O município de Currais Novos celebra uma importante conquista para sua história e fé. A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte aprovou os Projetos de Lei apresentados pelo deputado estadual Ubaldo Fernandes (PSDB) que reconhecem oficialmente a Capela de Santa Maria Goretti e a Capela de Santa Luzia, no Povoado Totoró, como patrimônios culturais, religiosos, históricos e turísticos do Estado.
A Capela de Santa Maria Goretti, localizada no bairro que leva o nome da santa, é a primeira igreja dedicada a Santa Maria Goretti em toda a América Latina. É também uma das mais antigas de Currais Novos, representando um verdadeiro marco histórico e espiritual para a cidade. A tradicional Festa de Santa Maria Goretti, realizada em julho — antes da festa de Santana —, completou 73 anos em 2025 e reúne a comunidade em celebrações, missas, procissões, eventos culturais e momentos de confraternização que reforçam a fé e a união entre os fiéis.
Já a Capela de Santa Luzia, fundada em 1995 e vinculada à Paróquia da Imaculada Conceição, é símbolo da devoção e da tradição do Povoado Totoró. A escolha da padroeira ocorreu por votação popular, consagrando o templo à Padroeira da Visão. Desde então, a comunidade realiza celebrações mensais e uma grande festa em dezembro, com atividades religiosas e culturais que mantêm viva a fé local. Um dos nomes de destaque na história da capela é Evanilda de Lima Araújo, a “Dona Branca”, reconhecida pela dedicação e cuidado com o espaço sagrado desde sua fundação.
Com a aprovação dos projetos, as duas capelas passam a ter reconhecimento oficial como patrimônios religiosos do Rio Grande do Norte, fortalecendo seu valor histórico, cultural e espiritual, e reafirmando Currais Novos como um importante centro de fé e tradição do Seridó potiguar.
O sargento Gonçalves, deputado federal do PL-RN, foi a São José de Mipibu para cobrar do prefeito Zé Figueiredo o cumprimento do compromisso firmado: R$ 500 mil para a Guarda Municipal.
Esse investimento é fundamental para reforçar a segurança pública do município. Poucas horas após a visita, o Via Certa noticia um homicídio dentro da Comunidade da Bica, área que está dominado pelo Comando Vermelho.
A Praça Metódio Fernandes da Costa, em São Vicente, será palco de uma noite inesquecível no dia 22 de novembro, às 20h, com a apresentação gratuita da Orquestra Ouro Preto, que traz ao público o espetáculo “Gonzagão: Concerto para Cordas e Trio Pé de Serra”.
O concerto promete emocionar o público ao celebrar a genialidade e o legado do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, em arranjos marcados pela força e pela beleza das cordas. No repertório, clássicos como Asa Branca, Xote das Meninas, Vida de Viajante e muitos outros sucessos que marcaram gerações.
A programação começa com a Filarmônica Manoel Faustino da Costa, representando o talento potiguar e abrindo a noite em grande estilo. Em seguida, o maestro Rodrigo Toffolo assume a regência da Orquestra Ouro Preto, conduzindo o público por uma viagem musical cheia de emoção, ritmo e identidade nordestina.
O evento é gratuito e promete reunir famílias inteiras para dançar, cantar e se orgulhar da rica cultura nordestina.
O concerto conta com o apoio da Prefeitura Municipal de São Vicente e patrocínio da Aliança Energia, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).
📅 Data: 22 de novembro 🕗 Horário: 20h 📍 Local: Praça Metódio Fernandes da Costa, São Vicente/RN 🎶 Entrada gratuita!
Uma celebração imperdível da música, da cultura e da alegria nordestina!
A Caern trabalha durante toda esta terça-feira (11) para restabelecer o abastecimento da cidade de Currais Novos, o que deve ocorrer na noite de hoje. As equipes da Companhia trabalham para reparar trecho de tubulação que rompeu às 5h30. Com o vazamento, o sistema formado pelas Estações de Tratamento de Água (ETAs) Dourado e Gargalheiras parou de funcionar. Após a conclusão do conserto, o sistema deve estar totalmente normalizado em até 72h, com a água retornando primeiramente para as partes mais baixas da cidade e na sequência para as mais altas.
Durante o período referente ao conserto e à normalização, a Companhia recomenda à população que evite o desperdício e economize água.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou, nesta segunda-feira (10), a suspensão imediata do inquérito policial que investiga a remoção de corpos de área de mata no Complexo da Penha, no Rio de Janeiro.
Após a megaoperação policial de 28 de outubro contra o Comando Vermelho (CV), que resultou em 121 mortes, moradores da região levaram mais de 70 corpos a praça São Lucas, uma das principais da região.
O secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi, criticou a remoção. Ele afirmou que os corpos retirados da mata foram despidos para ocultar elementos que poderiam associar as vítimas ao tráfico de drogas, como roupas camufladas e armas.
Curi também anunciou que a 22ª Delegacia de Polícia da Penha havia instaurado um inquérito para investigar possível fraude processual no caso.
Na decisão desta segunda-feira (10), Moraes também determinou que o delegado titular da unidade deverá prestar informações em até 48 horas sobre o motivo da abertura.
A medida foi tomada no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, conhecida como ADPF das Favelas, da qual Moraes é relator temporário.
A decisão ocorre após relatos de possíveis violações de direitos humanos, dificuldades de acesso aos laudos periciais e indícios de descumprimento das determinações da Corte quanto à preservação da cena dos confrontos e da cadeia de custódia das provas.
