Mãe de Daniel Alves expõe nas redes sociais mulher que acusou o jogador de estupro

A mãe do ex-jogador Daniel Alves, Lúcia Alves, usou suas redes sociais para expor a vítima que acusa o filho de estupro, mesmo o caso seguindo em sigilo judicial.

A matriarca atacou a mulher e questionou se ela estaria realmente sofrendo após o abuso, citando que ela pede uma indenização. Na publicação, Lúcia mostra fotos e vídeos da jovem se divertindo em bares e festas nos últimos meses.

Há cerca de um ano, na noite de 30 de dezembro de 2022, Daniel Alves fez sexo no banheiro da área vip contra a vontade desta mulher em uma boate em Barcelona, na Espanha.

O brasileiro segue preso e aguarda pelo julgamento, que está com data marcada para 5 de fevereiro.

TERRA

Postado em 3 de janeiro de 2024

Geração de novos empregos no RN cresce 97% em novembro de 2023

O mercado de trabalho formal no Rio Grande do Norte vem se comportando numa curva ascendente desde março deste ano, quando foram encerrados 76 postos de trabalho. A partir de então, o volume de novas contratações com carteira assinada só aumentou e, em novembro, alcançou um saldo de 3.342 vagas novas abertas. Esse número representa um aumento de 97% no comparativo com novembro de 2022, cujo saldo foi de 1.697. Nos últimos 11 meses, o RN já criou mais de 25,4 mil empregos formais – cerca de 2% a mais que o volume acumulado no mesmo intervalo do ano passado.

As informações são da edição deste mês do Mapa do Emprego do RN, publicação mensal elaborada pelo Sebrae no Rio Grande do Norte, que é baseada nos dados de novembro do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O informativo aborda os números do mercado de trabalho formal e a quantidade de vagas acumuladas até o décimo primeiro mês do ano no Rio Grande do Norte.

De acordo com informativo, o segmento dos pequenos negócios, que é a junção de microempresas e pequenas empresas, foi responsável pelo maior volume de vagas abertas no mês. Ao todo, foram 1.891 novas frentes de trabalho geradas em 30 dias – quantidade que é superior em 36% ao volume de empregos gerados pelos pequenos negócios em novembro de 2022 e 30,9% das vagas criadas pelo setor em outubro passado. As micro abriram 1.762 novas vagas e, as pequenas, outros 129 empregos. Melhor desempenho das MPEs Entre janeiro e novembro, as micro e pequenas empresas (MPEs) potiguares acumulam um saldo positivo de 19.651 postos de trabalhos formais criados neste ano. Esse número equivale a 77,6% de todas as novas vagas abertas no estado em 2023. Apesar do desempenho positivo, esse volume ainda é inferior em 8% ao montante de vagas geradas no mesmo período do ano passado, quando, juntas, as MPEs chegaram a contratar 21.380 trabalhadores potiguares.

O mercado de trabalho formal do Rio Grande do Norte em novembro também foi influenciado pelo desempenho das grandes empresas, que antes de março, vinham apresentando déficits consecutivos na geração de empregos. Os empreendimentos desse porte mantiveram o ritmo de contratações e encerraram novembro com 1.343 novas vagas geradas – um acréscimo de 230% no comparativo com o mesmo mês do ano passado e 527 vagas a mais que o mês anterior.

Já as médias empresas em novembro chegaram a abrir 108 novos empregos, quantidade insuficiente para reverter as constantes perdas de vagas registradas ao longo do ano. Em 11 meses, as médias empresas do Rio Grande do Norte acumulam um déficit de 1.142 postos de trabalhos fechados no Estado.

Foram realizadas nos 30 dias de novembro 18.370 admissões e 15.028 desligamentos em todo o Rio Grande do Norte. Com esses resultados, o RN encerrou o 11º mês de 2023 com um saldo de 3.342 empregos gerados, contra os 1.697 gerados em igual mês do ano passado. Esse foi o quinto maior saldo de emprego entre os estados do Nordeste.

Mais serviços

Analisando as vagas criadas no mês pelo tipo de atividade, os setores de serviços e a indústria foram os que mais abriram oportunidades de emprego em novembro. As atividades ligadas à prestação de serviços foram responsáveis por 1.736 postos de trabalho abertos, com destaque para os serviços de teleatendimento, que absorveram 871 novos profissionais com carteira assinada.

Na indústria, as novas admissões somaram 1.402 vagas criadas. O comércio, por sua vez, abriu 357 novos postos. Já o setor agropecuário e a indústria da construção civil finalizaram novembro com desempenho negativo, registrando o encerramento de 64 e 89 postos de trabalho respectivamente.

A respeito da distribuição das vagas criadas no mês por cidade, o Mapa do Emprego indica que Natal concentrou a maior parte das vagas criadas. Foram 1.770 novos postos de trabalho abertos no mês. O município de Parnamirim foi o segundo a abrir mais empregos, com 662 vagas, seguido de Mossoró, que foi responsável por abrir 537 novas frentes de trabalho. Também tiveram saldo positivo os municípios de Extremoz (139 vagas) e Caiçara do Norte(121 vagas). Por outro lado, as cidades potiguares que registraram maiores perdas de vagas foram, nessa ordem decrescente, Lajes (-121), São Gonçalo do Amarante (-92), Serra do Mel (-87), Assú (-80) e Riachuelo (-68).

NOVO CAGED
Rio Grande do Norte
Novembro 2023
Admissões: 18.370
Desligamentos: 15.028
Saldo: 3.342 (+97% ante novembro de 2022)
Estoque de empregos até final de novembro: 483.684

Saldos anteriores
Outubro/2023: 2.257
Novembro/2022: 1.697
Novembro/2021: 3.162
Novembro/2020: 4.163

Por atividade econômica
Serviços: 1.736
Indústria: 1.402
Comércio: 357
Agropecuária: -64
Construção: -89

Por porte da empresa
Grande: 1.343
Média: 108
Micro: 1.762
Pequena: 129

Os cinco municípios potiguares com maiores saldos em novembro/2023
Natal: 1.770
Parnamirim: 662
Mossoró: 537
Extremoz: 139
Caiçara do Norte: 121

Os cinco municípios potiguares com maiores saldos negativos em novembro/2023
Lajes: -121
São G. do Amarante: -92
Serra do mel: -87
Assu: -80
Riachuelo: -68

Tribuna do Norte

Postado em 3 de janeiro de 2024

Vice-líder do Hamas eliminado no Líbano esperava ser morto: ‘Acho que vivi tempo demais’

O vice-líder da organização terrorista Hamas, Saleh al-Arouri, há muito tempo esperava o ataque de drone israelense que fontes de segurança afirmam tê-lo matado, no subúrbio de Beirute, no Líbano, na terça-feira (2), três meses após o ataque-surpresa de seu grupo realizou em Israel e deu início à guerra.

