-ricos está trocando a Noruega por países com impostos baixos, em uma reação à decisão do governo de centro-esquerda de aumentar os impostos sobre a riqueza para 1,1%.
Segundo a reportagem do jornal britânico The Guardian, mais de 30 bilionários e multimilionários noruegueses deixaram o país em 2022. O levantamento foi feito pelo jornal do país Dagens Naeringsliv, que explicou que esse número é maior do que o total dos super-ricos que deixaram o país nos últimos 13 anos.
O cenário tende a se agravar e mais indivíduos super-ricos devem deixar o país este ano por causa do aumento de impostos sobre a riqueza em novembro de 2022. O jornal norueguês estima que o governo sofrerá perdas de dezenas de milhões em receitas perdidas.
britânico Guardian explica que muitos se mudaram para a Suíça, onde os impostos são muito mais baixos. Entre eles está o pescador bilionários Kjell Inge Rokke. O magnata se mudou para a cidade de língua italiana de Lugano.
Aos 64 anos, Rokke é o quarto norueguês mais rico, com uma fortuna estimada em 19,6 bilhões de coroas norueguesas (cerca de R$ 9,44 bilhões). Ele justificou sua decisão em uma carta aberta: “Escolhi Lugano como minha nova residência – não é a mais barata, nem tem os impostos mais baixos – mas, em troca, é um ótimo lugar com uma localização central na Europa. Para aqueles próximos da empresa e para mim, estou a apenas um click de distância.”