Na mesma decisão, Moraes determinou ainda que autoridades do Rio de Janeiro enviem laudos necroscópicos, imagens das câmeras corporais dos policiais e relatórios sobre prisões e mortes ocorridas durante a operação contra o Comando Vermelho.
Em nota, a Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que o inquérito não trata de uma investigação contra familiares de mortes, mas apura ordens de chefes de facções para tentar esconder os vínculos dos mortos com a organização criminosa.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), publicou nas redes sociais que participou de uma reunião no Supremo Tribunal Federal (STF) para tratar da pauta da segurança pública.
Segundo ele, o encontro contou com a presença do vice-presidente do STF, ministro Alexandre de Moraes, do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e dos 27 procuradores de Estado. “O momento é de união das instituições contra o crime organizado”, escreveu.
Motta também informou que intermediou um diálogo entre o deputado Guilherme Derrite (PP-SP), relator do PL Antifacção, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, com o objetivo de garantir que a PF mantenha suas atribuições nas investigações contra o crime organizado.
A reunião acontece em meio às articulações sobre o projeto de lei, que deve ser analisado nos próximos dias pela Câmara dos Deputados. O texto, apresentado pelo governo federal, cria o chamado Marco Legal do Combate ao Crime Organizado e busca estabelecer diretrizes nacionais para o enfrentamento de facções criminosas.
A proposta do governo propõe o endurecimento das penas, a ampliação dos poderes de investigação e a criação de novos mecanismos de controle sobre o dinheiro e a comunicação de organizações criminosas.
Guilherme Derrite, que foi secretário de Segurança Pública de São Paulo durante o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), pediu exoneração na última quarta-feira (5) para reassumir o mandato de deputado (PP-SP) na Câmara e ficar com a relatoria do PL.
Desde então o assunto tem gerado divergências. Guilherme Derrite anunciou que vai apresentar um substitutivo, unindo trechos do texto do governo com pontos do projeto da oposição.
Mas, segundo a Polícia Federal, as mudanças feitas no texto representam um risco de retrocesso. Em nota divulgada nesta segunda-feira (10), após a reunião, a PF alertou que o texto “ameaça o propósito original da proposta ao introduzir modificações estruturais que comprometem o interesse público”.
Segundo a PF, a medida fragilizaria o enfrentamento às facções criminosas ao prever que operações só ocorram com autorização de governos estaduais.
“O papel histórico da Polícia Federal no combate ao crime — especialmente contra criminosos poderosos e organizações de grande alcance — poderá sofrer restrições significativas”, diz o comunicado. “Essa alteração, somada à supressão de competências da Polícia Federal, compromete o alcance e os resultados das investigações, representando um verdadeiro retrocesso”, destacou o texto.
A Polícia Federal reafirmou que seguirá defendendo suas atribuições constitucionais e autonomia funcional, para garantir o cumprimento da lei e a defesa da sociedade brasileira.
O Planalto e alguns especialistas defendem que o texto original amplia a capacidade de ação do Estado contra o crime organizado. Já o parecer do relator é visto por setores do Ministério da Justiça como uma mudança profunda que desfigura a proposta inicial e pode limitar a atuação da Polícia Federal em alguns casos.
A expectativa é que o tema avance com prioridade no Congresso, em meio à pressão por medidas mais duras contra o avanço das facções em diferentes regiões do país.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu nesta segunda-feira (10) a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), realizada em Belém, no Pará.
Durante o discurso de abertura, Lula convidou países e autoridades a avançarem nas ações climáticas, alertando para o risco de o Acordo de Paris não ser cumprido. O presidente também destacou a importância do combate ao racismo ambiental, tema da declaração assinada pelo Brasil durante a Cúpula de Líderes.
Ao mencionar os recentes desastres naturais no sul do Brasil e no Caribe, o presidente afirmou que a COP30 deve ser a “edição da implementação”, ou seja, o momento de colocar em prática medidas que já estão previstas.
“A mudança do clima não é uma ameaça do futuro, é uma tragédia do presente. O furacão Melissa, que fustigou o Caribe, e o tornado que atingiu o Estado do Paraná, no Sul do Brasil, deixaram vítimas fatais e um rastro de destruição”, declarou.
Sem citar nomes, Lula criticou a ausência de alguns líderes mundiais que não estavam presentes no evento. Ele também defendeu que é mais barato financiar ações climáticas do que guerras e pediu união contra o negacionismo.
“Na era da desinformação, os obscurantistas rejeitam não só as evidências da ciência, mas também os progressos do multilateralismo. Eles controlam algoritmos, semeiam ódio e espalham o medo. Atacam as instituições, a ciência e as universidades. É momento de impor uma nova derrota aos negacionistas”, disse o presidente.
Lula exaltou ainda a Amazônia, o bioma mais diverso do mundo, e ressaltou o protagonismo dos povos originários, especialmente os que vivem no Pará, no combate às mudanças climáticas. Ele aproveitou para convidar os participantes a conhecerem a culinária paraense durante a conferência.
Antes do discurso de Lula, também falaram o presidente da COP29, Mukhtar Babayev, e o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, que reforçaram a capacidade da Conferência de reverter o atual cenário climático. O secretário executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), Simon Stiell, também esteve presente.
A cerimônia de abertura contou ainda com uma apresentação cultural de povos indígenas, que cantaram e dançaram para os chefes de Estado e demais autoridades presentes.