“Estou aguardando o martírio e acho que vivi tempo demais”, disse ele em agosto, instando os palestinos na Cisjordânia ocupada por Israel a pegarem em armas em meio a um aumento da violência.

Sua morte ocorre em um momento crucial para a organização, enquanto Israel tenta erradicá-la em retaliação ao ataque de 7 de outubro, quando terroristas do Hamas atravessaram a fronteira, matando 1.200 pessoas e fazendo 240 reféns.

Israel o acusa de ataques letais contra seus cidadãos, mas um oficial do Hamas disse que ele também estava “no centro das negociações” sobre o desfecho da guerra em Gaza e a libertação de reféns conduzidas por Catar e Egito.

“Quem fez isso realizou um ataque cirúrgico contra a liderança do Hamas”, disse Mark Regev, assessor sênior do primeiro-ministro de Israel — o país geralmente não confirma nem nega a responsabilidade por tais ataques.

Embora menos influente que os líderes do Hamas em Gaza, Arouri era visto como um jogador-chave no movimento, planejando suas operações na Cisjordânia a partir do exílio na Síria, Turquia, Catar e, finalmente, no Líbano, após longos períodos em prisões israelenses.

Como principal oficial do grupo no Líbano, desempenhou um grande papel em solidificar as relações do Hamas com o grupo xiita libanês Hezbollah e, por meio dele, com o Irã, principal apoiador de ambos os grupos.

Arouri se encontrou várias vezes com o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, além de autoridades iranianas no Líbano. Fontes do Hamas afirmam que ele trabalhou com eles para coordenar posições sobre o conflito em Gaza.

O Hamas confirmou sua morte, mas não fez outros comentários. A Jihad Islâmica, um grupo aliado, jurou vingança por sua morte em um comunicado na terça-feira, dizendo que isso “não ficará impune”.

Dentro do Hamas, Arouri era descrito como um defensor proeminente da reconciliação entre facções palestinas rivais, mantendo uma boa relação com o Fatah, o partido do presidente palestino Mahmoud Abbas, que tem influência na Cisjordânia.

Hamas e Fatah estão em desacordo há anos, travando uma breve guerra civil em 2007 quando o Hamas assumiu o poder em Gaza, embora as organizações rivais tenham continuado a realizar negociações periódicas.

Mas quando se tratava do conflito com Israel, Arouri era considerado um linha-dura. Ele ajudou a fundar a ala militar do grupo terrorista, as Brigadas Izz el-Deen al-Qassam, e Israel o acusou de orquestrar ataques mortais ao longo dos anos.

Dizem que ele esteve por trás do sequestro e assassinato de três adolescentes israelenses na Cisjordânia em 2014, um ato que desencadeou um ataque israelense de sete semanas em Gaza que matou 2.100 palestinos.

Enquanto a ocupação israelense da Cisjordânia continuava, com assentamentos judaicos se expandindo e a criação de um estado palestino parecendo cada vez mais distante, Arouri afirmou que não havia “outra opção” além de se envolver no que chamou de resistência abrangente.

Ele foi um dos principais funcionários do Hamas por trás da expansão do grupo na Cisjordânia, onde seus combatentes realizaram uma série de ataques contra colonos israelenses nos últimos 18 meses.

Vários tiroteios no ano passado ocorreram logo após Arouri fazer ameaças televisionadas contra Israel.

Com os líderes do Hamas em Gaza, Yahya Sinwar, Mohammed Deif e Marwan Issa, escondidos, Arouri esteve envolvido nas negociações em torno da guerra, afirmando em dezembro que nenhum refém seria liberado até que houvesse um cessar-fogo total.

Como membro do bureau político do Hamas, sob a liderança geral de Ismail Haniya, baseado no Catar, Arouri estava acostumado ao diálogo, mesmo — indiretamente — com seus inimigos amargos, os israelenses.

Em 2011, logo após sua própria libertação da prisão, Arouri foi um dos negociadores do Hamas envolvidos em uma troca de prisioneiros com Israel que o grupo espera replicar após a guerra atual, usando reféns capturados em 7 de outubro.

Nascido perto de Ramallah, na Cisjordânia, em 1966, Arouri foi recrutado precocemente pelo Hamas, ingressando no movimento quando este foi formado em 1987, quando os palestinos iniciaram sua primeira Intifada contra a ocupação israelense.

Ele foi preso em 1992, um ano antes de a liderança do Fatah concordar com os Acordos de Oslo com Israel, aceitando sua existência e abandonando a luta armada em favor de negociar a criação de um estado palestino.

O Hamas rejeitou essa abordagem e, quando Arouri foi libertado em 2007, ele logo retornou à luta. Foi preso novamente até 2010, quando o tribunal superior israelense ordenou sua expulsão.

Ele passou três anos na Síria antes de se mudar para a Turquia até que Israel pressionou Ancara para fazê-lo sair em 2015. Desde então, ele residia no Catar e no Líbano, trabalhando no escritório do Hamas no distrito de Dahiyeh, em Beirute, uma fortaleza do Hezbollah, até o ataque súbito de terça-feira.

r7

Postado em 3 de janeiro de 2024

Limite do juros do cartão de crédito começa a valer nesta quarta (3)

O Banco Central esclareceu nesta terça-feira (02) que o teto de juros para o rotativo do cartão de crédito só entra em vigor amanhã. Segundo o órgão, o feriado de 1º de janeiro adiou em um dia a entrada em vigor da medida.

Os juros para quem atrasar ou parcelar o pagamento da fatura não vão poder ultrapassar o valor da dívida original. Ou seja, se você dever R$ 1 mil no cartão, os juros só poderão chegar a mais R$ 1 mil, assim sua dívida chega ao total máximo de R$ 2 mil.

Esse teto foi estabelecido pelo programa Desenrola, do governo federal. A expectativa era que houvesse uma negociação entre os bancos e o governo para um novo modelo para o rotativo. Como as instituições financeiras não apresentaram nenhuma proposta, valeu o que estava previsto na lei do Desenrola.

Segundo dados do Banco Central, em novembro, os juros do rotativo do cartão estavam, em média, em 431% ao ano.