O que esperar da COP30 A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) começa nesta segunda-feira (10), em Belém (PA), e deve reunir chefes de Estado, líderes e membros da sociedade civil.
O encontro tem como meta principal implementar medidas concretas para conter o avanço das mudanças climáticas e reduzir as emissões de gases de efeito estufa, que atingiram níveis recordes em 2024.
Entre os principais temas da conferência estão a eliminação gradual dos combustíveis fósseis, uma das maiores fontes de poluição do planeta, e a transição energética.
Também estão na pauta o combate ao desmatamento, especialmente na Amazônia, e o financiamento climático para que países em desenvolvimento possam adotar medidas sustentáveis.
Os debates devem abordar formas de adaptação às mudanças climáticas, já que o aumento da temperatura média global deve ultrapassar a meta de 1,5°C estabelecida no Acordo de Paris.
O Brasil deve ter papel de destaque nesta edição, atuando como ponte diplomática entre países ricos e emergentes. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu fazer da COP30 a “COP da verdade”, cobrando ações práticas e não apenas compromissos formais.
O país também pretende apresentar propostas para proteger a Amazônia e as populações locais, incluindo indígenas e ribeirinhos.
Um levantamento do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS) apontou que familiares de 44 políticos do Rio Grande do Norte foram excluídos de programas sociais federais, como o Bolsa Família, após a identificação de irregularidades em seus cadastros. Os casos foram detectados durante o pente-fino nacional iniciado em 2025 para revisar o Cadastro Único (CadÚnico) e garantir que os benefícios sejam destinados a famílias em situação de vulnerabilidade econômica.
O levantamento obtido pela plataforma Fiquem Sabendo, por meio de Lei de Acesso à Informação, aponta que as exclusões ocorreram após o cruzamento de dados de renda e vínculos públicos, que revelou a presença de parentes de agentes políticos entre os beneficiários. Em alguns municípios, também foram identificados registros de familiares de vice-prefeitos.
No início de 2025, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS) suspendeu o benefício das famílias que tinham, em sua composição, algum candidato eleito em 2024, considerando que o salário de prefeito, vice ou vereador excede os parâmetros do programa.
Entre as cidades com registros no Rio Grande do Norte estão Mossoró, Macaíba, Natal, Areia Branca, São José de Mipibu, Jandaíra, Doutor Severiano, Santana do Matos, Caiçara do Norte, Lajes Pintadas e Triunfo Potiguar, entre outras. O levantamento inclui tanto cônjuges quanto filhos e outros parentes diretos de vereadores atualmente no exercício do mandato.
O Ministério informou que as famílias identificadas tiveram seus benefícios bloqueados ou cancelados, dependendo da gravidade da inconsistência. A ação faz parte do processo de requalificação do CadÚnico, que desde o início de 2025 vem promovendo auditorias em bases de dados de todo o país para evitar fraudes e sobreposição de rendimentos.
Segundo o MDS, a iniciativa integra o programa de fortalecimento da gestão dos benefícios sociais, criado para aprimorar o controle sobre o uso dos recursos públicos. O Ministério destaca que a medida não tem caráter punitivo aos agentes políticos, mas visa assegurar que o Bolsa Família e outros programas federais atendam exclusivamente famílias que se enquadram nos critérios de vulnerabilidade definidos pelo governo federal.
Com relação ao Bolsa Família, o levantamento aponta 41 registros de exclusão distribuídos por 40 municípios do estado. Do total de políticos envolvidos, 39 são vereadores e dois são vice-prefeitos, dos municípios de João Dias e de Serra do Mel. A análise também mostrou que 18 dos casos envolviam parentes de primeiro grau dos políticos, enquanto os outros 23 eram de segundo ou terceiro grau de parentesco.
O pente-fino em programas sociais federais também identificou pelo menos 13 familiares de políticos eleitos no Auxílio Gás. Os dados mostram ainda que, em 11 casos, os beneficiários aparecem recebendo simultaneamente o Auxílio Gás e o Bolsa Família. A duplicidade de benefícios em um mesmo núcleo familiar foi constatada nas cidades de Água Nova, Caiçara do Norte, Campo Redondo, Marcelino Vieira, Olho D’água Do Borges, Jaçanã, Japi, José da Penha e São Bento do Trairí
Em 2025, entre janeiro e outubro, o Rio Grande do Norte perdeu 28.509 beneficiários do Programa Bolsa Família. Em outubro, de acordo com os dados oficiais, foram pagos 466,5 mil benefícios, o que representou um total de R$ 312 milhões. A maior parte dos cortes decorre, contudo, decorre da melhoria de renda familiar ao longo dos últimos meses.
O Bolsa Família conta coma a chamada “Regra de Proteção”, um mecanismo que permite que famílias que aumentam seus ganhos e ultrapassam a renda mensal máxima para entrar no Bolsa Família continuem recebendo o benefício por um tempo.
O objetivo é oferecer uma transição segura para as famílias que começam a melhorar a condição financeira. O período máximo do mecanismo é de dois anos. Após o período, o beneficiário é retirado do programa.
Em 12 anos, quase metade dos jovens do Bolsa Família atingiu a autonomia e deixou o Cadastro Único
Um estudo que acompanhou a trajetória de 15,5 milhões de jovens beneficiários do Bolsa Família revela que quase metade (48,9%) deixou completamente o Cadastro Único até 2024. A pesquisa “Determinantes da Saída do Cadastro Único: Evidências Longitudinais a partir dos beneficiários do Bolsa Família em 2012”, do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social (Imds), acompanhou os jovens durante 12 anos e identificou os fatores que determinaram a permanência ou saída da rede de proteção social.