A partir de primeiro de julho, vai ser permitido ainda a portabilidade do saldo devedor do cartão de crédito para outras instituições bancárias que oferecerem melhores condições, além do aumento da transparência nas faturas.

ebc

Postado em 3 de janeiro de 2024

Jovens nem-nem podem reduzir em 10 pontos porcentuais potencial de crescimento do PIB em 30 anos

Projeção foi feita com exclusividade para o ‘Estadão/Broadcast’ pelo economista Paulo Tafner, com base na faixa de 25 a 29 anos; além de impactos econômicos, inatividade aprofunda problemas sociais e de saúde mental, segundo especialistas

Os jovens de 25 a 29 anos que não estudam nem trabalham podem levar a uma perda de até 10 pontos porcentuais no potencial de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro ao longo de 30 anos. A projeção foi feita com exclusividade para o Estadão/Broadcast pelo diretor-presidente do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS) e especialista em Previdência, Paulo Tafner. Para chegar a tal indicativo, ele projetou qual seria a expansão da renda da população brasileira nessa faixa etária caso estivesse em um nível de escolaridade mais alto, similar ao do Chile.

De acordo com o dado divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 6 de dezembro, o Brasil tinha cerca de 10,9 milhões de nem-nem em 2022, considerando a faixa etária completa dos que não estudam nem trabalham, que vai de 15 a 29 anos, conforme classificação da instituição. A situação é considerada crônica no País, que não consegue reduzir esse contingente, e provoca diversos problemas sociais e de saúde mental, além das questões econômicas, segundo especialistas (leia mais abaixo). Do total dos que estão fora das escolas e do emprego, 36,45% tinham entre 25 e 29 anos, ainda segundo a Síntese de Indicadores Sociais 2023 do IBGE.

“Eles são numerosos e são jovens. São pessoas que vão deixar de produzir por toda uma vida”, diz Tafner. Isso ocorre porque a juventude brasileira tem baixa escolaridade, inserção ruim no mercado de trabalho e, quando ficar mais velha, sairá precocemente do emprego, fatores que impactam na produtividade do trabalhador, de acordo com a análise do pesquisador.

A projeção considerou a renda gerada por essa população e a correlação com o PIB. No estudo, Tafner avalia as mudanças demográficas globais para considerar o intervalo de 30 anos. A população estudada deve viver o auge da capacidade de trabalho e contribuição para a economia nesse período. A tendência é a de que o Brasil passe pelo pico populacional desse grupo etário na próxima década.

Embora a faixa etária dos nem-nem pelo IBGE seja mais ampla, o estudo priorizou o grupo restrito por ser majoritariamente responsável financeiramente pelo domicílio em que vive. O restante dos nem-nem ainda é dependente (15 a 17 anos) ou está em processo de emancipação (18 a 24 anos). “Esse contingente focado no estudo atinge o ponto mais elevado de participação no mercado de trabalho”, afirma Tafner.

Segundo o especialista, o potencial de alta do PIB do Brasil é de até 40% nas próximas três décadas. No estudo, Tafner considera que 22% de todos os brasileiros que têm entre 25 e 29 anos são nem-nem. Esse contingente gera uma perda de até 10 pontos porcentuais no que poderia expandir a economia brasileira. “Em vez de gerar 40% de crescimento a mais, geraria 30%”, conclui, considerando o potencial produtivo da faixa etária analisada.

“Eles são numerosos e são jovens. São pessoas que vão deixar de produzir por toda uma vida”

Paulo Tafner

diretor-presidente do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS)

O estudo Principais Desafios para a Juventude no Brasil e Impactos sobre a Renda e a Produtividade, realizado por Tafner, em outubro de 2023, junto com Sérgio Guimarães Ferreira e Leandro Rocha, ambos do IMDS, e Samuel Franco e Débora Leandro, da Oppen Social, avaliou como os jovens de 15 a 29 anos estão inseridos na sociedade brasileira, quais são suas dificuldades e potencialidades, e como eles podem contribuir para o crescimento do Brasil.

O Chile, país utilizado para fazer a comparação de nível educacional com Brasil, tinha 40,5% da sua população com ensino superior completo em 2020. Já aqui esse índice não era superior aos 23%. No país vizinho, o PIB per capita é 1,5 vez maior do que o brasileiro.

Segundo um levantamento feito em 2022 pela PwC, que utilizou dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Chile ocupa o 32º lugar entre os países-membros com maior taxa de empregabilidade de jovens. Outros países da América Latina que estão no relatório são México (27º), Peru (35º), Costa Rica (36º) e Colômbia (37ª). O Brasil não foi analisado neste estudo por ainda não fazer parte da OCDE.

Já no Reino Unido, o estudo da PwC mostrou que o PIB poderia aumentar em 38 bilhões de libras caso a quantidade de jovens nem-nem, que em 2020 chegava a 14% no país, fosse reduzida para o nível alemão, que tinha 8,4%. A Alemanha foi utilizada como comparação por ter, na época, a segunda menor taxa de desemprego da OCDE e a terceira menor taxa de jovens nem-nem de 20 a 24 anos.

MULHERESNEM-NEM GERAM MAIS PERDA NO PIB DO QUE HOMENS

As mulheres nem-nem têm maior peso nessa projeção feita por Tafner. Para ele, isso ocorre pelo fato de elas serem, em média, mais escolarizadas do que os homens e porque a taxa de participação dos jovens no mercado de trabalho aumenta conforme completam as etapas de ensino.

Por isso, o especialista defende que investir em políticas públicas para tirar as mulheres da condição de nem-nem pode melhorar o nível de escolaridade da nação e, consequentemente, reduzir a perda do potencial de crescimento do PIB. “Se tiver de investir em nem-nem como política pública, o ideal é investir em todo mundo. Mas, se eu tivesse de investir pensando em PIB, eu focaria nas mulheres”, diz. Tafner calcula que o investimento em mulheres pode reduzir essa perda estimada para o potencial de crescimento de até 10 pontos porcentuais para 3 pontos porcentuais.

7 milhões
É o número de mulheres entre 15 e 29 anos que se enquadram como nem-nem no País
Conforme a síntese de indicadores do IBGE, divulgada no início de dezembro, as jovens mulheres entre 15 e 29 anos que nem estudam e nem trabalham eram cerca de 7 milhões em 2022, representando 63,4% de um total de aproximadamente 10,9 milhões de nem-nem no País. Dessas, 2 milhões estavam cuidando de parentes e dos afazeres domésticos, também de acordo com a síntese.

As mulheres entram na equação nem-nem por duas razões principais: gravidez precoce e maior participação no cuidado de outras pessoas em casa, segundo a economista e pesquisadora do Instituto Singularidades, Claudia Costin. “Na verdade, ela trabalha, mas é um trabalho que não é reconhecido como trabalho produtivo, que é o cuidado dos irmãos mais jovens ou de uma criança que nasceu dela ainda adolescente”, explica.