A pesquisa analisou pessoas que, em dezembro de 2012, tinham entre sete e 16 anos e estavam registradas como dependentes na folha de pagamento do Programa Bolsa Família. O estudo escolheu tal ano, por representar um momento de estabilidade institucional do programa e por ser o primeiro com microdados detalhados do Cadastro Único sistematicamente disponíveis.
Após 12 anos de acompanhamento, 48,9% dos jovens, o equivalente a 7,6 milhões de pessoas, saíram completamente do Cadastro Único. Outros 17,6%, cerca de 2,7 milhões de jovens, saíram do Bolsa Família e permaneceram apenas no Cadastro Único, sugerindo melhora relativa de renda, mas mantendo-os ligados à rede de proteção social. Portanto, do total acompanhado, 66,45% deixou o programa de transferência de renda.
A pesquisa registrou a permanência no programa em 33,5% da coorte, aproximadamente 5,2 milhões de pessoas, o que sinaliza a persistência de condições de vulnerabilidade.
Quarenta homens morreram de câncer de próstata no Rio Grande do Norte em 2025 até este mês de novembro, de acordo com o Ministério da Saúde. O número é 48% maior que o registrado em 2022, quando 27 potiguares foram vitimados pela neoplasia. O aumento na mortalidade reforça a urgência da prevenção e do diagnóstico precoce, já que este é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens brasileiros e um dos principais responsáveis por mortes no país.
De acordo com estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), um em cada sete homens será diagnosticado com a doença ao longo da vida. A cada oito minutos, um novo caso surge no Brasil. A cada 40 minutos, um homem morre vítima do câncer de próstata — mesmo sendo um dos tipos mais curáveis quando descoberto cedo, com chances que chegam a 90%.
Segundo dados do Ministério da Saúde, a maior parte das mortes está concentrada nos municípios de Mossoró e Natal. Juntas, as duas cidades somaram 38 dos 40 óbitos registrados em 2025. Mossoró registrou 21 mortes neste ano, enquanto Natal teve 17.
No Rio Grande do Norte, o cenário segue a tendência regional e nacional. Segundo o urologista Will Kamayo, da Liga contra o Câncer, o estado tem registrado aumento de diagnósticos. “O Nordeste concentra cerca de 22,7% dos casos de câncer de próstata do país, com uma incidência estimada em 73,28 por 100 mil habitantes. Temos observado um crescimento no número de casos, impulsionado principalmente pelo envelhecimento da população e pela ampliação do rastreamento”, explica. Mortalidade preocupa
Mesmo com avanços no diagnóstico, o número de mortes continua elevado. “A mortalidade por câncer de próstata representa 28,6% das mortes por câncer em homens no Brasil, totalizando cerca de 15 mil óbitos por ano”, afirma Kamayo. No Rio Grande do Norte, o especialista destaca que os fatores são semelhantes aos do resto do país: diagnóstico tardio, baixa adesão aos exames preventivos e dificuldade de acesso a tratamento especializado, especialmente fora da capital.
A falta de estrutura ainda é um obstáculo para muitos potiguares. Em Natal, a oferta é maior, mas no interior a realidade é diferente. “Há concentração de hospitais e especialistas na capital. No interior, o acesso é mais limitado e muitos pacientes precisam viajar longas distâncias para realizar consultas, exames e tratamento”, destaca o urologista.
Mesmo com o Sistema Único de Saúde disponibilizando o exame de PSA, outros passos essenciais — como consulta com urologista, toque retal, ressonância e biópsia — ainda enfrentam filas e demora. “Isso atrasa o início do tratamento e reduz a chance de cura”, alerta.
Sintomas aparecem tarde O grande risco do câncer de próstata é o silêncio: na fase inicial, não costuma apresentar sintomas. Quando sinais surgem, geralmente a doença já está avançada. Entre eles: dificuldade para urinar, jato fraco, vontade frequente de urinar, sangue na urina ou no sêmen e dor óssea.
Por isso, os exames preventivos são fundamentais. “O PSA, feito por sangue, e o toque retal são simples e permitem detectar alterações antes mesmo dos sintomas”, explica o urologista Rodrigo Trivilato, membro da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). “Quanto mais cedo diagnosticar, maior a chance de cura, podendo chegar a 90%.”
No entanto, segundo a SBU, dois terços dos homens com mais de 40 anos nunca realizaram o toque retal e metade nunca fez o PSA — um reflexo direto da barreira cultural e do preconceito.
Tabus ainda matam A relutância masculina em procurar atendimento é apontada como fator agravante. Para a terapeuta integrativa Suzy Reigado Ferreira, o machismo ainda impede muitos homens de realizar o exame, que dura cerca de cinco segundos. “Alguns associam o procedimento a perda da masculinidade. Outros preferem não saber se têm a doença. Esse preconceito pode ser fatal.”
A especialista destaca que a campanha Novembro Azul é fundamental para quebrar resistências e incentivar consultas anuais. Ela afirma que a saúde deve ser tratada de forma integral — física e emocional — e que o adoecimento, em muitos casos, carrega também histórico de estresse, negação e abandono do autocuidado. Como complemento ao tratamento médico, Suzy aponta terapias como a arteterapia e a mandalaterapia, que auxiliam no controle da ansiedade e no bem-estar. Esse tipo de abordagem, reforça, não substitui o tratamento médico tradicional.
Há como prevenir? Não existe método garantido de prevenção, mas é possível reduzir riscos gerais: alimentação equilibrada, atividade física, controle do peso, evitar álcool em excesso e não fumar. A doença é mais comum a partir dos 50 anos, porém homens com histórico familiar devem iniciar o acompanhamento antes.
Tratamento A escolha depende do estágio do tumor e das condições do paciente. Entre as opções estão vigilância ativa, cirurgia para retirada da próstata, radioterapia, hormonioterapia e quimioterapia. “A decisão é individualizada e considera a segurança e a qualidade de vida do paciente”, explica Trivilato. Especialistas são unânimes: o maior aliado contra o câncer de próstata é o diagnóstico precoce. E isso depende de uma única atitude — procurar o médico.
Estudo do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Anuário da Cerveja, revela que, ano passado, aumentou em seis vezes no país a produção de cervejas zero em relação a 2023, além do aumento expressivo no volume de vendas das bebidas de menor teor alcoólico, menos calorias e atributos funcionais, acompanhando tendência de consumo mais consciente e equilibrado.
As empresas também têm tido provas desse movimento. A Ambev, por exemplo, tem reportado um crescimento contínuo do seu portfólio de “balanced choices” (opções zero e/ou de menor teor alcoólico, sem glúten e menos calóricos) e, apenas no terceiro trimestre de 2025, apresentou crescimento de 65% comparado ao mesmo período do ano anterior. Dentro desse cenário, a categoria de cervejas sem álcool – Corona Cero, Bud Zero e Brahma 0,0% – cresceu em 20% em vendas.
A ascensão das cervejas zero no Brasil atende a uma demanda crescente de pessoas que buscam opções de cerveja sem abrir mão do sabor. As cervejas zero são alternativas também para quem não quer ingerir álcool ou então deseja alternar a “zero” com bebidas alcoólicas, mantendo o poder da cerveja em proporcionar experiências sociais e culturais que conectam pessoas.
“A cerveja é a bebida mais versátil para moderar sem abrir mão do sabor e da diversão, sendo apreciada em diferentes contextos sociais devido ao seu menor teor alcoólico em comparação com outras bebidas alcoólicas, o que permite ao consumidor aproveitar os momentos por mais tempo de forma ‘cool’”, destaca Gustavo Castro, diretor de Estratégia e Insights da Ambev.
Para ele, esse aumento do consumo das bebidas tem relação direta com investimentos em tecnologia e inovação, que permitiram levar ao consumidor uma bebida zero álcool com sabor muito próximo da versão com álcool.
A cerveja zero álcool possibilitou novas ocasiões de consumo, ampliando os territórios em que versões da bebida com álcool estão presentes.
A cerveja zero ganhou espaço em mais momentos para quem gosta de cerveja sem abrir mão do sabor, como, por exemplo, em brunchs, no ambiente corporativo para celebrações, durante uma atividade cotidiana, entre outros, participando também de ocasiões especiais, como um jantar sofisticado.
“A cerveja sem álcool possibilitou o aumento das ocasiões de consumo, atendendo ao interesse de pessoas que gostam de cerveja e que desejam ampliar as formas de consumo. Temos observado pessoas consumindo bebidas alcoólicas de forma mais responsável e isso está alinhado com o que sempre defendemos, que é a moderação”, ressaltou.
As versões sem álcool caíram no gosto dos consumidores brasileiros, e as marcas têm investido em diferentes ações para consolidar a zero com o público. Além das opções zero álcool, os principais destaques do período foram as cervejas menos calóricas.
A Ambev anunciou que a produção da cerveja mais que dobrou de acordo com dados do segundo trimestre deste ano em comparação ao ano anterior. “Essa busca por um estilo de vida equilibrado é uma oportunidade para os nossos negócios, pois a cerveja é versátil, com opções que tem menor teor alcoólico, menos calorias ou até sem glúten”, finalizou o diretor de Estratégia e Insights da Ambev.
O Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN) está analisando um parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE) que pede a cassação dos diplomas da prefeita Lays Helena Cabral de Queiroz e do vice-prefeito Gilberto de Oliveira Fonseca, ambos eleitos em 2024, além da decretação de inelegibilidade por 8 anos para a chapa e outros cinco envolvidos.
Também se pede, na ação, a convocação de novas eleições suplementares para os cargos de prefeito e vice-prefeito do Município de Pendências), dada a cassação da chapa que obteve mais de 50% dos votos válidos.
A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) distribuída em 30 de outubro de 2024, aponta a prática de captação ilícita de sufrágio (compra de votos) e abuso de poder econômico.
O promotor eleitoral Edgard Jurema de Medeiros assinou o parecer na segunda-feira (10), detalha dois núcleos fáticos que, segundo o MPE, comprovam os ilícitos eleitorais. A acusação sustenta que o vínculo dos agentes com a campanha e a gestão municipal comprova a anuência dos candidatos beneficiários.
Os depoimentos colhidos em juízo apenas reforçam a impossibilidade de acolher a tese de “atos isolados de terceiros”.
As testemunhas confirmaram que os operadores dos ilícitos eram Raquel Ferreira da Silva (fiscal oficial no dia da eleição, portando crachá) e Igor de Souza Luz (coordenador de campanha), além do envolvimento direto do então Prefeito Flaudivan Martins e da Secretária Ludmylla Martins (parentes diretos da candidata).