“Na verdade, a jovem nem-nem trabalha, mas é um trabalho que não é reconhecido como produtivo, que é o cuidado dos irmãos mais jovens ou de uma criança que nasceu dela ainda adolescente”

Claudia Costin

economista e pesquisadora do Instituto Singularidades

O trabalho doméstico informal não é calculado como fator de produtividade para a economia, de acordo com Marcelo Neri, economista e diretor da Fundação Getulio Vargas (FGV Social) e fundador do Centro de Políticas Sociais (FGV Social/CPS). “O trabalho doméstico não é computado quando se calcula o Produto Interno Bruto (PIB), por exemplo. As mulheres que cuidam dos filhos e dos idosos estão trabalhando. É um trabalho que existe e é importante, mas, em geral, não é considerado nas estatísticas e nem nas análises.”

Caso as mulheres nem-nem voltassem aos estudos, o potencial de desempenho traria mais resultados do que os homens porque a média de escolarização delas é superior à deles. “A taxa de mulheres nem-nem é muito mais alta do que a dos homens. É uma questão de gênero. Isso reflete um pouco a cara da desigualdade brasileira, que discrimina pretos, pessoas da periferia e mulheres”, afirma Neri.

Para a presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), Adriane Bramante, a situação previdenciária pode enfrentar um desequilíbrio nas contas em decorrência da queda na taxa de natalidade ao longo dos anos somada à ausência da força de trabalho ativa, como o público de mulheres nem-nem. “Somos de uma geração que ninguém quer ter filhos ou se arrisca a ter apenas um. Vivemos em um período de inversão dessa pirâmide demográfica, com menos nascimentos e as pessoas vivendo por mais tempo. Por isso, a importância de ter as pessoas contribuindo em idade ativa.”

Estadão

Postado em 3 de janeiro de 2024

Pix ultrapassa R$ 15 trilhões movimentados e promete forte disputa com cartão de crédito em 2024

O Pix contabilizou 143 milhões de pessoas físicas cadastradas de janeiro a novembro de 2023, com um recorde de R$ 15,3 trilhões movimentados no acumulado do ano. O número é quase três vezes os R$ 5,2 trilhões de 2021, e 40% maior que os R$ 10,9 trilhões do ano passado.

O novo ano também começa com uma agenda de inovações avançadas em relação à automatização dos pagamentos, apesar de atrasos no calendário. A prioridade do Banco Central, nesta área, será o lançamento do chamado Pix Automático, que tem a premissa de facilitar pagamentos recorrentes, de forma programada e mediante autorização prévia do usuário pagador.

Na prática, vai abranger pagamentos recorrentes a empresas, como as contas de escola, condomínio, clubes, planos de saúde, distribuidoras de energia e água, entre outras. Na ponta, terá a mesma funcionalidade do tradicional débito automático. Porém, como o sistema do Pix possibilita múltiplas transações em tempo real, haverá maior facilidade no processo de efetivação dos débitos.

Em entrevista ao programa da Miriam Leitão na Globonews, Roberto Campos Neto, presidente do BC, colocou como prioridade a programabilidade dos pagamentos, aproximando a trilha do Pix a do cartão de crédito.

A mudança será mais profunda para as empresas e pequenos e médio empreendedores. Hoje, as pessoas jurídicas precisam firmar um acordo com cada banco para oferecer um serviço com pagamento mensal automático, em crédito ou débito. Esse processo é acompanhado de tarifas e toda uma cadeia logística.

No Pix automático, com o sistema único, não haverá a necessidade de convênio entre diversos bancos, mas apenas um. Logo, o processo será mais direto.

Outro efeito, segundo o BC, deve ser a redução dos custos para as empresas recebedoras. Além disso, a funcionalidade pode ajudar a diminuir os índices de inadimplência que atrapalham o fluxo de caixa dos negócios.

— Essa utilidade irá substituir o débito automático de contas recorrentes e com periodicidade definida. Isso pode fazer com que o DDA (Débito Direto Autorizado) e o débito automático percam espaço — avalia Rafael Guazelli, advogado especialista em direito bancário.

A nova funcionalidade do sistema de pagamento instantâneo será um complemento para o chamado Pix Agendado, usado somente entre pessoas físicas.

Esse agendamento pode ser usado no pagamento de doações, mesadas, aluguéis, entre outros pagamentos recorrentes entre duas pessoas.

Atrasos
Inicialmente prevista para abril do próximo ano, a ferramenta foi adiada para outubro de 2024. A estimativa foi ajustada, segundo o Banco Central, em função da complexidade do novo produto e o tempo necessário para desenvolver o papel de cada um dos participantes. O BC também fala em “questões organizacionais” internas.

No momento, há um cenário de mobilização de servidores, que pedem reestruturação de carreira e reajuste salarial.

A chamada operação-padrão começou em julho deste ano. Em função disso, há constante atraso na divulgação de dados econômico-financeiros mensais na autoridade monetária. A agenda Pix também foi afetada.

— Das novidades de 2024 a mais avançada é do Pix automático, pois ele trará mais flexibilidades aos usuários. Há também o Pix internacional, mas as principais dificuldades incluem o câmbio entre países, sistematização e parametrização dos usuários e a verificação de informações em tempo real — avalia Luciano Bravo, CEO da empresa Inteligência Comercial.

Novos números
O sistema de transferências instantâneas do BC também fecha 2023 com 13,3 milhões de empresas cadastradas, de pequenos a grandes negócios, além das 43 milhões de pessoas físicas.

Em janeiro de 2023, 64% das transações eram entre pessoas físicas. No último levantamento feito (novembro), essa parcela era de 53% total de operações.

— O anúncio das novas funcionalidades tende a permitir ainda mais a adesão do brasileiro ao Pix. No entanto, ainda podemos ver uma dificuldade maior das pessoas jurídicas na utilização do pix, preferindo ainda a TED, boleto e o cartão. Talvez um dos motivos seja a imposição de tarifa às pessoas jurídicas — analisa Adriano Marrocos, conselheiro do Conselho Federal de Contabilidade.

Folha PE

Postado em 3 de janeiro de 2024

PT não pode celebrar resultado e achar tudo errado, diz Haddad

Aprovação de reformas, boa relação com lideranças do Congresso e números da economia acima do esperado. O desempenho de Fernando Haddad à frente do Ministério da Fazenda o coloca como possível sucessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na visão de economistas, parlamentares e cientistas políticos.

Indagado sobre o tema em entrevista exclusiva ao GLOBO, Haddad diz que o nome de Lula é consenso no PT para 2026, mas alerta que o partido precisa começar a se preparar para essa transição, porque o problema “vai se colocar” na eleição seguinte.

Ele nega que almeje o posto, diz que disputou a Presidência em 2018 por uma questão atípica, já que Lula estava preso, e rebate com ironia as críticas feitas por petistas em redes sociais à condução da política econômica: “Nos cards de Natal, o que aparece é assim: ‘A inflação caiu, o emprego subiu. Viva Lula!’ O meu nome não aparece. Haddad é um austericida”, afirma.