A bancada federal do Rio Grande do Norte recebeu sugestões de diversas instituições, inclusive do Governo do Estado e da Prefeitura de Natal, sobre a destinação de R$ 415,75 milhões em emendas coletivas ao projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) da União para 2026, a serem definidas, posteriormente, em reunião entre os oito deputados federais e três senadores em Brasília.
“Nessa reunião fechada, deveremos deliberar quais serão as emendas consensuais”, avisou o coordenador da bancada, deputado federal Robinson Faria (PP), durante encontro ocorrido na manhã da segunda-feira (10), no Hotel Barreira Roxa, Via Costeira, em Natal. O Governo do Estado apresentou pleitos que somam R$ 179,1 milhões e a Prefeitura de Natal, R$ 447 milhões.
Em relação às emendas individuais que somam R$ 544 milhões, o deputado Robinson Faria disse que “cada parlamentar tem o livre arbítrio para escolher para onde destinar, seja para municípios, ou entidades; de acordo com o que acha importante para ajudar o estado, municípios e entidades e órgãos públicos”.
O prazo inicial para a bancada federal apresentar emendas à Comissão Mista do Orçamento (CMO), no Congresso Nacional, vai até a sexta-feira (15), mas Robinson Faria acha que há possibilidade de mudança no calendário, em função da COP-30, em Belém (PA), que praticamente “parou o Brasil. Daí vão dilatar esse prazo”.
Da reunião da bancada com representantes de instituições, públicas e filantrópicas, participaram ainda os deputados federais General Girão e Sargento Gonçalves (PL), Benes Leocádio (União Brasil), Fernando Mineiro e Natália Bonavides (PT) e a senadora Zenaide Maia (PSD).
Os parlamentares ausentes mandaram representantes, como o senador Rogério Marinho (PL), que ficou em Brasília para acompanhar os trabalhos da CPMI do INSS, bem como o senador Styvenson Valentim (PSDB) e os deputados federais João Maia (PP) e Carla Dickson (União Brasil).
Da mesma forma a governadora do Estado, Fátima Bezerra (PT), que estava de indo para Belém participar da COP 30, sendo representada pela secretária estadual do Planejamento, Virgínia Ferreira e o prefeito Paulinho Freire (União Brasil), que estava em Brasília e foi representado pela vice-prefeita Joanna Guerra (Republicanos).
O deputado estadual Nélter Queiroz (MDB) representou a Assembleia Legislativa, enquanto o prefeito de Acari, Fernando Antonio Bezerra (Podemos), representou a Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte. Também estiveram na reunião os prefeitos de Caicó e Parnamirim, Dr Tadeu (PSDB) e a professora Nilda (SDD).
A secretária Virgínia Ferreira admitiu a importância das emendas parlamentares para a consolidação de um ciclo econômico em bases sólidas, competitividade, logística e segurança hídrica: “A superação desses gargalos são estruturais e dependem da continuidade de projetos estratégicos, a gente está com uma crise fiscal bastante grande, que vocês (parlamentares) conhecem, e precisa levar o Rio Grande do Norte para a competitividade e criar esse ambiente de desenvolvimento”.
Neste contexto, Virginia Ferreira solicitou recursos, em torno, de R$ 83 milhões para a continuidade das obras da Estrada da Produção (RN-203, Cerro Corá-São Tomé), além de adutoras e perfuração de poços e instalação de dessalinizadores na região do Seridó, a um custo de R$ 96 milhões. O conjunto de pleitos, que totaliza R$ 179,1 milhões, contempla projetos estratégicos voltados para o desenvolvimento econômico e social do Estado, com foco nas áreas de infraestrutura rodoviária e hídrica.
A vice-prefeita de Natal, Joana Guerra, apresentou pleitos de emendas para o Hospital Municipal, onde já foram investidos R$ 80 milhões, mas são necessários R$ 110 milhões para que entre definitivamente em funcionamento a partir de 2026.
A vice-prefeita disse que “é fundamental que Natal tenha frentes de captação de recursos federais, e isso se dá a partir do apoio da bancada, de senadores e deputados, que anualmente destinam parte de suas emendas parlamentares. A união dessas forças é essencial para podermos avançar em obras estruturantes e serviços que impactam diretamente a vida da população”, ressaltou a vice-prefeita.
Ela ainda solicitou R$ 180 milhões para início da obra viária do projeto Via Mangue e mais R$ 40 milhões para drenagem e pavimentação de ruas no Planalto e R$ 77 milhões com essa mesma finalidade na zona Norte, além de R$ 40 milhões para o Alecrim Center, uma obra de revitalização do camelódromo daquele bairro comercial de Natal.
IMD pede R$ 15 milhões para expandir Parque
O Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN) também sugeriu emenda à bancada federal por meio do Metrópole Parque, que tem sido um dos maiores vetores de transformação econômica e social do Rio Grande do Norte nas últimas décadas. O IMD propõe a ampliação do Metrópole Parque, com a construção de três novos blocos no Campus Central da UFRN, a um custo estimado de R$ 15 milhões por bloco.
“Diante disso, solicitamos à Bancada Federal do Rio Grande do Norte a destinação de emenda de bancada ao Orçamento Geral da União de 2026 (OGU 2026), no valor de R$ 15 milhões, para a construção do primeiro dos três blocos que compõem o projeto de expansão do Metrópole Parque”, diz a carta enviada à bancada.
Para o presidente do IMD, professor José Ivonildo do Rego, a destinação de recursos para a instituição “vai muito além da construção de prédios. Trata-se de construir oportunidades. De reter talentos que hoje deixam o estado em busca de empregos qualificados. De formar cidadãos e impulsionar uma nova economia potiguar baseada em conhecimento, inovação e sustentabilidade”.
Criado em 2017, o Metrópole Parque consolidou-se como o principal polo de inovação e tecnologia do estado — e um dos mais dinâmicos do Nordeste —, reunindo atualmente 182 empresas instaladas, 3.450 empregos diretos e mais de 3.000 estudantes em formação nas áreas de tecnologia e inovação.
Segundo Rego, esses números traduzem uma trajetória de crescimento e impacto: de 27 empresas e 400 empregos em 2017, passamos a 182 empresas e 3.450 empregos em 2025. “Nesse mesmo período, a arrecadação de ISS do município de Natal, proveniente das empresas do Metrópole Parque, cresceu 70 vezes, mesmo com a alíquota reduzida de 5% para 2% (conforme lei municipal de 2017). Trata-se de uma experiência de política pública de sucesso, que alia formação qualificada, empreendedorismo e geração de emprego e renda — sem impactos ambientais e com altíssimo retorno social”, pontuou.
Rego disse que o Parque está no limite da capacidade física. Com a expansão, o Metrópole Parque poderá abrigar mais de 250 empresas e gerar mais de 6.000 empregos qualificados.
O secretário estadual de Fazenda e pré-candidato do PT ao Governo do Estado, Cadu Xavier, afirmou que o grupo liderado pela governadora Fátima Bezerra e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegará “muito forte” à disputa eleitoral de 2026. Um dos fatores que aumentará a competitividade do grupo, segundo ele, é o crescimento de Lula – que será impulsionado, por sua vez, pela melhora dos índices econômicos.
“Nós vamos estar no segundo turno. Quem vai estar contra a gente eu não sei. Mas nós temos ao nosso lado o nosso grande aliado, que é o presidente Lula, o maior líder desse país. Ele animado, forte e vigoroso. O governo vem apresentando números muito importantes na economia. Vai ser a menor inflação de quatro anos da história do Brasil. O Brasil está com pleno emprego e a gente vai chegar muito forte. Posso te garantir que vamos estar no segundo turno”, enfatizou, em entrevista à Rádio Cidade nesta segunda-feira 10.
Cadu Xavier confirmou que o MDB vai indicar o vice em sua chapa e disse que conversas estão em andamento para formar uma ampla aliança para a disputa eleitoral do próximo ano. “O nosso grupo político tem como característica a amplitude das alianças. A gente quer formar o maior grupo possível. Claro que o nosso principal aliado nesse contexto é o partido do vice-governador Walter Alves, o MDB, que é um dos maiores partidos do Estado”, declarou o petista.
O secretário de Fazenda ressaltou que a transição de gestão também já está ocorrendo. Em abril, Fátima Bezerra vai renunciar para ficar apta para a disputa do Senado e Walter Alves assumirá a gestão até 31 de dezembro de 2026. “A transição está se dando de forma muito harmoniosa. Já tem nomes do primeiro escaldão indicados pelo vice-governador”, enfatizou.
Cadu relatou que vem conciliando as funções administrativas com a agenda política desde que teve seu nome lançado, em fevereiro, como pré-candidato à sucessão estadual. Ele afirmou que tem percorrido os 167 municípios do Rio Grande do Norte para fortalecer sua imagem e divulgar as ações do governo. “A recepção tem sido muito boa”, disse, acrescentando que, ao longo das viagens, a população tem passado a reconhecê-lo como “Cadu de Fátima, Cadu de Lula”.
Ao tratar da formação da chapa majoritária de 2026, Cadu elogiou lideranças que considera fundamentais. Disse ter “o maior respeito” por Garibaldi Alves Filho, a quem definiu como “um dos maiores governadores da história do RN”, e classificou Milena Galvão, vice-prefeita de Currais Novos e irmã do presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira, como “um excelente nome”. Defendeu a unidade do grupo político de Fátima e Lula, afirmando que a meta é chegar à eleição com uma aliança consolidada.
Na avaliação de Cadu, o próximo pleito será marcado por forte polarização. Para ele, de um lado estará o campo progressista e, do outro, “aqueles que militam contra a democracia”.
Situação fiscal do Estado Ao ser questionado sobre o aumento da dívida pública estadual, que alcança R$ 6,3 bilhões — crescimento de R$ 1,8 bilhão em relação a 2019 —, Cadu afirmou que o principal fator desse endividamento está na contabilização dos precatórios. Segundo ele, cerca de 80% da dívida, o equivalente a R$ 4,9 bilhões, decorre de ações judiciais movidas por servidores públicos nas últimas duas décadas.
“Os precatórios saíram de R$ 400 milhões para R$ 4,9 bilhões. São dívidas de precatórios que foram acumuladas por descumprimentos com servidores ao longo dos últimos vinte ano. Então, não dá para trazer essa conta para o colo do governo da professora Fátima”, explicou.
O secretário destacou que a dívida explodiu na gestão atual porque o governo promoveu uma mudança estrutural na contabilidade pública. “Antes, o Rio Grande do Norte era o último estado em demonstrações contábeis. Hoje é o quarto. O que dá para trazer para o colo do governo da professora Fátima é a veracidade dos dados contábeis que a gente tem hoje, que não existia no Estado.”, disse. Para ele, a transparência alcançada nas contas é um avanço, ainda que o Estado continue enfrentando sérios problemas de liquidez. “O endividamento não é o problema. O problema é o dinheiro em caixa”, declarou.