O senhor teve atuação decisiva para o governo este ano com a aprovação da agenda econômica no Congresso. Muita gente diz que isso o coloca como possível sucessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Como avalia essa ideia?

Acredito que existe consenso dentro do PT e da base aliada sobre a candidatura do presidente Lula em 2026. Na minha opinião, é uma coisa que está bem pacificada. Não se discute.

Mas em algum momento o presidente precisará de um sucessor.

O Lula foi três vezes presidente. Provavelmente, será uma quarta.

Ao mesmo tempo que é um trunfo ter uma figura política dessa estatura por 50 anos à disposição do PT, também é um desafio muito grande pensar o day after.
Eu não participo das reuniões internas sobre isso. Mas, excluído 2026, o fato é que a questão vai se colocar. E penso que deveria haver uma certa preocupação com isso.

Porque a natureza da liderança do Lula é diferente da de outros fenômenos eleitorais. O bolsonarismo tem uma dinâmica muito diferente.

O senhor pensa na possibilidade de um dia ser sucessor do presidente Lula?

Eu não penso. E só passou pela minha cabeça em 2018 porque era uma situação em que ninguém queria ser vice do Lula. E aí, um dia, ele falou: “Haddad, acho que vamos sobrar só nós dois”. Dentro da cadeia. Eu disse: “Pense bem antes de me convidar, porque vou aceitar”. E acabou acontecendo.

Mas era um momento particular. Eu próprio me engajei na sensibilização do Ciro Gomes e do Jaques Wagner para que eles fossem vice. Porque entendia que eram figuras mais consensuais. Sobretudo o Jaques Wagner dentro do PT.

O PT aprovou recentemente um documento que fala de ‘austericídio’ (suicídio econômico por políticas de cortes de gastos), de uma corrente encampada pela presidente Gleisi Hoffmann. Quem faz mais oposição hoje ao senhor, o PT ou o ministro da Casa Civil, Rui Costa?

Olha, é curioso ver os cards que estão sendo divulgados pelos meus críticos sobre a economia, agora por ocasião do Natal. O meu nome não aparece. O que aparece é assim: “A inflação caiu, o emprego subiu. Viva Lula!” E o Haddad é um austericida.

Então, ou está tudo errado ou está tudo certo. Tem uma questão que precisa ser resolvida, que não sou eu que preciso resolver.

Não dá para celebrar Bolsa, juros, câmbio, emprego, risco-país, PIB que passou o Canadá, essas coisas todas, e simultaneamente ter a resolução que fala “está tudo errado, tem que mudar tudo”.
Alguma coisa precisa ser pensada a respeito, mas não tenho problema com isso.

Mas isso atrapalha de alguma forma?

Eu fui criticado no MEC, mas virei o melhor ministro da Educação da história do país, depois que deixei o MEC. Melhor prefeito da história de São Paulo, depois que deixei a prefeitura. Tomara que aconteça a mesma coisa agora (como ministro da Fazenda).

Como o senhor avalia a sua agenda com a da Casa Civil, elas são conciliáveis?

Têm sido. Há debates, às vezes, mais acalorados, às vezes, menos acalorados. Mas há a noção de que primeiro tem um árbitro. Já leva a informação organizada e aguarda o presidente tomar a decisão.

Tem uma pessoa que já comandou o país por oito anos e está completamente apto a arbitrar as divergências. Não considero ruim que haja divergências. É natural.
Mas toda discussão é para organizar a informação da melhor maneira possível para que o governo tome a decisão. A minha experiência é que, quando a informação está bem organizada, o presidente dificilmente erra.

Agora, quando está mal organizada, pode acontecer. Mas, organizando bem, ele dá o caminho.

E a articulação política do governo, o senhor acha que está bem organizada?

No que diz respeito à Fazenda, minha parceria com o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) é antiga. Padilha trabalhou comigo na prefeitura, foi um colega de ministério. E as coisas estão acontecendo.

Não é fácil essa função. Falam que o pior emprego do mundo é o do ministro da Fazenda, mas tem concorrente, que é o do Padilha.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), recentemente ficou bravo e reclamou que tinham vazado uma informação do Planalto de que a relação entre vocês não estava tão boa.

Pois é, e nós nos falamos naquele dia. Então, não tinha procedência nenhuma.

O senhor acabou construindo uma relação muito boa com Lira. Como isso aconteceu?

Ela começou bem porque a transição de governo não foi feita pelo Executivo anterior, mas pelo Legislativo. O Executivo sumiu. Foi algo inédito. Tanto Arthur Lira quanto o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foram fundamentais neste processo.

A relação começou numa situação de crise, em que as pessoas compreenderam o que estava em jogo. Teve um episódio em que estava uma discussão e eu falei: “Nós não estamos discutindo quem vai ganhar o campeonato. Nós estamos discutindo se vai ter campeonato, porque, se a gente não se entender, a gente não chega em junho”.

Era uma situação caótica. Governadores gritando, Bolsa Família fora do Orçamento, calote nos precatórios. A gente tinha R$ 200 bilhões de problema para resolver.

A Argentina passou por uma transição também difícil, e o senhor chegou a demonstrar preocupação com a vitória do candidato Javier Milei. Como vê o início deste governo?

A preocupação não era em relação à política interna da Argentina, que é um país soberano e escolhe democraticamente os seus presidentes. Eu estava preocupado com o Mercosul. E até agora não houve, do meu conhecimento, nenhuma sinalização a esse respeito.

Até porque estávamos, à época, negociando com a União Europeia, tinham muitas coisas encaminhadas que poderiam ser colocadas em risco. Mas tenho dúvidas sobre a eficácia de um pacote ultraortodoxo para a situação que a Argentina enfrenta hoje.

Se o povo vai aguentar e se vai produzir os resultados almejados. Mas é uma preocupação de um observador que deseja o bem do país vizinho. Estou acompanhando à distância e com os filtros, não estou lá vendo medida por medida.

O GLOBO

Postado em 3 de janeiro de 2024

Julgamento de Moro, substituto de Dino, um ano do 8/1: o que esperar da política no início de 2024

Mesmo com o Legislativo e o Judiciário em recesso neste mês de janeiro, 2024 promete começar em clima decisivo na política. Entre os eventos mais relevantes que devem marcar este início de ano está o julgamento do senador Sergio Moro (União Brasil-PR), previsto para retornar à pauta no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR) no final do mês.

Em dezembro, o ex-juiz federal da Lava-Jato prestou depoimento à Justiça Eleitoral. O recesso termina no próximo dia 8, quando as diligências serão retomadas. A expectativa é de que o processo siga a plenário em seguida.

Moro é acusado de abuso de poder político e econômico durante as eleições de 2022 por seus gastos de campanha. Isto porque o político iniciou sua pré-campanha na disputa à Presidência pelo Podemos, mas, no meio do caminho trocou de rumo e partido: migrou para o União Brasil e resolveu disputar o Senado Federal.

Neste contexto, PT e PL entraram com ações paralelas sob a alegação de que o parlamentar obteve vantagem financeira e ultrapassou o limitador de gastos. No final de dezembro, o Ministério Público Federal (MPF) deu parecer favorável à cassação do mandato.

Além da situação do senador, em seis dias os ataques antidemocráticos do 8 de janeiro completarão um ano. Neste contexto, o presidente Lula (PT) fará um evento com o objetivo de “lembrar o povo que houve uma tentativa de golpe, que foi debelado pela democracia deste país”. O ato contará com a presença de governadores, parlamentares e empresários.

Como noticiou a colunista Miriam Leitão, o ministro da Justiça Flávio Dino ficará na pasta até esta data, justamente para participar desta reunião. Escolhido para o Supremo Tribunal Federal (STF), Dino deve tomar posse em fevereiro, mas seu substituto deve ser anunciado logo após sua saída. Um dos favoritos para ocupar o posto é o ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski.

Ciro e Cid Gomes
Após quase chegarem as vias de fato em 2023, os irmãos Gomes selarão a separação política no início de fevereiro. Isto porque o senador Cid Gomes se filiará ao PSB, deixando para trás o PDT. As divergências entre os dois tiveram início nas eleições de 2022, quando Cid quis apoiar o então candidato ao governo do Ceará e atual governador Elmano de Freitas (PT). Ciro, à época, insistiu no ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio, terceiro colocado na disputa.

A negativa em compor com o PT continuou permeando o enredo em 2023. Ciro defendia que o partido fosse oposição a Elmano Freitas, enquanto o senador almeja ser base.

Ano eleitoral
Enquanto os eventos marcam o mês de janeiro, nos bastidores o período será utilizado para costurar as alianças tendo em vista as eleições deste ano. Em outubro, brasileiros de todos os 5.568 municípios do país vão às urnas para escolher seus vereadores e prefeitos.

Folha PE

Postado em 3 de janeiro de 2024

Renováveis levam RN a liderar expansão de energia em 2023

O Rio Grande do Norte foi o estado que liderou a expansão da matriz energética brasileira, segundo informações do Ministério de Minas e Energia (MME). De acordo com os dados publicados, o RN expandiu sua capacidade instalada em 2,035 GW de um total de 8,4 GW no Brasil, aumento puxado principalmente por novas usinas das fontes eólica e solar. O adicional é suficiente para abastecer mais de 4 milhões de residências. Atualmente, o RN é líder de produção em energia eólica, uma das principais fontes limpas em expansão no Brasil.

O RN ficou à frente de Minas Gerais, que aumentou a potência de geração em 2,025 GW, e da Bahia, que registrou um acréscimo de 1,922 GW. No caso das usinas fotovoltaicas e eólicas, a soma das duas foi de 7,6 GW de expansão no Brasil. Em capacidade instalada total, o País alcançou 196,6 GW, sendo que as fontes renováveis, incluem hidráulicas, eólicas, fotovoltaicas e de biomassa – representam 83,6% desse total.

Para Max Pereira, membro do Conselho Deliberativo da Associação Potiguar de Energias Renováveis (Aper-RN), o Estado também passou a ter grandes volumes de energia solar, somando-se a já liderança consolidada na energia eólica. “O RN, ano após ano, vem liderando a corrida na implantação de projetos de geração eólica, principalmente sendo líder nacional, nos últimos dois anos passamos a ter também um grande volume de projetos de energia solar, que aponta para que em um futuro próximo tenhamos a possibilidade de também liderarmos nessa modalidade de geração”, aponta.

“Acreditamos que o principal motivo do forte crescimento da fonte solar se deva a redução dos custos de aquisição dos painéis solares, que sofreram acentuada queda no mercado internacional no ano de 2023, com perspectiva de manutenção de preços em queda para o primeiro trimestre de 2024, tornando assim a fonte solar ainda mais competitiva”, acrescenta.

Ainda segundo Max Pereira, a energia solar tem apresentado potenciais competitivos no Estado. “Temos também grandes diferenciais competitivos na geração de energia solar, terras com valor acessível aos projetos, irradiação solar das melhores do país, mão de obra e empresas com expertise na implantação dos parques, dentre outros”, acrescenta.

Para a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeolica), Elbia Gannoum, o protagonismo do Brasil nas energias renováveis será cada vez mais ampliado com a chegada dos novos projetos offshore.

“No Brasil já estamos com mais de 78 projetos em análise pelo Ibama, o que representa mais de 182 GW de capacidade. O potencial brasileiro para eólica offshore é de 700 GW, isso significa não só um avanço rumo ao NetZero em 2030 como também o impulsionamento de novas tecnológicas que demandam por energia renovável, como o hidrogênio verde. Essa adesão, pleiteada pela ABEEólica junto ao MME, garantirá ainda a eficaz implementação da Política Industrial Verde no país”, afirmou Gannoum em entrevista recente.

O Rio Grande do Norte segue na liderança como maior gerador de energia eólica do Brasil. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o RN possui 8,9 GW de potência fiscalizada, a frente da Bahia, que possui 8,6 GW. A energia gerada no RN representa 31,19% da produção nacional. No tocante à potência outorgada, o Estado possui 4,1 GW, que corresponde a parques eólicos em fase de construção. A Bahia lidera neste quesito, com 11,0 GW.

Offshore
Com liderança consolidada na energia eólica onshore, o Rio Grande do Norte e o Brasil tem intensificado as discussões e atenções para a energia eólica off shore (no mar), que é considerado um importante passo na transição energética mundial.

Em dezembro, o secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento, Thiago Barral, assinou a adesão do Brasil à Global Offshore Wind Alliance (GOWA), em cerimônia realizada durante a COP28.

País teve expansão de 10,3 GW em 2023

O mês de dezembro foi considerado “surpreendente” para a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que registrou a entrada em operação comercial de 51 unidades geradoras, que acrescentaram 1,9 gigawatt (GW) à capacidade instalada no País. Com esse resultado final, o ano terminou com crescimento de 10,3242 GW na matriz elétrica, ultrapassando o recorde anterior de 9,5278 GW alcançado em 2016. O resultado também superou a meta de 10,302,4 GW estabelecida no início do ano pela fiscalização da ANEEL.