Gasto com pessoal e previdência Cadu Xavier ressaltou que, entre os principais desafios do próximo governador, está dar sequência ao trabalho de recuperação fiscal do Estado. Ele registrou que o Estado segue com o maior nível do Brasil de gasto com pessoal em relação à receita.
“Sou servidor público com muito orgulho, mas o Rio Grande do Norte tem o maior comprometimento de gasto com o pessoal do País. Isso são dados públicos, a gente não tem como fugir. E é importante dizer que o estado do Rio Grande do Norte está acima do limite prudencial há mais de vinte anos”, declarou.
Além do gasto com pessoal, ele cita a despesa com a Previdência, que também está proporcionalmente entre as maiores do Brasil. “Nós temos mais servidores aposentados e pensionistas do que servidores ativos”, pontuou.
“Eu diria que os maiores desafios que o próximo gestor do RN vai ter que enfrentar e lidar são esse déficit previdenciário, esse déficit de servidores também e o alto comprometimento de gasto com o pessoal”, declarou.
13º salário será pago em duas etapas, confirma secretário O secretário de Fazenda confirmou também que o Governo do Estado vai pagar o 13º salário de 2025 em duas etapas. De acordo com ele, uma parte do valor será depositada para os servidores em dezembro e o restante ficará para os primeiros dias de janeiro de 2026 – como tem ocorrido desde o início da gestão da governadora Fátima Bezerra.
Por lei, o 13º salário precisa ser pago na íntegra até o dia 20 de dezembro (com uma antecipação de 50% no fim de novembro). No entanto, nos últimos anos, devido a dificuldades financeiras, o governo estadual tem pagado integralmente em dezembro apenas para servidores que ganham os salários mais baixos (normalmente, na faixa de R$ 4 mil). Para aqueles que recebem acima desse valor, normalmente o governo deposita uma parte do valor em dezembro e deixa o restante para janeiro.
“Desde que a governadora assumiu, não houve mais atraso de salário. A gente paga o salário dentro do mês e, no final do ano, a gente sempre paga o 13º para os servidores. O que eu posso garantir para você, servidor, servidora, aposentado, pensionista, é que você vai receber o seu 13º salário. Como a gente vem pagando? A gente vem pagando uma parte em dezembro e finalizando no início de janeiro. Isso vem acontecendo ao longo dos últimos anos. Todos os anos a gente pagou assim. A gente vai pagar assim também em 2025”, afirmou Cadu.
O secretário, porém, disse que não há datas definidas para o pagamento. “Como vai ser, a data precisa, quando vai receber, a gente ainda não tem as datas. Estamos trabalhando para anunciar o mais breve possível”, declarou Cadu.
Cadu Xavier rebateu as críticas sobre o não pagamento do 13º salário dentro do prazo estipulado por lei. “Vai ter 13º salário. A gente vê na mídia por aí fazerem alarde… A gente vem pagando sempre assim, e sempre tem sido grandes finais de ano. E 2025 vai ser mais um grande final de ano aqui no Rio Grande do Norte”, falou.
O titular da Fazenda também destacou o impacto que o 13º salário dos servidores público tem na economia do Estado. “Além de ser uma notícia importantíssima para o servidor, a garantia do pagamento do 13º é muito importante também para a economia do Estado. A gente tem uma economia infelizmente muito dependente dos recursos da folha de pagamento do Estado. Então, a gente dar a segurança aos servidores é também a garantia de um final de ano com a economia pujante aqui no Estado”, declarou Cadu.
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte prendeu, nesta segunda-feira 10, um homem de 41 anos suspeito dos crimes de assédio sexual, abuso sexual de vulnerável e invasão de dispositivo eletrônico de uso alheio, em Parnamirim. O mandado de prisão temporária foi cumprido pela Delegacia Especializada na Proteção da Criança e do Adolescente (DPCA).
Segundo as investigações, o suspeito, que ocupa o cargo de diretor de uma escola, teria praticado condutas criminosas contra quatro alunos. A Polícia Civil apurou ainda que ele teria coagido as vítimas e testemunhas, além de destruir provas relevantes para o andamento do inquérito.
Após diligências, a equipe policial localizou e prendeu o homem. Ele foi conduzido à delegacia para os procedimentos legais e, em seguida, encaminhado ao sistema prisional, onde ficará à disposição da Justiça.
A Polícia Civil reforçou a importância da colaboração da população, que pode repassar informações de forma anônima por meio do Disque Denúncia 181.
A agência do Banco Santander em Currais Novos será descontinuada nos próximos dias. A instituição informou que a decisão foi tomada devido ao crescimento consistente do uso dos canais digitais, que concentram grande parte das operações realizadas pelos clientes. A procura cada vez menor pelo atendimento presencial também pesou no encerramento das atividades.
A unidade, inaugurada em 10 de fevereiro de 2021, funcionou por quase quatro anos. Com o fechamento, o atendimento presencial mais próximo passará a ser feito na cidade de Caicó. O banco reforçou que os clientes continuarão recebendo suporte dos consultores, inclusive os participantes do programa de microfinanças “Prospera”, que seguirá operando normalmente. O Santander afirmou que o objetivo é manter a assistência e garantir a continuidade dos serviços, priorizando meios de atendimento mais usados pela população, como aplicativos, internet banking e central telefônica