Esses dados levam em consideração tanto os empreendimentos em operação e em construção, de acordo com dados do Sistema de Informações de Geração da ANEEL, o SIGA. No caso do Rio Grande do Norte, a expansão em 2023 atingiu 2,2785 GW.

Os parques eólicos contribuíram em grande medida para o recorde em 2023: as 140 unidades que passaram a operar ao longo do ano somaram 4,9 GW, respondendo por 47,65% da expansão da matriz no ano. Dentre as 291 usinas que entraram em operação no ano, estão ainda 104 centrais solares fotovoltaicas (4,0709 GW), 33 termelétricas (1,2149 GW), 11 pequenas centrais hidrelétricas (0,158 GW) e três centrais geradoras hidrelétricas (0,0114 GW). Essas novas usinas foram concluídas em 19 estados localizados nas cinco regiões brasileiras. Registraram expansão acima de 2 GW, além do RN, os estados da Bahia (2,614 GW) e Minas Gerais (2,0257 GW).

O Brasil somou 199.324,5 MW de potência fiscalizada, de acordo com dados do SIGA. Desse total em operação, ainda de acordo com o SIGA, 83,67% das usinas são consideradas renováveis.

Números

51 unidades geradoras entraram em operação em dezembro de 2023

1,9 gigawatts foi o volume acrescentado à capacidade instalada no País

Tribuna do Norte

Postado em 3 de janeiro de 2024

Estudo aponta que remédio barato pode dobrar chances de parar de fumar

Uma nova pesquisa publicada por cientistas argentinos em 31 de dezembro de 2023 traz uma boa notícia para pessoas que estão tentando parar de fumar. O medicamento citisiniclina (cistina), uma opção de baixo custo de produção, pode mais que dobrar as chances de abandonar o cigarro.

A substância é feita à base de plantas, e se liga aos receptores de nicotina no cérebro. Assim, o paciente tem menos vontade de fumar, além de os sintomas da abstinência serem menos graves. O medicamento funciona de forma semelhante a outro remédio já aprovado para combater o tabagismo.

A citisiniclina foi sintetizada em 1964, mas apenas nos últimos anos começou a ser estudada como tratamento para o vício em cigarros. Em julho de 2023, uma pesquisa americana mostrou que 25,3% dos voluntários pararam de fumar ao tomar o medicamento.

O levantamento argentino, feito por cientistas do Hospital Nacional de Posadas, aumenta a quantidade de evidências sobre a eficácia da citisiniclina contra o tabagismo.

Foram analisados resultados de 12 ensaios clínicos com quase 6 mil participantes — dois deles mostraram que a substância mais que dobra as chances de parar de fumar. O medicamento foi comparado com outras técnicas para lidar com o tabagismo, como adesivo de nicotina, goma de mascar, inaladores e a substância vareniclina, já usada comercialmente.

“A citisiniclina poderia ser muito útil na redução do tabagismo nos países de baixa e média renda, onde são urgentemente necessários medicamentos com boa relação custo-eficácia para parar de fumar. Em todo o mundo, o tabagismo é considerado a principal causa de morte evitável. A citisina tem potencial para ser uma das grandes respostas para esse problema”, afirma, em comunicado, o toxicologista Omar de Santi, principal autor do estudo.

A farmacêutica responsável pela produção do remédio, a Achieve Life Sciences, deve pedir autorização de comercialização para a Food and Drug Administration (FDA), órgão equivalente à Anvisa dos Estados Unidos, no primeiro semestre deste ano. Não há previsão de quando a substância começará a ser vendida no Brasil.

Metropoles

Postado em 3 de janeiro de 2024

Piloto de helicóptero desaparecido em SP relatou dificuldade durante voo

Áudios de uma suposta conversa do piloto do helicóptero desaparecido no litoral norte de São Paulo mostram que ele comunicou as dificuldades de visibilidade devido ao mau tempo.

O diálogo foi mantido momentos antes do desaparecimento da aeronave, no domingo, 31, que não chegou ao destino planejado, Ilhabela. No helicóptero, estavam o piloto e três tripulantes.

A gravação foi obtida pela TV Band do Vale do Paraíba, em São Paulo, e mostra o diálogo entre o piloto do helicóptero e o controlador do heliponto de Ilhabela.

Os registros capturam os relatos do piloto sobre as adversidades enfrentadas durante o voo, fornecendo indícios sobre as condições climáticas desfavoráveis na área. 

Confira a transcrição completa da conversa:

  • Oi Jorge.
  • Oi.
  • Tá tudo colado aqui. Não vai dar certo não, Jorge.
  • Mas vem por cima. Tem um buraco aqui.
  • É, mas aqui onde eu estou não tem condição de subir.
  • Por que?
  • Por que não dá pra subir. Está tudo colado.
  • Mas não dá para ir por cima da camada?
  • Se tivesse. Está tudo colado, não consigo ir para cima da camada.
  • Aqui está um tempo bom, meu.
  • É?
  • Eu digo por cima.
  • Eu sei. Por cima não consigo subir.
  • Mas acha um buraco você sobre e vem para cá, tem um buraco.
  • Tá bom. Tem gasolina aí, né?
  • Gasolina não. O táxi tá esperando.
  • Tá bom.

Quem estava no helicóptero
Os ocupantes do voo foram identificados como Luciana Rodzewics, sua filha Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, o amigo da família Rafael Torres e o piloto, cujo nome ainda não foi divulgado e que pilotava a aeronave de prefixo PRHDB, modelo Robson 44, pintada de cinza e preto. 

Letícia, de 20 anos, chegou a enviar um vídeo para o namorado, mostrando o mau tempo. Ela informou que eles não conseguiram pousar em Ilhabela e que voltariam para a capital paulista.

Em entrevista à CNN a tia da jovem, Silvia Santos contou que estava tudo programado para a família passar o Réveillon junto, mas que sua irmã, Luciana, avisou que ela e a filha iriam viajar. 

“Minha irmã recebeu o convite de um amigo nosso, de muito anos, para fazer um passeio de helicóptero, e como ela gosta muito de adrenalina, acabou levando a filha junto. Nós estávamos combinados de passar o Ano Novo na casa da minha sogra, em Itaquera, e do nada, 11h da manhã, eu liguei para minha irmã para combinar o que ia levar, e ela falou que não ia mais. Ela não me informou para onde seria esse passeio”, explicou. 

Um vídeo gravado pela Força Aérea Brasileira (FAB) mostra as buscas pelo helicóptero que despareceu. As buscas entraram no segundo dia nesta terça-feira, 2, e nada foi encontrado até o momento.

TERRA

Postado em 3 de janeiro de 2024

Governo federal reconhece situação de emergência em 31 cidades; principal motivo é estiagem

O governo federal reconheceu, nesta terça-feira (2), a situação de emergência em 31 cidades da Bahia, Ceará, Pará, Paraíba, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
De acordo com lista divulgada no Diário Oficial da União, o principal fator é a estiagem, que afeta mais da metade dos municípios mencionados.

Segundo a portaria publicada pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), o estado com maior número de cidades reconhecidas foi a Paraíba, com 11 atingidas pela estiagem: Livramento, Diamante, Cuité, Areial, Salgado de São Félix, Poço Dantas, Cacimba de Areia, Seridó, São José dos Cordeiros, Junco do Seridó e São José de Princesa.

Em Pernambuco e no Rio Grande do Sul, foram reconhecidos seis municípios para cada estado.

No território nordestino, Caetés, Pombos, Passira, Exu, Brejinho e Pedra também enfrentam forte estiagem.

Já as cidades gaúchas de Ijuí, Alegrete, Pinheirinho do Vale, Rodeio Bonito, Rondinha e Nova Roma do Sul foram relacionadas em função de chuvas intensas e enxurradas.

Outros municípios que tiveram situação de emergência reconhecida graças ao enfrentamento de seca são Cordeiros, Condeúba e Contendas do Sincorá, na Bahia; Caucaia, no Ceará; e Chaves, no Pará.

Na região sul do país, as cidades de Balneário Gaivota, Paial e Araquari, em Santa Catarina, foram contempladas pela portaria em razão das fortes chuvas enfrentadas.

Na última terça-feira (26), outros 53 municípios já haviam sido reconhecidos pelo governo federal. A portaria anterior também trazia a Paraíba como o estado com mais cidades relacionadas — na ocasião, foram 19.

Municípios em Alagoas, Goiás, Pernambuco, Paraná, Santa Catarina, Bahia, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte também foram mencionados.

Por que reconhecimento é importante
De acordo com informações do MIDR, cidades em situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecido pela Defesa Civil Nacional estão aptas a solicitar recursos do ministério para que seja feito atendimento à população afetada.

“As ações envolvem socorro, assistência às vítimas, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de infraestrutura destruída ou danificada”, informa o ministério.

CNN

Postado em 3 de janeiro de 2024

Lula critica Ibaneis por atuação no 8 de Janeiro

O presidente Lula criticou duramente o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), pela postura nas invasões golpistas às sedes dos Três Poderes, em Brasília, no 8 de janeiro de 2023.

Segundo fontes do Palácio do Planalto, as críticas foram disparadas pelo petista em entrevista ao documentário “8/1 – A democracia resiste”, produzido pelos jornalistas Julia Dualib e Rafael Norton.

O documentário também ouviu outros personagens relacionados aos atos golpistas. Entre eles, o ministro do STF e presidente do TSE, Alexandre de Moraes, e o ministro da Justiça, Flávio Dino.

O próprio Ibaneis, porém, não gravou entrevista. O governador do DF chegou a ser afastado do cargo por 90 dias no dia dos ataques golpistas, mas acabou retornando ao posto após 65 dias.

A decisão de afastá-lo foi de Moraes, que apontou “omissão e conivência” de autoridades da área de segurança e inteligência do governo do DF, responsável pela segurança da Esplanada dos Ministérios.

Relatório posterior da Polícia Federal com base nos celulares de Ibaneis, porém, apontou que ele não foi conivente com as invasões e manteve contato durante o dia 8 de janeiro com autoridades locais e federais.

O documentário “8/1 – A democracia resiste” estreia na Globonews no domingo (7/1), às 23h30. A reprise será às 21h30 da segunda (8/1), mesmo dia em Lula fará um ato em Brasília em alusão ao 1 ano dos atos.

Metropoles

Postado em 3 de janeiro de 2024

99,5 FM apresenta equipe esportiva Bola na Rede para cobertura do estadual do RN!

A 99,5 FM Ouro Branco apresentou a equipe esportiva Bola na Rede que irá atuar na cobertura do Campeonato Potiguar 2024.

No coração da competição esportiva, uma equipe se destaca não apenas pelos talentos individuais, mas pela sinergia que desenvolve em conjunto.

Apresentamos com entusiasmo a equipe esportiva Bola na Rede, um grupo extraordinário de profissionais dedicados e empenhados a superar desafios e alcançar grandes feitos no cenário esportivo estadual e Nacional.

A esportiva Brasileira terá dois times um para os jogos na capital Potiguar e outra no interior para os jogos em Currais Novos-RN. 

Já nesta sexta feira dia 5 de janeiro de 2024, às 19h,  no estádio Coronel José Bezerra em Currais Novos-RN, o timão 99,5 transmite o duelo da volta entre Potyguar e o Nacional de Patos-PB.

As coberturas acontecerão pela plataforma do YouTube da emissora www.radio99.fm.br.

Narradores

Ed Oliveira 

Jarbas Fonsêca 

Comentaristas

Didi Duarte

Zeus Menezes 

Repórteres 

Hugo Fernandes

Cesário Júnior 

Plantão 

Missô Cardinally

Por Jarbas Fonsêca 

Postado em 3 de janeiro de 2024

Capela de São José será inaugurada em março em Currais Novos

SERÁ INAUGURADA DIA 17/03/2024 COM MISSA CELEBRADA PELO BISPO DOM ANTÔNIO CARLOS E TEREMOS UM SHOW RELIGIOSO COM A CANTORA CELIONE DAVID E FAMILIA

Um sonho dos moradores, juntamente com o saudoso Padre Erivan Primo (in memorian), a construção da capela com dedicação a SÃO JOSÉ, com acessão do terreno pelo DNOCS, teve o início de sua construção em 12 de agosto de 2018, com doações de devotos e moradores do Bairro.
A capela ainda tem pequenos serviços a serem concluídos mas já tem seu presbitério, piso, forro e até o dia da inauguração terá todos os bancos instalados, (tudo fruto de doação e mobilização dos moradores do Bairro Manoel Salustino).
O SHOW RELIGIOSO
da cantora Celione David com participação do Diácono Adaildo Santos. A cantora tem levado grandes multidões em seus louvores no estado da Paraíba e teve a graça de cantar algumas canções com o nosso amado Padre Zezinho, (o local do show religioso ainda será definido pela comissão).
A festa da CAPELA DE SÃO JOSÉ acontecerá do dia 15 á 19 março de 2024, adiantamos que teremos primeira Eucaristia, noite dos Operários e Operárias, o jantar, cavalgada, leilões e que as visitas aconteceram nas residências nas quintas e sextas a partir do dia 01 de fevereiro, aos sábados os noitários serão na capela e reunirão várias familias.
Quem desejar fazer doações para nos ajudar pode entrar em contato com Dona Luzia pelo fone (84) 996584224.

Postado em 2 de janeiro de 2024